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Nesta Folha de Cola, você fica sabendo como blockchains e contratos inteligentes funcionam e o
que é criptomoeda.
Por exemplo, ao enviar alguns bitcoins ao seu amigo Tom, você está criando e publicando uma
entrada na rede Bitcoin. Nesse exemplo, a entrada que você criou tem algumas restrições. Os
computadores na rede Bitcoin vão verificar para ter certeza de que você não enviou anteriormente
a outra pessoa os dados representando a criptomoeda. Quando você envia os bitcoins a Tom, a
conta dele é creditada, e a sua, debitada.
Os computadores na rede estão evitando que você “gaste duas vezes”. No caso da rede Bitcoin,
o problema é resolvido ao se exigir de cada computador na rede que mantenha um registro do
histórico de todas as entradas feitas dentro da rede. O histórico inteiro dá o saldo de todas as
contas, inclusive da sua.
A maioria dos blockchains não é controlada por uma única entidade, e não tem nem mesmo um
ponto de falha. Todas as entradas são visíveis pela rede inteira. Quando dados são registrados em
um blockchain, eles não podem ser removidos. Ficam lá para sempre.
A inovação dos blockchains que os torna diferentes de uma base de dados normal é que eles
chegam a um acordo sobre o histórico ao compartilhar e restringir as entradas sem um servidor
central ou autoridade.
Contratos inteligentes têm uma memória interna contendo seu código, que é executado quando
restrições predeterminadas são atendidas. Essas restrições poderiam ser internas ou externas ao
contrato inteligente.
Se o código para o contrato inteligente precisa de uma fonte externa para definir se ele
atendeu às restrições, ele usará um oracle (uma fonte de conhecimento), que 'poderia ser uma
alimentação de dados sobre o clima, por exemplo. Seria útil se o contrato inteligente estivesse
executando um contrato de seguro para plantações. Seguindo esse exemplo, o contrato seria
algo do tipo: “Se a temperatura cair abaixo de 0 grau por mais de uma hora, libere US$5.000
para John.”
O QUE É CRIPTOMOEDA?
Criptomoedas, às vezes denominadas moedas virtuais, capital/dinheiro digital, ou tokens, não são
exatamente como dólares norte-americanos ou libras . Elas vivem online e não têm respaldo do
governo. São respaldadas por suas respectivas redes. Tecnicamente falando, criptomoedas são
entradas restritas em uma base de dados. Condições específicas precisam ser atendidas para
mudar essas entradas. Criadas com criptografia, as entradas são asseguradas com matemática, não
com pessoas.
Entradas restritas são publicadas em uma base de dados, mas esse é um tipo especial de base
de dados que é compartilhado por uma rede ponto a ponto (peer-to-peer). Por exemplo, quando
você envia alguns bitcoins à sua amiga Carla, está criando e enviando uma entrada restrita
na rede Bitcoin. A rede se certifica de que você não teve a mesma entrada duas vezes; ela faz
isso sem nenhum servidor central ou autoridade. Seguindo o mesmo exemplo, a rede está se
certificando de que você não tentou enviar o mesmo bitcoin à sua amiga Carla e à sua outra
amiga, Alice.
Na maioria dos casos, criptomoedas são geradas pela rede para incentivar os pontos, também
conhecidos como nós e mineradores, a trabalhar pela segurança da rede e verificar entradas. Cada
rede tem um modo particular de gerá-las e distribuí-las aos pontos.
O Bitcoin, por exemplo, recompensa os pontos (conhecido como mineradores na rede Bitcoin) por
“resolver o bloco seguinte”. Um bloco é um grupo ou entradas. A resolução é encontrar uma hash
que conecte o novo bloco ao antigo. É daí que vem o termo blockchain. Bloco é o grupo de entradas,
e chain é a hash. Hashes são um tipo de quebra-cabeça criptológico. Pense nelas como um sudoku
no qual os pontos competem para se conectar aos blocos.
Toda criptomoeda é um pouco diferente, mas a maioria delas tem estas características básicas em
comum:
• Elas são irreversíveis. Depois que você envia uma criptomoeda e a rede a confirma, não é
possível recuperá-la. Criptomoedas têm mão única, sem estorno.
• Elas são anônimas. Qualquer um pode abrir uma carteira, sem exigência de identificação,
e ter estágios variados de anonimato, dependendo de qual token utilize.
• Elas são rápidas e acessíveis no mundo todo. Entradas são imediatamente difundidas
pela rede e confirmadas em poucos minutos.
• Elas são construídas para serem muito seguras. Criptomoedas usam as mais recentes
técnicas de criptografia, mas estão em desenvolvimento inicial.
Criptomoedas são mais vulneráveis em sistemas digitais centralizados que têm acesso à
internet. Isso inclui carteiras online, plataforma de negociação, carteiras em seu computador,
armazenamento em nuvem de chaves privadas (chave digital usada para proteger seus tokens) e
aplicativos para celular.
Por conta de a criptomoeda operar em redes abertas de blockchain, há uma infinidade de maneiras
de uma pessoa levar seu dinheiro, rastrear seus gastos ou violar sua privacidade. Para evitar essa
forma de roubo, siga estas dicas:
• Use várias carteiras. Não há restrição no número de endereços de carteira que você
pode usar. Algumas pessoas geram um novo endereço a cada vez que enviam ou recebem
criptomoedas.
• Mantenha somente quantias pequenas em uma carteira na web. Carteiras na web são
alvo de hackers, mantenha apenas uma pequena quantia em cada uma. Carteiras em seu
computador também são vulneráveis. Use armazenamento frio para guardar quantida-
des grandes de criptomoedas.
• Não compartilhe. Nunca compartilhe com ninguém as chaves privadas de suas cripto-
moedas. Fazer isso dá acesso completo a seus fundos.