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RESUMO:
Palavras-Chave:
1 Introdução
Deve-se iniciar o texto com uma breve introdução informando do que se trata. Nela deve
conter o objetivo, metodologia do estudo...
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Professora orientadora. Doutorado em Programa de Pós-graduação em Educação pela UFRGS pela
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Professora do curso de Licenciatura Plena em Pedagogia
UNEMAT, campus Cáceres-MT.
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O atual sistema chamado de avaliação [...], mas que na verdade não passa de um
conjunto de testes padronizados de português e matemática, é claramente
insuficiente para aferir a qualidade da educação oferecida pelos sistemas de ensino,
mesmo considerando os limites dos objetivos postos pela legislação. (PINTO, 2008,
p. 59).
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Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, criado em 2007, pelo Instituto Nacional de Estudos
e Pesquisas de Anísio Teixeira (Inep), formulado para medir a qualidade do aprendizado nacional e
estabelecer metas para a melhoria do ensino. (MEC, 2018)
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Ao analisar podemos perceber que para se obter uma boa qualidade, quanto no ensino,
tanto na aprendizagem dos alunos o Estado deve articular o investimento para os requisitos
necessários, para que o ensino se ajuste para boas condições de aquisição do conhecimento.
Para atingir qualidade não basta somente cobrar das instituições, ou que o aluno tenha
empenho e responsabilidade diante os conteúdos mas deve-se também impor formas de
qualidade ampla para essas redes escolares públicas, como mencionados a cima.
Podemos analisar a padronização dos testes através do contexto em que foram inseridos,
posto que Freitas (2018) expõe que resumindo, os testes são uma forma de mostrar o baixo
desempenho das escolas públicas e enfatizar o fato de que as privatizando o ensino cresceria
no entendimento de rendimento e de qualidade.
Freitas (ano) defende que através da base nacional comum as escolas estariam voltadas
a ensinar somente o que se encaixa como importante para a reforma do mercado educacional.
Dessa forma, o Estado controla as competências que devem ser ensinadas nas instituições e
postula também os conteúdos dos testes, sendo assim, pode-se entender que fica a critério do
governo o resultado de tais testes.
A lógica esperada é que, definindo o que se deve ensinar, a escola saberá o que
ensinar, os testes verificarão se ela ensinou ou não, e a responsabilização premiará
quem ensinou e punirá quem não ensinou. A isso a reforma chama de
“alinhamento”. (FREITAS, 2018, p.78)
Sendo assim, o governo tem um controle sobre o que devesse ensinar, pois se os
resultados dos testes não forem de bom agrado e dentro do estimado as escolas (professores)
são punidas, fazendo com que as mesmas fiquem marginalizadas, posto que os resultados são
expostos publicamente.
Segundo Freitas (2018) nada é feito para que as condições de estudos melhorem, pois, a
intenção do Estado seria criar condições para induzir a privatização da educação, “ou seja,
acrescentam mais exigências sem remover os impedimentos que afligem as redes públicas”.
Através disso podemos observar que a padronização dos testes são um dos elementos usados
para a privatização das escolas, ideia essa que vem desde o neoliberalismo posto que uma de
suas vertentes era transformar instituições públicas em setores privados.
será (e já está sendo) utilizado para ranquear as redes de ensino, para acirrar a
competição e para pressionar, via opinião pública, o alcance de melhores resultados.
Ou seja, a função do MEC assumida pelo governo Lula mantém a lógica perversa
vigente durante doze anos de FH”. (FREITAS, 2007, p.697)
Eles não podem aceitar que uma espécie de “acumulação primitiva” (Marx) ou um
ethos (Bourdieu) cultural sequer interfira com a obtenção dos resultados do aluno.
Se aceitassem, teriam de admitir as desigualdades sociais que eles mesmos (os
liberais) produzem na sociedade e que entram pela porta da escola. (FREITAS,
2007, p.698).
A mecânica estabelecida nesta conjuntura de testes não surge por mero acaso. A
importação da política do accountability de um país de supremacia neoliberalista, é feito de
forma completa, que segundo Freitas (2019) são os vetores de privatização da escola pública
para o mercado. Assim, o autor utiliza as ideias de Castro (2011), um defensor da reforma
empresarial na educação, para nos apresentar os procedimentos pelo qual a reforma da
educação, por viés de padronizações e testes se fez nas escolas estadunidenses e fora
incorporada a educação brasileira, como procedimentos positivos e necessários para a
ampliação e melhoramento de nossa educação. Esses procedimentos são divididos por ele em
três etapas: padronização através de bases nacionais curriculares, testes censitários e
responsabilização verticalizada. Por esses “alinhamentos” torna-se possível a premiação de
quem ensinou e a responsabilização/punição de quem não ensinou, uma vez que a base
estabelece o que as escolas devem ensinar.
É certo que a punição no meio educacional nuca foi e nunca será algo duradouro e
nem mesmo eficaz. Porem para os empreendedores da educação, a punição é uma vertente
necessária para suas pretensões privatistas e mercadológicas. Sendo assim, competição, e a
aferição de resultados promove a dinâmica perfeita.
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Esse processo de prestação de contas (accountability) serve como pano de fundo para
despercebermos a realidade dos demais processos sociais: as desigualdades socioeconômicas
que o sistema capitalista produz. Quando WOOD (2003), nos brinda com sua compreensão de
que, capitalismo e democracia são incompatíveis, uma vez que as práticas humanas
convertidas em mercadoria deixam de ser acessíveis a todos, deixando assim de ser
democrática. Isso explica porque a universalização da qualidade é impensável, sendo
necessário assim, avaliar as escolas e não as políticas. Talvez por isso, curiosamente, de todas
as metas do PNE (Plano Nacional de Educação) a única que está em pleno funcionamento seja
a de mecanismo de avaliação, como a própria Prova Brasil.
As políticas de responsabilização fazem com que professores e gestores, tanto se
tornem reféns de empresas que vendem serviços e sistemas que prometem “qualidade” no
ensino, como também, inibem a possibilidade de apropriação e construção de currículos que
sejam capazes de formar cidadãos com capacidade de transformação do mundo e de suas
condições. No momento em que a escola, na necessidade de cumprir os acordos feitos pela
união, estados e municípios, para não perderem recursos, voltam-se apenas as disciplinas
cobradas nos testes. Nesse sentido, apresentamos a seguir a realidade de duas escolas
........para atender o pbjetivo.................
Considerações finais
Referências
FREITA, Luiz Carlos de, Educ. Soc. , Campinas, vol. 28, n. 100 - Especial, p. 965-987, out.
2007 Disponível em http://www.cedes.unicamp.br : FREITA, Luiz Carlos de. A Reforma
Empresarial da Educação: nova direita, velhas ideias. São Paulo: Expressão Popular,
2018.
GENTILE, Pablo, Neoliberalismo e educação (Texto tirado do livro "Escola S.A.", Tomaz
Tadeu da Silva e Pablo Gentili - org.) 2014 Disponivel em <http://www.scridb.com.br>