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UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL

CAMPUS LARANJEIRAS DO SUL


CURSO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS

JONATHAN BARBOSA DOS SANTOS


MATHEUS ANDRADE ATAÍDE

INFLUÊNCIA DOS GASTOS PÚBLICOS SOBRE O PRODUTO INTERNO BRUTO


NO MUNICÍPIO DE LARANJEIRAS DO SUL/PR

LARANJEIRAS DO SUL
2019
SUMÁRIO

1. ​INTRODUÇÃO 3
2. ​REFERENCIAL TEÓRICO 4
2.1 ​GASTOS PÚBLICOS E CRESCIMENTO ECONÔMICO 4
2.2 ​ORÇAMENTO PÚBLICO 5
3. ​METODOLOGIA 8
3.1 ​CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA 8
3.2 ​OBJETO DE ESTUDO 9
3.3 ​COLETA DE DADOS 11
4. ​RESULTADOS 14
5. ​CONSIDERAÇÕES FINAIS 16
​REFERÊNCIAS 18
RESUMO

Diante do cenário de intervenção governamental na economia, faz-se necessário analisar se a


intervenção é efetivamente positiva para o crescimento econômico. Em razão disso, esta
pesquisa possui como principal objetivo o estudo da política fiscal do município de
Laranjeiras do Sul/PR, mais especificamente retratando a influência dos gastos públicos
municipais sobre o crescimento econômico municipal. Ademais, destaca-se que a relevância
do tema reside no direito dos contribuintes de compreender e fiscalizar o funcionamento da
máquina pública. Para tanto, o artigo apresenta um modelo econométrico linear, que busca
estimar as contribuições da Despesa Municipal Total no PIB per capita do município entre os
anos de 2002 a 2016. Os resultados evidenciam que os gastos do governo possuem um papel
positivo no indicador de crescimento econômico.

Palavras-chave: Finanças Públicas. Crescimento Econômico. Política Fiscal Municipal.


1. INTRODUÇÃO

Atualmente, os gastos públicos e o crescimento econômico estão no centro do debate


econômico. Os economistas estão divididos sobre se a expansão dos gastos públicos tem
impactos positivos ou negativos sobre o crescimento econômico (ACIKGOZ; CINAR, 2017).
A literatura, essencialmente de natureza empírica, têm investigado os efeitos dessa relação, e
apresenta resultados controversos. Autores como Rodrigues e Teixeira (2010), Barro (1990) e
Ferreira e Malliagros (1998) identificaram correlações positivas entre as variáveis, já Cruz e
Teixeira (1999), Devarajan et al (1996), e Herrera e Blanco (2004) mostram o contrário
(TEIXEIRA; ANDRADE, 2012).
Ao longo dessa pesquisa vamos debater a respeito das finanças públicas do município
de Laranjeiras do Sul/PR e se os gestores públicos municipais, através de seu desempenho,
influenciaram o crescimento da renda per capita no município.
A relevância do tema reside no direito dos contribuintes de compreender e fiscalizar o
funcionamento da máquina pública. Castro e Afonso (2009), consideram que ainda são raros
os estudos que contrapõe gastos públicos municipais e sua influência no nível do PIB dos
municípios, uma vez que pesquisadores buscam compreender as relações dos gastos públicos
da união com o desempenho do produto nacional, analisando o Estado como uma instituição
centralizada e extremamente hierarquizada, com baixo grau de autonomia para unidades
federativas e municípios.
É fundamental destacar que o instrumento utilizado pelo gestor, com a finalidade de
planejar, dirigir e controlar as finanças públicas, é o orçamento público. Sendo a partir deste
que o Estado executa suas funções e busca garantir o interesse coletivo. Sua forma consiste na
fixação das despesas, a partir de um cálculo estimado das receitas de cada período ou
exercício. De acordo com Rezende (2006), a Receita é definida como a arrecadação de
recursos, podendo ser dividida em três óticas: a ótica da captação, da origem e do orçamento.
Já a Despesa, é analisada a partir: da finalidade, da natureza do gasto e do agente encarregado
da execução.
O objetivo desta obra consiste na investigação sobre a obtenção e o dispêndio de
recursos públicos no município de Laranjeiras do Sul/PR entre o período de 2002 e 2016.
Portanto, indaga-se: Qual o nível de impacto da Despesa Municipal Total sobre o crescimento
econômico de Laranjeiras do Sul/PR no período de 2002 a 2016?
Com a finalidade de melhor expor a análise desenvolvida a seguinte obra fica dividida
em seções: Introdução, Gastos Públicos e Crescimento Econômico, Orçamento Público,
Metodologia, Resultados e Considerações Finais.

2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1. GASTOS PÚBLICOS E CRESCIMENTO ECONÔMICO

Bogoni, Hein e Beuren (2011), afirmam que grande parte dos pesquisadores e teóricos
que decidem se debruçar sobre o estudo das finanças públicas, se preocupam com os impactos
destes no crescimento econômico, uma vez que as alterações dos gastos públicos afetam o
nível de Renda dentro de uma economia.
De acordo com Gremaud et al. (2009) a maneira mais comum de medir o desempenho
econômico de um país é pela soma da totalidade dos bens e serviços finais produzidos pela
economia. No entanto, o ato de se produzir requer que a todo e qualquer fator de produção
seja remunerado. A partir disso temos uma importante identidade, onde:

P roduto ≡ Renda ≡ Dispêndio

Simonsen e Cysne (1995) afirmam que dentre as diversas identidades


macroeconômicas, a identidade entre Produto e Dispêndio se classifica com uma das mais
importantes, onde Y seria o nível de produção interna bruta aos preços correntes de mercado,
C​P seria o consumo das famílias e do setor privado, C​G seria o consumo do governo, I​P seria o
investimento privado, I​G seria
​ o investimento governamental, X​nf as exportações e H​nf as
importações, sendo o que se segue:

Y = C P + C G +I P + I G +X nf −H nf

Assim, através da análise da equação descrita acima, fica evidente que os gastos
públicos podem ter um efeito determinante no nível de Renda de uma economia. O Governo
pode aumentar o nível de Renda de uma economia por meio da expansão dos seus gastos e/ou
por meio da diminuição da tributação, aumentando a quantidade de renda disponível na
economia para consumo e/ou investimento.
Segundo Gremaud et al. (2009) uma política fiscal expansionista é capaz de trazer
impactos positivos sobre a demanda. Entretanto necessita-se de extrema cautela ao se lidar
com déficits públicos. Caso a política fiscal expansionista produza déficits, estes, em algum
momento, deverão ser financiados.
Outro aspecto relevante que devemos levar em consideração é o fato de que, em uma
economia que se encontra com baixa ociosidade dos fatores, o aumento dos gastos públicos
pode não necessariamente indicar um aumento no nível de produto e sim, apenas, um
aumento no nível de inflação.
Assim, conforme indicam Bogoni, Hein e Beuren (2011), o papel do gastos públicos
no crescimento econômico é uma discussão ambígua dentro dos círculos acadêmicos. Barro
​ ogoni, Hein e Beuren (2011) divide os gastos públicos em produtivos e
(1990) ​apud B
improdutivos. O gastos produtivos são positivamente o nível de crescimento econômico,
enquanto os gastos improdutivos são aqueles que afetam não afetam o nível de crescimento
econômico.
Entende-se como gastos públicos improdutivos aqueles que o setor público investe em
áreas que rivalizam com o setor privado, promovendo o efeito deslocamento. Assim, a
alocação de recursos públicos se torna ineficiente (JUNIOR, OLIVEIRA & JACINTO, 2006).
Nesse contexto, procura-se analisar a composição das Despesas e das Receitas
públicas, os principais componentes do orçamento público. Essa composição será evidenciada
abaixo, pela próxima seção.

2.2. ORÇAMENTO PÚBLICO

O orçamento público é o instrumento mais relevante na gestão pública, o mesmo é


previsto constitucionalmente e consiste principalmente na fixação das despesas, com base na
estimativa das receitas, em um determinado exercício. Dessa forma, despesas só poderão ser
efetivamente realizadas se as mesmas estiverem previstas no orçamento, respeitando-se os
princípios da legalidade e da anterioridade (NOBLAT, BARCELOS & SOUZA, 2014).
A Receita Pública Orçamentária, pode ser catalogada conforme: a Captação, o
Orçamento a qual se destina e Origem de onde veio. Segundo Rezende (2006), da perspectiva
da Captação, as receitas podem ser divididas em próprias ou de transferências. As próprias
são aquelas que são captadas pela próprio ente federativo responsável por sua execução e as
transferências são aquelas que vem de repasses entre os entes da federação.
Segundo o Ministério da Fazenda (2012), do ponto de vista da Origem, as receitas
podem ser classificadas em duas categorias econômicas, as Correntes e as de Capital. O art.
11 da Lei nº 4.320/64 detalha que:

§ 1º - São Receitas Correntes as receitas tributária, de contribuições, patrimonial,


agropecuária, industrial, de serviços e outras e, ainda, as provenientes de recursos
financeiros recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, quando
destinadas a atender despesas classificáveis em Despesas Correntes (Decreto Lei nº
1.939, de 20.5.1982).

Logo, estas compreendem as receitas provenientes de tributos, de contribuições, do


patrimônio público e estatal (Patrimonial), de atividades econômicas (Agropecuária, Industrial
e de Serviços) e demais receitas que tem como demanda Despesas Correntes (Transferências
Correntes).
Quanto à segunda categoria:

§ 2º - São Receitas de Capital as provenientes da realização de recursos financeiros


oriundos de constituição de dívidas; da conversão, em espécie, de bens e direitos; os
recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, destinados a
atender despesas classificáveis em Despesas de Capital e, ainda, o superávit do
Orçamento Corrente (Decreto Lei nº 1.939, de 20.5.1982).

Assim, correspondendo àquelas oriundas de operações de crédito, externa ou interna;


da alienação de bens; da amortização de empréstimos e quaisquer outras receitas que possuem
como destino prévio Despesas de Capital.
Quanto à ótica do orçamento, esta divide-se em orçamento fiscal e orçamento da
seguridade social. O orçamento da seguridade engloba todos os impostos, taxas e
contribuições que possuem como destino a seguridade social. Já o orçamento fiscal, engloba
todos os impostos, taxas e contribuição que não tem como destino a seguridade social
(REZENDE, 2006).
Rezende (2006) classifica que a despesa pode ser dividida em três óticas: da Natureza,
da Finalidade e do Agente encarregado da execução. De acordo com Rezende (2006), as
despesas classificadas quanto à Finalidade são distribuídas de acordo com os programas e
subprogramas adotados, previstos e aprovados no orçamento. Considera-se que essa definição
é fundamental para garantir a eficiência e a eficácia dos gastos estatais, uma vez que cada
programa irá necessitar de uma ênfase em uma específica modalidade de gasto.
O sentido de se organizar o orçamento dessa maneira parte do princípio de que os
programas se relacionam com as ações, soluções de um problema e o atendimento de
determinada, sob a forma de atividades ou ações. O orçamento organizado por programas
especifica valores e metas responsáveis pela realização de cada ação, uma vez que cada
despesa estará associada à um produto em específico (MINISTÉRIO DA FAZENDA, 2012).
Quanto ao agente encarregado da execução, Rezende (2006) afirma que a
categorização dos gastos é feita de acordo com as vários projetos e subprojetos
governamentais, delineando as ações e as atividades exercidas pelo governo. Dessa forma,
subdividem-se conforme as funções governamentais.
No que tange a Natureza da despesa, a mesma pode ser classificada em: Despesa
Corrente e Despesa de Capital. Nesse sentido, as Despesas Correntes correspondem ao
conjunto de gastos de ordem operacional, com finalidade de se manter o funcionamento da
máquina pública. Já as Despesas de Capital, consistem em gastos para a formação de um
capital (REZENDE, 2006).
De acordo com o Ministério da Fazenda (2012), atual Ministério da Economia,
classificam-se como Despesas Correntes: Gastos com Pessoal e Encargos Sociais, estas são
dispêndios de quaisquer espécies remuneratórias, como salários e adicionais; Outras Despesas
Correntes, como gastos com material de consumo; Despesas com Juros e Encargos de
Dívidas, seguem-se de operações de crédito externas e internas, e por último Amortizações da
Dívida, que são despesas com o pagamento e/ou refinanciamento do principal da dívida
pública externa ou interna.
As Despesas de Capital, classificam-se em: Investimentos, englobando planejamento e
execução de obras, aquisição de imóveis, de softwares e hardwares, instalações e
equipamentos, e Despesas com Inversões Financeiras, que se categorizam em despesas com a
aquisição de bens de capital e imóveis já em utilização, aquisição de títulos e etc
(MINISTÉRIO DA FAZENDA, 2012).
Quadro 01 - Classificação das Receitas e Despesas

CORRENTE
ORIGEM
CAPITAL

PRÓPRIA
RECEITAS CAPTAÇÃO
TRANSFERÊNCIA

FISCAL
ORÇAMENTO
SEGURIDADE SOCIAL

CORRENTE
NATUREZA
CAPITAL

PROGRAMAS
DESPESAS FINALIDADE
SUBPROGRAMAS

PROJETOS GOVERNAMENTAIS
AGENTE
ENCARREGADO
SUBPROJETOS GOVERNAMENTAIS

Fonte: ​Elaborado pelos autores.

O Estado, por meio da seu caráter de consumidor e investidor e de suas funções


alocativa, distributiva e estabilizadora, consegue impactar no nível de crescimento econômico
e no bem-estar social. Dessa forma, com a finalidade de se verificar o efetivo impacto dos
gastos públicos, realizou-se uma regressão que, em conjunto com a sua metodologia, será
apresentada nas seções seguintes.

3. METODOLOGIA

3.1. CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA

Quanto a metodologia utilizada, a presente a pesquisa é classificada como


descritiva-exploratória, uma vez que além de criar condições para se obter uma maior
compreensão a respeito do tema abordado, trabalha com a cidade de Laranjeiras do Sul/PR e
suas características. Vergara (1998) classifica a pesquisa exploratória como a qual busca-se
explorar fatos e conceitos de pouco conhecimento científico. Da mesma forma, Mattar (2014),
conceitua esta abordagem como o tipo de estudo onde o pesquisador possui pouca noção
sobre o problema a ser explorado. Essa modalidade de pesquisa é acompanhada, na maioria
das vezes, pela pesquisa descritiva (FERNANDES; GOMES, 2003), que segundo Vergara
(1998, p.45) classifica-se como o tipo de pesquisa que busca expor características de
determinado fenômeno ou população, estabelecendo relações entre as variáveis.
A pesquisa tem caráter bibliográfico, pois buscou-se informações majoritariamente em
livros, artigos e base de dados reconhecidas cientificamente. Vergara (1998) reforça que esse
tipo de pesquisa, construído com base em materiais já existentes, proporciona ao pesquisador
ferramentas analíticas possíveis para outros tipos de trabalho.
A pesquisa é de natureza pesquisa básica, de modo que inexistem de atividades
práticas previstas na mesma. Ademais, destaca-se a abordagem quali-quantitativa
(PRODANOV & FREITAS, 2015).
Escolheu-se como indicador de crescimento econômico o PIB per capita em razão de
que o mesmo é um excelente indicador da riqueza de uma nação, uma vez que o indicador é a
razão entre o somatório de bens e serviços finais produzidos por um país e a população do
mesmo. Dessa forma, conforme Gremaud, Vasconcellos e Junior (2009), esse indicador
apresenta a Renda Média da população ou o acesso médio de cada membro da população à
uma certa quantidade de bens e serviços.
Segundo Lourenço (2003) é o principal índice de inflação do Brasil, sendo adotado
pelo Banco Central brasileiro para a fixação das meta de inflação. Por isso, optou-se pela
escolha deste índice como um deflator dos valores correntes da Despesa Municipal Total e do
PIB per capita.

3.2. OBJETO DE ESTUDO

Laranjeiras do Sul é um município brasileiro localizado na mesorregião centro-sul do


Estado do Paraná, fundado em 1946. Com uma área total de 673,599 km², o município possui
uma população estimada em 2019 de 32.073 habitantes (IBGE, 2019). Pertencente ao
Território da Cantuquiriguaçu, Laranjeiras faz parte dos 20 municípios que compõem uma das
regiões mais pobres do estado do Paraná, como pode ser observado no mapa abaixo:
Figura 1 - Localização do município de Laranjeiras do Sul.

Fonte: Adaptado de CONDETEC, 2004.

O território Cantuquiriguaçu é delimitado pelos rios Piquiri, Iguaçu, e rio Cantu,


originando, a partir da junção dos nomes desses rios, a identidade do território. Os 20
municípios que fazem parte da região são: Campo Bonito, Candói, Cantagalo, Catanduvas,
Diamante do Sul, Espigão Alto do Iguaçu, Foz do Jordão, Goioxim, Guaraniaçu, Ibema,
Laranjeiras do Sul, Marquinho, Nova Laranjeiras, Pinhão, Porto Barreiro, Quedas do Iguaçu,
Reserva do Iguaçu, Rio Bonito do Iguaçu, Três Barras do Paraná e Virmond (CONDETEC,
2004).
Laranjeiras do Sul, dentre esse, é o mais antigo. Segundo o IBGE, na década de 1980
possuía uma população que correspondia mais de 60 mil habitantes. Até o ano de 2007 foi
considerada a cidade mais numerosa do Território, porém perdeu a colocação para Pinhão e
Quedas do Iguaçu, que hoje contam com uma população de 32.391 e 34.103 habitantes
respectivamente.
Ao observarmos o IDH-M desses municípios é possível verificar que todos são
inferiores ao brasileiro e também inferiores ao paranaense. O IDH-M médio do Território da
Cantuquiriguaçu em 2010 foi de 0,659, visto que o do Paraná foi 0,749 e o do Brasil foi de
0,759 em 2018. A taxa de pobreza também demonstra resultados pouco satisfatórios.
Enquanto a taxa de pobreza do Estado ficou em 6,46% no ano de 2010, a do Território chegou
a 22,02%, ficando Laranjeiras do Sul com 14,43%. Pode-se considerar uma melhora
significativa do município, visto que em 1991 a taxa chegou a 48,49%. Os dados revelam a
necessidade de uma ação pública mais concreta e efetiva.

3.3. COLETA DE DADOS

Os dados referentes ao PIB per capita do município e a Despesa Municipal Total


foram retirados da base de dados do IPARDES, conforme as tabelas abaixo:

Tabela 1 - PIB per capita de Laranjeiras do Sul/PR entre 2002 e 2016.

Produto Interno Bruto per Produto Interno Bruto per


Período
Capita (R$ 1,00) Capita (R$ 1,00) REAL
2002 4.524 4.524,00
2003 5.978 5.563,52
2004 6.056 5.054,35
2005 6.348 5.233,17
2006 6.868 5.457,73
2007 7.502 5.538,41
2008 8.465 5.744,94
2009 9.073 6.247,54
2010 9.528 5.922,94
2011 11.066 6.557,07
2012 12.372 6.797,97
2013 15.479 8.069,40
2014 18.255 9.173,48
2015 19.842 9.048,07
2016 21.565 9.194,74
Fonte: Adaptado pelos autores de IPARDES.
Tabela 2 - Despesa Municipais Totais de Laranjeiras do Sul/PR entre 2002 e 2016.

Período Despesas Municipais - Total (R$ 1,00) Despesas Municipais - Total (R$ 1,00) REAL
2002 14.255.379,27 R$ 14.255.379,27
2003 17.041.392,85 R$ 15.859.835,13
2004 19.560.678,00 R$ 16.325.393,88
2005 20.586.036,66 R$ 16.970.723,97
2006 21.672.590,45 R$ 17.222.341,97
2007 24.078.568,75 R$ 17.776.176,91
2008 31.849.091,25 R$ 21.615.022,19
2009 30.141.809,38 R$ 20.755.216,35
2010 35.715.450,13 R$ 22.201.990,79
2011 42.538.754,24 R$ 25.205.984,82
2012 53.378.677,10 R$ 29.329.646,61
2013 55.438.414,14 R$ 28.900.756,54
2014 64.286.161,05 R$ 32.304.993,75
2015 71.711.062,73 R$ 32.700.676,21
2016 83.417.403,64 R$ 35.566.936,07
Fonte: Adaptado pelos autores de IPARDES.

Ainda é cabível salientar a composição da Despesa Municipal Total, esta foi


classificada de acordo com a ótima da Natureza em: Despesa de Corrente e Despesa de
Capital, apresentando a seguinte composição:

Gráfico 1 - Evolução das despesas correntes e de capital do município de Laranjeiras do


Sul entre 2002 e 2016.

Fonte: Elaborado pelos autores, IPARDES.


O PIB per capita e a Despesa Municipal Total foram deflacionados de acordo com o
IGP-DI, conforme a tabela abaixo:

Tabela 3 - IGP-DI entre os anos de 2002 e 2016.


Período IGP-DI
dezembro 2002 23,83
dezembro 2003 7,45
dezembro 2004 11,51
dezembro 2005 1,24
dezembro 2006 3,74
dezembro 2007 7,64
dezembro 2008 8,78
dezembro 2009 -1,44
dezembro 2010 10,77
dezembro 2011 4,91
dezembro 2012 7,84
dezembro 2013 5,4
dezembro 2014 3,74
dezembro 2015 10,2
dezembro 2016 6,95
Fonte: FGV, 2019.

Com o objetivo de verificar se a regressão realizada no software R Studio


efetivamente poderia representar a realidade e se o resultado obtido pode se classificar como
Melhor Estimador Linear Não Tendencioso, utilizou-se os Teste de Durbin-Watson e
Breusch-Godfrey para verificar a existência de Autocorrelação e o Teste Breusch-Pagan para
verificar a presença de Heterocedasticidade.
A presença de Heterocedasticidade pode nos dar resultados imprecisos nos testes de
significância, por isso é fundamental que o pesquisador não considere irrelevante a presença
da mesma em seu modelo.
De acordo com Gujarati e Porter (2011) o Teste Breusch-Pagan surge como método de
análise dos resíduos e tem como objetivo evidenciar a presença de heterocedasticidade. É
importante ressaltar que, apesar de sua efetividade, o teste pode ser sensível a pequenas
amostras.
A Autocorrelação segue o mesmo princípio da Heterocedasticidade, indicando que um
modelo pode não ser significante e eficiente. O Teste de Durbin-Watson é o mais famoso para
a detecção de Autocorrelação, porém este apresenta uma grande desvantagem, a área de
indecisão. A fim de contornar o problema da área de indecisão será usado o Teste de
Breusch-Godfrey, o Teste de Breusch-Godfrey auxilia o pesquisador a verificar a presença de
Autocorrelação e complementa o Teste Durbin-Watson (GUJARATI & PORTER, 2011).

4. RESULTADOS

Esta seção tem como objetivo analisar a correlação entre o PIB per capita e a Despesa
Municipal Total do município de Laranjeiras do Sul/PR entre o período de 2002 e 2016. A
partir do Quadro 1 é possível constatar que existe uma correlação positiva entre as variáveis
de aproximadamente 95,72%

Quadro 1 - Correlação entre as variações do PIB per Capita e da Despesa Municipal


Total entre 2002 e 2016.

Pearson's product-moment correlation

data: y and x
t = 11.931, df = 13, p-value = 2.24e-08
alternative hypothesis: true correlation is not equal to 0
95 percent confidence interval:
0.8731293 0.9860076
sample estimates:
cor
0.957244
Fonte: Elaborado pelos autores.

O Quadro 2 evidencia que 91,63% das variações do PIB per capita, no período
analisado, podem ser explicadas pelas oscilações da Despesa Municipal Total. O P-valor da
regressão apresenta significância, uma vez que os valores ficaram abaixo de 5%. Dessa
maneira, rejeita-se a hipótese nula e os valores são estatisticamente significantes.
Quadro 2 - Regressão entre as variações do PIB per Capita e da Despesa Municipal
Total entre 2002 e 2016.

> rl<-lm(pibpercapita~despesatotal)
> summary(rl)

Call:
lm(formula = y ~ x)

Residuals:
Min 1Q Median 3Q Max
-1073.12 -266.4113.13 253.01 664.17

Coefficients:
Estimate Std. Error t value Pr(>|t|)
(Intercept) 1.580e+03 4.335e+02 3.644 0.00297 **
x 2.145e-04 1.798e-05 11.931 2.24e-08 ***
---
Signif. codes: 0 ‘***’ 0.001 ‘**’ 0.01 ‘*’ 0.05 ‘.’ 0.1 ‘ ’ 1

Residual standard error: 473.9 on 13 degrees of freedom


Multiple R-squared: 0.9163​, Adjusted R-squared:
0.9099
F-statistic: 142.3 on 1 and 13 DF, p-value: 2.24e-08
Fonte: Elaborado pelos autores.

O Teste Durbin-Watson, realizado para um total de 15 amostras, caiu na área de


indecisão. Isto é, não conseguimos determinar a presença de autocorrelação.

Quadro 3 - Teste de Durbin-Watson na regressão entre as variações do PIB per Capita e


da Despesa Municipal Total entre 2002 e 2016.

> dwtest (rl)

Durbin-Watson test

data: rl
DW = 1.6507, p-value = 0.1546
alternative hypothesis: true autocorrelation is greater than 0
Fonte: Elaborado pelos autores.

O Quadro 4 apresenta o Teste de Breusch-Godfrey, este foi usado para evitar a


armadilha da zona de indecisão do teste Durbin-Watson. O Breusch-Godfrey classifica que a
hipótese nula, em que não há a presença de autocorrelação, não pode ser rejeitada aos níveis
de significância de 5%. Dessa maneira temos um forte indicador de que o modelo não
apresenta autocorrelação.

Quadro 4 - Teste de Breusch-Godfrey na regressão entre as variações do PIB per Capita


e da Despesa Municipal Total entre 2002 e 2016.

> bgtest(rl)

Breusch-Godfrey test for serial correlation of


order up to 1

data: rl
LM test = 0.44647, df = 1, p-value = 0.504
Fonte: Elaborado pelos autores.

O Teste Breusch-Pagan, descrito no Quadro 5, detectou que não há presença de


heterocedasticidade na regressão. Ao apresentar um P-valor maior do que 5%, não se pode
rejeitar a hipótese nula de que não há heterocedasticidade no modelo.

Quadro 5 - Teste de Breusch-Pagan na regressão entre as variações do PIB per Capita e


da Despesa Municipal Total entre 2002 e 2016.

> bptest(rl)

studentized Breusch-Pagan test

data: rl
BP = 1.9343, df = 1, p-value = 0.1643
Fonte: Elaborado pelos autores.

Dessa forma o modelo pode ser considerado como Melhor Estimador Linear Não
Tendencioso, podendo ser significativo e possuindo capacidade explicativa relevante sobre a
realidade.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O objetivo desta obra foi verificar qual o nível do impacto de uma alteração nos gastos
públicos municipais totais sobre o crescimento econômico de Laranjeiras do Sul/PR no
período entre 2002 e 2016.
Embora, na literatura econômica, existam alguns autores que destacam uma correlação
negativa entre as variáveis Crescimento econômico e Gastos públicos, verificou-se que ao
longo do período estudado a correlação entre os gastos públicos e o crescimento apresentou
uma correlação positiva. Através das análises do modelo econométrico, apresentado na seção
Resultados, identificou-se que as variações no PIB são pouco significativas, porém positivas.
De acordo com a regressão, vista no Quadro 2, a cada R$ 1,00 de despesa pública municipal
há um aumento de cerca de R$ 0,0002145 na Renda per capita, isto é, a influência de um
aumento nas despesas públicas possuem uma ínfima contribuição no PIB.
Ademais, identifica-se limitações no modelo, ao não considerar demais variáveis,
como por exemplo: investimento privado, consumo das famílias e setor externo. Em adição, o
modelo não dispõe sobre as fontes de financiamento e a Receita Pública. Apesar disso,
destaca-se a confiabilidade do modelo, conforme pode ser observada na seção Resultados, o
modelo se apresenta como o Melhor Estimador Linear Não Tendencioso. Vale ainda ressaltar
que as Despesas Públicas Municipais Totais não podem ser consideradas, nesse caso, como
uma variável determinística para o crescimento econômico do município.
Com base nos resultados encontrados a partir da aferição do estimador, é possível
apurar que, se quisermos, por exemplo, obter um incremento de pelo menos R$ 2,13 no
Produto Interno Bruto per capita, seriam necessários dispêndios monetários de
aproximadamente R$ 10.000,00.
Ainda é cabível salientar que existe a necessidade de novas pesquisas que deem
continuidade com o estudo do objeto abordado, com a finalidade de se obter um grau mais
elevado de compreensão a respeito de produtividade dos gastos públicos e da maneira como o
poder público diretamente influencia no crescimento econômico.
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