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O texto Terrestres, Resolvam Seus Pró- Fantástica a matéria UFOs Registra-


ASHTAR SHERAN prios Problemas!, de Andréia Tscheidel dos Atrás do Sol. O autor Pedro Luz Cu-



está incrível. A ironia da autora mostra nha soube explorar o assunto de forma pre-


Inacreditável a capa de UFO 85. Mi- muito bem a que tipo de trabalho os com- cisa e correta. Sem dúvida alguma, é um



nha primeira reação foi questionar a vali- panheiros de Ashtar Sheran se dispõe a re- tema que merece destaque. Só espero que


dade da matéria. Mas, ao ler o texto do alizar. Parabéns à UFO por publicar um tex- continuem pesquisando essas ocorrências.


consultor Rogério Chola, cheguei à con- to tão divertido e inteligente. Homero Getulino Paschoal Cruz,



clusão de que não há nada mais a ser dito. Aguinaldo Justino Maia, Santarém (PA)


Parabenizo a revista pela excelente edi- aguinaldomaia35@hotmail.com


ção. Sem dúvida, uma das melhores já pu- Fiquei impressionada com as fotos pu-



blicadas nesses quase 20 anos. A idéia da existência de Ashtar Sheran blicadas em UFO 85, na matéria UFOs


João Nemézio Filho, está tão intimamente ligada às pessoas e Registrados Atrás do Sol, do pesquisador


Goiânia (GO) acontecimentos estranhos que fica difícil


Pedro Luz Cunha. Pena que a postura da


acreditar nela. Gosto de Ufologia, mas não NASA, em rejeitar e negar tudo o que diz


Adorei a edição 85 de UFO, especial- desses conceitos duvidosos. Mesmo assim, respeito aos UFOs, continue a mesma!



mente a matéria Ashtar, Um Alien de Olho fico feliz que a revista tenha dado espaço Juliana Menezes Ambrozio,


nos Terrestres, de Rogério Chola, sobre o para alguém apresentar o assunto de ma- Brasília (DF)


polêmico ser. Foi escrita de maneira im- neira tão correta e parabenizo o autor Ro-



parcial e honesta, deixando aos leitores a gério Chola pela matéria.


escolha de acreditar ou não em tal entida- Irineu Pedro Modesto Júnior, POLÊMICA SOBRE MARTE


de. Pessoalmente, mantenho minhas re- Porto Alegre (RS)



servas sobre o assunto. A criação do es- Pelo visto, Marte volta a surpreender

paço para o ombudsman também foi óti- ○ os pesquisadores. Os muros que aparecem

UFO 85

ma, bem como a escolha de Carlos Al- nas fotos do texto Novos Mistérios, Novas

berto Reis para ocupar a função. Polêmicas, de UFO 85, serão assunto

Roberto da Silva Souza, As entrevistas publicadas em UFO es- para muito tempo e, com certeza, muita


Osasco (SP) tão cada vez mais oportunas. A revista tem discussão. Espero que, desta vez, a ci-

mostrado a experiência ência assuma que estamos diante de pro-


Há alguns anos, rece- dos pesquisadores brasi- vas definitivas sobre a existência de vida

bi uma cópia de uma fita leiros e isso é muito posi- extraterrestre inteligente.

com a mensagem de tivo, tanto para a Ufolo- Zélio Catumbi do Amaral,


Ashtar Sheran. Acreditei gia quanto para a nova


Redenção (PA)

por muito tempo que as geração de pesquisado-


coisas ditas por ele eram res, que se motivarão com Muito interessante o artigo do pesqui-

verdade. Depois de ler a o trabalho. E como disse sador Mauro Paoletti, Novos Mistérios, No-

matéria, no entanto, não o ufólogo Roberto Affon- vas Polêmicas. Marte sempre gerou muita

sei se continuo acreditan- so Beck, entrevistado na controvérsia e motivou a imaginação das



do na existência do ser. edição 85, há muito tra- pessoas acerca da existência de alieníge-

Sua história me parece balho a ser feito. nas. Mas ao que parece, desta vez exis-

muito fantasiosa. Clarice N. Tayhume, tem fatos concretos. Parabéns ao italiano



Cristina Medeiros, Osasco (SP) por levantar a questão.


acmedeiros@ieg.com.br Ingrid Schneider Cunha,



Pela primeira vez, li Sempre acompanhei o Xanxerê (SC)


Achei a matéria sobre um texto apresentando trabalho do “caçador de


Ashtar Sheran um desper- sondas” Roberto Affonso


Ashtar Sheran com a ENTRANTES


dício de páginas. O texto Beck, entrevistado em


imparcialidade que o

está bem trabalhado e as UFO 85, que considero


assunto, extremamente

ilustrações são ótimas, um dos melhores pesqui- A matéria Entrantes. Uma nova Gera-

mas tudo isso me parece delicado, pede. Congratulo, sadores do país. Só não ção de Seres Está Chegando à Terra, de

inútil, já que é um tema sobretudo, o bom senso do aceito o fato dele não ter Eustáquio Patounas, é surpreendente. Nun-

sem grande evolução. autor e a coragem da escrito nenhum livro ain- ca imaginei que as situações descritas no

Está claro que nada disso revista ao publicar algo da. Não há dúvidas de que artigo pudessem acontecer. Como sempre,


existe e que se trata de muitos interessados pelo a REVISTA UFO continua nos ajudando a

tão polêmico

uma fantasia. assunto esperam por isso. entender o universo ao nosso redor.

Joana D’Arc Oliveira, — MARIA CÉLIA NUNES, Diogo T. Barros, Margareth Rodrigues de Sousa,

Crato (CE) Londrina (PR) diogotb2003@bol.com.br margousa@globo.com


4 Abril 2003
Não sei o que está acon- A feliz idéia de dar a Car-


tecendo com a UFO. Ultima- los Reis o cargo de ombuds-



mente, tenho visto muitos ar- man só trará bons frutos à re-


tigos esotéricos publicados vista. Depois do significativo



na revista. Gosto dos temas, artigo Para Onde Caminha a A Ufologia Brasileira está andan-


mas não acredito que sejam Ufologia Brasileira, publica- do em círculos? Muitos ufólogos e


apropriados para uma publi- do na edição 70, já sabemos uma parte do público ligado a esse



cação de Ufologia. o que esperar do articulista. assunto pensam que sim. Acredi-


Túlio Ahmed Hajje, Com certeza, esse é um avan- tam essas pessoas que há uma


Foz do Iguaçu (PR) ço na história de UFO. estagnação na casuística mundial



César Villamaior, e nos resultados a que a Ufologia


Até que enfim vejo um Padre Nóbrega (SP) chega em sua trajetória. Pode pa-


Há tempos o


consultor de UFO ter a cora- recer que sim, mas vários fatores
mercado editorial


gem de abordar um tema tão devem ser considerados nesta aná-


delicado em suas páginas. Pa- brasileiro precisava CLONE HUMANO lise, entre eles o de que são nos-



rabéns a Eustáquio Patounas. de uma série como a sos visitantes extraterrestres que


Miriam Luciana Garcia, BIBLIOTECA UFO, com Gostaria de parabenizar o estão controlando a situação de sua


Rondonópolis (MT) trabalho da jornalista Fabrina manifestação na Terra, e não nós.


livros consistentes,


Martinez, redatora de UFO, São eles que dão – ou não dão –
atuais e informativos.


em sua edição 84. O texto Pri- os passos necessários para que se


HOMEM-MARIPOSA E o que é melhor, de meiro Clone Humano Foi tornem mais conhecidos e reconhe-


Essa lenda sempre me in-
autores brasileiros
— IRANI MARTINS,
” Inspirado em ETs é uma ma-
téria bem escrita, gostosa de ○



cidos. E é de sua ação direta que
depende a aceitação que o mundo
teressou, por isso foi um pra- Campos (RJ) ler e interessantíssima. Não terá quanto à sua existência. Não

zer ler a matéria A Verdadeira tão complexa quanto a de somos nós, os ufólogos, que dita-

Origem do Homem-Mariposa, do autor Vanderlei D’Agostino, que se manteve téc- mos as regras. Pelo contrário, so-

Thiago Luiz Ticchetti. Há tempos, relacio- nico demais em suas palavras, no texto Mo- mos conduzidos por elas.


nava o assunto com a Ufologia, mas nunca vimentos de Culto aos Extraterrestres, tra- Mas uma chance de se testar

tinha visto nada profundo sobre isso. Cer- tando quase do mesmo assunto. se há mesmo tal estagnação está

tamente, o texto resolveu essa questão. Rafael Amorim, se aproximando. De 01 a 04 de maio



Ibsen Paulino Câmara, vix206919@terra.com.br próximo, Curitiba sediará um grande



Três Corações (MG) evento de Ufologia, com estudiosos


renomados de todas as partes do


BIBLIOTECA UFO

A relação entre o homem-mariposa e o Brasil e alguns do exterior – entre



Fenômeno UFO sempre existiu. Aliás, tam- eles, o entrevistado dessa edição,

bém é clara a ligação dos ETs com fadas, O livro do pesquisador Marco Petit, Bob Pratt, o médico e o professor


gnomos, santos, demônios, elfos, anjos e Contato Final, O Dia do Reencontro norte-americanos Roger Leir e Da-

muitos outros seres que já foram vistos [LV-13], é um dos melhores que li des- vid Jacobs, e o astronauta Brian

em todo o mundo e tomados como so- de que passei a acompanhar a BIBLIO- O’Leary. Juntos, estes ufólogos mos-


brenaturais ou criaturas religiosas. TECA UFO. Sua teoria sobre a interfe- trarão, em quatro dias de palestras

Manaíra Cristina Pinto, rência alienígena na evolução da raça e debates, o que há de novo e o que

humana é incrível. Aliás, incríveis fo-


Salvador (BA) se espera para o futuro da discipli-



ram os resultados de todos esses anos na. A expectativa em torno do acon-


de pesquisa. Não vejo a hora de adqui- tecimento é intensa, visto que Curi-

OMBUDSMAN

rir a nova obra da série. tiba é renomada



Rogério Albuquerque Mattos, por acolher os


Fiquei surpresa com a nova seção do São José dos Pinhais (PR) principais eventos


ombudsman da REVISTA UFO. Sou jor- na área que já


nalista e sei que assumir nossos própri- Li o livro de Wallacy Albino, O Misté- aconteceram no

os erros numa publicação em que traba- rio dos Círculos Ingleses [LV-12], e me Brasil. Os interes-


lhamos não é fácil. Porém, tal procedi- junto aos que teceram os merecidos elogi- sados em confe-

mento garante uma melhora significati- os ao autor. Entretanto, seu único “peca- rir este evento po-

Getty Images

va nos resultados. E todos ganham com do” foi não ter colocado mais 200 fotos.

dem checar um

isso, principalmente o leitor. Carlos Alberto Reis, detalhado anún-


Maria Regina Guerreiro, ombudsman de UFO, cio nesta edição.



mrg_jor@yahoo.com.br carlos.reis@atitude.com.br

Abril 2003 5
da existência de tos se aproxi-


RÚSSIA PUBLICA ARQUIVOS SECRETOS vida extraterrestre, mavam e dis-



recolhiam materi- tanciavam e,


Após o governo inglês liberar arqui- ais e depoimentos no momento


vos sobre as ocorrências ufológicas, ago- sobre o assunto. A em que as na-



ra é a vez dos russos. Os documentos do primeira publica- ves estavam mais

ex-serviço secreto soviético, a KGB, tor- ção do jornal rela- próximas, ficaram

naram-se públicos através do jornal Kom- cionada a esse a uma altura entre

somlskaya Pravda, que já tinha revelado caso foi em junho 60 e 20 m do solo.

Arquivo UFO

que a agência enviou aviões para sobre- de 1989, quando A cerca de 300 m

voar o território russo em diversas ocasi- três UFOs sobre- das testemunhas,

ões, perseguindo ou detectando UFOs. Os voaram o polígono pareciam tirar fo-


documentos registram observações de na- atômico de Kaspu- A SUPOSTA QUEDA de um UFO em Sverd- tos do polígono,

tin Yar, ao Sul da lovsk, em 1968, está entre os casos emitindo um forte

ves alienígenas desde a queda do regime


comunista. Foram entregues em 1991 ao Rússia. Os objetos liberados pela super secreta KGB raio de luz. O co-

cosmonauta Pavel Popovich, presidente tinham forma de mando da base or-



da Associação Pan-Russa de Estudo dos disco, diâmetros entre 4 e 5 m e uma cú- denou a decolagem de um caça para in-


OVNIs. Em carta ao cosmonauta, um ge- pula luminosa. O fato foi relatado à KGB terceptar as naves, mas não obteve suces-


neral da KGB explica que, apesar dos ser- por vários militares que testemunharam a so, pois elas se afastaram imediatamente,



viços secretos não sustentarem a certeza ocorrência. Ainda segundo eles, os obje- evitando qualquer tipo de contato.

ISTOÉ REVELA QUE FAMOSOS TIVERAM CONTATOS COM UFOS RACHEL DE QUEIROZ — “Na época, 1960,

estava em moda falar sobre disco voador


A edição de 17 de março de 2003 da revista IstoÉ Gente, traz como matéria de


e nós acreditamos que aquilo fosse um.


capa diversos relatos de famosos que observaram UFOs. Foram entrevistadas oito Não era uma estrela cadente, não era

personalidades que narram suas experiências. São elas o vj da MTV Edgard Picolli, a avião, de maneira alguma. Não seria ne-

escritora Rachel de Queiroz, os atores Carlos Vereza e Norton Nascimento, os can-


nhum meteoro, nenhuma coisa da natu-


tores Fábio Júnior e Sandra de Sá, o apresentador Amaury Jr. e o desenhista Maurí- reza – com aquela deliberação no vôo, com

cio de Sousa. A matéria introduz o tema com o avistamento ocorrido no ano passa-

aqueles caprichos de parada e corrida, com


do, quando mais de 160 pessoas observaram um UFO com cerca de 200 m sobre a

aquele jeito de ficar peneirando no céu,


cidade de Chulucanas, Equador. O fato tornou-se público quando, em 25 de feverei- como uma ave. Dentro daquilo havia uma

ro, o Escritório de Investigação de Fenômenos Aéreos Anômalos, do Peru, revelou


coisa viva, consciente”.


que sua força aérea está analisando três vídeos amadores que registraram a apari-

ção. O consultor de UFO Mário Rangel, autor de Seqüestros Alienígenas. Investigando FÁBIO JÚNIOR — “A

a Ufologia com e sem Hipnose [LV-07], em entrevista à revista, afirmou que a tendên-

minha experiência

cia dos alienígenas é tentar contato com pessoas famosas, já que a mídia está mais mais impressionan-

aberta a elas. As experiências relatadas são as mais diversificadas. Enquanto uns te aconteceu no Rio

acreditam ter visto uma nave-mãe, como é o caso de Norton Nascimento, Amaury Jr.

de Janeiro em 1980.

relatou ter tido até 40 avistamentos. Contudo, o mais impressionante é a disposição Eu tinha terminado

dessas pessoas em falar sobre um assunto tão polêmico e evitado.


Divulgação

de gravar capítulos

de uma novela e

NORTON NASCIMENTO — “Procurei um ufó- privilegiada, tenho um voltava sozinho para



logo para buscar explicações para esses telescópio por compu- casa no Recreio dos Bandeirantes. Por


mistérios. Perguntei tudo: como são, o tador que mapeia o volta das 03h00 olhei pela janela e vi duas

que querem na Terra e também como de- céu. E por passar os naves bem próximas ao meu carro. Uma

veria me portar caso me deparasse com fins de semana pros- de cada lado. Comecei a acelerar e elas


ETs. Aprendi que devo dizer a palavra Je- pectando o espaço, já continuavam em cima de mim. Buzinei,

Internet

sus ou fazer o sinal de um triângulo na vi discos voadores mais apaguei os faróis, depois acendi de novo
○ ○

testa. Se eles responderem, são do bem. de 40 vezes. A primei- para ver se acontecia alguma coisa ou

Os do mal não respondem”. ra vez foi em 1986. Minhas visões foram se elas paravam. Quando percebi, o ve-


sempre a distância e se diferenciaram umas locímetro marcava 180 km/h. No final


Amaury Jr. — “Tenho um sítio em Vinhedo, das outras. Mas todas foram fascinantes. da Avenida das Américas, em cima de

à 76 km de São Paulo, que fica no morro, Algumas naves eram esféricas, outras em uma ponte, as naves se separaram e foi


logo depois da Serra do Japi. Além da visão formato de pratos”. uma para cada lado”.

6 Abril 2003
culos, sendo possível observar luzes de


ONDA É PESQUISADA EM BRASÍLIA coloração roxa, alaranjada e esbranquiça-




da ao redor da superfície da nave, pulsan-



O ufólogo brasiliense e coordenador do pausadamente enquanto ela girava so-



AVIÃO PERSEGUIDO POR UFO


internacional da REVISTA UFO Thiago bre seu eixo. Após alguns minutos, a tes-



Luiz Ticchetti informou novos casos no temunha chamou seu filho Pedro Luiz



Distrito Federal. Segun- Galo para contemplar Segundo o informe Filer´s Files



do ele, às 22h15 de 01 o silencioso objeto, [www.geogefiler.com], de 05 de mar-


de março, o senhor que depois de realizar ço de 2003, uma família observou


Aurézio Galo observou movimentos de vai e um UFO discóide se deslocando por



um estranho objeto cir- vem, para cima e para baixo de um avião sobre Olympic


cular sobre a localida- baixo, desapareceu da Mountains, no Estado de Washing-


de de Gama do Este, à vista das atônitas tes-


ton. A reportagem afirma que o UFO


45 km de Brasília (DF). temunhas. Ticchetti seguiu o avião por 10 segundos e


A testemunha relatou a continua a investiga- rumou em direção norte.



Ticchetti, que é diretor ção e já tem informa-
UFO Photo Archives


da Entidade Brasileira ções de outros casos LUZ NO SRI LANKA


de Estudos Extraterres- nas rendondezas, con-



tres (EBE-ET), que viu figurando uma possí- Também no dia 05 de março


o objeto usando binó- vel onda ufológica. de 2003, foi relatada a presença


de um UFO próximo a uma base



militar em Hingurakgoda, Sri Lanka.


○ O avistamento ocorreu às 17h15
SANDRA DE SÁ — “Estava com uns qua- MAURÍCIO DE SOUSA — “Se eu fosse pelo do dia 18 de fevereiro de 2003 e

tro amigos deitada na rede da varanda lado da imaginação de desenhista de his- foi presenciado por vários oficiais.


de uma casa em Maricá, Estado do Rio, tória em quadrinhos diria que podem ser Segundo testemunhas, o UFO era

quando avistei uma luz que vinha de lon- de outro plano, outra dimensão. De re- tubular e se deslocou pelo céu por

Colaboraram Carlos Airton Albuquerque, Mário Rangel, Daniel Muñoz, Fernando de Aragão Ramalho, Paulo da Silva Coutinho

ge e foi aumentando. Era um objeto imen- pente são manifestações de viagens no oito minutos, a cerca de 50 km da


so. Quando chegou perto, ficou alguns tempo, do passado, ou do futuro, onde base e a uma altura de 1.600 m.

segundos com uma luz muito intensa e, nós mesmos ob-


NAVE CILÍNDRICA NO RIO


de repente, foi para trás e sumiu. Fomos servamos e estu-



ainda para a beira da praia ver se conse- damos o planeta



guíamos olhar mais alguma coisa. Fiquei em diversos mo- Às 22h30 do dia 03 de março


Cortesia Maurício de Sousa

morrendo de medo, porque tudo que é mentos. Para mim de 2003, um UFO tubular foi avis-

desconhecido assusta”. é a explicação tado no Rio de Janeiro (RJ). Um


mais aceitável des- estranho objeto alongado se deslo-



CARLOS VEREZA — “Por volta das 23h00 de que Einstein es- cava lentamente, apresentando

vimos uma esquadrilha de discos voado- tabeleceu que o uma luz faiscante em seu centro e

res. Contei cinco naves mais próximas, ha- tempo não existe”. roxa nas extremidades. O UFO emi-


via outras distantes. Voavam em curva, fa- tia um feixe de brilho intenso na to-

ziam ângulo reto, paravam no ar e gira- EDGARD PICOLLI — “Era verão de 1998 nalidade azul esbranquiçado que ilu-


vam. Era como se eles se desmateriali- e eu cheguei sozinho à casa do meu so- minava seu corpo.

zassem em um lugar e se materializassem gro na Riviera de São Lourenço, litoral


em outro. Mal dava para acompanhar os de São Paulo. Por volta das 23h00, es- OBJETO VISTO EM ALAGOAS


movimentos. E mudavam de cor sem pis- tava na piscina e vi na altura da Serra



car. De tom azul bebê para o laranja, dei- do Mar uma seqüência de cinco luzes Em 08 de março de 2003, Pau-

xando um rastro no redondas que rodavam, duas de uma cor lo Silva Coutinho informou na lista


céu como se pas- e a do meio maior, alternando entre o de discussões da REVISTA UFO [http:/

sássemos um lápis vermelho e o amarelo. Ficaram uns 30 /br.groups.yahoo.com/group/


colorido. Foi muito segundos pairando no ar. Depois desce- Revista_UFO] que um UFO cruzou


agradável. Não sei ram metade da altura e ficaram mais 40 o céu de Maceió em direção ao alto-

se foi uma experiên- segundos rodando, rodando. Aí foram mar. A velocidade era moderada,


cia mística, mas baixando devagar e sumiu na serra, como apresentava luminosidade que pul-

houve uma altera- se tivessem pousado. Eram UFOs por- sava em intervalos regulares de


Internet

ção de consciência que helicóptero não roda luz colorida e aproximadamente 10 segundos.


de todos nós”. faz barulho e, pela distância”.



Abril 2003 7
Alienígenas representam perigo no Nordeste
A
idéia angelical e benevolente que panorama da grave situação nordes- vezes no país, sendo a última em setem-


muita gente tem dos seres que tina. Ele é Bob Pratt, um veterano jor- bro de 1999. E continuarei indo às re-



nos visitam em seus fantásticos nalista norte-americano que tem no giões atingidas por esses casos, pois mi-


veículos espaciais cai por terra quan- seu currículo dezenas de viagens ao nha pesquisa não está concluída.


do se olha com atenção para a casuís- Brasil e a vários outros países, onde



tica ufológica nordestina. Nos ensola- investigou todos os tipos de ocorrên- UFO — Você encontra ufólogos bra-


rados estados do Nordeste brasileiro, cias envolvendo UFOs e seres extra- sileiros durante suas visitas ao país?


castigados pela seca, miséria, subnu- terrestres. “Mas foi no Brasil que mais BOB — Sim, com vários. E gostaria de



trição e abandono, outra cruel situação me surpreendi com a brutalidade com dizer que aprendi muito sobre a casuística


apavora e vitima ainda mais seus mo- que as pessoas são tratadas por nos- ufológica brasileira com os pesquisadores



radores – especialmente os de longín- sos visitantes”, declarou. locais, que primeiro investigavam os casos


quos pontos do Sertão. Bob é com certeza o e depois compartilhavam suas informações


Sem que a Ufologia te- estrangeiro que mais co- comigo. Sou especialmente grato a Húlvio



nha ainda uma explica- nhece a casuística bra- Brandt Aleixo, Jean Alencar, Reginaldo de


ção, é nesses locais que sileira – e provavelmen- Athayde, Alberto do Carmo, Irene Gran-


têm sido registrados te a conhece melhor e chi, Rogério Freitas, Vitório Pacaccini,



terríveis ataques de mais profundamente que Daniel Rebisso e Ubirajara Franco Rodri-
UFOs e ETs a seres hu- a grande maioria de nos- ○

○ gues. E também, especialmente, a Cynthia
manos, resultando em sos próprios ufólogos. Luce, uma pesquisadora norte-americana
Cortesia do entrevistado

graves conseqüências Em virtude disso, é dele que residiu em Petrópolis (RJ) por mais de

físicas e mesmo seqüe- a 14ª obra da coleção 25 anos e trabalhou comigo em cinco das

las psicológicas – e às BIBLIOTECA UFO, Perigo minhas últimas visitas ao Brasil.


vezes, até mortes. Alienígena no Brasil,


Tais fatos já foram sendo lançada neste UFO — Existem outras áreas de peri-


bem expostos por ufó- mês [Veja encarte Su- go ufológico como as nossas, no mundo?
Procuro manter primentos de Ufologia].

logos brasileiros em BOB — Talvez existam. Mas, segun-


UFO, entre eles nosso a mente aberta a Entrevistado por nossa do minha avaliação, sem o grau de peri-

co-editor Reginaldo de colaboradora e também culosidade contido nos fatos que aconte-
todos os aspectos estudiosa Vera Filizzo-

Athayde, que reside em ceram – e ainda podem estar acontecendo


do Fenômeno UFO, la, proprietária do site


Fortaleza (CE) e percor- – no Brasil. Certamente, pessoas também


reu durante quase três Jornal Infinito [www.jor- foram feridas e mortas por UFOs em ou-
que no Brasil tem

décadas todos os esta- nalinfinito.com.br], Bob tros países, mas estes incidentes se mos-

uma diversidade

dos da região pesqui- mostra o que pensa da tram muito menos freqüentes se compa-

sando tais ocorrências. situação e encontrou rados com os brasileiros.


simplesmente

Agora, outro renomado de mais grave nos es-


exuberante

ufólogo apresenta um tados nordestinos. UFO — Jacques Vallée também esteve


no Brasil e acredita que uma luz amarela


UFO — Em seu livro Perigo Alieníge-


até mesmo evidências conclusivas de que e retangular seja a provável causadora das

na no Brasil, que acaba de ser lançado pela algumas testemunhas morreram durante ou queimaduras e ferimentos na maioria das


BIBLIOTECA UFO, você revela casos assom- após os encontros com extraterrestres. pessoas que sofreram perseguições e ata-

brosos de ataques a seres humanos. Você ques. O que pensa disto?


tem idéia de por que o Brasil é recordista UFO — Como começou sua investi- BOB — Não estou a par desses casos


nesse tipo de ocorrência? gação dos casos brasileiros? narrados por Vallée. Mas, nas centenas de

BOB — Infelizmente, não. Tenho pro- BOB — Enquanto trabalhava no jor- ocorrências que pesquisei no Brasil, regis-

curado encontrar uma resposta para isso há nal National Enquirer fiz muitas viagens trei muitas em que pessoas foram queima-


mais de um quarto de século, mas não con- a serviço para pesquisar ocorrências ufo- das quando expostas às luzes dos UFOs,

segui. Investiguei centenas de casos de lógicas, e meu jornal se interessava por ou quando atingidas por raios luminosos


UFOs no Brasil – de Pelotas (RS) a Natal casos dramáticos. Depois, ao me aposen- incomuns. Muitos destes incidentes acon-

(RN) – e descobri que muitas pessoas fo- tar, em 1981, resolvi continuar indo ao teceram no Rio Grande do Norte, Ceará,

ram aterrorizadas por estas naves. Encon- Brasil para fazer investigações por minha Maranhão e Pará. Vallée é uma das pesso-


trei inúmeras vítimas com machucados e própria conta. Desde então, estive nove as mais inteligentes e articuladas da Ufolo-

8 Abril 2003
gia Mundial e concordo com muito do que BOB — Não, nunca soube de um caso UFO — Esses são casos realmente cu-


ele diz. O Fenômeno UFO tem uma com- envolvendo tais situações. De qualquer riosos e há muitos outros episódios inte-



plexidade extraordinária, e embora tenha- maneira, estou propenso a me posicionar ressantes registrados em seu livro, não?


mos juntado uma inacreditável quantidade contra tais aspectos. Acredito que o Fenô- BOB — Sim, muitos. Por exemplo, há


de informações sobre sua manifestação, meno UFO seja estritamente físico e que o de um homem que teve uma experiência



acredito que ainda conhecemos muito não tenha nenhum componente paranormal. de perda da noção de tempo [Missing time]


pouco sobre ele. Muitos ufólogos com- Sou criticado por vários pesquisadores, que de umas sete ou oito horas, muito acima


partilham a idéia de que os discos voado- vêem em meu posicionamento algo retró- dos padrões normais. Ele relata que foi le-



res se originam em outros planetas, mas grado. Mas busco manter a mente aberta vado para uma cidade estranha, onde viu


Vallée contesta esta explicação. Ele acre- quanto a todas as possibilidades. uma grande quantidade de pessoas que se



dita que o elevado número de observações vestiam e pareciam muito semelhantes en-


de UFOs, durante séculos, seja uma indi- UFO — A partir de suas investigações tre si. Num dado momento, alguns daque-


cação de que o fenômeno tem uma ori- no Brasil, você formulou alguma teoria les seres postaram-se diante dele e o enca-



gem muito mais incrível do que supomos. quanto à natureza do Fenômeno UFO? raram, e o homem percebeu que falavam


Ele especula que os ETs tenham a capaci- BOB — Os incidentes hostis relatados uns com os outros sobre ele. Outra pessoa


dade de manipular nossa realidade. em meu livro representam uma porcenta- com quatro horas de missing time voltou



gem insignificante de todos os casos que tonta e enjoada de sua experiência, e sua


UFO — Você acha que a hostilidade ocorreram e que estão ocorrendo no país. mulher encontrou nele vários estranhos si-



com que esses seres agem no Nordeste É importante que se diga isso e espero não nais. Havia em seu corpo uma mancha preta


continua acontecendo? dar a impressão de que os UFOs no Brasil e outra azulada, além de um furo atrás do


BOB — Sim, aparentemente, os ata- estão apenas levando o terror ao campo, seu quadril direito. Ele não sabe o que cau-



ques continuam. O primeiro ato de hostili- ferindo e matando pessoas deliberadamen- sou tais ferimentos, mas tinha a sensação

dade que conheci e descrevi em meu livro te. Não é bem assim. Porém, o que está ○ de que seus ossos haviam sido quebrados.

aconteceu em 1976 e, o último, em 1991. acontecendo aí é grave e acredito que as De qualquer forma, o homem ficou inváli-


Tive acesso aos mais recentes casos regis- pessoas devam ser conscientizadas sobre do. Outra vítima, desta vez um jovem, foi

trados em 1992, pesquisando-os pessoal- o assunto. Tenho a sensação de que algu- levitado por um UFO e teve problemas fí-


mente. Embora tenha visitado o Brasil qua- mas civilizações estão estudando os habi- sicos e nos olhos durante anos. Não enten-

tro vezes entre 1992 e 1999, não encontrei tantes da Terra. Um velho fazendeiro rela- do as razões desse tipo de tratamento.

mais casos dessa natureza. Sei que os ufó- tou-me certa vez que ouvira os ocupantes


logos brasileiros têm várias ocorrências de uma nave que o sobrevoava dizerem: UFO — Estes casos nos fazem pensar

estudadas desde então, e que algumas mor- “Ele é muito velho para levarmos”. Outro que somos cobaias para os alienígenas.


tes foram relatadas em anos anteriores às fazendeiro, de 39 anos, viu três seres se- Eles estariam nos submetendo a experiên-

minhas visitas ao Brasil. Porém, não tenho melhantes a humanos dentro do UFO. Eles cias físicas e psicológicas, sem um pingo

conhecimento direto desses casos e prefiro tentaram sugá-lo para dentro do aparelho e de compaixão. O que pensa sobre isto?


escrever somente sobre aqueles que eu pró- um deles encarou o homem com olhar de BOB — No que diz respeito às abdu-

prio investiguei. Mas não ficaria surpreso desdém, como se o esforço de encará-lo ções, em que esses fatos são narrados

se soubesse de novas ocorrências de hos- não valesse a pena. E há ainda o caso de com mais freqüência, não posso me ma-


tilidade de ETs, pois alguns incidentes vêm um adolescente que foi abduzido e devol- nifestar com propriedade por não conhe-

à luz somente muito tempo depois de acon- vido três dias depois, com seus quatro mo- cer o suficiente sobre esses casos. Mas


tecidos. O Brasil é um país enorme, ocu- lares quebrados e o cabelo queimado. em nenhum dos muitos fatos que inves-

pa a metade da América do Sul tiguei houve qualquer coisa


e nele existem vastas áreas ru- que parecesse uma experiên-
rais e selvas, onde poucos ufó- cia de qualquer espécie. Ou
logos residem. A atividade ufo- seja, o que aconteceu às víti-
lógica não cessou no Brasil – mas não era algo programado
nem em parte alguma do mun- nem um experimento cientí-
do – e é possível que existam fico. Acho que se tratava mais
muitos outros casos de extre- da curiosidade dos alieníge-
ma gravidade que talvez nun- nas em saber, por exemplo,
ca venhamos a conhecer. que tipo de criatura somos e
como reagimos.
Cortesia do entrevistado

UFO — Algum dos casos


que você pesquisou foi acom- BOB PRATT entre testemunhas
panhado por atividades psíqui- de avistamentos ufológicos
cas e paranormais por parte no Nordeste, em uma de
das testemunhas? suas visitas à região

Abril 2003 9
UFO — Você esteve em Minas Gerais UFO — Você acredita nos casos de pode influenciar inconscientemente a tes-


e acompanhou o desenrolar do Caso Var- envolvimento sexual entre os ETs e huma- temunha a criar fatos induzidos pela forma



ginha. Qual é sua opinião sobre ele? nos, e o que acha destas situações? como ele conduzir seu questionamento ou


BOB — O caso foi muito bem investi- BOB — Raramente expresso opinião ela entender as perguntas. Isto pode resul-



gado por Ubirajara Franco Rodrigues e sobre casos que não investiguei pessoal- tar na criação de falsas memórias, que tu-



Vitório Pacaccini, auxiliados por outros mente. Ademais, conheço apenas um des- multuam uma investigação ufológica e po-


ufólogos. Visitei a cidade duas vezes, em te gênero para opinar, aconteceu com um dem até invalidar um bom caso.



março de 1996, semanas depois que ocor- jovem que entrevistei em Curitiba, nos anos



reu o incidente, e em agosto de 1997. Con- 70. Ele era estudante de uma escola técni- UFO — Como você sugere que uma


versei com algumas das testemunhas e exa- ca e residia em Pelotas (RS). Foi lá que ele pessoa se comporte diante da possibilida-



minei cuidadosamente as áreas onde ocor- viu um UFO numa determinada noite, de de ter um encontro com ETs?


reram os eventos. Estou convicto de que quando se encontrava no quintal da sua BOB — Esta é uma pergunta difícil de


este é um caso sólido. As criaturas que fo- casa, passando por uma experiência de mis- ser respondida, especialmente se você es-



ram capturadas pelas autoridades eram sing time. Sob hipnose, o rapaz revelou que tiver se referindo a uma abdução. O pro-


muito diferentes de nossos animais e seria fora levado para bordo da nave e lá manti- blema está na expressão “diante de”, que


impossível que tivessem sido confundidas vera relações sexuais com uma tripulante. você usou. Mas se me questionar como



com eles. Curiosamente, as testemunhas Quando o interroguei, no entanto, ele não deve agir uma pessoa “durante” uma ab-


nos contam que tais criaturas pareciam tí- apresentou os fatos que revelara sob hip- dução, eu diria que ela deve ser bastante



midas e não ameaçadoras. nose. Tudo o que se lembrava fora da hip- cooperativa com os seres que a abduziram.


nose era que havia visto uma luz sobre uma Segundo a casuística ufológica, os abduto-


UFO — Na sua opinião, os ETs são árvore e, em seguida, que sabia que se tra- res raramente machucam suas vítimas. Na



provenientes de outros planetas do nosso tava de um UFO, mas que o mesmo já es- maioria das vezes, estas retornam relativa-

Sistema Solar ou de fora dele? tava indo embora. O jovem ainda se lem- ○ mente sem seqüelas. Pessoalmente, não

BOB — Meu pensamento é o de que


brava ter ouvido alguém dizer: “A missão gostaria de ter um contato muito próximo

sejam provenientes de outras dimensões ou já está concluída” [Bob fala do seqüestro com ETs, porque acredito que seja altamen-

universos paralelos. Creio que um dia nós do jovem José Inácio Alves, investigado te perigoso. Mas se eu passasse por uma


estaremos capacitados para visitar outros pelos falecidos ufólogos Walter Bühler e experiência de abdução, manteria uma pos-

planetas, dimensões ou universos parale- Luiz do Rosário Real. Ver UFO 70]. tura de serenidade, sem entrar em pânico


los, e quando isso ocorrer, nós é que sere- ou buscar lutar contra os meus captores.

UFO — Você considera a hipnose


mos os ETs para aqueles que residem nes- Tentaria também memorizar tudo o que

ses mundos. E tal como fazemos hoje, eles uma ferramenta adequada para a com- eu visse, ouvisse, cheirasse e sentisse a bor-


divagarão a nosso respeito e, quem sabe, preensão dos casos em que há sensação do da nave – além, é claro, do que os alie-

até decidam nos pesquisar. de perda da noção do tempo? Ou acha nígenas me dissessem. Só assim, quando

que ela confunde ainda mais as testemu- fosse devolvido, poderia descrever tudo


UFO — Você acha possível o que pen- nhas a respeito do que lhes aconteceu o que se passou. Bem, mas isso é o que

sam alguns estudiosos de psicologia trans- durante suas experiências? penso que faria, mas ninguém sabe como


pessoal, que o mundo mitológico tem uma BOB — Eu acredito que um hipnotiza- irá reagir num caso desses.

realidade que interage conosco, podendo dor competente e bem treinado, preferivel- Por outro lado, Vera, se sua pergunta

influenciar a criação de casos ufológicos? mente um médico, pode ajudar a pessoa a tiver a intenção de determinar como alguém


BOB — A idéia de que diferentes rea- se recordar do que lhe aconteceu durante o poderá se comportar depois de uma abdu-

lidades possam existir aqui na Terra é nova missing time. Mas um hipnotizador que não ção, acho que seria razoável imaginar que


para mim, uma coisa que nunca conside- seja profissional sua vida jamais seria a mesma.


rei antes. Mas um grande amigo Sim, pois você teria tido a mais
meu se convenceu de que as cha- Estou indo ao inacreditável experiência da sua
madas “realidades alternati- vida. E talvez seja necessária
vas” existem e tem se forçado Brasil em maio para uma ajuda psicológica para
em me fazer aceitar esta pos- lançar meu livro e auxiliá-la a como lidar com suas
sibilidade. Por enquanto, ain- emoções. Eventualmente, uma
da não estou convencido. De participar de um pessoa que passe por essa experi-
qualquer forma, mantenho a evento de Ufologia ência gradualmente recuperará
mente aberta, pois há vários seu senso de normalidade e será
anos eu sequer acreditava em em Curitiba, onde irei capaz de raciocinar sobre o acon-
UFOs. Tudo é possível, até que mostrar um pouco dos tecido. Mas se o fato a que você se
se prove o contrário. Fechar uma refere não é tão grave quanto uma
casos que pesquisei


janela à qualquer possibilidade abdução, mas apenas um contato,
é errar por antecipação. no Nordeste suponho que a vida da pessoa en-

10 Abril 2003
Nossa Homenagem
Ademar Eugênio de Mello, um dos grandes pensadores da
Ufologia Brasileira, que estimulou seu crescimento e maturidade
acrescentando a ela um imprescindível tempero holístico
Arquivo UFO

volvida simplesmente seguirá seu curso UFO — Você tem idéia do resultado UFO — Como você vê o futuro da pes-


mais ou menos igual ao de antes. Claro, das investigações de Hollanda, que fica- quisa ufológica no mundo?



isso depois que se recuperasse de seu as- ram conhecidas como Operação Prato? BOB — Com reservas. Os ufólogos


sombro diante do acontecimento. Como BOB — Embora a investigação da FAB norte-americanos, por exemplo, brigam



aconselhamento final, sugiro a quem pas- tenha sido encerrada por ordens superio- muito entre si, em contendas muito desa-



sou por isso localizar um ufólogo para nar- res depois de quatro meses de iniciada, gradáveis e contraproducentes. Suspeito


rar-lhe o acontecimento. Hollanda e Costa continuaram pesquisan- que isto aconteça também em outros paí-



do por conta própria os fatos, durante um ses. Isso impede, em grande parte, o de-


UFO — Alguns ufólogos acreditam que ano. Mas quando a investigação oficial senvolvimento da Ufologia. O ceticismo e



a política de acobertamento de informa- terminou, eles compilaram um arquivo o questionamento são bons e necessários à


ções ufológicas, principalmente nos EUA, contendo centenas formação de uma


esteja mais intensa hoje do que no passa- de páginas com tes- autocrítica na área,

do. O que você pensa sobre isso? temunhos, depoi- mas ataques pesso-

BOB — Não conheço os mecanismos mentos, esquemas e ais destroem todas


do governo norte-americano quanto a isso, mapas traçando os as chances de se for-



embora já tenha ouvido muitas histórias a caminhos que os jarem alianças de


respeito. Os ufólogos crêem que tais ma- UFOs faziam na cooperativismo na


nobras visam desviar a atenção das pes- região. Também pesquisa – o que

soas e fazê-las crer que o Fenômeno UFO continha centenas poderia levar à so-

é uma tolice. Com certeza, é claro, o go- de fotos desses ob- lução do Fenômeno

verno dos EUA sabe que não é e não re- jetos e vários filmes UFO. O falecido J.

vela o que já descobriu a respeito. Já o das naves que havi- Allen Hynek, o pri-

governo brasileiro tem se mostrado bem am atacado e quei- meiro cientista a


Cortesia do entrevistado

mais aberto nesta questão, mas talvez tam- mado muitas pesso- afirmar publica-

bém não esteja revelando muito do que as. Todo material mente que os UFOs

sabe sobre o assunto. Um exemplo disto é foi enviado para o deveriam ser estu-

a imensa quantidade de casos existentes quartel-general da dados seriamente,


nos arquivos da Força Aérea Brasileira FAB, em Brasília, tentou fundar uma

(FAB), relativos às investigações que seus onde repousa até organização mundi-

agentes fizeram durante a grande onda ufo- hoje, mais de um FRANCISCO DE SOUZA descreve como, al de ufólogos qua-

lógica de 1977 e 1978. quarto de século numa noite de janeiro de 1979, so- lificados para agi-

O epicentro se deu em Belém (PA) e após os aconteci- freu uma tentativa de abdução. Um rem em conjunto.

envolveu todas as regiões ao redor, prin- mentos [UFO pu- aparelho enorme subitamente apa- Não conseguiu. De-

cipalmente a área de Colares, ao norte blicou várias maté- receu sobre sua cabeça e ele se pois dele, muitos

da cidade. Os oficiais da FAB estiveram rias sobre o que sentiu puxado para dentro do obje- também tentaram,

durante quatro meses sob o comando do Bob se refere, inclu- to, mas se agarrou a uma palmeira sem sucesso. Para

coronel Uyrangê Hollanda, investigando sive uma longa en- para não ser levado. Este é um dos Hynek, o grande

as aparições em todo o Estado. Encon- trevista com o coro- casos pesquisados por Bob Pratt problema de então

trei-me com ele, pela primeira vez, no nel Uyrangê Hol- – que é o mesmo de

ano de 1979 e conversamos sobre as in- landa, feita pelo editor A. J. Gevaerd e o agora – é que a Ufologia ainda não havia


vestigações de sua equipe. Depois disso, co-editor Marco A. Petit, que pode ser con- adotado normas de conduta e qualquer um

nos encontramos outras três vezes, sen- ferida nas edições 54 e 55]. pode nomear-se um expert no assunto. Em


do a última em agosto de 1997, quando 1983, no 2º Congresso Internacional de



Cynthia Luce e eu passamos dois dias UFO — O que houve em Colares que Ufologia, em Brasília, os ufólogos tenta-

com ele em Cabo Frio (RJ), onde estava levou as autoridades a iniciar a operação? ram unificar a área e assinaram um acordo


morando após se aposentar da Força


Um celeiro de
BOB — Durante a onda que atingiu a criando uma entidade mundial que regula-

Aérea. Em 1979, falei também com o região, principalmente em 1977, muitas mentaria as atividades no setor. Porém, a

sondas ufológicas

sargento Flávio Costa, ajudante de Hol- pessoas foram afetadas por raios emana- idéia também sucumbiu. Isso é uma pena,

landa durante as investigações, que fale- dos dos UFOs que sobrevoavam a área à porque uma organização mundial de ufó-

ceu de ataque cardíaco há alguns anos. A baixa altitude. Elas sofreram queimadu- logos seria uma boa idéia. Mas se eles bri-


pesquisa de UFOs e sondas na Amazô- ras, principalmente, no pescoço e no pei- gam o tempo todo, como podemos pensar

nia foi extremamente bem sucedida, mas to, cobrindo-lhes áreas de 10 a 20 cm2. Os em trabalhar em conjunto, protegendo e as-

o governo brasileiro, mesmo pressiona- médicos que as atenderam disseram que segurando a qualidade das investigações


do pelos ufólogos e pela opinião públi- sempre achavam ferimentos iguais a fu- ufológicas e construindo uma base de da-

ca, ainda mantém os fatos descobertos e ros nas vítimas e, no centro destes furos, dos sólida, que poderia nos levar, um dia, à


ocultos da população. sinais de queimaduras. solução do enigma ufológico?


Abril 2003 11
A
o abordarmos uma tentativa de
classificação dos tripulantes dos
Segundo seu estudo, há 12 categorias bá-
sicas com 23 variações [Ver tabela A]. E
Reinaldo Stabolito
UFOs, entramos num campo mi- conforme seus critérios, cinco pontos dis-
nado. Sem dúvida, essa temáti- tintos serviram como indicadores da cre-
ca é uma das mais controversas dibilidade dos casos que analisou: (a) Nú-
na Ufologia. Basicamente, não há quais- mero de testemunhas. (b) Conceito das
quer provas concretas dos dados. Esta- testemunhas. (c) Outras testemunhas do
mos lidando exclusivamente com depoi- avistamento somente do UFO, supondo
mentos de testemunhas que são, por defi- que esteja relacionado com o avistamen-
nição, subjetivos e vulneráveis a uma sé- to do humanóide. (d) Evidências posteri-
rie de variáveis e distorções, como se verá ores, tais como marcas no solo, radioati-
no box Testemunha, Fator Crítico da In- vidade etc. (e) Finalmente, nível da in-
vestigação Ufológica. Isto nos leva, in- vestigação realizada. Com a classificação
condicionalmente, para premissas que cumprindo esses critérios, Pereira centrou
podem ou não serem corretas com a rea- sua atenção em pontos que considerou
lidade do Fenômeno UFO. críticos para determinar as categorias dos
Poucos pesquisadores de renome do seres. Entre os pontos estava a utilização
circuito internacional ousaram uma ten- de equipamentos protetores, como esca-
tativa de classificação dos supostos tri- fandro e máscaras, as características mé-
pulantes dos UFOs. Entre eles, podemos tricas dos seres, suas aparentes formas
citar um estudo sobre os pilotos dessas anatômicas e seus comportamentos.
máquinas realizado pelo doutor Jacques Por exemplo, Pereira entendeu que os
Vallée, em 1964. Segundo o trabalho de seres que eram parecidos com humanos,
Vallée, podem se estabelecer basicamen- inclusive em altura e aspecto facial, a tal
te três grupos de ocupantes diferenciados. ponto de poderem passar despercebidos
De 100 seres descritos em 80 incidentes em meio à multidão, seriam classificados
compilados pelo estudioso, quatro foram como do Tipo 01. No entanto, frente a uma
considerados “gigantes”, 52 foram qua- casuística multifacetária, Pereira dividiu
lificados como “iguais aos homens” e 44 este tipo em três variações: aqueles que se
eram “anões”. Outros trabalhos destaca- aproximam da testemunha, os que se man-
dos pelos métodos científicos empregados têm à distância e, ainda, aqueles que cos-
na análise dos tripulantes de UFOs são os tumam ser mais altos que os humanos (aci-
de Geneviece Vanquelef, dedicado à rela- ma de 2 m) e também se mantêm à distân-
ção de aparência e comportamento dos cia. Esta última variação apresenta ETs por-
seres, o de G. Edwards, relativo à fonética tando roupas justas, luminosas e, ainda,
e linguagem que empregavam, e do espa- uma arma em forma de esfera de luz. Já a
nhol Vicente Juan Ballester Olmos, que classificação do Tipo 02 do pesquisador
oferece o panorama dos encontros com tri- seria idêntica a do Tipo 01, também com
pulantes de UFOs que foram recompila- três variações, mudando apenas no fato que
dos pelos investigadores ibéricos. os humanóides teriam pequena estatura.
Mas, até hoje, o estudo científico mais Em suma, Pereira constituiu uma infinida-
completo na área é o do brasileiro Jader de de tipologias distintas.
Pereira, que catalogou 230 casos de con-
tatos entre humanos e seres extraterres- DIVERSIDADE DE CIVILIZAÇÕES — Num
tres. Embora apresente defeitos de méto- primeiro momento, essa excessiva varie-
do, Pereira estabeleceu pautas para uma dade de formas dos tripulantes dos UFOs
classificação básica dos diferentes huma- parece ser um indicador de que estamos Fonte: Eric Zurcher, em Les Apparitions d’Humanoides
nóides, obedecendo especialmente às ca- diante de muitas civilizações diferentes
racterísticas de forma física dos mesmos. entre si, que estariam nos visitando. O

12 Abril 2003
Steve Neill

Abril 2003 13
É difícil estimar, mas tudo indica que estamos
veterano ufólogo francês Aimé Michel Esse talvez seja um dos elementos de
comentou, em certa oportunidade, que a suma importância nesta análise, e que
diversificação de formas observadas na parece ter sido ignorado no estudo de Ja-
anatomia dos humanóides requeria uma der Pereira. A possível diversidade ana-
multiplicidade de origens. Porém, até tômica que pode existir entre membros
certo ponto, temos um padrão mesmo de uma mesma forma de vida, sendo des-
nesta diversidade: a constituição anatô- necessário classificá-los um a um. Essa
mica dos seres é, na maioria esmagado- questão fez com que seu estudo fique
ra das vezes, humanóide. Ou seja, eles impraticável, uma vez que há uma infi-
têm cabeça, tronco e membros. Muitas nidade de classificações tornando seu
vezes com uma infinidade de variações uso nada pragmático e viável. O Centro
em determinadas características de seus Brasileiro de Pesquisas de Discos Voa-
corpos – como cor de pele e estaturas dores (CBPDV) publicou seu trabalho
diversas. Mesmo assim, seres com tais em 1991, através da fase anterior de sua
diferenças podem ser de uma mesma coleção BIBLIOTECA UFO.
espécie. Nós, os Homo sapiens sapiens, Também não há como não mencionar
também apresentamos uma infinidade de que existem critérios que são um tanto
variações. Somos brancos, negros, par- duvidosos no estudo de Pereira, como clas-
dos, amarelos etc. Também temos indi- sificar um humanóide em uma nova cate-
víduos que são de estatura alta, outros goria pelo simples fato deste estar usando
de estatura baixa e até anões. Alguns cabelos cumpridos. É o caso do Tipo 03,
membros de nossa raça que são magros que também tem três variações subseqüen-
e outros que são gordos. No entanto, to- tes, como se verifica na tabela A. Esse ele-
dos somos seres humanos. mento é realmente relevante? Um ser hu-

HUMANÓIDES TIPO 01 — Estão incluídos normal ou forte. Vestem sempre uma


TABELA A neste tipo todos os tripulantes que espécie de uniforme, em alguns casos

A classificação dos
apresentam características normais com uma luz brilhante sobre o peito.
do ponto de vista humano, com altu-
ra de 1,6 a 2 m. Se normalmente ves- VARIAÇÃO 02 — Seres que têm pele de
seres extraterrestres tidos, passariam por seres humanos
comuns. Há três variações:
cor escura, altura de 0,7 a 1 m, com
rosto de aparência normal e atitude
de Jader Pereira VARIAÇÃO 01 — Ficam próximos dos
amigável para com o observador.

terrestres, falam nossa língua e agem VARIAÇÃO 03 — Pele de cor verde e de


O estudo da tipologia dos seres ex- com naturalidade. A presença de um baixa estatura (não especificada).
traterrestres do gaúcho Jader Pereira UFO e outros fenômenos decorrentes
é baseado em 230 casos catalogados, na dinâmica da ocorrência determinam HUMANÓIDES TIPO 03 — Este tipo inclui
ocorridos desde o início da Era Moder- sua provável natureza extraterrestre. todos os ocupantes que apresentam
na dos Discos Voadores e considerados uma aparência masculina, mas usam
pelo autor como de grande credibilida- VARIAÇÃO 02 — Mantêm-se sempre à cabelos longos (assinalamos mais
de. Sua pesquisa abrange a casuística grande distância das testemunhas, o uma vez que os cabelos longos po-
mundial até o ano de 1970 e seu crité- que faz com que existam poucos da- dem caracterizar um tipo de indiví-
rio obedece especialmente as caracte- dos físicos desta variação. duo). Há três variações:
rísticas da anatomia dos seres obser-
vados. Segundo seu estudo, publicado VARIAÇÃO 03 — Altura acima de 2 m, VARIAÇÃO 01 — Altura normal (entre
originalmente pela entidade belga So- vestimenta justa e com escamas lumi- 1,65 e 1,7 m), parecendo sentir-se à
ciété Belge d’Etudes des Phenoménes nosas. Usam uma arma em forma de vontade no ambiente terrestre e têm
Spatiaux (SOBEPS) e depois pelo Cen- esfera brilhante. uma atitude amigável.
tro Brasileiro de Pesquisas de Discos
Voadores (CBPDV), há 12 categorias bá- HUMANÓIDES TIPO 02 — Estão incluídos VARIAÇÃO 02 — Altura pequena (entre
sicas com 23 variações. Até hoje, em- neste tipo todos os ocupantes que 1,2 e 1,5 m), pele clara, rosto normal
bora ultrapassada, a classificação de apresentam características normais com variantes de queixo saliente e testa
Jader serve de parâmetro para muitos do ponto de vista humano, porém de alta. Predomina o uso de vestimenta pa-
pesquisadores e estudiosos. pequena estatura, assemelhando-se recida com macacão e cinturão.
às crianças. Há três variações:
Fonte: Centro Brasileiro de Pesquisas de
VARIAÇÃO 03 — Altura relativamente
Discos Voadores (CBPDV). Coleção Biblioteca UFO VARIAÇÃO 01 — Pêlo de cor normal e alta (2 m ou mais), aparência robusta
Fase 1, publicado sob código CB-01 de 1991. clara, altura de 1 a 1,2 m, com físico e belos traços faciais.

14 Abril 2003
sendo visitados por uma diversidade de raças
mano que usa cabelos cumpridos merece Deixando temporariamente de lado as
estar em uma nova categoria num estudo possíveis diversidades anatômicas que uma
voltado principalmente para as caracterís- forma de vida pode comportar, vamos bus-
ticas anatômicas? No nosso caso, dos ter- car um parâmetro mais generalizado para
restres, isso é uma mera questão de estéti- analisá-las. Um método mais pragmático e
ca individual. Assim, algumas premissas compatível com a classificação da casuísti-
usadas para realizar a classificação do es- ca atualmente. O co-editor de UFO Clau-
tudo de Jader Pereira são bastante discutí- deir Covo e a consultora Paola Lucherini
veis. Mas mesmo com método questioná- Covo realizaram uma interessante classifi-
vel, não se pode negar que Pereira foi um cação da tipologia dos humanóides extra-
pioneiro no assunto, tornando-se inclusi- terrestres, com base na freqüência estima-
ve referência internacional. da com que cada categoria aparece na ca-
suística ufológica. Essa classificação, pu-
TENTATIVAS DE CLASSIFICAÇÃO — Eric Zur- blicada no site do Instituto Nacional de Pes-
cher, em seu livro Les Apparitions d’Hu- quisas Ufológicas (INPU) [www.inpubr.-
manoides [As Aparições de Humanói- com.br], determinou seis categorias distin-
des], baseando-se principalmente nos es- tas – Alfa, Beta, Gama, Delta, Ômega e Sig-
tudos do brasileiro, fez uma autópsia da ma –, sendo que a generalização é o con-
gigantesca onda ufológica internacional ceito básico que pressupõe a admissão de
do ano de 1973 – uma das mais significa- uma vasta variedade de formas numa mes-
Harry Kemseng

tivas que já houve. Conforme os estudos ma categoria [Ver tabela B].


de Zurcher, os seres observados nessa É sempre importante lembrar que es-
onda foram classificados de acordo com tamos trabalhando com elementos espe-
o quadro apresentado na página 12. culativos e dedutivos quando se estuda a

HUMANÓIDES TIPO 04 — São incluídos HUMANÓIDES TIPO 06 — Este tipo inclui HUMANÓIDES TIPO 10 — Incluem-se aqui
nesta categoria os tripulantes que todos os tripulantes que apresentam os tripulantes com altura de 2 a 2,5
apresentam uma pele com caracte- o corpo coberto de pêlos. Não exis- m, usando roupa de escafandro e
rísticas incomuns, tal como total- tem variações. apresentando grandes olhos arredon-
mente enrugada, cheia de caroços, dados. Não há variações.
de aspecto grosseiro etc. Há três HUMANÓIDES TIPO 07 — Este tipo inclui
variações deste tipo de ser: os ocupantes que usam máscaras HUMANÓIDES TIPO 11 — Este tipo agru-
para respirar, deixando parte do ros- pa os ocupantes de UFOs que se apre-
VARIAÇÃO 01 — Pele aparentemente to ou do corpo descoberta. Não exis- sentam com ou sem escafandro, mas
queimada ou bronzeada, com altura em tem variações. com uma característica peculiar
torno de 1,7 m. ciclóptica (um único olho frontal). Há
HUMANÓIDES TIPO 08 — Estão incluídos duas variações:
VARIAÇÃO 02 — Pele grosseira (enru- neste tipo todos os tripulantes de
gada, com caroços e buracos) e altura pequena estatura e usando roupa de VARIAÇÃO 01 — Altura entre 2 e 2,5 m,
entre 0,9 e 1,2 m. escafandro. Há duas variações: tendo variantes de emissão de lumino-
sidade no globo ocular.
VARIAÇÃO 03 — Pele clara e de aspec- VARIAÇÃO 01 — Com altura variando en-
to grosseiro. Seres calvos, olhos gran- tre 0,9 e 1,2 m. Ativos, evitam teste- VARIAÇÃO 02 — Seres pequenos, com
des e redondos e, ainda, uma altura munhas e aparentemente se interessam altura aproximada de 0,8 m.
que varia entre 0,9 e 1,2 m. por tudo o que existe junto ao solo.
HUMANÓIDES TIPO 12 — Esta categoria
HUMANÓIDES TIPO 05 — Aqui se inclu- VARIAÇÃO 02 — Com altura variando congrega tripulantes que também
em todos os ocupantes que apresen- entre 1,3 e 1,6 m, reagem com armas usam escafandro, mas têm estatura
tam cabeça desproporcionalmente paralisantes quando descobertos e bastante superior à normal, de 2,4 a
grande em relação ao do corpo. Há usam vestimentas com luzes sobre o 3 m. Não há variações.
duas variações: peito e, ainda, pequenas botas.
OBSERVAÇÃO: Pelo método de Jader
VARIAÇÃO 01 — Olhos de tamanho e HUMANÓIDES TIPO 09 — Estão classifi- Pereira, usamos uma sigla que com-
aspecto normais e altura de 1,2 m. cados nesta categoria os ocupantes preende o tipo e, quando ocorrer, a
de UFOs que usam roupas com algum sua variação. A sigla T11.V2 signifi-
VARIAÇÃO 02 — São criaturas com tipo de escafandro (aparelho para ca, por exemplo, Tipo 11 – Variação
olhos extremamente grandes e redon- auxiliar na respiração em nossa at- 2. Nos casos onde não há variações,
dos, que apresentam, ainda, altura em mosfera) e com uma altura variando fica apenas a sigla do tipo: T12, por
torno de 0,9 a 1,4 m. entre 1,7 e 2 m. Não há variações. exemplo, para Tipo 12.

Abril 2003 15
É comum haver a bordo de um UFO diversos
morfologia dos humanóides extraterres- Um exemplo de exceção à regra é um
tres. Mas nada impede que existam alguns caso clássico da casuística ufológica brasi-
casos onde tal ser não se enquadre em ne- leira e que envolve um ser descrito como
nhuma das categorias de uma dada classi- ciclope, do clássico Caso Sagrada Família,
ficação, como a de Claudeir e Paola. Estas ocorrido em 28 de agosto de 1963, no bair-
são exceções à regra. Mas, de um modo ro de mesmo nome da cidade de Belo Ho-
geral, e assumindo a possibilidade de uma rizonte (MG). Nesta ocorrência, os meni-
enorme diversidade anatômica da mesma nos Fernando, Ronaldo e José Marcos Go-
forma de vida, a classificação descrita na mes Vidal estavam no quintal de casa quan-
tabela B é, até agora, o instrumento mais do um UFO esférico e transparente ficou
compatível e aplicável. Por exemplo, na flutuando sobre o local. Devido à sua trans-
época da divulgação do Caso Varginha, o parência, era possível se ver quatro aliení-
ufólogo mineiro Ubirajara Franco Rodri- genas no interior da nave, que eram bastan-
gues e Claudeir Covo classificaram os se- te parecidos conosco se não fosse um deta-
res observados e capturados pelas autori- lhe curioso: em vez de dois olhos, tinham
dades como sendo do tipo Delta, confor- um único olho no meio da testa. Subitamen-
me a referida tabela [Veja box]. A classifi- te, o objeto lançou dois feixes de luz ama-
cação foi publicada na obra O Caso Var- rela para baixo, formando duas colunas de
ginha [BIBLIOTECA UFO, código LV-08] luz, através da quais desceu um dos aliení-
e no site do Instituto Nacional de Investi- genas flutuando lentamente. Houve uma ten-
gação de Fenômenos Aeroespaciais tativa de contato através de gestos e pala-
(INFA) [www.infa.com.br]. vras inteligíveis e, ainda, um dos meninos

intenções, percebeu-se que outras vari- sas limitações estão as variáveis cir-

Testemunha: fator
áveis interferiam diretamente em seus cunstanciais do fato: localização da tes-
relatos. Os moldes culturais em que vi- temunha, possíveis obstruções de seu
vem, seus valores e meio. Deve-se ter campo visual, seu estado de ânimo, can-
crítico na análise de em vista que, salvo um eremita, ninguém
é completamente refratário à satisfação
saço ou sono e, principalmente, suas de-
ficiências oculares e auditivas.
casos ufológicos que a fama produz. Qualquer ser huma-
no que seja alheio ao entusiasmo, à es-
Tendo todas essas variáveis agindo
diretamente na percepção de um caso
peculação, ao medo e à fantasia é, sem ufológico, podemos afirmar que o even-
Reinaldo Stabolito dúvida, uma pessoa fora da normalida- to é, na verdade, um avistamento per-
de, de acordo com a média da popula- cebido e não um avistamento de fato, e

O
s principais estudos na área da Ufo- ção. Assim, fica a questão: é realmente que pode ser bem diferente do fenôme-
logia são baseados nos testemu- possível haver qualquer relato ufológico no efetivamente manifestado. O avista-
nhos de pessoas que foram prota- isento de distorção? Não, realmente não mento percebido é aprendido e sofre,
gonistas de experiências com naves de existe! Então, cabe ao pesquisador ufo- inevitavelmente, uma filtragem pela
origem extraterrestre – e não é diferen- lógico estudar essas possíveis variáveis bagagem cultural e mental da testemu-
te em se tratando de buscar uma classi- para que fique habilitado a “filtrar” o nha, constituída pelas suas crenças,
ficação da tipologia humanóide. Sendo melhor possível estas aberrações. tabus e hábitos de racionalismo. Por
assim, a testemunha passa a ter impor- exemplo, uma pessoa que more na sel-
tância fundamental para toda e qualquer VARIÁVEIS IMPORTANTES — Para tentar va africana tende a equiparar o objeto
investigação da casuística, merecendo entender um pouco estas possíveis dis- observado com elementos extraídos do
atenção especial. Num primeiro momen- torções que um caso ufológico sofre, seu habitat natural, enquanto que uma
to, o grande esforço dos pesquisadores desde o momento em que acontece efe- testemunha de um país desenvolvido o
para tentar validar e classificar a casuís- tivamente até quando fica modelado na compara com símbolos do seu universo
tica passava por uma averiguação se as descrição de uma testemunha, muitas técnico. Uma testemunha determinada
testemunhas padeciam de alguma doen- variáveis precisam ser conhecidas. A pode chamar de paus ao que a outra
ça mental, se ansiavam pela fama ou observação de um UFO tem ação direta chamaria de pés articulados. Alguém
necessitavam de dinheiro. Se esses três e indireta sobre a percepção da teste- pode fazer comparações com materiais
elementos não estivessem interferindo munha, física e psicologicamente. Por rudimentares – “parecia um tronco voa-
diretamente em seu relato, ele seria exemplo, ela tem incapacidade para ver dor” – e outros com símbolos mais mo-
considerado autêntico. cores infravermelhas ou para perceber dernos – “parecia um foguete”.
Mas com o passar do tempo, os ufó- sons ultra-sônicos. Assim, podemos afir- Também, de acordo com as disposi-
logos perceberam que estes fundamen- mar que o que apreendemos no ato do ções mentais da testemunha no ato do
tos não eram suficientes para se classi- avistamento está diretamente relacio- avistamento, ela pode prender sua aten-
ficar os relatos das testemunhas, pois, nado com as limitações de nossos ór- ção no conjunto do avistamento, en-
além da estabilidade mental e de suas gãos sensoriais. E para se somar a es- quanto outra pode ser atraída por algu-

16 Abril 2003
tipos de seres executando tarefas distintas
tentou jogar uma pedra no ser. No entanto, fosse uma espécie de bota. Suas vestimen-
um feixe de luz projetado pela criatura im- tas pareciam feitas de couro ou algo simi-
pediu que esse ato de agressão fosse con- lar, e tinham várias rugas nas partes cor-
cluído. E o extraterrestre permaneceu lá, respondentes aos membros e tórax. Os
diante dos três meninos, falando sem parar meninos ainda notaram que havia uma cai-
num idioma totalmente incompreensível. xa grudada nas costas da criatura, que era
Neste momento, os garotos puderam cor de cobre. Depois de alguns instantes,
observar bem o alienígena, que tinha um ele voltou para o interior do UFO e este,
único olho no meio da testa, grande, escu- por sua vez, foi embora.
ro, sem a parte branca [Esclerótica] e na
base do nariz. Havia um risco que parecia INTERPRETAÇÃO LIMITADA — Esse é um caso
ser a pupila, que se destacava por ser mais bastante conhecido da Ufologia Brasilei-
escuro e, sobre o olho, uma mancha que ra, pesquisado pelo veterano Húlvio Brandt
parecia ser a sobrancelha. O rosto era todo Aleixo, e nos remete a uma indagação: os
vermelho e foi possível perceber alguns humanóides alienígenas são como as tes-
dentes, conforme o alienígena abria a boca temunhas os descrevem ou estaríamos di-
enquanto falava o estranho idioma. Ele ti- ante de uma interpretação limitada pelo
nha a cabeça envolta num capacete redon- nosso escasso conhecimento de um fenô-
do e transparente, através do qual seu ros- meno que parece transcender a tudo o que
to era bem visível. Já a roupa que o aliení- sabemos? Pode ser, mas, de qualquer for-
Guy Mezner

gena usava era marrom até a cintura, bran- ma, é importante que se diga que todas as
ca até os joelhos e depois preta, como se tentativas de classificação buscam, antes de

mas partes isoladas do conjunto. Tudo portância: não podemos conceber que o Caso Bete e Débora, registrado no livro
isso faz com que o avistamento perce- que lemos ou conhecemos de um avis- Seqüestros Alienígenas. Investigando
bido sofra novas distorções ao ser tamento ufológico é um registro fiel do Ufologia com e sem Hipnose, de Mário
aprendido pela testemunha e se trans- fenômeno em si. Na verdade, estamos Rangel [Coleção BIBLIOTECA UFO, código
forme em um avistamento interioriza- lidando com uma observação, sua inter- LV-07], os testemunhos das envolvidas
do. Esse evento também sofre modifi- pretação e consecutiva descrição, im- foram concordantes. No entanto, como
cações de acordo com a transmissão pregnada de distorções de um fenôme- o próprio Rangel comentou, houve pe-
dos elementos relativos ao fato em si, no avistado. Isso não representa questi- quenas diferenças que não comprome-
desde a ausência de vocabulário apro- onar a honestidade da testemunha. tem a validade do caso. Bete descre-
priado por parte da testemunha até o veu a luz do UFO como sendo branca,
“recolhimento” deste conteúdo por um VARIÁVEIS IMPORTANTES — Para melhor enquanto Débora relatou-a como sen-
outro meio de comunicação. Não é a compreensão, vamos ilustrar o que foi do de cor alaranjada e coberta de né-
mesma coisa uma declaração de uma aqui colocado com um exemplo da ca- voa. Também há uma pequena diferen-
pessoa acostumada a utilizar expres- suística de nosso país. No chamado ça de formato nos desenhos que am-
sões mais ou menos cien- bas fizeram do objeto ob-
tíficas, ou cultas, que a de servado. Tudo isso pode
uma pessoa limitada pela ser justificado, em parte,
sua situação cultural e de pelo impacto emocional
vocabulário simples e es- que as testemunhas sofre-
casso. Da mesma forma ram ao se depararem com
não é a mesma coisa que um fenômeno dessa mag-
a declaração seja gravada nitude, ao foco de atenção
em fita cassete e publica- que cada uma teve indivi-
da, do que se é escrita por dualmente, seus conteú-
um divulgador sensaciona- dos internos etc.
lista e publicada com ên- Com essas variáveis
fase em alguns poucos as- atuando, podem acontecer
pectos – geralmente as aberrações no avistamen-
Ramón Cuera

partes mais misteriosas e to percebido (a observa-


subjugantes do evento. ção), no avistamento inte-
A contemplação de todo riorizado (a interpretação)
o processo pelo qual uma e no avistamento descrito
ocorrência chega a ser divulgada pela O FENÔMENO UFO é percebido de for- (a descrição) por cada uma das teste-
imprensa – aqui já denominado de avis- ma diferente por pessoas diferentes. munhas em separado, resultando em al-
tamento descrito –, nos leva necessari- Por isso, os testemunhos precisam gumas narrativas diferenciadas de um
amente a uma constatação de suma im- ser filtrados com cuidado mesmo fenômeno observado.

Abril 2003 17
Já foram registrados humanóides de 15 cm
qualquer coisa, um padrão que sirva de Para ilustrar esta situação, podemos ci- direção à cidade e foi perseguido pelo ob-
generalização. Talvez devêssemos trans- tar o Caso Palhano, investigado pelo tam- jeto, que o atingiu com uma luz que o pu-
cender a classificação pelo aparente as- bém co-editor de UFO Reginaldo de Athay- xou para seu interior.
pecto físico dos seres e buscar outras as- de à equipe do Centro de Pesquisas Ufo- Dentro do objeto, um dos humanóides
sociações que possam apresentar indica- lógicas (CPU), de Fortaleza (CE). O acon- passou uma mensagem desconcertante ao
dores novos e mais confiáveis. tecimento envolveu o policial militar Luiz abduzido: “Não tenha medo, não vamos lhe
de Oliveira e seu amigo Pedro da Silva, fazer mal algum. Somos de Catandorius
SISTEMA DE COMUNICAÇÃO — Dentro da técnico em eletrônica. Em 05 de março de Decnius. Nossa civilização é descendente
casuística envolvendo encontros com tri- 1992, em Palhano, à 140 km de Fortaleza de outra mais evoluída, que habitou a Ter-
pulantes de UFOs há um elemento bastan- (CE), os protagonistas tinham saído da ci- ra há 353 mil anos”. E advertiu sobre uma
te perturbador para a testemunha. Trata-se dade para caçar paturis – uma espécie de atividade que os terrestres estariam fazen-
da tentativa de comunicação por parte dos pato selvagem muito apreciado naquela do, que eles repudiam: “Por que o terrestre
humanóides, valendo-se de diferentes mé- localidade. Por volta das 18h00, ambos se vem tentando penetrar em nosso planeta?
todos, sejam verbais, gesticulados ou de encontravam de tocaia à beira do Rio Pa- Os seres de Catandorius não vão permitir
outra natureza – como telepática. Se este lhano, observando o céu. Subitamente, um que isso aconteça. Nós temos um templo
fator é complicador, o quadro fica ainda UFO se aproximou e Pedro correu para o montado aqui na Terra há milhares de
mais complexo quando se acrescentam a rio, jogando-se na água, para depois se anos”. Nesse momento, o estranho aliení-
ele aspectos inusitados. É quando o alien esconder nos arbustos. Já Luiz correu em gena apontou para uma pirâmide pequena,
transmite com clareza à testemunha algu-
ma mensagem ou informação: “somos de
Marte”, “quero água”, “voltaremos a
procurá-lo”, “estamos efetuando uma
missão na Terra”, e assim por diante. Pode
parecer ficção, mas há um longo e descon-
certante rosário de proposições, conselhos,
mensagens contraditórias, pedidos e avi-
sos que os seres dão aos seus interlocuto-
res. Em certas ocasiões, há profundas men-
sagens nas quais exortam a humanidade a
buscar o caminho da paz, da luz e a se pre-
caver quanto ao perigo de uma guerra nu-
clear. Quase sempre são discussões filo-
sóficas, mas há, ainda, advertências relati-
vas às atividades humanas que os seres ex-
traterrestres consideram inaceitável.

TABELA B

A classificação dos
seres extraterrestres
de Claudeir Covo
O co-editor de UFO Claudeir Covo e
a consultora Paola Lucherini Covo ela-
boraram uma atualizada classificação
dos visitantes extraterrestres. A análi-
se foi baseada na freqüência com que
a observação de cada tipo de ser apa-
rece descrito na casuística ufológica,
estimada em porcentagens. A classifi-
cação tem apenas seis categorias.

Fonte: Instituto Nacional de Pesquisas


Ufológicas (INPU). Site: www.inpubr.com.br.

18 Abril 2003
a 4 m, mas os grays são a maioria dos casos
dizendo que aquele era o modelo de seu gem infantil ou imprópria para as testemu- produzir sinais vocálicos dentro da fre-
templo. O caso é exótico, é verdade, mas a nhas. Ainda assim, com relação aos princi- qüência auditiva do humano. E há vári-
idoneidade das testemunhas foi amplamente pais tipos de comunicação registrados na os exemplos desses casos.
checada e até o oficial superior de Luiz de casuística mundial, podemos classificá-los No dia 16 de maio de 1979, na cidade
Oliveira confirmou sua honestidade. em cinco categorias distintas: de Baependi (MG), o agricultor Arlindo Ga-
O comportamento do fenômeno é sem- briel dos Santos saiu com uns amigos para
pre estranho, e forçosamente repetido até a DIÁLOGOS NO IDIOMA DA TESTEMUNHA — Es- caçar. Quando se encontravam a cerca de 6
exaustão em toda a história contemporânea tes são casos em que houve uma comu- km de distância da sede de sua fazenda, de-
do Fenômeno UFO. E o fim é quase sem- nicação plena, oral e em nosso idioma cidiram se separar. Sozinho, Arlindo viu três
pre o mesmo. Na maioria das vezes, depois entre ETs e seres humanos. A implica- objetos voadores estranhos pousarem e su-
de terem assombrado o pobre humano ali ção desse tipo de comunicação é que mirem inexplicavelmente. Logo em segui-
presente com um suposto diálogo, seja por se pressupõe que os humanóides são da, um quarto objeto – bem maior que os
telepatia, alguma linguagem inteligível ou bastante similares a nós, pelo menos em primeiros e de formato ovóide – pousou à
em nosso próprio idioma, tranqüilamente parte de sua anatomia biológica. Para sua frente. Uma porta se abriu, dois seres o
os ETs voltam para alguma nave luminosa falar, o tripulante teria que ter uma lín- capturaram e levaram-no para o interior da
e desaparecem no céu, deixando os terres- gua semelhante, cordas vocais, dentes, nave. Os ETs eram bem parecidos conos-
tres deslumbrados ante tal experiência. Em certas cavidades em seu aparelho res- co. Dentro do UFO, Arlindo foi abordado
alguns casos, também deixam uma mensa- piratório, das cordas vocais à boca, e por uma moça loira e de rosto rosado.

Desenhos Philipe Kling David

Abril 2003 19
Os ETs podem se comunicar com os humanos
Segundo descreveu, essa criatura DIÁLOGOS EM IDIOMA DESCONHECIDO — Es- Um deles aconteceu em 27 de abril de
aparentemente fêmea começou a expli- tes são casos em que houve uma comuni- 1998, por volta das 20h00, na Fazenda Olho
car detalhes de sua civilização, a forma cação ininteligível, oral e em idioma des- d’Água, cerca de 7 km do município de
com que eles conseguiam vencer as dis- conhecido. A princípio, podemos pensar Aurora (CE). O casal de agricultores Ursu-
tâncias astronômicas e outras várias in- que a implicação dessa categoria é a mes- lina e Francisco Ferreira dos Santos, resi-
formações que, infelizmente, o pesqui- ma da anterior. No entanto, sendo um idi- dente na propriedade, acordou com um ba-
sador Ubirajara Rodrigues não conse- oma desconhecido e inteligível, não sabe- rulho que parecia ser de alguém tentando
guiu resgatar nos depoimentos de Ar- mos quais as qualidades e características forçar o cercado, situado na parte de trás da
lindo, devido à sua limitação cultural. dos fonemas que são usados e, assim, se casa. Imediatamente, Francisco tratou de
Arlindo não entendeu nada do que se os sons produzidos requeriam que tais se- sair para ver o que estava acontecendo, en-
passou e não se interessou em pergun- res tivessem uma similaridade anatômica quanto Ursulina ficou ao pé da cama rezan-
tar para a criatura o que não conseguia conosco, como foi discutido no caso ante- do. De repente, a mulher ouviu um som que
compreender. Em seguida, foi levado rior. Mas também nessa categoria de conta- parecia ser de rádio quando está fora de sin-
para fora da nave e os seres ainda lhe to temos muitos casos interessantes. tonia e, logo em seguida, uma luz extrema-
avisaram: “proteja a vista, que o apa-
relho a condena”. O interessante é que
Arlindo não conseguiu olhar para trás,
pois ele se sentia preso por algo.

O uso de telepatia
nos seqüestros por
extraterrestres
Reinaldo Stabolito

U
m aspecto curioso no fenômeno da
abdução por alienígenas é o pro-
cesso de comunicação que se dá
durante a ocorrência. Na maioria esma- traterrestres conseguem ler e enviar ca. Porém, se torna imprecisa em de-
gadora das vezes, tal processo aconte- mensagens para a nossa mente. E isso terminados momentos da fase abduzi-
ce através de uma espécie de telepatia ocorreria sem que fosse necessária do-pesquisador, quando há o que cha-
ou “impressão na mente”, conforme des- qualquer participação ativa do ser hu- mamos de comunicação verbal. Este
crevem muitas testemunhas. O grande mano no processo. Esta última hipóte- fato pode ser um claro indicativo de que
paradoxo dessa característica de conta- se é inviável nos casos onde há mais de há escassez de fonemas na linguagem
to é que não usamos esse meio de co- um abduzido a bordo do UFO e estes oral para expressar determinados con-
municação entre nós, terrestres, assim também se comunicam por telepatia. teúdos assimilados na telepatia. Vale
como sequer temos comprovação que o O doutor David Jacobs, um dos mais ressaltar que as testemunhas costu-
Homo sapiens possua essa capacitação, respeitados pesquisadores sobre abdu- mam afirmar que tal processo é uma es-
mesmo que latente. Mas então, como o ções alienígenas, comenta em seu livro pécie de impressão mental e não de
processo de telepatia ocorre? The Threat [A Ameaça] um detalhe bas- verbalização mental, o que aparente-
Uma das teorias defendidas por ex- tante curioso. Durante as sessões de mente exclui a utilização de fonemas no
perts no assunto é a de que os abduzi- hipnose regressiva, o instrumento mais ato da comunicação telepática.
dos receberam no momento da abdu- usado para obtenção dos testemunhos
ção ou previamente algum tipo de im- de abduções, há casos em que é visível COMUNICAÇÃO ABDUZIDO-ABDUZIDO — Con-
plante que possibilita tal comunicação. a dificuldade dos abduzidos em descre- forme alguns casos compilados pelo
Outros estudiosos acreditam que hou- ver o conteúdo de determinados trechos doutor Jacobs, há algumas ocorrênci-
ve algum tipo de intervenção genética de comunicação que teriam tido com os as em que várias pessoas são rapta-
nas vítimas, uma vez que não são pou- aliens. Aparentemente, há falta de vo- das ao mesmo tempo dentro de um
cos os casos onde se observa que elas cábulos para tal. No entanto, essa im- UFO. Em casos com essa característi-
têm sido alvo de inúmeros raptos, inici- precisão de conversação não ocorre du- ca, os abduzidos descrevem que foi
ados desde a infância e que se esten- rante o evento da abdução apenas. A possível se comunicar-se telepatica-
dem ao longo de toda a vida. Ainda, há compreensão da comunicação é total- mente entre si enquanto estavam em
aqueles que dizem que esse processo mente plena na fase abduzido-alieníge- poder dos raptores. Por uma razão
é totalmente alienígena, ou seja, os ex- na, quando há a comunicação telepáti- inexplicável, embora pudessem falar,

20 Abril 2003
através de diálogos, gestos e até telepatia
mente intensa e de cor azulada invadiu o cor marrom, cinto e botas. Mas o que mais tranhos associáveis a grunhidos. Eles sequer
quarto. Chocada, olhou em direção à porta lhe chamou a atenção era seu olhar: muito parecem ser um idioma propriamente dito.
e lá estava uma criatura desconhecida. O direto e penetrante. Apesar do estado de A implicação dessas ocorrências é idêntica
ser tinha cerca de 1,5 m de altura, cabeça terror, a agricultora conseguiu perguntar a da categoria anterior. Um exemplo inte-
enorme e desproporcional ao resto do cor- para a criatura quem era e o que desejava. ressante é o ocorrido na madrugada do dia
po, ombros largos, cintura fina, olhos gran- Inusitadamente, teve como resposta um 23 de julho de 1968, com o vigilante da
des e negros. Sua boca era bem pequena e som ininteligível, algo num idioma desco- Companhia Elétrica de São Paulo, subesta-
sem lábios. Tinha também reduzidas mar- nhecido. Não agüentando a situação, Ur- ção de Bauru, Daildo de Oliveira. A teste-
cas escuras que pareciam ser o nariz. Seu sulina gritou para o marido socorrê-la, mas munha percebeu que havia alguns homens
queixo era pequeno e nenhum tipo de cabe- o ser já havia desaparecido. próximos ao escritório técnico da empresa
lo ou pêlo foi observado. e tentou se aproximar sem que percebes-
Segundo o ufólogo Athayde, já citado, COMUNICAÇÃO COM GRUNHIDOS — Há ca- sem. No entanto, acabou ficando frente a
Ursulina descreveu que a criatura estava sos em que se estabelece uma comunica- frente com um ser estranho encapuzado.
vestida com uma espécie de macacão de ção incompreensível, oral ou com sons es- A criatura pronunciou uns grunhidos e,
em seguida, entrou numa violenta briga
corporal com Daildo. Em poucos instantes,
mais dois seres se envolveram na luta e aca-
baram vencendo, deixando a vítima sem

mentalmente, para depois verbalizá-las.


Esse processo se dá de forma tão ins-
tantânea que nem percebemos. Um in-
dício de que os alienígenas não estari-
am se guiando pelo som da fala e sim
pela frase construída na nossa mente é
Desenhos Philipe Kling David que, em muitos relatos, eles já respon-
deriam antes mesmo da vítima ter ter-
minado a pergunta.

COMUNICAÇÃO ALIENÍGENA-ALIENÍGENA — Se-


gundo as descrições das vítimas, é pos-
sível perceber quase todo o conteúdo das
comunicações que os alienígenas fazem
os abduzidos conversaram entre si de COMUNICAÇÃO ABDUZIDO-ALIENÍGENA — É uns com os outros, dentro de sua nave.
forma telepática. Jacobs informa que mais do que evidente que os alieníge- Para isto, basta estar próximo. A comu-
conseguiram se entender melhor des- nas têm total controle da situação em nicação entre eles gira em torno dos pro-
sa forma. Tais conversas giram em tor- casos de seqüestros. Em muitas oca- cedimentos da abdução e suas implica-
no de se tentar encontrar uma forma siões, as vítimas costumam dizer que ções para nós. É óbvio que fica difícil des-
de fugir do local e se descobrir o que seus olhos parecem conseguir pene- cobrir se o que as vítimas “ouvem” é ou
os alienígenas irão fazer com eles. Em trar profundamente em suas mentes e não intencionalmente “dito” a elas. É pos-
algumas ocasiões, os abduzidos mais capturar todos os seus pensamentos. sível que os aliens possam privatizar suas
calmos transmitem palavras de confor- “É impossível tentar esconder qualquer conversas. Na maior parte das vezes, os
to para os que se encontram mais dra- coisa dos aliens”, alega Jacobs. Na mai- abduzidos descrevem que conversam so-
maticamente apavorados. Neste caso, oria das vezes, os seres limitam a co- bre os cuidados que tomam para evitar
é possível que isto nada mais seja que municação apenas com o objetivo de que tenhamos danos psicológicos ou fí-
uma indução feita pelos próprios ex- acalmar os abduzidos. De acordo com sicos. Já houve relatos de que, logo no
traterrestres. Sabe-se que os aliení- muitos pesquisadores, os seqüestra- início da abdução, eles teriam “discuti-
genas conseguem influir no comporta- dos acreditam que os ETs tenham ca- do calorosamente” uns com os outros so-
mento de suas vítimas ou contactados. pacitação auditiva, pois respondem – bre terem ou não direito de deixar a víti-
É válido especular que os alienígenas quase sempre telepaticamente – a per- ma completamente nua. Como é fácil per-
são capazes de manipular nossas emo- guntas feitas verbalmente. Há, inclusi- ceber, tudo o que os abduzidos ouvem
ções, sensações e até nossos compor- ve, situações em que as vítimas pergun- em termos de conversa entre os aliení-
tamentos. Tendo esse aspecto como tam algo para um alienígena que esta- genas sempre demonstra uma grande
premissa, é possível que quando um ria de costas e este, por sua vez, se preocupação conosco. É possível que as
abduzido esteja tentando acalmar o vira e olha diretamente na direção da vítimas só consigam lembrar o que os
outro, nada mais esteja fazendo do que pessoa que indagou, às vezes respon- extraterrestres querem. Assim, o conteú-
atendendo a uma indução extraterres- dendo a questão. Só que a fala humana do acessado é intencional e tudo o que
tre para que melhore a situação a fa- não é uma ação involuntária. Para fa- acontece tem um único e exclusivo obje-
vor de seus raptores. larmos, precisamos montar as frases tivo: o sucesso da abdução.

Abril 2003 21
A análise das abduções alienígenas pode nos
resistência. Após terem surrado o vigia, as mente, um UFO oval pousou a poucos me-
criaturas o ajudaram a se levantar, dando- tros do trator que pilotava. Villas-Boas ten-
lhe tapinhas amistosos nas costas, e deixa- tou escapar correndo, mas foi logo domi-
ram que fosse embora. Conta o falecido nado por vários tripulantes do UFO e le-
ufólogo Walter Karl Bühler, da extinta So- vado à força para bordo. Suas roupas fo-
ciedade Brasileira de Estudos sobre Dis- ram tiradas e os seres passaram um líqui-
cos Voadores (SBEDV), que pesquisou o do oleoso em todo seu corpo. Logo em
caso, que Daildo ainda pôde observar um seguida, tiraram amostras de seu sangue
UFO com forma de furgão Volkswagen, através de um dispositivo colocado em seu
porém tendo cerca de 10 m de base, reco- queixo. O homem foi deixado em uma sala OS UFOS TÊM que ser
lhendo os seres e alçando vôo. O objeto dis- sozinho, na qual, poucos minutos depois, encarados sem o véu de
parou em direção à cidade vizinha, Lins. entrou uma mulher nua de cabelos loiros, mistério que os envolve.
Na época, o vigia foi entrevistado até por com olhos finos e azuis. São apenas veículos
autoridades militares de Bauru. Ambos mantiveram relações sexuais, o destinados a transportar
Um caso de luta corporal com ETs primeiro caso mundial do gênero de que se seres entre os planetas do
pode parecer alucinação, mas o fato foi tem notícia. O fato foi amplamente investi- universo. Compreender as
exemplarmente investigado e é mundial- gado pelo médico e ufólogo Olavo Fontes ações dessas criaturas
mente conhecido. Ainda assim, antes de e classificado pelo estudioso inglês Gordon estreitará a distância que
prosseguirmos, fica um questionamento a Creighton como “o mais estranho de todos nos separa delas
respeito desse contato. A partir do momen- os casos”. Após o ato, a mulher apontou

Arquivo UFO
to que estamos lidando com um tipo de para sua própria barriga e depois para o céu,
comunicação ininteligível de procedência gesticulando quais eram suas intenções.
extraterrestre, temos realmente condições Villas-Boas entendeu que iria ter um filho
de distinguir o que poderia ser um tipo de com ela, que nasceria em outro planeta. O se estreitava na altura do pescoço, dos pu-
dialeto estranho, porém inteligente, de algo rapaz foi depois deixado próximo do trator, nhos e dos tornozelos. Através de telepa-
que simplesmente parece grunhido? Essa por volta das 05h30 daquele mesmo dia. tia, os seres humanóides convidaram o ad-
dúvida, ainda sem resposta, é apenas um O Caso Villas-Boas é um clássico da ca- vogado a entrar na nave. Guimarães aca-
exemplo de como estamos lidando com suística brasileira e teve uma enorme re- bou viajando com os seres no UFO. O
elementos inseguros em avaliações do gê- percussão em todo o mundo. advogado percebeu que havia água nas
nero – e isso é parte da confusa e intrinca- janelas da nave e perguntou se era chuva.
da natureza do Fenômeno UFO. Na ver- COMUNICAÇÃO TELEPÁTICA — Várias tes- Um dos seres lhe respondeu telepaticamen-
dade, sabemos que os grunhidos também temunhas descrevam situações nas quais te que aquela água era proveniente da “ro-
são exemplos de comunicação, embora po- é possível ouvir os humanóides sem que tação em sentido contrário das peças que
bres em conteúdo e fonemas, se compara- seja mencionada palavra alguma ou que compunham a nave”. Os humanóides in-
dos com um dialeto inteligente. As balei- sequer mexam a boca. É uma espécie de formaram ainda que a nave “era conduzi-
as, por exemplo, se utilizam de sons que telepatia, algum tipo de comunicação da no sentido da resultante da composi-
têm um conteúdo de comunicação especí- mental. Quem passa por esse processo diz ção das forças magnéticas naquele lugar”.
fico, mas que estão longe de ser uma lin- que percebe sensações, palavras e ima- Depois de um tempo, que a testemunha
guagem. Logo, mesmo com grunhidos há gens em sua cabeça, sem que haja apa- estimou em torno de 30 a 40 minutos, o
um nível de comunicação e não apenas rente esforço de sua parte e, obviamente, UFO pousou novamente na praia e dei-
uma emissão sonora aleatória. sem sua vontade pessoal. Este tipo de co- xou o advogado no local. Antes disso, um
municação é muito comum nos casos das novo encontro foi marcado para o dia 12
COMUNICAÇÃO POR GESTICULAÇÃO — Exis- chamadas abduções alienígenas [Ver box de agosto do ano seguinte. Mas Guima-
tem casos em que se verifica uma aparente A Comunicação Telepática nas Abduções rães preferiu não comparecer ao mesmo.
comunicação através de gestos, por parte Alienígenas]. Neste ponto da casuística O caso também foi investigado pelo dou-
dos seres extraterrestres. Nesta categoria de há uma interessante intersecção entre Ufo- tor Bühler, da citada SBEDV.
acontecimentos, a implicação que se vê é logia e parapsicologia, que se ocupa de Como se vê nestes exemplos, é possí-
interessante. Ela supõe que os nossos sinais estudar os mecanismos da telepatia. vel perceber que há inúmeras variantes na
e linguagens corporais são absolutamente No dia 16 de junho de 1956, o advo- fenomenologia ufológica. Se buscarmos
compreensíveis para os aliens e, como se gado João de Freitas Guimarães foi para associar a oralidade (comunicação) e as for-
não fosse o bastante, são usados por eles tal São Sebastião (SP) a serviço. No entanto, mas (anatomia) dos seres, veremos que é
qual nós usamos entre nós. Isso nos remete como o fórum da cidade estava fechado, impossível estabelecer um padrão preciso
a um universo de simbolismos comuns en- ele se hospedou num hotel. À noite, pôs- que indique sua origem. Por exemplo, os
tre humanos e os nossos misteriosos visi- se a passear pela praia e avistou um UFO seres do tipo Beta, anatomicamente muito
tantes. Vejamos um caso a seguir. no mar, que vinha na sua direção. O obje- parecidos conosco, utilizam a comunicação
Por volta da 01h00 do dia 15 de outu- to pousou na praia e dois homens iguais a oral, tal como no Caso Baependi. Também
bro de 1957, o agricultor brasileiro Antô- nós saíram de seu interior. Estes humanói- há na casuística registros de uso da comu-
nio Villas-Boas, hoje falecido, estava aran- des eram altos, pálidos, tinham cabelos lou- nicação telepática, como no Caso Freitas
do a fazenda de sua família, situada em São ros, olhos claros e pareciam serenos. Usa- Guimarães. Da mesma forma, há registros
Francisco de Salles (MG), quando, subita- vam uma espécie de macacão verde que dos seres tipo Alfa usando a comunicação

22 Abril 2003
dar a chave para entendermos o Fenômeno UFO
Donald G. Carpen- nhas. Assustado, Inácio mandou sua espo-
ter, do Departamen- sa ir para casa enquanto tirava sua espin-
to de Física, da Aca- garda Winchester calibre 44, que carrega-
demia. Tal material va no ombro, desferindo um tiro preciso
foi posteriormente no ser que estava mais próximo, a uma dis-
publicado na obra tância que estimou em cerca de 60 m. A
Objetos Voadores criatura caiu no chão no mesmo instante
Não Identificados, em que foi baleada. No momento do tiro,
Ciência Introdutória o UFO lançou um feixe de luz verde,
do Espaço, e eviden- atingindo Inácio no ombro esquerdo, que
temente desmentido perdeu as forças e caiu ao chão. Sua es-

Nick Savan
pelas autoridades posa voltou correndo com o intuito de
em seguida. proteger o marido desacordado. Ela tam-
Sejam quais fo- bém pegou a arma, mas quando apontou
rem as razões, a falta de contato formal re- para os seres, que haviam levantado o que
sulta, num primeiro momento, numa carac- fora atingido por Inácio, eles o carrega-
terística desconcertante do fenômeno. Por vam para dentro do disco e sumiram.
que as inteligências por trás dos UFOs op- A nave subiu verticalmente emitindo
tam pela clandestinidade? Não sabemos um zumbido. Não foram encontradas mar-
quem são, de onde vêm e, principalmente, cas de sangue no local e Inácio morreu 59
quais são seus motivos. Sem que existam dias depois do incidente, com sintomas de
essas respostas básicas para essas questões, leucemia aguda. O Caso Crixás, pesquisa-
nos deparamos com inúmeros contatos es- do pelo citado ufólogo Aleixo, é um clás-
telepática nas abduções alienígenas, assim palhados pelos quatro cantos do planeta, nos sico da Ufologia Brasileira e dá margens
como emitindo uma aparente linguagem quais não temos condições de observar qual- para concluir que o comportamento hostil
oral em idioma desconhecido, tal como no quer ordenamento lógico. A princípio, po- dos humanóides possivelmente foi moti-
Caso Ursulina e Francisco. O Fenômeno demos tentar avaliar o comportamento dos vado pelo tiro disparado por Inácio. Seria
UFO é, indiscutivelmente, uma gigantesca supostos humanóides dentro do que conse- um comportamento hostil estimulado, uma
pluralidade de manifestações que culminam guimos catalogar na pesquisa civil (já que a reação a algo. E na mesma categoria de
num imenso quebra-cabeças. militar é inacessível), e buscar associações hostilidades não podemos nos esquecer das
que nos possam apresentar indicadores im- abduções alienígenas, mas estas não são
COMPORTAMENTO ENTRE TESTEMUNHAS — Tal portantes. Com relação ao comportamento reações a estímulo algum.
qual o Fenômeno UFO como um todo, ana- dos humanóides alienígenas em contatos A abdução é sempre uma violência, pois
lisar o comportamento dos humanóides é com humanos, podemos distinguir basica- consiste na captura de pessoas contra suas
algo bastante complicado, dada a estranhe- mente cinco categorias distintas: vontades, e os seres extraterrestres as sub-
za e aparente ilógica da casuística. Se es- metem a uma série de exames de caráter,
tamos realmente sendo visitados por uma COMPORTAMENTO HOSTIL — Quando os vi- aparentemente, médico a bordo da nave,
ou mais civilizações extraterrestres, por sitantes perpetram um possível confronto muitas vezes dolorosos. Independentemente
que não há um contato oficial? Em 1968, ou acarretam quaisquer danos à integrida- dos motivos de tais procedimentos – sejam
buscando uma perspectiva para a questão, de física das testemunhas de forma aparen- eles benéficos ou maléficos para nossa hu-
a Academia da Força Aérea dos Estados temente intencional, verificamos o que pode manidade, ainda que a Ufologia não tenha
Unidos forneceu alguns parâmetros para ser considerado um comportamento hostil, explicação para eles –, o ato de raptar em si
seus cadetes. “Nós podemos ser objeto de segundo nossos critérios. É o caso ocorrido é uma violência. E normalmente ocorre
estudo sociológico e psicológico intensi- em 13 de agosto de 1967, na cidade de Cri- deixando os abduzidos completamente ater-
vo. Em tais estudos, em geral se evita per- xás (GO), com o agricultor Inácio de Sou- rorizados. Alguns acabam carregando trau-
turbar o ambiente do objeto de teste”, di- za. Ele retornava para sua fazenda, junta- mas emocionais pelo resto da vida, como
zia uma parte do documento fornecido aos mente com sua esposa, quando percebeu ônus das dramáticas experiências que vive-
alunos. O mesmo texto, a seguir, fazia um enorme objeto discóide pousado na pista ram durante o processo.
uma estranha comparação: “Não se en- de aterrissagem da propriedade, perto da
tra em contato com uma colônia de for- casa. Junto ao objeto havia o que ele des- Continua na próxima edição
migas, e os humanos podem parecer as- creveu como “três crianças que pareciam
sim para qualquer alienígena”. vestir uma malha colante ao corpo”, ou a
Ainda de acordo com os parâmetros da roupa era amarela ou estariam nus. Inácio REINALDO STABOLITO é ufólogo, webmaster
Academia da Força Aérea Norte-America- foi em direção das crianças e logo perce- do site Painel OVNI [http://br.geocities.com/
na, tal contato já poderia ter acontecido se- beu que não se tratavam de seres humanos painel_ovni] e da lista de discussão ufoló-
cretamente. “Ele pode ter se registrado num normais – o ufólogo Claudeir Covo os clas- gica Ufonewsbr [www.ufonewsbr.com.br], e
plano diferente de consciência e ainda não sifica como humanóides do tipo Alfa. consultor da REVISTA UFO. Seu endereço é:
somos sensíveis para comunicação em tal Um dos seres percebeu o casal, apon- Av. Washington Luiz 490, Rudge Ramos,
ponto”, consta do documento, obtido com tou para os demais em sua direção e os 09618-040 São Bernardo do Campo (SP).
muito esforço, ainda em 1968, pelo major três começaram a correr para as testemu- E-mail: stabolito@ieg.com.br.

Abril 2003 23
Em UFO 85, de março, publicamos como matéria de capa a primeira parte do
presente texto, de Rogério Chola, que será finalizado nesta edição. Junto dele
foram publicados vários boxes de convidados pelo autor. No conjunto, apresen-
tou-se aos leitores uma visão histórica e consistente do assunto Ashtar Sheran,
um tema reconhecidamente polêmico dentro da Ufologia. O suposto extraterres-
tre que estaria em missão na Terra, planeta que chamaria de “Shan”, teria uma
origem complexa e bem mais profunda do que imaginam aqueles que detratam o
tema sem antes considerá-lo. Chola procurou mostrar os fundamentos de tal
origem e analisar as circunstâncias em que dezenas de pessoas se envolveram
com o surgimento e a manutenção da argumentação em prol da existência de
Ashtar. Não se buscou prová-la, mas analisar com imparcialidade – e num nível
inédito de profundidade – todas as informações mais importantes e que melhor
contribuam no esclarecimento da questão. O tema Ashtar Sheran, há décadas,
parece exclusividade daquele segmento da Ufologia chamado de “místico”, por
afinidade com esses e repulsa por parte dos adeptos da linha oposta, a “científi-
ca”. Pois na primeira e nesta parte do texto, apresenta-se a questão sem essa
distinção, mas com uma abrangência que transcende rótulos e conceitos pré-
estabelecidos. É rompendo barreiras e superando tabus que podemos praticar
uma Ufologia responsável e madura. Boa leitura.
— A. J. GEVAERD, editor

M
uitas pessoas dizem que os estar viciada. Ocorre na subcultura dos
extraterrestres estão jogando contatados por ETs uma espécie de con-
conosco, o que pode ser plau- ceito sociológico do termo massificação,
sível, e quem detêm as cartas que não tem nada a ver com produção ou
neste jogo são eles. No entan- transmissão de algo em massa, e sim se-
to, sem nós, o jogo sequer existiria. Mas é ria com a perda de proteção dos meios
bom que fique claro que estes jogos não sociais intermediários, tornando o indi-
são acontecimentos transparentes, mas sim víduo vulnerável a comandos vindos de
de cartas marcadas. Quem ler o trabalho fontes desconhecidas. Isto é algo muito
do psicólogo Eric Berne, que inventou a sutil e de difícil detecção, mas é comum
análise transacional, entenderá melhor essa que nestes movimentos sempre exista a
afirmação. Uma de suas obras que trata do presença de entidades alienígenas.
assunto é Games People Play [Jogos que É devido a isso que pesquisadores se medes, uma das luas de Júpiter. Entretanto,
as Pessoas Jogam], que está ligada ao tra- assustam com o comportamento apresen- as fotos eram de outra lua de Júpiter, Euro-
balho do pesquisador John Keel, autor de tado por alguns contatados e abduzidos, e pa. Por várias vezes, ele repetiu a informa-
UFOs, Operation Trojan Horse [UFOs, sobre o que falam em palestras e congres- ção e ninguém o contestou.
Operação Cavalo de Tróia]. Keel escre- sos, as vezes grandes absurdos. Mas estas
veu também o livro The Mothman Pro- são típicas táticas de propagação de pen- ESTRELA SOLITÁRIA — Grande parte dos
phecies, que deu origem ao filme A Últi- samentos alienígenas, que podem ser al- contatos é realizada com pessoas pouco
ma Profecia, sobre o fenômeno conheci- tamente perigosos. Não existe nenhuma instruídas ou despreparadas e a provável
do como homem-mariposa [Ver UFO 85]. contestação e/ou questionamento sobre a razão disso é que, dessa forma, não há
No capítulo Games Non-People Play origem da mensagem recebida pelos alega- possibilidade de se criticar ou questionar
do livro de Berne, o termo non-people se- dos contactados, que sempre é de natureza qualquer tipo de informação passada por
ria uma referência a extraterrestres e sig- telepática. Recentemente, numa palestra, o supostos extraterrestres. Existem vários
nifica que os seres humanos foram lança- peruano Sixto Paz Wells mostrou uma sé- exemplos: Howard Menger, Hermínio Reis
dos no tabuleiro de um grande jogo de ro- rie de fotografias dizendo serem de uma das e Bianca de Oliveira, George Adamski,
leta, onde quem dá as cartas não é neces- colônias de extraterrestres. O problema é Claude Vorilhon (Rael), Barney e Betty
sariamente humano, e onde a roleta pode que ele alegava que as fotos eram de Ganí- Hill, muitos do Comando Ashtar etc. Como

24 Abril 2003
Muito pelo contrário! Passam por exposi-
ção ao ridículo, crises em suas relações in-
terpessoais, fenômenos do tipo poltergeist,
interferências em suas vidas, sensação de
estarem sendo monitoradas etc.
Noutras ocasiões, têm estímulo para cri-
arem comunidades alternativas ou epistê-
micas, que funcionariam apenas por algum
tempo, ou recebem instruções para cons-
truir aparelhos estranhos. Em situações ex-
tremas, tornam-se capazes de fazer previ-

Editoria de Arte
sões de guerras e catástrofes. Mas todos,
com exceção de alguns poucos espertos, não
ficam ricos com tudo isso. Sabe-se que
quem manipula as situações de contato – e
lêmico Caso Ummo, ocorrido na Espanha, no caso de Ashtar Sheran pode-se constatar
na década de 70. Este caso é muito inte- isso – conhece muito bem técnicas de neu-
ressante, pois nem pesquisadores gabari- rolingüística, que é o estudo da interpreta-
tados e experientes se deram ao trabalho, ção dos códigos mentais. A neurolingüísti-
na época em que ocorreu, de examinarem ca opera um conjunto de mensagens passa-
se sua base estava sustentada numa menti- das através de códigos e sinais do corpo e
ra dita pelos extraterrestres ou por quem o do cérebro. Sua função é quebrar padrões e
inventou [Veja box]. Para tanto, bastaria barreiras que nos aprisionam e descobrir a
terem verificado as informações sobre as forma como nosso cérebro se comunica.
estrelas do sistema Wolf, e descobririam a
engenhosa armação. Quem descortinou CIVILIZAÇÃO INTERGALÁCTICA — E a outra
isto foi o físico e ufólogo brasileiro Alber- face do fenômeno Ashtar? Será que no caso
to Francisco do Carmo. da existência de extraterrestres e da possi-
Philipe Kling David

Enfim, poucos são os supostos contac- bilidade de que já estejam de fato contatan-
tados que estão transmitindo mensagens do alguns seres humanos, eles operariam
positivas e com certa coerência. Determi- desta maneira? Sem respeito à vida huma-
nados pesquisadores de renome dizem que na? Será que a evolução de uma civilização
eles e os abduzidos são a linha de frente galáctica do tipo 2, 3 ou remotamente 4


escreveu Keel, se um aparelho estranho, da propagação de idéias [Veja Box publicado na
do qual saísse uma pessoa também estra- e totemismos de proce- Quando os eruditos edição anterior, na pri-
nha, pousasse no quintal de uma dona de dência incerta. Se forem acadêmicos afirmam que meira parte deste texto]
casa de classe média e dissesse a esta que extraterrestres, militares é ainda de disputas soci-
é de Vênus, quem seria ela para contestar terrestres, entidades di- alguma coisa é possível, ais, egos, competições e
isto? Ela iria crer, sim, que os extraterres- mensionais ou outra ma- eles provavelmente estão guerras, como a epopéia
tres vieram de Vênus, de algum planeta nifestação qualquer, ou
em torno de estrelas inadequadas para se se usam jogos e táticas de
certos. Quando afirmam que fictícia de Guerra nas Es-
trelas? Se o futuro de ci-
ter planetas ao redor, como as Plêiades. guerra psicológica, ainda alguma coisa é impossível, vilizações hiper avança-
Ou acreditaria que o visitante seria origi- não se sabe. O que se eles provavelmente das e com uma tecnolo-


nário não de uma estrela solitária, mas sim sabe – e bem – é que mui- gia inimaginável para nós
de duas estrelas fraquíssimas que compo- tas das pessoas que se di- estão errados é desta forma, então o que
riam um conjunto binário, exatamente zem contatadas por ETs, esperar de simples seres
como é o sistema Wolf 424. Pois esta ori- ou Ashtar Sheran, não ad- — ARTHUR CLARKE, humanos? Como seria
gem é apontada como local de procedên- quirem nenhum ganho ou o mais respeitado escritor de então o outro lado de
cia dos seres envolvidos no famoso e po- benefício direto com isto. ficção científica Ashtar? Isto tudo indica a

Abril 2003 25
possibilidade de que algo realmente de anor- raptores etc. A contaminação de informa-
mal e externo à Terra esteja mesmo ocor- ção feita através de pessoas inescrupulo-
rendo. Como explicar que 99% do univer- sas, ignorantes ou mesmo mal (in)formadas
so são formados por algo que tem massa, é não justifica o ceticismo doentio que, por
matéria, mas invisível para nós e ninguém vezes, atinge a simples menção do tema.
tem a mínima idéia do que seja? E igualmente condenável é o chamado
comportamento ufolátrico de muita gente.
RESPALDO DAS EVIDÊNCIAS — Diante de Sendo assim, o quarteto conhecimento-
todas as pesquisas e informações a respeito percepção-discernimento-paciência pare-
do tema, é totalmente cabível e prudente ce ser a chave para que, algum dia, possa-
declarar que o Fenômeno UFO é real. A mos abrir as portas que encerram os mis-

Pike Observatories
chamada hipótese extraterrestre, como res- térios deste autêntico enigma.
ponsável pelo mesmo, não invalida as de- Quando se estuda assuntos como Ashtar
mais – e tão pouco explica todos os casos. Sheran e contatos com extraterrestres, é ne-
Porém, além de ser a mais simples e aceitá- cessário entender que o importante não é
vel, é a que tem recebido mais respaldo por não errar, e sim cometer erros diferentes. O
parte das evidências apresentadas. Reais são pouco que pude aprender nestes últimos ALTERNATIVAS POSSÍVEIS — As alternati-
as aeroformas observadas, os seres contac- anos me deixou ainda mais consciente de vas sobre Ashtar Sheran se resumem a dois
tados, os efeitos físicos advindos da intera- que o tema representa apenas uma ínfima pontos básicos, determinados para tentar
ção entre UFOs e seres humanos. Além dos parte de um todo, que não pode ser conhe- se chegar a uma possível compreensão do
registros em radar, dos milhares de filmes e cido numa única existência. Porém, esta que realmente está ocorrendo. No caso
fotos etc. As abduções também são inques- mesma diminuta parte, bem compreendi- da necessidade de provas sobre a existên-
tionavelmente reais. Mas se são causadas da, não poderia ser a melhor conclusão ob- cia ou não do suposto ser, elas não seriam
por seres extraterrestres ou entidades de tida em uma existência. Depois que se aven- obtidas da forma tradicional a que a pes-
outras dimensões, ou se são produto de so- tura neste fascinante terreno do Fenômeno quisa acadêmica está acostumada. Ou seja,
matizações, delírios mentais, estados alte- UFO, que insistentemente tenta nos tirar da o erro básico é insistir continuamente que
rados de consciência etc, ainda não se sabe. grande Matrix que a humanidade construiu o Fenômeno UFO e suas extensões sejam
O fato é que reais são as cicatrizes dos em torno de si para justificar seus erros, não apenas um problema científico. A ciência
abduzidos, seus temores, as confirmações há como voltar atrás e fingir que nada acon- se ocupa da observação de fenômenos na-
de seus raptos por testemunhas indepen- teceu. O universo dá ao ser humano o que turais que se modificam aleatoriamente e
dentes, as marcas deixadas pelas naves dos ele em seu coração encontra. sua posterior descrição, através da repro-

Materialização de Ashtar Sheran na Venezuela


Rogério Chola poimentos recolhidos, o jovem havia sido um seguido de assassinato. Porém, como não
brilhante estudante de engenharia, muito que- havia um corpo a remeter, limitaram-se a

U
m interessante caso de materiali- rido por seus amigos e que trabalhava numa enviar todos os pertences e bens pessoais
zação de Ashtar Sheran envolveu usina nuclear local. Durante as semanas se- da vítima à sua família, que teve de se con-
o engenheiro Enrique Castillo Rin- guintes ao incidente, a polícia e autorida- formar com a perda.
cón, que, além de ufólogo, alega ter con- des do governo norte-americano foram Sendo espíritas, os familiares do faleci-
tatado dois extraterrestres denominados mobilizadas na tentativa de elucidar o caso. do decidiram realizar uma sessão mediúni-
de Cromacan e Krisnamerk. Eles se dizi- Mas, após longas e trabalhosas investiga- ca na qual convocariam a alma de seu ente
am provenientes de um grupo de estre- ções, não conseguiram chegar a nenhuma querido para saber do acontecido e, despe-
las localizadas nas Plêiades. Estes con- conclusão que esclarecesse o mistério. O direm-se dele. O médium receptor seria um
tatos se deram com o engenheiro na Co- corpo simplesmente havia desaparecido. jovem estudante de medicina e amigo da
lômbia, mas se conectam em similarida- As buscas continuaram durante meses sem vítima. A expectativa era grande e todos
des a uma experiência prévia ocorrida resultado algum e órgãos diplomáticos exi- aguardavam estreitar seus laços com o de-
com ele em 1973, nos EUA. Nesta oca- giam um desfecho e uma conclusão. safortunado rapaz. Conforme o tempo trans-
sião, uma pessoa circulava por uma ro- corria, uma curiosa e entranha névoa azula-
dovia quando o veículo em que estava INFORMAÇÕES CONTRADITÓRIAS — A pres- da formou-se ao lado do sensitivo, assumin-
saiu da pista e colidiu violentamente con- são dos parentes e amigos se avolumava e do vagarosamente a forma de uma nuvem
tra uma árvore. Imediatamente, outros a família da vítima, que morava numa pe- circular. Essa massa gasosa emitia uma luz
carros próximos pararam na intenção de quena e pacata cidade na periferia de Cara- tênue, lembrando fumaça de cigarro ilumi-
socorrer o motorista. Mas qual não foi a cas, recebeu, algum tempo depois, um co- nada ou fosforescente, que aumentava sua
surpresa de todos ao verem que não ha- municado oficial que ratificava as estranhas intensidade. Parecia que pulsava. Rapida-
via ninguém no interior do veículo. condições em que o jovem engenheiro de- mente, a névoa compactou-se e formou uma
A polícia identificou os restos do car- saparecera. As informações eram contradi- semi-esfera, e uma sombra surgiu do seu
ro como sendo de propriedade de um tórias e obscuras, já que as autoridades interior. Lentamente, uma criatura semelhan-
jovem venezuelano radicado nos EUA. Se- norte-americanas consideravam o sumiço te a um ser humano apareceu, mas com ar
gundo sua ficha de estudos e pelos de- como um caso de vingança, provavelmente angelical. O rosto era belo, de traços suaves

26 Abril 2003
O FENÔMENO UFO pode ocasionar uma tão dando qualquer evidência de sua exis-
mudança radical no destino da huma- tência. Sobre isto, temos as possibilidades
nidade. Mas, podemos confiar em do que denomino de campos informacio-
seus tripulantes? Ao lado, o grupo nais, uma espécie de campo morfogenéti-
estelar das Plêiades, de onde viriam co e de transferência coletiva de informa-
alguns de nossos visitantes ção, lendas e sonhos. Nada garante que al-
guém não tenha obtido informações sobre
o suposto ser a que nos referimos, mesmo
nam. Mas não se pode realizar os mesmos
que de forma inconsciente. Todos os rela-
procedimentos naquilo que não responde a
tos não podem apenas se basear no caráter
instintos naturais, que é controlado e mani-
da testemunha. Eles têm de ser avaliados

John Schuessman
pulado. É neste ponto que temos de avan-
no contexto em que o fenômeno está ocor-
çar em nosso raciocínio para compreender
rendo. É na análise do contexto que estão
os UFOs e os prováveis ashtares sherans
os detalhes importantes, e são nestes que
que se manifestam nesta nossa realidade tri-
estão os fragmentos de explicação do Fe-
dimensional. Não basta colher casos e
nômeno UFO. Hoje, temos muitos deta-
dução ou compreensão das partes que nele pesquisá-los, ou realizar vigílias e tirar con-
lhes deste imenso quebra-cabeças espa-
interagem. Se, por um momento, admitir- clusões. Entretanto, está se esquecendo que
lhados pelo planeta. Resta-nos agrupá-los
mos que alguns dos UFOs são pilotados do outro lado do fenômeno pode existir
e encaixá-los nos lugares corretos. A ci-
por extraterrestres ou entidades inteligen- algo ou alguém muito mais inteligente do
ência já chegou à conclusão de que o todo
tes, isto de imediato implica em que o fe- que nós, que pode simplesmente estar nos
é muito mais do que a soma das partes e,
nômeno está fora e muito além do âmbi- jogando apenas aquilo que temos capaci-
assim, montar todas as peças do quebra-
to da ciência tradicional, pois não obede- dade de processar e compreender. Quem
cabeças dos UFOs poderá nos dar um
ce a regras específicas e nem aleatórias. garante que a informação adquirida, seja
quadro muito mais surpreendente e fas-
Ora, ele está sendo operado e controlado em modo consciente ou através de hipno-
cinante do que a soma delas.
por “alguém”, e só este pequeno detalhe ses regressivas, é fidedigna e não implan-
já invalida toda a parafernália de meto- tada por hábeis mãos mágicas?
Outro ponto desta intrincada questão
TRABALHO TITÂNICO — Desta forma, estu-
dologias científicas vigentes. dar a existência deste e de outros supostos
É fácil estudar um pássaro ou um sapo reside no fato de que pessoas de várias etnias
seres é um trabalho titânico e complicado,
em seu habitat. É fácil capturá-los e dissecá- e credos, ao mencionarem ou fazerem alu-
pois as variáveis são imensas e as possibili-
los em laboratório e concluir como funcio- são ao suposto ser Ashtar, também não es-
dades de se escorregar e enveredar por be-

e bem delineados, mas de ar severo. Os longo dos anos seguintes, até que terminou se produzirá a invasão dos continentes.
olhos eram claros e ligeiramente rasgados, com uma longa declaração, referindo-se à Quero avisá-los que a paz assinada na
o cabelo era comprido e loiro, penteado para autodestruição da humanidade: região que chamam de Vietnã servirá de
trás. Seu corpo era proporcional, esguio e “Estes fatos serão concretizados como degrau imediato para o conflito bélico se-
atlético. Sua altura beirava 1,80 m e seus conseqüência dos seguintes aspectos: apa- guinte entre árabes e judeus. A isso, se
membros eram perfeitamente normais, recerá um líder político no futuro dentro do seguirão terremotos que devastarão ci-
mostrando o contorno dos músculos. Ves- conglomerado social dos países unidos, que dades, mas nós tentaremos alterá-los
tia-se de forma simples, ostentando um dominará as massas e regerá os destinos para evitar piores danos”.
macacão folgado, com mangas acabando sociais e econômicos dos demais nações.
em punhos apertados. Tinha botas, aparen- Seu poder estará auxiliado por mecanismos SENSITIVOS SELECIONADOS — Dito
temente, de couro, de cano longo e sem que ele mesmo colocará em jogo, como co- isto, o estranho ser retornou à luz de
folga, e um cinto largo na cintura. A figura nhecedor das leis metafísicas e, em seguida, onde saiu e desapareceu. Este incrí-
humanóide colocou-se à frente da vel acontecimento foi bem
luz, em pé e olhando sério para o pesquisado por Rincón, que
grupo, que, totalmente atordoado, aproveitaria o acontecido na
não conseguia compreender o que Venezuela para fazer uma ex-
estava se passando. periência similar na Colômbia.
O ser olhou atentamente para o Para isso, reuniu uma equipe
médium, que começou a falar como de sensitivos selecionados,
se estivesse recebendo uma mensa- que buscariam entrar em con-
Cortesia Enrique Rincón

gem por telepatia. “Não temam, não tato telepático com alguma in-
lhes farei nenhum mal. Meu nome é teligência extraterrestre. Os re-
Ashtar Sheran e sou comandante da sultados obtidos foram satis-
Arquivo UFO

frota de espaçonaves de Ganímedes. fatórios, sendo que novamen-


Seu filho não está morto e nem per- te o ser denominado Ashtar
dido. Ele encontra-se entre nós. Veio Sheran voltou a se manifestar.
por livre vontade e deseja permanecer co- O UFÓLOGO E ENGENHEIRO venezuelano Essa experiência está em seu livro
nosco. Não se preocupem, pois ele estará Enrique Castillo Rincón, que alega ter UFOs, A Great New Dawn for Huma-
bem”. O ser então ofereceu um panorama tido experiências com Ashtar Sheran, nity [UFOs, Um Novo Grande Amanhe-
de eventos que deveriam se concretizar ao descritas em seu novo livro cer para a Humanidade].

Abril 2003 27
A
cos sem saída é grande. Para investigar este se encaixa em vários aspectos da questão psicóloga Gilda Moura realizou
assunto, não basta conhecer apenas o lado ufológica, na criação de grupos e seitas e uma pesquisa sobre o tema ab-
científico da questão. O problema é muito no padrão seguido por muitos contatados – duzidos e contatados em con-
mais de cunho sócio-cultural. Por outro lado, principalmente aqueles que se dizem extra- junto com os doutores Norman
deixar o assunto de lado e considerá-lo sim- terrestres em missão na Terra. S. Don e Sidney M. Greenfield, da Uni-
plesmente uma farsa ou coisa de lunáticos Pode-se observar em grupos regidos por versidade de Wisconsin (EUA). Os resul-
é realmente uma tentação muito forte, mas um comando central – extraterrestre ou não tados foram apresentados ao doutor
perigosa e leviana. – um verdadeiro fenômeno de transe hip- John E. Mack, autor do livro Abduções
Uma possível conclusão a que pode- nótico regressivo, onde a devoção, a ceri- [Editora Educare] e criador do Programa
mos chegar é a de que, se Ashtar foi uma mônia e a obediência são ditadas e utiliza- para Pesquisa de Experiências Extraor-
invenção ingênua de alguém, os rumos que das pelos membros de uma elite de pessoas dinárias [Program for Extraordinary Ex-
tomaram são preocupantes. Se foi intencio- extremamente fechada. O comportamento perience Research ou PEER]. A pesqui-
nal, foi muito bem planejada, pois se tor- destes grupos é psicologicamente contagi- sa de Gilda se baseia no fato de que
nou um excelente sistema manipulador de oso, tanto no plano cultural quanto nas cren- muitos investigadores – como Jacques
mentes. Se foi ou é obra de inteligências ças sociais. Dessa forma, espalham-se atra- Vallée e Jenny Randles – observaram que
extraterrestres, este se torna um assunto ain- vés da massa histérica, hipnotizada e da pessoas que passavam por abduções ou
da mais delicado e sua pesquisa está além mídia de massa. O psicólogo Gustavo Le contatos com ETs se encontravam em es-
do estudo multidisciplinar que temos em Bom afirmou que “num grupo, muitos sen- tados alterados de consciência (ASC).
mãos. A considerar-se esta hipótese, estarí- timentos e atos são contagiosos, e contagi- Também observaram que abduzidos e
amos entrando num estudo transdisciplinar, osos num nível em que o indivíduo pronta- contatados possuem a habilidade de en-
que envolveria a existência de atratores es- mente sacrifica seus interesses pessoais em trar em ASC facilmente.
tranhos, bio e nanotecnologia, mecânica função do interesse coletivo”. Consciente de que as pessoas que
quântica, teorias relativísticas, psicologia, descreviam encontros freqüentes com
parapsicologia, teoria dos jogos etc. Todas REGRESSÃO ARTIFICIAL — Adorno ainda alienígenas e anormalidades de ordem
essas variáveis poderiam estar interagindo nos fala em sua obra da psicologia regressi- eletromagnética em sua vida diária
entre si ou sendo usadas em conjunto por va de grupos organizados e que se ajustam também podiam entrar em ASC com ex-
eventuais inteligências extraterrestres que à característica de autoritarismo camuflado trema facilidade, no momento em que
tivessem criado o assunto Ashtar. em boas intenções. Ele considera que o que descreviam um contato mental com
O tratamento das informações que te- acontece quando as massas são carregadas alienígenas, Gilda decidiu verificar as
mos e a chegada às conclusões devem ser por uma propaganda messiânica não é uma atividades elétricas do cérebro destas
feitos da forma mais imparcial e impessoal expressão espontânea primária do instinto, pessoas enquanto estavam nestes es-
possível, sempre tendo em mente que pro- mas uma revitalização quase científica de tados alterados. Precisamente, anali-
var que Ashtar realmente existe não demons- suas psicologias. Seria a regressão artificial sou o estudo das funções cerebrais
tra automaticamente que ele seja um extra- descrita por Sigmund Freud em sua discus- correlacionadas com os estados men-
terrestre. Assim como provar que um UFO são sobre os grupos organizados. A coleti- tais derivados de experiências ufoló-
existe não determina que vização e institucionaliza- gicas. Para isto, a estudiosa, junto com
em seu interior existam ção do encantamento fa- o doutor Don, realizaram um projeto
seres extraterrestres. Ali- zem a transferência mai- para conhecer estas funções através
ás, neste mundo altamen- or e mais indireta. Só que de medições psicofisiológicas.
te manipulável em que nos a hipocrisia da identifica-
encontramos, deveríamos ção entusiástica e a dinâ- SANTO DAIME — Foram feitos registros
constantemente nos per- mica da psicologia do gru- de eletroencefalograma (EEG) de três
guntar a quem interessa po são tremendamente in- diferentes grupos de controles: 17 mé-
provar a existência de vida crementadas, por seus diuns tradicionais (incluindo três cu-
inteligente e consciente membros sentirem-se pes- radores de efeitos físicos), 24 conta-
fora da Terra? soas especiais, partícipes tados e abduzidos e 13 membros do
Uma coisa é certa: o de uma experiência fasci- movimento Santo Daime. Neste gru-
Arquivo UFO

assunto Ashtar Sheran não nante e, assim, se dispõem po, o objetivo seria registrar os efei-
é apenas cultuado por pes- a fazer qualquer coisa – in- tos da ingestão da substância psico-


soas simples ou do povo. clusive ir contra sua pró- ativa ayahuasca nas funções cere-
Artistas de renome até in- Se Ashtar foi uma pria identidade e espécie. brais. Este líquido é ingerido em ritu-
ternacional estão envolvi- A análise de todo ma- ais do Daime. Gilda descreve sua pes-
dos nisso. Todos, sem ex- invenção ingênua de terial sobre o tema Ashtar quisa como um árduo trabalho de cam-
ceção, são pessoas alta- alguém, os rumos Sheran que chegou às mi- po, e informa que enfrentou muitos
mente manipuláveis e pro- nhas mãos, descontados problemas de metodologia. Do grupo
pensas a comandos auto- que ela tomou são os prováveis mentalismos, de 24 contatados e abduzidos, somen-
ritários anônimos, como preocupantes. Se foi filtros e paradigmas, mos- te oito foram totalmente analisados.
bem definiu Erich Fromm intencional, foi muito tra inequivocamente que Em seu estudo, apenas foram incluí-
em seu livro Medo a Li- algo anormal está ocor- das pessoas que reportaram experi-
berdade, e brilhantemen- bem planejada, pois se rendo e suas origens po- ências constantes e contínuas com
te Theodor Adorno, em tornou um excelente dem ser várias. Eu até UFOs após tais contatos, pessoas que
The Authoritarian Perso- apostaria em algumas de- tinham a capacidade de se auto-indu-
sistema manipulador


nality [Personalidade Au- las. Mas é importante que zir a estados ASC, para entrar em con-
toritária]. A classificação de mentes se diga que um exemplo tato mental com alienígenas, e aque-

28 Abril 2003
A abdução e a mente humana
Rogério Chola

como transformar os mesmos em um


processo positivo. Resumidamente, co-
locam o fenômeno das abduções e con-
tatos num contexto de evolução da
consciência humana. O hipnólogo Má-
rio Rangel também realiza importante

Arquivo UFO
trabalho sobre abduções, que resultou
no livro Seqüestros Alienígenas. Inves-
tigando Ufologia Com e Sem Hipnose
GILDA MOURA, [LV-07 da BIBLIOTECA UFO] .
psicóloga e ufóloga, Com sua leitura, é possível se che-
realizou intensa gar a algumas conclusões, mesmo que
pesquisa com parciais e limitadas, sobre o que pode
vários abduzidos estar ocorrendo. O problema maior que
e contatados enfrentam os ufólogos é analisar a
psiquê humana e tentar tirar dela o que
não representa uma experiência vivida,
mas um processo de origem meramente
mental. Basta observar que os padrões
humanos de análise sempre se referem
a alienígenas bons como sendo bonitos
e, os alienígenas maus, como sendo fei-
os. Da mesma forma que uma pessoa
pode sentir aversão a insetos, crustáce-
os etc, o que ocorre, na maioria dos ca-
sos, por sua estranha e bizarra aparên-
cia. No lado oposto ao raciocínio, por seu
aspecto agradável, uma pessoa sente ca-
rinho e ternura por um golfinho.
Philipe Kling David

É importante destacar que, inde-


pendente das pesquisas em abduzidos
e contatados, somos constantemen-
te bombardeados por programas e in-
formações – ou desinformações – que
las que podiam provocar fenômenos se descreve uma maior clareza mental apresentam uma imagem hostil para
de ordem eletromagnética em sua vida e rapidez de pensamentos. Outra con- os alienígenas, como sendo violentos
diária – além de algumas com habili- clusão é que, provavelmente, este efei- e indiferentes em relação aos direi-
dades psíquicas ou paranormais de- to de ativação faria parte de alguma tos humanos. A necessidade de impor,
senvolvidas. Os resultados deste es- reprogramação de origem não identifi- de forma subliminar, a possibilidade
tudo exploratório mostraram que, sob cada, externa ou não à Terra ou – me- de uma presença alienígena perigosa
ASC, as pessoas que viveram tais ex- lhor dizendo – ao nosso universo tridi- e ameaçadora é crucial para a perpe-
periências exibem um padrão de ati- mensional. Estas situações são comu- tuação da manipulação das informa-
vação cortical de freqüência diferen- mente citadas por alguns contatados. ções e o conseqüente distanciamen-
te do estado normal e também dife- to do ser humano comum desta reali-
rente de estados de transe ou proces- PONTE COM A ESPIRITUALIDADE — Ainda dade. Assim, os meios de comunica-
sos mediúnicos. é prematuro se definir uma conclusão ção submetem-se inconscientemente
O significado e conseqüências des- geral. No entanto, em seu livro UFO – a esse jogo, servindo de canais de pro-
te padrão de ondas cerebrais não são Contato Alienígena [Editora Atheneu gramação mental e ingressando na
conhecidos. Através da comparação Cultura], Gilda faz uma ponte entre Ufo- mente do telespectador que, curioso,
com estudos prévios, os pesquisadores logia, psicologia e espiritualidade, ba- busca informação e encontra apenas
chegaram à conclusão de que este com- seada num longo tempo de observação medo, insegurança e dúvida. O escla-
portamento cerebral envolve a focaliza- e pesquisa, aonde descreve os proces- recimento do Fenômeno UFO estará
ção e a ativação de um processo de sos psicológicos de abduzidos. Estes sempre distante, pois as regras des-
atenção. Ao mesmo tempo, é um esta- trabalhos são interessantes para ten- te obscuro jogo são justamente a con-
do de expansão da mente chamado de tar se aproximar do entendimento dos fusão e a alimentação da controvér-
padrão cerebral superestimulado [Hype- traumas e seqüelas produzidos pelo Fe- sia. E pelo jeito, a situação permane-
raroused Brain Pattern ou HBP], em que nômeno UFO. Eles nos orientam sobre cerá assim por muito tempo.

Abril 2003 29
A
do erro de se tentar inter- neira adequada, nossas maneira mais comum dos extra-
pretar algo com uma vi- concepções se interpõem terrestres entrarem em conta-
são limitada e de acordo ante nossas percepções. to com os terrestres é através
com nossa restrita lógica, Ao longo deste traba- da telepatia. Suas mensagens
baseada apenas no conhe- lho, tanto em sua primei- são enviadas, principalmente, quando
cimento atual, está na tí- ra parte [Ver UFO 85] precisam nos informar sobre os traba-
pica comunicação atribu- quanto agora, tentei traçar lhos que estão desenvolvendo e passar
ída ao suposto ser, que nos o início das referências a orientações de caráter e consciência,
anos 50 e 60 alertava so- Ashtar e ao modo como que julgam necessárias ao desenvolvi-
bre os perigos da utiliza- um acontecimento que mento da raça humana. A forma como

Arquivo UFO
ção da energia nuclear. poderia ser real, ou não, acontecem os contatos é muito bem ex-
Ora, alguns poderão dizer tomou inúmeros cami- plicada por uma outra entidade alieníge-


que isto é óbvio, pois to- nhos, versões, acréscimos na, Setun Shenar. Em mensagem recebi-
dos sabem destes perigos. Será que a função de e cortes, de acordo com a da pelo Centro de Estudos Exobiológicos
Mas nos anos 50 e até o Ashtar Sheran (CEEAS), em 31 de maio
final dos 60, alguém real- uma suposta entidade cultura, ignorância e es-
perteza de quem recebeu de 1989, Shenar informou que, através
mente sabia? Tudo o que extraterrestre seria ou viu neste assunto uma de um processo desconhecido dos habi-
se sabe veio depois de intervir naquilo que os maneira de ficar famoso tantes da Terra, os ETs utilizam os ins-
Chernobyl, em 1986, e rico. O público leigo que trumentos para transmissão de suas
quando o terror atômico humanos fazem? E quais não recebe explicações da mensagens. “Deixamos nosso corpo na
ficou realmente conheci- são os verdadeiros ciência fica perdido e pas- nave e, por um processo que vocês cha-
do pelo público em geral. sa então a duvidar dela mam de desdobramento, nos situamos
Outros ainda dirão que limites da relação de mesma, da Ufologia e até no plano espiritual da Terra, aquele que
melhor do que alertar para dependência existente do governo. Nasce dessa dá origem a todas as manifestações do
os perigos da energia nu- entre as formas de vida forma as conspirações, as mundo físico”, disse.


clear seria os extraterres- seitas, os cultos aos UFOs Os contatos com entidades não-ter-
tres poderem impedir o do universo? etc, que interpretam o que restres no CEEAS são relativamente
aperto do botão que ge- acham que estão perce- freqüentes. A mensagem recebida em
raria o lançamento de uma bomba atômi- bendo da maneira que bem entendem. O maio de 1989 também informou que o
ca, ou ainda inutilizar todas as usinas nu- astrofísico norte-americano J. Allen Hy- estado telepático ideal para o contato
cleares existentes no mundo. nek, um dos maiores ícones da Ufologia se processa de alma para alma, de ma-
Mas será que a função de uma suposta mundial, afirma que é difícil – senão im- neira sutil e incompreensível para o ho-
entidade extraterrestre seria ficar intervin- possível – entender o Fenômeno UFO com mem comum. Para Shenar, a falta de
do em tudo que os humanos fazem? Quais nossa ciência atual. “É preciso encontrar experiência e de conhecimento espiri-
são os limites da relação de dependência uma nova fórmula para encarar o pro- tual milenar dificulta bastante o que
existente entre as formas de vida do univer- blema e o primeiro passo é abandonar as nossos visitantes pretendem explicar
so? E mais ainda, quais são os limites de idéias pré-concebidas”, garantiu. através de suas mensagens. “É neces-
atuação do livre-arbítrio e o que realmente Isso contrasta com o pensamento do fí- sário que o canal seja meditativo, es-
significa e pode ser classificado como uma sico e ufólogo Alberto Carmo, já citado, que tude profundamente os assuntos es-
interferência? Colocando a questão de ou- diz que a fenomenologia ufológica é uma pirituais, se discipline e mantenha uma
tra forma, o que interfere mais, uma ação incógnita como outra qualquer. “Mas só se mente universalista, para que não haja
direta e concreta ou uma mensagem telepá- descobre se uma incógnita é válida ou não interpretação errônea de nossas men-
tica da qual não se sabe a real origem? quando ela verifica a equação, e para sa- sagens”. Segundo Ashtar Sheran, o
ber isso tem-se de resolver a equação”, diz. contato só acontecerá quando a hu-
CAPACIDADE DE SINTONIA — Claro que não Falar que a equação não existe ou, pior, que manidade estiver preparada para re-
se está tentando aqui defender a existência não tem solução é uma heresia em ciência. ceber os seres. E para isso é preciso
de Ashtar Sheran ou outras supostas enti- E ficar discutindo se UFOs e ashtares she- conhecer seu pensamento.
dades e mensagens de eventual origem alie- rans são ou não dignos de estudo científico
nígena. Mas estamos tentando, sim, ampli- é uma questão de preconceitos interessei- CIÊNCIA — “Quase todos os cientistas
ar os limites de nossa ignorância frente ao ros. A idéia é fácil de se entender. Quando cometem o erro de se esforçar para ex-
fascinante tema. Afinal, como diria Daniel perguntaram a Werner von Braum por que plicar coisas transcendentais usando
Coleman, “nossa realidade está conforma- queria construir foguetes capazes de ir à comparações materiais. Esquecem de
da daquilo que somos capazes de sintoni- Lua, uma loucura impossível em sua épo- que se trata de mundos diferentes que,
zar”. Infelizmente, o cérebro humano é um ca, ele simples e cientificamente respondeu: mesmo em contato, possuem dimen-
simples detector de energia eletromagnéti- “oras, porque ela está lá!” sões diversas. Ambos os planos comu-
ca e toda informação que chega até ele é nicam-se, o que quer dizer que as for-
obtida pelo sistema nervoso central, que a mas podem ser reciprocamente troca-
coleta em sensores bioelétricos espalhados ROGÉRIO CHOLA é formado em eletrônica e das ou passadas de um plano ao outro
pelo corpo. Felizmente, existem as percep- tecnologia da informação. É membro da So- – como com a morte, por exemplo. São
ções extra-sensoriais, isto é, que acredita- ciedade de Pesquisas Ovniológicas e Fenô- desses planos também os pensamen-
mos serem extra, mas que na verdade estão menos Paracientíficos de Campo (SPOC) e tos, impressões espirituais e idéias.
inclusas na genética humana. Nós apenas consultor de UFO. Seu endereço é: Rua Sete Por esta razão, existem seres no uni-
ainda não aprendemos a utilizar corretamen- de Outubro, 104/74, 03407-040 São Pau- verso que podem vencer a morte e
te estes sensores, e sem utilizá-los da ma- lo (SP). E-mail: rchola@terra.com.br. mover-se além do espaço e do tempo”.

30 Abril 2003
A mensagem de Ashtar Sheran
Cássia Candra, convidada especial

CENTRO DE ESTUDOS — O CEEAS é uma


instituição sem fins lucrativos e de uti-
lidade pública, desde 1982. Fundada
oficialmente em 17 de setembro de
1973 pelo eletrotécnico baiano Paulo

Cortesia CEEAS
Fernandes, que viveu os últimos 12
anos de sua vida exercitando o com-
promisso que assumiu com Ashtar
Sheran, quando o encontrou, em 02 de
O LIVRO DO BAIANO
julho de 1969, em Salvador (BA), que
Paulo Fernandes, é narrado em seu livro O Jovem que
que fundou o CEEAS
se Encontrava com Extraterrestres. A
após ter tido um
entidade realiza sua pesquisa e ação
contato com um ser em bases filosóficas, científicas e es-
que afirmava ser
piritualistas. Seu objetivo maior é a in-
Ashtar Sheran
vestigação da exobiologia e a evolu-
ção das espécies no universo.
Presidido pela pedagoga, ufóloga e
conferencistas Ana Santos, o CEEAS
tem filiais em São Paulo, Curitiba, Bra-
sília e Rio Grande do Norte, a maioria
delas realizando o mesmo programa da
matriz, mantendo uma agenda de reu-
niões abertas ao público para abordar
temas diversos dentro do caráter do
centro de estudos. Nas duas últimas
décadas, a instituição vem promoven-
do congressos e exposições onde a
Ufologia é tratada com seriedade.
O CEEAS editou quatro volumes ba-
seados nos contatos de seus integran-
James Neff

tes com Ashtar Sheran e equipe: O Jo-


vem que se Encontrava com Extrater-
restres [1986], de Paulo Fernandes;
DEUS — “Não há um representante de sultado tiram de seu ensinamento religi- Mensagens Cósmicas [1988], uma co-
Deus sobre a Terra. Nenhum homem foi oso? Com quais leis e doutrinas relacio- letânea de mensagens captadas tele-
chamado por Ele para representá-lo. A nadas a Deus vocês persuadiram a hu- paticamente por canais da organiza-
humanidade terrestre possuía um repre- manidade terrestre do amor universal, ção, nas décadas de 70 e 80; Toda Vida
sentante com plenos poderes de Deus, para evitar guerras cruéis?” é Sagrada [1993], que reúne mensa-
que foi barbaramente morto porque co- gens de caráter ecológico e expressam
nhecia suas leis e condenava a falsifica- COMUNICAÇÃO — “Tendo que usar seus o pensamento de homens com a cons-
ção. O derramamento de sangue nunca idiomas, ficamos restritos na maneira ciência elevada sobre o propósito má-
será uma libertação, mas uma grave cul- de nos expressar. Porém, muito nos de- ximo da criação. Recentemente, ainda
pa que pesa sobre esse mundo. A teolo- sagradaria se nossas palavras, mesmo foi publicada a obra Cerimônia Interna
gia possui conhecimento de um seme- não indo de encontro ao gosto de vo- [2001], do consultor da REVISTA UFO Pau-
lhante Deus, porém ela lhe atribui quali- cês, fossem trocadas. Renunciamos ao lo Santos. O leitor poderá obter os vo-
dades humanas. Um Deus igual ao re- estilo a favor da verdade absoluta, di- lumes acima através da Editora Anan-
presentado sobre a Terra não existe. Ele rigida a todos vocês”. da, pelo endereço: Av. Bosque da Saú-
seria apenas um ídolo”. de, 1.608, 04142-082 São Paulo (SP).
VERDADE — “Nós, habitantes de outros Fone: (11) 578-7254.
GUERRA — “Não podemos, de modo al- planetas, sabemos o quanto é difícil com-
gum, entender como vocês podem dissi- bater o fanatismo. Nossa arma é a ver-
par grandes somas para provocar heca- dade, visto que outras não podemos usar CÁSSIA CANDRA é jornalista e coordenado-
tombes e domínio uns sobre os outros, sem ordem superior. Para isto, passamos ra de comunicação do Centro de Estudos
enquanto a verdade cósmica é totalmen- por uma preparação inimaginável, a fim Exobiológicos Ashtar Sheran (CEEAS). Seu
te oprimida. Teólogos, padres e profes- de podermos dar-lhes nossa arma, cuja endereço é: Rua Miguel Gustavo 18-E, Bro-
sores de religiões desse planeta, que re- potência combaterá o erro evidente”. tas, 40285-010 Salvador (BA).

Abril 2003 31
Pesquisa

O mistério das luzes


assassinas na Amazônia
Uma viagem à região revela uma assombrosa quantidade de casos
em que humanos são brutalmente atacados por naves extraterrestres

Pablo Villarrubia Mauso, de Madri

O
s macacos gritavam ao fundo, en- procuro novas testemunhas e busco mais aquele homem abatido e de pouca força,
quanto outros pareciam rir em dados sobre os acontecimentos. Assim, de- com um tique nervoso em um dos olhos.
segurança, no alto da copa das vorando o pó das precárias estradas próxi- “Estou assim, como vocês me vêem, desde
frondosas árvores. Por um mo- mas a Palmeirais, junto de Lourdes Frota, 1988. E agora pior pelo peso da idade”.
mento não me senti bem. Estava consegui localizar Benigno, já com 75 anos. Para Benigno, tudo começou quando fôra
tão obcecado em encontrar um homem cha- De sua humilde casa de tijolos, saiu pri- caçar num lugar chamado Buritizinho.
mado Benigno Pereira de Souza que pen- meiro sua esposa para nos receber. “Ele “Logo vi sobre mim aquela coisa, como
sei que as risadas e gritos dos primatas se tem medo de lembrar o que passou. Dei- um pneu de caminhão. Era toda de luz e
dirigiam a mim. No ano anterior, também xou-o com seqüelas por toda vida”, dis- fazia um ruído semelhante ao vento sobre
estive procurando em vão por Benigno, que se a mulher com voz fraca. as folhas das palmeiras”.
na região é conhecido como João Carpin- Ele caminhou cerca de 500 m e voltou
teiro. Ele reside no longínquo povoado de FORTE EMOÇÃO — Quase ao mesmo tem- a olhar para cima, ainda vendo o objeto
Palmeirais, uma zona perdida na fronteira po, se aproximou do beiral da porta uma sobre sua cabeça. E tampou o rosto com
do Piauí com Maranhão. Seu caso me silhueta franzina. Benigno apareceu para os braços, desmaiando em seguida. Sua
atraía de maneira especial, pois ele era uma nos receber. Sua esposa nos fez um sinal narrativa era carregada de emoção. De re-
vítima ainda não pesquisada, por ufólo- para que entrássemos, quando conheci pente, sua voz parou e seus lábios trêmulos
gos e jornalistas, de um ataque tentaram inutilmente emitir al-
dos misteriosos “Chupa-Chu- guma palavra. Em seguida veio
pa” ou “aparelhos”, como são o choro. A esposa, atenta, se
conhecidos por aquelas para- aproximou de Benigno e lhe ofe-
gens os artefatos e luzes voa- receu um copo d’água com açú-
doras que difundiram pânico car, para acalmar-lhe os nervos.
entre os camponeses e caçado- Ele secou os olhos com o dorso
res, nos anos 70 e 80. Foi nes- de uma das mãos e prosseguiu
sa época que se deu uma fa- em sua história. “Quando acor-
mosa onda ufológica. dei já estava escuro. A metade
O ufólogo e biólogo Daniel de meu corpo estava dormen-
Rebisso Giese, de Belém (PA), te e molhada de suor. Cami-
denominou os objetos que apa- nhei com dificuldade e conse-
reciam naquela época, quase que gui chegar à casa de um vizi-
em toda a Amazônia, mas con- nho. Depois, me levaram ao
centrados principalmente nos ar- médico, que disse que eu es-
redores de Belém, de “vampi- tava com pressão alta”.
ros extraterrestres”. Eram estra- Em pouco tempo, Benigno
nhas máquinas capazes de ferir sofreu um derrame e, durante
ou matar sem piedade os pau- A AMAZÔNIA é um campo de cerca de dois anos, ainda podia
pérrimos seres humanos que vi- ocorrências ufológicas de sentir um odor semelhante a co-
Philipe Kling David

vem nos domínios da natureza todos os tipos. E infelizmente bre oxidado – o mesmo que sen-
crua e selvagem. Tais casos são é palco de manifestações de tiu quando desmaiou abaixo do
bem conhecidos, mas a cada vi- ETs com intenções hostis UFO. “Com muita dificuldade,
agem que faço àquela região, pouco a pouco voltei a cultivar

32 Abril 2003
a terra e fazer al- O AUTOR DO ARTIGO na entrada
guns trabalhos de Parnarama, cenário de
para alimentar a ataque dos “aparelhos”. No
família”, contou- detalhe, Benigno Pereira de
nos, mostrando as Souza, residente no povoa-
mãos que, com do de Palmeirais, que ficou
muita dificuldade, paralítico depois de um ata-
de vez em quan- que de Chupa-Chupa
do, podiam fazer
algum trabalho de os. Mas não se abatia frente às di-
pedreiro. Sua história é de fato ficuldades de levar comida à
terrível. E ele a conta com sofri- mesa, seja uns poucos feijões ou
mento compartilhado pela espo- algumas gramas de carne de caça.

Fotos Pablo Villarrubia Mauso


sa, que o atendeu à época. A alegria de ver os olhos de seus
“Lembro-me que ele chegou filhos brilharem pela chegada de
com a roupa toda rasgada no dia seu pai com um veado nas costas
em que viu aquela luz. Pensei que é algo que nós, que moramos em
alguém havia lhe dado uma pau- cidades desenvolvidas, não pode-
lada. Tinha muita dor de cabeça mos compreender. Em 17 de ou-
e febre. Era um homem forte e as tubro de 1981, Abel saiu com seu
pessoas dizem que foi o ‘Chupa’ amigo Ribamar Ferreira para ca-
que lhe atacou, pois ele não tinha inimi- então disparam. “Às 06h00, um dos ami- çar. A noite seria longa e cheia de ruídos,
gos”, disse a mulher, também comovida, gos de meu marido, Pedro Curto, se apro- sombras e estrelas. Mas não seria igual às
como se ainda não tivesse se acostumado ximou da árvore onde ele estava, encon- outras. Enquanto caminhavam para esco-
ao estado de seu marido. Esse não foi o único trando-o agachado no chão e molhado de lher as árvores onde iriam pernoitar, repen-
caso de gravidade envolvendo UFOs na- suor”. Maria José disse que Pedro achou tinamente se colocou sobre eles uma varie-
quela região. Benigno pôde sobreviver, mas Zé Romão sem ar e com sensação de estar dade de “pneus voadores” de grande tama-
outros não tiveram a mesma sorte. muito carregado. “Ele tomou então uma as- nho, que giravam velozmente. Um potente
pirina que trazia em sua bolsa, mas não raio de luz fluorescente emitido pelo apa-
VÍTIMAS MORTAIS — Entre 1977 e 1978, resolveu. Em alguns minutos, jogou a ca- relho caiu sobre o corpo de Abel, que ain-
os Estados do Pará, Maranhão e Piauí fo- beça para trás e morreu, sem gritar ou ex- da não havia assimilado o que estava acon-
ram literalmente invadidos pelo Chupa- pressar dor”, finalizou a mulher. tecendo. Seu amigo Ribamar, morto de
Chupa. Uma nova onda do fenômeno ocor- Zé Romão morreu aos 41 anos. Não medo, começou a correr até a casa do par-
reu no início dos anos 80, especialmente na padecia de nenhuma doença e não tinha ini- ceiro para buscar ajuda. Voltou com fami-
região limítrofe da vila de Parnarama, no migos. Na noite em que esteve caçando, seus liares, mas já era tarde. Encontraram o ho-
Maranhão, próxima a Palmeirais. Poucos amigos e um tal Velho Tonho, mais distante mem sem vida, com o corpo muito bran-
investigadores visitaram aqueles espaços do grupo, viram uma luz rodeando o local co, como se não tivesse sangue.
selvagens, com exceção dos ufólogos nor- onde estava o companheiro. Foi entre as
te-americanos Jacques Vallée e Bob Pratt, 22h00 e a meia noite. Segundo a viúva, seu RAIO DE FOGO — Outra vítima naquele
e os brasileiros Daniel Rebisso Giese e corpo se encontrava todo arroxeado e algu- mesmo ano foi Dionízio Generala, que es-
Jean Alencar. Parnarama é um povoado mas veias estavam muito saltadas. Uma en- tava sobre uma colina quando uma luz voa-
de aproximadamente três mil habitantes, fermeira banhou o corpo para tirar-lhe a terra dora se colocou sobre ele e disparou um
à 140 km de Teresina (PI). Para chegar e observou que Zé Romão não tinha ne- grande raio de fogo. A testemunha da terrí-
até a vila é preciso atravessar o Rio Par- nhum arranhão, exceto alguns nas mãos. Pa- vel cena foi José dos Santos, que prestou
naíba numa precária balsa. Do outro lado rece que, nos momentos finais de sua vida, auxílio à vítima. Dionízio parecia ter rece-
vivem pessoas que ainda recordam com ele se agarrou com força a galhos de árvo- bido uma forte descarga elétrica. Durante
emoção a morte de vários caçadores, pro- res com espinhos. Nenhum médico exami- os três dias posteriores ao acontecido, a ví-
vocada pelas luzes assassinas. nou o caçador, simplesmente porque ali, no tima enlouqueceu e logo morreu. Em toda
Localizei na cidade Maria José dos Reis meio da selva, não havia médicos.
Batista de Lima, viúva de José Batista Lima, A família teve que se conformar
também conhecido com Zé Romão. Ele com a explicação de um tal dou-
morreu tragicamente no dia 26 de agosto tor Vanderley, de fora da cidade,
Fotos Pablo Villarrubia Mauso

de 1982. Fui ao município acompanhado que assinou o atestado de óbito.


do guia Reginaldo Barros. “Meu marido Zé Romão havia sido vítima de um
saiu para caçar com três amigos, levando ataque cardíaco, rápido. Seu cor-
consigo uma rede e uma espingarda. Cada po foi enterrado sem autópsia em
um prendeu sua rede numa árvore, um lon- Parnarama, sem que ninguém
ge do outro, para descansar ao longo da acreditasse na explicação.
noite”, declarou Maria José a respeito do Abel Boro é outra pessoa que
falecimento de seu esposo. Disse ela que, passou circunstâncias preocupan- MARIA JOSÉ dos Reis Batista de Lima, viúva
numa caçada dessas, ficam todos os caça- tes com UFOs. Ele era um homem de José Batista Lima, o Zé Romão [Direita].
dores em cima de árvores e, ao menor ruí- do campo cuja rudez da vida o ha- O homem faleceu no dia 26 de agosto de
do, miram para baixo para ver se algum via ensinado a pescar, a caçar e a 1982, quando ia caçar com alguns amigos.
veado está comendo as frutas da árvore, e lavrar a terra com meios precári- Foi mais uma vítima do Chupa-Chupa

Abril 2003 33
a região é patente a crença de que os tripu- gases com baru-
lantes destes objetos, ou dos Chupa-Chu- lho”, descreveu a
pa, são estrangeiros – talvez japoneses que testemunha. Nas
vinham tirar sangue dos nativos para redondezas de
transfusões aos seus semelhantes, como Campo Maior,
crêem alguns. “Os japoneses são muito próximo de Ma-
pequenos e necessitam de nosso sangue, tões, o ufólogo
que é muito forte para que estejam sau- Péricles Santos
dáveis”, disse com convicção uma traba- Filhos, de Teresi-
lhadora do campo que encontrei em Par- na, investigou um
narama. O folclore em torno dos apare- tratorista que con-
lhos já havia deixado raízes. seguiu tocar um
Os habitantes do município de Matões, aparelho e sentiu
no Estado do Piauí, também não estão acos- que era muito frio.
tumados a receber a visita de forasteiros, Seus olhos fica-
mas me acolheram amavelmente. Pude reu- ram vermelhos e
nir-me para conversar com um grupo de a pele de seu cor-
homens, a maioria caçadores e pescadores, po descascou, ficando com manchas per- clavícula. Sua filha me contou a mesma
que contaram suas experiências com o fe- manentes. Ainda em Parnarama, um caça- história e, a partir de então, outras pes-
nômeno. José Marcos, por exemplo, disse- dor disparou contra um Chupa-Chupa e este soas, quase sempre muito assustadas, vi-
me que por volta de 1986 viu sobre a La- caiu ao solo. Mas apareceu outro em segui- nham à delegacia para contar histórias
goa Buriti Grande um objeto em forma de da e se juntou com o que havia caído, e parecidas”, disse o policial. Perguntei-
geladeira a menos de 10 m de onde emer- ambos, misturadas, subiram ao céu. lhe se as pessoas afetadas sabiam o que
giu uma quantidade de “braços” em cujas Em São Luís do Maranhão consegui lo- era um disco voador ou um UFO. Ele res-
extremidades se encontravam pequenas lu- calizar o ex-delegado de Polícia de Parna- pondeu que não, que eram pessoas muito
zes multicoloridas. Um caçador perto de rama Geraldo dos Santos Magela, testemu- humildes, analfabetas ou, quando muito,
Campo Maior, na mesma região, chegou a nha chave para entender os fenômenos ocor- com educação primária. “Simplesmente
tocar uma das “geladeiras voadoras” e sen- ridos naquela remota localidade. Ao con- diziam que eram luzes que chupavam
tiu que sua superfície era muito fria. Seus trário da maioria dos habitantes da cidade, sangue humano”, afirmou Magela.
olhos avermelharam e sua pele se feriu, fi- Magela é um homem com uma sólida for- Os moradores diziam que alguns des-
cando com algumas seqüelas físicas. mação escolar e que poderia esclarecer al- ses objetos tinham a forma quadrada ou
guns pontos obscuros sobre o ocorrido há retangular, como uma lata metálica de que-
CAÇANDO TATU — E assim os casos podem quase 20 anos. Eu o encontrei aposentado, rosene. Havia a crença de que, ao se cami-
ser conhecidos na área. Uma testemunha aos 74 anos, e recuperando-se de uma crise nhar entre as casas ou pela selva, à noite,
me apresentava outra, que me apresentava cardíaca. Ainda assim, seguia trabalhando não se deviam usar luzes, lanternas, lam-
mais uma etc, e dessa forma conheci José num posto administrativo da Polícia Mili- piões ou cigarros acesos, pois a luminosi-
Soares de Moura, outro habitante de Ma- tar. Ele esteve em Parnarama entre 1980 e dade podia atrair o Chupa. “Nessa época,
tões. Numa noite de 1992, Moura saiu para 1983, vindo de São Luís para trabalhar em agosto de 1980, se não me falha a me-
caçar tatus, como fazia habitualmente, quan- como tenente da Polícia Militar na cidade. mória, apareceu um caso na Lagoa do
do viu a aproximação de uma luz. “Agarrei Pedi a ele que descrevesse alguns dos enig- Abano”. Tratava-se de um incidente com
a espingarda e a coloquei na mira. Sabia máticos casos de ataques dos Chupa-Chu- três homens que foram caçar na selva. Al-
que era o aparelho. Nesse momento, me pa. Ele lembrava de muitos que, como po- guém o avisou que um deles havia sido
lembrei do nome de um monte de santos, licial, chegou a investigar. Contou Magela morto e que ele fosse ver o cadáver. “Pe-
mas tremia muito de medo”. A testemunha que, certa vez, foi informado de uma se- guei meu revólver e fui até aquele lugar,
perdeu então o objeto de vista, pois a luz nhora que havia passado por situações de onde havia um conjunto de casas. Encon-
começou a rodear as pal- emergência. Ela estava trei o morto em pleno velório”.
meiras. Moura escutou com a clavícula quebrada
um zumbido parecido e vinha de uma remota lo- CORPO RÍGIDO — Ali também estavam os
com motor de geladeira, calidade chamada Serra dois companheiros de caça. Magela conta
com a mesma intensida- do Tarantide. Pediram que eles viram a luz vampira, mas não sa-
de, e na hora um feixe de que ele fosse vê-la, pois biam quem disparara contra o amigo. A
luz lhe golpeou a cara. ela queria contar-lhe algo. vítima era um homem de uns 40 anos, de
Segundo conta, ele não Resumidamente, a raça negra e complexão forte. Ele exami-
sentia calor, mas era como mulher descreveu a Ma- nou o corpo ali mesmo, pois não havia
Pablo Villarrubia Mauso

se a luz o empurrasse. gela que havia saído na médico no local. Por isso, não foi feito um
“Corri muito e che- noite anterior com um atestado de óbito. Segundo Magela, o cor-
guei em minha casa, su- lampião de querosene po já estava rígido. As duas testemunhas,
focado, amedrontado. O nas mãos. “De repente, que estavam um pouco distantes da vítima
burro que eu tinha pren- viu o potente foco de quando apareceu a luz, disseram que tal-
dido fora da cabana ros- uma luz azul que se co- vez o amigo tivesse caído do alto da árvo-
nava. Olhei pela janela e O PEDREIRO e ex-caçador locou sobre ela, que dis- re. A queda teria ocorrido em função do
via como o animal caía. Raul Gonçalves da Silva, de parou a correr e derru- medo causado pela visão do objeto. “No
Ele bateu várias vezes a 64 anos, viu um UFO em bou o lampião. Na escu- entanto, quando examinei o morto, não vi
boca no chão e soltava forma de butijão de gás ridão, caiu e rompeu a nenhum arranhão”, afirmou Magela. Um

34 Abril 2003
NA ÁREA RURAL entre Parnarama e Matões há lugares que
são palco de ataques dos “aparelhos”. Pablo Villarrubia [À
direita, sentado] entrevista vários habitantes de Matões,
testemunhas das aparições. Abaixo, o ex-delegado de Po-
lícia de Parnarama Geraldo dos Santos Magela, que tam-
bém viu UFOs e acompanhou as mortes

de cor prateada vermelha no alto. A mulher disse que tão


que não emitiam logo acendesse a luz, ao final da tarde, o
nenhum som. Le- Chupa apareceria”. Magela contou que,

Fotos Pablo Villarrubia Mauso


varam-no ao lu- quando começou a escurecer, pediu aos seus
gar onde o ho- subordinados que ligassem o motor que
mem havia morri- acende a luz da torre. Depois de quase uma
do e, depois, onde hora, a mulher e o marido indicaram para o
o objeto teria su- céu dizendo “olhe a luz”. Era como o farol
postamente ater- de um avião, mas apontado para baixo, ilu-
rissado, a um qui- minando tudo por onde passava.
dos companheiros de caça disse que a víti- lômetro do local da morte. Estavam próxi- Nesse momento, o motor da torre pa-
ma tinha um soro na boca ao cair, uma es- mos da Lagoa do Abano, a cerca de 60 km rou, estando o objeto a cerca de 30 m de
pécie de cigarro de palha para espantar os de Parnarama, quando encontraram uma altura, quase a mesma da repetidora. Tinha
mosquitos. Mas como não parecia ter ne- marca sobre a vegetação alta, semelhante a 5 m de diâmetro, formato discóide, janelas
nhum osso quebrado, o policial passou a de um helicóptero. Magela ordenou que nin- quadradas e iluminadas por dentro com uma
duvidar que a vítima tivesse caído da ár- guém pisasse naquele sinal, que parecia ter cor vermelha. “Creio que, por sua altura,
vore. Os amigos diziam que o Chupa ha- entre 5 e 6 m de diâmetro. O objeto que devia caber justamente uma pessoa em pé
via sugado o sangue do companheiro, em- teria pousado ali devia ter duas patas que dentro dele, mas não pude ver nada atra-
bora Magela não creia que isso tenha acon- deixaram um buraco circular na terra, e ou- vés das janelas. Era todo iluminado e por
tecido, já que não havia indícios para tal. tra marca de aproximadamente 30 cm de debaixo não percebi nada, nem trem de
“Isso mais me parece uma crença que en- largura. As palavras do policial para des- pouso”. Ainda segundo o ex-delegado, o
tão existia. Mas mesmo não sendo médi- crever estes incidentes eram emocionantes. objeto veio de longe e parou sobre a torre,
co, olhei bem seu corpo e verifiquei que girando em torno dela, mas não rodava so-
tinha muitos hematomas grandes, com cer- UM TESTEMUNHO OFICIAL — Aquele ho- bre seu próprio eixo. Outras testemunhas
ca de 5 cm de diâmetro, roxos como os mem tinha conhecimento de detalhes im- com quem ele conversou, alguns vizinhos
feitos por um golpe e alguns quase perfei- portantíssimos e desconhecidos da ação do da Serra de Tarantide, escutaram um baru-
tamente redondos. Chupa-Chupa na lho, mas não era do motor. Ele e os subor-
A única parte do região, como as dinados não conseguiram ouvi-lo. Segun-
corpo que não es- marcas deixadas do declarou, foi a primeira e última vez que
tava coberta por pelo estranho arte- viu algo tão estranho em Parnarama.
tais hematomas era fato voador. Logo o “Mas o povo seguia contando avista-
a cabeça”, deta- questionei se ele mentos. Às vezes apareciam dois aparelhos
lhou Magela. Essas mesmo havia visto juntos, mas isso era mais raro. Alguns ti-
declarações me dei- algumas das tais lu- nham cor verde e, outros, vermelha. As pes-
xaram intrigado e zes. O que contou a soas tinham muito medo e não queriam sair
surpreso, pois era seguir me surpreen- de casa”, finalizou Magela. Ele nunca mais
um caso que não deu de verdade. voltou a Parnarama, após ter mudado de lá
aparecia nos relató- “Uma das muitas em 1983. Mas disse que guarda boas lem-
rios de Jacques Val- declarações da po- branças do local calmo e das pessoas amá-
lée nem de Bob pulação me cha- veis. Isso também serve para excluir as te-
Pablo Villarrubia Mauso

Pratt. Ademais, era mou especialmente ses psico-sociais que tentam explicar que
também a primeira a atenção. Uma ga- tais mortes refletem a violência brasileira, o
vez que se obtinha rota me pediu que que não é apropriado para a região. Deixei
declarações de uma fosse à sua casa, no a casa de Magela com um nó na garganta.
testemunha autori- meio da mata, para Para o resto da comunidade de Parnarama
zada – neste caso, que eu visse com não existia, ou pouco importava, que alguns
um ex-comandante da Polícia Militar – so- meus próprios olhos um aparelho”. Se- de seus pobres habitantes tivessem sido
bre uma análise direta do corpo de uma gundo lhe contou a moça, ele aparecia to- mortos de forma tão estranha.
suposta vítima do Chupa-Chupa. das as noites próximo da Lagoa de Taran-
“Indaguei várias pessoas no vilarejo a tide. Isso teria ocorrido quase um mês an-
respeito do que vinha acontecendo”, con- tes da morte do caçador. PABLO VILLARRUBIA MAUSO é jornalista e con-
tou o policial. “Eram muitos os que viram, “Uma noite fui até lá com meus ho- sultor de UFO. É autor do livro Mistérios do
em outras ocasiões, as tais luzes e que acre- mens e me escondi dentro da casa da mu- Brasil. Atualmente mora na Espanha e seu
ditavam que podiam chupar o sangue de lher. Sem pregar os olhos, mantive vigi- endereço é: Apdo. de Correos 52039, Madrid,
suas vítimas”. Alguns disseram a ele que lância da janela, sempre olhando a dis- C. P. 28080. E-mail: pvilmau@teleline.es.
viram essas luzes pousadas no solo, descre- tante torre de uma retransmissora de tele- Este texto foi traduzido por Valdemar Biondo
vendo-as com o formato de um abanador visão, não muito alta, com uma luzinha Júnior, da EQUIPE UFO.

Abril 2003 35
Conexões

A intrínseca relação do
Espiritismo com Ufologia
Estudiosos de ambas as áreas garantem que há fortes ligações entre
o mundo espiritual e aqueles de onde viriam os alienígenas

Dante Augustus Labate, convidado especial

A
pesar de pouco conhecida, a li- aceitam sem problemas fronte o mesmo destino e
gação do espiritismo com seres a realidade da vida e in- hão de se encontrar, tem-
extraterrestres é antiga. O francês teligência extraterrestres porariamente, segundo
Allan Kardec, codificador da e não crêem que os pla- suas funções de vida”.
doutrina espírita, já em 1868 se netas a que nos referimos Profundamente con-
referia à existência de vida inteligente em sejam compostos ape- sistentes com o pensa-
outros mundos. Depois dele, muitos auto- nas de matéria inerte. mento ufológico da atua-
res espíritas voltaram a tocar no assunto. Mas isso não significa lidade, estas observações,

Federação Espírita Brasileira


Mas, curiosamente, nada se fala a respeito que pensem ser a vida feitas há mais de um sé-
das naves extraplanetárias usadas pelos alie- nestes mundos igual à culo, estão de acordo
nígenas em suas viagens, os enigmáticos terrestre. A mesma A também com a idéia de
discos voadores. Vamos tratar desse assun- Gênese nos alerta para muitos autores sobre a
to reproduzindo, a seguir, três parágrafos que não tentemos ver, pluralidade dos mundos
do livro A Gênese, uma das muitas obras em torno de cada sol habitados. L. B. Taylor,
escritas por Kardec: descrito, sistemas plane- em seu livro For All


tários iguais ao nosso. E Cada mundo está Mankind [Para toda a
„ “O deserto inimaginável estende-se também para o fato de lá Humanidade], diz que
além das estrelas. Lá, em condições di- não existirem somente num estágio, tem sua não existem dois plane-
ferentes das do vosso planeta, novos três reinos – animal, ve- história e terá um futuro tas iguais e que há gran-
mundos revelam-se e desdobram-se em getal e mineral –, como des diferenças entre seus
formas de vida que as vossas concep- conhecemos na Terra. diferente. Considerando satélites. “Cada mundo
ções não podem imaginar, nem vossos “Assim como o rosto como um todo, o Sistema está num estágio, tem sua
estudos comprovar”. de nenhum homem é
igual ao de outro, da
Solar é comparável a um história e terá um futuro
diferente. Considerando
„ “Aquele que vem de vosso sistema mesma forma são diver- laboratório rico em como um todo, o Sistema
depara-se com a ação de outras leis sas as civilizações espa- quantidade e variedade Solar é comparável a


regendo as manifestações de vida. Os lhadas pelo espaço”, di- um laboratório rico em
novos caminhos que se apresentam em zia Kardec em seu livro. de espécies quantidade e variedade
tão singulares regiões abrem-nos sur- “Elas divergem segundo de espécies”. E o homem
preendentes perspectivas”. as condições que lhes fo- — ALLAN KARDEC, terrestre é uma delas!
ram prescritas e de acor- codificador da doutrina espírita Ainda em A Gênese,
„ “Se nos transportarmos além de nos- do com o papel que cabe ao falar dos seres huma-
sa nebulosa, veremos que nos cercam a cada uma no cenário universal”. Em sua nos e dos extraterrestres, Kardec diz que no
milhões de sóis e um número ainda mai- obra A Vida Universal ele também escreve intervalo de suas existências corporais, os
or de planetas habitados”. que o fato de mundos extraterrestres serem desencarnados formam a população espiri-
moradas de seres inteligentes é uma ques- tual da Terra. Segundo ele, a morte e o nas-
Estas e outras passagens da obra do tão que já não deveria mais causar dúvidas cimento fazem com que as duas populações
codificador do espiritismo evidenciam uma entre nós. “Se os astros que se harmoni- – os encarnados (vivos) e os desencarna-
plena aceitação da existência de inúmeros zam e seus vastos sistemas são habitados dos (espíritos) – se completem constante-
planetas no universo e da possibilidade de por inteligências, estas não se desconhe- mente. Contudo, quando a Terra ou outro
serem habitados. Os espíritas, em geral, cem. Pelo contrário, trazem marcado na mundo necessitam de renovação, ocorrem

36 Abril 2003
épocas de grandes calamidades que provo- Sobre a inexistência de vida na Lua, con- Este brilho magnético é semelhante
cam imigrações e emigrações. Ele observa, forme ficou provado com inúmeras viagens àquele que os artistas sacros simbolizam na
ainda, que esta troca populacional pode não que russos e norte-americanos fizeram até auréola dos santos de retratos bíblicos. E
se realizar num só planeta, como entre a sua superfície, Kardec também tem expli- como a matéria de seus corpos é mais de-
Terra e o plano espiritual que lhe é próprio, cações. “Pudemos observar, até agora, que purada, com a morte ela se dissipa sem pas-
mas entre este e um outro qualquer. na Lua não vivem seres como nós. Mas sar pelo estado de decomposição. Assim, o
Uma destas imigrações de seres extra- como não temos conhecimento de sua es- ser de Júpiter é grande, maior que o terrá-
terrestres à Terra poderia ser a origem da trutura, não podemos dizer com certeza se queo, e seu desenvolvimento é rápido. “Sua
chamada raça adâmica, simbolizada na Bí- nela existem ou não outros tipo de vida”. infância dura apenas alguns meses e a du-
blia por Adão e Eva. Não é inviável pensar- Segundo o francês, por meio de simples ra- ração de sua vida equivale a cinco de nos-
se que quando estas criaturas aqui chega- ciocínio podemos chegar a uma conclusão sos séculos”, contam as fontes espíritas.
ram, há alguns milhares de anos, encontra- favorável à pluralidade dos mundos. Kar- Quanto à sua locomoção, esta é fácil e obti-
ram o planeta povoado por seres humanos dec afirma que tal raciocínio é confirmado da pelo esforço de vontade, pois, como a
primitivos, o que estaria de acordo com fa- pelas revelações dos espíritos, que nos di- densidade de seu corpo é pouco maior do
tos geológicos e observações antropológi- zem que os mundos são habitados por se- que a atmosférica, ele se liberta facilmente
cas. Uma dedução deste tipo é bastante ló- res mais ou menos evoluídos que nós. “Hoje da atração planetária. Enquanto aqui na Ter-
gica se, baseados nos livros sacros, notar- sabemos ser possível entrar em contato com ra andamos, eles levitam pela superfície com
mos que já na segunda geração os descen- eles e obter esclarecimento sobre seu esta- a facilidade de um pássaro no ar.
dentes de Adão cultivaram o solo, trabalha- do. Assim, tudo é povoado no universo. Pla-
ram os metais, construíram cidades e dedi- netas sólidos, o ar, as entranhas da Terra e JUPITERIANOS NA TERRA? — Victorien
caram-se à arte. Isso pode ter dado um gran- até as profundezas etéreas”. Sardou, jovem literato contemporâneo de
de impulso às civilizações terrestres da épo- Por várias vezes, textos publicados Allan Kardec, desenhou diversas cenas ju-
ca, uma vez que os habitantes de então, pro- na literatura espírita descreveram extrater- piterianas imortalizadas com a populariza-
vavelmente não conheciam a maioria des- restres e falaram sobre seus costumes, mo- ção da filosofia espírita. Artista sem habili-
ses ofícios. Se aceitarmos esta hipótese, radias, alimentação e meios de transporte e dade, era médium e foi, segundo diz, influ-
podemos presumir que os extraterrestres comunicação. Sobre os seres que viveriam enciado por um habitante de Júpiter que
tivessem condições físicas que permiti- em Júpiter, por exemplo, a doutrina espírita viveu na Terra séculos atrás, Bernard Pa-
ram suas adaptações ao nosso planeta e o tem como certo que sua conformação físi- lissy, oleiro em sua vida terrena. Palissy se
desenvolvimento, aqui, de sua civilização. ca é quase igual a nossa, mas menos densa manifestava através do médium Sardou e o
Pode-se, portanto, considerar viável a e com um peso específico menor. Tal infor- fez produzir um grande número de pinturas
possibilidade de habitantes de outros mação não é oriunda de dedução empírica onde retratava habitações, personalidades
mundos terem semelhanças físicas, espi- ou observação experimental, mas direta- e cenas do dia-a-dia. Também explicou que,
rituais e mentais com o homem. Talvez mente dos espíritos, que se comunicariam desde que um ser possua um corpo físico,
mesmo, e não é a primeira vez que se fala com os médiuns e lhes ditariam tais fa- por menos denso que seja, necessita não so-
nisto, sejamos seus descendentes. tos. A referida densidade dos corpos dos mente de alimentação e vestuário mas, ain-
eventuais jupiterianos, ainda segundo a da, de moradia e organização social. As des-
ADÃO E EVA EXTRATERRESTRES? — Re- mesma doutrina, é tão pequena
centemente, cientistas exploraram alguns que pode ser comparada aos nos-
planetas do Sistema Solar por meio de sos fluídos imponderáveis, tendo
aparelhos sofisticados e não encontraram aspecto vaporoso, imaterial e lu-
nenhum sinal de vida igual ou aproxima- minoso – principalmente nos con-
do da nossa – na verdade, não acharam tornos do rosto e da cabeça.
vestígio de qualquer tipo de

Patrick Vantuil
vida. Kardec, entretanto, pa-
rece ter previsto esta possi-
bilidade, pois fez uma inte-
ressante observação que é
bastante aplicável nos dias de crições que o oleiro fez de Jú-
hoje. “Se jamais houvésse- piter são curiosas: disse que
mos visto um peixe, não po- a atmosfera desse planeta é
deríamos conceber um ser diferente da terrestre, sua
vivendo na água e não tería- água é mais etérea e se pare-
mos a menor idéia de sua es- ce mais com vapor, e que a
trutura”, disse em seu longo matéria sólida quase não
trabalho de codificação do existe como a conhecemos na
espiritismo, filosofia seguida Terra. Algumas plantas se as-
Nick Ousbourne

por milhões de pessoas em semelhariam às nossas e exis-


todo o mundo e vista até mes- tiriam flores com uma textu-
mo pela potente Igreja Cató- ra tão delicada que as torna-
lica como consistente e bem riam quase transparentes.
fundamentada. “Por que, então, não ad- SEGUNDO A DOUTRINA ESPÍRITA, há infini- Ao falar sobre as habitações jupiteria-
mitir que outras formas de vida possam tos mundos habitados por todos os nas, Palissy disse que o material com o qual
viver em outros planetas, num meio di- tipos de seres. A Ufologia pleiteia são construídas as casas do planeta funde-
verso do nosso?”, completa. exatamente a mesma hipótese se sob a pressão dos dedos humanos, como
Abril 2003 37
se fosse neve, e que este é sua existência nesses luga- os consideremos inteiramente desérticos

Cortesia NASA
um dos materiais mais re- res deve ser apropriada a ou sem vida. “Não é impossível, todavia,
sistentes do lugar. As vidra- cada meio específico. que neles existam mundos organizados e
ças são feitas por uma es- “Que impossibilidade ha- muito mais adiantados que o nosso, po-
pécie de vidro líquido e co- veria para a eletricidade rém num outro plano vibratório e imper-
lorido que endurece ao to- ser mais abundante do ceptíveis aos nossos sentidos”.
mar contato com o ar. Pa- que na Terra e desempe-
lissy disse ainda que “a nhar papéis cujos efeitos AEROBUS, UMA FORMA VOADORA — Mas,
imobilidade das moradias não compreendemos? curiosamente, na literatura espírita não en-
era um entrave, e por isso Esses mundos podem contramos qualquer menção às naves es-
descobriu-se uma manei- conter em si mesmos as paciais avistadas por pessoas de todos os
ra de fazê-las leves e trans- fontes de luz e calor de lugares do mundo, em todos os tempos.
portáveis a qualquer lugar que necessitam”, disse. Chico Xavier, em seu livro Nosso Lar, fala
do planeta”. Segundo ele, Entretanto, não foi só apenas do “aerobus”, uma forma voado-
durante certas épocas do Kardec que se manifestou ra. Também as vozes paranormais grava-
ano o céu fica escurecido a respeito do tema. Antes das em fitas aludem a meios de transpor-
por uma nuvem de casas dele, Margeret Caldwell te aéreo, mas segundo pesquisadores, não
que flutuam por todos os Fox, uma das irmãs Fox originários de planos espirituais próximos
cantos da atmosfera de Jú- que deram origem ao es- à Terra. Assim, apesar de aceitar a exis-
piter. “É um passar inin- piritismo na América do tência de diversos planetas habitados com
terrupto de moradias de Norte, havia mencionado vida inteligente, o espiritismo ainda não
várias formas, cores e ta- o assunto. Posteriormen- oferece explicações sobre a locomoção
manhos. Somente quando te, numero- dos extraterrestres por meio de veículos,
finda a temporada o céu sas mensa- nem sobre fatos comuns do contexto ufo-
fica livre destes curiosos gens surgi- lógico – como as abduções, por exem-
pássaros”, declarou atra- ram em di- plo. As comunicações existentes entre os
vés do médium. E M M EIO AOS versas par- homens e habitantes de outros planetas po-
Absurdo? Para a Co- planetas habi- tes do globo. dem, segundo a doutrina espírita, ser fei-
munidade Ufológica Bra- tados no Siste- No Brasil, tas por intermédio de médiuns que rece-
Editora Conhecimento

sileira, evidentemente que ma Solar, se- o médium bem mensagens de espíritos que estão em
sim. Realidade? Para os es- gundo o Espiri- Chico Xavier comunicação com os extraterrestres – que
píritas, nada mais natural. tismo, estão psicografou podem também ser espíritos de maior ou
Quem está com a razão? Marte, Júpiter e mensagens menor grau de evolução, sem seu próprio
Uma vez que não se possa Saturno, além que teriam sistema planetário. Encerraremos este ar-
fazer a checagem desses da Terra. Sobre a vida em sido enviadas pelo espí- tigo citando os dois últimos parágrafos da
fatos de forma mensurável Marte há até um livro psi- rito do jornalista Humber- obra de Neufel, Buscando Vida nas Estre-
e inequívoca, é impossível cografado [Detalhe] to de Campos e por Maria las. Neles o autor sintetiza muito bem o
saber. Por outro lado, as te- João de Deus. Hercílio pensamento dos espíritas:
orias espíritas sobre vida extraterrestre, de- Maes recebeu do espírito Ramatis textos
fendidas por Kardec e outros mais de um que deram origem à obra A Vida no Pla- „ “O homem, na sua extrema vaida-
século antes que pudéssemos pensar razoa- neta Marte, onde explica que os marcia- de e seu inescondível orgulho, consi-
velmente no assunto e, menos ainda, em nos não apresentam as mesmas caracterís- dera-se o rei da criação, quando, na
discos voadores, impressionam pela preci- ticas substanciais dos terráqueos, pois, ape- realidade, é um ser ainda no início da
são em muitos campos. Esse pode ser um sar de terem a mesma forma, vibram num escala evolutiva universal”.
bom antecedente para levarmos um pouco plano mais energético que material. Seu
mais a sério tais afirmações. Pensemos no mundo se situaria num campo vibratório „ “É esta convicção que o espiri-
peixe de Kardec, aquele que não teríamos adequado a seu corpo físico, ou seja, me- tismo procura transmitir, bem como
sequer condições de imaginar, caso nunca nos material que o nosso. o sentimento de que, ao melhorarmos
tivéssemos visto um. José Neufel é outro autor espírita que nosso íntimo, retificarmos nossas fa-
tratou do tema. Ele publicou que, de acor- lhas e imperfeições, aprimoramos
COMUNICAÇÃO TELEPÁTICA — Mas há mais do com a ciência, planos vibratórios pode- nossos espíritos em múltiplas e suces-
informações sobre os jupiterianos: eles se riam sobrepor-se ou interpenetrar-se. Disse sivas existências, subimos na escala
comunicariam normalmente por telepatia, que nosso aparelhamento sensorial é apto à evolutiva e conquistamos o direito de
mas também utilizariam linguagem articu- percepção de fenômenos materiais situados viver em mundos melhores, migran-
lada. Os espíritas crêem que têm sua clari- entre as fronteiras do plano vibratório em do por planetas, estrelas e galáxias,
vidência permanentemente ativa, o que cha- que vivemos. “Normalmente, não podemos numa apoteose gloriosa e sublime da
mam de “segunda visão”. Seu estado roti- transpô-las e penetrar em outros planos ascensão espiritual”.
neiro pode ser comparado ao de um sonâm- vibratórios e graus energéticos. Logo, o fato
bulo lúcido. “É por isso que podem comu- de não percebemos certas vibrações não
nicar-se com os espíritos com uma facili- significa que inexistam, mas apenas que DANTE AUGUSTUS LABATE é técnico em infor-
dade maior do que habitantes de mundos estão aquém ou além dos limites de nosso mática e membro do grupo ufológico EXO-X.
mais grossos e materiais”, afirmou Kardec, mundo sensorial”. Segundo seu raciocínio Seu endereço é: Rua Queriri 40, Vila Carrão,
que ainda informou, sobre as condições de muito seguido pelos espíritas, se formos a 03442-110 São Paulo (SP). Seu e-mail é:
luz e calor nos mundos extraterrenos, que Marte ou a outros planetas, é provável que dante@ufologo.com.br.

38 Abril 2003
Publicidade

Abril 2003 39
Em UFO 85 foram publicados ende- bém consultora de UFO, e a pesquisadora


reços de sites sobre Ufologia consi- Tânia da Cunha. O Instituto Nacional de OVNIVISION



derados como os melhores locais de Pesquisas Ufológicas (INPU) surgiu em [www.ovnivision.cl]


divulgação de informações sobre o as- 12 de junho de 2001 e conta com a ajuda



sunto. Entre eles estava o Rastreador constante do Instituto Nacional de Inves- É outro endereço chileno especializa-


News [www.rastreadornews.com], cri- tigação de Fenômenos Aeroespaciais do que se destaca pelo tratamento reser-


ado e mantido por Alexandre Gutier- (INFA), presidido pelo co-editor de UFO, vado ao assunto. Criado por Christian



rez, coordenador de notícias de UFO. Claudeir Covo. Desenvolvendo trabalhos Riffo, o site dispõe de profissionais dedi-


Logo após sua publicação em nossa na área da Ufologia Científica, em seu site cados ao estudo ufológico, com corres-


revista, o site foi também citado na edi- a entidade mantém um bom acervo. Um pondentes em várias cidades do Chile e



ção de fevereiro de Superinteressan- dos links mais interessantes é o chamado do mundo. Além de trazer informações


te, que elogiou o trabalho do jornalis- Participações do INPU na Imprensa, que sobre lançamentos de livros, exposições,


ta. Esta é uma prova de que a mídia contém fotos dos programas de televisão simpósios, eventos e pacotes turísticos,



está abrindo os olhos para outras rea- dos quais os ufólogos participaram e uma possui seleção de links, entrevistas, notí-


lidades e, sobretudo, que a internet listagem de citações, entrevistas, comen- cias, reportagens etc.



está auxiliando de forma significativa tários e pesquisas publicadas na mídia


o crescimento da Ufologia. “Isso mos- impressa. O endereço é indicado àqueles


tra que o trabalho do Rastreador News que desejam entender um pouco mais da PORTAL SOLARIS WEB



está no caminho, disse Gutierrez. Dan- rica casuística brasileira. [www.solarisweb.net]


do continuidade ao trabalho começa-


do na edição passada, publicamos O Solaris Web é um portal esotérico


PORTAL TERRA CHILE


mais alguns endereços: e paracientífico universalista que não se

[www.terra.cl/ovni] ○ prende a nenhum tipo de ideologia reli-


giosa. O site crê no caminho do livre



INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS O fato de um grande meio de co- pensar como meio de evolução da hu-

[www.sites.uol.com.br/inpu] municação dedicar um canal à Ufolo- manidade. Oferece informações sobre



gia mostra que os chilenos estão adi- terapias holísticas, radiestesia, canaliza-

Um dos mais respeitados grupos de antados na aceitação e no tratamento ções e Ufologia Mística, além de gale-

pesquisa do país, o INPU oferece grande dado ao Fenômeno UFO. O site Terra ria de arte com temas universalistas e


quantidade de informações sobre fatos já Ovni explora com muita propriedade a um espaço especial para os serviços da

investigados, entre eles o polêmico Caso rica casuística local, com notícias, re- REVISTA UFO. O Solaris surgiu no iní-

Guarapiranga, que envolvia a suposta mu- portagens, entrevistas, galerias de fo- cio de 2001 e desde o ano passado pas-


tilação de um homem por ETs, e o falso tos, vídeos e um glossário para termos sou a atuar como um portal. O respon-

UFO de Tiazinha. O grupo é dirigido pela que se relacionam diretamente à Ufo- sável pelo projeto é o mineiro Marcelo


pesquisadora Paola Lucherini Covo, tam- logia, além da sugestão de livros. Ricardo de Aguiar e Silva.

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40 Abril 2003

NOVAS REVELAÇÕES SOBRE MARTE NUM VÍDEO EXCELENTE





26° CONGRESSO BRASILEIRO


Marte sempre foi origem de muita po- UFO publicou uma ampla matéria sobre o


lêmica entre astrônomos, ufólogos e até assunto em sua edição 66, que incluía o DE UFOLOGIA CIENTÍFICA


astrólogos. O Planeta Vermelho provoca depoimento de um dos mais famosos pes-



a imaginação dos mais céticos e influen- quisadores do mundo, Graham Birdsall. Auditório do Sindicato dos Químicos


cia estudiosos a tratarem As Civilizações Ex- Rua Tamandaré 348, Liberdade


da possibilidade de exis- tintas de Marte, ao co- 26 e 27 de abril de 2003



tência de vida inteligen- mentar o que a NASA Taxa única: R$ 28,00


te em sua superfície. So- ainda esconde sobre o


bre o assunto, a VIDEO- tema, tenta desvendar o Conferencistas confirmados:



TECA UFO tem várias que todos esses anos de Roger Leir (EUA), Jan Val Ellam,


obras e, agora, ganha pesquisas ufológicas já Nelson Granado, Aldo Novak,



mais uma. Abordando o mostraram: Marte foi Eustáquio Patounas, Sheylla Pires,


assunto de forma séria e um foco de vida no Sis- Rafael Cury. Outros nomes ainda


objetiva, é do produtor tema Solar. Um bom serão confirmados.



Charles Adams, do Li- exemplo disso é a sé-


ving UFO Productions, o rie de muros e forma- Informações e inscrições:


documentário As Civili- ções rochosas desco- Em Curitiba: Rafael Cury



zações Extintas de Mar- bertas dos últimos tem- Fone/Fax: (41) 350-4538
te [VD-32], que acaba de pos, amplamente dis- ○

○ rafael.cury@avalon.sul.com.br
ser lançado. O vídeo tra- cutidas em UFO 85. Em São Paulo: Nelson Granado

ta com inédita profundi- Num dos melhores re- Fone: (11) 3271-0838
Videoteca UFO

dade os indícios de que gistros que já se fez so- phisiom@uol.com.br



nosso planeta vizinho já bre o assunto, o produ-


foi habitado no passado. tor Charles Adams III CONFERÊNCIA DE UFOLOGIA


Mais que isso, o docu- sabe apresentar os ar- E PARANORMALIDADE DOS EUA

mentário também enu- Civilizações Extintas de Marte, gumentos que levarão


mera as razões que teri- Produção EUA, 2002, o telespectador a ques- Radisson Seattle Airport Hotel

am levado tal civilização Duração: 47 minutos tionar se tudo o que


17001 Pacific Highway S. Seattle


à extinção. A produção é Código: VD-32 (R$ 42,60) ocorre no planeta é 23 a 26 de maio de 2003

inteiramente baseada em apenas suposição, ou



recentes descobertas sobre o planeta, apoi- se a teoria que muitos ufólogos defen- Conferencistas confirmados:

adas inclusive por cientistas dissidentes da dem há anos é verdadeira. Para adquirir Lyn Buchanan, Loren Coleman, Ja-

NASA. A coragem desses profissionais em este produto, veja o encarte Suprimen- mes Harder, William Henry, Skip e



defender que a agência espacial norte-ame- tos de Ufologia, dessa edição. Sharon Leingang, Johnny Moses,

ricana oculta informações sobre Nick Redfern, Travis Walton,


o planeta levou à sua demissão. Zamora, Ross Allison, Red Elk. Do



Entre as provas apresentadas Brasil está confirmado o editor da


está o famoso Rosto de Cydonia, REVISTA UFO, A. J. Gevaerd.



que foi fotografado pela primeira


vez em 1976 pela sonda Viking. Mais informações:


Em 1998, 22 anos depois, a for- www.seattlechatclub.org



mação teve sua imagem novamen- nwufoconference@hotmail.com.


te registrada, desta vez pela son-



da Mars Global Surveyor. As fo-


tos mais recentes têm uma reso-



Videoteca UFO

lução 10 vezes superior que as an-



teriores, e mostram ainda uma for-


mação rochosa, com cordilheiras


e crateras. A partir desse momen-


Divulgação

to, a polêmica que sempre houve OUTROS LANÇAMENTOS da VIDEOTECA UFO deste mês,

em torno do assunto aumentou que já podem ser solicitados através do en-



consideravelmente. A REVISTA carte Suprimentos de Ufologia, desta edição


Abril 2003 41
manho de um caminhão com car-
OBJETO COM VÁRIAS LUZES roceria de madeira. Sua lumino-
sidade era bem maior que as das
No dia 07 de janeiro, por demais estrelas, tendo um movi-
volta das 22h00, avistei um ob- mento lento e irregular. As pes-
jeto que voava à baixa altitude, soas na rua também ficaram ob-
tornando as luzes de suas laterais servando aquele fenômeno. Eu
visíveis. Não eram brilhantes não sei o que era, mas não pare-
nem fosforescentes. O artefato ti- cia ser avião nem helicóptero.

Cortesia Willian Montandon


nha três metros e não fazia baru- Flávio Roberto Pires,
lho. Surpreso, chamei meu filho Araçatuba (SP)
Diego e ficamos esperando pelo
aparecimento de algo maior, mas
nada aconteceu. Tenho certeza de SONDA EM MINAS GERAIS
que não era avião, pois já estou
acostumado com seu barulho e Estava me preparando para
formato e não me confundiria de PONTO REGISTRADO À LUZ DO DIA ir a uma festa, quando meu co-
tal maneira. Era um UFO. lega gritou para que eu fosse ver
Edalmiro Faustino Fogaça, Esta foto foi tirada numa quinta-feira de janeiro de 2003, um disco voador. Ele estava no
diego_ney@ibest.com.br às 15h00, a cerca de 10 km de Londrina (PR). O local é meio da rua quando viu o obje-
perto da Rodovia do Café, no sentido de Curitiba. Íamos to, mas eu nada notei inicialmen-
para a chácara da minha tia quando meu irmão tirou a foto. te. Meu amigo apontava para
ESTRANHA LUMINOSIDADE WILLIAN MONTANDON, Araxá (MG) cima e dizia: “Estava aqui ago-
ra mesmo, mas sumiu”. Foi
No dia 07 de outubro de 2002, às seando com a minha esposa e filha, quan- quando surgiu, pouco acima dos telha-

20h00, meus amigos e eu estávamos no do observei uma pequena estrela se mo- dos, uma grande bola de luz. Ela tinha


Clube Campestre em Varginha (MG), vimentando lentamente, acima dos prédi- cerca de 40 cm de diâmetro e, de vez em

quando observamos uma estranha luz no os da cidade. Tinha um formato esférico, quando, sumia repentinamente e apare-

céu. Aparentava ser do tamanho de Vê- cor alaranjada e aumentava e diminuía. cia mais adiante. Fazia movimentos de

nus, quando vista a olho nu, e ter uma gran- Estava cerca de três quilômetros de nossa zigue-zague, subia e descia, ia de um lado


de velocidade. Como mantemos um site posição e calculei que o objeto teria o ta- a outro. Às vezes parecia muito lenta e,

de Ufologia [www.ufovarginha. noutras, muito rápida. Nada que


hpg.com.br], achamos que o fe- conheço poderia executar tais
nômeno seria uma coisa fora do manobras. Não era um balão
normal. Depois de aproximada- meteorológico, helicóptero,
mente quatro segundos, a luz di- avião supersônico, estrela ou a
minuiu. Estava muito irradiante Lua. O avistamento ocorreu em
a princípio e começou a se dila- junho de 1999 e era uma sonda.
tar, ficando três vezes maior que Tenho convicção disto.
o tamanho inicial. Logo, dimi- David Sadalla Almeida,
nuiu de tal forma que já se en- Janaúba (MG)
contrava do tamanho das demais
Cortesia Ney Sampaio

estrelas. Então, aumentou sua ve-


locidade e sumiu no céu. UFO EM AMERICANA
Lucas Salgado,
lucassalgado417@bol.com.br Na noite de 19 de dezembro
de 2002, em Americana (SP), foi
visto um objeto estranho com
OBJETO EM ARAÇATUBA DISCO VOADOR EM FORMA DE NUVEM? aparência de estrela cadente, só
que não tinha nem a calda, nem
Desde criança sempre me in- Levei o negativo desta foto para São Paulo, onde um a rapidez de tal artefato. Não pis-
teressei por Ufologia. Em toda amigo escaneou direto do negativo. Mas não vimos ne- cava, porém o mais interessante
minha vida observei o céu na es- nhum detalhe a mais para que a fotografia pudesse ser foi que em sua pequena trajetó-
perança de encontrar um UFO. conclusiva. Só constatamos que não se trata de proble- ria, o objeto ia perdendo cor e
No último domingo de agosto, ma na revelação ou avaria na película. brilho. Em poucos segundos, fi-
por volta das 20h00, estava pas- NEY SAMPAIO, nsampaio@visar.com.br cou invisível. O engraçado foi

42 Abril 2003
que, logo após o ocorrido, passou um Por isso, dava para notar que saía dele


avião no local, levando-me a crer que o uma espécie de “perna” que tinha for-


Convite a Urandir


objeto sumiu para não ser avistado pela mato oval. Chamei minha família e to-
Fernandes de Oliveira


aeronave. Se mais alguém souber deste dos ficaram assustados, mas depois in-



fato, por favor, entre em contato. ventaram várias explicações.


Wagner Santos, Raquel Escrivane Guedes, O Núcleo de Estudos e Pesqui-


wagnerraptor@hotmail.com Rio Preto (MG) sas (NEP) do Centro Latino-Ameri-



cano de Parapsicologia (CLAP) con-


vida publicamente o senhor Urandir


FIGURAS NO CÉU DE LONDRINA UFO DURANTE APRESENTAÇÃO Fernandes de Oliveira a demonstrar



seus alegados poderes parapsicoló-


Tenho 20 anos, sou estudante univer- Há aproximadamente oito anos, cerca gicos, tendo em vista que:


sitário de química e moro em Londrina de 10 pessoas e eu avistamos uma nave



(PR). Peço que omitam meu nome. No extraterrestre em plena luz do dia. Aconte- 1. Os membros do NEP soube-


dia 22 de dezembro de 2002, às 23h20, ceu por volta das 13h00, quando uma equi- ram através dos meios de comuni-



avistei três objetos em forma de botões pe de pára-quedistas estava saltando de um cação que o senhor Urandir decla-


sobrevoando o céu da cidade. Os artefa- avião em Rio Branco (AC) e eu observava ra, e aparentemente demonstra, re-


tos formavam um triângulo eqüilátero com o espetáculo. Todos percebemos que, logo alizar fenômenos parapsicológicos



um objeto em cada vértice. Eles percorre- acima dos pára-quedas, havia uma nave de maneira controlada, tais como


ram uma trajetória retilínea na forma tri- muito diferente. Sua cor era cinza claro, entortar metais, materializar obje-


angular, porém oscilando, e sempre au- quase prateada. Após o término dos sal- tos, quebrar copos à distância, mu-



mentando e contraindo o tamanho da fi- tos, a nave saiu ganhando velocidade até dar a coloração de moedas, mani-

gura que formavam. Eram rápidos e fo- desaparecer no espaço. ○ festar a percepção extra-sensorial


ram cerca de 12 segundos de vôo. Perdi a Edwilson Souza, etc. Esses fenômenos são objeto de

voz na hora em que vi, mas assim que a deilsonac@yahoo.com.br estudo da parapsicologia.

recuperei, gritei por meu irmão de 15 anos,



que conseguiu avistar os movimentos por 2. Os membros do NEP estão


cerca de três segundos. Não é a primeira NOTA DE ESCLARECIMENTO preparados cientificamente para pes-

vez que vejo isso. Há 10 anos, observei quisar, segundo a metodologia pa-


algo semelhante. Eram três objetos for- Esta nota de esclarecimento se refere rapsicológica, a fenomenologia ale-

mando um triângulo eqüilátero, porém eles aos comentários que foram publicados so- gada pelo senhor Urandir Fernandes

somente trocavam de lugares nos vértices. bre o Grupo de Pesquisadores e Ufólogos


de Oliveira. Desta maneira, ao final


R. F. B., de Ponta Grossa (GPUPG) e a meu res- de sua pesquisa, poderá concluir

Londrina (PR) peito, sobre a foto que enviei de um supos- sobre a autenticidade ou não dos


to extraterrestre em Ponta Grossa (PR), em fenômenos registrados.


UFO 82. Informo que, numa ocasião, o gru-


AVISTADAS ESFERAS BRILHANTES po fez um simpósio sobre Ufologia para a Acreditamos que o senhor Uran-


população local no qual solicitamos aos pre- dir Fernandes de Oliveira terá o má-

Já tive inúmeras oportunidades de ver sentes que, se tivessem alguma foto, filma- ximo interesse e pressa em aceitar

objetos estranhos, que até hoje não com- gem ou conhecessem pessoas que avista-

este convite, caso os fenômenos pro-


preendi. Mas nunca disse nada a ninguém, ram UFOs, entrassem em contato com a duzidos sejam autênticos.

pois as pessoas não acreditariam em mim. entidade. Nossa campanha arrecadou de-

Núcleo de Estudos e

Na primeira vez que avistei algo, estava zenas de fotos, incluindo a que foi publica-

viajando quando enxerguei através da ja- da na referida edição. Como o grupo não Pesquisas (NEP) do CLAP

nela um objeto que se movia quase na mes- possui equipamentos para examiná-las, no

Av. Leonardo da Vinci, 2.123


ma velocidade e paralelamente ao ônibus. entanto, pedi que fosse submetida à aná- 04313-002 São Paulo (SP)

Parecia uma bola e brilhava como o Sol. lise do ufólogo Claudeir Covo, especia-

Fone: (11) 5011-9451


Às vezes, um morro o encobria, mas logo lista no assunto. Quero esclarecer que so-

voltava a aparecer. Acompanhou o ôni- mos voltados à pesquisa séria e que em


NOTA DO EDITOR: Este convite está sendo publica-


bus por muito tempo e depois sumiu. Em nenhum momento tivemos a intenção de

do a pedido e como cortesia da REVISTA UFO, que


minha segunda experiência, encontrava- agir de má-fé, pois não tínhamos certeza também deseja conhecer a verdade sobre os alega-

me no sítio do meu pai. Era noite e esta- se a foto seria falsa ou verdadeira. Apro- dos poderes paranormais do referido senhor. Em

oportunidade anterior, em nossa edição 56, publi-


va observando as estrelas quando vi um veitamos o ensejo para agradecer à EQUI-

camos convite semelhante à mesma pessoa, para


objeto silencioso com algumas luzes, PE UFO por analisar a imagem. que mostrasse a verdade sobre suas alegadas ca-

das quais não me lembro a cor. Era bas- Sérgio Lirani,


pacidades ufológicas. Tal convite jamais foi aceito.


tante lento e não estava voando muito alto. lirani@brturbo.com


Abril 2003 43
periências e os truques que ele fazia para pudessem se deslocar de seus países para


PACIFICAÇÃO DAS FORMIGAS encantar os ingênuos. Mas algo que não investigar casos, a Ufologia seria muito



contávamos ocorreu: sua fama de abduzi- mais forte. O problema é que ela, mesmo


Não acredito na existência de Ashtar do e “amigo dos ETs” foi divulgada pelo sabendo da polêmica em torno de Urandir,


Sheran, nem de qualquer outra entidade mundo todo através de um de seus segui- aceitou um convite e uma passagem aérea,



extraterrestre que venha salvar a humani- dores, Felipe Castelo Branco. Junto a isso, veio ao Brasil em total sigilo e deu ouvidos


dade. Para mim, isto é apenas mais uma uma suposta abdução e fotos do local onde apenas à parte interessada.


prova do quanto somos egoístas e egocên- ela teria acontecido foram espalhadas pela Linda foi ao Mato Grosso do Sul, sede


tricos, achando que sempre haverá alguém internet. Os fatos foram publicados na edi- da REVISTA UFO, mas só esteve no Proje-



disposto a resolver nossos erros. Apesar ção 84 de UFO, mostrando os detalhes da to Portal. A pesquisadora não procurou


disso, a matéria de Rogério Cho- nenhum ufólogo brasileiro em sua
la, Ashtar, Um Alien de Olho nos viagem e simplesmente desprezou
Terrestres, é excelente e esclare- as demais partes envolvidas. Igno-
ce um monte de coisas que eu não rou até mesmo a presença de edi-
sabia sobre aquela entidade. tor de UFO, que vive no mesmo
Acho que os ETs estão aqui por Estado de Urandir e lhe forneceria
motivos muito mais práticos do todas as informações necessárias.
que nos salvar de qualquer coi- Após essa descoberta, o editor es-
sa, como a exploração mineraló- creveu uma carta aberta à pesqui-
gica, biológica ou, quem sabe, sadora, que foi enviada para duas
comercial, pois supostamente mil pessoas de todo mundo, ques-
roubariam minérios e energia tionando sua pesquisa. Tivemos o
para benefício próprio. apoio irrestrito de quase toda a Co-
Sobre isso tenho uma tese que munidade Ufológica Mundial e,
chamei de Teoria da Pacificação apesar disso, Linda ainda insiste
Internet
das Formigas. Certamente, já ob- em afirmar que Urandir está falan-
servamos esses bichos trabalha- do a verdade. Como conseqüên-
rem, carregando suas folhinhas nas costas O SITE NA INTERNET da jornalista norte- cia dessa batalha internacional, surgiram

e até mesmo lutando com formigas de ou- americana Linda Moulton Howe informações de que a pesquisadora já ha-


tras colônias. Nem por isso, tentamos al- [www.earthfiles.com], com grande via procedido da mesma maneira em ou-

guma vez explicar a elas que existem mei- destaque às fraudes de Urandir tras investigações que realizou, deixando

os mais fáceis de carregarem aquelas fo- mais gente descontente.



lhinhas, ou que elas não devem guerrear farsa. Num primeiro momento, muitos ufó- Pesquisadores e pessoas ligadas à Ufo-

ou lutar entre si, mas manter a paz entre logos norte-americanos interessaram-se logia começaram a expor na Internet o des-

as formigas. Adiantaria alguma coisa nos- pela história passada por Castelo Branco crédito de Linda e de algumas de suas pes-


sa intervenção? Obviamente não. Aplican- e deram algum crédito ao caso. Mas logo quisas. Em função disso, sua reputação aca-

do-se isso ao exposto assim, muitas ve- que essa informação chegou ao Brasil, to- bou abalada, principalmente nos EUA, e


zes ocupamos o local destas formigas. E dos os que desejam uma Ufologia séria os ufólogos brasileiros tiveram sua serie-

o resto, não precisa dizer... começaram uma batalha para esclarecer a dade finalmente reconhecida. Assim, a Ufo-

Roberto Pintucci, trama e mostrar a verdade. Fomos ouvi- logia Brasileira se juntou à Ufologia Mun-


anomaliaespacial@uol.com.br dos por 99% dos estrangeiros. dial e, unidas, conseguiram impedir que

Os pesquisadores brasileiros, unidos, mais uma fraude se propagasse.



conseguiram enviar documentos, informa- Thiago Luiz Ticchetti,


URANDIR E A UFOLOGIA BRASILEIRA ções e provas de que a suposta abdução Coordenador internacional de UFO

não era verdadeira. No entanto, a ufóloga ebe-et@ebe-et.com.br



Desde que o mágico e duvidoso para- norte-americana Linda Moulton Howe, que

normal Urandir Fernandes de Oliveira sur- teve um passado brilhante ao investigar


ESPIONAGEM E O ECHELON

giu no cenário ufológico, a Ufologia Bra- mutilações de gado, pareceu não crer no

sileira vem desmascarando-o com êxito. que dizíamos. Ela não somente acreditou

A. J. Gevaerd, editor da REVISTA UFO, tem na farsa plantada no exterior como a en- Desejo manifestar-me em relação à in-


travado uma batalha diária para não deixar dossa de maneira entusiasmada, levando formação de Aldo Novak quanto ao Proje-

que suas invenções se espalhem na Comu- seus colegas brasileiros a suspeitar das ver- to Echelon. Para mim, não há nenhuma

nidade Ufológica Nacional. Dentro de casa, dadeiras razões por trás disso. Linda che- surpresa nessa técnica de espionagem, pois


nosso trabalho estava sendo bem feito. gou a vir ao Brasil para checar as afirma- ela só foi aperfeiçoada, nada mais. Espio-

Muitas pessoas que foram enganadas pelo ções de Urandir, em fevereiro passado. Não nagens sempre existiram e sempre existi-


Urandir vieram a público contar suas ex- temos nada contra isso, pois se os ufólogos rão. Mas que o caso requer atenção por

44 Abril 2003
parte dos países observados, não há nenhu-


ma dúvida. Entretanto, o que julgo mais



impressionante é que estamos sendo gra-


dativamente invadidos por uma grande



plêiade de alienígenas das mais diferentes


origens e personalidades. Enquanto alguns

países, como os Estados Unidos, perma- Tomei por empréstimo o título do nente, quando se refere não só à estag-



necem absorvidos com outros tipos de pre- editorial da edição passada justamente nação da Ufologia como também à pos-



ocupações terrenas, o mais assustador – se para cumprimentar alguns leitores que tura de alguns de seus colegas.


assim podemos nos referir – são as incur- estão de olhos atentos ao que fazemos UFOs Registrados Atrás do Sol e


sões extraterrestres, cada vez mais nume- aqui, começando com a jovem Andréia Marte: Novos Mistérios, Novas Polêmi-



rosas, pondo à mostra nossa fragilidade e N. Borges, que, do alto dos seus 12 anos, cas são dois outros assuntos no mínimo


inoperância. De que adiantam todas essas

usou do mesmo raciocínio e a mesma intrigantes, cujas respostas, muito pro-


avançadas técnicas de espionagem, se o expressão [“Bichinho de estimação”] que vavelmente, jamais saberemos. Mas a



grande perigo reside no espaço? utilizei para comentar o caso da estra- matéria de Pedro Paulo Cunha levanta


Godofredo Fonseca Andrade, nha criatura encontrada no Chile [Cria- uma questão: na página 24 ele mencio-



São Bernardo do Campo (SP) tura Misteriosa é Encontrada no Chile, na o fato de um UFO ter sido registrado


UFO 84]. Depois, os leitores Eumário movendo-se em “linha reta por trás do


Teixeira e Rodrigo Branco, que corrigi- Sol”. Ora, se o diâmetro do Sol é em


TEORIAS DE DINO KRASPEDON


ram as legendas das fotos dos astronau- torno de 1.400 mil km, de quanto terá


tas e a data da destruição da Mir, res- sido a extensão do rastro que o suposto


Há alguns dias atrás, tomei conheci- pectivamente, publicadas em UFO 83. UFO teria deixado? Mas a questão não

mento de uma nova teoria que demonstra a O ombudsman que se cuide ou sua fun- ○ invalida o bom conteúdo do texto. Outro


possibilidade de que os corpos que trans- ção não terá razão de ser! tema extremamente polêmico é Entran-

mitem calor no espaço não se atraem, mas


Mas, ao que tudo indica, não são só tes. Uma Nova Geração de Seres Está

repelem-se uns aos outros, inclusive dan- os leitores que estão atentos. A exce- Chegando à Terra, de Eustáquio Patou-


do reforço aos cientistas que não compac- lente matéria Ashtar, Um Alien de Olho nas. Obviamente, não vamos entrar no

tuam com a tese do Big Bang. O expansio- nos Terrestres, assinada por Rogério mérito da questão, mas perguntar não

nismo eterno e permanente, no parecer des- Chola, nos mostra que tem mais gente ofende: uma transformação de consci-


sa teoria, é a realidade que devemos adotar interessada no que estamos fazendo, e ência significa, necessariamente, a par-

como verdadeira, e não a que procura de- numa escala cósmica. Através de um ticipação de um entrante? O indivíduo

monstrar que tudo se atrai e se aglomera


texto inteligente e objetivo, Chola dá um não pode sofrer essa transformação fru-

visando uma nova explosão. Após tomar banho de informação, demonstrando to simplesmente de uma tomada de

conhecimento dessa notícia, lembrei-me de conhecimento, imparcialidade e muita consciência, um despertar de suas po-


um artigo publicado pela REVISTA UFO em ponderação nas análises. Na esteira tencialidades espirituais latentes? O box

sua edição 46, sobre Dino Kraspedon, que desse artigo, o box de Andréia Tschei- assinado por Luciano Stancka, Transtor-

há mais de 50 anos iniciou a exposição dos del, Terrestres, Resolvam seus Próprios no de Personalidade Múltipla, é oportu-


motivos que o levaram a difundir essa teo- Problemas, não fica atrás. Com humor no e esclarecedor, embora breve e ana-

ria, que o russo afirma ter descoberto. fino e ironia, ela coloca as coisas no seu lisado pelo ponto de vista clínico...

Dino chegou a escrever um livro a esse devido lugar. Andréia, escreva djá. Mas nem tudo são flores na ótima


respeito, Contato com os Discos Voado- Por isso cabe aqui uma pergunta ao edição 85 de UFO. Algumas falhas fo-

res, com pouca repercussão no Brasil. Se- editor: em seu editorial, ele alimenta a ram detectadas: na publicidade sobre o


gundo a revista, ele acumulou conheci- expectativa de que, se depender de I Diálogo com o Universo [Página 30],

mentos durante os longos bate-papos que


Ashtar Sheran, o tão esperado contato de novo lemos “cosmonauta russo”. Na


teve com seu amigo extraterrestre, coman- com os ETs está próximo. Próximo quan- ilustração da matéria Entrantes [Página


dante de uma nave mãe que costumava do? Há décadas ouço a desgastada ex- 32], o correto é câmara gravitacional e

visitar sua casa periodicamente. A obra foi pressão “o contato está próximo”. É não câmera. Na referida participação de


levada à Academia de Ciências da Rús- especulativo brincar com o tempo, pois Rogério Chola, ele menciona a Navalha

sia, que agradeceu a importante contribui- próximo tanto pode ser amanhã, o mês de Occam, postulado nomeado pelo fi-

ção prestada aos cientistas de lá. Entre- que vem ou o ano de 2100. É só uma lósofo William Ockham. Só gostaria de


tanto, Kraspedon foi perseguido no Bra- questão de tempo... Outro que precisa saber qual a grafia correta. Para finalizar,

sil e proibido de falar sobre o assunto. É expor seus pensamentos com mais tem- é regra toda publicação ter um índice

por essa razão que ainda estamos engati-


po é o entrevistado de UFO 85, Roberto completo, contendo as matérias, repor-



nhando na área científica. Affonso Beck [Diálogo Aberto]. Há um tagens especiais e seções fixas. UFO pre-

Henry Habib Moussa, amargor em suas palavras muito perti- cisa adotar essa prática.


São Paulo (SP)


Abril 2003 45

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