cado da Ufologia.

O Cen-

○
UFO EM NOVA FASE MORFOLOGIA ALIEN tro Brasileiro de Pesqui-

○
○
sas de Discos Voadores

○
Tenho gostado muito das matérias de Stabolito fez uma ma- (CBPDV) mostra mais

○
○
UFO, pois elas são abrangentes e não fi- téria primorosa ao apre- uma vez como fazer uma

○
cam somente no campo da Ufologia clás- sentar todas as faces de um revista com qualidade.
○
sica, muitas vezes, entrando até no campo assunto tão delicado quan- Rodolfo Heltai,
○
○
da religião. Entretanto, sinto falta de textos to a morfologia extrater- rodolfoheltai@terra.com.br
○

que falem sobre a possível visita de extra- restre. Apenas não concor-
○

terrestres no passado, mostrando fotos con- do com a divisão da ma- Achei excelente e
○
○

vincentes de artefatos. téria em duas edições: é equilibrado o texto de Ro-

○

Roberto Pintucci, difícil ter que esperar um gério Chola sobre Ashtar
○

robertopintucci@uol.com.br mês para terminar de ler

○

Sheran, Um Alien de Olho

○

algo tão interessante. nos Humanos. Interessan-

○

“Nossos
Parabenizo o ilustrador Philipe Kling Regina Maria Schum, te como ele cita a possibi-
○

O texto Como são

○

David pelo excelente trabalho realizado nas Videira (SC) lidade de que, por trás des-
Visitantes
○

capas da revista. Cada edição é um verda- se fenômeno controverso,

○

deiro impacto, fazendo com que os leito- Embora o pesquisa- Alienígenas, de UFO 86, é possam estar os interesses
○

sem dúvidas um dos

○

res sintam-se mais satisfeitos, além de esti- dor Reinaldo Stabolito escusos dos que querem
○

mular a curiosidade dos céticos. tenha tido o cuidado de melhores já publicados desacreditar a Ufologia.
○

Adalberto Tarcisio do Nascimento, apresentar todas os lados pela revista. Reinaldo Renato A. Azevedo,
○
○

São Bernardo do Campo (SP) do assunto, no extenso Stabolito soube tratar um renatoalaz@uol.com.b
○

artigo Como são Nossos

○

tema complexo sem se

○

Gostaria de esclarecer que não acredi- Visitantes Alienígenas, é

perder em divagações
○

to em discos voadores, homenzinhos ver- muito difícil acreditar BOB PRATT

○

des, abduções etc. Mas, ao ler a edição 86, nas classificações morfo- inúteis. Trata-se de um
○

artigo histórico
”
○

algo mudou. Confesso que a qualidade dos lógicas dos alienígenas. Gostei muito do Diá-
○

textos me surpreendeu positivamente. Tanto O próprio autor afirma — MARIA CÉLIA NUNES, logo Aberto da edição 86
○

os artigos escritos pelos colaboradores, que as fontes para tais ca- de UFO, com o pesquisa-
○

Londrina (PR)
○

quanto os redigidos pela EQUIPE UFO. talogações são testemu- dor norte-americano Bob
○

Antes um cético completo, passei a admi- nhas de contatos que, se não estão fanta- Pratt. A parte da matéria que mais gostei
○

nistrar uma pontinha de dúvida a respeito siando o suposto encontro, podem estar é a que ele conta como começou a inves-
○

○
○

dos assuntos tratados pela publicação. contaminadas pelo medo. tigar os casos de UFOs e ETs aqui no Bra-
○

Wagner Villela, M. N. Batalha Júnior, sil, mesmo após se aposentar do jornal

○

○
○

wagnerm25@yahoo.com.br mnbatalha@yahoo.com.br em que trabalhava. Isto mostra que ele

○

tem força de vontade para tentar desven-

○

Os números mais recentes da revista Há muitos anos li o estudo de Jader dar os mistérios ufológicos do país.
○

○
○

apresentaram uma melhora visual quanti- Pereira sobre morfologia dos ETs, mas só Fabiana Pompeu,
○

tativa. As matérias e artigos sempre foram agora, com uma apresentação concisa e miipa@terra.com.br
○

bons, mas em alguns casos pecam pela lin- didática do assunto na edição 86, pude fi-
○

○
○

guagem. Dentro do jornalismo científico, nalmente compreender a questão. Parabéns Ao ler a entrevista do norte-america-
○

o grande desafio do profissional é escrever ao Reinaldo Stabolito, que, pelo que en- no Bob Pratt, não tive dúvidas de que ele
○

○
○

sobre um assunto complicado de maneira tendi, é um dos novos consultores de UFO. fez mais pela Ufologia Brasileira do que
○

simples para o leitor. Este processo de ama- Que bom! A revista está ganhando um time muitos ufólogos de nossa terra. Que sirva
○

durecimento, principalmente debatendo de excelente quantidade. de lição aos novos pesquisadores.

○

○
○

temas mais espirituais, traz mais imparcia- Vilmar Menezes Alcântara, Juliana Castro Arruda,
○

lidade e respeito à publicação. Hoje a re- Fortaleza (CE) Sorriso (MT)

○

○
○

vista conta com uma diagramação moder-

○

na, um sistema de impressão de primeiro

○

mundo e um conselho editorial de primei- ASHTAR SHERAN LUZES ASSASSINAS

○

○
○

ríssima. O que falta é uma equipe de co-

○

bertura jornalística de emergência, que faça Realmente a UFO está de parabéns! A A matéria de Pablo Villarrubia Mau-
○

uma ampla cobertura de assuntos que ne- qualidade continua em alta. A matéria Um so, O Mistério das Luzes Assassinas na
○

○
○

cessitem de apuração imediata. Alien de Olho nos Humanos, de Rogério Amazônia, de UFO 86, só veio confirmar
○

Wendell Stein, Chola, publicada nas edições 85 e 86, abor- que algo muito estranho está acontecen-
○

○
○

wendell@sumare.com.br da de forma objetiva e clara um tema deli- do nos pontos mais remotos do Brasil.
○

4 Maio 2003
Um artigo muito interessante e esclare- me senti tocada por sua proposta de contri-

○
cedor, que deveria ser usado como aler- buir para a compreensão de que somos mais

○
○

○
ta. Afinal, a situação apresentada por do que indivíduos de carne, preocupados

○
Pablo é muito grave, mesmo. apenas com a sobrevivência.

○
○

○
Aguinaldo Bataglin, Clara Luz Celeste, A Ufologia Brasileira sempre foi

○
Campos (RJ) claraluzceleste@bol.com.br um reduto exclusivo de homens.
○

○
Poucas, mas honrosas, exceções
○

○
○

○
Ao ler a excelente matéria de Pablo Gostei muito da figura do ombudsman, existem a essa regra. Entre elas, é
○

○
Villarrubia Mauso, minha idéia de que to- mas prefiro que ele se atenha às avaliações claro, encabeçando a lista, está a
○

○
dos os tripulantes dos UFOs são invaria- da revista, que por sinal faz muito bem, sem grande matriarca de todos os ufólo-
○

○
○

○
velmente bons e generosos mudou. Os re- emitir críticas ou tecer opiniões, deixando- gos desse país, “dona” Irene Gran-
○

○
latos são assustadores e impressionantes. as para artigos à parte. Creio que sua fun- chi [Foto]. Ela dedicou mais de cin-
○

○
○

○
Essa impressão foi ainda mais solidificada ção exija uma certa isenção, pois periga co décadas à Ufologia, fazendo nos-
○

○
com a entrevista a Bob Pratt. confundir os leitores. sa casuística ser
○

○
Leguizamo Nuñes Arturo, Aricildes de Moraes Motta Filho, conhecida por
○

○
○

○
spaniard_arturo@ieg.com.br aricildes.filho@caixa.gov.br nós e por estran-
○

○
geiros. Dona Ire-
○

○
ne deixou seu le-
○

○
ESPIRITISMO E UFOLOGIA VÍDEOS E LIVROS UFO
○

○
gado importantís-
○

○
simo a ufólogos
○

○
Sou espírita e creio na pluralidade dos O livro de Marco Petit é uma lição para
○

que ingressaram

Arquivo UFO
○

○
mundos habitados. Não concordo com al- os interessados no assunto. Poucas vezes na disciplina nos
○

guns dos conceitos defendidos pelos ufólo- li um livro com tanta vontade. O conteú- ○ anos 70 e 80. Ela
○

○
○

gos, mas devo dizer que após ler o artigo A do é surpreendente, como toda a coleção é a presidente de
○

Intrínseca Relação do Espiritismo com a da BIBLIOTECA UFO. Já adquiri meu honra de nosso Conselho Editorial,
○

Ufologia, de Dante Labate, publicada na exemplar de Perigo Alienígena no Brasil onde estão alojados muitos de seus
○

○
○

edição 86, repensei vários dos meus concei- [LV-14], que com certeza será tão bom “pupilos”. No mesmo conselho,
○

tos. Espero que a revista continue assim. quanto os livros anteriores. onde temos quase 70 integrantes
○

○
○

Irineu Mathias Feliciano, Ilma Baptista Moraes, apenas no Brasil (e cerca de 50 no

○
○

São Paulo (SP) Sarandi (RS) exterior), somente 10% são ufólo-
○

gas. Mas a situação está aos pou-

○

○
○

A matéria de Dante Labate é muito in- Os novos vídeos da VIDEOTECA UFO

○

cos se revertendo, com a adesão à

○

teressante. A Intrínseca Relação do Espi- são fantásticos. Sou fascinado por Mar- EQUIPE UFO de importantes ativistas
○

○
○

ritismo com Ufologia prima pela pesqui- te e sei muitas coisas a respeito, mas do movimento ufológico brasileiro.
○
○

sa e zelo ao tratar de forma nada se compara com as Nesta edição, temos o prazer de
○

ponderada dois assuntos tão imagens do vídeo As Civi- apresentar aos leitores as novas con-
○

apaixonantes. Só ufólogos ob- lizações Extintas de Marte sultoras Elaine Villela, com artigo
○
○

tusos ou espíritas carolas não [VD-32]. Sem dúvida, im- publicado na página 16, e Lúcia
○

vêem que UFOs e espíritos prescindível para os interes- Menta, do site InfiniteTV [www.in-
○

têm muito em comum! sados no assunto. finitetv.com.br]. Elaine é psicóloga clí-

○
○

Maria Christina Vega, Amauri Sena Lisboa, nica em Niterói (RJ), especializada
○

Londrina (PR) Santarém (PA) em síndrome do pânico e distúrbio

○
○

obsessivo compulsivo. Trabalhou

○

com o doutor Sílvio Lago em regres-

○

OMBUDSMAN ERRATAS: são hipnótica a abduzidos. E Lúcia,

○
○

empresária e artista plástica, tem de-

○

Sou leitora de UFO e fi- senvolvido, nos últimos anos, um ex-

“
„ Diferente do que foi publicado em
○

Perigo Alienígena
○

quei feliz ao ver Carlos Reis UFO 85, o ufólogo Rogério Chola não viu cepcional trabalho de divulgação da
○

atuando como ombudsman. O no Brasil é mesmo um uma nave extraterrestre, mas sim um UFO.
Ufologia em seu site. A incorpora-
○

„ São necessárias algumas ressalvas so-

papel lhe cai bem, devido ao perigo. Para a crença ção desses novos talentos ao nosso
○

bre a matéria Casos Extremos são Regis-

○

seu perfil crítico e analista. daquelas pessoas que trados no Ceará, de UFO 84. No último Conselho Editorial é mais uma pro-
○

Acompanhei seu trabalho vêem em ETs anjinhos parágrafo da página 25, onde está escrito va da constante busca por excelên-
○

”
como ufólogo e fiquei feliz “O objeto, no entanto, criou uma marca
○

cia em nosso trabalho. Hoje, UFO é

e irmãos cósmicos
○

em formato de ninho”, o texto deve ser

com o seu retorno à atividade a mais representativa publicação no
○

substituído por “No entanto, uma marca

literária. Li seu livro, Os Por- — IRANI MARTINS, gênero, em todo o mundo.
○

vista no solo em formato de ninho de UFO

○

tais do Santuário [BE-01], e Campos (RJ) não pode ser atribuída ao objeto”.
○

Maio 2003 5
 rigido pelo inves-

○
QUEDA DE ESTRANHO OBJETO REGISTRADA NA ITÁLIA tigador William

○
○
Chaves e com-

○
No dia 17 de março passado, a central telefônica da região de Venafro, próxi- posto por 80 pes-

○
ma a Isernia, Itália, ficou congestionada com ligações da população, que queria soas, protagoni-

○
○
relatar a queda de um estranho objeto no bosque local, causando um incêndio. O zou o avistamen-

○
corpo de bombeiros e a polícia foram acionados, mas de acordo com suas declara- to, ocorrido entre

○
ções, nada foi encontrado. Segundo nota oficial da prefeitura, não há razões para os dias 14 e 15 de

○
○
alarme e não foram registrados quaisquer danos aos moradores, tampouco a pre- março, das 22h45 às 00h20.

○
sença de radioatividade. As investigações continuam, mas as autoridades encon- Durante esse período, eles

○
tram dificuldades em apurar os fatos, pois o solo ainda está coberto de neve. notaram como grandes luzes

Fotos Cortesia von Däniken

○
Ufólogos de diversas entidades de pesquisas chegaram atribuir o incidente à que- apareceram e, em seguida,

○
da de um disco voador na região, mas nada nesse sentido está confirmado. surgiram outras menores.

○
Minutos depois, pequenas

○
○
esferas azuis, do tamanho de
○

○
KGB MANDOU VIGIAR O CÉU moedas, apareceram por
○

SETI NÃO ENCONTRA

○
○

○
todo o céu da região.
○

ALIENÍGENAS

○
Na edição de 23 de março passado,
○

○
○

o jornal britânico The Observer publi-

○
○

UFO FILMADO NO MATO GROSSO

○
Os cientistas do projeto Se- cou que o chefe da KGB ordenou a qua-
○

○
tro milhões de soldados russos que vi-
○

○
ti@Home [http://setiathome.ssl.ber-
○

giassem o céu em busca de UFOs. O ar- No dia 27 de março, o webmaster

○
keley.edu] afirmaram que nenhuma
○

tigo afirma que Yuri Andropov [Foto ○ Laurindo Guedes Júnior e o cinegrafis-
○

das mensagens enviadas através do ○

abaixo], então líder da extinta União So- ta João Jacka filmaram um UFO sobre
○

gigantesco telescópio de Arecibo, em

○

Porto Rico, desde 1999, foi respon- viética e da KGB, mostrava um interes- a cidade de Rondonópolis (MT). A re-
○

se absurdo por UFOs e criou um pro- pórter Patrícia Casali, do jornal Primei-
○

dida. De acordo com as análises fei-

○

grama com 13 anos de duração, que ra Hora, conversou com as testemunhas,

○

tas nas mensagens de rádio coleta-

○

das do espaço, cerca de 150 das obrigava cada soldado a monitorar o céu que garantem ter visto o objeto por pelo
○

em busca de avistamentos. menos 10 minutos. Segun-

○

mais prováveis não apresentam in-

○

dícios de vida extraterrestre. No en- O artigo foi baseado nas do a reportagem, eles esta-
○

tanto, a Sociedade Planetária de Pa- memórias de Igor Sinitsin, vam trabalhando no 12º an-
○

que trabalhou com Andro- dar do edifício Mikerinos

○

sadena, Califórnia, que financia o

○

projeto, afirmou que não espera re- pov durante seis anos e re- quando notaram o UFO. Ele
○

velou que o premier sovié- permaneceu parado e mu-

Cortesia www.cnn.com
○

sultados rápidos e que as buscas vão

tico mantinha um arquivo dava constantemente de cor.
○

continuar. A diretora da sociedade,

○

Susan Lendroth, diz que ainda há es- sobre o assunto. Sinitsin Como essas características
○

ainda contou que controla- são anômalas a dos aviões

○

peranças de encontrar civilizações

○

alienígenas. Ao que tudo indica, os va o que era publicado em e helicópteros, decidiram

○

outros países sobre o tema, filmar. “No vídeo, nota-se

○

mais de 200 mil internautas que aju-

criando assim um centro de investiga- claramente que as luzes do objeto se so-
○

daram no projeto também anseiam

○

ção ufológica militar e outro civil, abai- bressaiam às luzes da cidade”, decla-
○

por isso. Enfim, ET não ligou...

○

xo da direção da KGB, que dava ordens raram. Era possível observar também a
○

○
○

aos soldados até 1990, quando teve fim luminosidade intensa que oscilava en-
○
○

a polícia secreta soviética. tre as cores amarelo, verde e tons de

○
○

azul, rosa e vermelho. O cinegrafista,

○

○
○

que usou uma câmera profissional, afir-

○
○

UFOS VISTOS POR 80 PESSOAS ma que o que viu é um disco voador.

○
○

○
○

○
○

Segundo noticiado originalmente por

○
○

Daniel Muñoz, no informativo Notiovni DÄNIKEN E SEU PARQUE TEMÁTICO

○
○
Cortesia Arizona University

○
○

[www.notiovni.com], o pesquisador Ed-

○
○

gar Arce teria relatado que durante uma De acordo com o jornal inglês The
○
○

vigília foram avistados diversos objetos Observer [www.observer.co.uk], o autor

○

○
○

alaranjados nas imediações da montanha do best seller Eram os Deuses Astronau-

○
○

Juaica, no município colombiano de Cun- tas?, Erich Von Däniken, estaria plane-
○
○

○
○

dinamarca. O grupo Contacto OVNI, di- jando a construção de um parque

○

6 Maio 2003
 mudava de estações descontroladamen-

○
te, assim como as luzes internas e exter-

○
○

○
○
nas de seu veículo. Ele declarou que pode

○
○
observar, nesse momento, um enorme tri-

○
○
CÃES AFUGENTADOS POR UFOS

○
ângulo completamente envolvido com lu-

○
○
zes brancas e azuladas, sobre o carro. O

○
○
fato durou 33 minutos. No dia 19 de março, o informa-

○
○

○
○
tivo Filer’s Files publicou que pelo

○
○

menos cinco cachorros foram afu-

○
○

MAIS CHUPACABRAS NO CHILE gentados pela presença de um es-

○
○

○
○

tranho objeto com luzes multicolori-

○
○

A cada dia surgem novas notícias so- das sobre Monte Verde, Costa Rica.

○
○

bre misteriosas mortes de animais no Chi-

○
Emanava luzes azuis, vermelhas, la-
○

○
○

DÄNIKEN CONSTRUIRÁ um parque le. Os casos ocorridos na zona de Chim- ranjas e verdes que circulavam em

○
○

temático com atrações que ligam barongo, na VI Região, despertaram o in- torno de um centro esbranquiçado.

○
○

○
teresse dos meios de comunicação do país, Depois, o objeto teria “dançado” no
○

ETs ao passado da Terra

○
○

além dos técnicos do Serviço Agrícola e céu. Tinha forma discóide, seme-

○
○

Pecuário do Chile (SAG). De acordo com lhante a um prato invertido.

○
○

○
temático dedicado à herança arquitetô- as notícias, os primeiros casos ocorre-
○

○
AVISTAMENTO DURANTE VÔO
○

nica extraterrestre presente em nosso pla- ram na metade do mês de março e os

○
○

neta. Segundo a matéria do jornalista Ro- animais foram encontrados mortos e sem

○
○

○
sangue. No começo de abril, a senhora
○

bin MacKie, que entrevistou Däniken, o Pilotos avistaram três UFOs em

○
○

parque se chamaria O Mundo Misterio- Cármen Cortez, moradora de Chimba- ○ formação sobre a cidade de Colum-
○

so de von Däniken e teria atrações base- rongo, encontrou 13 galinhas mortas em bus, Ohio, Estados Unidos. Segun-
○

○
○

adas nos maiores “trabalhos extraterres- sua propriedade. Todas estavam sem do testemunhas, os objetos sumi-

Colaboraram: Arivelson Gabriel Aun, Marcy Monteiro, boletim UFO Newsbr [www.ufonewsbr.com.br] e Daniel Muñoz [www.notiovni.com]
○
○

tres” do mundo, tais como as pirâmides sangue e apresentavam um pequeno furo ram na direção norte de Cassiopéia
○
○

do Egito, as linhas de Nazca, Stonehen- no pescoço ou no tórax. e, depois de 10 segundos de ob-

○

○
○

ge etc. O artigo ainda informa que o pro- No dia 07 de abril, o representante do servação, aceleraram e moveram-
○
○

jeto se localizaria numa grande superfí- Instituto de Investigação e Estudos Exo- se para o oeste, saindo do campo
○
○

cie alpina em Interlaken, Suíça. Além dis- biológicos da Espanha, Raúl Nuñez, este- de visão dos pilotos.
○

○
○

so, seria patrocinado por multinacionais ve juntamente com a pesquisadora chilena

○
○

como Sony, Swatch e Coca Cola. Entre- Liliana Núñez visitando os locais das ocor- FROTA DE UFOS NO CHILE
○
○

○
○

tanto, Däniken esclarece que o parque rências em busca de novas pistas. Eles que-
○
○

tem como objetivo rem comparar os da- De acordo com o canal OVNI,
○
○

mostrar os grandes dos coletados em do site Terra Chile [www.terra.cl/

○

mistérios – e não ocorrências de anos ovnis], no dia 21 de março uma fro-

○

solucioná-los. anteriores no norte ta de UFOs foi avistada por dezenas

○
○

do Chile com as atu- de testemunhas enquanto sobrevo-

○

ais circunstâncias. ava o bairro Providência, na cidade

○

POLICIAL ABDUZIDO Desde o ano de de Santiago, Chile. O objeto ficou vá-

○
○

2000, no Deserto de rios minutos sobre a cidade e, de

○

O informativo Atacama, são regis- acordo com as descrições, era gran-

○
○

Filer’s File também tradas mortes como de, tinha formato circular e estava
○

divulgou que no dia essas, sempre tidas acompanhado por sete menores.
○

19 de março, um po- como supostos ata-

○

OBJETO VISTO NO PAQUISTÃO

○

licial teve Missing ques de chupacabras.

○

Time causado por Até o fechamento

○
○

um UFO. A expres- desta edição, as mor- Em 28 de março de 2003 foi

○

são refere-se a uma tes continuavam e noticiado que uma família observou
○

das principais carac- não havia indícios um UFO triangular em Faisalabad,

○
○
Cortesia Christian Aguirre

terísticas da abdu- dos culpados. Paquistão. O avistamento teria ocor-

○

ção. Segundo a no- rido durante a madrugada. As tes-

○

tícia, ele teria nota- CHUPACABRAS

○

temunhas dizem que o objeto tinha

○

do estranhos ruídos voltam a atacar uma luz vermelha no centro e outra

○

no motor, enquanto no Chile. O branca nos cantos.

○
○

o rádio do carro mistério segue

○

Maio 2003 7
O rigor científico na pesquisa ufológica
U
ma das mais constantes críticas dos detratores da Ufologia é a de que os fraudá-los. As evidências são fracas, mas

○
pesquisadores não têm formação científica e, assim, suas atividades não existem. Os depoimentos de testemunhas

○
○
podem ser levadas a sério. Quando tolerantes, o que é raro, esses críticos, idôneas são muito fortes e por isso os con-

○
mesmo reconhecendo a legitimidade do Fenômeno UFO, ainda alegam que os ufó- sidero a mais importante parte de uma pes-

○
logos carecem de subsídios básicos para analisar a questão com o rigor da meto- quisa. Devido à sua diversidade e singu-

○
○
dologia científica. Tanto uma quanto outra afirmação estão desatualizadas. Hoje, laridade, nos levam a sugerir a hipótese

○
há um significativo número de ufólogos com formação científica trabalhando. Seu de que realmente somos visitados por ci-

○
vilizações alienígenas. A ciência não pode

○
emprego do referido método tem dado excelentes resultados, e a cada dia esse

○
quadro vem melhorando, fazendo com que a Ufologia passe gradualmente a ser ter medo dessa diversidade. Se o fenô-

○
merecedora de respeito e credibilidade proporcionais à envergadura do objeto de meno existe, o cientista deve procurar

○
○
seu estudo. Um dos grandes nomes da chamada Ufologia Científica no Brasil é suas causas e identificar sua origem,

○
justamente um cientista – e mais que isso, um cientista da área espacial. Trata-se mesmo que aponte para algo terrestre e

○
do engenheiro, mestre em computação aplicada e consultor da REVISTA UFO Ricar- desconhecido. No caso oposto, também

○
○
do Varela Corrêa, que atua na Coordenadoria de Ciências Espaciais e Atmosféri- deve ser encarado de frente.

○
cas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Varela é
um notável investigador de campo e especialista em análises de U FO — Qual foi o
imagens de supostos UFOs, fotos, filmes e vídeos. É a ele que UFO caso da Ufologia Brasilei-
recorre quando recebe de seus leitores material do gênero. Varela ra que você considera
é um autêntico representante da ala científica do movimento ufoló- mais extraordinário, pelo
gico, no qual atua há 20 anos. Entre suas mais importantes pesqui- conjunto de suas evidên-
sas está a identificação na natureza de objetos não identificados cias materiais?
no Vale do Paraíba, em São Paulo. VARELA — Fico com
a Operação Prato. Sem
UFO — Varela, trabalhando num ór- UFO — A tendência dúvidas, uma das mais
○

gão científico e voltado para a pesqui- dos bons estudiosos é ver importantes evidências
○

Arquivo UFO
○

sa espacial, você encontra preconceito a Ufologia sob um ponto- que temos. Para realizá-la,
○

ou algum tipo de reação negativa à sua de-vista neutro, sem acre- a Força Aérea Brasileira
○

militância dentro da Ufologia, partindo ditar demais, mas também (FAB) utilizou os mesmos
○

“
○

de seus colegas? sem negar demais. O que formatos de relatórios e

Sou criticado
○

VARELA — Sem dúvidas. A Ufologia você considera o item procedimentos de investi-

○

é vista pelos colegas como uma comédia, mais desafiador de Fenô- pelos ufólogos gação que os militares
○
○

na qual todos os que com ela se envolvem meno UFO, aquilo que
porque desmistifico empregam nas investiga-
○

não são merecedores de crédito. O pró- mais afronta a ciência? ções de acidentes aéreos.
○

prio Fenômeno UFO, apesar de fortes VARELA — Essa deve muitos dos casos que Apesar de considerar al-
○
○

evidências, não merece credibilidade ser a postura inicial de guns relatos obtidos um
eles consideram
○

”
para eles. Nos EUA, já há algum tempo, qualquer pesquisador, que pouco distorcidos, a maio-
○

é possível ver cientistas de quilate anali- tem, obrigatoriamente, legítimos ria é bem detalhada e ex-
○
○

sando os dados e realizando pesquisas que se abstrair do fenôme- tremamente focada no fe-
○

utilizando todos os preceitos e técnicas no. Ou seja, não pode incutir sua convic- nômeno. E o que considero o melhor de
○

○
○

científicas de investigação. Aqui no Bra- ção na realidade de um fato como uma tudo é que os estudos foram elaborados
○
○

sil isso ainda é raríssimo. Mesmo sendo desculpa para afirmar que uma determi- por pessoas que inicialmente não acredi-
○

um dos mais céticos ufólogos do país, nada evidência foi provocada por algo de tavam em UFOs. Temos algumas fotos e
○

○
○

ainda recebo muitas críticas dos colegas origem extraterrestre. E esse é o maior o impressionante relato do comandante da
○
○

devido ao meu envolvimento com a pes- problema da Ufologia. Muitos pesquisa- missão, o falecido coronel Uyrangê Hol-
○

quisa ufológica. E justamente por man- dores não estão preparados e forçam in- landa. Infelizmente, os filmes obtidos por
○

○
○

ter uma postura científica sobre o assun- vestigações de forma a concluir que os ele e sua equipe estão apodrecendo em
○
○

to, sou criticado também pelos ufólogos. objetos observados sejam extraterrestres algum canto do Comando da nossa Ae-
○
○

○
○

Estes são os mais duros, porque muitas legítimos. Hoje, um dos grandes equívo- ronáutica e não poderão ser analisados,
○
○

vezes os desmistifico mostrando que a cos reside na busca de evidências a qual- uma vez que nossas Forças Armadas tam-
○
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maioria das fotos e vídeos que obtêm são quer custo. Um vídeo ou uma foto valem bém nutrem um pavor arrepiante com
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simples erros de interpretação. dinheiro e, por isso, muitos procuram relação à casuística ufológica.
○

8 Maio 2003
 Nossa Homenagem
Esta edição é dedicada a Antonio Lori Cordeiro, grande amigo dos
ufólogos brasileiros e consultor de UFO, que faleceu em 25 de março passado.
Seus inestimáveis serviços à Ufologia serão sempre reconhecidos, jamais esquecidos
Álbum de Família

UFO — Por que você acha que, UFO — Sendo um ufólogo que
mesmo com tantas evidências regis- se considera cético, você acredi-
tradas, a FAB em particular e os mi- ta nas muitas afirmações que exis-
litares em geral ainda relutam em tem no meio ufológico, de que há
abrir seus arquivos sobre UFOs ? UFOs resgatados em acidentes
VARELA — A principal razão sendo recuperados testados em
com certeza é a visão ainda um locais como a Área 51?
pouco crédula que esses segmen- VARELA — As informações so-
tos têm da Ufologia. Mesmo com UFO TRIANGULAR bre o assunto são muito vagas e as

Philipe Kling David

as evidências obtidas através de
testemunhos idôneos é possível
também constatar fortes dúvidas
quanto à sua veracidade. Os regis-
tros fotográficos são sempre fra-
cos, de luzes fora de foco ou objetos que
○
semelhante aos que provas, como sempre, fracas. Po-
foram registrados rém, minha postura é reforçada pelo
na onda belga ditado espanhol: “Yo no creo en bru-
jas...” As evidências da recuperação
de naves são fracas, principalmente
nidade científica quanto à minha parti- se levarmos em conta que até o momento

○
podem ser associados a qualquer coisa cipação na pesquisa ufológica, a dire- os possíveis retornos tecnológicos de tais
○

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○
que tenha asas e voe. Infelizmente, o ção do instituto não impõe qualquer res- operações não existem. Pelas caracterís-
○

○
fator dúvida é bem forte no meio ufoló- trição ao assunto. ticas que observamos através dos relatos
○

○
gico. Os estudiosos afirmam que a FAB de disco voadores – identificados –, a tec-
○

○
○

UFO — Você acha que esses países já

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não revela seus arquivos sobre o assun- nologia que empregam está além da nos-
○

○
to por temer o pânico da população. Essa detêm informações seguras sobre a ori- sa compreensão e, assim, dificilmente po-
○

○
visão é bem simplista. As implicações gem e intenção dos extraterrestres? deria ser incorporada à nossa. Toda a evo-
○

○
○

tecnológicas do fenômeno podem mui- VARELA — Acho que mesmo em paí- ○

lução tecnológica terrestre tem seguido pa-
○

to bem definir uma posição de extremo ses como a Bélgica e Espanha o acesso a râmetros bem definidos, ou seja, as novas
○

○
○

poder em relação à nossa sociedade. Aí informações é bem difícil. Não houve uma tecnologias aparecem baseadas em inova-
○
○

sim, o total despreparo de nossas For- continuidade nas divulgações do que eles ções anteriores. Nunca ocorreu algum
○

ças Armadas em lidar com todo esse pa- começaram a fazer na área. O Uruguai, grande “pulo” nesse processo, que pudesse
○

○
○

radigma desconhecido é que as impede por exemplo, mantém um pequeno grupo ser associado a uma tecnologia alieníge-
○

de divulgar seus dados. de militares investigando casos esporádi- na. Os relatos das testemunhas do Caso
○

cos. Aparentemente, o Peru pretende fa- Roswell são inconclusivos mas fortes. O
○

○
○

UFO — Mas as Forças Armadas de zer o mesmo. Já o Chile deveria servir de mesmo com relação à cobertura sigilosa
○

alguns governos já admitiram a realida- exemplo a todos os países. Os militares dada pelo governo norte-americano refe-
○

○
○

de dos UFOs. Chile, Bélgica e Uruguai, de lá montaram uma estrutura de coope- rente ao Projeto Majestic.
○
○

por exemplo, são países onde o governo ração entre a Força Aérea Chilena e a Uni-
○

dá atenção ao assunto. Recentemente, o versidade de Santiago e até controladores UFO — E quanto a ETs supostamen-
○

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Peru também entrou nesse time. de vôo estão sendo treinados para repor- te capturados em quedas de naves es-
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○

VARELA — Essa atitude mostra ama- tar e gravar contatos com UFOs. Pilotos paciais, que alguns ufólogos garantem
○

○
○

durecimento desses governos e de suas são instruídos a relatarem seus avistamen- que estão ou foram mantidos cativos
○
○

forças armadas. A França, apesar de ter tos. Tive a oportunidade de visitar o pelo governo dos EUA?
○

sido uma atitude isolada de alguns pes- Comite de Estudios de Fenómenos Aereos VARELA — Os relatos descrevendo
○

○
○

quisadores e militares de alta patente, Anómalos (CEFAA) e fiquei estupefato sobrevôos de discos voadores apresen-
○
○

também liberou um relatório muito in- com a seriedade e, principalmente, a for- tam esses objetos sem qualquer restri-
○

teressante. Já a Bélgica e a Espanha não ma como o assunto é tratado entre os mi- ção a trajetória ou velocidade, quando
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○
○

possuem um grupo oficial de pesquisas litares e civis envolvidos no projeto, em aparentemente não possuem obstáculos
○
○

ufológicas como o Chile. Esses gover- cooperação com os ufólogos chilenos. quanto à fronteiras ou defesas. Assim,
○

○
○

nos apenas liberaram alguns casos e a acho que seria extremamente difícil cap-
○
○

UFO — Você falou que recebe relatos

○

Bélgica, em particular, fez estudos apro- turar um tripulante. Basicamente, os re-

○

fundados sobre a onda de UFOs trian- no INPE. De que tipo são? latos de abdução mostram que alguns
○

○
○

gulares ocorrida há alguns anos, e os re- VARELA — Muitas pessoas trazem ví- desses seres possuem total controle so-
○
○

latos apresentados pela Espanha são in- deos ou fotos de supostos UFOs para eu bre nossas respostas sensoriais e, inclu-
○

○
○

teressantíssimos. Eu entendo a relutân- examinar. Elas impedem que se faça cópia sive, nenhum respeito por nossos senti-
○

cia em se divulgar alguma coisa. Aqui do material e ainda exigem um laudo ou mentos. Assim, dificilmente consegui-
○

no INPE, por exemplo, praticamente to- relatório. Quando afirmo tratar-se de um ríamos mantê-los aprisionados. E aqui
○
○

dos os relatos que chegam são encami- erro de interpretação, as pessoas ignoram volto à questão anterior: não existe qual-
○

nhados para minha análise, e é bom res- minhas análises, e procuram alguém que quer evidência palpável que possa sus-
○
○

saltar que, apesar da cara-feia da comu- possa validar “seu” disco voador. tentar essas afirmações.
○

Maio 2003 9

No morro de um subúrbio
de Niterói, ainda uma
cidade calma nos anos 60,
dois humildes radiotécnicos
se envolveram numa
misteriosa e fatal
experiência. Embora não
se tenha explicação para
ela, ainda, há indícios da
presença de UFOs no
lamentável episódio
10
N
o dia 20 de agosto de 1966, sá-
bado, dois homens foram en-
contrados mortos no alto do
Morro do Vintém, no bairro
Santa Rosa, em Niterói, Rio de
Janeiro. Nenhum sinal de violência ou luta
corporal foi registrado. Os corpos estavam
próximos, um ao lado do outro, deitados
de costas no chão, em cima de uma espé-
cie de cama feita com folhas de pintoba
[Tipo de palmeira], cortadas com faca ou
algo similar. Estavam bem vestidos com
ternos limpos e capas de chuva. Já se en-
contravam em adiantado estado de putre-
fação quando foram achados e, ao seu lado,
havia vários objetos interessantes: um es-
tranho marco de cimento, uma garrafa de
água mineral magnesiana, uma folha de pa-
pel laminado (que foi usada como copo) e
um embrulho de papel com duas toalhas.
Mas o que mais chamou a atenção da polí-
cia foram outros itens: um par de óculos
pretos com uma aliança em uma das has-
tes, um lenço com as iniciais M. A. S., duas
toscas máscaras de chumbo e um papel
com equações básicas de eletrônica. Uma
delas era a Lei de Ohm, envolvendo po-
tência, tensão, corrente e resistência.
Junto disso estava um curioso pedaço
de papel com a seguinte escrita: “16h30 –
Estar no local determinado. 18h30 – In-
gerir cápsula. Após efeito, proteger me-
tais. Aguardar sinal – Máscara”. No bol-
so de Manuel, um dos mortos, foi encon-
trado um maço de cigarros da marca Con-
tinental, praticamente quase no fim. Quem
é fumante entende que a experiência que
levou os dois à morte estava programada
para ser curta, pois se fosse longa e tives-
sem que passar a noite no alto do morro,
com certeza Manuel teria levado um maço
extra. A autópsia realizada nos cadáve-
res, pelo médico legista doutor Astor Pe-
reira de Melo, nada revelou como causa
mortis, pois não havia sinais de violên-
cia, envenenamento ou distúrbios orgâ-
nicos, além da total ausência de contami-
nação por radioatividade.
EXAMES TOXICOLÓGICOS — Foram reali-
zados diversos exames toxicológicos em
várias amostras das vísceras dos mortos,
e todos deram negativos. Os documen-
tos que portavam permitiram facilmente
identificar que eram os radiotécnicos Mi-
guel José Viana, 34 anos, e Manoel Pe-
Maio 2003
reira da Cruz, 32 anos, morado- em agosto de 1966, as duas más-
res da cidade de Campos dos caras de chumbo foram feitas pe-
Goytacazes, no interior daquele los radiotécnicos em sua oficina,
Estado, e sócios num pequeno pois lá foi encontrado o restante
negócio. Os exames grafotécni- do material utilizado para confec-

Fotos Cortesia Claudeir Covo

cos realizados nos bilhetes en- cionar os artefatos. Na noite de 16
contrados provaram que a cali- de agosto, terça-feira, Manoel in-
grafia era de Miguel, mas as pa- formou a sua esposa Neli que iria
lavras utilizadas não faziam par- para São Paulo, juntamente com
te do vocabulário de nenhum dos Miguel, também casado, para
dois, o que levou a polícia a acre- comprar um carro usado e alguns
ditar que alguém ditou tais pala- componentes de eletrônica para o
vras para as vítimas. VÍTIMAS FATAIS de uma misteriosa experiência no estoque da oficina. Ele embrulhou
Para complicar ainda mais o Morro do Vintém, em Niterói (RJ): Miguel José Via- dois milhões e trezentos mil cru-
quadro de mistério que se apre- na [Esquerda] e Manoel Pereira da Cruz. O fato en- zeiros – cerca de mil dólares na
sentava às autoridades que os en- volveu radioatividade e discos voadores época, aproximadamente – para le-
contraram, na mesma noite e ho- var na viagem. No dia seguinte, às
rário que os radiotécnicos morreram, em ceu. Seria um simples latrocínio [Rou- 09h00, os radiotécnicos tomaram o ôni-
17 de agosto de 1966, quarta-feira, vári- bo seguido de assassinato] ou uma ex- bus na rodoviária de Campos com destino
as testemunhas viram um objeto discói- periência parapsicológica mal sucedida? a Niterói – e não a São Paulo, como havi-
de no alto do Morro do Vintém. Ele foi Uma experiência psicotrônica com um am informado às suas famílias.
descrito como tendo forma arredonda- fim trágico ou um encontro fatal com tri-
da, com um halo de luz alaranjada in- pulantes de um disco voador? CAPAS DE CHUVA — Eles foram acompa-
tensa e um anel de fogo soltando raios Para tentar entender o que pode ter nhados pelo amigo Élcio Correia Gomes
azuis. O objeto sobrevoou por alguns ins- acontecido, vamos detalhar passo a passo até a rodoviária e lá se despediram. Às
tantes o local exato onde foram encon- o que Miguel e Manoel fizeram desde que 14h30, chegaram na estação de Niterói.
trados os corpos. Até hoje a polícia não saíram de Campos, até que foram encon- Deste horário até o instante em que mor-
soube explicar o que realmente aconte- trados mortos em Niterói. Para começar, reram, a polícia descobriu que Miguel

Paola Lucherini Covo e Claudeir Covo, co-editor

Foto Cortesia Elaine Villela

Maio 2003 11
 e Manoel passaram na loja de com- 157 mil cruzeiros – 68
ponentes eletrônicos Fluoscop, onde dólares – e, no do ou- O COMPLEXO DE MORROS que compõe a
eram fregueses, situada na Travessa tro, quatro mil cruzeiros região de São Lourenço, em Niterói, onde
Alberto Vitor, no centro da cidade. Fo- – menos de dois dóla- está o Morro do Vintém. Hoje é uma área
ram também a uma loja de roupas e res. Seus relógios ti- de grande periculosidade. No detalhe, o
compraram capas de chuva. Num bar nham sido tirados dos caminho de acesso
situado na Avenida Marquês do Para- pulsos e também aco-
ná eles compraram uma garrafa de modados nos bolsos.
água mineral magnesiana, não esque- Assim, com os fa-
cendo de pegar o comprovante do va- tos em mãos, a polícia
silhame, para poder devolver depois. iniciou as investiga-
A pessoa que os atendeu neste último ções. Um dos bilhetes
estabelecimento disse que Miguel pa- e o sumiço de boa par-
recia estar nervoso e a todo momento te dos dois milhões e
consultava as horas. Aquele dia esta- trezentos mil cruzeiros
va chuvoso e escurecen-
do rapidamente.
O vigia Raulino de
Matos, morador do local,
viu quando Manoel e Mi-
guel chegaram ao Morro
do Vintém em um jipe,
Rosenvaldo da Silva Ribeiro

juntamente com outras

duas pessoas, até hoje não
identificadas. As vítimas
desceram do veículo e su-
biram o morro a pé, o que
chamou a atenção de Rau-
lino, pois já estava perto
do anoitecer e o tempo piorava a cada que portavam ao saí-
minuto. Na manhã seguinte, 18 de rem de Campos, refor-
agosto de 1966, quinta-feira, o jovem çaram a hipótese de um
Paulo Cordeiro Azevedo dos Santos terceiro personagem.
estava caçando passarinhos no morro Igualmente, a ausência de uma faca ou os dois radiotécnicos foram ao local por
quando viu os corpos e avisou o guar- objeto cortante, que teria sido usado livre e espontânea vontade. Dias mais
da Antônio Guerra, que servia na Com- para aparar as folhas de pintoba, esti- tarde da descoberta dos corpos, a polícia
panhia de Radiopatrulha. mulou essa hipótese. Mas as máscaras prendeu o amigo dos falecidos, Élcio
de chumbo encontradas não combina- Correia Gomes, que os acompanhou até
FORTE MAU CHEIRO — Posteriormen- vam com a situação e nem a estranha a rodoviária de Campos.
te, esse policial foi ouvido pelo dele- nota escrita. A tese de uma terceira pes- Ele era espírita e introduziu os dois
gado Venâncio Bittencourt, que co- soa indicava que ela teria dirigido o radiotécnicos em estranhas experiências.
mandou as investigações, para saber eventual experimento que Manoel e Mi- Numa delas, tempos antes do incidente,
por que demorou dois dias para ir ao guel realizariam em cima do morro – mas os três causaram uma enorme explosão na
local onde foram achados os corpos. não teria participado. Uma coisa é certa: Praia de Atafona, no interior do Rio de Ja-
Pensava que Antônio ou outra pessoa neiro. O estrondo foi tão grande e causou
teria revistado os cadáveres para se um clarão tão impressionante que a popu-
apropriar de algum dinheiro, mas nada lação pensou que estava ocorrendo um ter-
ficou comprovado. Dois dias depois remoto. Esse acidente foi objeto de inves-
do falecimento de Miguel e Manoel, tigação por parte da Marinha Brasileira.
em 20 de agosto, sábado, por volta Mas quanto a Élcio, como a polícia não
das 18h00, o garoto Jorge da Costa encontrou provas de nada que o incrimi-
Alves estava procurando sua pipa jun- nasse, ele acabou sendo libertado.
to com outros meninos no morro,
quando todos sentiram um forte mau OBJETO MULTICOLORIDO — Após os jornais
Arquivos Policiais

cheiro e localizaram os corpos. Jorge terem anunciado com estardalhaço as

avisou a Segunda Delegacia de Polí- duas estranhas mortes, surgiu uma teste-
cia (2ª DP), de Niterói. Somente no munha. Gracinda Barbosa Coutinho de
domingo de manhã, 21 de agosto, a Sousa informou que, na noite de 17 de
polícia, os bombeiros, jornalistas e cu- AS MÁSCARAS DE CHUMBO usadas na ex- agosto, pouco antes de 20h00, juntamen-
riosos subiram o Morro do Vintém periência no Morro do Vintém. Acredi- te com seus três filhos, duas meninas e
para resgatar os corpos. No bolso de ta-se que eram para proteger as víti- um rapaz, estava passando de carro pela
um deles foi encontrada a quantia de mas de radiação. Não funcionaram Alameda São Boaventura, no bairro Fon-

12 Maio 2003
 porque as marcas se quilíbrio físico e mental. Esses rituais
desfizeram com a de- são conhecidos como psigama e hi-
composição dos cadá- perestesia. No primeiro caso, o experi-
Local da experiência veres. Como pode se
ver, o incidente estava
mentador procura liberar a alma para
conseguir captações espirituais, e no
envolto em muita polê- segundo, seus nervos hiperexcitados
mica e suposições. As são o instrumento pelo qual procura
circunstâncias da morte sentir aspectos sutis da realidade que o
eram obscuras e não ha- cerca. O padre frisou que, “para se con-
via indícios concretos seguir êxito em qualquer uma dessas
que pudessem levar as práticas, são indispensáveis muitos
autoridades a uma con- exercícios e perfeito estado físico”.
clusão. Enquanto per-
durava a incerteza, a im- SINAIS DE TELEVISÃO — A situação
prensa explorava o caso ficou ainda mais complicada quando
sensacionalisticamente. a polícia descobriu uma morte seme-
Atraído por este es- lhante a dos radiotécnicos, quatro
tardalhaço, o padre Os- anos antes. José de Sousa Arêas in-
car González Quevedo, formou que, em 1962, outro profissi-
professor de onal da área – desta vez um técnico
parapsicologia na épo- de televisão – foi encontrado morto
ca, deu um depoimento no Morro do Cruzeiro, na localidade
ao jornal O Globo infor- de Neves, sem qualquer tipo de vio-
mando que máscaras lência e com todos os seus perten-
de chumbo eram usa- ces. Tal como no caso do Morro do
das em testes mortais Vintém, também havia junto do corpo
de ocultismo. Disse uma máscara de chumbo. A vítima des-
que essa prática admi- se caso se chamava Hermes e ela teria
Cortesia Elaine Villela

tia que emanassem de ido ao alto do morro para tentar cap-

novos mundos irradia- tar sinais de televisão sem o auxílio de
ções luminosas capa- um aparelho eletrônico – apenas men-
zes, por exemplo, de afe- talmente. Arêas disse que ele engo-
tar aquilo a que chama- liu um comprimido redondo e morreu
seca, quando Denise, a filha de sete anos, va de “terceiro olho”. Quevedo assina- porque não estava fisicamente pre-
chamou a atenção de todos para algo no lou que estas experiências poderiam ful- parado para a empreitada, que ofere-
alto do morro. Viram então, um objeto minar seus praticantes, mas as máscaras cia possibili-
multicolorido e discóide, com um halo de serviriam para dar-lhes alguma proteção. dade de mor- FOTOS DOS ARQUIVOS
luz alaranjada intensa e o tal anel de fogo Nesse tipo de experimento, a pessoa deve te.Apolícia in- policiais mostram
de onde saíam raios azuis em várias dire- ingerir uma quantidade de determinada vestigou o os cadáveres e sua
ções. O depoimento de Gracinda também droga que lhe permita entrar em transe, e caso, mas remoção do alto
foi publicado pelos jornais, o que atraiu deve estar em jejum para provocar dese- nada desco- Morro do Vintém
outros testemunhos de fatos
inusitados naquele dia e local.
Várias pessoas se encorajaram
e ligaram para a polícia infor-
mando que também tinham vis-
to o objeto luminoso.
Técnicos em eletrônica con-
sultados na época fundamenta-
ram a hipótese de que Manoel e
Miguel haviam sido mortos por
um raio, pois naquela noite cho-
via muito. Argumentaram que
estariam num local alto e com
uma máscara de chumbo no ros-
to, o que aumentaria as possibi-
lidades de serem atingidos por
Fotos Arquivos Policiais

uma descarga. Mas seus corpos

sofreram apenas ligeiras quei-
maduras, confirmadas pelo mé-
dico legista, e estas só não fo-
ram constatadas na autópsia

Maio 2003 13
 briu de concreto sobre ele. Depois
de muita investigação e várias hi-
póteses levantadas, em 25 de agos-
to de 1967, praticamente um ano
depois, os corpos de Miguel e Ma-
noel foram exumados para ser reali-
zada uma nova série de exames, des-
ta vez, simultaneamente no Rio de
Janeiro e em São Paulo. Mas, nova-
mente, nada de concreto foi desco-
berto sobre a causa mortis.
Dois anos após, em 1969, houve uma
reviravolta nos fatos e o bandido Ha-
milton Bezani, que se encontrava confi-
nado num presídio de alta segurança
em São Paulo, disse que esteve envol-
vido na morte dos dois radiotécnicos,
junto de outras três pessoas. Bezani afir-
mou que ele e seus comparsas deram
veneno às vítimas e roubaram seis mi-
lhões de cruzeiros. Ante a essas novas
informações, o bandido foi levado a Ni-
terói para novos depoimentos, mas caiu
em inúmeras contradições na reconsti-
tuição dos fatos – a começar pela im-
portância em dinheiro, a posição dos
corpos e detalhes de como foram en-
contrados. Não seria essa a explicação
do mistério...
SILHUETAS DOS CORPOS — A polícia
chegou à conclusão de que Bezani ti-
nha inventado toda a história para po-
der permanecer no presídio de Nite-
rói, de onde já tinha fugido duas ve-
zes e vislumbrava uma terceira possi-
bilidade. Mas acabou sendo devolvi-
do à unidade de alta segurança em São
Paulo. Com isso, em maio de 1969, a
Justiça arquivou o processo por falta
de provas. Mas o caso ainda não es-
taria encerrado. Em 1980, um novo
mistério agitou o cenário. O matemá-
tico e ufólogo francês naturalizado
norte-americano Jacques Vallée, que
Coincidências
ufológicas
Q
uando recebemos essa matéria
de nosso co-editor Claudeir Covo,
sentimos de imediato a necessi-
dade de publicar junto dela fotos atu-
ais do Morro do Vintém, em Niterói (RJ),
onde o Caso Máscaras de Chumbo
ocorreu. As que o ufólogo tinha e as
de nossos arquivos eram de décadas
atrás, veiculadas pela imprensa na
14
trabalhou para a
NASA, veio ao Brasil O MORRO DO VINTÉM, local escolhido pela
exclusivamente para dupla de radiotécnicos para uma macabra
pesquisar o incidente experiência que pode ter envolvido UFOs.
e foi ao local em com- Até hoje não se sabe ao certo o que
panhia de sua esposa
Janine, do detetive
aconteceu aos rapazes. Nos detalhes
ao lado, seus corpos ainda na mata
Local d
Saulo Soares de Sou-
za, do repórter policial
Mário Dias, do fotó-
grafo Alberto Dirma e
de um intérprete. To-
dos subiram o morro e
lá ficaram estarrecidos.
No local onde foram
encontrados os cor-
pos, 14 anos antes,
não havia vegetação e
estavam demarcadas
as silhuetas dos cor-
pos no solo, como se
alguém tivesse contor-
nado os mesmos. O ter-
reno apresentava si-
nais de ter sido calci-
nado.
O caso assumiu
Cortesia Elaine Villela
proporções ainda mais
misteriosas e atraiu o
interesse de muitos
outros estudiosos e
jornalistas. Em 1997,
por exemplo, o repór-
ter Saulo Gomes esteve no Morro do Vin- muito curioso do incidente. Miguel e Ma-
tém para fazer uma longa matéria sobre o noel morreram na quarta-feira à noite e só
fato. Ele e sua equipe constataram que foram retirados do local no domingo pela
no local onde tudo aconteceu não havia manhã. Ora, os cadáveres passaram qua-
ainda crescido qualquer tipo de vegeta- tro noites e três dias no local, sob chuva
ção. Saulo confirmou ao editor da REVIS- e Sol forte, e não foram atacados por ne-
TA UFO, A. J. Gevaerd, que o local parece nhum animal predador, nem por ratos ou
insólito e macabro. E constatou o que urubus.
Vallée descobrira ainda em 1980, que o Quando os corpos foram encontrados,
solo encontrava-se calcinado – o que só evidentemente estavam em decomposição,
poderia ser produzido com altas tempera- mas não apresentavam sinais de terem sido
turas. Neste detalhe reside um aspecto atacados. Na época de sua retirada, é cla-
época. Assim, decidimos solicitar a alguns eles se depararam com uma imensa difi-
colaboradores daquela cidade a gentileza
de conseguirem as imagens para esta edi-
culdade em achar o Morro do Vintém, que
já nem é mais conhecido por esse nome.
ção. Não sabíamos – e nem as pessoas a
quem pedimos – que o morro fosse hoje
“Foi uma epopéia. Mandei dezenas de e-
mails para várias empresas de turismo da
um local de extrema periculosidade, do- cidade e nenhuma sabia sua localização
minado pela caótica situação que reina em exata, pois o local pertence ao conjunto
boa parte do Rio de Janeiro. do Morro de São Lourenço, que é muito
Duas pessoas atenderam ao nosso pe- grande”, escreveu Elaine. “O local é as-
dido: o advogado e fiscal aposentado da sustador, com alguns trechos isolados e
prefeitura de Niterói Rosenvaldo da Silva outros com residências muito pobres. Não
Ribeiro e a psicóloga clínica Elaine Villela. aconselho a ninguém ir até lá sozinho. É
Ambos arregaçaram as mangas e procu- um labirinto de caminhos irregulares, su-
raram o local, obtendo as fotos que ilus- bidas tortuosas, entroncamentos e torres
tram esta matéria. Durante o processo, de alta tensão”, relatou Rosenvaldo.
Maio 2003
 três décadas de
pesquisas e su-
posições, muitas
diligências e tes-
temunhos, diver-
da experiência sas análises e até
a exumação dos
cadáveres, não sa-
bemos o que
aconteceu a Mi-
guel e Manoel. Tal-
vez seja o caso de
adotarmos a cora-
josa postura do
ufólogo Jacques
Vallée, tão bem
descrita em seu li-
vro Confrontos:
“É hora de deixar
de lado velhas te-
orias e procurar
por novas pro-
vas”. Com a publi-

Fotos Arquivos Policiais

ro, ainda não era possível se verificar a
morte da vegetação ou calcinamento do
terreno. Como se vê, este é um caso extra-
ordinário e único na Ufologia Mundial – e
esta disciplina não vive de fato (no singu-
lar), e sim de fatos (no plural).
O que o liga definitivamente ao Fenô-
meno UFO são os inúmeros depoimen-
tos de moradores de Niterói, que descre-
veram com riqueza de detalhes um disco
voador luminoso, no alto do Morro do
Vintém, no mesmo dia e hora em que os
radiotécnicos morre-
ram. E ao contrário da
grande explosão que
ocorreu na Praia de
Atafona, durante este experimento dos
rapazes de Campos de Goytacazes não
houve nenhum ruído ou estrondo. So-
mente o silencioso sobrevôo de um obje-
to voador não identificado.
GRANDE INCÓGNITA — Assim, o Caso das
Máscaras de Chumbo continua até hoje
sendo uma grande incógnita. Nem a dili-
gente polícia da época, nem o poder judici-
ário conseguiram esclarecer o que aconte-
ceu. E talvez nunca o saibamos. Após quase
cação dessa maté-
ria, os autores pre-
tendem estimular
os jovens e vete-
ranos ufólogos a
reabrirem o caso e
buscarem novas evidências, que nos
levem à resposta para esse grande enig-
ma da Ufologia Brasileira.
CLAUDEIR COVO é engenheiro, presiden-
te do Instituto Nacional de Investigação
de Fenômenos Aeroespaciais (INFA) e co-
editor da REVISTA UFO. Seu e-mail é: clau-
deir.covo@uol.com.br. PAOLA LUCHERINI
COVO é diretora do Instituto Nacional de
Pesquisas Ufológicas (INPU) e consultora
de UFO. Seu e-mail é: paolalucherini@-
uol.com.br. O endereço postal de ambos
é: Caixa Postal 42.600, Ipiranga, 04299-
970 São Paulo (SP).

Mesmo com tamanhos obstáculos,
ambos cumpriram a missão e deram im-
portante contribuição à REVISTA UFO e à pró-
pria Ufologia Brasileira, que pode agora
reabrir os arquivos do caso e conhecê-lo
melhor. À Elaine, a experiência valeu por
mais um fato: coincidentemente, encon-
trou o local onde observou, anos antes, a
passagem de dois UFOs. “Morava num
apartamento que tinha varanda grande e
uma bela vista da cidade, de onde se po-
dia ver o Morro de São Lourenço ao longe.
Uma vez, acompanhei uma luz passando
sobre as torres de alta tensão do local,
mas como era rota de avião, achei que
pudesse ser um... No entanto, avião não
dá marcha ré, e aquela luz deu! Houve
ainda um blecaute na cidade no momen-
to da observação. Noutra ocasião, no
mesmo local, surgiu uma luz intensa que
foi aumentando de tamanho. Cheguei a
pensar que iria explodir e peguei uma lu-
neta. De repente, o objeto se moveu e
sumiu atrás do morro”.
A psicóloga Elaine tem um histórico
de ligação com o Fenômeno UFO. Especi-
alizada em síndrome do pânico e distúr-
bio obsessivo e compulsivo, seu interes-
se a levou a acompanhar o trabalho de
um pioneiro da Ufologia Brasileira, o dou-
tor Sílvio Lago, exímio hipnólogo em
casos de abdução. A pedido de nos-
sa Redação, Elaine escreveu um tex-
to sobre o estado atual da Ufologia,
que segue publicado nesta edição. Ela
foi recentemente escalada para com-
por o quadro de consultores da REVIS-
TA UFO. Ao constatar que sua busca
ao Morro do Vintém a levara a reen-
contrar um local de seu passado, onde
teve experiências com UFOs, Elaine
concluiu: “Realmente, coincidência é
uma palavra que deveria ser ‘resigni-
ficada’ no dicionário”.
— A. J. GEVAERD, editor

Maio 2003 15
Elaine Villela
A
pergunta que atormenta boa par-
te da Comunidade Ufológica
Brasileira é: Por que a Ufolo-
gia não decola? E a resposta
não poderia ser mais simples:
porque o homem ainda não aprendeu a
voar! Pelo menos não com as asas da ci-
ência, que já se abrem para vôos cada vez
maiores rumo ao infinito das possibilida-
des humanas. E muito menos com o re-
curso que nos aproximaria de um melhor
entendimento da questão ufológica: as
asas da percepção consciente do mundo
em que vivemos, de quem somos e o que
seremos. Precisamos aprender a alçar vôo
a planos mais sutis, que há muito perma-
necem adormecidos e esquecidos, por es-
tarmos ainda imersos na enevoada vida
material – que nos impede de vislumbrar
novas formas de perceber os dois mun-
dos, interior e exterior, para muito além
do massificado cotidiano limitador.
Com a ciência se aprimorando cada
vez mais na descoberta do invisível, re-
verenciando um preceito fundamental da
natureza – que diz que a energia não pode
ser criada nem destruída, apenas muda de
forma –, os grandes cavaleiros alados,
exploradores de vanguarda, começaram
a conquistar cada vez mais novos territó-
rios, com as benevolentes armas da pes-
quisa, da criação e do desenvolvimento.
E perceberam que teriam que fazer do
próprio mundo a meta maior a ser con-
quistada. E assim está sendo feita, dia após
dia, sempre uma inovadora surpresa.
Com suas asas já cruzaram o espaço e,
hoje, já podemos desvendar em parte os
segredos do Sol, das estrelas, superno-
vas, galáxias etc. Através da fusão e fis-
são atômicas, o invisível se manifesta
como fótons, neutrinos, raios X.
No calor, na luz e nas cores, as partí-
culas vão delineando um magnífico es-
petáculo, que poderia ser somente beleza
16
e evolução se não fosse o advento da
bomba atômica, fruto dessa eficiente
descoberta. Como o homem também é
um complexo dual, a poética visão tem
seu lugar e vem se ampliando gradativa-
mente, tornando visível o que nem pen-
sávamos existir, nos fazendo vislumbrar
novas paragens em nossa aventura teles-
cópica pelo espaço, através das lentes de
nossa paradoxal tecnologia.
É como a evolução de uma criança,
que só percebe inicialmente o seio ma-
terno, vai se desenvolvendo e se direcio-
nando para outros objetos e pessoas, en-
gatinhando até aprender a andar. Assim
é a nossa consciência evolutiva, que ini-
cialmente percebe a mãe-terra e, grada-
tivamente, vai se expandindo para um
mundo ilimitado, como a nossa visão do
Cosmos, dos planetas, dos bilhões de
galáxias, dos inventos, das sondas espa-
ciais, naves e satélites, rumo a novas
aventuras e descobertas. Mas esta cres-
cente difusão tecnológica não é propor-
cional à expansão consciencial na maio-
ria dos seres humanos. Sabemos que o
meio em que vivemos nos influencia na
construção de nossa personalidade, na
maneira pela qual reagimos aos estímu-
los internos e externos e atuamos no nos-
so universo psicofísico. Esse próprio
meio nos confunde e nos separa de nos-
sa verdadeira identidade primordial,
aquela na qual reside a semente a ser
desenvolvida apesar de todas as intem-
péries, das secas e dos temporais que
permeiam os nossos caminhos.
VERDADEIRA IDENTIDADE — É como orbi-
tar em torno do próprio eixo, sem perder
a rota pessoal. Podemos ter a noção de
como é importante resgatar a verdadeira
identidade, saber separar o que é nosso
e o que foi posto em nós, que é dos ou-
tros. Temos a capacidade de nos olhar
Maio 2003
 no espelho e reconhecer a verdadeira face Sol”, rezam todos os livros escolares so-
que temos. Tudo isto para estarmos bem bre o tema. Mas saber e ter consciência
com nossa consciência, explorando po- são coisas muito distintas. Isto faz a dife-
tencialidades inerentes, crescendo e evo- rença. Da mesma forma, podemos saber
luindo de forma produtiva. Podemos usar que existe vida inteligente em outros sis-
nossa capacidade mental para termos temas, mas ter consciência dela seria uma
acesso a outros ângulos, a outras visões mudança de 360° em nossos paradigmas
do que chamamos realidade. e na visão da realidade.
Sabemos que nossa mente é ainda um
grande território a ser explorado, e temos CIDADÃO SIDERAL — O fascínio que a
feito com ela verdadeiras maravilhas. Ela Ufologia exerce sobre as pessoas tem mui-
é criadora, dá corpo e substância às idéi- to a ver com a competitividade humana
as. A mente é um portal para a expansão desde seus primórdios. Vence sempre quem
além dos cinco sentidos. Quando acredi- estiver em alguma posição superior, seja
tamos em algo, somos capazes de realizá- física, social, intelectual ou financeira. In-
lo, como exemplifica o aumento dos re- felizmente, a espécie humana ainda não
cordes esportivos no decorrer dos anos. se libertou de sua animosidade ancestral
Isso ocorre porque se a mente de um atle- e seu comportamento mais elementar ain-
ta reconhecer e se conscientizar do feito da gira em função do ataque e da defesa,
do outro, certamente o realizará também pois os homens ainda travam batalhas de
e mais ainda. E por aí vai se expandindo a poder entre sua própria espécie. É fascinante
crescente e ilimitada criação humana. Da se intitular de extraterrestre ou amigo de um.
mesma forma, é necessário que tenhamos Em determinados grupos só faltam dar cer-
a mente receptiva para novas descober- tidão de nascimento, CPF e título de eleitor
tas, novas experiências, novas constata- aos cidadãos siderais que alegam serem ori-
ções. Só assim poderemos estar aptos a ginários de outros planetas.
investir na pesquisa ufológica, sem pre- “A mais profunda emoção que pode-
conceitos e escutando mais nossa intui- mos experimentar é inspirada pelo sen-
ção, que ocasionalmente se encontra em- so de mistério”, já dizia Albert Einstein.
barreirada pela própria ciência, que ca- Endeusar o diferente, o inatingível e o
minha em grande velocidade, enquanto desconhecido sempre será, por enquan-
os sentidos, as emoções e o autoconheci- to, uma atitude do ego humano – talvez
mento permanecem em visível desvanta- ainda, em sua maioria. Podemos perce-
gem. É preciso ver para crer? Ou será pre- ber esta peculiaridade no relacionamen-
ciso crer para ver? to dos fãs com seus ídolos. Não dos apre-
Para muitos, não tem importância a ciadores, mas os dos identificadores. A
existência ou não de vida inteligente em televisão, o teatro e o cinema ainda pro-
outros planetas. Porque a vida dessas pes- movem o fascínio aos meros e simples
soas é restrita às suas casas, filhos, tra- mortais, que se encantam e veneram seus
balho, religião, sociedade, cidade e país deuses e deusas, muitas vezes construí-
em que vivem. A grande maioria delas dos e coroados como verdadeiros fran-
se esquece que o planeta também é a sua kensteins pela mídia criadora e marketei-
casa e que a Terra é mais ra, fruto das projeções e
que um globo flutuante no transferências dos desejos
espaço, dentro de uma ga- mais comuns e efêmeros da
láxia, com satélites, estre- espécie humana. O poder
las e corpos celestes de to- encanta pela liberdade de
das as espécies, fazendo ser e fazer o que se deseja,
fronteira com outros siste- por estar acima do comum
Cortesia Princeton

mas e co-existindo com bi- e exercer o direito de ser li-

lhões deles. Esta falta de vre e inigualável. Sim, pois
visão ampliada de nosso o comum, o que está ao
universo influencia nossa lado, não tem o mesmo va-

“
consciência e, conseqüen- lor do que está longe de
temente, nossos sentimen- A mais suas possibilidades.
tos e pensamentos. Se pu- profunda emoção Nesse aspecto, poderí-
déssemos ter esta visão in- amos descrever inúmeros
ternalizada, com certeza a que podemos exemplos da personalidade
humanidade tomaria ou- experimentar e comportamento humanos
Cortesia Tracy Adams

tros rumos a partir da que, em sua maioria, desva-

é inspirada pelo

”
constatação desta realida- lorizam seu igual sempre em
de. “A Terra é um planeta senso de mistério função do mágico, do dife-
redondo e azul que gira rente. Este é um dos atrasos
em torno dela mesma e do — ALBERT EINSTEIN mais significativos da hu-
Maio 2003 17
manidade, parado-
xalmente comparado
ao avanço tecnológi-
co quase inacreditá-
vel que ocorreu no
início do século XX.
Podemos perceber
esta desvalorização,
principalmente, nos
países de raça mesti-
ça, que teimam em
não encontrar identi-
dade própria, desta-
cando mais uma vez
suas origens estran-
geiras, que nessas
nações serão sempre
mais valorizadas, in-
teressantes e impor-
tantes – excetuando-
se os xenófobos, que
são patologicamen-
te radicais. A própria desvalorização da
vida, imperando a violência, retratando
toda essa falta de auto-estima, de autoco-
nhecimento, de amor próprio e, conse-
qüentemente, ao semelhante.
Agora, imagine se você tivesse acesso
a um ser extraterrestre, dotado de grande
conhecimento tecnológico e geral sobre a
vida no universo, que lhe incumbisse de
compartilhar essas informações com toda
a humanidade. Você o esconderia das de-
mais pessoas ou o apresentaria a um gru-
po restrito? Talvez aos governantes de seu
país? Ou então, faria acordos secretos com
o ET e tentaria ser o mais próximo dele
entre os terrestres, uma espécie de porta-
voz do Cosmos, um primeiro-ministro da
confederação intergaláctica?
COMPARTILHANDO INFORMAÇÕES — Num ou-
tro extremo das possibilidades, você o ani-
quilaria, fugindo do compromisso inicial
para a detenção deste poder só para você?
Ou seria humilde, com a honesta preten-
são de ser um semeador da luz, do pro-
gresso tecnológico e humano, comparti-
lhando as informações com todas as pes-
soas e nações, irrestritamente, sem medo
de como os outros poderiam se utilizar
delas? Por fim, talvez você não desse im-
portância ao seu novo amigo e tentaria es-
quecer do acontecido. Qual seria, enfim,
sua atitude e comportamento? Sobre isso,
reflita e exerça o poder do raciocínio, da
imaginação. Isto tudo é apenas uma brin-
cadeira de faz-de-conta, mas bastante útil
como ferramenta de autoconhecimento e
sua aplicação à Ufologia.
Agora vamos nos reportar a pergunta
mais popular feita pelos ufófilos neófi-
tos, por alguns ufólogos veteranos e mes-
mo pelos céticos questionadores: Por que
18
os extrater-
restres não
aparecem em
rede mundial
de televisão e
Cortesia Movie Tracks
mandam
logo seu re-
cado? Para
chegar a uma
resposta, ima-
ginemos o que aconteceria com o psiquis-
mo das pessoas diante do caos que uma
revelação desta poderia proporcionar ini-
cialmente. A disputa, a guerra entre os
povos ou a união definitiva de todos
eles? A sensação de impotência e a per-
da do imperialismo religioso, ao consta-
tarmos que a Terra não é mais o único
planeta habitado. Nossa imagem e seme-
lhança com o Criador ficariam perdidas,
distorcidas? Ou nos sentiríamos enrique-
cidos por aumentar a nossa “família”
cósmica? Seríamos dominados e escra-
vizados ou apenas bons vizinhos com um
produtivo intercâmbio? Será que a hu-
manidade já está preparada para um pos-
sível contato? Será que os diretores
Spielberg e Iain Softley – de Contatos
Imediatos e K-Pax, respectivamente –,
estão preparados para refazer suas
obras? Justamente eles que, com tama-
nha sensibilidade e poesia, conseguiram
povoar nosso imaginário com idéias pa-
cifistas de amor entre os povos. Pense e
analise com seus próprios valores.
Depois destas reflexões filosóficas,
psicológicas e lúdicas que fizemos, va-
mos partir para as razões mais premen-
tes, práticas e concretas sobre a inviabili-
dade desse contato na atualidade. Para
isso, vamos novamente recorrer a Eins-
tein: “Não devemos exigir que a ciência
nos revele a verdade. Num sentido cor-
rente, a palavra verdade é uma concep-
ção muito vasta e indefinida. Devemos
compreender que só podemos visar a
descoberta de realidades relativas. Além
disso, no pensamento científico existe
sempre um elemento poético. A compre-
ensão de uma ciência, assim como apre-
ciar uma boa música, requer em certa
medida processos mentais idênticos. Mas
STEVEN SPIELBERG, o ousa-
do diretor que conseguiu
povoar o imaginário hu-
mano com idéias pacifis-
tas de amor entre povos
de diferentes planetas.
Cortesia Jerry Wilkins
E o cartaz do filme K-Pax,
em que um ET de aspec-
to absolutamente huma-
no se deslumbra com as
coisas terrenas
a ciência não pode, é evidente, significar
o mesmo para todo mundo. Para nós, ela
é em si mesma um fim, pois seus homens
são espíritos inquisidores”. A partir dis-
so, notamos de imediato que existem pre-
conceitos e separatividade, que aplicados
à Ufologia, geram aos segmentos místi-
cos e científicos, já que ainda não é uma
ciência. Portanto, tem total liberdade
para a pesquisa de casos restritos a con-
sultórios e experiências reservadas de
certos grupos ou pessoas, sejam elas em-
piricamente aprovadas através dos meios
de investigação pessoal ou meramente
alucinados. Um bom ufólogo não deve
desprezar absolutamente nada.
SUPOSTO SABER — Com a tentativa de ro-
tular a Ufologia como ciência, perde-se a
chance de vislumbrar novos conceitos ori-
ginários da própria casuística, pois os mes-
mos não se podem medir com ferramen-
tas meramente tridimensionais. Mais uma
vez, se perderia muito de seu contexto, pois
a ciência terrestre certamente é obsoleta
para os fenômenos ufológicos. Por outro
lado, para o homem não imbuído
do sentimento de evolução e crescimento,
o tema será sempre uma faca de dois gu-
mes: o pesquisador que possua informa-
ções importantes nesta área pode sofrer a
tentação do suposto saber e descambar para
as mais diversas psicopatologias relacio-
nadas ao poder, se não contiver o ímpeto
de encará-las como algo meramente cir-
cunstancial e importante que deve ser com-
partilhado com todos os interessados. É
claro que esta é apenas uma síntese do
óbvio, mas sempre é bom parar para pen-
sar nela, pois são estas armadilhas que
nos fazem muitas vezes deixar de ex-
pandir nossa consciência para um mun-
do muito além das rápidas, faiscantes e
efêmeras luzes que riscam nosso enig-
mático e fascinante céu.
ELAINE VILLELA é psicóloga clínica especi-
alizada em síndrome do pânico e distúrbio
obsessivo compulsivo, e a mais nova con-
sultora da REVISTA UFO. Seu e-mail é: na-
ni@urbi.com.br.
Maio 2003
Maio 2003
Roberto Pintucci, convidado especial

19
Cortesia NASA
Cortesia Malin Space Science System
N
o meio científico, muito se tem
falado das recentes descobertas
feitas em solo marciano pelas
lentes da Mars Global Surveyor,
a sonda enviada ao Planeta Ver-
melho em meados de novembro de 1996
para captar novos dados e imagens mais
claras de sua superfície. Desde seu lança-
mento, esta já prometia ser uma das mais
poderosas armas investigativas para se des-
cobrir se há vida em solo marciano. Entre-
tanto, a cada imagem ou dado enviados à
Terra, muita coisa inesperada e inexplicá-
vel têm vindo à tona, deixando os aficio-
nados pelo planeta e entusiastas da Ufolo-
gia aturdidos ante a possibilidade de de-
frontar-se com algo totalmente novo.
Ken Edgett, de San Diego, na Cali-
fórnia, é um dos estudiosos habilitados
a receber e analisar, uma a uma, as de-
zenas de milhares de fotos que chegam
em seu computador, enviadas diretamen-
te pela sonda. Ele se diz espantado com
a diversidade de novos elementos que
são descobertos a cada dia em solo mar-
ciano. O planeta que ele conhece já não
é nem sombra daquele mesmo retrata-
do pelas lentes das missões Viking, du-
rante a década de 70. Ken surpreende-
se a cada foto que obtém: “A sensação
que as imagens da sonda transmitem é
de surpresa total”. Além de perceber
melhor e mais detalhadamente as mu-
danças pelas quais passou o planeta nos
últimos 34 anos, nas fotos surgem es-
20
truturas que vão além de simples falhas
originadas pelo vento forte ou buracos ca-
vados no solo pela força erosiva das águas.
“Muito do que vejo não bate com o que
deveria ser o correto”, diz.
O que vem causando surpresa entre
os cientistas é a possibilidade de ainda
haver água em estado líquido na superfí-
cie do planeta e, talvez, até mesmo vida,
ainda que sob forma microscópica. Mas
o que chama mesmo a atenção dos ufólo-
gos e dos pesquisadores é a presença cons-
tante de artefatos, de linhas retilíneas na
superfície e de estruturas alinhadas, entre
outras anomalias, que para muitos jamais
poderiam estar ali pela simples ação das
intempéries, mesmo num planeta com for- gado há bem pou-
tes ventos e graves condições climáticas. co tempo, é na
Como explicar de forma racional, e de verdade uma face
modo lógico, que o vento em suas variá- significativamen-
veis direções e velocidades seria capaz de te maior, embora
esculpir na rocha um objeto absurdamen- não tenhamos da-
te idêntico a um rosto humano? Ou ainda, dos precisos so-
como seria capaz de desenhar no solo fi- bre a mesma. Está situada na região mar-
guras semelhantes à linhas paralelas, ca- ciana denominada Libya Mons, no Mar de
nais e, quem diria, até o que parecem ser Iside, distante cerca de 4.800 km de Cy-
espaçonaves acidentadas? donia. Cientistas e pesquisadores ortodo-
xos do fenômeno alegam que a formação
PLANÍCIE DE CYDONIA — Para que não se teria sido gerada pela precipitação e acú-
diga tratar-se de exagero, não apenas um mulo de areia e sedimentos de um ponto
rosto, mas pelo menos dois já foram en- mais alto, no fundo de uma cratera irregu-
contrados em Marte. O primeiro já é bem lar. Isso teria, em conjunto com um pecu-
conhecido de todos e foi fotografado por liar jogo de luzes e sombras, causado a for-
uma das missões Viking, na década de 70, mação da suposta face no solo. Nada mais
na Planície de Cydonia. E o outro, divul- complicado que isso e, aparentemente, está
Maio 2003
 M ARTE e seus guma civilização marciana em tempos
satélites natu- remotos, que as teriam construído. Mas
rais, Deimos e apesar de toda a aparente facilidade em
Phobos: fontes explicar tais fenômenos, e de se descar-
inesgotáveis tar por completo a ação de outros seres
de mistérios no planeta vizinho, no presente ou no
passado, os cientistas não conseguem
explicado o mis- demonstrar com clareza como o vento
tério. Alegam os seria capaz de arruinar com parte de uma
estudiosos que montanha, fazendo precipitar pelas bor-
estes e outros fa- das de um morro material suficiente para
tores também te- formar os dois olhos, o nariz e boca da
riam sido deter- face fotografada, já neste momento ape-
minantes para a lidada de King Face, dadas as suas di-
formação não só mensões. Sim, esta é a conveniente ex-
destas enigmáti- plicação oficial, tirada do improviso
cas figuras, mas mais ou menos calculado dos funcioná-
também pela for- rios da NASA e do Laboratório de Pro-
Fotos Cortesia NASA
mação de crate- pulsão a Jato [Jet Propulsion Labora-
ras em formas de tory, JLP], ligados entre si. Já vimos esse
coração, golfi- filme antes, várias vezes.
nho e triângulos
– ainda que es- FALSA IMAGEM — Não somente em pro-
tranhamente eqüiláteros! Ora, o que gramas conexos à exploração de Marte,
mais chama a atenção nestes casos é a mas também os ligados às viagens à Lua.
facilidade encontrada pelos pesquisado- “Até hoje, não sabemos nem 10% de
res “oficiais” para afirmar com total tudo o que já aconteceu no espaço des-
convicção de que as estruturas encon- de o inicio de nossas incursões nele”,
tradas são apenas formações naturais, afirma Maurice Chatelain, que foi encar-
nada tendo de extraordinário. regado de preparar os astronautas da
Eles repudiam completamente a mera NASA para “eventualidades” em órbita
suposição de que as anomalias poderi- da Terra. Embora fosse fácil e quem sabe
am estar de alguma forma relacionadas até evidente uma manipulação fotográ-
com a passagem de alienígenas no pla- fica com a finalidade de se criar uma
neta ou com a possível existência de al- falsa imagem, não é isso o que se vê nas
Maio 2003
Maio 2003
fotos divulgadas nos sites da agência
espacial. A King Face nelas exposta é
apenas parte de uma fotografia bem
maior, disponível nos sites da entidade
e catalogada sob o código MOC M02-
03051. Após detida análise e ampliação
da imagem, constatou-se a existência da
face sem sombras de dúvidas. Nesta
matéria, a foto sofreu alguns realces de
cor para que evidenciasse de forma mais
clara as linhas que a compõem. Mas
mesmo sem retoque algum a imagem é
evidentemente clara.
No meio das discussões acaloradas
acerca deste fenômeno, a revista Focus
teria divulgado nos EUA que seria de sua
autoria esta descoberta. Evidentemente,
isso não é verdade, conforme se alega
no site Edicolaweb [www.edicola-
web.net], uma vez que as mesmas fotos
já haviam sido publicadas em novembro
de 2002, na obra La Civiltà di Marte [Ci-
vilizações de Marte, ainda sem tradu-
ção para o português], do ufólogo itali-
ano Gianni Viola. Foi uma tentativa frus-
trada de se esfriar a polêmica. Não deu
certo. Ademais, além da King Face, há
uma outra foto descoberta há mais de dois
anos, mas só agora virou objeto de dis-
cussões. Ela está disponibilizada nos ar-
quivos da NASA sob o código PIA 01463
e foi obtida em 31 de julho de 1998, quan-
do a Mars Global Surveyor completava
sua 264ª órbita em torno do planeta. Essa
imagem retrata a existência, na superfí-
Todas as Fotos Cortesia NASA
21
cie de Marte, de duas linhas paralelas
muito tênues, formando um sulco que se
estende continuamente até desaparecer
dentro de algumas crateras.
Embora pareçam quase invisíveis do
alto, as imagens impressionam. Vale lem-
brar que, quando foram retratadas pela
nave, esta se encontrava a uma altitude
superior à 50 km. Ainda assim, as ima-
gens aparecem claramente na foto, de tão
grandes que são. Segundo cálculos apro-
ximados, elas se estendem por cerca de
16 km, com uma largura ainda não total-
mente definida, mas que pode ultrapas-
sar centenas de metros. Em tom irônico,
que chega a beirar o desrespeito a quem
julga possível ter havido vida no plane-
ta, capaz de construir essas proezas, em
seu site a NASA faz referência às mar-
cas como se fossem rastros deixados por
pneus de veículos do tipo off road
[Fora-de-estrada]. E de forma ainda
mais jocosa, seus técnicos dizem que
as marcas foram causadas por tufões.
Ora, tufões em Marte? E como poderi-
am dois tufões percorrer trajetórias se-
melhantes e paralelas? Estudiosos do
Planeta Vermelho, como Richard Hoag-
land, Tom van Flandern, Robert Bau-
val e Graham Hancock, indignaram-se
com a explicação. Hoagland chegou a
chefiar a produção de um documentá-
rio em vídeo, mostrando em detalhes as
descobertas e corrigindo as improprie-
dades da NASA [Veja box].
22
Sabemos que
grande parte do
solo marciano é
formada por detri-
tos e dunas de
areia. Portanto, as
linhas observadas
Fotos Arquivo UFO
e fotografadas pela
Mars Global Sur-
veyor não perma-
neceriam visíveis
por tanto tempo.
Da mesma forma, a explicação da agên- que se encontrava a
cia espacial norte-americana depõe con- sonda, se ela esti-
tra ela mesma, pois tufões seriam sufici- vesse em órbita da
entemente fortes para arrasar tudo o que Terra, nem mesmo
encontrassem em seu caminho. É mais di- o Coliseu romano
fícil acreditar que um rastro no solo te- seria fotografado
nha agüentado a passagem de outro tor- tão nitidamente. No
nado sem que as marcas do primeiro te- entanto, ele existe e
nham sido suplantadas ou apagadas. De está lá há quase
outro modo, sabemos o quão é difícil dois mil anos. Por-
determinar com detalhes qualquer coisa que tanto, descartar de
se relacione a um planeta ainda desconhe- imediato a hipótese
cido como Marte, ainda mais referente ao de que haja algo em
clima, pois mesmo aqui na Terra temos di- movimento no solo
ficuldade em prever situações de mau tem- de Marte, que não seja um tornado, é tão
po com muita antecedência. precipitado quanto dizer que o Coliseu não
existe, só porque não saiu bem na foto. Si-
COLISEU IGNORADO — O fato de se alegar tuações como estas são embaraçosas para
que as marcas existentes no solo foram a NASA e os órgãos de pesquisa espacial
causadas por fenômenos meteorológicos a ela vinculados, uma vez que não se tem
anômalos é o mesmo que negar totalmen- conhecimento total da situação. Tudo o que
te que elas tenham sido deixadas por al- se sabe até hoje sobre Marte é com base
gum tipo de veículo, pois da altitude em em fotos e dados enviados por sondas.
Maio 2003
 ESTUDIOSOS que de- ria haver vida na Terra – ao menos como
fendem a autenti- a conhecemos daqui embaixo. O que
cidade dos fenô- ocorria, na verdade, é que os primeiros
menos marcianos: satélites mandavam somente dados super-
[A partir da es- ficiais ou pouco precisos, da mesma for-
querda] Graham ma que vem ocorrendo hoje com as son-
Hancock, Richard das que são encaminhadas para Marte.
Hoagland e Tom Sem falar nas interferências que a comu-
Van Flandern nicação entre elas e a Terra sofre ao lon-
go do caminho, afetando os dados colhi-
Mesmo para os pri- dos. As fotos enviadas, por exemplo, não
meiros satélites co- são imagens obtidas da forma clássica,
locados em órbita mas imagens digitais complexas que, ao
da Terra, uma quan- serem recebidas, precisam ser devidamen-
tidade de dados te decodificadas. Os sinais que as geram,
surpreendente che- se vistos por um leigo, são apenas um
gava até os pesqui- amontoado de códigos.
sadores. E estes, Isso não quer dizer que as imagens
Cortesia Thomas van Flandern
por sua vez, não enviadas sejam pouco claras. Muito pelo
entendiam boa par- contrário. Se analisarmos as fotos emiti-
te daquilo que era das pelas Viking, na década de 70, po-
recebido. demos nos deparar com detalhes for-
Tanto naquela midáveis das rochas na superfície, sul-
época como está cos deixados no solo por eventual es-
ocorrendo hoje, coamento de água e até, quem diria,
uma grande parce- um céu muitas vezes cinza claro ou
la das informações recebidas simplesmen- rosa, dependendo do horário. Este fato
te não batem. Como exemplo dessa situ- é muito semelhante ao que acontece
ação, podemos citar que no início da ex- num dia nublado de uma grande cida-
ploração espacial os satélites que orbita- de brasileira, como São Paulo, devido
vam nosso planeta deixavam claro que à poluição do ar. Ou seja, mesmo com
nossa atmosfera era formada principal- técnicas antigas, as imagens digitais
mente por hidrogênio e que a temperatu- geradas pela Viking há quase três dé-
ra seria tão baixa ou tão alta, dependendo cadas, após decodificadas, tinham mui-
da localidade focalizada, que não pode- to mais definição do que imagens fo-
Maio 2003
tográficas clássicas, obtidas pela sen-
sibilização de um negativo. Curiosa-
mente, no entanto, uma situação peculiar
se observa na atualidade. Mesmo após 30
anos de intensas investigações e avanço
tecnológico em todos os segmentos da pes-
quisa espacial, é estranho como as fotos
coloridas enviadas pelas Mars Global Sur-
veyor nos chegam tão imperfeitas, borra-
das, faltando pedaços e alaranjadas. Pare-
ce que querem nos fazer acreditar que
Marte é um verdadeiro inferno. Bilhões
de dólares foram gastos dos contribuin-
tes norte-americanos – e, por conseqüên-
cia, do resto do mundo – em pesquisas e
construção de sondas capazes de mandar
imagens de Marte, “...como nunca se
havia imaginado antes”, de acordo com
os técnicos da NASA. Curiosamente, a
controvérsia que ainda persiste é por que
a qualidade das fotos de hoje é inferior à
que se tinha 30 anos atrás?
AVANÇO TECNOLÓGICO — Questionados a
respeito, rapidamente os cientistas da
agência espacial se apressaram em di-
vulgar imagens da face em Cydonia com
uma resolução impecável. Mas alardea-
ram que as pirâmides alinhadas, as cons-
truções retilíneas e o rosto na superfície
do planeta nada mais eram do que sim-
ples formações rochosas ou depósito de
material no solo, ao longo de milênios.
Em compensação, tudo o que se viu de-
pois, fornecidas pelos mesmos cientis-
Todas as Fotos Cortesia NASA
23
tas, foram fotos Mas dos pontos de aparecem em sua superfície e se interli-
borradas e cortadas verdadeiro interes- gam dentro de profundas crateras são
da superfície, com se, nada em cores apelidadas de “tubos de vidro”, enquan-
uma qualidade las- é mostrado clara- to enormes “cicatrizes” podem ser ob-
timável. A clareza mente. Em uma servadas do alto, alinhadas umas às ou-
das fotos foi inver- quantidade imensa tras, e às vezes em formatos que jamais
samente proporci- de fotos se pode ob- poderiam ser causados pela ação do
onal ao valor inves- servar a existência tempo ou pela queda de algum meteo-

Cortesia NASA
tido no desenvolvi- de material em pre- ro. Assim são as famosas estruturas da
mento da tecnolo- cipitação do alto de chamada Cidade Inca, dada a sua se-
gia das sondas. As montanhas para o melhança com as ruínas andinas [Veja
fotos que nos che- UM ROBÔ em forma de veículo vas- fundo do que pare- UFO 85]. Os mistérios que envolvem o
gam hoje, emitidas culha a superfície marciana em bus- ce ser um grande planeta, pelo que vemos, só não são
pela câmera da ca de evidências de vida lago ou oceano es- maiores que os esforços da agência es-
Mars Orbital, em curo. Fontes de pacial norte-americana em mantê-los
preto-e-branco, são igualmente incom- água em estado líquido parecem sair de longe da opinião pública.
patíveis com a tecnologia que se supõe nascentes em montanhas, e no solo há
ter sido utilizada. Por que uma institui- algo semelhante a vegetais ou árvores
ção do governo norte-americano gasta- que parecem brotar do chão. ROBERTO PINTUCCI tem formação técnica
ria bilhões de dólares para captar ima- em marketing e mercadologia, é estudio-
gens em preto-e-branco do espaço? Se OCULTAÇÃO — Muitas coisas são oculta- so de enigmas marcianos e webmaster do
uma fortuna foi gasta nos sistemas de na- das sob as imagens sem cor e de pouco site Anomalia Espacial [http://www.anoma-
vegação, o que seriam mais alguns “tro- interesse que chegam até nosso conhe- lia.kit.net] e tradutor da REVISTA UFO. Seu
cados” para se investir em imagens real- cimento. Certamente, estão nos dando endereço é: Caixa Postal 4.277, 01061-
mente boas e coloridas? Muitos dirão apenas o mínimo de informações sobre 970 São Paulo (SP). E-mail: anomalia-
que a sonda emite fotos a cores também. Marte. Estranhas estruturas tubulares que espacial@uol.com.br.

Os mistérios de Marte em documentários legendados

M
arte sempre foi causador de muita
polêmica e debates, em virtude de
seus inúmeros mistérios não com-
preendidos. O Planeta Vermelho provo-
ca a imaginação dos mais céticos e in-
fluencia estudiosos a tratarem da possi-
bilidade de existência de vida inteligen-
te em sua superfície. A agência espacial
norte-americana, em sua tentativa de
esfriar o assunto e tratar das mais di-
versas e inusitadas descobertas como
naturais, acaba por acender ainda mais
as discussões. Estima-se que a NASA
jamais tenha revelado mais do que me-
ros 10% de tudo o que já sabe sobre Mar-
te – inclusive, segundo estudiosos mais
ousados, que o planeta já abrigou foram
inteligentes de vida.
Sobre o assunto, a VIDEOTECA UFO,
mantida por esta publicação, tem várias
obras. Desde 1998, lançou vários docu-
mentários legendados sobre o planeta e
seus enigmas, entre eles Mistério no Pla-
neta Marte [VD-06], com 01h15 de du-
ração, e Segredos Ufológicos da Rússia
deo trata com inédita profundidade dos
indícios de que nosso vizinho já foi habi- deravelmente. A REVISTA UFO publicou uma
tado no passado. Mais que isso, tam-
bém enumera as razões que teriam le-
vado tal civilização à extinção.
A produção é inteiramente baseada
em recentes descobertas sobre o pla-
neta, apoiadas inclusive por cientistas
dissidentes da NASA. A coragem desses
profissionais em defender que a agên-
cia espacial norte-americana oculta in-
formações sobre o planeta levou à sua
demissão. Entre as pro-
vas apresentadas está a
famosa Face de Cydo-
nia, que foi fotografada
pela primeira vez em
1976, pela sonda Viking,
e a nova face de Libya
Mons, capa dessa edi-
ção. Em 1998, esta for-
mação teve sua imagem
registrada pela Mars
Global Surveyor.
As fotos mais recen-
ve em torno do assunto aumentou consi-
ampla matéria sobre o assunto em sua
edição 66, que incluía o depoimento de
um dos mais famosos pesquisadores do
mundo, Graham Birdsall.
As Civilizações Extintas de Marte, ao
comentar o que a NASA ainda esconde so-
bre o tema, tenta desvendar o que todos
esses anos de pesquisas ufológicas já
mostraram: Marte foi um foco de vida no
Sistema Solar. Um bom exemplo disso é a
série de muros, canais, tú-
neis e formações rocho-
sas descobertas dos últi-
mos tempos, amplamen-
te discutidas em UFO 85.
Num dos melhores regis-
tros que já se fez sobre o
assunto, o produtor Char-
les Adams apresenta no
vídeo argumentos que le-
varão o telespectador a
questionar se tudo o que
ocorre no planeta é ape-
Videoteca UFO

[VD-16], com 01h32, que aborda outros
temas além de Marte. Em março passa-
do, juntaram-se a esses títulos o
novíssimo documentário As Civilizações
Extintas de Marte [VD-32], com 00h44
de duração, produzido por Charles
Adams, do Living UFO Productions. O ví-
tes têm uma resolução 10
vezes superior às anterio-
res, e mostram ainda uma
formação rochosa com
cordilheiras e crateras. A
partir desse momento, a
polêmica que sempre hou-
AS CIVILIZAÇÕES Extintas
de Marte, novo documen-
tário da VIDEOTECA UFO
nas suposição, ou se a te-
oria que muitos ufólogos
defendem há anos é ver-
dadeira. Para adquirir es-
tes vídeos, veja o encarte
Suprimentos de Ufologia,
dessa edição.

24 Maio 2003
 Daniel Muñoz, de Barcelona

S
egunda, 11 de fevereiro de 2002,
às 04h30, começa a clarear o céu
na zona de Bijakovici, em Med-
jugorje, dentro do território da
Bósnia Herzegovina. Pátria fru-
to de uma das mais cruéis guerras separa-
tistas que nossa geração presenciou, divi-
dindo a Iugoslávia em nações que guardam
rancores irreconciliáveis entre elas. Med-
jugorje [Que significa entre montanhas em
croata] é o local que, a partir de junho de
1981, despertaria o interesse católico de
todo o mundo. Ali, diariamente e sempre
depois das seis da tarde, a Virgem Maria
começaria suas aparições para seis crian-
ças, onde hoje é uma importante igreja nas
imediações dos montes Podbrdo e Krize-
vac. Elas se converteram em mensageiras
durante mais de duas décadas, ininterrup-
tamente, e hoje também estão separados,
tal como sua pátria. Nessa mesma cidade,
o italiano Giorgio Bongiovanni, conheci-
do mundialmente pelos seus estigmas, es-
pera pela mensagem que seria entregue
pela Virgem Maria. Desde a tarde de 10
de fevereiro, o estigmatizado se preparou
para o encontro com a santa.
Em 05 de abril de 1989, aos 26 anos,
Giorgio Bongiovanni saiu de seu trabalho
em Porto Sant’Elpidio, Itália, quando, re-
pentinamente, uma intensa luz do outro
lado da rua lhe chamou a atenção. A lumi-
nosidade que pouco a pouco revelava uma
silhueta feminina, o atraiu e dirigiu-se a
ele com uma familiaridade inusitada. A
visão se identificou como Virgem Maria e
teria anunciado que o italiano deveria se
preparar para cumprir uma missão. A par-
tir de então, os encontros tornaram-se fre-
qüentes. Bongiovanni começou sua pre-
paração para o que ele mesmo não suspei-

Maio 2003 25

tava que aconteceria meses depois. Em
02 de setembro de 1989, ele atendeu ao
primeiro chamado da Virgem para que
fosse à praça de Fátima, Portugal, onde
em 13 de maio de 1917, a Virgem apare-
ceu para três pastores da zona de Leiría,
num dos eventos marianos mais espeta-
culares de todos os tempos.
Ali, debaixo do mesmo céu, em 13
de outubro de 1917, havia mais de 70 mil
testemunhas reunidas, sendo, literalmen-
te, secas da chuva pelo Sol que surgiu,
como consta na crônica Coisas Espanto-
sas do diário O Século de 14 de outubro
daquele mesmo ano, além de algumas
fotografias da época. Aos pés do monte
onde as aparições iniciaram, ele presen-
ciaria a sétima visão. No meio da praça, a
Virgem Maria teria anunciado que ele
“receberia um sinal que todo o mundo
veria”. Bongiovanni pensou que poderia
tratar-se de um novo milagre do Sol, dada
a sua aproximação com o Fenômeno UFO
e o contatado italiano Eugenio Siragusa
Fotos Cortesia Nonsiamosoli
[Ver UFO 85], muito fa- sa sobre sua fronte. Isso ocorreu na zona
moso e polêmico nos de Salto, na estância La Aurora, também
anos 70. Entretanto, rece- Uruguai, famosa pelos supostos avistamen-
beu os estigmas nas pal- tos de UFOs e ocorrências paranormais que
mas das mãos que, a partir de então, co- se manifestam constantemente.
meçaram a sangrar cotidianamente até se- A cruz perfeitamente delineada marca-
rem perfuradas. Sua figura, muito criti- ria este homem para o resto de sua vida, ou
cada por relacionar Ufologia com reli- pelo menos até 11 de fevereiro de 2002,
gião, tornou-se o centro das atenções, com quando, depois de quase uma década, ela
espaço privilegiado em praticamente sumiria. Cabe registrar que existe um ante-
qualquer lugar do mundo onde se apre- cedente quase desconhecido em torno des-
sentasse através da mídia. se estigma. Um dia depois de sua aparição,
ESTIGMATIZAÇÃO MÚLTIPLA — Dois anos de-
pois, em 02 de setembro de 1991, os estig-
mas se manifestaram, em forma de duas
cruzes nos pés. Novamente, a dor e a es-
pontânea laceração foram presenciadas
por diversas testemunhas e documentadas
em vídeos e fotos. Diferentemente das
mãos, as feridas perfuraram os pés desde
o início, tanto no dorso como na planta.
No dia 28 de maio de 1992, em Montevi-
déu, Uruguai, o fenômeno se manifestou
do lado esquerdo de suas costas e nova-
mente foi registrado. Em 27 de julho de
1993, Bongiovanni recebeu o último es-
tigma, também em forma de cruz, impres-

vezes figuras femininas de seres extrater-

restres foram confundidas ou tratadas
A visão de Giorgio como a Virgem Maria. E não apenas por
religiosos ou pessoas sem cultura. Mes-
em Medjugorje mo após rigorosos estudos científicos das
condições envolvendo as famosas apari-
ções marianas — da Virgem –, em qual-
Equipe UFO quer lugar do mundo, em que se prova que
a manifestação que nelas ocorre é de se- tato foi mesmo com a Virgem Maria, em

D
esde tempos imemoriais, o homem
terrestre se depara com seres de
outros planetas e realidades, mas,
sem saber como enquadrá-los em sua cul-
tura, atribuem a eles propriedades místi-
cas ou mitológicas. Muitas vezes, naves
extraterrestres foram descritas como tro-
nos, carruagens celestiais ou visões divi-
nas, assim como ETs foram vistos como
deuses, santos, fadas ou anjos. A história
de qualquer civilização de nosso planeta,
extinta ou viva, é repleta dessas interpre-
tações – especialmente a Bíblia e outros
livros sagrados, ricos principalmente na
descrição que fazem de UFOs e alieníge-
nas. Entre essas manifestações, muitas
res não terrestres, esmagadora maioria
dos membros da igreja católica descar-
tam essa possibilidade. O caso mais no-
tório é o ocorrido em Fátima, Portugal, em
1917. Neste incidente, profundamente
pesquisado pelos professores portugueses
Joaquim Fernandes [Representante da RE-
VISTA UFO em seu país] e Fina d’Armada, a
figura que os pastorzinhos vêem é de um
ser humanóide com uma esfera em sua
mão — e não da mãe de Jesus.
Fernandes e D’Armada baseiam suas
conclusões, inclusive, nos documentos
a que tiveram acesso na própria biblio-
teca do Vaticano. Giorgio Bongiovanni,
religioso ferrenho, acredita que seu con-
várias oportunidades, desde que teve os
primeiros estigmas aflorando em seu
corpo até o desaparecimento dos mes-
mos. O autor da matéria que acompa-
nha esse box, Daniel Muñoz, em longos
diálogos com o estigmatizado, informa
que o italiano se preparou para o encon-
tro com a Virgem em Medjugorje, ocorri-
do em 11 de fevereiro de 2002. A visão
teria se manifestado tal como ocorreu
em 02 de setembro de 1989, quando
apareceu para Bongiovanni, incluindo o
perfume floral característico desses en-
contros. Muñoz obteve consentimento
para transcrever abaixo parte de seu di-
álogo com a misteriosa figura.

26 Maio 2003
a cruz desapareceu completamente, sendo
que ele foi fotografado no momento poste-
rior a esta que poderia definir-se como uma
antimanifestação. Entretanto, ela sumiria
temporariamente, para pouco depois ficar
impressa de forma permanente.
A partir das constantes viagens de Bon-
giovanni pelo mundo, inclusive ao Brasil,
onde esteve várias vezes, a comunidade
científica foi seduzida pela presença pere-
ne dos estigmas, que aparentemente não
afetaram sua saúde, com exceção da dor
B ASÍLICAS DE M EDJUGORJE
[Abaixo] e Fátima, respec-
tivamente na antiga Iu-
goslávia e em Portugal.
Acima, os estigmas que
afloraram nas mãos, pei-
to, fronte e pés de Gior-
gio Bongiovanni, após ter
estranhos contatos
Cortesia Mejrozlav Havik
VIRGEM — Obrigado por ter respondido
ao meu chamado.
BONGIOVANNI — Mãe, eu não sou digno
de olhar seu rosto ou seus olhos de purís-
simo amor. Olho para seus pés que exa-
lam perfume de rosas.
VIRGEM — Filho, seu espírito é de ro-
cha. Sua carne está cansada, flagelada.
E ainda que não tenha debilidades, o san-
gue de Jesus purifica continuamente seu
corpo. Medjugorje é a continuação de Fá-
tima, por isso estás aqui hoje. Como
aqui, outros pontos sagrados são ata-
cados. Por exemplo, os lugares que você
tem visitado, como a colina com as duas
Maio 2003
intensa. Desta maneira, médicos da Itália
e depois de outros países se aproximaram
do italiano para analisar tanto as feridas
como sua personalidade. Assim, o doutor
Stanis Previato iniciou suas investigações
psicológicas, para verificar se as marcas
eram psicossomáticas ou se decorriam de
ideoplastia [Fenômeno de materialização
mediúnica]. Suas conclusões falam sobre
um homem são e muito equilibrado, que
não poderia se lesionar, infringindo-se es-
tas feridas ou criando situação alguma.
Posteriormente, fi-
zeram-se estudos mais
elaborados sobre o
sangue e as marcas,
pela doutora Carmen
Recalde de Fernandez.
Ela foi a primeira que
realizou uma análise
hematológica detalha-
Cortesia Basílica de Fátima
da de Bongiovanni. Ao
estudar características
sanguíneas do fluído
hemáceo, a doutora
Carmen percebeu a
inusitada limpeza do
mesmo, já que seus ní-
veis de eosinófilos, basófilos, monóci-
tos e leucócitos estavam abaixo do nor-
mal. Isto é o contrário do que se espera
de um homem que tem chagas abertas,
dia após dia, durante anos. Seguindo a
lógica, ele deveria apresentar um qua-
dro anêmico agudo e prejudicial, além
de infecções massivas. Entretanto, Bon-
giovanni tem o sangue mais saudável
que a maioria das pessoas. Ademais, os
cruzes e a sacristia, são locais sagra-
dos, assim como a fé e a devoção das
pessoas que vi ontem. Aqui, as pessoas
são humildes e simples.
BONGIOVANNI — Mãe, peço que a senho-
ra e seu filho Jesus tornem invisível a cruz
de sangue que está impressa em minha
fronte. Deixe-me somente a dor. Peço-lhe
isso para cumprir melhor minha missão.
VIRGEM — A cruz de sangue que por lon-
gos anos os homens têm visto voltará em
breve, mas de fogo, e tão grande como o
Sol, olhando para o oriente, justamente
onde nos encontramos, de Medjugorje até
Moscou, sendo visto por todos. Isso ocor-
rerá poucos dias antes da descida à Terra
de meu filho Jesus, com potência e glória.
Entretanto, os sinais nas mãos, pés e cos-
tas ainda deverão levá-los sangrando até
o dia de teu sacrifício supremo.
BONGIOVANNI — Meu espírito está seden-
to de justiça e minhas carnes se desgas-
momentos em que o sangramento ocor-
re pela manhã ou tarde, algumas vezes
em ambos os períodos, acompanhado
de um intenso perfume floral, tornou-
se um desafio para a cientista, que não
obteve uma explicação satisfatória para
esse fenômeno e nem para a presença
das feridas que não cicatrizam.
ESTUDOS HEMATOLÓGICOS — O México
seria a etapa seguinte da investigação. A
partir de uma viagem de Bongiovanni ao
país, em abril de 1994, os estudos he-
matológicos, psicológicos e psiquiátri-
cos realizados, mostraram resultados sur-
preendentes. O doutor Sergio Alba Bri-
seño, colaborador do Serviço Médico
Forense da cidade do México, analisou
amostras de sangue retiradas tanto dos
estigmas, como das veias [Sangue peri-
férico], chegando a interessantes desco-
bertas. Não somente o doutor Briseño
pôde confirmar as conclusões da sua co-
lega Carmen, como também se surpre-
endeu ao constatar que o sangue dos es-
tigmas e das veias, apresentava o mes-
mo tipo e características, mas se com-
portava de forma diferente. Os tempos
de coagulação entre eles eram distintos,
questão de segundos nas feridas e cerca
de 15 minutos no sangue das veias. Este
fator é impossível em condições normais
e não existem registros ou antecedentes
desta natureza. O reconhecido psiquia-
tra Giuseppe Amara também realizou
intensos estudos sobre a personalidade
do italiano, logo após uma longa avalia-
ção das capacidades mentais do estig-
tam e são consumidas pela tristeza e rai-
va de ver a destruição de seu corpo, a Ter-
ra, e a anulação de seus pequenos, as cri-
anças. Oro para que faça chegar a justiça.
Estou à disposição de seu filho. Bendizei-
me, por favor. Peço que me ajude.
VIRGEM — Filho, te bendigo. Esteja sem-
pre atento.
Depois de transcorrida meia hora do
encontro entre Bongiovanni e a figura que
ele acredita ser a Virgem Maria, os es-
tigmas começaram a sangrar. O que tem
formato de cruz e situa-se em sua fron-
te desapareceu completamente depois
que o ser o tocou com a ponta dos de-
dos, tal como ele havia solicitado. Este
é um novo episódio dentro da polêmica
experiência desse homem que corre o
mundo anunciando a existência de vida
alienígena inteligente no universo. Após
ter perdido seus estigmas, resta saber
se Bongiovanni continuará tendo seu ín-
timo relacionamento com aliens.
27
matizado. Em 15 de abril de
1994, Amara afirmou que Bon-
giovanni não sofria de nenhuma
enfermidade ou transtornos his-
téricos que criassem condições
de gerar tais feridas. Novamen-
te, o italiano foi definido como
um indivíduo são e emocional-
mente equilibrado. Depois des-
ses testes, o renoma-
do profissional da in-
vestigação dos fenô-
menos paranormais
Berthold Schwarz
chegou à conclusão
de que se tratava de
um caso autêntico.
Fotos Cortesia Giorgio Bongiovanni
Em diferente oca-
sião, a rede norte-ame-
ricana Telemundo, di-
recionada ao público
latino daquele país,
realizaria estudos he-
matológicos para um
programa em que o es-
tigmatizado seria o
convidado principal. Os resultados confir-
maram e complementaram todas as análi-
ses realizadas anteriormente. Entretanto,
pesquisadores, estudiosos da área e incré-
dulos afirmaram, através dos meios de co-
municação, que não somente Bongiovan-
ni, mas a maioria ou totalidade dos estig-
matizados são fraudes, que teriam somati-
zado suas feridas para impressionar os in-
cautos. Esses detratores se manifestam em
diferentes níveis, mas raramente se teve
notícia de que um deles fez qualquer in-
vestigação dos estigmas de quem atacam.
NONSIAMOSOLI — Em 27 de fevereiro de
2002, Bongiovanni apareceu no progra-
ma italiano La Vita in Diretta¸ a primeira
ocasião, em quase uma década, que ele
se apresentou sem a característica cruz na
testa, atraindo imediatamente a atenção
dos telespectadores. Esse fato, com certe-
za, teria se repetido no Brasil, já que em
suas constantes entrevistas aos meios de
comunicação nacionais, o italiano sempre
foi visto com o estigma da fronte. Pouco
depois de sua aparição, Bongiovanni e sua
equipe de trabalho emitiram um comuni-
cado através da revista Nonsiamosoli
[www.nonsiamosoli.org], da qual é editor,
relatando a história da peregrinação a Med-
jugorje, o encontro com Maria e o desapa-
recimento do estigma frontal.
Outro aspecto relevante da vida de
Giorgio Bongiovanni é sua relação com
o Fenômeno UFO. Ele é um dos mais
reconhecidos investigadores do tema na
Itália, tendo praticamente crescido ao
lado do contatado Eugenio Siragusa.
28
O FENÔMENO UFO tem ínti-
ma e inexplicável ligação
com os estigmas, como no
caso de Giorgio Bongio-
vanni. Por onde o italiano
passou, conseguiu atrair a
atenção de autoridades e
celebridades. Na Rússia,
recebeu de militares as
fotos de UFOs ao lado
Além disso, há uma singular quantidade
de avistamentos documentados nos lu-
gares que Bongiovanni visita. O que mais
chamou a atenção ocorreu na noite de
06 de março de 2002, quase um mês de-
pois do encontro de Medjugorje. Cente-
nas de pessoas avistaram o sobrevôo de
pelo menos 20 UFOs em Godijevo, Mon-
tenegro. Diversas testemunhas filmaram
e gravaram os objetos. Os moradores cor-
reram para as ruas depois de escutarem
uma série de explosões. Observaram enor-
mes artefatos suspensos sobre as casas,
iluminados de forma especial, diferente
de tudo que viram antes.
O jornal Vijesti assinalaria que
“...muitas testemunhas afirmavam que
os UFOs trocavam de forma antes de
distanciar-se definitivamente”. A repor-
tagem apontava que a polícia local esta-
va investigando as numerosas gravações
do acontecimento, sem condições de ofe-
recer explicações satisfatórias. Algumas
testemunhas, como o senhor Sead Hod-
zic, declararam ao jornal que “o céu ha-
via se iluminado sobre suas cabeças em
uma área de centenas de metros, de-
pois da grande comoção produzida
pelos poderosos estrondos”.
A biografia de Bongiovanni apresen-
ta situações muito particulares, jamais
vistas em outro caso de estigmatização
da história. Não somente pelos numero-
sos exames a que foi submetido ou pe-
los múltiplos encontros com personali-
dades políticas, culturais, religiosas ou
militares. Sua relação com a fenomeno-
logia ufológica, sobretudo a abertura dos
meios de comunicação, e a falta
do característico segredo e iso-
lamento são ingredientes não en-
contrados anteriormente em
ocorrências similares, inclusive
nos contemporâneos. O episódio
do italiano consegue reunir to-
das essas características. Entre-
tanto, o fim parcial ou total de
uma estigmatização, apesar de
não ser um elemento exclusivo
dele, é algo bem mais raro den-
Arquivo UFO
tro desta fenomenologia e mere-
ce, sem dúvida, atenção e aber-
tura para realizar uma nova in-
vestigação. Lembro que numa ocasião,
na América do Sul, eu estava conversan-
do com Bongiovanni quando ele comen-
tou que dificilmente as pessoas olhavam
em seus olhos devido à presença do es-
tigma na testa, e sempre acabavam por
desviar o olhar para a ferida. Tenho a
impressão de que os poucos que conse-
guiam admirar os olhos do italiano no-
tavam uma profundidade que represen-
ta alguém que encontrou uma existência
além da nossa compreensão.
PRERROGATIVA — Enquanto escrevo estas
linhas, imagino se agora essa dificuldade
continuará sendo a mesma de antes, já que
não há mais o estigma. Questiono-me o
que aconteceria se um dia as feridas de-
saparecessem totalmente, já que ele afir-
ma que nada lhe foi imposto e que em
todos os momentos sua liberdade de de-
cisão foi respeitada, mantendo este direi-
to inalienável como sua prerrogativa. Esse
fato parece ter sido confirmado em 11 de
fevereiro de 2002, quando em Medjugor-
je ele solicitou à Virgem que a chaga da
testa fosse retirada, mantendo apenas a
dor que ela produzia.
Giorgio Bongiovanni desafiou total-
mente as leis físicas e orgânicas conhe-
cidas. E, sobretudo, tem mantido uma
postura digna de ser respeitada, sem mu-
dar sua experiência ou seus ideais. Para
muitos investigadores do Fenômeno
UFO, essa é uma valiosa oportunidade
para reavaliar este caso, que além de toda
a dúvida, incredulidade ou fanatismo, é
uma das ocorrências mais documentadas
e estudadas da história contemporânea
da humanidade. Um dos poucos em que
o protagonista é uma evidência viva de
sua própria experiência.
DANIEL MUÑOZ é jornalista, ufólogo e editor
do site Notiovni [www.notiovni.com/index.
html]. Seu e-mail é: notiovni@yahoo.com.
Este artigo foi traduzido por Valdemar Bion-
do Júnior, da EQUIPE UFO.
Maio 2003
 T
MENSAGEM DO EDITOR — Em nossa edição anterior publicamos a primeira parte deste artigo, que al qual o Fenômeno UFO como
agora terá sua finalização. O material que apresentamos nesses dois números de UFO constitui o um todo, analisar o comporta-
mento dos humanóides é algo
estudo mais recente que se fez sobre a tipologia dos tripulantes dos discos voadores, os chamados
bastante complicado, dado à es-
ufonautas. O texto, com seus respectivos boxes, todos de nosso consultor Reinaldo Stabolito, também tranheza e aparente ilógica da
confere ao assunto um tratamento aprofundado e metodológico. Nele, Stabolito examina nossos visi- casuística. Se estamos realmente sendo vi-
tantes espaciais à luz de suas características morfológicas, com a constatação, de imediato, que sitados por uma ou mais civilizações ex-
esmagadora maioria deles têm formato humanóide. Isso significa, nas entrelinhas, que os ETs que nos traterrestres, por que não há um contato
visitam têm um ambiente semelhante ao nosso, em seus planetas, que lhes propiciam um formato oficial? Sejam quais foram as razões, a
falta desse contato resulta, num primeiro
físico muito coincidente com o do ser humano. Ou, então, têm origem e evolução bastante assemelha-
momento, numa característica desconcer-
das às que nós tivemos, aqui na Terra. De qualquer forma que se entenda isso, o importante é saber tante do fenômeno. Por que as inteligên-
que as diferenças que nos separam desses enigmáticos visitantes podem não ser tão grandes quanto cias por trás dos UFOs optam pela clan-
imaginamos. Eis a continuação do texto de Reinaldo Stabolito. Boa leitura! destinidade? Não sabemos quem são, de
onde vêm e, principalmente, quais são
seus motivos. Sem que existam respostas
básicas para essas questões, nos depara-
Reinaldo Stabolito mos com inúmeros contatos espalhados
pelos quatro cantos do planeta, nos quais
não temos condições de observar qual-
quer ordenamento lógico. A princípio, po-
demos tentar avaliar o comportamento dos
supostos humanóides dentro do que con-
seguimos catalogar na pesquisa civil (já

Cortesia Guy Mezner

Maio 2003 29
que a militar é indisponível), e buscar as-
sociações que nos possam apresentar in-
dicadores importantes. Com relação ao
comportamento dos humanóides alieníge-
nas em contatos com humanos, podemos
distinguir basicamente cinco categorias
distintas. A primeira delas, que trata do
comportamento hostil desses seres para co-
nosco, já abordamos na edição anterior.
Vamos partir desse ponto, apresentando a
seguir a segunda classificação:
COMPORTAMENTO AMIGÁVEL — Esta é a
situação em que os humanóides se apro-
ximam das testemunhas e interagem com
as mesmas mantendo uma situação amis-
tosa e de respeito. Um exemplo disso é o
caso do agrimensor José C. Higgins, ocor-
rido em 23 de julho de 1947, na Colônia
Goio-Bang, em Pitanga, Paraná. Higgins
realizava trabalhos no campo, quando um
enorme objeto discóide aterrissou a uns
50 m de distância. Os operários que o
acompanhavam fugiram, porém ele resol-
veu ficar para ver o que acontecia. Apro-
ximou-se para examinar melhor o obje-
to, quando dele saíram três indivíduos que
se postaram à sua volta. Vestiam maca-
cões transparentes que cobriam todo cor-
po, inclusive a cabeça. Nas costas, leva-
vam uma mochila de metal. No entanto,
era perceptível que os seres tinham gran-
des olhos redondos e bastante estranhos.
Suas cabeças eram grandes, redondas e
calvas. As pernas eram mais compridas
do que as proporções que conhecemos e
teriam uns 2,1 m de altura. Dentro do
UFO havia um quarto humanóide obser-
vando. Todos pareciam gêmeos.
Os seres falavam entre si numa lín-
gua bonita e sonora. Moviam-se com in-
crível agilidade e leveza. Um deles, que
trazia um pequeno tubo de metal aponta-
do para Higgins, fez gestos indicando que
queria que ele entrasse no aparelho. Por
meio de palavras e gestos, Higgins per-
guntou para onde o levariam.
Um deles fez sete círculos con-
cêntricos no chão, mostrou pri-
meiro o Sol no centro, depois
apontou para o sétimo círculo
e, depois, para o aparelho. Es-
pantado, o homem pensou em
sair dali. Nisso, tirou sua car-
teira do bolso e mostrou o re-
trato de sua esposa aos huma-
nóides, dizendo-lhes por ges-
tos e palavras que queria
buscá-la. Eles permitiram e
Higgins, afastando-se, escon-
deu-se num mato próximo para
Arquivo UFO
observar. Os seres brincavam
como crianças, dando saltos e
atirando pedras de enorme ta-
30
manho uns para os outros. Cerca de meia
hora depois, olharam detidamente os ar-
redores e, por fim, entraram no UFO, que
alçou vôo verticalmente.
COMPORTAMENTO BENEVOLENTE — Nes-
te tipo de comportamento há uma clara
interação entre os humanóides e as teste-
munhas, resultando em algum tipo de be-
nefício para a segunda. Um relatório de
acuidade visual, datado de 30 de agosto
de 1976, não deixava dúvidas: a jovem
Dirce [Pseudônimo], então com nove anos
de idade, era portadora de reumatismo in-
feccioso. Assustados, os pais da menina a
levaram para várias clínicas. Sua conclu-
são foi que a visão de ambos os olhos era
apenas 6% do normal. O exame de fundo
de olho na jovem, registrado em slides,
indicava uma aparente degeneração da
mácula, que poderia ser do tipo cística,
considerada inicial, ou distrofia vitelifor-
me da mácula, a chamada doença de Best.
Um dos médicos que a atendeu também
falou em neurite trobulbar. O fato é que
Dirce tinha sua capacidade visual alta-
mente comprometida.
Numa determinada noite, às 19h00, de
uma data que se estima ser novembro de
1976, Dirce foi levar comida para o ca-
chorro no quintal quando, subitamente,
entrou correndo em casa, muito pálida. Se-
gundo a menina, quando começou a tratar
do animal, olhou para o fundo do quintal,
que era muito escuro, e viu um ser de cer-
ca de dois metros de altura, usando uma
espécie de capacete e um macacão muito
justo. Ele tinha olhos extremamente escu-
ros, com dois buracos. Outro buraco ocu-
pava o lugar da boca. Carregava uma arma
apontada para ela e andava lentamente.
Quando chegou a cerca de um metro de
distância de Dirce, o alien acionou o bo-
tão que tinha no peito e, nesse instante, a
visão da jovem obscureceu. Quando se re-
cuperou, o ser estava de costas e caminhan-
Cortesia R. Gigi
do novamente para o fundo do quintal,
de onde viera. O inusitado é que a visão
de Dirce foi restabelecida inexplicavel-
mente após esse encontro, conforme
atesta o laudo do oftalmologista doutor
Tadeu Cvintal: “Angiofluoresceinogra-
fia retiniana. Tempos principais AO (am-
bos os olhos), em 05 de agosto de 1982.
Resultado: angiograma normal”. Os
olhos da menina estavam curados.
COMPORTAMENTO INDIFERENTE — Essa é
a situação em que a presença de testemu-
nhas parece não ter qualquer importância
para os humanóides e suas atividades. Um
exemplo claro é o caso acontecido à senho-
ra Luzia Nascimento de Moraes, às mar-
gens de um afluente do Rio Negro, na Ama-
zônia. Luíza avistou um ser estranho no
quintal e dentro de sua casa. A própria tes-
temunha relata o evento: “Era cerca de
23h00. Eu estava na cozinha quando vi uma
forte luz no mato, que se aproximava rapi-
damente. Tive muito medo! Em seguida sur-
giu inexplicavelmente um ho-
mem, que logo foi entrando em
minha casa”. Vale ressaltar que
o famoso fenômeno Chupa-
Chupa é bastante comum na-
quela região. O humanóide
descrito por Luzia era baixo, ma-
gro, forte e aparentava uns 30
anos. O ser passou por ela rapi-
damente, aparentando não dar
importância à sua presença.
DONA LUZIA NASCIMENTO de Mo-
raes, que avistou na Amazô-
nia um ser estranho no quin-
tal e dentro de sua casa,
num caso de comportamen-
to indiferente do alien
Maio 2003

Cortesia Steve Neil
Após passar pela senhora, a estranha
criatura subiu pelo telhado de sua casa,
de onde foi possível ouvir um barulho se-
melhante ao de uma máquina de costura.
Nesse momento, Luzia e seu marido saí-
ram da casa para observar o que estava
acontecendo. E viram que o humanóide
entrou num UFO branco e brilhante que
estava acima de seu telhado. Aparente-
mente, havia outro homem dentro do ob-
jeto, pois o casal conseguiu observá-lo
pelo que parecia ser uma janela. Logo em
seguida, o objeto desapareceu inexplica-
velmente. O caso foi investigado in loco
pelo editor de UFO, A. J. Gevaerd.
COMPORTAMENTO ARREDIO — Neste caso,
tal comportamento é verificado quando a
presença de testemunhas parece perturbar
os humanóides, a ponto de os mesmos em-
preenderem uma atitude de aparente fuga.
Num certo dia do ano de 1983, por volta
das 20h30, em Minas Gerais, o lavrador
Joaquim Antonio Luiz retornava à sua casa
de bicicleta, que fica em uma fazenda fora
da cidade. Em uma curva, avistou o que
pensou ser uma moça toda vestida de bran-
co, usando uma saia curta e blusa. Seus
cabelos eram cheios e loiros, e tinha pele
clara. Joaquim se sentiu atraído pela mu-
lher, que tinha um corpo muito bonito,
com pernas grossas, e resolveu parar a
bicicleta para abordá-la. “E daí?”, foi o
que Joaquim pronunciou ao parar em
frente da estranha moça. Esta é uma in-
terpelação que, para o povo mineiro, ex-
pressa um convite à garota para uma
aproximação mais íntima.
A jovem permaneceu em silêncio, vi-
rou-se de costas, inclinando o corpo para
frente e levantando os braços para acima
da cabeça. Em seguida, deu um salto, des-
Maio 2003
prendendo-se do chão, e voou livremente. mos muito pouco ou quase nada sobre os
Sua saia ondulava como se estivesse sendo humanóides que assim agem. Outras abor-
tocada pelo vento. Em poucos segundos, a dagens podem trazer novos importantes in-
enigmática garota tinha voado uma distân- dicadores. O Center for UFO Studies (CU-
cia de mais de 500 m, passando a ser so- FOS), órgão norte-americano que já foi
mente um ponto branco na noite escura. Jo- presidido pelo professor J. Allen Hynek,
aquim ficou tão apavorado que quando che- criou um sistema denominado Humanoid
gou à fazenda mal pôde dormir. Study Group, pelo qual se pode classificar
Ao que tudo indica, a contingência os humanóides em cinco categorias dis-
que determina o comportamento dos hu- tintas, conforme sua associação com os
manóides está ligada, basicamente, à ati- veículos que os transportam:
vidade que ele esteja desempenhando no
momento específico de cada contato in- ASSOCIAÇÃO EXPLÍCITA — Neste caso, a
dividualmente – atividade essa que ainda entidade humanóide é observada ainda no
é um mistério. O fenômeno se manifesta interior de um UFO, através de janelas,
com inúmeras nuances de difícil assimi- portas ou outras aberturas. Na Serra da
lação e aparentemente ilógicas aos nos- Beleza (RJ), num dia de maio dos anos
sos padrões. Sem dúvida, tudo o que se 60, o senhor Alípio Lauriano avistou da
relaciona à manifestação do Fenômeno porta de sua casa um objeto em forma de
UFO transcende nossa capacidade de disco, pouco menor que um veículo tipo
entendimento. No entanto, há um padrão Fusca, evoluindo a cerca de 400 m de
na associação entre o comportamento dos onde se encontrava, bem acima de uma
ETs e sua forma anatômica, que já foi de- plantação de milho. Segundo a testemu-
tectado há bastante tempo na Ufologia. nha, o objeto emitia um ruído semelhan-
Por exemplo, os seres tipo alfa, na maio- te ao produzido por uma moto, só que
ria das vezes, são relatados como sendo mais acelerado e baixo, por cerca de cin-
as principais criaturas envolvidas nas ab- co minutos. Alípio conseguiu divisar o
duções. Mas também há registros de se- que pareciam ser janelas, por onde pode
res do tipo beta nesses casos, como tam- reconhecer a presença de uma ou mais
bém a presença de várias entidades de criaturas no interior do UFO. O objeto
anatomias diferenciadas envolvidas numa acabou desaparecendo em direção à lo-
mesma abdução. De qualquer forma, a calidade de São José do Turvo, próxima
enorme quantidade de casos de seres alfa dali, deixando um aparente rastro de fu-
nos seqüestros alienígenas faz com que maça, que logo se dissipou.
eles sejam reconhecidos como os princi-
pais protagonistas dessa atividade. ASSOCIAÇÃO DIRETA — É a observação
Outra característica do fenômeno que de entidades humanóides que entram ou
é digno de nota é a paralisação das teste- saem de um UFO. Durante a Operação
munhas. É muito comum relatos em que Prato, em 1977, o coronel da Força Aé-
as testemunhas ficaram absolutamente pa- rea Brasileira (FAB) Uyrangê Hollanda
ralisadas diante de seres extraterrestres, obteve o relato de uma experiência bas-
próximos ou não de UFOs. Mas é impor- tante inusitada. Luis, um rapaz que traba-
tante salientar que tal comportamento não lhava apanhando barro para uma olaria
representa necessariamente algo de cunho de propriedade de Paulo Keuffer, mon-
hostil ou agressivo. Na verdade, levan- tou acampamento em cima de uma árvo-
“
do-se em conta que to- re, a beira do Rio Jarí,
dos os variados tipos de Tudo o que se limítrofe entre o Pará e
ufonautas evitam um relaciona ao Fenômeno o Amapá, onde nasce na
contato mais efetivo co- Serra de Tumucumaque.
nosco, a paralisação das UFO transcende nossa O homem tinha o intuito
testemunhas pode ser capacidade de de caçar uma paca. Num
apenas uma medida de
segurança para evitar
entendimento. Mas há dado momento, um UFO
parou sobre ele e abriu
qualquer ação que colo- uma associação entre o uma espécie de porta.
que em risco sua integri- comportamento dos Dessa abertura desceu
dade física ou mesmo – um foco de luz intenso e,
ETs e sua forma
”
por que não? – a das pró- dela, surgiu um ser que
prias testemunhas. As- anatômica parecia descer flutuando
sim como pode ser um com os braços abertos.
instrumento de coerção dos humanóides, Chocado, Luis pulou da árvore e se escon-
como no caso das abduções. Paralisada, deu no meio da vegetação. A criatura tinha
a testemunha fica completamente passi- um dispositivo na mão que emitia uma luz
va e sem condições de apresentar resis- vermelha que, aparentemente, usava para
tência aos seus raptores. O fato é que sabe- examinar o acampamento que o caçador
31
tinha feito na árvore. Logo em seguida, da que se aproximava vras, é quando são
o ser apontou a luz vermelha diretamen- do objeto, o homem vistos ETs sem uma
te para Luis, deixando claro que sabia percebeu dois seres hu- nave por perto. Na
onde estava escondido. Ele ficou mais manóides de pequena noite do dia 21 de
assustado ainda e saiu correndo pela mar- estatura agachados, de abril de 1996, no Res-
gem do rio, tropeçando em troncos e raí- costas para ele e me- taurante Paiquerê,
zes. O alien acabou voltando para den- xendo no solo. Sobri- instalado no Jardim
tro da nave e esta, por sua vez, voltou a nho passou por eles a Zoológico de Vargi-
se movimentar e foi embora. uma distância de 5 m e nha (MG), estava
não chegou a ver suas acontecendo uma fes-

ASSOCIAÇÃO DEDUZIDA — Esta é a situ-
ação em que há a observação de entidade
humanóide fora de uma nave. Um bom
exemplo é o caso ocorrido ao lavrador
João Alves Sobrinho. Em uma noite en-
luarada, entre junho e julho de 1972, So-
brinho, residente na localidade de Que-
bra-Perna, município de Jequitibá, à 10
km de Baldim (MG), observou um apa-
relho pouco maior que uma Kombi, da
altura desta e com as bordas “desponta-
das”, conforme descreveu. Era branca,
tinha um farol – então apagado – na fren-
te e, visto de perfil, parecia um barco com
dois pequenos vãos retangulares. Estes
lembravam janelinhas, próximas à sua
base, que parecia tocar no solo. À medi-
faces. Eles vestiam
uma espécie de capa
larga, clara, sobre a
qual sobressaía uma cabeleira escura que
atingia a cintura. O rapaz apressou o pas-
so e chegou em sua casa. Logo depois,
voltou para o local e não viu mais os se-
res nem o objeto. No entanto, avistou o
UFO voando à baixa altitude, horizontal-
mente, distanciando-se rumo a oeste.
ASSOCIAÇÃO SUPOSTA — É a observa-
ção de entidades humanóides que não
estão diretamente relacionadas com a
observação de um disco voador, mas
que se manifestam em local de reconhe-
cida atividade ufológica. Noutras pala-
Arquivo UFO
ta de aniversário de
um secretário munici-
pal da cidade. Nesta
festa estava presente a senhora Terezi-
nha Clepf, que saiu para a varanda do
estabelecimento para fumar, por alguns
instantes, e teve um encontro insólito.
Era por volta das 21h00 e Terezinha
avistou uma criatura no parapeito, o que
só possibilitou observá-la do pescoço
para cima. O ser era marrom escuro, bri-
lhante, tinha a pele oleosa e o rosto re-
dondo. Não tinha bochechas, barba, bi-
gode ou nariz, e no lugar dos lábios ha-
via apenas o que pa-
recia ser um peque-
no corte. Apesar da

presidente do Centro de Pesquisas Ufoló- rar que nossas cultu-

gicas (CPU) e co-editor de UFO, e envolveu ras, crenças, valo-
Fenômeno de Suely, esposa de um capitão aviador da
Força Aérea Brasileira (FAB). Na ocasião,
res, conceitos e de-
sejos podem afetar
adequação para seu marido tinha viajando e sua filha dor-
mia. Por volta das 18h00, Suely percebeu
diretamente a forma
de manifestação do
as testemunhas um silêncio incomum que envolvia sua casa
e as imediações. Subitamente, uma luz
Fenômeno UFO. E
isso não é tudo.
azulada invadiu toda a cozinha onde se Muitas das des-
Reinaldo Stabolito encontrava. Acabou ficando paralisada e crições de ETs na An-
sentiu que algo tocava e apalpava seu tiguidade eram asso-

U
m elemento bastante desconcertan-
te relacionado às manifestações de
alienígenas é o que podemos chamar
de fenômeno de adequação para as teste-
munhas. Há registros na casuística ufoló-
gica de casos onde os ETs parecem se ma-
terializar reproduzindo intencionalmente
nossas culturas, crenças, valores, concei-
tos e desejos. Em tais circunstâncias, fica
evidenciado que o avistamento não corres-
ponde necessariamente à realidade em si,
masa uma forma de apresentação que visa
atender os anseios das testemunhas.
Se por um lado sabemos que o fenô-
meno é físico, palpável e apresenta uma
forma anatômica observável e classificá-
vel – assim como há comportamentos iló-
gicos mas detectáveis, como o Caso Vargi-
nha –, por outro também temos registros
de uma manifestação insólita que parece
camuflar-se e assumir padrões comporta-
mentais específicos que parecem realiza-
dos sob medida para as testemunhas. Um
caso que pode ilustrar bem essa situação
foi divulgado por Reginaldo de Athayde,
corpo. Por fim, acabou sendo alvo de al- ciadas a divindades,
gum tipo de exame médico em seu órgão seres sobrenaturais
genital. Diante da situação insólita, a mu- e bruxarias, sendo
lher perguntou mentalmente quem eram que a questão pare-
e o que queriam aquelas entidades, seus ce resolver-se com a
nomes e origens. A resposta veio de for- premissa de que as
ma curiosa: “Somos de muito longe, mas testemunhas descre-
não adianta lhe dizer de onde. Não te- viam o que avista-
mos nomes e sim códigos. Um dia vocês vam, conforme seu
saberão o porque de nossa presença. conhecimento inte-
Você não foi a primeira e não será a últi- lectual e nível cultu-
ma a ser contatado por nós”. ral, sendo que esta-
Então Suely pensou que gostaria de vam ainda inseridas
vê-los fisicamente e, ao formular mental- numa determinada época e região geográ-
mente seu desejo, recebeu uma respos- fica. Neste ponto da análise, devemos nos
ta em seu cérebro “Você vai nos ver. En- perguntar se o fenômeno em si não é um
tretanto, não somos os seres que você agente ativo dessa interpretação, o qual a
verá, pois não podemos deixá-la nos en- reforça intencional e deliberadamente,
xergar como realmente somos”. Neste uma vez que se apresenta reproduzindo
instante, uma fumaça esverdeada foi sur- justamente tais características para as tes-
gindo e, dentro dela, três seres foram se temunhas. Há registros na casuística ufo-
formando. Eram criaturas parecidas co- lógica brasileira, por exemplo, em que a
nosco, mas com rara beleza. Como se vê adequação para as testemunhas parece
nesse caso, o fenômeno de adequação ocorrer em níveis mais profundos, que su-
para as testemunhas nos leva a conside- peram simplesmente o aspecto físico e

32 Maio 2003
escuridão, a testemunha pôde observar
tais detalhes porque os enormes olhos
vermelhos da criatura emitiam lumines-
cência “...como se fossem faróis trasei-
ros de carro”, declarou. O sul de Minas
Gerais é considerado uma zona de gran-
de atividade ufológica e tal fato aconte-
ceu quatro meses antes após a captura de
dois seres extraterrestres no município,
caso conhecido mundialmente, ocorrido
em 20 de janeiro de 1996 e pesquisado
por Ubirajara Franco Rodrigues.
NÃO ASSOCIADOS — Estes casos se re-
ferem à observação de entidades huma-
nóides sem que exista qualquer ativida-
de ou manifestação de UFO aparente.
Um exemplo do gênero, que é conside-
rado raro, deu-se na década de 50, em
Santanésia, interior do Rio de Janeiro. A
jovem Lucy Galluci teve um encontro
estranho com uma criatura humanóide.
Lucy costumava sair após o almoço sem-
pre carregando seus livros. Ela dedica-
va suas tardes à lei-
tura em uma das
margens de um lago
passa a nortear a in-
teração entre o fenô-
meno e as testemu-
nhas. Outro exemplo
Fotos Cortesia Reginaldo de Athayde
dessa situação é um
caso também inves-
tigado pelo citado
CPU, em Baturité
(CE). Em meio a uma
revoada de UFOs na
região, no ano de
1994, chegou até o
conhecimento da en-
tidade que o jovem José Ernani dos San-
tos, de 25 anos, afirmava ter conversado
com a Virgem Maria. Segundo Ernani, a
mãe de Jesus teria informado que já havia
visitado a Serra de Baturité anteriormen-
te, e que lá estaria sempre nos primeiros
sábados de cada mês, desejando que to-
dos estivessem presentes.
A Virgem aparecia como uma jovem
de 19 anos, portando um manto e uma
faixa na cintura, bastante reveladora: nela
podia ser visto e reconhecido o rosto de
Maio 2003
criado pela barragem de uma usina hi-
drelétrica da região. E numa dessas tar-
des, a jovem acabou se deparando com
um homem misterioso. Ele trajava vesti-
menta branca, bem ajustada ao corpo e
emendada nos sapatos. Sua testa era muito
ampla, mas não por calvície. O cabelo era
liso, ralo e tendendo para o branco. As
orelhas eram um pouco pontudas e sem
lóbulos. O nariz era muito afilado e os
olhos impressionavam pela cor indefiní-
vel – entre o amarelo e o castanho. “Pa-
reciam refletir o verde da vegetação”, de-
finiu Lucy. Não tinha sobrancelhas e nem
pestanas, e sua voz era grossa.
A criatura humanóide deu várias in-
formações para a jovem, entre as quais
a de que a vida na Terra surgiu através
da colonização do planeta por seres de
outros mundos. Depois disso, o huma-
nóide se afastou e desapareceu. Lucy não
avistou qualquer UFO, assim como de-
morou bastante tempo para concluir que
se tratava de uma experiência de cunho
ufológico. Como é perceptível neste pon-
to de nossa análise, a pesquisa do Hu-
manoid Study Group formula uma ma-
O VIDENTE ERNANI Santos,
que afirma ter conversado
com a Virgem Maria. No
detalhe, estranhas luzes
fotografadas em Baturité
um homem de barba e cabe-
los brancos, além da face de
Jesus e uma pomba branca.
Ernani alegava que o conjun-
to representava o Pai, o Filho
e o Espírito Santo. E com voz melodiosa e
compassada, segundo ele, a Virgem teria
deixado a seguinte mensagem: “Queridos
filhos, muito obrigada por terem corres-
pondido ao meu apelo. Hoje trago uma
mensagem de conversão a Baturité. Re-
zem, rezem... Peço-lhes que não se can-
sem de rezar, pois só assim poderão se
aproximar de Deus e tornarem-se cada vez
mais meus filhos queridos”.
Verdadeira ou não essa mensagem, o
fato é que uma multidão de fiéis passou a
acompanhar Ernani até a serra, para tes-
temunharem as manifestações da santa
em todo o primeiro sábado de cada mês,
às 14h00. “Honrai vossas vidas, doando-
as a cada dia em sacramento ao próximo.
Hoje estou abençoando esta terra esco-
lhida por Deus para minha manifestação,
em nome do Pai, do Filho e do Espírito
Santo”, continua a mensagem, segundo o
vidente. Ao que tudo indica, e conforme
registrado pelos integrantes do CPU, acon-
teciam realmente vários fenômenos inusi-
tados que levavam a população presente
neira não convencional de tentar estu-
dar e classificar os ufonautas. Diante de
um fenômeno que parece transcender
tudo o que conhecemos, mais pesquisa-
dores deveriam se dedicar a examinar
essa questão, com novas e originais for-
mas de classificação e associação. Esse
seria um esforço legítimo de se tentar
avançar nosso conhecimento em tão po-
lêmico assunto. Afinal, os humanóides,
ocupantes de UFOs, ainda são uma in-
cógnita total. Quem são eles? De onde
vêm? O que desejam? Talvez um dia nos-
sos próprios visitantes misteriosos resol-
vam se revelar e, assim, teremos respostas
para estas importantes perguntas.
REINALDO STABOLITO é ufólogo, webmas-
ter do site Painel OVNI http://br.geoci-
ties.com/painel_ovni] e da lista de discus-
são ufológica na internet Ufonewsbr
[www.ufonewsbr.com.br], e consultor da
REVISTA UFO. Seu endereço é: Av. Washing-
ton Luiz 490, Rudge Ramos, 09618-040
São Bernardo do Campo (SP). E-mail:
stabolito@ieg.com.br.
a acreditar que eram manifestações da Vir-
gem. Numa ocasião específica, os ufólo-
gos detectaram muitos eventos estranhos
no céu envolvendo nuvens e luzes, justa-
mente no horário marcado pela Virgem.
Quando os fenômenos se manifestavam,
alguns fiéis começavam a gritar e, apon-
tando para o céu, aos brandos: “Vejam.
São contas do rosário da Virgem!” Outros
achavam que as luzes eram suas lágrimas.
Mas o que o CPU registrou naquele mo-
mento eram UFOs [Veja história completa
no livro ETs, Santos e Demônios na Terra
do Sol, LV-06 da BIBLIOTECA UFO].
O Caso Baturité não representa sim-
plesmente uma confusão de fenômenos
por pessoas culturalmente menos sofisti-
cadas, mas a ação ativa do Fenômeno UFO,
reforçando deliberadamente o caráter re-
ligioso da ocorrência. Além da presença
física marcada com simbolismos associá-
veis à religião dos fiéis – as figuras na fai-
xa da Virgem –, há mensagens caracteri-
zadas por elementos ecumênicos. E há,
ainda, o fato de que as aparições ocor-
riam todo primeiro sábado de cada mês,
na Serra de Baturité, levando uma multi-
dão de fervorosos fiéis ao quase delírio –
conforme previamente marcado nas men-
sagens para Ernani. Esses fatos nos le-
vam a constatar que, em algumas ocasi-
ões, a problemática ufológica chega a se
manifestar incorporando em vários níveis
a nossa própria cultura, crenças e valo-
res, num claro procedimento intencional
para forçar uma interação conosco.
33

Carlos Reis, ombudsman
C
om o intuito de propor-
cionar aos leitores da
REVISTA UFO alguns
subsídios para uma re-
flexão mais atenta e
profunda ainda sobre o tema cul-
to aos extraterrestres, amplamen-
te abordado em nossa edição 84,
em artigo do consultor Vanderlei
D’Agostino, e aproveitando que
há uma expansão em movimen-
tos cultistas e sectários quanto ao
Fenômeno UFO, apresento as idéias que
permearam a área há pouco mais de uma
década. Vê-se que, desde então, o debate
sobre essa questão continua acirrado, com
seitas em torno dos discos voadores pro-
liferando-se a todo instante.
Um dos textos mais interessantes que
foram publicados na época é A Caminho
de Uma Nova Religião, do ex-ufólogo e ex-
consultor de UFO Lúcio Manfredi. O autor
teve grande atuação na Ufologia Brasileira
na década de 80, quando ficou conhecido
por sua fabulosa intelectualidade em con-
traste com sua pouca idade. Aos 15 anos,
Manfredi era considerado uma revelação,
um jovem que tinha uma capacidade de as-
similação de fatos muito acima do normal e
um potencial de síntese ainda mais surpre-
endente, empregando ambos os valores na
análise da questão ufológica. Vejamos como
Lúcio abordava a questão, em comparação
como a tratamos hoje:
“A morte física, ponto final da existên-
cia humana, exerce um inegável temor jun-
to às classes sociais. Esse medo, em com-
pensação, gera um comportamento dissimu-
lado de omissão, sugerindo a tentativa de
uma ‘barganha’ com o destino, um pré-es-
tágio até a aceitação final do inevitável. A
Ufologia pode, a princípio, apresentar uma
idéia mais concreta de vida eterna ou, pelo
menos, considerando-se as possibilidades
34
de manipulação dos conceitos de tempo, de
‘esticar’ indefinidamente a vida humana. O
contato com ETs, então, aparece como elo
de ligação com essas forças superiores, uma
espécie de diálogo com Deus, permitindo
ao interlocutor terrestre ampliar suas possi-
bilidades de sobrevivência infinita. Quanto
mais sublime e transcendente for esse con-
tato, maiores as chances.
Nesse instante, indo ao encontro da pos-
sível salvação, o homem abandona literal-
mente suas idéias enraizadas de antropo-
centrismo, despojando-se do orgulho inte-
rior de criação máxima da natureza. Mes-
Sua Santidade Rael
em São Paulo
Luciano Stancka e Silva
O
líder da seita dos raelianos, o fran-
cês Claude Vorilhon, veio ao Brasil
para passar uns dias entre algumas
capitais, em 22 de março. Acompanhei sua
tarde de autógrafos em São Paulo, no Shop-
ping Higienópolis, onde chegou com gran-
de pompa, descendo de uma limusine bran-
ca e com um staff de mais de 10 pessoas.
Entre elas estava, inclusive, a doutora Bri-
gitte Boisselier, responsável pelo projeto
mo porque, impotente e massifi-
cado, não lhe resta outra alterna-
tiva senão aceitar o princípio da
pluralidade da vida. Então, como
ser vivente menor dentro da hi-
potética hierarquia cósmica, o re-
conhecimento das existências de
forças superiores permite a ele
que, dentro de uma escala terres-
tre de valores, se destaque entre
Cortesia Harry Kemseng
seus membros. Foi sobre o Fenô-
meno UFO que Jung traçou uma
profunda análise a respeito de
nossa crescente perda da indivi-
dualidade. Descaracterizado e
cada vez mais nivelado por baixo
ao homem médio das estatísticas, o ser hu-
mano tem uma tendência cada vez maior
de pensar em si mesmo como parte de uma
imensa massa amorfa e anônima.
Mas a pessoa que passa por uma expe-
riência ufológica é distingüida daquela mas-
sa amorfa. Ela foi como que ‘escolhida’
pelos poderes do alto para o contato. Por
isso pensa em si mesma como sendo espe-
cial, diferente, mesmo que esse pensamen-
to não seja formulado conscientemente. A
experiência ufológica tem sido objeto de es-
tudos não só dos militantes da área, mas
também – e sobretudo – de sociólogos, psi-
Clonaid, que anunciou o nascimento das
cinco primeiras crianças clonadas em todo
o mundo – sem, no entanto, nunca ter apre-
sentado nenhuma prova disso. Segundo os
raelianos, tal atividade visa “...estruturar
uma nova sociedade encarregada do de-
senvolvimento de ventres artificiais”.
Todos os acompanhantes de Vorilhon –
conhecido pelo nome auto atribuído de Rael,
após o que ele alega ser um contato com
seres extraterrestres – usavam um gigan-
tesco bottom de 10 cm de diâmetro com
seu nome em grande evidência. Mas o que
chamou mais a atenção de quem observou
a comitiva foi a exuberância dos membros
de sua seita. Todos aparentavam um exce-
lente nível social, com vários estrangeiros
entre eles, e dizendo-se seguidores do
Maio 2003

cólogos e antropólogos, interessados em
acompanhar o desenvolvimento dos fatos à
luz de suas disciplinas. Acreditamos que a
pesquisa sociológica revela muitas coisas.
Além do aspecto salvador que o Fenôme-
no UFO traz implícito, existe ainda outro
fator não menos importante, que podería-
mos chamar de transferência de imagem.
Trata-se da transposição que o homem faz
de sua força ausente para alguém, como
os ídolos de todos os tempos.
É aí que surge a figura do ser extrater-
restre, um verdadeiro semideus: proveniente
das alturas, superdotado, imediatamente
identificado como sendo de um estágio evo-
lutivo superior, um emissário dos deuses,
talvez até a personificação de um deles. É
interessante confrontar esse aspecto do fe-
nômeno com as teorias de Hermann Use-
ner, historiador das religiões, sobre a evo-
lução das idéias religiosas. Ele divide o de-
senvolvimento das figuras divinas em três
estágios, cada um parecendo encontrar seu
eco na Ufologia. O primeiro é o que deno-
mina de “deus momentâneo”, a impressão
transcendente criada pela confrontação do
homem com um fenômeno singular.
“Em sua imediatez absoluta, o fenôme-
no individual é endeusado, sem que inter-
venha um só conceito genérico. Essa úni-
movimento raeliano. Orientavam os repór-
teres e as pessoas presentes para que tra-
tassem Rael da forma como ele gosta de
ser tratado, ou seja, “sua santidade”. O lí-
der da seita, por sua vez, se apresentava
com um camisolão branco impecável e com
o cabelo preso em um pequeno coque, que
lhe dava uma aparência singular.
O número de pessoas que pediram au-
tógrafo foi inexpressivo. Apesar disso, o
tempo todo acompanhado da doutora Bri-
gitte, mostrou-se muito simpático e cortês.
Fui apresentado a ele como consultor da
REVISTA UFO e seu representante e intérpre-
te disse que a conhecia, o que fez sua san-
tidade tornar-se muito solícito comigo. Vo-
rilhon é hoje o guia espiritual do Movimen-
to Raeliano Internacional, que ele próprio
Maio 2003
ca coisa que vês diante de ti, essa mesma, e
nenhuma outra, é o deus”, disse Usener. A
esse estágio segue-se o dos “deuses especi-
ais”, em que se atribui um predicado às di-
vindades e elas deixam de ser efêmeras para
se relacionarem à determinada esfera feno-
menológica. E, finalmente, o terceiro está-
gio é o mais elevado: a configuração dos
“deuses pessoais”. Aqui, os deuses são no-
meados e, de certa forma, extrapolam seu
âmbito específico para ganhar uma perso-
nalidade e um caráter individual. Podemos
reconhecer os deuses momentâneos nos
avistamentos de discos voadores e de toda
uma ampla gama de respostas emocionais
que eles provocam, desde a fria indiferença
às reações acentuadamente histéricas. Já os
deuses especiais surgem quando atribuímos
um predicado aos tripulantes dos UFOs – o
se que vieram para conquistar a Terra ou para
nos salvar do Apocalipse, sendo ora salva-
dores, ora conquistadores cósmicos.
EMISSÁRIOS DOS DEUSES — Quanto aos
deuses pessoais, estes ocorrem justamente
quando os tripulantes dos discos voadores,
até então anônimos, se transformam em ufo-
nautas específicos, com identidades própri-
as. Eles ganham uma personalidade e um
nome, seja Karran ou Cabalá, Cramish ou
Ahura Rhanes, Ashtar Sheran ou Setun
Shenar. Neste momento então o contato
interior é restabelecido e o enredo ideoló-
gico das grandes religiões, cultos e filoso-
fias assume um papel vivo e muito próxi-
mo do homem, que não quer perder essa
oportunidade única de se destacar e encon-
trar a sua identificação faltante”.
Sobre esse mesmo tema, e com enfo-
que assemelhado, discorreu outro grande
ufólogo das décadas de 70 e 80, hoje tam-
bém afastado da disciplina: o espanhol na-
turalizado Jaime Lauda, um dos grandes
pensadores da Ufologia Brasileira. Lauda
fundou e tem, segundo membros da seita,
mais de 70 mil seguidores em todo o mun-
do. Nascido na França em 1946, foi poeta,
cantor, jornalista e até piloto automobilísti-
co. Segundo ele, em 1973 teve seu primei-
ro encontro com ETs na cidade de Auverg-
ne, região central da França. Vorilhon os
chama de Elohin e os descreve como sen-
do seres de pele cor verde-oliva, com 1,3
m de altura. “Os Elohin me falaram que cri-
aram os seres humanos da Terra em labo-
ratório, há 25 mil anos”, afirma.
Estes seres teriam ainda dito a Vori-
lhon que em seu planeta criar um ser hu-
mano é tão simples quanto copiar um dis-
co, mas que eles não dão conselhos espiri-
tuais ou auxílio psíquico. Com a ajuda da
doutora Brigitte, ele organizou uma equipe
foi fundador do Centro de Estudos de Fe-
nômenos Aéreos (CEFAE) e da Associa-
ção Nacional dos Ufólogos do Brasil
(ANUB), e investigou casos significativos
ocorridos no país. Em sua obra Ufologia
– O Despertar de Uma Nova Consciên-
cia, de 1986, faz inúmeras referências ao
messianismo ufológico, embora de cará-
ter mais filosófico. Vejamos:
“Devemos nos aventurar diante do pa-
norama universal e buscar conhecimento
genuíno na nossa própria espécie, e não em
pretensos e messiânicos ufonautas redento-
res oriundos de outros planetas. Vamos
em busca dos UFOs porque necessitamos
de seu incentivo proposital e o final des-
sa busca desenfreada é a tentativa de er-
radicar a insegurança que acomete a nos-
sa psiquê desorientada. O ente humano é
o único ser na natureza que obedece àqui-
lo que desconhece, o único que teme en-
frentar-se com o desconhecido.
Imbuída dos princípios idênticos, a Ufo-
logia atual leva consigo os mesmos carac-
teres de um messianismo perigoso, pois in-
dubitavelmente nos ata a novos condicio-
namentos opressivos. Ainda que os cami-
nhos da religiosidade e do Fenômeno UFO
se cruzem num determinado nível, devemos
saber separá-los, desvinculá-los de todo o
charlatanismo que lhes foi incutido. Não se
deve estranhar em absoluto que alguns cla-
rividentes aproveitadores gozem de alto
prestígio em algumas alas de Ufologia, pois
líderes medíocres não poderão desaparecer
enquanto seguidores igualmente medíocres
também não desaparecerem”.
CARLOS A. REIS é designer gráfico e om-
budsman da REVISTA UFO. Seu endereço
é: R. Paul Valery 60, 04719-050 São Pau-
lo (SP). O e-mail é: carlos_albertoreis@
hotmail.com.
que teria produzido uma máquina de clo-
nar que estaria exposta num museu de Lon-
dres. “Pretendemos viabilizar um projeto de-
nominado Surrogaid, destinado a criar o pri-
meiro ventre artificial, o Babytron. Ele per-
mitirá aos pais que desejam ter uma crian-
ça por clonagem, fazê-lo sem mãe de alu-
guel”, informou a médica. Na ocasião de
sua passagem por São Paulo, Vorilhon, ou
Rael, apresentou ao publico brasileiro seus
dois livros, Sim à Clonagem Humana e A
Mensagem Transmitida pelos ETs.
LUCIANO STANCKA E SILVA é médico e con-
sultor de UFO. Seu endereço é: Av. Angéli-
ca 916, Conjunto 501, 01228-900 São
Paulo (SP). E-mail: stancka@uol.com.br.
35

Deuselindo Ramos
G
uaxupé, no sudoeste de Minas
Gerais, é mais uma cidade da-
quele estado a revelar intensa
casuística ufológica. O municí-
pio tem 60 mil habitantes, fica
localizado em área montanhosa e em sua
zona rural são comuns relatos de morado-
res sobre luzes misteriosas, que uns chamam
de Mãe do Ouro e outros de Fogo Fátuo,
expressões locais para definir objetos voa-
dores não identificados. O que não falta nos
arredores de Guaxupé são relatos de apari-
ções de UFOs. Os fenômenos ocorrem ma-
joritariamente no período entre agosto e de-
zembro, impressionando os moradores. O
professor de geografia José Lázaro de Sou-
za, por exemplo, não acreditava em UFOs,
mas mudou de opinião após ter avistado,
há pouco tempo, um objeto sobrevoando a
Fazenda Nova Floresta.
O relato de José Lázaro não é o único.
Recentemente, o Jornal da Região fez uma
matéria com moradores próximo do aero-
porto da cidade, que também presenciaram
fenômenos estranhos nos últimos tempos.
Na década de 80, um disco voador também
teria seguido, por uma estrada de terra, es-
tudantes e um professor de Divinolândia,
que voltavam da faculdade local. Em agos-
to passado, um caminhoneiro que vinha de
São Pedro da União chegou assustado após
ter sido seguido por uma forte luz que lhe
ofuscava a vista. Entretanto, fez o relato
apenas para amigos. “Ele tem medo que o
chamem de louco”, explicou um deles.
Muitos dos casos locais têm sido inves-
tigados pelo funcionário municipal Ênio
Antonio da Silva Júnior, 28 anos, da Asso-
ciação Sul Mineira de Estudos Ufológicos
(ASMEU), que se dedica a analisar fotos de
supostos UFOs enviadas por pessoas de
toda a região. A ASMEU reúne estudiosos
de várias cidades. Segundo o ufólogo, atu-
almente, o sul de Minas só perde para o
Nordeste em número de manifestações ufo-
36
lógicas – inclusive em contatos de terceiro ras, além de algo em sua parte inferior que
grau. Um dos mais famosos casos de apari- girava em sentido anti-horário. O mesmo
ção na região foi o registrado na noite de 14 aparelho teria sido visto por diversos mora-
de julho de 1998, na zona rural de Juruaia, dores da zona rural. Ênio colheu outros ca-
à 25 km de Guaxupé. Nesta ocasião, o siti- sos interessantes, que ainda estão em fase
ante J. S. C. já vinha, há vários dias, perce- de apuração e serão futuramente publica-
bendo que seus bezerros estavam desapa- dos. Eles dão uma idéia da riqueza da ca-
recendo e, sendo assim, resolveu montar suística local. Um deles é o episódio do
uma vigília noturna para pegar o infrator. motorista Delcídio, do Expresso Durante,
Por volta das 22h45, observou um clarão ocorrido em 1997. Ele passava perto de
avermelhado que vinha de dentro da mata. Bauru (SP) e rumava para Guaxupé quan-
Pensando tratar-se de algum trator com do foi seguido por um UFO. Delcídio per-
problemas, aproximou-se para ver o que cebeu que um halo de luz o acompanhava
acontecia. Mais de perto, observou um ao longo da estrada, fato relativamente co-
objeto estranho e, ao seu lado, um peque- mum por aquelas paragens.
no ser de 1,20 m de altura recolhendo a A ASMEU também investiga um caso
vegetação. Ele tinha uma bola luminosa em andamento na Fazenda Santa Margari-
azulada que girava em seu redor. da, à 4 km do centro de Guaxupé, onde os
colonos observam luzes estranhas há anos.
NAVE DISCÓIDE — O sitiante ficou obser- Na propriedade também ocorrem estranhas
vando a criatura escondido atrás de uma anomalias, como casos de animais mutila-
árvore. Tinha uma grande cabeça cinza, era dos, mas ninguém gosta de falar do assun-
magro, com braços finos e apenas três de- to. “Nas fazendas entre Guaxupé e São
dos nas mãos. Sua nave era discóide e emi- Pedro da União há vários relatos de apa-
tia forte calor. O objeto desfechava uma in- recimento de Mãe do Ouro que iluminam
tensa luz azulada em dire- determinadas partes dos
“
ção ao fazendeiro, ofuscan-
do seus olhos e deixando- As luzes eram fortes morros”, conta Ênio. Ab-
duções também estão no
o sem enxergar por alguns e faziam zigue-zague roteiro das atividades de
minutos. Quando sua visão sobre nossas cabeças. alienígenas naquela região
voltou ao normal, o objeto mineira. Um caso intrigan-
já não estava mais no lo- Voltamos para a margem te é o do agricultor João
cal. Infelizmente, o caso e entramos numa moita, Bento Souza Franco, 44
não foi mais divulgado na anos, proprietário de um
época porque o sitiante não onde ficamos quietos e sítio na região de Bom Jar-
”
quis declarar seu nome. escondidos dim, que se sente um per-
Mesmo assim, o episódio seguido por luzes não
tem interessante conteú- — JOÃO BENTO S. FRANCO, identificadas. Em sua pro-
do. No dia seguinte ao 44 anos, agricultor priedade, que herdou de
contato, por exemplo, no familiares, os relatos de
local onde apareceu a bola luminosa, to- aparecimentos de objetos e luzes passam
das as pedras ao redor estavam usinadas. de 100 anos. Lá ainda é comum o apareci-
“Seria necessária uma temperatura de mento de gatos, porcos e até cães mutila-
1.600° C, conforme análise de especia- dos ou mortos e sem sangue.
listas, para conseguir esse resultado”, de- As luzes já atrapalharam até o funcio-
clarou Ênio à REVISTA UFO. namento de um pesqueiro que ele montou
Ainda em Guaxupé, o próprio pesqui- no sítio, que, devido aos comentários dos
sador conta que viu, no dia 11 de agosto de vizinhos, não atrai clientes. Entretanto, o
1988, um objeto triangular com duas esfe- caso mais impressionante ocorrido com
Maio 2003

Franco deu-se em outro local, num açude
próximo da Fazenda da Barra, na zona ru-
ral de Guaxupé, em 31 de outubro de 1985.
Ele conta que foi até o local para pescar,
tendo armado uma rede mais cedo e pro-
gramado voltar depois apenas para ver o
que capturaria. Ao retornar ao açude, teve
uma surpresa. João Franco estava acompa-
nhado de seu irmão Galvão de Souza Fran-
co, advogado, e o mecânico Osório Carva-
lho. “Fomos pegar a rede e tivemos que
atravessar o açude num barco. Lembro que
era 22h00 quando meu
irmão estacionou o car-
ro no local. No meio do
açude vimos uma bola
bem grande de luz, aci-
ma das árvores mas pró-
xima de nossas cabeças.
Olhei pra cima e percebi
que ela refletia ao redor”,
declarou à UFO.
Franco e seus acom-
panhantes pensaram que poderi-
am ser policiais florestais, que im-
pedem pescarias com redes. Em
seguida, no entanto, seu irmão
olhou pra cima e viu claramente
o objeto e a luz refletida nos cha-
péus dos amigos. Neste momen-
to, saíram quatro bolas menores
do objeto, que sobrevoaram o
açude. Com medo, o grupo acelerou as re-
madas para sair rápido da água. “As luzes
eram fortes e faziam zigue-zague sobre nos-
sas cabeças. Voltamos pra margem e en-
tramos numa moita, onde ficamos quietos
e escondidos”, contou o assustado agricul-
tor. “Vimos apenas uma luz azulada vindo
em nossa direção e sumir”.
Depois disso, o grupo saiu do aterro do
açude para pegar o carro e partir dali. Foi
quando algo extremamente incomum acon-
teceu: o veículo, um Opala, que fora inte-
gralmente abastecido há pouco tempo, não
tinha uma só gota de gasolina. Os pescado-
res tiveram que andar até a propriedade mais
próxima, uns 10 minutos a pé. Ao chega-
rem à fazenda ao lado, tiveram outra sur-
Maio 2003
presa: já eram 03h30 do dia seguinte. Sim-
plesmente, entre o início da experiência até
a chegada à sede dessa propriedade, de um
tal senhor Ulisses, mais de cinco horas se
passaram sem que eles e os amigos se lem-
brem do que aconteceu na íntegra. “Disse-
mos ao homem que tivemos problemas com
uma luz por perto e ele não estranhou, e
ainda afirmou que um tratorista tinha pas-
sado pelo mesmo problema. Depois disso,
o cabelo do meu peito caiu, minha barba
parou de crescer e acabou caindo por com-
pleto, e ainda fiquei com manchas na pele”,
disse Franco. Seu irmão também teve se-
qüelas, como caroços grandes no corpo, que
estão presentes até hoje. Além disso, Osó-
rio acabou contraindo um tumor cerebral,
vindo a falecer meses depois.
LEITÕES MORTOS — “Noutra ocasião, eu
e minha mãe fomos seguidos pelo mesmo
objeto em uma estrada. E no meu sítio, os
leitões aparecem mortos e sem sangue, com
a barriga pra fora. Meus gatos também
aparecem mortos com cortes precisos. Não
sei o que está se passando”, desabafa o agri-
cultor, que hoje tem certeza de que teve uma
experiência com um UFO. Ele
informa que chegou a procurar um
especialista de São Paulo para fa-
zer-lhe uma hipnose regressiva,
A REGIÃO DE BOM JARDIM, onde João Ben-
to Franco se sente perseguido por lu-
zes. No detalhe, a foto de Adriano Car-
valho, feita em 20 de dezembro de
2002. O objeto, quase imperceptível,
ficou parado por 20 minutos
mas não teve êxito. “Ainda hoje procuro
explicação para o ocorrido. Depois desta
data, passei a ter dores leves e constantes
nos rins”. Consultados a respeito, no en-
tanto, dois laboratórios de análises clínicas
não constataram nada de anormal em seus
órgãos. Em meados de 2001, num sítio onde
estava com seu filho, em Muzambinho
(MG), Franco acordou com quatro vergões
e manchas do lado esquerdo do corpo,
misteriosamente. “Depois disso, nunca
mais tive dor nenhuma”, finaliza. Vizinhos
de João Franco na zona rural de Guaxupé
confirmam o aparecimento de luzes –
muitas delas com histórias seculares. Há
poucos anos, um morador de nome Alber-
tinho viu luzes em cima de uma jabutica-
beira, mesmo durante o dia.
Ele também conta que vendeu o sítio
porque não tinha sossego no local. Outro
que confirma estes casos é agricultor Mes-
sias Souza Pereira, morador do sítio e tio
de Franco, que além de contar antigas his-
tórias sobre essas luzes misteriosas, ainda
confirma a morte de animais, que apare-
cem sem sangue e sem vestígios que le-
vem aos autores dos delitos. O ufólogo
Ênio também confirma que pesquisou ca-
sos assim, tendo colhido muitos relatos dos
moradores sobre animais mutilados. Seu
colega Edgar Belarmino conta que em Ar-
ceburgo, à 28 km da vizinha Guaranésia,
um veterinário examinou um boi sem san-
gue e com cortes cirúrgicos.
Algumas fotos recentemente obtidas na
região impressionam os estudiosos e mora-
dores. Adriano Correia de Carvalho, funci-
onário de uma empresa de grande porte em
Guaxupé, estava fazendo uma festa de con-
fraternização de final de ano no local onde
trabalha e registrou algo incomum. Era
15h30 do dia 20 de dezembro
quando os presentes à festa, que
se realizava próximo do pólo in-
dustrial da cidade, à margem da
BR 491, observaram um ponto es-
curo que estava estacionado no
céu nublado. Segundo testemu-
nhas, o objeto ficou parado por
volta de 20 minutos, justamente
numa área em que muitos relatos
Fotos Cortesia do Autor
de avistamentos são feitos por co-
lonos e sitiantes. Carvalho fez
duas fotos do objeto, considera-
das “evidências plausíveis”, pe-
los estudiosos da ASMEU. Esse
autor também obteve uma curio-
sa imagem em Guaxupé. A foto foi subme-
tida à análises pelo engenheiro Ricardo Va-
rela Corrêa, consultor de UFO que atua no
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
(INPE). Varela informou, no entanto, que
não se tratava de nenhum fenômeno extra-
terrestre... Enfim, os relatos no sul de Mi-
nas são muitos. Alguns bem antigos, outros
mais recentes, e somam-se ao já conhecido
repertório ufológico mineiro.
DEUSELINDO RAMOS é jornalista, radialista e
proprietário do Jornal da Região, de Guaxu-
pé (MG). Seu endereço é: Rua Tiradentes
36, Centro, 37800-000 Guaxupé (MG). E-
mail: jornaldaregiao@uainet.com.br.
37
E tome ET! isenção todo o conteú- No artigo Como

○
do, concordando ou São Nossos Visitantes

○
○
não com os temas Alienígenas [Página

○
abordados, e extrair 12], Reinaldo Stabolito

○
Aqui estou mais uma vez para comen- deles pontos que dizem mostrou equilíbrio e

○
○
tar alguns pontos relevantes da REVISTA respeito a uma visão principalmente cautela
○
UFO, edição 86, e já começo perguntando mais ampla da Ufolo- quando analisou a
○
ao editor sobre algo que ele publicou em gia, e não a conceitos multiplicidade de tipos
○

UFO Photo Archives

○

Mensagem do Editor [Página 05]. Com particulares ou pesso- de ETs registrados pela
○

que autoridade ele afirma que “...são nos- ais, embora esporadi- casuística e catalogados
○
○

sos visitantes extraterrestres que estão con- camente expresse uma ao longo de décadas.
○

trolando a situação de sua manifestação ou outra opinião quan- Este é um tema espinho-
○

na Terra?” Calma lá, uma afirmação des- do necessária. so e passível de erros

○
○

sas dá a entender que o editor sabe de coi- Na entrevista com A FOTO de que fala o Ombuds- primários, não cometi-
○

sas que nós, mortais, desconhecemos. Caso o pesquisador norte- man, publicada junto da nota dos pelo articulista.
○
○

seja apenas uma opinião, tudo bem. Caso americano Bob Pratt, sobre avistamento em Brasília, Meus aplausos em es-
○

contrário, cuidado, pois a Ufologia não na seção Diálogo mas nada tem a ver com o caso pecial vão para o box
○

permite declarações tão enfáticas, espe- Aberto [Página 08], Testemunha: Fator Crí-
○
○

cialmente num veículo que é considerado um rápido comentário dele sobre a pos- tico na Análise de Casos Ufológicos [Pá-

○
○

o porta-voz da Ufologia Brasileira. tura do ufólogo Jacques Vallée não pode gina 16]. Aproveito também para elogiar,

○
○

○
○

passar em branco. Segundo Bob, “...Val- tardia porém merecidamente, o excelente

○
○

lée acredita que o elevado número de ob- trabalho de Philipe Kling David, cujas ilus-
○
○

AVISTAMENTOS DE FAMOSOS servações de UFOs, durante séculos, trações se tornaram um diferencial da re-
○
○

○
○

seja uma indicação de que o fenômeno vista. A segunda parte do trabalho de Ro-
○
○

Espero também que a notícia da se- tem uma origem muito mais incrível do gério Chola, Ashtar Sheran: Um Extrater-
○
○

ção Mundo Ufológico [Página 06], co- que supomos”. Particularmente também restre de Olho nos Humanos [Página 24]
○

○
○

mentando o que foi publicado na revista penso assim, mas resta saber qual ufólo- é mais uma preciosidade dessa edição.
○
○

Istoé Gente, sobre os famosos que tive- go aqui no Brasil toparia emparelhar com
○
○

○
○

ram avistamentos de UFOs, não faça a Vallée e partir em busca de uma nova e
○
○

cabeça dos leitores. Alguns deles – os fa- ousada pesquisa. Quem se habilita? En- A MENSAGEM DE ASHTAR
○

mosos, não os leitores – podem até ser quanto isso não acontece, pelo menos al-
○

○
○

considerados, num certo sentido, forma- guém se habilitou a fazer uma releitura Novamente, um texto muito bem es-
○

dores de opinião. Mas duvido que cha- na – e da – Ufologia com extrema quali- crito, ponderado, objetivo e com um
○

○
○

mar por Jesus ou fazer o sinal de um dade e muita habilidade. conjunto de informações bem alinhava-
○

triângulo na testa ao se avistar um das. E numa demonstração ine-

UFO tenha sido orientação de um quívoca de postura democrática,
ufólogo, assim como acho impro- parabéns à UFO por publicar A
váveis os avistamentos feitos por te- Mensagem de Ashtar Sheran
lescópio. E mais de 40 vezes! O [Página 30], escrita pela jorna-
congresso Diálogo com o Univer- lista Cássia Candra, que é coor-
so vem aí com vários especialistas denadora de comunicação da pró-
e astrônomos para tratar justamente pria instituição divulgadora do
desses assuntos. Antes de seguir alegado ET, o Centro de Estudos
adiante, quero deixar registrado Exobiológicos Ashtar Sheran
aqui que a leitura dessa ótima – (CEEAS). Fica ao leitor os dois
mais uma – edição de UFO foi a lados da moeda, para que ele tire
que mais exigiu atenção e cuidado suas próprias conclusões.
Philipe Kling David

na análise de cada matéria, e ex- Em A Intrínseca Relação do

plico por quê. O primeiro impulso
desse ombudsman ao ler cada um
dos artigos publicados é sair em de-
fesa do autor e assinar embaixo
cada palavra, ou criticar e repudiar deter-
○
EIS OUTRA BELA ilustração de Philipe
Espiritismo com a Ufologia [Pá-
gina 36], de Dante Labate, o sub-
título fala que “...estudiosos de
ambas as áreas garantem que há
fortes ligações entre o mundo espiritu-

minadas passagens em outras matérias. Kling, que foi preparada para o artigo al e aqueles de onde viriam os aliení-
○

Mas não é essa minha função. O que me de Reinaldo Stabolito em UFO 86, mas genas”. Mas a matéria em si mostra ape-
○

○
○

compete fazer é analisar friamente e com não entrou por falta de espaço nas um ponto de vista – o do espiritis-
○

38 Maio 2003
mo. Onde estão os ufólogos menciona-

○
dos? Como já disse em outras oportuni-

○
○
dades, não vou entrar no mérito da ques-

○
tão. Mas penso que uma coisa não tem

○
○
nada a ver com a outra – e tanto não tem

○
que não causa surpresa o fato de nada
○
se falar, na doutrina espírita, sobre na-
○
○
ves extraplanetárias. Não é só o espiri- DÉCADA DE 50 tendeu-lhe a mão e ela sentiu confian-

○
○

tismo que fala de planetas habitados e Os Contatos de Elizabeth Klarer ça, sendo conduzida ao interior da nave,

○
○

○
possibilidades de vida extraterrestre. que logo decolou. Ela pôde ver a paisa-
○

○
○

Nossa inteligência também, mas não de- A história da sul-africana Elizabeth gem local a 1.600 km de altura. O ET se

○
○

vemos misturar as estações. Klarer é uma das mais fantásticas da apresentou como Akon e passou-lhe

○
○

○
Ufologia Mundial. Durante a Segunda
○

importantes conhecimentos científicos.

○
○

Grande Guerra, ela trabalhou para a For- Sua nave seria feita de “...pura energia

○
○

CADÊ OS OLHOS ATENTOS? ça Aérea da África do Sul (SAAF), tendo do espaço”. Quando o sistema de pro-

○
○

○
○

sido treinada para observar UFOs – tal- pulsão é ativado, segundo Akon, “...um

○
○

Após tantos elogios, já era hora para vez devido ao fato de ela e o marido, campo unificado de luz envolve a nave,

○
○

algumas críticas à edição de abril. Está um piloto de testes, terem reportado ob- atuando sobre todas as partes simulta-

○
○

○
○

certo que o espaço dessa coluna tem limi- jetos estranhos no céu e à SAAF. Após neamente, incluindo os átomos dos cor-
○

○
tes que precisam ser obedecidos, mas su- seu primeiro contato, nos anos 50, rea- pos dos viajantes”. Akon também expli-
○

○
primir o título que esse ombudsman ofe- lizou uma série de palestras às quais cou que um campo temporal permite
○

○
○

○
receu ao editor, na edição passada, dei- cientistas estavam presentes. Conta ela manobrar a nave de um campo a outro
○

xou a primeira linha sem sentido! Então, que, no dia 27 de dezembro de 1954, ○ dentro da vibração de freqüência mais
○

○
○

esclareço ao leitor que o título era Olhos teve seu primeiro contato com um ET alta que emana de seu revestimento tri-
○
○

Atentos nos Observam [Página 45], e as- do tipo nórdico – alto e plo. Quando o campo é
○

sim a frase que abre a coluna soa coerente. loiro, às vezes com ca- intensificado, a nave se
○
○

Ainda tratando de seções, com o devido belos compridos. Às torna invisível, desapare-
○

respeito ao leitor Henry Habib Moussa, em 10h00, ouvindo os tra- cendo ou reaparecendo
○

Busca de Respostas [Página 44], será que balhadores de sua fa- subitamente.
○
○

dá para acreditar em alguém que diz ter zenda correndo e gri- Em seu livro Beyond
○

Cortesia Michael Hesemann

bate-papos com um amigo ET comandan- tando, ela os seguiu the Light Barrier [Além
○

te de uma nave mãe que costumava visitar até uma colina e viu
○

da Barreira da Luz], Eli-

○

sua casa periodicamente? um forte relâmpago zabeth Klarer revela ou-

○

É importante também esclarecer que entre as nuvens. Um tros pormenores da tec-

○
○

a foto que ilustra a notícia Onda é Pesqui- objeto em forma de dis- nologia aplicada no pla-
○

sada em Brasília na seção Mundo Ufoló- co, com quase 20 m de neta de Akon. Talvez o
○

gico [Página 07] não tem nada a ver com diâmetro, desceu em elemento mais fantásti-
○
○

o avistamento relatado. O leitor atento vai sua direção. Os trabalha- UFO DISCOIDAL fotografa- co dessa história seja o
○

perceber que o fato se deu à noite e a foto dores correram, mas ela do por Elizabeth Klarer fato dela afirmar que o
○

é diurna. Mesmo assim, fica o aviso de ficou. A nave chegou em Natal, África do Sul, ET se tornou seu aman-
○
○

que se trata apenas de um recurso de dia- bem perto de onde es- no dia 17 de julho de te, tendo os dois manti-
○

gramação. E por fim, a seção Memórias tava e ela pôde observar 1956, as 16h00 do relações sexuais
○
○

da Ufologia, escrita por Marcos Malvez- três janelas na parte in- mais de uma vez. Na
○

zi Leal, parece que saiu do ar na edição ferior, através de uma das quais viu um verdade, Akon teria explicado a ela que
○

passada. É fundamental manter a regula- rosto masculino, de feições belas e ca- o objetivo da visita era recrutá-la para
○

○
○

ridade. Afinal, se é para ter uma coluna belos loiros, que a olhou fixamente.
○

um experimento de reprodução. Isso,

○

fixa, que ela exista por um tempo razoá- Seu segundo contato deu-se em abril porém, foi feito com carinho e delica-
○

○
○

vel, até ser trocada ou suprimida. Ou en- de 1956. Elizabeth teve uma compul- deza, em vez do uso de métodos mais
○
○

tão, que não se abra o espaço. Não é cor- são de retornar ao mesmo local, desta invasivos e agressivos de insemina-
○

reto, nem ético, publicar uma única vez vez sozinha. Chegando à colina, a mes- ção artificial, como às vezes ocorre no
○

○
○

e extingui-la sem explicações. E conti- ma nave estava lá – ou, pelo menos, uma interior de UFOs. Quando morreu, em
○
○

nuo cobrando de UFO um índice com- do mesmo tipo. Dessa vez, seu ocupan- 1994, Elizabeth estava trabalhando
○

pleto, necessário e condizente com a im-

○

te estava fora. Era um homem alto, com em seu segundo livro, Gravity Files [Ar-
○
○

portância de uma publicação que a cada linhas pronunciadas na face, olhos cin- quivos de Gravidade], sobre a ques-
○
○

dia vê seu prestígio aumentar no merca- zentos e cabelos brancos. O homem es- tão da teoria unificada.
○

○
○

do editorial brasileiro.
○

Maio 2003 39
Arte ufológica acontecido. Parece que me nunca termina sua arte num

○
usam para algum fim, como só dia, podendo levar meses

○
○
uma antena parabólica que e até anos para concluí-la.

○
tem a função de transmitir as Suas obras principais são Red

○
Desde os tempos mais remotos, discos ondas que recebe”. Planet II e O Portal, onde

○
○
voadores e ETs já faziam parte da arte ufo- Sua arte tem um forte aliens estão em destaque.
○
lógica. Um exemplo clássico é a pintura conteúdo ufológico. Ele acre- Robert diz que os quadros
○
do italiano Filippo Lippi, A Madona e o dita que existem coisas acon- ufológicos fazem parte de seu
○
○

Menino, do século XV, onde aparece uma tecendo em outras dimen- acervo pessoal e que seus

Robert Espíndola
○

nave luminosa acima do ombro de Nossa sões, que não podemos ver, e amigos também têm preferên-
○
○

Senhora. Nos dias atuais também encon- os alienígenas estariam inte- cia por eles [Veja dois nesta
○

tramos artistas que reproduzem em seus grados a elas, dando-lhe ins- página]. O artista afirma
○

quadros visões e idéias que lembram nossa piração. “Sempre que sinto a que, apresentando seus qua-
○
○

conexão com outros mundos. Robert presença dessas criaturas, vou para frente dros para as pessoas, estará mostrando o

○
○

Espíndola, um campo-grandense de 32 da tela e começo a desenhar. Mas nunca outro lado das inúmeras dimensões que

○
○

anos, é um deles. Desde criança já tinha tenho uma idéia em mente, pois parece que existem e que não conseguimos ver.

○
○

○
○

inspirações sobrenaturais. “A primeira vi- eles me conduzem a fazer aquilo que que- Roberto Passos também é um “artis-

○
○

são que tive foi de esferas parecidas com rem. São como pontinhos que aparecem ta da Ufologia”. Sul-mato-grossense do

○
○

bolinhas de gude, que apareciam flutuan- na tela, e só tenho que passar a grafite em distrito de Vila Vargas, 250 km ao sul de

○
○

○
○

do. Depois comecei a sentir a presença de cima para completar. Tudo flui”. O artista Campo Grande, em 1998 cursou artes vi-
○

○
alienígenas. Não consigo vê- suais, mas sua paixão pela
los, mas percebo que estão arte, que inclui desenhos e
por perto, sinto seu peso e al- atividades culturais, há anos
tura, e se são do bem ou do faz parte de sua vida. Rober-
mal, tudo devido à energia to passou a desenvolver uma
que transmitem”, diz Robert. aptidão para temas que en-
Ele crê que os extraterrestres volvem a Ufologia. Ele con-
sempre aparecem quando ele ta que foi influenciado pelas
está perturbado ou aborreci- obras do artista internacio-
do com algo: “Eles me aju- nalmente reconhecido Ro-
dam a ficar em paz. Sempre mero Brito, e usa o tema ufo-
Robert Espíndola

que durmo chateado e depois lógico com objetivos distin-

sonho com eles, no dia se- tos: “Somos seres tecnolo-
guinte acordo bem melhor, gicamente evoluídos. Mas
como se nada me tivesse por que ainda existe misé-
Publicidade
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○
○
○
○

40 Maio 2003
ria em nosso planeta?”, que os fenômenos ufo-

○
questiona. O Pantanal, lógicos estão presentes.

○
○
o tereré e os santos ca- Para ele, estes são al-

○
Roberto Passos
racterísticos do Estado guns dos sinais dos

○
○
são elementos que fa- tempos relatados na Bí- Recrutamento de

○
zem parte de suas telas blia. “Olhando o céu,
ilustradores e tradutores

○
[Ao lado], e que dão um vocês sabem prever o

○
para REVISTA UFO

○
toque regional ao seu trabalho. Em seus tempo, mas não são capazes de inter-
○

○
quadros, Roberto utiliza cores vibran- pretar os sinais dos tempos”, finaliza o
○

○
○

tes e contornos definidos para alertar de artista, citando Mateus 16,3. Com a regularização da circu-

○
○

○
lação de UFO e o aumento de seu

○
número de páginas, temos agora

○
VEM À TONA REVELAÇÕES CHOCANTES SOBRE A ÁREA 51 mais capacidade para dar vazão à

○
○
enorme quantidade de material que

○
O que acontece na Área 51? No mais que se tornem públicos. Entre suas prin- recebemos de dezenas de países.

○
○

○
recente lançamento da VIDEOTECA UFO cipais atividades, segundo especialistas e Temos condição de fazer um apro-
○

○
○

Verdade Oculta sobre a Área 51 [VD-33], ex-funcionários, estão a pesquisa e teste veitamento mais completo de infor-

○
○

muitos dos mistérios da mais famosa e po- de vôo de naves extraterrestres que se aci- mações e textos estrangeiros de alta

○
○

○
lêmica base militar norte-americana são dentaram em nosso planeta e foram res- qualidade. Em virtude disso, volta-
○

○
○

revelados. O documentário tem 95 mi- gatadas com pequenas avarias. mos a cadastrar tradutores volun-

○
○

nutos das mais importantes informações De acordo com os ufólogos apresenta- tários para atuar junto à Equipe UFO.

○
○

○
já feitas sobre o local, até hoje. Produzi- dos no documentário, quase uma dezena Estamos aceitando a participação
○

○
○

do pela Starway Connections Produc- de discos voadores já foram resgatados ○ de interessados que dominem
○

tions, o vídeo apresenta uma série de en- nessas condições e encaminhados a Dream- quaisquer idiomas e tenham bom
○

trevistas com renomados pesquisadores land, para que fossem analisados e pesqui- conhecimento de português.
○

○
○

de todo o mundo, além de pessoas en- sados usando o que se convencionou cha- Da mesma forma, com a mo-
○
○

volvidas direta e indiretamente com as mar de “engenharia reversa”. Pessoas que dernização do visual da revista,
○

ocorrências da Área 51 – funcionários e estiveram lá afirmam que viram coisas que também estamos recrutando ilus-
○

○
○

cientistas. Entre outras questões, o docu- jamais poderiam imaginar. Segundo essas tradores voluntários, artistas ama-
○
○

mentário mostra indícios claros de que a testemunhas, que correm risco de vida por dores ou profissionais que domi-
○

instalação super secreta, localizada no De- falarem abertamente sobre o assunto, as nem quaisquer técnicas de dese-
○

○
○

serto do Nevada, guarda revelações sobre naves são mantidas em hangares e labo- nho e que seus trabalhos tenham
○
○

UFOs que poderiam re- ratórios subterrâneos, orientação ufológica. Em ambos os

○

volucionar tudo o que se onde cientistas trabalha- casos, no entanto, o serviço não é
○
○

sabe sobre eles. riam em conjunto com remunerado. Quem aceitar as ta-
○

A Área 51, também seres extraterrestres. refas receberá uma assinatura de

○

conhecida como Dream- O lançamento da cortesia de UFO por tempo indeter-

○
○

land [Terra da fantasia] VIDEOTECA UFO ques- minado e, eventualmente, exempla-

○

ou simplesmente The tiona e mostra se tais ati- res dos lançamentos da BIBLIOTECA
○

Ranch [A fazenda], é um vidades ainda estão UFO. Essa é uma oportunidade

○
○

assunto tão secreto e mesmo acontecendo. O para os interessados terem seus

○

cheio de mistérios que só documentário, que é re- trabalhos conhecidos e de fazerem

○
○

teve seu reconhecimento ferência no mundo intei- parte ativa do maior movimento
○

oficial em 1994, e ainda ro devido às revelações ufológico do mundo.

○

assim cheio de restrições. e à credibilidade dos

○
○

Desde então, a curiosida- seus autores, tem ima- Os interessados podem

○

de em torno do que acon- gens in loco obtidas escrever para:

○
○

tece por lá só aumentou. com grande risco pelos

Videoteca UFO

Sabe-se que na base são produtores. Para ad- REVISTA UFO

○

realizados avançados tes- quirir o vídeo Verdade Traduções/Ilustrações

○
○

tes com protótipos de avi- Oculta sobre a Área 51 Caixa Postal 2182
○

ões revolucionários e [VD-33], legendado Campo Grande (MS)

○

muitas outras experiênci- Verdade Oculta sobre a Área 51 em português, é só con- CEP 79008-970
○
○

as com tecnologia de Produção EUA, 2002, sultar o encarte Supri- Fax (67) 341-5445
○

ponta, que o governo nor- Duração: 95 minutos mentos Ufológicos editor@ufo.com.br

○
○

te-americano não deseja Código: VD-33 (R$ 47,30) desta edição.

○

Maio 2003 41
CONTATOS EM PASSO FUNDO
Tenho 40 anos e há pelo me-
nos 20 me interesso pelo Fenô-
meno UFO, seus conceitos, ma-
terializações e manifestações no
plano astral. Na minha infância,
tive uma visita à luz do dia em
minha cidade, que foi presenci-
ada por muitas pessoas. Mas
essa história a maioria já conhe-
ce, pois foi tema, inclusive, do
filme Sinais, em 2002. Tivemos
outras visitas, mas infelizmen-
te os que presenciaram tal fato
não puderam registrá-lo, ficando apenas ESTRANHO PONTO registrado em foto en-
○
a recordação da experiência de cada tes- viada pelo leitor Fabio Oliveira de Sou-
○
○
temunha. Entretanto, ainda somos visi- za. Poderia ser um disco voador?
○
tados regularmente.
○
Carlos A. Weissheimer, volta da aeronave, na direção da estrada
○
○
Passo Fundo (RS) que Grajaú a Jacarepaguá. Estava numa al-
○
tura baixa, mas não causou alarde. Volta-
○
mos para casa e fui para o terraço. Já era
○
UFOS COLORIDOS NO RIO
○
então 21h30 e me debrucei no muro, quan-
○
do pude ver mais dois UFOs de cor aver-
○
○
Moro no bairro Jacarézinho, no Rio de melhada voando baixo. Achei que eram
○
Janeiro. Era 20h30 de sábado, 01 de mar- balões, mas seus movimentos eram em li-
○
ço de 2003, quando estava na porta da igreja nha reta, parando e descendo, subindo e
○
○
com meu filho no colo e vimos passar um voltando novamente de forma retilínea,
○
avião vindo da direção do Aeroporto San- até sumirem no céu, que estava estrelado
○
tos Dumont, numa altitude relativamente e sem Lua. De vez em quando, noto al-
○
○
baixa. Ao olhar para o outro lado, avistei gum outro objeto avermelhado.
○
um objeto circular com luzes laranja e ver- Willian Santana,
○
○
melha, como se estivessem girando em Rio de Janeiro (RJ)
○
42
OBJETO EM PLENA LUZ DO DIA
Envio à REVISTA UFO uma
fotografia de algo estranho [Ao
lado], para que possa ser even-
tualmente analisada. A foto,
dentre outras que tirei, foi feita
em setembro de 2002 pela na-
morada de um amigo. Até man-
Cortesia Fabio Oliveira de
dei imprimi-la no tamanho A3,
em máquina xerox colorida,
para ver melhor o objeto foto-
grafado. Não era avião, senão
teríamos notado seu barulho.
Nem uma ave qualquer, pois
não existe nenhuma dessa grandeza na
○
região. E muito menos um balão, senão
○
○
também sairia nas outras fotos, devido
○
à sua lenta locomoção.
○
Fabio Oliveira de Souza,
○
○
fabio-souza@tasksistemas.com.br
○
○
○
UFOS NO CÉU DE LONDRINA
○
○
○
○
Não quero ser identificado, e por isso
○
usarei o pseudônimo de João. Tenho 20
○
anos e moro em Londrina (PR). Já vi coi-
○
sas muito estranhas, mas nada como o que
observei às 23h20 de 22 de dezembro de
2002. Eram três objetos em forma de bo-
○
tão que estavam sobrevoando o céu da ci-
dade. Eles desenhavam um triângulo eqüi-
○
látero com um objeto em cada vértice. Os
Publicidade
Maio 2003
três percorreram uma trajetória retilínea. por alguns minutos, ofuscando sua visão.

○
Porém, oscilando, aumentando e contra- Logo depois, desapareceu rapidamente. O

○
○

○
indo o tamanho do triângulo. Perdi a voz objeto parecia ter uns 3 m de diâmetro.

○
na hora, mas logo recuperei e gritei. Meu Outro caso interessante aconteceu em 1980.

○
○

○
irmão de 15 anos conseguiu avistá-los Algumas pessoas viram um objeto estra- „ Pergunta do Leitor: Há muitos

○
também, por uns três segundos. nho de pouca luminosidade saltar sobre a anos, participei pela primeira vez
○

○
João, Serra da Cabecinha, ponto turístico e con- de um Congresso de Ufologia, rea-
○

○
○

○
Londrina (PR) siderado o mais alto das proximidades da lizado em Curitiba (PR). Naquela
○

○
cidade. Aquilo passou para a parte de trás oportunidade, fiquei chocado com
○

○
da serra, fato que despertou a curiosidade a profunda ignorância dos pales-
○

○
CRIATURA VISTA POR AMIGOS
○

○
da população da cidade. trantes, que, absolutamente cien-
○

○
Já em 1997, o jovem Donizete Alves tificistas, zombavam da chamada
○

○
○

○
Há algum tempo, enviei a vocês o re- de Lima veio com sua esposa e filhos da Ufologia Mística. O tempo passou
○

○
lato de um avistamento ocorrido no bair- fazenda onde morava até a cidade para fa- e fui conferir o I Fórum Mundial de
○

○
ro dos Bancários, em São Paulo, no ano zer compras e visitar familiares. Ao regres- Ufologia realizado em Brasília (DF),
○

○
○

○
de 1990. Um amigo e eu vimos uma cria- sarem para sua morada, lá por volta da em 1997. Fiquei igualmente impres-
○

○
tura de um metro, no máximo, com cabe- meia-noite, todos viram uma enorme bola sionado, pois alguma coisa havia
○

○
ça desproporcional ao corpo peludo, sen- de fogo sobrevoando a referida serra, que mudado. A participação de outras
○

○
○

○
do este pequeno e de cor cinza-chumbo. ficava a poucos quilômetros de sua casa. correntes de pensamento já eram
○

○
Seus olhos eram redondos e grandes, de Ele disse que, enquanto o objeto sobrevo- admitidas. Isso gerou uma dúvida:
○

○
cor vermelho intenso. O Sol já havia se ava a região, sua velocidade parecia razoá- místico é tudo aquilo que não con-
○

○
○

○
posto, mas ainda tinha alguma claridade, vel. Mas logo saiu em disparada, deixando seguimos explicar pelo controle ci-
○

o que facilitou o avistamento. Poucos ti- um enorme risco de fogo no céu, e desapa- ○ entífico, ou científico é apenas tudo
○

○
○

veram a oportunidade de olhá-lo de per- receu. As crianças ficaram assustadas e os aquilo que se consegue provar? Ru-
○

to. Pudemos ver detalhes do ser, como adultos receosos de saírem de casa, devido bens Franco Almeida Costa, rubens-
○

boca diminuta, orelhas minúsculas, peque- ao acontecimento da noite anterior. co@uol.com.br.

○

○
○

na elevação onde deveria estar o nariz. Nas Osmar Dias Fernandes,

○

costas havia definições musculares. Itirapuã (SP) „ Resposta do Editor: Realmen-

○

Meu amigo Denílson gritou comigo e te, houve avanços depois do refe-
○

○
○

disse que se tratava de um demônio, co- rido simpósio de Curitiba e, poste-

○

meçando a pular e a se debater. Contamos FENÔMENO EM SÃO PAULO riormente, do I Fórum Mundial.
○

○
○

o ocorrido para muitas pessoas, que riram Mas ainda há muito o que fazer
○

de nós. Decidimos, então, não falar mais Era o começo de uma tarde chuvosa. para que a Ufologia rompa o pre-
○

sobre o assunto. Mas, por não ter desco- Minha irmã e eu estávamos sentados no conceito que atrai e possa ser vis-
○

○
○

berto a real natureza deste ser que avista- sofá assistindo televisão quando, meio que ta como uma disciplina merecedo-
○

mos, tendo tudo ocorrido entre seis e oito misturado ao barulho de um trovão, vimos ra de credibilidade. Ciência ela não
○

segundos, daria qualquer coisa para vê-lo um fio branco como um raio, de mais ou é nem nunca será. Mas ser vista
○

○
○

novamente e tentar uma abordagem. menos meio centímetro de espessura, vin- com uma atividade respeitável por
○

Mauricio Marcelo Marques, do da direita para a esquerda e parando bem certos segmentos da sociedade já
○

ao centro da televisão. Começou a inflar, seria um grande avanço. Entre as

○

Jaú (SP)
○

emitindo um som estranho, como de um barreiras que ela tem que romper
○

chiado de corneta, que talvez poderia ter estão as que os próprios ufólogos
○

CASOS ENVOLVENDO UFOS

○

vindo do aparelho. Quando atingiu o ta- criaram, inclusive a da limitação de

○

manho de uma bola de tênis, em menos de seu enfoque de forma demasiada.

○

Pessoas de diversas partes do mundo dois segundos, ouvimos um estouro, fazen- O movimento ufológico brasileiro,
○

○
○

já avistaram objetos luminosos, geralmen- do com que a bola e o fio branco desapare- no entanto, hoje tem uma forte
○

te nas proximidades das cidades. Em Itira- cessem. Rapidamente, desliguei a televisão tendência a entender os aspectos
○

○
○

puã (SP), não foi diferente. Conto, a se- com medo de queimá-la, mas ela voltou a místicos, transcedentais, do Fenô-
○

guir, três casos ocorridos aqui. O primeiro funcionar. Na época, pensei que era algum meno UFO, que, para os mais ou-
○

se deu em 1978, quando um objeto lumi- fenômeno da natureza que fez com que uma sados pensadores da área, com-
○

○
○

noso acompanhou um motorista que trafe- pequena parte da energia de um raio fosse plementam aqueles que podem ser
○

gava pela Rodovia Ronan Rocha – princi- atraída, mas após ter lido nas edições de verificados de forma científica. En-
○

○
○

pal meio de ligação entre os Estados de São UFO, algumas matérias sobre sondas, co- fim, uma composição dosada e
○

Paulo e Minas Gerais – por volta das 23h00. mecei a acreditar nessa possibilidade. consciente das duas vertentes
○

Segundo ele, a estranha luz surgiu nas pro- Márcio José dos Santos, pode ser o que precisamos.
○

○
○

ximidades do trevo da cidade, e o seguiu São Paulo (SP)

○

Maio 2003 43

MISTÉRIOS DO PASSADO
Lendo a matéria O que Leva
Alguém a Estudar os Discos Voa-
dores? [Edição 79], de Vanderlei
D’Agostino, lembrei-me que em
abril de 1958 contraí uma enfermi-
dade muito grave. Naquela época,
com oito anos de idade, ainda não
me despertara para a Ufologia. Isto
só viria a acontecer anos mais tar-
de, quando, já na faculdade, tive a
oportunidade de participar do cur-
so de Ufologia oferecido pela As-
sociação de Pesquisas Exológicas
(APEX), ministrado pelo doutor
Max Berezowski, seu então pre-
sidente. No período de abril a
maio de 1958, acometido pela
pólio ou paralisia infantil, em de-
terminada noite acordei e vi pela
veneziana da janela, refletido no
teto do quarto onde eu estava, um
ser de feições felinas.
Dias depois deste inusitado fato ter
○
acontecido, já me restabelecia da enfer-
○
○
midade, como num passe de mágica.
○
Hoje, aos 51 anos, como pesquisador
○
desde a época da faculdade e do curso
○
○
com doutor Max, tive a grata satisfa-
○
ção de rever aquelas feições felinas, um
○
tanto quanto assustadoras para um me-
○
○
nino de oito anos tão gravemente en-
○
fermo. Revi um ser exatamente igual
○
○
aquele na capa de um antigo exemplar
○
da REVISTA UFO, edição 18, de dezem-
○
bro de 1991, com o tema Há Perigo
○
○
em Contatar um ET? Talvez ele tenha
○
me restabelecido para que eu pudesse
○
ajudá-lo no futuro com minhas pesqui-
○
○
sas, pois elas poderão vir a influenciar
○
a humanidade positivamente.
○
○
Paulo Frederico Ippolito Giordano,
○
Grupo de Estudos de Objetos Não
○
Identificados (GEONI),
○
○
São Paulo (SP)
○
44
ALIEN DE TIPO FELINO, a que se refere o
leitor Paulo Frederico Giordano, nes-
○
sa seção. Seu aparecimento teria pro-
porcionado uma delicada cura
○
SERIAM OS ETS INSENSÍVEIS?
○
Gostaria de fazer um comentário so-
bre o artigo Falta de Emoção nos Atos
○
dos Extraterrestres [Edição 82]. O se-
nhor Antônio Nelso Tasca fala da frieza
dos extraterrestres em seus relacionamen-
○
tos com os humanos. Talvez isso seja re-
sultado do pouco conhecimento que eles
têm dos seres humanos, ou da maneira
○
como se relacionam. Mas, frieza mesmo,
eu vejo onde ele cita partes da Bíblia,
○
onde Deus fala com Moisés e seu povo,
e afirma que foram extraterrestres se fa-
zendo passar pelo Senhor. Caso fossem
○
mesmo ETs, poderia ele explicar de onde
surgiu o universo, os planetas, a
Terra e, principalmente, os seres
humanos e alienígenas? Aparecer
do nada seria impossível. Mesmo
que tenha havido uma explosão e
o universo tenha nascido, como se
explica tudo o que acontece tão
perfeitamente em nossa vida? Se
ele não acredita que foi Deus que
falou a Moisés, não acredita na
existência do próprio Senhor. E
como é que alguém que não acre-
dita que foi criado por Deus pode
ser levado a sério? Para mim, é
como se essa pessoa não existisse.
Quanto ao que os extraterrestres
querem na Terra, talvez seja a nos-
sa facilidade em procriar.
Denise Krämer,
Navegantes (SC)
DE OLHO NA UFOLOGIA
Provavelmente, esta será mais uma
tentativa de participação na seção Busca
de Respostas, porque percebo uma ten-
dência natural da REVISTA UFO em só dar
espaço para elogios. Este recado não é
somente dirigido aos responsáveis pela pu-
blicação, mas também aos leitores e fãs
da Ufologia, como eu. Acompanho a re-
vista desde as primeiras edições, da Ufo-
logia Nacional & Internacional até a UFO,
tendo sempre no comando editorial, A.
J. Gevaerd. Desde as edições iniciais, per-
cebi a tendência por parte da revista em
associar o estudo da Ufologia com outros
não tão científicos como a parapsicologia,
misticismo e esoterismo.
Particularmente, nunca vi com bons
olhos essa relação de temas tão distin-
tos. A única justificativa para tal seria,
como o próprio Gevaerd admitiu numa
entrevista para outra publicação, o inte-
resse comercial. Ao meu ver, esse tipo
de associação incentiva o surgimento de
Maio 2003
falsos gurus, profetas ou simplesmente cúpula de vidro, alojado num ambiente

○
oportunistas como Urandir Fernandes de onde ocasionalmente era permitida sua

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○
Oliveira, Thomas Green Morton, Eduard visita. Sua filha mais velha fazia dese-

○
Meier, Rael etc, que ainda são apoiados nhos dos lugares que sua mãe sonhava.

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Desde sua criação, a REVISTA UFO mantém um

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por gente como Gugu Liberato, Elba Ra- Casos como este se tornam “causos”, tal-
arquivo com endereços de grupos ufológicos

○
malho, Tiazinha e Ratinho. vez por serem banais, corriqueiros e,
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de todo o Brasil e exterior. Criou-se a tradição
Entretanto, na edição 84 de UFO, as muitas vezes, são desacreditados por não
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de que cada novo grupo tivesse seus dados
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matérias Movimentos de Cultos aos Ex- termos um instrumento preciso para se publicados nessa seção. Por isso, pedimos a
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traterrestres, de Vanderlei D’Agostino, medir a veracidade de cada fato. Perce- todas as entidades ufológicas em atividade
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que nos escrevam, enviando os seguintes da-
Primeiro Clone Humano Foi Inspirado bemos que estamos sendo vistos, obser-
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dos: nome da entidade e sigla, nome do pre-
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em ETs, de Fabrina Martinez e Urandir vados, testados e manipulados. sidente, endereço completo, telefone e fax,
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Usa Criatividade e Intensifica Mistifica- Elaine Villela, site e e-mail para contato.
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ção¸ de Gevaerd, vieram oportunamente
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nani@urbi.com.br
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nos alertar quanto ao crescimento de sei- „ Centro de Estudos Ufológi-
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tas ufológicas e mesmo esotéricas, que cos de São Paulo (CEUSP). Pre-
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SOBRE ASHTAR SHERAN
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proliferam não só no Brasil como no sidente: Diogo Rodrigues Gonçalves.
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mundo todo. Este é um grande negócio Rua Tiradentes 1837/76, Bloco 20,
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seguindo a estratégia de igrejas suposta- No meu ponto de vista, as religiões Irajá, 09781-220 São Bernardo do
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mente evangélicas e cristãs que querem não deveriam ser citadas ou mesmo acu- Campo (SP). Fone: (11) 4339-
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explorar a fragilidade momentânea de sadas como se fossem as verdadeiras 8052. Site: www.ceusp.kit.net. E-
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pessoas de boa-fé, desprovidas de infor- detentoras de toda verdade ufológica. mail: 112131339@bol.com.br.
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mação. Tais entidades lhes prometem Muito pelo contrário. As religiões são
○

uma abdução salvadora antes do arma- apenas um complemento neste comple- ○ „ Centro de Estudos e Pes-
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gedon, ou um lote especial no reino do xo mundo que é a Ufologia. Acredito quisas (TRON). Presidente: Atílio
○

céu, em troca de valores materiais mun- que seja muito para as pessoas afirma- Coelho. Rua Municipal 1.405,
○

danos. Assim, o meu alerta é para que rem e afunilarem suas teses, com toda 03661-000 São Paulo (SP). Fone
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colegas se informem ao máximo, den- convicção, apenas no quesito histórico- (11) 6193-2368 ou 9449-9328.
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tro da capacidade econômica de cada religioso. Creio piamente na existência E-mail: atiliocoelho@yahoo.com.br.
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um, através de livros, vídeos, internet de vida extraterrestre e na relação que

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e revistas, e não percam a capacidade estes seres têm com a religiosidade e „ Grupo Sumaré de Estudos
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de duvidar e questionar. A Ufologia é nossa evolução desde os primórdios da Ufológicos (GSEU). Presidente:
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um tema sedutor e atraente, mas como humanidade. Felizmente, as religiões Wendell Stein. Caixa Postal 68,
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tudo que seduz é perigoso, e também são apenas uma das várias ferramentas 13170-970 Sumaré (SP).
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pode ser decepcionante. Porém, só po- de pesquisa. Nelas não se encerram toda
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demos exigir a verdade, mesmo se no a verdade. Isto significa que temos que „ Grupo de Pesquisas Ufoló-
○

final, tudo for mentira! arregaçar as mangas e buscar respostas, gicas (GPU). Presidente: Alexandre
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Eumário José Teixeira, fundamentos e conclusões em vários Calandra. Rua 880, Número 10, C.
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Teófilo Otoni (MG) campos do conhecimento humano, e não Branca, 88220-000 Itapema (SC).
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só na religiosidade. Comparar extrater-

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restres com anjos ou demônios, ou sim- „ Instituto Nacional de Rela-

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“CAUSOS” UFOLÓGICOS plesmente acusar as religiões como ul- ções Interplanetárias (INRI).
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trapassadas, no que se refere à Ufolo- Presidente: Carlos Machado de Oli-

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Quantos casos e quantas viagens ex- gia, é muito fácil e cômodo frente ao veira Freire. Rua Sebastião Moreira
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traplanetárias foram realizadas por sim- que ainda temos para descobrir. Então Cezar 908, Jacarézinho, 11675-
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ples terráqueos como nós? Cito aqui um pesquisadores, mãos a obra! 500 Caraguatatuba (SP).
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caso de uma paciente minha que sonha- Roberto Passos,

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va constantemente com seu bebê numa ufoberto@bol.com.br „ Grupo de Investigações e

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Pesquisas Ufológicas do Rio de

Janeiro (Gipuforj). Presidente:
Aloizio Gomes da Silva Filho. Rua
Orozimbo Esteves 05/102, CEP
23040-630 Campo Grande (RJ).
Fone: (21) 3384-1475. E-mail:
transvega@uol.com.br.

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