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INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DE SÃO PAULO SINGULARIDADES

BRUNA SILVEIRA

MICHELE VASQUES

Teorias Curriculares: A Teoria Crítica

Trabalho apresentado à disciplina Gestão


Curricular, Planejamento Escolar e Projeto
Educativo , do Instituto Singularidades – curso
de Pedagogia, sob orientação da Prof. Lucia
Couto.

SÃO PAULO
2019
Teorias Curriculares - Escola Crítica

As teorias curriculares se diferenciam pela sua função e as


perspectivas do currículo no contexto educacional. Sendo divididas 3
categorias, tradicionais, críticas e pós-críticas.
É importante que entendamos essas teorias curriculares para compreensão
dos diferentes currículos que vemos nas escolas, pois esses são mais do que
conteúdos e diretrizes a serem trabalhados em sala de aula pelos professores,
é o reflexo do contexto histórico e cultural em que esse currículo foi montado,
transformando assim suas definições.

Por esse motivo, é importante que o professor não só se aproprie


daquele conteúdo, mas também saiba como expressá-los para os alunos.
Podemos falar então que o conceito de currículo na educação foi se
transformando ao longo do tempo, e diferentes correntes pedagógicas são
responsáveis por abordar a sua dinâmica e suas funções.

Nesse momento vamos abordar a teoria crítica, que surge em


1924 no âmbito da sociologia alemã, baseando o seu plano teórico nas
concepções marxistas e em autores da Escola de Frankfurt, com maior
destaque para Max Horkheimer e Theodor Adorno. Outra influência importante
foi composta pelos autores da chamada Nova Sociologia da Educação, tais
como Pierre Bourdieu e Louis Althusser.

É de extrema importância para compreendermos tal teoria, saber


o que estava acontecendo mundialmente nessa época, ou seja, estar a par do
contexto histórico.

Citamos agora alguns marcos mundiais que influenciaram teóricos


a discutir e discordar sobre a então teoria que predominava, a teoria tradicional,
ou seja, era uma época que se colocava em xeque esse pensamento. Nos
Estados Unidos o Movimento de Independência de suas antigas colônias e o
Movimento dos direitos civis, os protestos contra a Guerra do Vietnã, o
Movimento Feminista, a Liberação Sexual e no Brasil a Luta contra a Ditadura
Militar.

A teoria crítica pode ser conceituada como a teoria que


desconfiava do status quo, ou seja, significa que o estado atual deve ser
alterado, nesse caso, que as concepções dos currículos escolares não cabiam
mais nas teorias tradicionais. Era hora de transformações radicais e
questionamentos.

Segundo Pena, a década de 1960, compreende uma época que


tanto a escola como a educação em si são instrumentos de reprodução e
legitimação das desigualdades sociais constituídas pela sociedade capitalista.
Portanto o currículo estaria seguindo aos interesses e conceitos das classes
dominantes, não atingindo o contexto dos grupos sociais subordinados.

Assim sendo, a função do currículo, mais do que um conjunto de


matérias, seria também a de conter uma estrutura crítica que permitisse uma
perspectiva libertadora e em favorecimento das massas populares. As práticas
curriculares, nesse sentido, eram vistas como um espaço de defesa das lutas
no campo cultural e social. (PENA, 2019).

No Brasil, o principal nome que lutou por essa teoria foi Paulo
Freire, com a publicação do seu livro “ Pedagogia do Oprimido”, trazendo seus
ideais que colocavam em questão os arranjos sociais e educacionais, tais
como as desigualdades e injustiças sociais que dominavam a educação até
então.

“Para as teorias críticas o importante não é desenvolver técnicas de como


fazer o currículo, mas desenvolver conceitos que permitam compreender o que
o currículo faz.” (SILVA, 2003, p.30).
REFERÊNCIAS

DA SILVA, Tomaz Tadeu. Documentos de identidade. Uma introdução às


teorias do currículo. Belo Horizonte, 2003.

PENA, Rodolfo.Teorias Curriculares. UOL, 2003. Disponível <


https://educador.brasilescola.uol.com.br/trabalho-docente/teorias-
curriculares.htm >. Acesso em 14 mar de 2019

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