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Floresta em Portugal

Continental
Geografia A

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As florestas são …

 Um património vivo e rico em biodiversidade


 Fundamentais ao equilíbrio da natureza
 Indispensáveis à manutenção da vida na Terra
 Uma inesgotável fonte de vida, de riqueza e de bem estar
 Essenciais ao desenvolvimento sustentável do nosso país
 Um recurso natural renovável de cuja exploração se obtêm inúmeros
bens e produtos
 Um importante fator de crescimento socioeconómico

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Porque:

 Renovam o oxigénio do ar
 Fixam o carbono atmosférico
 Protegem os campos e os solos
 Regularizam os regimes hídricos
 Valorizam a paisagem
 Oferecem os melhores espaços de recreio e lazer
António José Rego
Floresta, muito mais que árvores
(Texto adaptado)

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Caraterísticas da fileira
florestal
Ocupação do solo
Principais espécies cultivadas com importância
comercial
Evolução do setor
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A floresta
ocupa o
primeiro
lugar na
ocupação e
usos do solo
nacional –
Portugal
Continental,
RAMadeira
e RAAçores
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Uso/ocupação do solo
em Portugal Continental

Floresta - o primeiro lugar


na ocupação do solo

Floresta e matos
representam 61% da área
total de Portugal Continental

Conclui-se que a maior


parte do território é de uso
rural.
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Principais
espécies florestais

Pinheiro-bravo,
eucalipto e sobreiro,
conjuntamente,
representam um
peso de 73% da
floresta portuguesa

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Constatação do
peso que o pinhal -
pinheiro-bravo,
pinheiro manso e
outras resinosas -
e o montado -
sobreiro e azinheira
- ocupam na floresta
em Portugal
Continental. O
eucalipto aparece
com alguma
expressão após a
década de 50 do
século XX. pinheiro

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Pinheiro.manso

Sobreiro
Pinheiro-bravo

Eucalipto Azinheira
10
Distribuição geográfica do Pinheiro-bravo |Área
por NUT III

Área mais adequada à plantação do Pinheiro manso


Florestar.net
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Distribuição geográfica do Sobreiro|Área por
NUT III

Apesar da sua capacidade de adaptação às condições gerais do clima em


Portugal, o sobreiro tem dificuldades de sobreviver nas regiões montanhosas
setentrionais.
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Distribuição geográfica da Azinheira | Área por
NUT III

Área mais adequada à plantação


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Distribuição geográfica do Carvalho |
Área por NUT III

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A diversidade das espécies de carvalhos (Quercus)
Carvalho-cerquinho Carvalho-de-Monchique Carvalho-negral Carvalho-roble

Precipitação > 600 mm Precipitação > 600 mm Precipitação > 600 mm


Necessita de humidade
Inverno de 0º a 12º Inverno de -5º a 7º Período seco estival
Aceita temperaturas até
Verão de 20 a 24º Verão de 12º a 22º > 200 mm
-12ºC
Inverno de -15º a 10º
Verão de 20 a 25º
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Distribuição geográfica do Castanheiro | Área
por NUT III

Área mais adequada à plantação

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A evolução do setor silvícola

No início e meados do século XX, houve vários esforços no sentido de


aumentar a área florestal portuguesa, sobretudo com o recurso ao pinheiro
bravo e ao sobreiro.
O aparecimento do eucalipto, na década de 60, foi, por sua vez, fortemente
impulsionado pela implantação de indústrias de pasta e papel. Este aumento
da área de eucaliptal e o progressivo aumento do número de incêndios levou à
redução da área de pinhal bravo.
Podemos considerar que, apesar da degradação progressiva, temos um país
tipicamente “florestal”. De facto, a paisagem florestal cobre mais de 1/3 do
território nacional e, em conjunto com outras associações vegetais, encerra
uma grande biodiversidade.

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Relativamente ao peso da actividade florestal na economia nacional, sabe-se
que esta representa 11% das exportações totais portuguesas e 3% para o
Produto Interno Bruto (PIB) … na mesma ordem de grandeza das actividades
agrícolas e agro-alimentares ou do sector dos têxteis e vestuário.
Para estas estimativas económicas (dados de 2003), conta a relevância de três
principais espécies florestais - pinheiro, eucalipto e sobreiro - necessárias para
desenvolver os seguintes sub-sectores incluídos na silvicultura e actividades
silvícolas:

- Papel e publicações (36%)


- Madeira e resinosos (33%)
- Silvicultura e caça (23%)
- Cortiça (8%)

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No caso da cortiça, a indústria a ela associada
tem um peso considerável na economia
portuguesa.
Portugal é o maior produtor e exportador mundial
de cortiça e produtos de cortiça. Às razões
económicas somam-se razões ambientais para
que o sobreiro seja uma das espécies florestais
legalmente protegidas. Essas razões ambientais
prendem-se com o facto dos montados de
sobreiro (conjugação de sobreiros e de azinheiras
com actividades agrícolas e pastoris) estarem
harmoniosamente adaptados ao clima e, portanto,
evitarem o alastramento de fenómenos de
desertificação do solo nessas regiões.

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A degradação das florestas e particularmente do solo tem-se dado, em larga
medida, devido à exploração intensiva de eucalipto.
Esta espécie, oriunda da Austrália entrou no século XIX no nosso país, embora
o seu cultivo só tenha sido generalizado na década de 80 do século XX. O seu
rápido crescimento (rentabilização em 10 anos), devido à alta capacidade de
produzir celulose, fez do eucalipto a espécie de excelência para a indústria de
pasta de papel. Aos poucos começaram a emergir vários argumentos que
colocam esta espécie como causadora de vários problemas ambientais a nível
nacional:

 consome demasiada água relativamente à capacidade dos nossos solos;


por esgota os nutrientes do solo, empobrecendo-o
 o plantio, com recurso a máquinas pesadas, favorece a erosão ao
provocar movimentações do solo.
 a monocultura desta espécie leva à formação de povoamentos pobres em
flora e fauna prejudicando o equilíbrio de qualquer floresta.
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Quanto aos incêndios florestais e suas
consequências, é sabido que a intervenção
humana, nomeadamente, através da má gestão
dos povoamentos florestais, de práticas
agrícolas incorrectas e de atitudes negligentes
ou mesmo intencionais têm feito aumentar
drasticamente a frequência de incêndios, pondo
em causa a regeneração das florestas, e a
protecção dos próprios cidadãos e seus bens.
Dados da Comissão Europeia, de 2006, dizem
que Portugal é o país do Sul da Europa que
mais incêndios florestais teve nos últimos 25
anos, e que é um dos que tem uma maior área
do seu território destruída por este flagelo.

Fonte - http://ambiente.maiadigital.pt/ambiente/floresta-1
(texto adaptado)
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