exatas na prática

Dicas para estudar os números!

sumário

01
É como jogar videogame
02
O básico é importante
pág. 04 pág. 07

03
A fórmula secreta
04
Receita do bolo
pág. 10 pág. 13
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É como jogar videogame . . .

Existe uma teoria de Mihaly Csikszentmihalyi que explica um estado
mental chamado de Flow, vou te explicar de uma forma bem simples como
ele funciona.

Vamos pensar em um videogame: os jogos possuem várias estratégias

para que ele consiga entreter o jogador e fazer com que o ele fique por
horas jogando sem enjoar, uma delas são os chamados “levels”. Essa
estratégia é sobre o jogador ter que cumprir desafios para passar para um
nível superior! O maior segredo para que isso aconteça é o seguinte: ao
mesmo tempo que o jogador precisa ter dificuldades para ter vontade de
se desafiar a passar de fase, essas dificuldades não podem ser tão
grandes, caso contrário o jogador desanima de jogar porque ele pressupõe
que não vai conseguir completar o level por mais que se esforce.

E é exatamente assim que funcionamos nos estudos no estado mental

de Flow. Para conseguir estar nesse estado mental, precisamos estar
passando por desafios, esses desafios nos fazem ficar mais habilidosos e
essa melhoria vai servir para que a gente possa passar para um nível mais
difícil ainda, o qual não seria possível encarar caso não tivéssemos
aprimorado nossas habilidades anteriormente. Agora fica mais fácil de
entender todo o resto!

A partir do momento em que eu não sei a teoria e vou direto para os

exercícios, é como se eu mal soubesse qual botão eu clico para o meu
bonequinho do jogo andar e mesmo assim, já quisesse iniciar a fase.

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O resultado desse esforço é claro: frustração! É óbvio que será muito mais
difícil eu conseguir passar de fase e cumprir os desafios daquela etapa,
pois vou ficar a maior parte do meu tempo tentando adivinhar as
instruções do jogo clicando em todos os botões. Sendo que seria muito
mais fácil eu ter lido o manual antes de começar o jogo.

Com os estudos não funciona diferente. Se eu começar estudar sem nem

ter noção do que se trata e de quais ferramentas vou usar para conseguir
realizar os exercícios, isso irá me gerar frustações e me dar a falsa
impressão de que é muito difícil, sendo que na verdade eu pulei a primeira
fase do jogo: entender a teoria.

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O básico é importante!
Agora está um pouco mais claro do porquê não podemos de forma alguma
ignorar a teoria antes de começar um exercício?

Usando essa mesma lógica podemos falar sobre os exercícios. É bobeira a

gente pensar que os exercícios mais fáceis devem ser ignorados, mesmo
você achando que já sabe fazer até de ponta. Pode até parecer que ele
seja muito fácil, principalmente quando você acabou de escutar a
explicação do seu professor e viu ele realizando todos esses exemplos de
exercício, afinal está tudo ali fresquinho na memória, mas é aí que a gente
se engana.

Já aconteceu de você chegar em casa e acabar esquecendo tudo? O

professor não está mais lá para te auxiliar e fazer passo a passo o exercício
com você. Mas não se preocupe, é normal que nesse meio tempo de
chegar em casa da escola você ter esquecido alguns passos de como
realizar aqueles exercícios. Vou dar algumas dicas simples que você pode
aplicar no seu dia a dia pra ajudar com esse tipo de problema.

1 Quando estiver na aula, preste muita atenção no exercício de exemplo

que o professor está fazendo no quadro. Anote exatamente cada passo
sobre como realizá-lo e não esqueça de tentar reproduzir sozinho o que
você acabou de aprender, pois caso você tenha alguma dúvida o
professor está na sala para te ajudar. Numere passo a passo o exercício,
assim você irá ter praticamente um manual sobre como realizar os
demais exercícios em casa.

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2 Procure no Youtube um vídeo de alguém realizando o passo a passo

daquele exercício, e use a dica anterior de anotação. A única diferença é
que se você ter alguma dúvida específica na resolução você não irá ter
alguém para te ajudar instantaneamente. Aliás, indico para você a Sala
do Saber, além das excelentes videoaulas (nível das melhores escolas
do país!) existem planos de assinatura em que você tem professores de
plantão para responder as duas dúvidas, aproveita e use meu cupom:
studies.

Voltando, os exercícios devem ser resolvidos por meio de uma hierarquia:

os mais fáceis primeiro, com a finalidade de fixar a teoria e compreender
claramente do que se trata o assunto; os médios para você ir aumentando
sua capacidade de raciocínio naquele tópico; os difíceis para você ter uma
noção se está conseguindo alcançar até as partes mais complexas e
profundas do conteúdo e, por fim, os desafiadores. Os exercícios
desafiadores são os que vão exigir de você o pleno domínio da teoria além
de uma noção de outros conteúdos somado a uma criatividade maior para
conseguir pensar em alternativas que fogem do padrão para a sua
resolução.

Os exercícios difíceis já são suficientes para você ter compreendido a

matéria, porém os desafiadores são os que farão com que você saia da
média. Caso você não consiga realizá-los, não se preocupe! O domínio dos
difíceis já é suficiente para você ter notas e resultados excelentes.

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A fórmula secreta
Agora vamos falar sobre as fórmulas! Todo e bom conteúdo de exatas
possui fórmulas, algumas alucinantes (não vamos entrar no mérito de
MHS). Mas você já parou para pensar que podemos deixar todo esse
mundo de fórmulas e símbolos muito mais fácil e prático? Não estou aqui
para te passar qualquer macete que seja, isso vou deixar a bel prazer da
sua criatividade.

O que eu quero passar para você são formas de usar fórmulas que vão
facilitar a sua vida.

1 Primeira coisa e com certeza a mais importante: você sabe qual é a

finalidade dessa fórmula? Ou pelo menos sobre qual assunto ela trata?
Isso é extremamente importante, principalmente quando estamos
estudando física. Muitos assuntos são parecidos e por isso não
devemos sobrecarregar nosso querido cérebro misturando as fórmulas.
Toda vez que você conhecer alguma fórmula nova, faça de tudo para
você associar ela ao máximo com aquele exercício, assim ficará muito
mais fácil saber qual fórmula usar na hora de realizar outro exercício
semelhante. Dica nº1: saiba de qual assunto aquela fórmula pertence.

2 A segunda coisa, e eu também considero uma das mais importantes, é

saber o que cada símbolo naquela fórmula significa. Eu sei que essa
dica parece clichê, mas eu também sei que você já pode ter ignorado
entender os símbolos daquela fórmula e no final das contas errou uma
questão por colocar os dados nos lugares errados!

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Não se preocupe, isso já aconteceu comigo, por isso eu estou aqui para
poder te mostrar que está tudo bem e que isso pode ser resolvido
facilmente. A partir do momento em que você entende qual os dados
que aquela fórmula precisa, resolver os exercícios fica mil vezes mais
fácil! Por meio de eliminação, você vai saber qual fórmula deve ou não
aplicar, até porque os assuntos possuem muitas vezes mais de uma
fórmula.

A partir de agora, toda vez que você estiver lendo uma questão, a
primeira coisa que você irá fazer será escrever os dados e analisar qual
fórmula que irá se encaixar naquela questão. Além disso, é importante
entender qual objetivo daquela fórmula, se o objetivo dela for achar um
valor, o mesmo que a questão pede como resposta, será fácil
reconhecer que é aquela fórmula. Entretanto as vezes não é tão claro o
que a questão quer que você traga como resposta, por isso é muito
viável você fazer uma análise por meio dos dados que ela fornece.

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Receita do bolo
Não podemos deixar de falar sobre padrões. Para dominar exatas, você
precisa começar a ter um olho afiado para perceber os padrões, isso vai
facilitar muito a sua vida. Por que eu falo sobre padrões? Porque diferente
de humanas, as exatas - na maioria das vezes - possuem um mesmo
processo de resolução.

A partir do momento que eu começo a não só querer resolver o exercício

de forma mecânica – pegando os dados, aplicando na fórmula e fim – eu
consigo criar um senso crítico sobre aquele exercício e começo a de fato
entender o porquê ele me deu aqueles dados e o que ele vai querer como
resposta. Esse olhar crítico vai te salvar com aqueles exercícios que são
mais difíceis e possuem um linguajar mais culto.

Você já se deparou com a situação em que você começa lendo achando

que é uma questão simples de física, mas no fim das contas você tem
certeza que o elaborador da prova quer que você descubra uma nova
fórmula de teletransporte? Isso já aconteceu comigo várias vezes, e
quando fui analisar mais a fundo percebi que pelos dados fornecidos era
só um problema simples de movimento uniforme. Ou seja, o elaborador só
quis fantasiar um pouco uma questão que era simples.

Um professor meu do cursinho, extremamente conceituado na área,

sempre nos dizia “façam muito bem feito os 20 exercícios oferecidos na
apostila e tentem ver padrões neles, pois em uma prova não tem como o
elaborador fugir muito disso, nesse assunto não existe questões que não

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estejam entre aquelas 20”.

Acredito que este resumo de dicas pode ser útil para seus estudos de
exatas. Eu sei que não estou reinventado a roda nem mesmo te
entregando uma fórmula mágica, mas eu queria mesmo compartilhar com
você o que funcionou comigo. Todos podemos sair ganhando!
Eu acredito que a organização seja extremamente importante, tudo fica
muito mais fácil e prático na hora de estudar. Supondo que você tenha um
ritual para realizar exercícios, como por exemplo: escrever na primeira linha
a fórmula, na segunda linha colocar todos os dados e do lado do valor do
dado que o exercício pede um “x” e ir resolvendo a fórmula passo a passo
com um resultado no final circulado. Isso faz com que toda vez que você for
realizar uma questão revise os dados que aquela fórmula precisa!

É como se fosse uma receita que você sempre segue e pode ter certeza
que no dia da prova, por mais nervoso que você esteja, você não irá se
confundir ou esquecer. Se você treina a sua receita todos os dias, é pouco
provável que mesmo nervoso, sua linha de raciocínio evapore ou “dê um
branco”, você tendo um padrão organizado na hora de realizar um exercício
reforça as suas redes neurais, e uma vez reforçadas é menos provável que
elas te deixem na mão.

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Esse resumo foi feito com muito amor em uma tarde
ensolarada na qual eu pude escolher entre ficar na piscina
tomando um solzinho, ou escrevê-lo para vocês. Mas não se
enganem, escrevi ele sentada em uma mesa com uma brisa
boa nos meus cabelos e vendo alguns passarinhos bonitos
ao redor da piscina. Unindo o útil ao agradável não tem
como dar errado, não é mesmo? Espero que tenha sido útil
para você e caso tenha sido, compartilhe com seus colegas
de classe, amigos e professores!

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Com muito carinho, Luana Carolina.