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e a Magia do Natal
Nico e a Magia do Natal
Nico e a Magia do Natal
Cena 1
(cortina fechada)
1. VOZ OFF 1
Narrador (voz off) – A história que vamos contar aconteceu muito perto do
Natal, quando o cheirinho a rabanadas começava a encher o ar das casas, as meias
começavam a ser colocadas nas lareiras e todos estavam a dar início, oficialmente,
à compra dos presentes. Normalmente ninguém fica de fora desta festa mas há
crianças que preferem ver para crer. Não acreditam em nada... Até prova em
contrário. Numa escola muito distante daqui, já quase todas as crianças tinham ido
embora. Falavam sobre a árvore de Natal, os presentes, o cheirinho a bolos e a
festa de dia 24. Mas a Sofia continuava sozinha. (pausa) Os pais trabalham muito e
não a conseguem ir buscar cedo. Ela é sempre a última a sair. Mas também... Não se
importa. Mesmo nesta altura. Diz sempre que não quer saber do Natal para nada
porque não acredita que ele signifique alguma coisa.
Cena 2
Sofia – Que seca. Fico sempre aqui sozinha. Os mais pequenos vão embora. Os
maiores vão embora. E a Sofia... Fica aqui. Bah! Mas também vos vou dizer. Hoje
ainda bem que fiquei. Estão todos a falar do Natal e do que ele significa. Para
mim significa receber presentes e é só mais um dia igual aos outros!
2. SOLO SOFIA
Sofia – Mas mesmo assim gostava que me viessem buscar. Dizem sempre que
estão a trabalhar mas tenho a certeza que estão é ocupados a fazer outras
coisas...
SOFIA
SOZINHA AQUI, SEM SABER
ONDE DEVO IR OU O QUE DEVO FAZER
SERÁ QUE VOU FICAR AQUI
EU NUNCA SEI SE ELES VÊM
FICO SEMPRE A DUVIDAR
TENHO MEDO QUE ALGUM DIA
NINGUÉM CHEGUE P’RA ME LEVAR
Texto e Letras: A. Queirós Pág. 2
Nico e a Magia do Natal
SOZINHA AQUI, SEM SABER
ONDE DEVO IR OU O QUE DEVO FAZER
SERÁ QUE VOU FICAR AQUI
Sofia – Não percebo esta coisa dos adultos: (imita) “não pudemos vir mais cedo,
estávamos a trabalhar”, “desculpa filha, estava a trabalhar”, “agora não dá filha,
estou a trabalhar”. Eu também trabalho – e MUITO – nesta escola e tenho sempre
tempo para eles. Será que... (pausa) Oh! Será que eles não gostam de mim? Se
calhar é isso. O que é que eu posso fazer para eles gostarem mais de mim?
(pausa; apercebe-se) Espera. Se calhar é outra coisa. É mesmo a minha família
que não presta. Só sabem chegar tarde. É isso! Ainda por cima está a aproximar-
se a pior época do ano. O Natal. Que nojo... Detesto o Natal. Toda a gente
reunida... Blach! (pausa) Se calhar se eu desaparecer é mais fácil para eles.
(boceja) Ai que sono... Vou-me só deitar um bocadinho e... (adormece; pausa)
3. SONOPLASTIA ADORMECER
Cena 3
Títi – Podemos, por favor, começar isto em condições? Vou contar até três e
apresentamo-nos. Um, dois...
Títi – Títi. O meu nome é Títi. Já que as minhas colegas fizeram batota já me
apresentei.
Tati – Não vale a pena ficares amuadinho, ok? Também não foi assim nada de
grave. Eu sou a Tati, já agora.
Tati – Tati.
Títi – Títi.
Tati – Juntos somos a equipa preferida do Nicolau, ou seja, do Pai Natal. Somos
os melhores duendes que ele tem.
Títi – Ele claramente arranjava melhor que tu, não sei onde foste buscar essa
ideia.
Tati – Hm... (pega numa lista) Menina, pequena, está na escola, não muito magra,
não muito gorda, não é loira mas também não é morena, parece ser simpática
mas também antipática, usa óculos umas vezes e não usa noutras, tem bom e
mau feitio. (olham os três para Sofia)
Teti – Espera lá. E vamos acordá-la como? Estamos aqui fartos de falar e ela não
acorda. Temos de conseguir atingi-la com uma sensação forte!
Títi – Claro! Fui eu que disse por isso para ti é sempre péssima.
Tati – Não é verdade! Às vezes dizes coisas acertadas mas eu estou sempre mais
certa. Não tenho culpa!
Teti – Pessoal, já sei! Vamos pedir ajuda à malta que está ali! Aposto que se eles
tentarem acordar a Sofia connosco vamos ter sucesso! Se não acordar com o som
destas vozes todas juntas acho que não acorda mesmo com nada.
Tati – Bom, talvez seja uma boa ideia. Vocês querem ajudar-nos? (sim) Então
gritamos o nome dela em três, dois/
Títi – Para, para, para!!! Não pode ser assim. Nós somos os duendes do Nicolau.
Já que vamos acordar a miúda vamos fazê-lo de forma diferente.
A SOFIA
VAMOS ACORDAR
A AVENTURA
VAI COMEÇAR
Títi – Fazemos três vezes e depois chamamos por ela com toda a força que
tivermos, combinado? (sim) Bora!
A SOFIA
VAMOS ACORDAR
A AVENTURA
VAI COMEÇAR
A SOFIA
VAMOS ACORDAR
A AVENTURA
VAI COMEÇAR
A SOFIA
VAMOS ACORDAR
A AVENTURA
VAI COMEÇAR
Cena 4
Tati – Hm, os teus pais não chegaram mas chegámos nós! Que tal?
Teti – Nós somos os duendes do Nicolau minha querida Sofia. E ele pediu que
viéssemos ter contigo para viveres uma aventura diferente.
Títi – Porque tu estás sempre a queixar-te. (imita) Ai que os meus pais não me
ligam nenhuma. Não fazem nada por mim. Vão deixar-me aqui!
Títi – Ah, exato! (imita) Odeio o Natal. O Natal é horrível. A pior época do ano.
Sofia – E é!
4. DUENDES DO NICOLAU
Tati – Bom, parece-me que aqui a nossa Sofia está a precisar de medidas
drásticas.
TÍTI
NÓS SOMOS DUENDES DO PAI NATAL
TATI E TETI
NÓS SOMOS DUENDES DO PAI NATAL
TÍTI
NUNCA NINGUÉM VIU NADA TÃO BRUTAL
TATI E TETI
NUNCA NINGUÉM VIU NADA TÃO BRUTAL
TÍTI
TRABALHAMOS PARA O NICOLAU GOSTAR
TATI E TETI
ESTAMOS CÁ, PRONTOS P’RA ENCANTAR
TÍTI
OS MELHORES
TATI, TETI E TÍTI
SEMPRE A ARRASAR
TETI
DESDE DE MANHÃ AO FINAL DO DIA
TATI E TÍTI
DESDE DE MANHÃ AO FINAL DO DIA
TETI
Cena 5
Títi – Obrigado.
Tati – Sim...?
Tati – Então... A primeira coisa que tens de aprender é a nossa música! (público)
Vocês aí, podem ajudar a Sofia?
Sofia – Yes, obrigada! Ah, e obrigada por terem ajudado a acordar-me. Estava
mesmo com sono pesado!
DUENDES
NÓS SOMOS, NÓS SOMOS DUENDES
NÓS SOMOS, NÓS SOMOS DUENDES
VIMOS P’RA ARRASAR
VIMOS P’RA MOSTRAR
SOMOS NÓS, OS MELHORES PARA TI!
NÓS SOMOS, NÓS SOMOS DUENDES
NÓS SOMOS, NÓS SOMOS DUENDES
VIMOS P’RA ARRASAR
VIMOS P’RA MOSTRAR
SOMOS NÓS, OS MELHORES PARA TI!
Títi – Aprendeste?
6. SOMOS DUENDES 2
Títi – Já sabem! Sempre que for o refrão contam connosco, ok? (sim)
TODOS
NÓS SOMOS, NÓS SOMOS DUENDES
NÓS SOMOS, NÓS SOMOS DUENDES
VIMOS P’RA ARRASAR
VIMOS P’RA MOSTRAR
SOMOS NÓS, OS MELHORES PARA TI!
NÓS SOMOS, NÓS SOMOS DUENDES
NÓS SOMOS, NÓS SOMOS DUENDES
VIMOS P’RA ARRASAR
VIMOS P’RA MOSTRAR
SOMOS NÓS, OS MELHORES PARA TI!
TATI
SOMOS RESPONSÁVEIS POR FAZER CHEGAR
OS PRESENTES TODOS AO SEU NOVO LAR
COM O NICOLAU HÁ PRAZOS A CUMPRIR
E POR ISSO TEMOS MESMO DE IR!
Títi – Boa, pessoal! E muito bem Sofia! Estou a ver que já estão todos a entrar na
onda dos duendes! Vocês são mesmo os maiores!
DUENDES
SOMOS RESPONSÁVEIS POR FAZER CHEGAR
OS PRESENTES TODOS AO SEU NOVO LAR
COM O NICOLAU HÁ PRAZOS A CUMPRIR
E POR ISSO TEMOS MESMO DE IR!
TODOS
NÓS SOMOS, NÓS SOMOS DUENDES
NÓS SOMOS, NÓS SOMOS DUENDES
VIMOS P’RA ARRASAR
VIMOS P’RA MOSTRAR
SOMOS NÓS, OS MELHORES PARA TI!
Cena 6
Sofia – Yes! Isto foi ma-ra-vi-lho-so! Incrível! E agora, o que vamos fazer? Vamos
puxar uns cabelos? Fazer umas rasteiras? Riscar uns cadernos? Roubar umas
lancheiras? Vá lá, qualquer coisa fixe! (pausa; os duendes estão em silêncio) Disse
algo que não devia?
Tati – Ah... Sim! Nós não fazemos essas coisas. Aliás, ninguém devia fazer isso!
Sofia – Porquê? É divertido! Além disso se vocês são duendes têm de fazer
asneiras. É o que se vê nos filmes. Os duendes fazem sempre asneiras!
Teti – Pois, mais olha... Se calhar o que tu vês nos filmes não é assim tão verdade.
(público) Vocês acham que as coisas que ela quer fazer são fixes? (não) Sofia, já
devias ter aprendido: não faças asneiras e não serás repreendido!
Títi – Nós? Tu é que és com essas ideias que só prejudicam os outros! Nós somos
duendes e os duendes nunca são aborrecidos! Gostamos de saltar, gritar, cantar,
dançar, brincar... Muuuuuitos ‘ar! Mas aborrecidos, não! Para além disso temos
de nos por a caminho senão nunca mais chegamos.
Sofia – Pronto, ok. Vamos lá. E... desculpem. Não devia ter dito para fazermos
estas coisas. Vocês têm razão. Há coisa mais divertidas do que fazer mal aos
outros.
7. ALARME
Duendes – Oh não!
Tati – Este som significa... problemas à vista. É sinal de que se passa alguma coisa
grave.
Teti – Liga rápido ao Nicolau para percebermos o que se passa! Temos de agir
depressa!
Teti – Ouve Sofia... Aquilo que se passa é que as crianças deixaram de acreditar
no Natal. Percebes? Foi isso que aconteceu. E isso é muito grave!
Títi – Acredita. Para o Nicolau ter acionado este código passa-se de certeza o que
se passou há 50 anos.
Tati – Bom.. Há 50 anos tudo parecia estar bem. Estava prestes a acontecer mais
um Natal. Os duendes já tinham feito imensos presentes e estavam a carregar o
trenó para eles serem entregues. Mas de repente, sem ninguém saber porquê, as
máquinas da fábrica começaram a desligar-se aos poucos. Ficaram preguiçosas e
não queriam trabalhar. Ou seja, a produção dos presentes parou.
Sofia – Estás a dizer que isso pode estar a acontecer agora? (duendes acenam que
sim; Sofia ri) Impossível! Não acredito que as pessoas tenham esse poder sobre
uma fábrica.
Tati – Sei que para ti isto não parece grave mas é. E muito! É que os duendes
também começaram a ficar preguiçosos.
Sofia – A minha irmã também fica preguiçosa quando não quer fazer os
Títi – Não é esse tipo de preguiça. Começaram a ficar mais lentos, mais fracos,
quase que.../
Sofia – Hello?! Eu não percebi o final da história. Tati! Teti! Títi! Alguém me pode
responder?
Teti – Olha Sofia. O que se está a passar é grave. Podemos contar contigo ou não?
Sofia – Sim, claro! Só gostava de perceber bem o que se passa mas se não posso
tudo bem. Ajudo na mesma no que for preciso. (para público) E tenho a certeza
que os meus amigos também. Certo malta? (sim)
Teti – Bom, não é tarefa fácil mas quando o código CRIACRE é ativado significa
que temos alguma tarefa para cumprir. Uma delas é acreditar mas como essa é a
mais difícil vamos deixar para o fim.
Títi – Exato! Vamos à primeira! Mas antes disso! Vamos preparar-nos para a
nossa grande tarefa. E para isso precisamos de um grande aquecimento. Todos
nós! (público) Vocês também! Por isso coloquem-se em posição... E agora façam
connosco!
8. AQUECIMENTO
DUENDES
AGITAR OS BRAÇOS BEM NO AR
SOFIA E PÚBLICO
AGITAR OS BRAÇOS BEM NO AR
DUENDES
PARA O LADO A DAR A DAR
SOFIA E PÚBLICO
PARA O LADO A DAR A DAR
(instrumental)
Títi – Continuem!
(instrumental)
DUENDES
A MINHA ANCA VOU RODAR
SOFIA E PÚBLICO
A MINHA ANCA VOU RODAR
DUENDES
E NÃO ME VAIS VER PARAR
SOFIA E PÚBLICO
E NÃO ME VAIS VER PARAR
DUENDES
VOU LÁ ACIMA E VOU AO CHÃO
SOFIA E PÚBLICO
VOU LÁ ACIMA E VOU AO CHÃO
DUENDES
SEMPRE EM MOVIMENTAÇÃO
SOFIA E PÚBLICO
SEMPRE EM MOVIMENTAÇÃO
DUENDES
E AGORA É SÓ DANÇAR COMO TU QUISERES
(instrumental)
(instrumental)
(instrumental; faz o Floss, o Dub e outros passos dos miúdos; todos imitam)
Todos – Boa!
DUENDES
RODAR A CABEÇA!
SOFIA E PÚBLICO
RODAR A CABEÇA!
DUENDES
AQUECER OS PULSOS!
SOFIA E PÚBLICO
AQUECER OS PULSOS!
DUENDES
OLHA OS TORNOZELOS!
SOFIA E PÚBLICO
OLHA OS TORNOZELOS!
TODOS
E AGORA É SÓ DANÇAR COMO TU QUISERES
(instrumental final)
Cena 7
Sofia – Yes! Isto foi altamente! Obrigada pessoal! Sentem-se de novo para
começarmos finalmente a nossa aventura! (crianças sentam-se e duendes
também)
Títi – Puf, estou mesmo cansado. Até parece que não fazemos isto todos os dias.
Dói-me tudo. Nem quero ver como é que vou acordar amanhã.
Tati – Bom... primeiro é importante que a produção de presentes não pare. Para
isso temos que manter as máquinas a trabalhar! Temos a Sofia connosco!
Teti – Tati, eu estou a perceber a tua ideia mas não me parece muito fácil de
concretizar. Estamos muito longe da fábrica.
Tati – Pois é, tens razão. Então não sei o que vamos fazer...
Sofia – Mas porque é que não vamos lá? Não estou a perceber.
(silêncio)
Sofia – Não! Esperem. Talvez não esteja tudo perdido. Talvez haja uma solução e
vocês podem não estar a ver bem!
Duendes – Sim...
Sofia – Mas ao longo do ano as pessoas não estão na fábrica para ajudar, certo?
Teti – Claro! Não podemos ter sempre pessoas a visitar a fábrica senão não
fazemos mais nada.
Sofia – Então...?
Duendes – Então...?
Sofia – Vocês não percebem? Se durante o ano não está lá ninguém a ajudar e as
máquinas funcionam significa que se movem através da ajuda das pessoas no
geral. Ou seja, vivem das pessoas se ajudarem umas às outras e não da ajuda no
Títi – Então estás a sugerir que se conseguirmos que tu nos ajudes aqui isso vai
funcionar e manter as máquinas em movimento?
Tati – Não sei... Podemos estar a perder tempo e esta pode ser a nossa única
solução!
9. ALARME 2
Títi – Não temos tempo para pensar. O alarme tocou outra vez. Significa que as
máquinas têm 5 minutos antes de pararem de funcionar!
Sofia – Mas calma! Eu não chego. Temos de ter a ajuda de mais pessoas. (público)
Alguém daí está disponível para nos ajudar? (sim)
(duendes vão buscar dez crianças; quando já estão todos em cima do palco)
Sofia – Mas vamos ajudar todos! Vocês ajudam-nos a salvar a fábrica do Pai
Natal? (sim) Então vamos todos ajudar da melhor forma que sabemos.
Sofia – Agora esperem! Nós aqui em cima. Temos de transportar todos aqueles
presentes para a árvore de natal! Cada presente tem de passar por todos. Assim!
(exemplifica) Perceberam? (sim)
Títi – (público) E vocês, lembram-se do ritmo que usámos para salvar a Sofia?
Aquele assim! (exemplifica; miúdos respondem sim) Então nós ficamos com a
música e eles com os presentes. Combinado? (sim) Vamos então!
Voz Off Nicolau – Muito obrigada Equipa! Conseguiram salvar a nossa grande
Fábrica. As máquinas não pararam e só assim conseguiremos entregar todos os
presentes. Obrigada Sofia. Mostraste ser uma verdadeira líder! E obrigada a todos
os ajudantes! Sem vocês não seria possível! Até já Duendes! Voltem depressa!
(todos festejam)
Cena 8
Teti – Bom... E agora que conseguimos assegurar a fábrica acho que temos de te
agradecer, Sofia. Se não fosses tu nunca teríamos conseguido. Fizeste-nos ver que
qualquer ação pode ter consequências, mesmo que não estejamos presentes no
sítio onde ela acontece.
Sofia – Sim. Lembrei-me disto por causa da minha professora da escola. Ela diz
que devemos sempre ajudar os outros. Mesmo que não esteja ninguém a ver.
Pelos vistos se ajudarmos parece que estamos mesmo a salvar alguma coisa.
Títi – Acho que a tua professora da escola nos salvou a todos! (riem) Tati? Estás
bem?
Teti – Eu estou a sentir-me estranha mas não queria estar a dizer porque achei
que iam pensar que queria descansar. E eu sou forte!
Títi – Somos todos fortes mas todos já percebemos que estamos bem mais
cansados que o normal. Mas sabem? Eu acho que sei de onde vem este cansaço
todo... Do ano que nós tivemos.
Tati – Isso é verdade! É que as crianças pedem cada vez mais presentes. Devem
achar que são as únicas a querer prendas. É mesmo difícil chegar a todos.
Títi – As máquinas fazem a parte final. Quem é que achas que vê as cartas que
vocês escrevem? Quem é que faz as listas do que cada um quer? Quem é que
organiza? Quem compra os materiais? Quem trata das faturas? Quem trata/
Títi – É... Nunca ninguém pensa que por trás de uma máquina há sempre uma
pessoa que só trabalha, trabalha, trabalha...
Tati – É que não paramos um segundo. Eu até já tenho bolhas nos pés de andar
de um lado para o outro!
Sofia – Esperem. Eu acho tive uma ideia para ajudar. E que tal... se eu fizesse... os
VOSSOS presentes? Já ajudava em alguma coisa, certo?
Sofia – Isso não faz sentido. A melhor cena do Natal é receber presentes.
Tati – Não. A melhor cena do Natal é dar presentes. Dar é muito melhor que
receber. Faz-nos sentir felizes, preenchidos. Quando alguém sorri com um
presente nosso ficamos felizes durante um ano.
Teti – Se calhar está na hora de começares a dar mais valor a outras coisas. Nós
trabalhamos para vos poder dar alguma coisa. Isso é super fixe! É como a tua
família! Trabalha para te poder dar tudo o que tens durante o ano. É que nós só
ajudamos no Natal!
Sofia – Pensei que os meus pais trabalhavam muito para não terem de me
aturar...
Teti – Claro que não. Todos nós temos de trabalhar para conseguir o que
queremos. Até tu!
Sofia – Eu?
12. TRABALHAR
Títi – Miúda! Todos nós temos de trabalhar para conseguirmos o que queremos.
Dependendo da idade e daquilo que fazemos trabalhamos de forma diferente.
Mas a palavra de ordem é...
Duendes – Trabalhar!
DUENDES
TRA-BA-LHAR SIM
TRA-BA-LHAR SIM
TRA-BA-LHAR SIM
SEMPRE SEMPRE A TRABALHAR
SÃO MILHARES DE EMBRULHOS A CHEGAR POR ANO
TANTOS QUE EU CONTO E ATÉ ME ENGANO
AS CRIANÇAS QUEREM TUDO A CORRER
E EU NÃO ME POSSO PERDER
LAÇOS E EMBRULHOS, TUDO A BRILHAR
PARA O PAI NATAL OS PODER ENTREGAR
SOMOS RESPONSÁVEIS POR FAZER PRESENTES
NEM PODEMOS FICAR DOENTES
TÍTI
NÓS JÁ ESTAMOS FARTOS DESTA CONFUSÃO
É SÓ PEDIDOS, CHAMADAS E CARTAS
TATI E TETI
SEMPRE COM SORRISOS PARA QUEM NOS VISITA
MAS NÓS JÁ ESTAMOS... MESMO FARTAS!
DUENDES
SÃO MILHARES DE EMBRULHOS A CHEGAR POR ANO
TANTOS QUE EU CONTO E ATÉ ME ENGANO
AS CRIANÇAS QUEREM TUDO A CORRER
E EU NÃO ME POSSO PERDER
TODOS
TRA-BA-LHAR SIM
TRA-BA-LHAR SIM
TRA-BA-LHAR SIM
SEMPRE SEMPRE A TRABALHAR
Cena 9
Sofia – Ufa! Trabalhar é mesmo cansativo. Até parece mais cansativo que os
trabalhos de casa da escola. Obrigada por me terem feito perceber isto. Vocês são
mesmo os maiores. Que me dizem de começarmos agora a nossa viagem até à
fábrica? É que com isto tudo já a salvamos mas ainda não a vi. Nem a ela nem ao
Nicolau. E eu queria tanto conhecê-lo. Tati? Teti? Títi? Está tudo bem?
Teti – Obrigada por nos teres ajudado a salvar a fábrica. É pena que não
consigamos salvar o resto.
Títi – Sofia... Obrigado por teres acreditado que era possível salvar o Natal. O
Nicolau ficará eternamente agradecido.
Sofia – Baixa de duendes?! Como assim baixa de duendes? Que sinal é este? O
que é que isto significa?!
Sofia – Espera Sofia. Tem de haver uma explicação. Isto não pode acabar assim.
Vamos recapitular a história do início. Eles disseram que há 50 anos isto
aconteceu. As máquinas deixaram de funcionar e os duendes ficaram de alguma
forma que não me quiseram dizer. Para resolver isto era preciso fazer umas
tarefas sendo que a última era acreditar e... Esperem. Os duendes! Acho que
estou a perceber tudo. Os duendes de há 50 anos... morreram? Não, eu não posso
deixar que isso volte a acontecer! (aproxima-se dos duendes) O que é que eu
posso fazer para ajudar? Por favor, digam qualquer coisa! (não respondem;
silêncio; lembra-se) A última tarefa é acreditar... A última tarefa é acreditar... A
última tarefa é... (percebe; para instrumental) Estou a perceber. Eu estou a
perceber tudo. Se as máquinas deixaram de funcionar porque as pessoas não se
ajudavam... Os duendes podem deixar de viver se as pessoas não acreditarem
neles. Se não acreditarem verdadeiramente no natal.
(música abre)
Tati – Sofia?
Tati – Vocês é que nos salvaram? Obrigada! Obrigada a todos por acreditarem na
magia do Natal.
Sofia – E acreditem. Só demorámos mais tempo porque vocês não tinham dito o
que aconteceu aos duendes há 50 anos.
Títi – Bom... se estivéssemos aqui para dar as respostas todas esta aventura era
demasiado fácil!
Teti – Eu cá acho que a aventura serviu para ensinar tudo o que viemos ensinar.
Teti – Bom... O Nicolau percebeu que tu não sabias muito bem qual era a
importância do Natal e pediu que nós viéssemos relembrar-te aquilo que estava
escondido no teu coração.
Títi – Portanto... A pergunta que se coloca é... Qual é a coisa mais importante do
Natal?
Sofia – Bom... Não é assim fácil responder... Mas eu diria que é ajudarmo-nos uns
aos outros, sem esquecer que tudo dá trabalho, que dar é melhor que receber e
claro... Sem acreditarmos verdadeiramente nada será possível!
Duendes – Exatamente!
Sofia – Sabem? Agora sou eu que me estou a sentir esquisita e cansada. Mas acho
que é melhor assim. (começa a deitar-se) Lembro-me de ter sono na escola e
adormecer. Quando dei por ela estava aqui. Espero mesmo que isto não tenha
sido um sonho mas também se foi... Bom... Foi o melhor sonho de sempre.
(adormece)
Cena 10
Tati – Ok pessoal. Amanhã há mais um para fazer acreditar mas por hoje...
Cena 11
17. AGRADECIMENTOS
(agradecem no instrumental)
TODOS
NÓS SOMOS, NÓS SOMOS DUENDES
NÓS SOMOS, NÓS SOMOS DUENDES
VIMOS P’RA ARRASAR
VIMOS P’RA MOSTRAR
SOMOS NÓS, OS MELHORES PARA TI!
NÓS SOMOS, NÓS SOMOS DUENDES
NÓS SOMOS, NÓS SOMOS DUENDES
VIMOS P’RA ARRASAR
VIMOS P’RA MOSTRAR
SOMOS NÓS, OS MELHORES PARA TI!
Fim