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Direito Penal III 29.10.

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Crimes Contra o Patrimônio

o Furto art.155 CP : subtração de coisa alheia, não pode haver furto de


coisa própria. É possível furto de coisa comum (art.156, CP). Crime do
qual o agente de forma clandestina, mas sem o emprego de violência
ou grave ameaça subtrai coisa alheia, essa precisa ter um valor
relevante.
Princípio da Oficiosidade: precisa ter valor para se moldar ao furto.
Exemplo: furtar uma caneta.

Subtração Coisa Alheia Móvel

Outrem

Tem que ter Animus de furtar.

Sujeito Ativo: crime comum, qualquer pessoa.

Sujeito Passivo: qualquer pessoa que tenha posse da coisa.

“Ilegibilidade de Coisa Adversa”: exclusão da culpabilidade de quem furta em


estado de necessidade.

No parágrafo 4°, inciso II: causa especial de aumento de pena, mediante ao


abuso de confiança.

Objeto Material: a coisa móvel

Parágrafo 3°: furto de energia elétrica ou qualquer coisa de valor econômico


( tudo).

Exemplo: furto de água;


Objeto Jurídico/ bem jurídico tutelado: o que integra o patrimônio alheio, a coisa
roubada.

O furto noturno é considerado o mais gravoso, pelo fato de reduzir o poder da


vitima de proteger sua vigilância do seu patrimônio. Sendo assim, o legislador
pune de forma mais severa essa ocorrência, em caso de repouso noturno.

“Não existe furto culposo”. O furto só existe em sua forma dolosa.

Elemento Subjetivo: Dolo

Consumação: consuma-se o crime quando há a inversão da posse (contato


com a coisa) e o sujeito ativo ele pode dispor da coisa, exercendo o poder de
dono, ainda que breve espaço de tempo.

Exemplo: pegou a coisa e foi preso na saída, não houve consumação, houve
tentativa.

Tentativa: inicia a execução, mas não consuma por circunstância alheia à


vontade.

Arrependimento Posterior: se o agente voluntariamente desiste de ficar com a


coisa, devolve ou repara o dano causado, tem uma causa de redução de pena
(art.16, CP). Contudo, o crime não pode ser causado com violência a pessoa.
“Não deixa de ser crime”.

Exemplo: art.168-A, CP. O empregador que recolhe as contribuições


previdenciárias, para si, está tipificado na apropriação indevida.

Classificação do crime de furto

o Simples: furto que não se adere a qualquer causa que possa majorar a
pena, tem direito a medida despenalizada, suspensão condicional do
processo, art.89 da lei 9.099.

o Privilegiado: parágrafo 2° modalidade de furto que a coisa seja de


pequeno valor (qual seria? Adota-se o valor inferior do salário mínimo e o
sujeito sendo primário, há divergência na doutrina, pelo valor ao sujeito
passivo.)

o Qualificado: quando incide na pena base, nas hipóteses prevista no


parágrafo 4°.
I. Destruição, rompimento de obstáculo para a subtração da
coisa.

Exemplo: arrombar a casa para pegar o que é móvel;

II. Abuso de confiança, fraude, escalada, destreza.

Abuso de confiança: precisa haver uma relação de confiança;

Exemplo: uma empregada já goza de confiança da família e tem o livre


acesso, aproveita-se disso para furtar, está tipificada nessa hipótese.

Fraude: Não se pode confundir com o crime de estelionato (art.171, CP).


No furto por fraude, leva a vítima ao engano e usa da fraude para
diminuir a vigilância da coisa. No estelionatário ele te engana e você
acaba dando para ele.

Exemplo: se caracteriza como funcionário de um condomínio para poder


usurpar o patrimônio.

Destreza: conhecido como mão-leve, consegue ter a capacidade de


usurpar sem que as pessoas tenham ciência.
III. Com emprego de chave falsa
IV. Em concurso de pessoas de duas ou mais: por representar uma
maior gravidade ao agente de maneira eventual. Ainda que não
incida qualquer uma das outras qualificadoras, tendo essa, o furto
é tido como qualificado.

Parágrafo 4°-A: novo tipo de furto punido de forma mais danosa.


Com emprego de explosivo ou semelhante que resulte perigo
comum, como uma qualificadora.

Exemplo: explodir o caixa eletrônico para furtar o dinheiro que tem nele.
Parágrafo 5°: furta para transportar o veículo para outro Estado.

Parágrafo 6°:

Parágrafo 7°: subtrai material explosivo.

Princípio da Insignificância ou da Bagatela: fato atípico, pois não fere a


lesividade necessária, os valores precisam ser significantes.

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