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Neste caso a espiral de entrada possibilita que a trajetória do veículo coincida
com o traçado, ou pelo menos, se aproxime dele.
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V2
Como a aceleração centrípeta varia inversamente proporcional ao raio ac = ,
R
varia linearmente com o grau da curva ac = V 2 ⋅ G ⋅ const , e, portanto, varia com o
comprimento percorrido.
Variando a superelevação com o comprimento, o que é vantajoso, teremos a
superelevação e a aceleração centrípeta variando na mesma proporção, proporcionando
ao veículo mais conforto tanto no trecho em curva como na transição.
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4. Parâmetros da curva.
Sendo Ls o comprimento da transição e Rc o raio do trecho circular, temos:
θ θ3 θ5
Y = L ⋅ − +
3 42 1320
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Em particular, no ponto SC da curva, onde R assume o valor de Rc e L é o
comprimento da espiral, que chamamos de Ls, temos:
Ls
θs = em radianos
2 ⋅ Rc
θ s2 θ s4
Xs = Ls ⋅ 1 − +
10 216
θ s θ s3 θ s5
Ys = Ls ⋅ − +
3 42 1320
Q = Xs − Rc ⋅ senθ s
p = Ys − Rc ⋅ (1 − cos θ s )
AC
TT = Q + ( Rc + p ) ⋅ tag
2
Dc = ( AC − 2 ⋅θ s ) ⋅ Rc
E=
( Rc + p ) − Rc
(
cos AC
2 )
TL = Xs − Ys ⋅ cot gθ s
Ys
TC =
senθ s
O valor de TT localiza os pontos TS e ST em relação ao PI, o valor de Q
abscissa do centro, serve para localizar o centro O’ em relação ao TS (ou ST), o valor de
p mede o afastamento da curva circular em relação às tangentes.
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Figura 04 – curva com transição.
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5. Comprimento da transição.
A entrada diretamente em uma curva causa um impacto devido a força
centrípeta, neste caso temos como exemplo a Figura 05.
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b. Critério de tempo: estabelece o tempo mínimo de 2 segundos para o giro do
volante e, conseqüentemente, para o percurso da transição.
Lsmin = 2 ⋅ V p , para unidades em um mesmo sistema.
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Figura 07 – inclinação relativa da borda externa.
Da Figura 07 temos:
e⋅lf
Ls ⋅ ir = e ⋅ l f ⇒ Lsmin =
irmax
Portanto,
e⋅lf
Lsmin = , paraV p ≤ 80 km / h, e;
0,9 − 0, 005 ⋅V p
e⋅lf
Lsmin = , paraV p ≥ 80 km / h.
0, 71 − 0, 0026 ⋅V p
Com esses valores e fazendo lf=3,6 m, temos a Tabela 02. Esses valores
arredondados são apresentados pela Tabela 03.
Tabela 02 – comprimento mínimo da variação da superelevação.
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Tabela 03 – valores arredondados para o comprimento mínimo da transição.
π ⋅ AC ⋅ Rc
Lsmax = , para Lsmax e Rc em metros e AC em graus.
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O comprimento de transição Ls pode ser um valor qualquer escolhido entre os
limites Lsmin e Lsmax.
A experiência mostra que valores de J=0,3m/s2/2 são bastante confortáveis, não
sendo necessário o uso de valores menores.
Desta forma é sugerido adotar Ls=2Lsmin (calculado pelo critério dinâmico), que
corresponde a J=0,3m/s2/s. chamaremos o valor assim obtido de Ls desejável.
Seria ideal utilizar o mesmo valor de J para todas as curvas. Isso significa
utilizar a mesma espiral, visto que:
V3 V3
J= ⇒J= , em que V é constante.
Ls ⋅ Rc K
Para usar o mesmo J em todas as curvas devemos adotar o seguinte
procedimento:
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1. Calcular para cada curva de transição, o comprimento mínimo (considerando
os três critérios) e o comprimento máximo, adotando, para esse parâmetro, o
0, 072 ⋅V 3
menor valor entre Lsdes = e Lsmax = AC ⋅ Rc .
Rc
2. Com o comprimento mínimo e o comprimento máximo obtemos, para cada
curva, o Jmax e o Jmin, respectivamente.
3. Tomando o maior Jmin e o menor Jmax, determinamos um intervalo de
variação do J, comum a todas as curvas, dentro do qual escolheremos o valor
de J único.
4. Podemos escolher o limite inferior do intervalo (menos J comum a todas as
curvas), pois assim, estaremos com uma boa reserva de conforto e segurança
sem incorrer no inconveniente de uma curva longa em demasia, porque o J
desejável foi incluído no cálculo do intervalo.
Exercícios
1. Considerando o projeto de uma rodovia para 100km/h. Calcular o
comprimento de transição mínimo, máximo e o desejável para uma curva
horizontal cujo raio no trecho circular é de 600,00 metros, a superelevação é
de 9%, o ângulo é de 60º e a largura da faixa de tráfego é 3,6m.
Resposta: Lsmin=72,00m; Lsmax 628,32m;Lsdes=120,00m.
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