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1,
n. 18 (2012)
DA INSTITUCIONALIZAÇÃO DA LOUCURA
À REFORMA PSIQUIÁTRICA: as sete vidas
da agenda pública em saúde mental no
1
brasil
FROM INSTITUTIONALIZATION OF
MADNESS TO PSYCHIATRIC REFORM: THE
SEVEN LIVES OF THE PUBLIC AGENDA ON
MENTAL HEALTH IN BRAZIL
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Resumo
Palavras-chave
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Abstract
Keywords
Introdução
2. A medicalização da loucura
Pode-se estabelecer
grosseiramente o período
imediatamente posterior à
proclamação da república como
o marco divisório entre a
psiquiatria empírica do vice-
reinado e a psiquiátrica
científica, a laicização do asilo,
a ascensão dos representantes
da classe médica ao controle
das instituições e ao papel de
porta-vozes legítimos do
Estado, que avocara a si as
atribuições da assistência ao
doente mental, em questões de
saúde e doença mental tal
como a gravidade da situação
exigia (RESENDE, 2007, p. 43).
Nesse período, a loucura é gradativamente medicalizada e o
tratamento psiquiátrico continua a ter como principal
fundamento o isolamento do louco da vida social. “Os
hospícios e as colônias agrícolas, destinadas aos loucos
curáveis, para tratamento através da práxis ou da
ergoterapia, foram surgindo e se multiplicando pelos
principais centros urbanos do país como ícones de sua
modernização” (PASSOS, 2009a, p. 107). Para Amarante
(1998a, p. 76), “este conjunto de medidas caracterizam a
primeira reforma psiquiátrica no Brasil, que tem como
escopo a implantação do modelo de colônias de assistência
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aos doentes mentais” .
Referências Bibliográficas