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Criativid Ana Cunha

ade
26 de outubro de 2019, 15h00-16h30
Biblioteca Municipal de Oliveira do Bairro
CRIATIVIDAD
E

1. CONCEITO E DEFINIÇÕES
2. CRIATIVIDADE vs INTELIGÊNCIA
3. BARREIRAS À CRIATIVIDADE
4. ESTIMULAR O PENSAMENTO CRIATIVO
5. CRIATIVIDADE NA INFÂNCIA
6. CRIATIVIDADE NAS EMPRESAS
O QUE É A CRIATIVIDADE?
CONCEITO E
DEFINIÇÕES
ü Originalidade, invenção, fantasia e imaginação;
ü Dimensão potencial: existente em todos os indivíduos e que se
manifesta nos produtos da criação
ü Combinação original de ideias;
ü Capacidade de criar, produzir ou inventar coisas novas;
ü Capacidade de estabelecer relações até ao momento
desconhecidas;
ü Processo de gerar ideias novas e manifestá-las, criando algo como
resultado;
ü  "Think outside the box“
ü Manifesta de diversas maneiras e que produz diversos efeitos
Alencar, E. M. L. S., & Fleith, D. S. (2003a). Criatividade:
múltiplas perspectivas (3a. ed.) Brasília: EdUnB.
CONCEITO E
DEFINIÇÕES
ü Expressão – disposição para captar estímulos e expressá-los com
sensibilidade. (Bellon, 1998)

ü Fantasia – faculdade que pode não ter em conta a viabilidade ou o


funcionamento daquilo que pensou. Tem a liberdade de pensar
qualquer coisa, mesmo a mais absurda, incrível ou impossível.
(Munari,1987)

ü Imaginação – flexibilidade para relacionar as vivências e


experiências. (Bellon, 1998)

Alencar, E. M. L. S., & Fleith, D. S. (2003a). Criatividade:


múltiplas perspectivas (3a. ed.) Brasília: EdUnB.
COMO PODEMOS
DEFINIR UMA PESSOA
CRIATIVA?
COMO PODEMOS DEFINIR
UMA PESSOA CRIATIVA?
De acordo com a maioria dos estudos sore características de
personalidade comuns aos indivíduos criativos face aos não-
criativos, encontram-se as seguintes constantes: devoção ao
trabalho, independência de pensamento e ação e impulso ou
motivação pela originalidade e flexibilidade.

Alencar, Eunice M. L. Soriano de. Criatividade. 2 ed. Brasília, UnB, 1995


COMO PODEMOS DEFINIR
UMA PESSOA CRIATIVA?
Os sujeitos criativos descrevem-se, nas listas de adjectivos:
“activos, ambiciosos, ansiosos, eficientes, inteligentes,
complicados, seguros de si mesmos, independentes,
engenhosos, idealistas, impulsivos, não convencionais e
desinibidos”.

Alencar, Eunice M. L. Soriano de. Criatividade. 2 ed. Brasília, UnB, 1995


CRIATIVIDADE vs
INTELIGÊNCIA
Teorias que estudam a relação entre inteligência e criatividade:

(i) a criatividade é um subconjunto da inteligência;

(ii) a inteligência é um subconjunto da criatividade;

(iii) a inteligência e a criatividade são dois construtos que se


sobrepõem;

(iv) a criatividade e a inteligência são sinónimos (conjuntos


coincidentes);

(v) e a criatividade e a inteligência são dois construtos distintos.


(Ferrándiz, Ferrando, Prieto & Sánchez, 2005; Sternberg & O´Hara, 2005; Sánchez, Almeida, Sáinz &
Ferrándiz, 2010).
Criatividade é um subconjunto
da inteligêcncia:

Ø A criatividade como parte da inteligência


Ø Guilford construiu um modelo que engloba o constructo da
criatividade dentro do da inteligência;
Ø Inclui processos cognitivos mais associados à criatividade (a
produção divergente);
Ø A produção divergente é uma das cinco operações da inte-
ligência, esta é a mais importante para a criatividade.
Ø

(Ferrándiz, Ferrando, Prieto & Sánchez, 2005; Sternberg & O´Hara, 2005; Sánchez, Almeida, Sáinz &
Ferrándiz, 2010).
Inteligência é um subconjunto
da criatividade:

Ø A inteligência como parte da criatividade


Ø Sternberg defendia que a criatividade é um constructo mais
amplo que engloba a inteligência;
Ø A criatividade é composta por seis elementos diferentes:
inteligência, conhecimento, estilo do pensamento,
personalidade, motivação e ambiente;
Ø Existem três aspectos chave da inteligência para a
criatividade: habilidades sintéticas, analíticas e práticas, que
funcionam conjuntamente no comportamento criativo.

(Ferrándiz, Ferrando, Prieto & Sánchez, 2005; Sternberg & O´Hara, 2005; Sánchez, Almeida, Sáinz &
Ferrándiz, 2010).
Inteligência e a criatividade são dois construtos
que se sobrepõem:
Ø A visão da inteligência e da criatividade como conjuntos que se sobrepõem
defende que em alguns casos estas capacidades são semelhantes, mas que
noutros aspectos são diferentes;
Ø Através do estudo dos comportamentos entre os criativos e os inteligentes,
observou-se que determinados efeitos podiam atribuir-se ou à inteligência ou
à criatividade, isto aparecia essencialmente na resolução de problemas;
Ø O Institute of Personality Assessment and Research (IPAR) es-tudou a
personalidade e investigou a relação entre a criatividade e a inteligência.
CONCLUSÕES DO ESTUDO - Os resultados globais indicavam que existe
uma correlação baixa entre a inteligência e a criatividade, tendo por
exemplo, as variáveis motivacionais um peso maior.
Ø E a Teoria dos Três Anéis enquadram-se dentro desta posição. Os três anéis são:
criatividade, inteligência e persistência na tarefa, estas podem estar em
separado ou juntas. O talento é a intersecção entre uma habilidade acima da
média, a criatividade e a persistência na tarefa, ou seja, a criatividade e a
inteligência sobrepõem-se, mas não são idênticas
(Ferrándiz, Ferrando, Prieto & Sánchez, 2005; Sternberg & O´Hara, 2005; Sánchez, Almeida, Sáinz &
Ø Ferrándiz, 2010).
Criatividade e a inteligência são
sinónimos (conjuntos
coincidentes)
Ø A inteligência e a criatividade como sinónimos

Ø A inteligência e a criatividade não se devem entender como


fenómenos separados

(Ferrándiz, Ferrando, Prieto & Sánchez, 2005; Sternberg & O´Hara, 2005; Sánchez, Almeida, Sáinz &
Ferrándiz, 2010).
Criatividade e a inteligência
são dois construtos distintos
Ø Criatividade e a inteligência são dois construtos distintos
Ø O estudo de Getzels e Jackson (1962) foi dos primeiros a investigar a
relação entre a criatividade e o sucesso académico: Dois grupos de
crianças: um grupo com “Alta Inteligência”, constituído por crianças
que pertenciam aos 20% do topo da escala de QI, mas não de
criatividade; e o outro grupo com “Alta Criatividade”, constituído
por crianças que pertenciam aos 20% do topo da escala em termos
de criatividade, mas não em QI.
Ø Concluiu que não existiam diferenças significativas entre os grupos em
relação ao sucesso académico, apesar dos alunos altamente criativos
terem 23 pontos de QI a menos que os alunos com Alta Inteligência,
sendo a correlação entre a criatividade e a inteligência muito baixa.
Ø
Ø
(Ferrándiz, Ferrando, Prieto & Sánchez, 2005; Sternberg & O´Hara, 2005; Sánchez, Almeida, Sáinz &
Ferrándiz, 2010).
Em conclusão
ü Os estudos realizados divergem não só nos resultados
encontrados, mas também nos diferentes domínios e
instrumentos de avaliação utilizados, seja ao nível da
inteligência, seja ao nível da criatividade, ou seja, a relação
entre inteligência e criatividade depende essencialmente dos
aspectos da criatividade e da inteligência avaliados.
BARREIRAS À
CRIATIVIDADE
1.Falta de motivação
2.Falta de habilidade
3.Inflexibilidade
4.Baixa sociabilidade
5.Falta de confiança
7.Pensamento amarrado aos hábitos e às coisas familiares
8.Falta de controlo da imaginação
9.Excesso de entusiasmo
10.Fixação em uma solução
11.Julgamentos prematuros, ou seja, a dificuldade em deixar fluir as
idéias sem realizar julgamentos;
12.Autocrítica aos pensamentos cria barreiras para a apresentação das
idéias.
BARREIRAS À
CRIATIVIDADE
Todas as pessoas, então, desenvolvem bloqueios, motivados por situações e
pressões pessoais e sociais que inibem o processo criativo. Normalmente as
pessoas apresentam medo de errar, medo da crítica, medo do ridículo e
comodismo.

Quando são submetidas a pressões sociais muito fortes quando divergem da


norma, condição quase necessária à criação.

Além disso, as pessoas têm necessidade de aceitação pelo grupo, e


divergir de pensamentos comuns ou inovar podem ser comportamentos
pouco agradáveis aos demais. Finalmente, a necessidade de segurança
impede ousadias maiores que possam arriscar a carreira ou o emprego das
pessoas.
ESTIMULAR O PENSAMENTO
CRIATIVO
Em oposição às barreiras, entretanto, existem comportamentos e
fatores que contribuem para a aceleração e a fluência das
inovações nas empresas:
o Automotivação/paixão pelo que se faz;
o Habilidades cognitivas especiais;
o Conhecimento e experiência na área;
o Desenvolvimento do espírito de equipa e entre-ajuda;
o Traços especiais de personalidade, tais como iniciativa,
independência, flexibilidade, persistência e
autoconfiança.
EXERCÍXIO

1) Associar 3 palavras diferentes ao conceito


de Caderno
2) Inventar novas funções para objetos
comuns (ex. mesa; telemóvel)

Vídeo – TED TALK


CRIATIVIDADE NA INFÂNCIA
Nos primeiros anos de vida, os atributos de personalidade dos
pais, sua forma de agir e criar os filhos, o ambiente do lar e a
forma de relacionamento são elementos de influência no
desenvolvimento do potencial criativo.

Se a família provê à criança experiências positivas ao seu


desenvolvimento criativo, estimuladoras de sua curiosidade natural
e fortalecedoras de sua autoestima, certamente a criatividade
aflorará com maior facilidade.
COMO
ESTIMULAR
A
CRIATIVIDAD
E
DAS NOSSAS
CRIANÇAS?

IDEIAS?
Para estimular a CRIATIVIDADE das
nossas crianças

1. Tempo
2. Espaços criativos
3. Jogos interativos
4. Leitura
5. Dar liberdade e independência - -com regras e limites justos
6. Respeitar a individualidade de cada um
7. Demonstrar que aprender não é somente ter notas altas
8. Atitudes/postura dos pais
9.
CRIATIVIDADE NAS
EMPRESAS
o A empresa é uma instituição que tem o privilégio de congregar
várias personalidades para em conjunto lutarem por
objetivos comuns, isto é, atingir a sua missão.
o A criatividade é um requisito essencial para o crescimento,
adaptação e sobrevivência das organizações. Entretanto,
observa-se um enorme desperdício do potencial criativo no
ambiente de trabalho da grande maioria das organizações.
o O desafio para as empresas é proporcionar um ambiente que
permita liberdade disciplinada de ação para que haja
fluência criativa das pessoas, mas em prol da missão
institucional, evitando-se, na medida do possível, erros e
prejuízos que possam afetar a imagem e os negócios.
o
o
CRIATIVIDADE NAS
EMPRESAS
Nas empresas os profissionais são induzidos a:
1. resolver problemas da maneira mais rápida e mais económica;
2. desenvolver conhecimentos em sua área de atuação;
3. competir (de forma saudável) com outros colegas;
4. destacar-se no que fazem, sendo positivamente diferentes.

Existem ainda os fatores externos e sociais:


1. alta concorrência;
2. aumento das exigências dos consumidores;
3. rapidez das mudanças;
4. velocidade das comunicações.
CRIATIVIDADE NAS
EMPRESAS
São desafios às organizações:
a) proceder às mudanças que se fazem necessárias em culturas organizacionais há
muito sedimentadas, marcadas pela resistência às novas ideias e refratárias às
exigências do mundo moderno;
b) conscientizar os indivíduos de sua capacidade pessoal para criar,
proporcionando-lhes treinamentos estimuladores da criatividade;
c) promover mudanças em comportamentos que afetam de forma adversa as
relações interpessoais e o clima no ambiente de trabalho;
d) construir um ambiente que valorize e cultive a criatividade.

Vídeo
Bibliografia e Webgrafia
Alencar, Eunice M. L. Soriano de. Criatividade. 2 ed. Brasília, UnB, 1995
Alencar, E. M. L. S. (2002). O contexto educacional e sua influência na criatividade. Linhas Críticas, 8 (15), 165-178.
Alencar E. M. l. S. (2004). Como desenvolver o potencial criador. Petrópolis: Vozes.
Alencar, E. M. L. S., & Fleith, D. S. (2003a). Criatividade: múltiplas perspectivas (3a. ed.) Brasília: EdUnB.
Alencar, E. M. L. S., & Fleith, D. S. (2003b). Contribuições teóricas recentes ao estudo da criatividade. Psicologia:
Teoria e Pesquisa, 19 (1), 1-8.
Alencar, E. M. L. S. (2000b). O processo da criatividade. São Paulo: Makron Books do Brasil.
Amabile, T. M. (1989). Growing up creative. Buffalo, NY: The Creative Education Foundation.
Amabile, T. M. (1996). Creative in context. Boulder, CO: Westview Press.
Ferrándiz, C., Ferrando, M., Prieto, M. D. & Sánchez, C. (2005) Inteligencias múltiples y creatividad. Revista
Electrónica de Investigación Psicoeducativa, 7 (3).
Lubart, T. (2007). Psicologia da criatividade. Porto Alegre: Artmed.
Martínez, A. M. (1995). Como desarrollar la creatividad em la escuela. In A. M. Martínez (Orgs.), Pensar y crear:
estrategias, programas y métodos (pp.156-208). Havana: Editorial Academia.
Martínez, A. M. (1997). A criatividade, personalidade e educação. São Paulo: Papirus.
Martínez, A. M. (2007). Criatividade e saúde nos indivíduos e
nas organizações. In A. Virgolim (Org.), Talento criativo: expressão em múltiplos contextos (pp.53-64). Brasília:
EdUnB.
Sánchez, M. D. P., Almeida, L., Sáinz, M., & Férrandiz (2010). 1º Seminário Internacional:
Contributos da Psicologia em Contextos Educativos. Braga: Universidade do Minho.

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