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Monografia Fernando Morquecho - Análise de Edifícios em Paredes de Concreto Moldadas in Loco PDF
Monografia Fernando Morquecho - Análise de Edifícios em Paredes de Concreto Moldadas in Loco PDF
NATAL-RN
2016
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL
The housing shortage remains a challenge for Brazil. To reduce it, a quick,
effective and industrialized building system that can supply new housing to the
population amid a growing demographic pressure is needed. In this context, fits the
constructive system of cast-in-place concrete walls. Beyond providing greater speed
to the construction, standardization of the process causes the buildings to be more
reliable. In this Undergraduate Thesis, construction and performance requirements
were analyzed, in addition to focusing on the cellular concrete, potentially usable
material in this system. In addition, the walls calculation procedure was explored
considering the new national regulation, the NBR 16055: 2012 – Cast in place
Concrete wall for construction of buildings - Requirements and procedures,
comparing it to the American Standard ACI 318: 2014 - Building Code Requirements
for Structural Concrete. It was also explored considerations that may be made to
resemble the Concrete Walls System to Structural Masonry Blocks Ceramic System.
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................ 1
2.2.3 Aço...................................................................................................... 7
3.1.3 Espuma............................................................................................. 24
8 CONCLUSÃO ................................................................................................ 71
REFERÊNCIAS ................................................................................................ 72
1. INTRODUÇÃO
1
São sinônimos: concreto leve celular; concreto celular; concreto espumoso, quando o
concreto celular é obtido por meio de um agente espumoso; concreto aerado.
2
Considera-se edifício simplificado o edifício de paredes de concreto de até 5 pavimentos
[entre outras condições] Associação Brasileira de Normas Técnicas (2012).
1
1.2 JUSTIFICATIVA
2
1.3 OBJETIVOS
3
2. O SISTEMA PAREDES DE CONCRETO MOLDADAS IN LOCO
4
2.2 SELEÇÃO DOS MATERIAIS E FORMAS
2.2.1 Concreto
5
O concreto convencional a ser usado deve apresentar fluidez adequada e
agregados com dimensões máximas compatíveis. De acordo com a ABNT NBR
16055:2012, as paredes internas podem ter, no mínimo, 8 cm de espessura. Com a
colocação da tela centralizada e após a inserção das instalações, podem haver
espaços em que o concreto, caso não tenha slump adequado, acabe por não
alcançar, originando nichos3.
Pelas características requeridas do concreto, uma opção tecnológica indicada
seria o uso de concreto autoadensável, podendo este ter uma relação água/cimento
bastante baixa. Entre outras vantagens deste tipo de concreto, Razera (2012, p. 16)
cita o melhor acabamento final, aumento da vida útil das formas e redução do custo
global da obra.
Quanto às formas, Sacht (2008, p. 52) diz que “[...] atualmente no mercado
estão disponíveis os sistemas de fôrmas tipo túnel com fôrmas metálicas; o tipo
mesa/parede e o tipo parede; os dois últimos podendo ser metálicas ou mistas
(metálicas e madeira).” O mercado ainda traz outras duas opções, são as formas
plásticas, que, de acordo com SILVA (2010) não requer travamento metálico
adicional, são compostos por módulos intercambiáveis múltiplos de 30 cm na altura
e múltiplo de 1 cm na horizontal. Há também o segundo, o de formas incorporadas à
estrutura4 (geralmente painéis de EPS), ou seja, a forma é concretada juntamente
com a parede, ficando lá por toda a vida útil da estrutura. Contudo, essa última é
uma alternativa abrangida pela norma. A ABNT NBR 16055:2012 traz que “Esta
norma não se aplica a: [...] paredes de concreto moldadas in loco com fôrmas
incorporadas [...]”.
3
Vazios ou nichos ocorrem quando, após a concretagem, alguns espaços, dentro da estrutura
a ser concretada, acabam ficando vazios. Podem decorrer de falhas na vibração, locais
congestionados com tubulações e/ou armaduras, principalmente.
4
Para mais informações, pode-se visitar sites de fabricantes, como a Polycrete
(http://www.polycrete.com/en/icf), entre outros. Conhecido no exterior por ICF – Insulated Concrete
Form.
6
A seleção da forma vai depender do grau de repetição do uso da mesma, da
qualidade exigida, da espessura da parede e consequente empuxo gerado pelo
peso do concreto, da disponibilidade de fornecedores na região, do ritmo de obra
desejado, e até, segundo Pandolfo (2007), do estudo de grua.
O escoramento deve ser projetado de modo a não sofrer, sob a ação de seu
peso próprio, do peso da estrutura e das cargas acidentais que possam
atuar durante a execução da estrutura de concreto, deformações
prejudiciais ao formato da estrutura de parede de concreto ou que possam
causar esforços não previstos no concreto. (ABNT NBR 16055:2012, p. 23)
2.2.3 Aço
Silva (201-?) afirma que, ao usar telas soldadas, deve-se procurar utilizar o
menor número de tipos de tela e o menor número possível de posições. Ainda, deve-
se identificar a sistematização de emendas horizontais e verticais.
7
2.2.4 Instalações
2.4.1 Locação
10
2.4.2 Armação
5
Caminho crítico corresponde à sequência de atividades determinantes para a conclusão de
um projeto, essenciais para o cumprimento do prazo final estipulado em projeto. É um indicador
utilizado na rede PERT/CPM, instrumento de programação de atividades da gestão de projetos.
12
A fixação dos eletrodutos e caixas elétricas às telas soldadas se faz necessário
para que não sejam deslocados na concretagem. Kits hidráulicos podem ser
montados fora do canteiro de obra ou em espaço destinado exclusivamente para
isso. Se o projeto previr banheiros espelhados, pode-se montar a instalação
completa previamente.
Esta etapa varia conforme o tipo de forma utilizada. Por serem preferidas, far-
se-á a análise de acordo com a montagem de formas plásticas e de alumínio. “O
ideal é que cada painel pese até 60 kg, um pouco mais pesado que um saco de
13
cimento.”6 Diz-se que essas formas são manoportáveis, já que podem ser
carregadas por uma única pessoa.
Os painéis de alumínio se enquadram nessa restrição, já que “cada painel pesa
menos de 18 kg/m²” (SILVA, 2009), o que gera um peso aceitável para modulações
de 0,60 m x 3,00 m. Os painéis são posicionados segundo os eixos das paredes,
que nesse momento já estarão marcados com a tela soldada.
6
Disponível na revista Téchne, n. 143, Paredes maciças, Fevereiro de 2009.
14
instalações hidráulicas. No caso das formas plásticas, o processo de montagem das
instalações e armadura pode ser invertido com o da própria disposição das formas.
Em ambos os sistemas de formas, é essencial a aplicação correta de
desmoldante. “O desmoldante recomendado para as fôrmas é à base de água e
parafina líquida.” (SILVA, 2009).
Esta etapa é essencial para a qualidade final do sistema, visto que as formas
determinarão a geometria das paredes. É importante notar que a ABNT NBR
16055:2012 fixa em ∓ 5 mm a tolerância dimensional para a espessura das
mesmas. Além de 1/10 do comprimento como tolerância ao comprimento linear, seja
por trecho ou total.
Adicionalmente, a norma determina que:
15
não deixar resíduos na superfície das paredes ou ser de difícil remoção,
podendo comprometer a aderência do revestimento final e o aspecto da
parede;
não alterar as características físicas e químicas do concreto;
não degradar a superfície das fôrmas.
2.6 CONCRETAGEM
O concreto pode ser usinado ou produzido na obra. Por ser compatível com o
sistema e permitir um maior controle tecnológico, os concretos usinados são
preferíveis. A adição de aditivos superplastificantes e fibras podem ser feitos no
caminhão betoneira quando este já estiver chegado ao local de aplicação. O uso da
fibra é importante quando o painel for muito grande e o efeito da retração tenha que
ser amenizado. “Recomenda-se o uso de concreto com fibras ou outros materiais
que diminuam os efeitos da retração.” (WENDLER FILHO, 2008).
A concretagem pode ser somente das paredes ou das paredes e lajes
conjuntamente. Segundo Sacht (2008), esse último sistema é chamado também de
OUTINORD (Flórida, EUA), referência à empresa que utiliza esse sistema com
formas do tipo túnel. É comum, também, que se mescle o sistema de paredes em
concreto com lajes pré-moldadas.
O recebimento do concreto é uma etapa importante, já que o slump deve
corresponder ao especificado no projeto para um bom desempenho do sistema.
Para esta etapa, deve ser consultada e seguida a norma ABNT NBR 12655:2015 –
Concreto – preparo, controle e recebimento. O procedimento da ABNT NBR NM
67:1998 – Ensaio de abatimento do concreto (Slump teste) deve ser seguido ou,
caso o concreto seja autoadensável, deve-se seguir a ABNT NBR 15823-2:2010 –
Concreto auto-adensável Parte 2: Determinação do espalhamento e do tempo de
escoamento – Método do cone de Abrams.
16
“Usualmente, o lançamento do concreto nas fôrmas pode ser feito utilizando
caçambas içadas por guindastes ou utilizando bombeamento.” (SACHT, 2008). Já
segundo a ABCP (2009), deve-se utilizar preferencialmente bomba para o
lançamento do concreto nas formas. Entre as razões, destacam-se: o tempo de
operação, redução de perdas e garantia da trabalhabilidade do material.
De acordo com a ABCP (2009), o lançamento deve ser planejado. A escolha de
pontos de lançamento não é aleatória, mas pensada de modo que a massa fluida de
concreto possa caminhar homogeneamente, preenchendo todos os vazios. Misurelli
e Massuda (2009) expõem uma sequência a ser seguida para o lançamento:
Iniciar por um dos cantos da construção até as paredes próximas
estarem cheias;
Seguir mesmo procedimento no canto oposto;
O procedimento é o mesmo para os outros dois pontos;
Pontos nas linhas elevadas (telhado);
O concreto deve ser lançado o mais próximo possível de sua posição
final;
Não deve haver interrupções com duração superior a 30 minutos.
Essas recomendações são relativas a edificações térreas com 4 cantos
opostos.
Outros cuidados devem ser tomados. De acordo com a ABNT (2012), contra a
segregação, devem ser usados dispositivos que conduzam o concreto, minimizando
17
a segregação, como funis, calhas e trombas. Quando a altura de queda livre for
superior a 2,00 m, no caso de peças estreitas e altas, outros cuidados devem ser
tomados.
“Nas concretagens de lajes inclinadas e escadas, deve-se conduzir o concreto
de forma ascendente, ou seja, das regiões inferiores para as superiores do elemento
estrutural.” (ABNT, 2012, p. 32).
2.6.3 Adensamento
18
“Deve ser evitada a vibração excessiva do concreto, que pode provocar a
segregação do material e a migração de finos e água para a superfície (exsudação),
de forma a não prejudicar a qualidade e o desempenho do acabamento.” (ABNT,
2012, p. 34)
“A cura [...] deve ser realizada tomando cuidado para evitar mudanças bruscas
de temperatura, secagem, vento, chuva forte, agentes químicos, choques e
vibrações de grande intensidade para evitar o surgimento de fissuras e trincas.”
(FIABANI, 2010).
Como a superfície de concreto, no caso das paredes, fica com pouca área
superficial exposta (apenas a face superior), então o cuidado maior é justamente
com essa face. Recomenda-se mantê-la úmida, ainda mais se for usado aditivo
acelerador de pega (ter cuidado com os cloretos, geralmente presente nesse tipo de
aditivo, que podem causar danos às armaduras). A cura pode ser feita por
molhagem logo após o fim da pega, já que “[...] o melhor sistema para a inibição de
fissuras por retração é a cura úmida.” (BATISTA, et al, 2014).
De acordo com Misurelli e Massuda (2009), “A retirada das estruturas
provisórias deve ser feita após o concreto atingir a resistência prevista no projeto,
sem impacto, evitando o aparecimento de fissuras”. Geralmente, 3 MPa é adotada
como uma resistência à compressão adequada para a desforma. A ABNT NBR
16055:2012 enuncia uma precaução nessa etapa:
19
As formas, logo após serem retiradas, são dispostas ao lado da edificação para
o processo de limpeza e aplicação de desmoldante visando ao próximo uso. Sobre
esse processo, Silva (2010) transmite uma recomendação da empresa Easy Set
Mills:
20
Figura 10 - Equipamento para trabalho em altura
2.7 COBERTURA
2.8 ACABAMENTO
21
2.8.1 Revestimento interno
22
3. CONCRETO CELULAR
3.1 MATERIAIS
3.1.3 Espuma
3.2 DOSAGEM
24
De acordo com Mohammad (2011), não há um método padrão para dosagem
do concreto celular espumoso. Ainda: dosagens de concreto tradicional não podem
ser usadas de forma análoga para concreto espumoso7.
3.3 PROPRIEDADES
3.2.1 Densidade
7
A título de comparação: na dosagem de concreto comum, a resistência à compressão
determina o fator água/cimento para assim calcular o volume de água. No concreto espumoso, a
densidade a que se quer chegar e o fator água/cimento são os fatores inicialmente fixados.
25
dosagem já existentes. Quando a razão água/sólidos é alta, a adição de mais água
torna a pasta muito fina para conter as bolhas, que acabam segregando,
aumentando a densidade do concreto. Do lado oposto, com uma razão água/sólidos
baixa, “[...] a espuma é muito seca e usará a água da pasta, que é necessária para a
hidratação do cimento e ganho de resistência”. (AMIRRASOULI, 2015, p. 44)
. “Instabilidade no concreto celular espumoso faz com que a densidade varie e
isso pode causar uma segregação não prevista, colapso e eventual inaptidão para o
emprego projetado.” (YERRAMALA apud MOHAMMAD, 2011).
Segundo Narayanan e Remamurthy (2000, p. 325), uma forma esférica dos
vazios otimiza o desempenho do concreto celular. Além disso, esses poros têm que
ser distribuídos uniformemente por toda a massa de concreto. Evidentemente,
quanto maior a dimensão do vazio, menor será a densidade do concreto.
26
Segundo Mohammad (2011, p. 38), o valor típico de resistência para o concreto
espumoso de densidades entre 800 e 1.000 kg/m³ é de 1-8 MPa. “Com uma
resistência à compressão mínima de 25 MPa, o concreto espumoso tem o potencial
de ser usado como um material estrutural” (JONES e MCCARTHY, 2005). Para
concretos celulares normais, uma resistência de 25 MPa só seria atingida com
densidades variando de 1.800 kg/m³ a 2.000 kg/m³.
Resistência à
Densidade
compressão aos
seca (kg/m³)
7 dias (N/mm²)
8
High Performance Cellular Concrete (HPCC) em inglês.
27
Tabela 2 - Dosagens usadas na pesquisa de Dawson et al (2015)
Traços
FC3 FCa3 FC6 FCa6 FC9 FCa9
Densidade alvo
1300 1300 1600 1600 1900 1900
(kg/m³)
Teor de cimento
500 450 500 450 500 450
(kg/m³)
Sílica Ativa
- 50 - 50 - 50
(kg/m³)
Fator
0,475 0,300 0,500 0,325 0,525 0,350
água/cimento
Superplastificante
- 7,5 - 7,5 - 7,5
(kg/m³)
Teor de água
237,5 150,0 249,9 162,5 262,5 175,0
(kg/m³)
Teor de areia
562,0 514,0 850,0 744,0 1137,5 974,0
(kg/m³)
Cinza Volante
- 128,5 - 186,0 - 243,5
(kg/m³)
Espuma (kg/m³) 19,1 19,1 13,3 13,3 7,5 7,5
Agente
espumificador 0,35 0,35 0,24 0,24 0,14 0,14
(kg/m³)
Espuma (m³) 0,424 0,424 0,295 0,295 0,166 0,166
Idade (dias)
29
Figura 13 - Módulo de elasticidade do concreto celular
Fibra de polipropileno de 19 mm
Selado e curado
Fonte: MELLIN, 1999
30
3.2.5 Desempenho térmico
Densidade Condutividade
seca (kg/m³) Térmica (W/mK)
400 0,10
600 0,11
800 0,17-0,23
1000 0,23-0,30
1200 0,38-0,42
1400 0,50-0,55
1600 1,00-1,20
31
Gráfico 2 - Condutividade térmica por densidade seca
Condutividade Térmica
1,2
Condutividade Térmica (W/mK)
y = 0,0383e0,0019x
1 Condutividade
R² = 0,9729 Térmica
0,8
0,6
Exponencial
(Condutividade
0,4 Térmica)
0,2
0
0 500 1000 1500 2000
Densidade seca (kg/m³)
3.2.6 Retração
32
celular por causa de sua alta porosidade total (40-80%) e superfície específica dos
poros (por volta de 30 m²/g).
Dentre alguns fatores que influem na retração, de acordo com o supracitado
autor, estão: distribuição e tamanho dos poros, sendo que poros mais dispersos e
menores com mesmo volume de outras distribuições de poros maiores causam
maior retração; concretos celulares produzidos apenas com cimento mostram uma
retração maior do que os produzidos com cimento e sílica; processos como o
autoclave causam uma redução de até 80% em comparação à cura exposta ao ar;
condições ambientais, como umidade relativa do ar e teor de umidade na massa.
33
O comportamento do concreto celular é um pouco diferente do concreto normal
devido à presença maior de vazios. Explica Amirrasouli (2015, p. 46), sobre o
concreto comum:
34
4. DIMENSIONAMENTO: COMPARAÇÃO DA NBR COM OUTRAS
NORMAS RELATIVAS À PAREDE DE CONCRETO E COM A
ALVENARIA ESTRUTURAL
Fonte: Autor
35
Figura 16 - Planta baixa do 4º piso
Fonte: Autor
36
A edificação possui juntas estruturais, o que faz com que o comportamento da
mesma se dê como três edificações distintas – separadas por retas vermelhas na
planta baixa, na Figura 16.
O grupo de paredes escolhido para o dimensionamento, que a partir de agora
será chamado de Grupo P, foi o formado pelas paredes Par44, Par49, Par70 e
Par59, delimitados pelos linteis das janelas J1 e J2 e pela porta P3. As figuras
abaixo ilustram o grupo e sua localização em relação à planta baixa.
Fonte: Autor
4.2 METODOLOGIA
37
Em seguida, será feito o dimensionamento do mesmo grupo de parede às
forças horizontais. As forças horizontais serão obtidas por das considerações da
ABNT NBR 6123:1988 – Forças devidas ao vento em edificações.
Proceder-se-á à comparação entre os diferentes dimensionamentos. Ao longo
de todas as etapas, serão invocadas diferentes considerações das normas em
análise.
As normas usadas para o dimensionamento serão: ABNT NBR 6118:2014 –
Projetos de estruturas de concreto – Procedimento; ABNT NBR 15812-1:2010 –
Alvenaria estrutural – Blocos cerâmicos Parte 1: Projetos; ABNT NBR 16055:2012 –
Parede de concreto moldada no local para a construção de edificações – Requisitos
e procedimentos; e ACI 318:2014 – Building Code Requirements for Reinforced
concrete.
Outras normas serão usadas para suportar as considerações construtivas e de
cálculo que porventura possam influenciar no dimensionamento.
Propriedades físicas
fck, fbk ou Densidade
Material Ei (MPa) fyk (MPa)
fpk (MPa) (kN/m³)
Bloco cerâmico 8.000 8,0 - 13,0
Argamassa 6.000 5,0 - 19,0
Prisma 3.360 3,2 - -
Concreto (parede) 11.171 20,0 - 15,0
Concreto (laje) 31.000 30,0 - 25,0
Graute 25.000 25,0 - 24,0
Aço (barra) CA-50 210.000 - 500 78,5
Aço (tela) CA-60 210.000 - 600 78,5
Fonte: autor
38
Para a argamassa de assentamento da alvenaria estrutural, foi considerada
uma argamassa com resistência à compressão aos 28 dias ( ) de 5 MPa.
A resistência característica do bloco foi obtida pelo porte da obra. Um bloco de
= 8 MPa (área bruta) é razoável para um prédio composto por térreo mais cinco
andares. A resistência característica do prisma foi obtido por correlação com a
resistência característica do bloco, sendo o fator de eficiência = 0,4. A ABNT NBR
15812-2:2010 – Alvenaria estrutural – Blocos cerâmicos Parte 2: Execução e
controle de obras, admite valores de entre 0,15 e 0,50 para ser
considerado como valor de projeto. Neste trabalho, foi considerado , e
está de acordo com a norma. Santos (2008) apresenta vários resultados de diversos
autores que obtiveram fatores de eficiência de , dependendo
especialmente, além da resistência do bloco, da resistência da argamassa. Sánchez
(2013) reuniu vários estudos sobre a influência dos fatores que influenciam na
resistência do prisma e chegou a conclusões semelhantes a Santos (2008).
O módulo de elasticidade E do bloco e da argamassa foram obtidos com base
em Santos (2008). Segundo a ABNT NBR 15812-1 (2010, p. 9), o módulo de
elasticidade do prisma pode ser estimado em 600 , resultando em 2,40 GPa (área
bruta), que, de certa forma, é um resultado conservador.
Todos os valores para propriedades do concreto da laje foram obtidos por
indicações da ABNT NBR 6118:2014, exceto o , que foi fixado em 30 MPa.
Para o concreto celular, foram usadas indicações do ACI 318:2014. Na tabela
19.2.1.1, a norma citada especifica que concretos leves devem possuir pelo menos
uma resistência característica à compressão de 17 MPa. Foi escolhido, assim, um
concreto de 20 MPa. Para este concreto, a resistência correspondente, através de
dosagens já mostradas neste trabalho, pode ser obtida com uma densidade de 1500
kg/m³. Para o módulo de elasticidade de concretos leves com densidade entre 1440
e 2560 kg/m³, o ACI 318 (2014) traz a seguinte equação:
√ ( )
39
Para a espessura da parede de concreto foi adotado 12 cm. Tanto a norma
ABNT NBR 16055:2012 como o ACI 318M:2014 adotam valor mínimo de 10 cm para
paredes externas. Para uniformizar, todas as paredes terão a espessura de 12 cm.
4.3.2 Ações
Peso Próprio
Densidade Altura Largura Peso
Componente
(kN/m³) (m) (m) Valor Unidade
Parede de concreto
15,0 2,70 0,12 4,86 kN/m
celular
Alvenaria de bloco
13,0 2,70 0,19 6,67 kN/m
cerâmico
Laje de concreto 25,0 0,10 - 25,0 kN/m²
Piso cerâmico 30,0 0,01 - 0,30 kN/m²
Forro de gesso 12,5 0,01 - 0,13 kN/m²
Fonte: autor
Como ação acidental, foi considerada uma ação distribuída na laje igual a 2
kN/m², como preconiza a ABNT NBR 6120:1980 – Cargas para o cálculo de
estruturas de edificações. O valor característico foi tomado para área equivalente a
despensa, área de serviço ou lavanderia para facilitar os cálculos e à favor da
segurança. As demais cargas foram obtidas seguindo orientações da referida norma,
ou, como no caso de piso cerâmico e forro de gesso, foram obtidos de fornecedores
dos materiais em sites da internet.
A carga horizontal foi obtida de acordo com a ANBT NBR 6123:1988 – Forças
devidas ao vento em edificações. Os valores de Fx e Fy estão dispostos na Tabela
6. Porém, será considerada apenas a força no eixo y (Fy) para não tornar este
trabalho demasiado longo. Como não faz parte do objetivo deste trabalho, efeitos
resultantes de imperfeições geométricas globais, retração, gradiente térmico,
fluência e outros não foram considerados.
40
Figura 18 - Orientação das forças horizontais de vento
Fonte: autor
Vento
Piso Fx (kN) Fy (kN)
5 32,6 94,4
4 31,5 91,4
3 30,2 87,4
2 28,3 81,9
1 24,7 71,1
Fonte: autor
( )
Essa expressão é a mesma usada pela ABNT NBR 6118:2014 (sem levar em
conta as ações indiretas). A ABNT NBR 15821-1 (2010, p. 15) admite classificar a
edificação em Tipo 1 ou Tipo 2, sendo o Tipo 2 “aquelas em que as cargas
acidentais não superam 5 kN/m²”. De acordo com esta norma, para ações
permanentes e edificações Tipo 2, o coeficiente de ponderação para combinações
normais de ações deve ser de 1,40 para ações permanentes e 1,40 também para as
variáveis.
41
Ainda de acordo com a ABNT NBR 15821-1 (2010, p. 15), o coeficiente para
redução de ações variáveis deve ser tomado como 0,5 para cargas acidentais
em edifícios residenciais e 0,6 para pressão do vento em edificações em geral.
A ABNT NBR 16055 (2012, p. 9) indica que os coeficientes de ponderação de
esforços “devem ser determinados conforme a ABNT NBR 6118:2007 quanto a
combinações para os estados limites último (ELU) e de serviço (ELS)”. Como a parte
de combinação de ações não foi alterada da versão 2007 para 2014, optou-se por
seguir a de 2014. O , segundo a ABNT NBR 6118 (2014, p. 65), tabela 11.2, deve
ser tomado igual a 0,5 para cargas acidentais de edifícios residenciais e 0,6 para
pressão dinâmica do vento nas estruturas em geral. A tabela 11.1, na mesma
página, traz a seguinte assertiva “Para as cargas permanentes de pequena
variabilidade, como o peso próprio das estruturas, especialmente as pré-moldadas,
esse coeficiente [ ] pode ser reduzido para 1,3”. Ora, é razoável que se considere
Carrega-
Combinação de carregamento Equação mento
Principal
9
No índice de notação da referida norma, D = effect of service dead load (carga permanente);
S = effect of service snow load (carga variável da neve); Lr = effect of service roof live load (carga
variável na cobertura); L = effect of service live load (carga variável de ocupação); R = cumulative
load effect of service rain load (carga acumulativa da água devido à chuva); W = Wind (vento); E =
effect of horizontal and vertical earthquake-induced forces (efeito devido a esforços sísmicos).
42
Posteriormente, traz outras observações, como “O fator L pode ser reduzido
para 0,5 nas equações (5.3.1c), (5.3.1d) e (5.3.1e) exceto em [...] (c) Áreas em que L
é maior que 4,8 kN/m²”. Portanto, quando a equação (5.3.1c) for empregada, o fator
L será reduzido.
Para a combinação de ações, foram consideradas três situações, quando
aplicáveis às normas respectivas: a primeira considera o peso próprio e a carga de
ocupação como única variável, na segunda, a ação variável principal é o vento, na
terceira, a principal é a carga de ocupação. A tabela abaixo resume as combinações
de ações para as diferentes normas e usando os diferentes materiais.
Combinação - Denominações
Peso
Próprio G+Q G+V +Q G+Q+V
(G)
NBR 6118 G6118 GQ6118 GVQ6118 GQV6118
Fonte: autor.
A lógica usada para formular o nome das combinações foi a seguinte: as três
primeiras letras indicam o tipo de carregamento, sendo G = peso próprio; Q = carga
de ocupação variável e V = vento. A sequência delas indica qual é a ação variável
principal, da esquerda para a direita. Por exemplo: GQV6118 é a combinação feita
de acordo com a norma ABNT NBR 6118:2014 que tem como carga variável
principal a carga de ocupação e como carga variável secundária o efeito do vento.
Da mesma forma, a GQACI é a combinação feita de acordo com a norma ACI
318:2014, que tem como ação variável principal a carga de ocupação e não leva em
conta o vento.
Na Tabela 9 podem ser encontrados os coeficientes de minoração usados em
cada combinação. Os valores característicos das ações serão sempre os mesmos,
excetuando-se a diferença de peso próprio entre o concreto celular – usados nas
43
combinações das normas ABNT NBR 6118:2014 e ACI 318:2014 – e a alvenaria de
blocos cerâmicos – usado na combinação da norma ABNT NBR 15821-1:2010.
Ressalta-se que para o caso de alvenaria em bloco cerâmico, será usada
apenas a norma brasileira ANBT NBR 15821-1:2010.
Fonte: autor
10
Na consideração de uma variável secundária, os valores levam em conta o fator de
simultaneidade e o de majoração. Por exemplo, segundo a ABNT NBR 6118:2014, na consideração
do vento como variável secundária, deve-se calcular = 1,40,6 = 0,84 .
11
Carregamentos de vento
44
norma também especifica que essa regra vale para um determinado tipo de
superfície, de classe C. Esta é classificada como:
Mais adiante, tem-se que, para se estimar uma velocidade básica usando
dados climáticos regionais (e não o mapa indicado pela norma), deve-se considerar
“[...] pelo menos uma velocidade de vento com período de retorno de 500 anos
dividido por √ .” (ASCE, 2002, p. 28). A norma citada não traz em seu texto a
maneira como foi determinado os períodos de retorno para as velocidades básicas
constantes no mapa de isopletas da mesma (Figuras da seção 6.1).
Já a ABNT NBR 6118:2014 baseia-se na ABNT NBR 6123:1988 – Forças
devidas ao vento em edificações que traz “A velocidade básica do vento, é a
velocidade de uma rajada de 3s, excedida uma vez em 50 anos, a 10 m acima do
terreno, em campo aberto e plano.” (ABNT, 1988, p. 5).
Evidentemente, trata-se de métodos diferentes, sendo a norma americana
aparentemente mais específica em suas considerações. Não entrando no mérito
dessas especificações, foi utilizada a norma brasileira de vento para determinação
do valor característico desse tipo de ação – a ABNT NBR 6123:1988.
45
Tabela 10 - Esforços solicitantes de projeto
Fonte: autor
46
5 VERIFICAÇÃO DO DIMENSIONAMENTO DA ALVENARIA
ESTRUTURAL
47
“As abas (flanges) devem ser utilizadas tanto para cálculo da rigidez do painel
de contraventamento quanto para o cálculo das tensões normais devidas à flexão,
provenientes das ações horizontais [...]” (ABNT, 2010, p. 21)
Figura 19 - Largura máxima para consideração da flange
Fonte: autor
Fonte: autor
Pela Resistência dos Materiais, para uma força horizontal F aplicada no topo
de uma barra engastada na base, que representa o prédio, tem-se:
( )
49
Figura 22 - Força horizontal em uma barra
Fonte: autor
( )
Cada painel, assim, irá absorver uma parcela da força horizontal, de acordo
com sua rigidez. A essa parcela, dá-se o nome de quinhão.
A deformação referente ao cisalhamento pode ser eliminada, já que a parede
tem dimensões no comprimento bem maior que na altura, prevalecendo os efeitos
de flexão. Levando isso em conta, fazendo F = 1 e considerando as Equações 5 e 6,
pode-se concluir que:
( )
( )
50
quinhão que cada grupo recebe. Esse procedimento serve também para o
dimensionamento de paredes de concreto.
Fonte: autor
Logo se percebe qual grupo contribui mais para a resistência à força do vento.
Este é o grupo 1, que corresponde simetricamente ao grupo 13. Foi feita apenas a
metade do prédio, já que, por simetria, acham-se valores iguais para a outra metade.
Desse modo, cada painel absorverá uma parcela da força horizontal do vento
igual à sua Rigidez Relativa (Ri) multiplicada pela força total do vento . Cada
combinação de ação levará a força do vento em consideração de uma forma
diferente, portanto será calculado apenas o esforço característico em cada grupo.
Depois, em tabela, será mostrada as tensões geradas pelo vento para cada
combinação distinta. Cada força horizontal terá um braço de alavanca distinto em
relação ao pavimento térreo, que é o objeto do estudo. A tabela seguinte mostra as
forças, seus braços de alavanca e respectivos momentos fletores em relação ao
térreo:
51
Tabela 12 - Força horizontal absorvida por cada grupo
Fonte: autor
Tensão cisalhante: ( )
52
Para combinações normais, a ABNT NBR 15812:2010 sugere um ,
coeficiente ponderador de resistência, de 2,0 para a alvenaria e 2,0 para o graute.
“No caso da aderência entre o aço e o graute, ou a argamassa que o envolve, deve
ser utilizado o valor = 1,5.” (ABNT, 2010, p. 10).
( )
Em que:
é a força normal resistente de cálculo;
é a resistência à compressão de cálculo da alvenaria;
A é a área da seção resistente. No caso em análise, A = 1,115 m² (área bruta);
53
A distribuição de tensões de compressão nos elementos de alvenaria
submetidos à flexão e não armados pode ser representada pelo seguinte diagrama:
Figura 23 - Distribuição de tensões na alvenaria não armada
A consideração das cargas oriundas da laje será feita com o método das
charneiras plásticas. A divisão em áreas foi feita tal como recomenda a ABNT NBR
6118:2014, de acordo com a teoria das linhas de ruptura, que é permitida quando a
laje trabalha nos domínios 2 e 3.
54
Figura 24 - Divisão da laje e carregamento das paredes
Fonte: autor
As cargas devem ser uniformizadas e distribuídas em todo o grupo.
Considerando também as cargas da Tabela 5, pode-se dizer que o grupo está
submetido à seguinte carga linear total:
Ações da laje
Peso próprio Carga acidental
Área Peso Comprimento Carga linear Carga Carga linear
(m²) (kN/m²) do grupo (m) (kN/m) (kN/m²) (kN/m)
7,99 2,88 8,32 2,764 2,00 1,920
Ações da parede
6,67 kN/m
Carga linear total
56,770 kN/m
Fonte: autor
55
5.7 TENSÕES DE COMPRESSÃO GERADAS POR FLEXÃO PELA AÇÃO DE
VENTO
A linha neutra coincide com o centroide da área formada pelo Grupo P, já que
se espera que a alvenaria resista à tração pelo momento ser pequeno. O momento
total gerado, de acordo com a Tabela 12 é 317,90 kNm.
Da Equação 8, temos, então, que = 33,0 kN/m² ou 0,033 MPa nos pontos
mais requisitados, que são as extremidades do grupo. Na pior combinação , em que
se causaria a maior tração devido à flexão, a seção sequer ficaria tracionada, devido
ao peso próprio atuante na mesma.
Para alvenaria não armada, de acordo com a ABNT NBR 15812:2010, tem-se
que:
( )
56
5.9 TENSÕES SOLICITANTES E RESISTENTES DE CISALHAMENTO
Fonte: autor
57
6 VERIFICAÇÃO DO DIMENSIONAMENTO DA PAREDE DE
CONCRETO
58
Tabela 17 - Fator de comprimento efetivo k para paredes
Condições de vinculação
Paredes impedidas à translação lateral no topo e
na base e:
Fonte: autor
59
Figura 27 - Divisão das paredes do grupo P
Fonte: autor
Fonte: autor
“As paredes devem ter extremidades com travamento de no mínimo três vezes
a sua espessura. Também há necessidade de travamento sempre que o
comprimento da parede entre os travamentos ultrapassar duas vezes a sua altura
geométrica. No caso de não ser possível o travamento, a parede deve ser
parcialmente calculada como pilar ou pilar-parede, conforme a ABNT NBR 6118.”
(ABNT, 2012, p. 12)
Mais à frente, a mesma norma determina que trechos com comprimento menor
que dez vezes a sua espessura devem ser dimensionados como pilar ou pilar-
parede. Apesar de, quando separadas para o cálculo de forças horizontais, em
grupos, as paredes fiquem com o comprimento menor que 10x a espessura, as
mesmas possuem continuação, ou seja, considerá-las como pilares parede não é
necessário (ver Figura 26). Contudo, a parede P4 é muito delgada para não ser
60
considerada pilar parede. A NBR 6118:2014 traz que “para que se tenha um pilar-
parede, em alguma dessas superfícies, a menor dimensão deve ser menor que 1/5
da maior, ambas consideradas na seção transversal do elemento estrutural”.
Percebe-se, então, que a parede 4 não se encaixa em nenhuma das definições,
restando-me optar pela NBR 16055:2012, caso C.
O grupo de paredes trabalhará conjuntamente, sendo as tensões transferidas
num plano limitado a 45º da aplicação da carga de acordo com a Figura 28.
( )
61
denominou-se o primeiro trecho da inequação como “resistência 1” ou simplesmente
R1, o segundo como R2 e o terceiro como R3.
São recomendações ainda, da ABNT NBR 16055:2012:
.
Para
Para
Fonte: autor
62
( )
[ ( ) ] ( )
* ( ) + ( )
63
Tabela 20 - Valores da normal resistente segundo a ACI 318:2014
Fonte: autor
( ) ( )
( )
Sendo = ( )
Segundo a ACI 318M:2014, pelo modelo simplificado, pode ser dado por
12
√ e não pode exceder √ , em que:
( )
√
12
é um fator modificador que reflete a redução das propriedades mecânicas do concreto leve
em relação ao concreto de peso normal de igual resistência à compressão.
64
( )
( )
65
Figura 29 - Geometria das paredes de concreto e grupos
Fonte: autor
Fonte: autor
66
Pode-se, agora, determinar o quinhão de carga e momento transferidos ao
grupo P. Segue os dados em tabela:
Fonte: autor
Ações da laje
Peso próprio Carga acidental
Carga Carga
Área Peso Comprimento Carga
linear linear
(m²) (kN/m²) do grupo (m) (kN/m²)
(kN/m) (kN/m)
7,986 2,88 7,41 3,104 2,00 2,155
Ações da parede
4,86 kN/m
Carga linear total
50,597 kN/m
Fonte: autor
Fonte: autor
6.4.1 Compressão
6.4.2 Cisalhamento
Fonte: autor
69
7 COMENTÁRIOS SOBRE OS RESULTADOS
70
8 CONCLUSÃO
71
REFERÊNCIAS
72
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