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º50 – 1º
4820-276 FAFE - PORTUGAL
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AGOSTO DE 2020
PEDRO MIGUEL CRUZ CORREIA MACHETE PEREIRA
ALTERAÇÃO DE EDIFICAÇÃO
088.20.DAP.LIC.00.PE.01_MD
ÍNDICE
A. ÍNDICE…………………………………………………………………………………………………………..……………………….1
D. TERMO DE RESPONSABILIDADE…………………………………………………………………………………………….……5
1. OBJECTO ..............................................................................................................................................................6
2. REGULAMENTAÇÃO ...........................................................................................................................................6
5.1. TUBAGENS.............................................................................................................................................................................................. 13
5.1.1. Materiais ......................................................................................................................................................................................... 13
5.1.2. Traçado .......................................................................................................................................................................................... 14
5.2. CÂMARAS DE INSPECÇÃO ........................................................................................................................................................................ 14
5.3. ASSENTAMENTO DE TUBAGENS ............................................................................................................................................................... 16
5.3.1. Tubagens à vista ............................................................................................................................................................................ 16
5.3.2. Tubagens enterradas ..................................................................................................................................................................... 16
5.4. POÇOS DE INFILTRAÇÃO .......................................................................................................................................................................... 17
5.5. OMISSÕES .............................................................................................................................................................................................. 18
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6. CÁLCULO............................................................................................................................................................18
8. SEGURANÇA ......................................................................................................................................................19
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Anabela Freitas Salgado, engenheira civil, licenciada pela Universidade do Minho, moradora na Avenida
da Granja, nº515, Fafe, contribuinte nº 222320133, inscrita na Região Norte da Ordem dos Engenheiros com o
nº043513, declara, na qualidade de técnica da empresa PN10 – Serviços de Engenharia, Unipessoal, para
efeitos do disposto no nº1 do artigo 10º do Decreto-Lei nº555/99 de 16 de Dezembro, na sua atual redação, que
o projecto de drenagem da águas pluviais, de que é autor, relativo à obra de Alteração de edificação localizada
na Rua Espírito Santo, n.º 48, freguesia de Leça da Palmeira - Matosinhos, cujo licenciamento foi requerido por
Pedro Miguel Cruz Correia Machete Pereira, com domicílio postal na Rua Francisco Sá Carneiro Nº577 2º
Esquerdo – Leça da Palmeira - 4450-676, concelho de Matosinhos:
a) Observa as normas legais e regulamentares aplicáveis, designadamente, Regulamento Geral de
Sistemas Públicos e Prediais de Distribuição de Água e de Drenagem de Águas Residuais aprovado
pelo Decreto Regulamentar 23/95, de 23 de Agosto.
Nº Contribuinte 222320133
N.I.C. Nº 11364695 válido até 21.09.2020
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1. OBJECTO
Destina-se a presente memória à descrição da rede predial de drenagem de águas pluviais que
será adoptada na Alteração de edificação que o Ex.mo. Sr. Pedro Miguel Cruz Correia Machete Pereira
pretende realizar na Rua Espírito Santo, n.º 48, freguesia de Leça da Palmeira do concelho de
Matosinhos.
2. REGULAMENTAÇÃO
O dimensionamento da rede apoiou-se na metodologia prevista na regulamentação em vigor e,
nomeadamente:
Regulamento Geral dos Sistemas Públicos e Prediais de Distribuição de Água e de
Drenagem de Águas Residuais;
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Os tubos de queda, que recolhem as águas provenientes das caleiras e ralos, ligam a uma rede
de colectores enterrada que tem instalado a jusante um poço de infiltração, tal como se indica nas
peças desenhadas.
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3.2.1. CALEIRAS
As caleiras de recolha de águas pluviais podem ser rectangulares ou circulares e terão
inclinações que se situem entre 0,5 e 1,0%.
3.2.2. RALOS
Os ralos instalados para recolher as águas ao nível da cobertura deverão uma área útil igual ou
superior a 1,5 vezes o diâmetro dos tubos de queda que lhe estão associados.
Em coberturas em terraço não acessível serão utilizados ralos de pinha.
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4. DIMENSIONAMENTO DA REDE
O dimensionamento das tubagens é realizado em função do material utilizado nas tubagens, do
desenvolvimento das tubagens, do tipo de superfície a drenar e da região pluviométrica em que será
construído o edifício.
A base de cálculo utilizada no dimensionamento de cada elemento constituinte da rede predial
de drenagem de águas pluviais é a definida pelo regulamento geral.
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em que:
I - intensidade de precipitação (mm/h)
t - duração da precipitação (min)
a,b - constantes dependentes da região, período de retorno e tempo de chuvada
Os caudais de cálculo são determinados com base na estimativa das precipitações para a cidade
de Matosinhos, para um período de retorno de 5 anos e uma chuvada com a duração de 5 minutos, e
considerando que os pavimentos a drenar são impermeáveis (admite-se um coeficiente de escoamento
de valor unitário) pela utilização da expressão:
Q C.I.A
em que:
Q - caudal de cálculo (l/min)
C - coeficiente de escoamento
I - intensidade de precipitação (l/min.m2)
A - área a drenar em projecção horizontal (m2)
4.2. CALEIRAS
O dimensionamento de caleiras é feito pela utilização da fórmula de Manning-Strickler, tendo em
consideração que a altura da lâmina líquida não deve exceder 7/10 da altura da secção transversal da
caleira, sendo estas circulares ou rectangulares:
Q K.S.R H2 / 3 .i 1 / 2
em que:
Q - caudal de cálculo (m3/s)
K - coeficiente de rugosidade da tubagem (m1/3/s-1)
S - secção da tubagem ocupada pelo fluído (m2)
RH - raio hidráulico (m)
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i - inclinação (%)
Quando um tubo de queda não se possa desenvolver num único alinhamento vertical e o valor
da translação seja superior a dez vezes o diâmetro da tubagem, este troço deverá ser dimensionado
como se de um colector predial se tratasse.
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Os ramais de descarga terão um diâmetro mínimo de 40 mm (se forem aplicados ralos de pinha
o mínimo será 50mm) e uma inclinação mínima de 0,5%.
Os colectores prediais não podem ter um diâmetro menor que a maior das canalizações a eles
ligadas, devendo observar-se o diâmetro mínimo regulamentar de 100 mm e inclinações que variem
entre 1 e 4 %.
Para os ramais de ligação o diâmetro mínimo é 125mm e devem ser colocados com uma
inclinação entre 2 e 4%.
Q t Vol Qi D h p
Onde:
I = Caudal de cálculo (l/min)
t = tempo da chuvada (min)
Q i Caudal infiltrável no terreno (l/m2/dia) – valor a ser confirmado no terreno mediante as
características do mesmo e recorrendo a ensaios de percolação;
D Diâmetro do poço (m);
h p Altura da camada permeável (m);
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5. CONDIÇÕES TÉCNICAS
5.1. TUBAGENS
As tubagens devem ser instaladas com os diâmetros, inclinação e traçado indicado no projecto.
5.1.1. MATERIAIS
O material utilizado nas tubagens da rede de drenagem de águas pluviais instaladas em valas é
o policloreto de vinilo SN4 (PVC-U SN4), de acordo com NP EN 1401 e para as restantes é o
policloreto de vinilo B (PVC-U Série B), de acordo com NP EN 1329.
A ligação dos troços de tubos é efectuada de acordo com instruções do fabricante, recorrendo a
acessórios do mesmo material e da mesma classe e garantindo uma total estanquidade. A união
poderá ser feita por colagem ou por interposição de um anel de estanquidade em neoprene.
Todos os tubos deverão ter marcado de forma indelével a marca do fabricante, o diâmetro
exterior nominal e a classe de pressão.
Também o tipo de secção prevista para caleiras (secção semi-circular) e tubos de queda (secção
circular) poderá ser alterada de acordo com indicações da Fiscalização ou do responsável pelo projecto
de arquitectura e desde que estejam garantidas as mesmas condições de escoamento, passando a ser
instaladas secções do tipo rectangular,
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5.1.2. TRAÇADO
Não é permitido o embutimento de tubagem no "miolo" de lajes ou massames. Quando for
indispensável embeber a tubagem no pavimento, mediante indicação do projecto ou de acordo com
indicações da Fiscalização, ela deverá situar-se na camada de regularização, interferindo o menos
possível com a parte estrutural.
Quando for indispensável que os tubos de queda ou os colectores prediais atravessem paredes,
pavimentos, ou outros elementos, devem aqueles ser envolvidos por uma manga em tubo de zinco ou
de PVC que permita o seu livre movimento. A tubagem não ficará no entanto em contacto com a
referida manga devendo para tal interpor-se um anel de borracha ou de plástico flexível. Nos casos em
que tal se justifique deve aquele espaço ser preenchido com material isolante térmico devidamente
protegido.
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As câmaras de inspecção serão executadas com recurso a blocos de betão (para alturas
inferiores a 1.00metros) ou com elementos prefabricados de betão, armados ou não, sobre boa
fundação de betão, sendo que as suas dimensões em planta variam com a profundidade de acordo
com o quadro seguinte.
A base das câmaras de inspecção deverá ser adaptada mediante o número de tubagens que
recebe, com dimensão mínima de 0.50x0.50m.
As câmaras de inspecção serão revestidas interiormente com boa argamassa de cimento e areia
fina, devendo ser executada, na sua base, uma meia cana bem queimada com cimento e afagado à
colher. A meia cana deverá ter altura igual ao diâmetro do colector de saída e duas superfícies com
inclinação não inferior a 10% com as partes mais altas junto às paredes da chaminé de visita. A meia
cana deverá ter ainda uma inclinação não inferior à menor inclinação dos colectores ligados à câmara
de inspecção, com um mínimo de 2%.
Nas caixas com altura superior a 1,0 m deverão ser instalados degraus em ferro fundido de
260x130x16 mm, ou varão de aço macio corrente, ø 25 mm, protegido contra a corrosão por
metalização, com as dimensões e amarrações ao corpo da câmara de acordo com a norma NP 883.
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Nos casos em que o terreno seja mole ou muito mole, ou seja muito duro ou rochoso, deve criar-
se um leito de assentamento dos tubos substituindo-se o solo do fundo da vala, em toda a largura
desta, na espessura de 20 a 25 cm, no primeiro caso e de 10 a 15 cm no segundo, por uma camada de
areia ou de saibro ou, ainda, de betão magro. A areia ou saibro devem ser isentas de pedras de
dimensões superiores a 2 cm e ser devidamente compactadas depois de humedecidas.
Outra solução, que em casos de solos moles ou muito moles pode ser necessária, consiste em
realizar inferiormente ao leito de assentamento, uma laje de betão simples ou armado, com espessura
de pelo menos 10 cm, devidamente assente em solo compactado. O leito de assentamento a realizar
sobre a laje terá a espessura indicada para o caso de solo muito duro ou rochoso.
Se o solo apresentar consistência média, pode, ele próprio, quando permitido pela Fiscalização,
servir de leito dos tubos, depois de regularizado e isento de pedras e outros elementos eventualmente
contundentes para a tubagem.
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No aterro da vala poderão ser utilizados os produtos escavados ou solos de empréstimo, desde
que de boa qualidade e isentos de ramos, folhas, troncos, raízes, ervas, lixo ou quaisquer detritos
orgânicos.
O aterro deverá ser executado por camadas de 0,20 m, medida antes da compactação,
devidamente compactadas com equipamento adequado ao tipo de solo empregue. A compactação do
material de aterro deve ser feita cuidadosamente por forma a não danificar a tubagem e a garantir a
estabilidade dos pavimentos.
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5.5. OMISSÕES
Nos casos em que se verificarem omissões nas peças desenhadas ou escritas relativamente aos
trabalhos a executar cumprir-se-ão as disposições regulamentares vigentes, e nomeadamente o
Regulamento Geral dos Sistemas Públicos e Prediais de Distribuição de Água e de Drenagem de
Águas Residuais (Decreto Regulamentar nº 23/95 de 23 de Agosto).
6. CÁLCULO
O cálculo da rede de distribuição de água é efectuado de acordo com o descrito e apresentado
em anexo.
7. ENSAIO DE ESTANQUIDADE
Deverá proceder-se a um ensaio de estanquidade com água, submetendo as tubagens a carga
igual à resultante de eventual obstrução. O ensaio deve ser efectuado seguindo o descrito no
regulamento geral.
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8. SEGURANÇA
Em todos os trabalhos necessários para a execução de rede predial projectada deverão ser
observadas, em matéria de segurança, todas as medidas de prevenção previstas na legislação
aplicável bem como aquelas que se encontrem presentes no Plano de Segurança e Saúde
implementado na obra.
A técnica responsável
_______________________________________
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ANEXO I
- MEMÓRIA DE CÁLCULO
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CRL L. Rede P1, P2 101,9 20,0 136,9 2,0% 125 116,4 982,4
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ANEXO II
- PEÇAS DESENHADAS
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