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Docentes:
Luísa Maria da Conceição dos Reis Paulo
António José Morais
Grupo 01
2021-2022 | 4ª
Índice
1. Introdução......................................................................................................................... 2
1.1 - História do Edifício MUHNAC ............................................................................ 3
1619-1759 | Noviciado da Cotovia .....................................................................4
1761-1837 | Colégio dos Nobres........................................................................5
1837-1911 | Escola Politécnica ..........................................................................6
1911-1985| Faculdade de Ciências ....................................................................8
1985-Atualidade | Museu Nacional de História Natural e da Ciência (MUHNAC)
.............................................................................................................................9
2. Caracterização Do Património Edificado ...................................................................... 18
2.1.1 – Edifício Pré-Pombalino ................................................................................. 18
2.2.2 – Edifício Pombalino ........................................................................................ 22
2.2.3 – Edifício Gaioleiro .......................................................................................... 26
2.2.4 – Edifício Contemporâneo (betão armado) .................................................... 28
2.2.5 – Ficha de Caracterização Do Património Arquitetónico (MUHNAC) ........... 34
2.2.5.1 - Edificação.............................................................................................34
2.2.5.8 – Acabamentos ......................................................................................38
2.2.5.8.1 – Revestimentos Verticais ...................................................................38
2.2.5.8.1.1 – Exteriores ......................................................................................38
2.2.5.8.2 - Revestimentos Horizontais ................................................................38
2.2.5.8.2.1 - Exteriores .......................................................................................38
2.2.5.9- Desenhos ..............................................................................................42
3 - Análise Do Estado De Conservação Do Edifício ......................................................... 44
3.1 – Breve Análise Geral do Património Edificado ................................................ 44
3.1.1 – Cobertura ..............................................................................................44
3.1.2 – Pavimentos ...........................................................................................45
3.2 – Pátio Norte (Caso de Estudo) .................................................................50
4 – Proposta De Solução De Intervenção Na Reabilitação Do Edifício........................... 52
4.1 Ficha de Patologia e Terapêutica....................................................................... 52
4.1.1 Pátio Norte ...............................................................................................52
4.1.1.1 – Crostas Negras | Ana Paula Contente e Julia S. Copat ..................52
5 – Conclusão ..................................................................................................................... 64
6 – Bibliografia.................................................................................................................... 65
1
1. Introdução
2
1.1 - História do Edifício MUHNAC
3
1619-1759 | Noviciado da Cotovia
4
1761-1837 | Colégio dos Nobres
Função: Educativa
5
1837-1911 | Escola Politécnica
Função: Educativa
6
Figura 02 - Foto da Escola Politécnica. Autor: Augusto Bobone. Data: inícios do séc.
XX | Arquivo Municipal de Lisboa
7
1911-1985| Faculdade de Ciências
Função: Educativa
8
1985-Atualidade | Museu Nacional de História Natural e da Ciência (MUHNAC)
Função: Cultural
9
Figura 03 - Foto do alçado sul da Faculdade de Ciências. Autor: Desconhecido. Ano:
1927 | Arquivo Nacional Torre do Tombo
69
11
Planta piso 0 colégio dos nobres
Figura 06 – Planta piso 0 e alçado do Colégio dos Nobres. Desenho original de Beatriz
Oliveira, Jana Holzmann, Raquel Flores e Sandra Costa, desenvolvido para a
disciplina de Conservação, Restauro e Reabilitação no ano académico de 2020-2021.
Desenho modificado para adequação a este trabalho.
12
Planta piso 0 escola politécnica
13
Planta piso 0 faculdade de ciências
14
Planta piso 0 museu
15
Figura 10 - Evolução Cronológica na Topografia do Museu Nacional de História
Natural e da Ciência. Desenho original de Beatriz Oliveira, Jana Holzmann, Raquel
Flores e Sandra Costa, desenvolvido para a disciplina de Conservação, Restauro e
Reabilitação no ano académico de 2020-2021. Desenho modificado para adequação
a este trabalho.
16
Evolução Cronológica
17
2. Caracterização Do Património Edificado
18
Um edifício de arquitetura pré-pombalina caracteriza-se por:
− Fundações: Podem ser fundações diretas constituídas pelo
prolongamento das paredes resistentes até o terreno (dependiam das
características do terreno); Fundações semi-diretas formado por poços
de alvenaria de pedra e coroado por arcos de alvenaria de pedra ou
tijolo; Fundações indiretas compostas por estacarias de madeira que
atravessam aterros e formações recentes atingido até os estrados do
solo resistente.
− Pavimentos:
Nos edifícios antigos existem dois tipos de pavimentos, térreos e
elevados.
Os pisos térreos são usualmente em terra batida ou em enrocamento de
pedra, tendo um revestimento por cima que pode ser em ladrilhos, tijoleira
cerâmica, sobrados de madeira ou lajedo de pedra.
Os pavimentos elevados costumam ser em madeira com um sistema de
vigas que se vão apoiar nas paredes resistentes da estrutura. Para evitar o
contacto da madeira com zonas húmidas ou para vãos de grandes dimensões,
construía se arcos e abobadas em alvenaria de pedra, sobre estes arcos
19
colocavam se revestimentos que podiam ser de dois tipos, estrutura de madeira
ou enchimento dos arcos com entulho, terra, areia ou pedra. Por cima deste
revestimento colocava se uma camada de argamassa para assentar o soalho,
lajedos ou revestimento cerâmico.
− Paredes:
Em geral podemos identificar três tipos de paredes, de cantaria, de
alvenaria ou tabiques, as diferenças entre eles baseiam-se no tipo de
material utilizado durante a construção e o seu uso.
As paredes feitas em cantaria ou alvenaria servem como paredes
resistentes, de grande espessura e constituídas por materiais
heterogéneos e são chamadas de paredes principais ou paredes-
mestras, enquanto os tabiques foram utilizados para divisão dos
espaços e elementos de travamento geral das estruturas.
As paredes apresentam grande diversidade de soluções
associadas à disponibilidade de certos materiais no local.
20
Figura 16: Representação das paredes em alvenaria de pedra.
− Coberturas:
As coberturas geralmente eram inclinadas ou abobadadas. Os
materiais usados eram a madeira, a pedra e o tijolo. A configuração dos
telhados dependia da dimensão do edifício, a pendente da cobertura era
de acordo o clima da região e a possibilidade de utilização dos sótãos.
As coberturas abobadadas eram frequentes em edifícios de
arquitetura religiosa e baseiam-se em arcos e abobadas.
As coberturas inclinadas eram constituídas por uma série de
tabuados de madeira onde assentava o telhado. Estas podiam ser de
quatro águas, três águas em caso do edifício estar encostado a uma
parede tardoz, ou de duas águas paralelas ou perpendicular à fachada.
21
Figura 17: Representação das coberturas inclinadas de madeira em edifícios antigos
22
- Fundações em alvenaria de pedra, onde tais alvenarias suportam as
cargas do edifício que são transmitidas através de estacas de madeira.
Essas estacas estão ligadas a um gradeamento de madeira que são
compostos por longarinas e travessas circulares com cerca de 15cm de
diâmetro, ambas ligadas entre si por cavilhas em ferro forjado.
24
Figura 18: Estrutura de parede mista e estrutura do pavimento do primeiro
piso
Uma asna vulgar é composta por uma linha, duas pernas, um pendural e
duas escoras, como na figura a seguir:
25
Figura 19: Asna clássica de madeira
26
Figura 20: Corte Parede Auto-portante.
27
- Coberturas, normalmente, inclinadas com estrutura em asnas de madeira
revestidas por telhas do tipo Marselha. As telhas estão sobre um ripado
de madeira. As asnas estão apoiadas nas paredes de alvenaria.
- Execução:
28
A execução de estruturas de betão armado requer as seguintes etapas: a
cofragem do betão; depois a dobragem, corte, soldadura de armaduras e elementos
metálicos; e por último, a betonagem, compactação e cura do betão.
- Partes da Construção:
A. Fundação
A fundação é a estrutura que permite a distribuição de carregamentos (como o
peso dos materiais) para o solo na construção. Nesse sentido, a fundação precisa ser
especificada como um elemento de transição capaz de compatibilizar as ações da
estrutura em relação à resistência e à compressibilidade do terreno. Nesse sistema
estrutural, temos várias opções de fundações, como:
- Sapata Isolada;
- Sapata Corrida;
- Radier;
- Estaca;
- Tubulões.
29
Figuras 23 e 24: Fotos e Representação de Sapatas Isoladas.
B. Lajes
A função da laje é basicamente transferir as cargas e esforços aplicados no
pavimento para os elementos estruturais que a sustentam. Nesse sistema construtivo,
possuem várias opções de lajes, que podem ser escolhidas de acordo com a
necessidade de cada obra. Em seguida estão listadas as mais usuais:
- Laje Maciça (Moldada in Loco): Lajes com espessura constante que são
executadas a partir da combinação de formas que garantem a superfície onde o betão
é despejado sobre a armadura de aço;
30
- Lajes Fungiformes/Cogumelo: São lajes contínuas que apoiam-se
diretamente nos pilares e armadas em duas direções.
31
C. Laje térrea
− Abertura da caixa de pavimento (escavação do terreno);
− Colocação do Tout – Venant;
− Colocação do massame - camada regularizadora da superfície irregular
do ToutVenant;
− Colocação do complexo impermeabilizante;
− Laje de betão armado;
− Colocação do isolamento térmico – ex. poliestireno extrudido.
D. Paredes
As paredes podem ser de dois tipos, as exteriores, que estão em contacto com
intempéries do meio-ambiente, e os interiores, que são protegidas. Possuem várias
opções de paredes, em seguida estão listadas as mais comuns:
− Alvenaria (Tijolo maciço cerâmico, tijolo furado cerâmico, pedra, blocos
de cimento);
− Betão (Armado ou não armado, armado pré-fabricado);
− Elementos metálicos;
32
− Madeira maciça;
− Vidro;
− Painéis Sandwich.
E. Vãos e Janelas
O vão é uma componente funcional móvel ou fixo que pode afetar o
funcionamento geral da parede em relação aos seguintes aspetos; luz, ventilação,
som, segurança e privacidade. Existem diversos tipos de janela consoante a sua
orientação e forma como abrem:
- Janelas fixas – são as mais baratas e como o próprio nome indica não podem
abrir;
- Janelas giratórias, de eixo vertical: “à francesa” (abrem para dentro), “à inglesa”
(abrem para fora), pivotante vertical (permitem apenas 50% de utilização do
vão);
- Janelas giratórias, de eixo horizontal: basculante de viseira (abertura no eixo
horizontal superior), basculante de ventilação (abertura no eixo horizontal
inferior), pivotante horizontal (permitem apenas 50% de utilização do vão);
- Janelas de translação horizontal: “de correr”;
- Janelas de translação vertical: “de guilhotina”;
- Janelas oscilo-batentes.
33
2.2.5 – Ficha de Caracterização Do Património Arquitetónico (MUHNAC)
2.2.5.1 - Edificação
34
A época construtiva do pátio norte é de 1837, quando o edifício passou a
funcionar como escola politécnica.
2.2.5.5 – Estrutura
2.2.5.5.1 – Fundação
35
2.2.5.3 – Elementos Horizontais
2.2.5.6 – Paredes
2.2.5.7 – Coberturas
2.2.5.7.1 - Planas
36
2.2.5.7.2 – Inclinadas
O pátio tem três coberturas inclinadas, duas destas são de três águas
nas fachadas nascente e poente do pátio as quais escoam as águas para o sistema
de drenagem do pátio que é realizado por tubagens localizadas nos cantos do pátio,
também possui uma cobertura inclinada de uma água na fachada norte a qual escoam
as águas num sistema que passa por fora do pátio.
2.2.5.8.1.1 – Exteriores
As paredes das fachadas este e oeste são rebocadas e pintada na cor
NCS S 0500-N, enquanto as fachadas norte e sul são rebocadas, estucadas e
pintadas. Roda-pé de um palmo (22 cm) de pedra lioz jateado.
Fig. 38: Paredes rebocadas e pintadas Fig. 39: Rodapé e parede rebocada e pintada
Fig. 40: Estudo da cor Fig. 41: Coluna e rodapé de pedra lioz.
2.2.5.8.2.1 - Exteriores
Pavimentos térreos em lajeta de pedra calcária e gravilha de diversas
granulometrias.
38
Fig. 42: Pavimento exterior.
2.2.5.8.3.2 – Janelas
16 Janelas de madeira pintada de dois tipos, guilhotina e batente. Vidro
simples. Caixilharias de madeira e puxador em ferro, pintadas.
39
Fig. 45. Janela em Guilhotina Fig. 46: Janela Batente
2.2.5.8.3.2 – Arcos
4 Arcos, 3 destes são arcos rebaixados e se podem observar na fachada
norte do pátio, enquanto na fachada sul observamos um arco adintelado com um
frontão. Estes arcos são revestidos em pedra lioz.
40
Fig. 49: Arco Adintelado com frontão Fig. 50: Arco Rebaixado
Fig. 51: Vista desde a varanda da torre do I.G.I.D.L. dos arcos rebaixados.
2.2.5.8.4 – Outros
2.2.5.8.4.1 – Serralharias
41
Fig. 52: Guarda corpos das janelas da torre do I.G.I.D.L.
2.2.5.9- Desenhos
42
Fig. 55: Planta piso 0 do pátio norte. Fig.56: Planta piso 1 do pátio norte
Fig. 57: Alçado/corte fachada este Fig. 58: Alçado/corte fachada sul do pátio norte
Fig. 59: Alçado/ corte fachada oeste Fig. 60: Alçado/corte fachada norte do
pátio norte
43
3 - Análise Do Estado De Conservação Do Edifício
A análise do estado de conservação foi realizada a partir de fases começando
pelos elementos exteriores como coberturas e fachadas e seguindo-se dos espaços
interiores. Em seguida, apresentamos a carta de risco e análise das patologias do
caso de estudo, o Pátio Norte.
3.1.1 – Cobertura
Primeiro realizamos a análise do estado de conservação da cobertura e a parte
exterior do edifício, onde verifica-se que as zonas que foram afetadas pelos incêndios
se mantém em muito bom estado sendo que foram alvo de uma intervenção para
conservar o edifício, enquanto que as zonas que sobreviveram ao incêndio estão num
estado de conservação bom baseando-nos no tempo que estas têm.
44
3.1.2 – Pavimentos
A análise do estado de conservação dos elementos interiores baseou-se no
piso 0 e no piso 1 do edifício. Existem espaços nos quais não tivemos acesso, portanto
não se conseguiu realizar a análise, a partir dos espaços que visitamos podemos ver
o estado de conservação através dos esquemas seguintes.
Planta Piso 0
45
Não Acessível
Muito Bom
Bom
Médio
Degradado
46
Imagem 36: Átrio da Igreja Piso 0 Imagem 37: Laboratório Chímico Piso 0
47
Planta Piso 1
Não Acessível
Muito Bom
Bom
Médio
Degradado
48
Imagem 38: Sala do Veado Piso 1 Imagem 39: Igreja Piso 1
Imagem 40: Laboratório Chímico Piso 1 Imagem 41: Sala Cyrillo Soares Piso 1
49
3.2 – Pátio Norte (Caso de Estudo)
Para desenvolvimento da carta de risco, foi escolhido o pátio norte, que é a zona em
análise nesse trabalho. A carta encontra-se no anexo 01.
50
que causam humidade, entre outros. A água é um dos principais agentes causadores
da desagregação.
51
4 – Proposta De Solução De Intervenção Na Reabilitação Do Edifício
1. Identificação
Tipo de Anomalia:
Secundária - Não Estrutural
Localização l Orientação:
Alçado Oeste do Pátio Norte
Projeto:
Autor Desconhecido
Descrição:
Depósitos superficiais a partir dos quais se formam camadas compactas de cor
negra, que se acumulam na superfície da pedra. As crostas negras têm origem em
transformações físico-químicas, devido à sulfatação das pedras calcárias, com
formação de crostas de gesso. As transformações ocorrem devido à poluição
atmosférica e à presença de partículas na atmosfera. A patologia é de gravidade
ligeira.
2. Caracterização
Causas Primárias:
Agentes atmosféricos.
Causas Secundárias:
Falta de manutenção e limpeza.
Consequências Possíveis:
Aspecto físico dos alçados, coloração negra.
Deterização da pedra em sí,
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3. Prescrição de Soluções
Tipo de Intervenção:
Limpeza das cantarias exteriores através do recurso a jacto de água e
escovagens com escovas de cerdas macias. No interior, escovagens com água
quente para retirar estas patologias.
Medidas Corretivas:
Limpeza periódica para evitar o acúmulo de material.
Materiais e Equipamentos:
Mangueira com baixa pressão • Escovas de cerdas macias
Fases de Intervenção:
Limpeza das cantarias com recurso a um jato de água de baixa pressão •
Escovagem das crostas com escovas de cerdas macias
Observações:
-
4. Profilaxia
Em projeto:
Definir ciclos de limpeza e manutenção, de modo a prevenir o aparecimento de
crostas negras.
53
4.1.1.2 – Podridão/Apodrecimento das Carpintarias | Ana Paula Contente e
Julia S. Copat
1. Identificação
Tipo de Anomalia:
Secundária
Localização l Orientação:
Alçado Sul do Pátio Norte.
Projeto:
Autor Desconhecido
Descrição:
Devido às ações atmosféricas a tinta da carpintaria saltou deixando a madeira
exposta fazendo com que esta se degradasse e apodrecesse.
2. Caracterização
Causas Primárias:
- Exposição às condições atmosféricas tanto sol como chuva e humidades;
- Retratilidade do material;
- Infiltrações por capilaridade;
- Agentes biológicos.
Causas Secundárias:
- Mau uso do elemento, neste caso da porta;
- Envelhecimento da madeira;
- Falta de manutenção e de limpeza.
Consequências Possíveis:
- Cor acinzentada da superfície exposta ao sol;
- Empenos das peças por secagem não controlada;
- Dilatação ou retração acentuada da madeira;
- Abertura de juntas entre as peças de madeira;
- Empolamento da tinta.
54
3. Prescrição de Soluções
Tipo de Intervenção:
Reabilitação/Restauro
Medidas Corretivas:
Tanto no interior como no exterior tentar eliminar a presença de água em
contacto com a madeira por escoamento ou ventilação.
Materiais e Equipamentos:
- Imunizador tipo Cuprinol anti-caruncho;
- Verniz ou tinta impermeabilizantes próprios para madeiras.
Fases de Intervenção:
1º - Localizar a causa do apodrecimento e tentar eliminálo;
2º - Retirar toda a madeira deteriorada;
3ª - Colocar madeira nova e tratada;
4º - Aplicar o Imunizador tipo Cuprinol anti-caruncho;
5º - Aplicar a tinta impermeabilizante.
4. Profilaxia
Em projeto:
Ao projetar vãos com caixilharia em madeira devemos ter em atenção a
orientação relativamente à exposição solar, assim como tentar proteger ao máximo o
vão da chuva e de humidades. Ter um bom sistema de isolamento e
impermeabilidade.
55
4.1.1.3 – Fendilhação | Ana Paula Contente e Julia S. Copat
1. Identificação
Tipo de Anomalia:
Fendilhação de Alçados
Localização l Orientação:
Alçado Este do Pátio Norte.
Projeto:
Autor Desconhecido.
Descrição:
Possível abatimento do terreno que provocou o deslocamento do suporte ou
sobrecarga excessiva sobre os elementos da alvenaria de pedra. Em alguns casos, a
fendilhação está ligada à uma patologia secundária, que deve-se à retracção do
reboco, provavelmente causada pela má execução do reboco, devido ao mau
doseamento ou à execução do reboco durante um dia muito quente que levou à
evaporação repentina da água da mistura após a sua aplicação na parede.
2. Caracterização
Causas Primárias:
Movimentação do terreno onde as fundações estão assentadas;
Sobrecarga excessiva sobre os elementos de alvenaria em pedra;
Concentrações de tensões junto às aberturas.
Causas Secundárias:
Retracção do reboco;
Má execução do reboco;
Deficiência de isolamento térmico;
Infiltrações;
Secagem prematura da tinta.
Consequências Possíveis:
Podem evoluir e resultar na danificação da estrutura.
3. Prescrição de Soluções
Tipo de Intervenção:
56
Primeiro, é preciso perceber o motivo da fendilhação, e depois, optar pela
intervenção mais apropriada, entre elas, algumas estão listadas à seguir.
- Avivar a fenda, preencher a fenda com um mástique elasto-plástico
monocomponente;
- Consolidação e reforço de estruturas e fundações;
- Picagem do reboco até ao “osso” e refazer o revestimento;
- Refazer a camada de pintura.
Materiais e Equipamentos:
Maquinário especializado na técnica jet grounting.
Fases de Intervenção:
- Perfuração de pequeno diâmetro até à profundidade pretendida;
- Um fluido a alta pressão é injetado através de pequenos injetores na parte
inferior da vara de perfuração;
- A ferramenta de perfuração é subida lentamente e em rotação criando uma
coluna de solo-cimento;
- Durante a injeção, o material em excesso deverá sair livremente pelo espaço
anelar entre a vara e as paredes do furo de forma a não criar sobrepressões no
maciço.
4. Profilaxia
Em projeto:
- Análise geológica;
- Dimensionamento correto das estruturas.
57
4.1.1.4 – Manchas na Fachada | Ana Paula Contente e Julia S. Copat
1. Identificação
Tipo de Anomalia:
Secundária - Não estrutural
Localização l Orientação:
Alçado Norte do Pátio Norte.
Projeto:
Autor Desconhecido.
Descrição:
No Revestimento da Fachada surgem manchas de cor escura. Essas manchas
criam uma imagem que permite visualizar as juntas de argamassa e a disposição dos
elementos estruturais.
2. Caracterização
Causas Primárias:
- Termoforese
- Diferenças de temperaturas na superfície fachada
Causas Secundárias:
- Diferenças significativas de condutibilidade entre as juntas e a alvenaria de
pedra;
- Espessuras de revestimento reduzidas.
Consequências Possíveis:
Esta patologia afeta apenas o aspeto estético da fachada do edifício, e não
apresenta, portanto, qualquer risco para a qualidade e durabilidade do revestimento.
3. Prescrição de Soluções
Tipo de Intervenção:
Reabilitação/Restauro
58
Materiais e Equipamentos:
Isolamento térmico pelo exterior, Etics ou revestimento descontínuo, do tipo
fachada ventilada.
4. Profilaxia
Em projeto:
Aplicação de um sistema de isolamento térmico pelo exterior, do tipo ETICS,
ou de um revestimento descontínuo, do tipo fachada ventilada.
59
4.1.1.5 – Desagregação do Reboco | Ana Paula Contente e Julia S. Copat
1. Identificação
Tipo de Anomalia:
Secundária - Não estrutural
Localização l Orientação:
Alçado Este do Pátio Norte.
Projeto:
Autor Desconhecido.
Descrição:
A desagregação consiste na separação de partes agregadas, resultando no
descasque de pinturas e rebocos. Pode ser resultado do agravamento da fendilhação
nas paredes, entretanto a sua causa está mais relacionada com a ação dos agentes
climáticos. Por exemplo, as grandes diferenças de temperatura, a infiltração de águas
que causam humidade, entre outros. A água é um dos principais agentes causadores
da desagregação.
2. Caracterização
Causas Primárias:
- Grandes diferenças de temperatura;
- Infiltração de águas que causam humidade.
Causas Secundárias:
- Agravamento da fendilhação nas paredes.
Consequências Possíveis:
Esta patologia afeta apenas o aspeto estético da fachada do edifício, e não
apresenta, portanto, qualquer risco para a qualidade e durabilidade do revestimento
3. Prescrição de Soluções
Tipo de Intervenção:
Reabilitação/Restauro
60
Engenheiro responsável e qualificado para a função e arquiteto qualificado em
obras de restauro e reabilitação.
Materiais e Equipamentos:
- Massa corrida;
- Espátula;
- Lima;
- Tinta.
4. Profilaxia
Em projeto:
Na fase de execução e de revestimentos e materiais escolher uma argamassa
adequada para ter capacidade de permeabilização e revestimentos (tintas) também
elas com capacidade impermeabilizante. Também pensar no escoamento da água
pluvial.
61
4.1.1.6 – Escorrências | Ana Paula Contente e Julia S. Copat
1. Identificação
Tipo de Anomalia:
Secundária - Não estrutural
Localização l Orientação:
Alçado Oeste do Pátio Norte.
Projeto:
Autor Desconhecido.
Descrição:
Revestimento das paredes apresentam escorrências causadas por humidade
e infiltrações devido à deficiente drenagem da cobertura (água da chuva arrasta
poeiras).
2. Caracterização
Causas Primárias:
- Agentes atmosféricos;
- Infiltrações;
- Falta de manutenção.
Causas Secundárias:
- Contaminação ambiental;
- Humidade.
Consequências Possíveis:
- Aspeto estético afetado;
- Degradação superficial e/ou profunda;
- Perda de coesão / desagregação do reboco;
- Expansão da anomalia para áreas circundantes à afetada.
3. Prescrição de Soluções
Tipo de Intervenção:
Reabilitação/Restauro
62
Engenheiro responsável e qualificado para a função e arquiteto qualificado em
obras de restauro e reabilitação.
Materiais e Equipamentos:
- Escova dura de nylon;
- Tinta 100% acrílica.
Fases de intervenção:
1. Limpeza da superfície, desengordurada e isenta de quaisquer
contaminantes;
2. Pintura hidrofugante com acabamento homogéneo;
3. Lixar para aderência de uma nova pintura 100% acrílica com alta resistência
química.
4. Profilaxia
Em projeto:
Aplicar revestimentos resistentes à humidade e infiltrações
63
5 – Conclusão
Ao longo deste trabalho aprendemos sobre diferentes tipologias de edifícios e
a sua respetiva época: Pombalino, Gaioleiro e Contemporâneo. Também foi estudado
as técnicas construtivas de cada um deles e aprofundrmos o nosso conhecimento
quanto à estrutura destes edifícios e a sua caracterização ao nível de inúmeros
aspetos construtivos.
Com o decorrer do semestre desen de identificar diversas patologias existentes
nos objetos arquitetónicos escolhidos, assim como as suas causas, consequências, e
como intervir para corrigir as patologias e como seria possível evitá-las em projeto.
Este trabalho se mostrou bastante enriquecedor ao nível de informação e
conhecimento dentro do ramo de reabililitação e conservação de edificícios, e
adquirimos ferramentas essenciais para o nosso futuro dentro da profissão.
64
6 – Bibliografia
65
Ramos, Pamella. 2018. “Transição dos edifícios de tipologia pombalina para gaioleira”.
Dissertação de Mestrado, Escola Superior de Tecnologia do Barreiro, Instituto
Politécnico de Setúbal. https://comum.rcaap.pt/handle/10400.26/25659
66
Anexo 01
67
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
ALÇADO SUL
IMAGEM 01 IMAGEM 02
ALÇADO SUL ALÇADO SUL
IMAGEM 01 IMAGEM 02
ALÇADO SUL ALÇADO SUL
nº simbolo especificação
01 sujidade
04 02 humidade
03 crosta negra
04 podridão
05 fendilhação
06 desagregação do reboco
BASEADO NUM DESENHO ORIGINAL PRODUZIDO PELOS SERVIÇOS CENTRAIS DA UNIVERSIDADE DE LISBOA EM 2013/2014
REABILITAÇÃO DO MUSEU NACIONAL DE HIST RIA NATURAL E DA CI NCIA
GRUPO 01 | ANEXO 01 TECNOLOGIAS DE REABILITAÇÃO E CONSERVAÇÃO | ANO LECTIVO 2021/2022
ALÇADO SUL
ESCALA 1:50 título do desenho escala(s) data desenho nº
CARTA DE RISCO 1/50 MAIO 2022 A 1 01
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ALÇADO NORTE
IMAGEM 01 IMAGEM 02
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IMAGEM 04
ALÇADO NORTE
05
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02
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BASEADO NUM DESENHO ORIGINAL RODU IDO ELOS SER IÇOS CENTRAIS DA UNI ERSIDADE DE LISBOA EM 2013 2014
REABILITAÇÃO DO MUSEU NACIONAL DE HISTÓRIA NATURAL E DA CIÊNCIA
GRU O 01 ANE O 01 TECNOLOGIAS DE REABILITAÇÃO E CONSER AÇÃO ANO LECTI O 2021 2022
ALÇADO NORTE
ESCALA 1 0
CARTA DE RISCO 1 0 MAIO 2022 A.1.02
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ALÇADO ESTE
05
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ALÇADO ESTE ALÇADO ESTE ALÇADO ESTE
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ALÇADO OESTE
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ALÇADO ESTE ALÇADO OESTE BASEADO NUM DESENHO ORIGINAL RODU IDO ELOS SER IÇOS CENTRAIS DA UNI ERSIDADE DE LISBOA EM 2013 201
ESCALA 1 0 ESCALA 1 0 REABILITAÇÃO DO MUSEU NACIONAL DE HISTÓRIA NATURAL E DA CIÊNCIA
GRU O 01 ANE O 01 TECNOLOGIAS DE REABILITAÇÃO E CONSER AÇÃO ANO LECTI O 2021 2022