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ESCOLA

SUPERIOR
DE EDUCAÇÃO
POLITÉCNICO
DO PORTO

L LICENCIATURA
GESTÃO DO PATRIMÓNIO CULTURAL

Roteiro das Profissões Duras do


Porto – Carquejeiras e Varinas
Ana Beatriz Fernandes Costa, 3190108
Ana Sofia Fonseca
Anita Rodrigues Guardão
Bruno Loureiro Artilheiro, 3180120
Eduarda de Sousa Cântara, 3190226
Maria Manuela Ferreira Soares, 3190783
Sofia Alexandra Fonseca Ferreira, 3190398

06/2022
Politécnico do Porto

Escola Superior de Educação

Ana Beatriz Fernandes Costa, 3190108


Ana Sofia Fonseca
Anita Rodrigues Guardão
Bruno Loureiro Artilheiro, 3180120
Eduarda de Sousa Cântara, 3190226
Maria Manuela Ferreira Soares, 3190783
Sofia Alexandra Fonseca Ferreira, 3190398

Roteiro das Profissões Duras do Porto: Carquejeiras e Varinas

Tipologia: Trabalho de Pesquisa

Licenciatura em Gestão do Património Cultural

Docente: Prof. Doutor Sérgio Coelho

Porto, junho de 2022


ÍNDICE

INTRODUÇÃO..........................................................................................................................4

1. CALÇADA DAS CARQUEJEIRAS E RUA DA CORTICEIRA.....................................5

2. FONTAÍNHAS...................................................................................................................9

3. VIRTUDES.......................................................................................................................11

4. MASSARELOS................................................................................................................12

5. LORDELO........................................................................................................................16

6. AFURADA.......................................................................................................................17

CONCLUSÃO..........................................................................................................................27

BIBLIOGRAFIA......................................................................................................................28

ANEXOS..................................................................................................................................32
ANEXO 1 – THE BUTTERFLY'S GARDEN DA ARTISTA RAFI DIE ERSTE.............32
ANEXO 2 – VISTA PANORÂMICA DOS JARDINS DO PALÁCIO DE CRISTAL......32
ANEXO 3 – CASA TAIT.....................................................................................................33
ANEXO 4 – IGREJA DE SÃO PEDRO DA AFURADA...................................................33
ANEXO 5 – IGREJA DE SÃO PEDRO DA AFURADA...................................................34
ANEXO 6 – PONTE DA ARRÁBIDA................................................................................34
ANEXO 7 – PONTE DA ARRÁBIDA................................................................................35
ANEXO 8 – CONSTRUÇÕES DE APOIO Á ATIVIDADE NÁUTICA DA AFURADA 35
ANEXO 9 – MERCADO DA AFURADA..........................................................................36
ANEXO 10 – MERCADO DA AFURADA, O SEU INTERIOR.......................................36
ANEXO 11 - CENTRO INTERPRETATIVO DO PATRIMÓNIO DA AFURADA.........37
ANEXO 12 - CENTRO INTERPRETATIVO DO PATRIMÓNIO DA AFURADA
NOMEADAMENTE CANASTRA......................................................................................37
INTRODUÇÃO

[Iniciar texto, primeira página com numeração visível]


1. CALÇADA DAS CARQUEJEIRAS E RUA DA
CORTICEIRA

 Pontos de Paragem:

1. Calçada das Carquejeiras

Na bela cidade do Porto existe uma grande rua/calçada, muito íngreme e, segundo
alguns investigadores, a subida...mais íngreme do Porto (citação retirada do site “O
Porto encanta e outras viagens” – https://www.oportoencanta.com/2014/07/na-
calcada-das-carquejeiras-segredos-e.html) – Calçada das Carquejeiras.

Do cimo desta calçada vislumbra-se o rio Douro, as pontes da cidade (Ponte Luiz
I, Ponte D. Maria, Ponte do Infante, Ponte São João, Ponte do Freixo) e a cidade de
Gaia, onde está edificado o Mosteiro da Serra do Pilar e o seu quartel militar.

Nos fins do século XIX, princípios do século XX, pobres e escravas mulheres,
carregavam às costas, desde a ribeira do Porto, por esta calçada acima e até à zona alta
da cidade, 50 a 60 quilos de carqueja. Iniciavam este trabalho extremo muito cedo
para que as casas particulares, as fábricas e padarias pudessem também trabalhar cedo
e tivessem com que acender o “lume”, os seus fornos e as suas lareiras. Estes montes
imensos de carqueja vinham das serras do Alto Douro, onde as “carquejeiras da serra”,
cortavam esta planta dos montes e vales, para posteriormente serem colocados nos
barcos rabelos, que pelo rio desciam até à ribeira do Porto.

Este era um trabalho feminino, apenas se tem um registo de um homem a realizar


este duro trabalho. Numa época em que as mulheres eram submissas aos seus maridos
e à suas casas, não tendo liberdade nem valor para ninguém, as carquejeiras,
arriscavam as suas próprias vidas para poderem ter um pouquinho de sustento para as
suas casas e para os seus filhos. Algumas delas, segundo relatos, realizavam este
trabalho grávidas, já com tempo avançado. De tal forma era intenso e escravo esta
labuta e subir esta calçada, que muitas destas pobres mulheres sentiam-se muito mal,
acabando por ter os seus filhos, ao longo desta calçada... muitas pobres crianças
nasceram ali, no chão da calçada, onde hoje todos nós caminhamos por lá.

Além de todo este infortúnio, muitas destas pobres mulheres ainda sofriam de
violência doméstica, numa altura em que não havia proteção para estas vítimas.
Tinham muitas vezes de dormir fora de casa com os seus filhos, nas “cagadeiras”
(casas de banho da época, que eram fora das casas), para não serem mais maltratadas,
nem espancadas.

Esta calçada íngreme, a Calçada das Carquejeiras, guarda nas suas memórias e na
sua espiritualidade, o enorme e horrível sofrimento destas pobres e tristes mulheres, as
“Escravas do Porto”, que subiam carregadas de molhos de carqueja. Um esconderijo
da cidade que muito representa esta profissão e uma época da história portuguesa,
muito melancólica, sofredora e dura. Uma região do Porto que aos poucos e poucos é
descoberta pelos imensos turistas (portugueses e estrangeiros) que visitam a cidade e
vão para além dos monumentos e espaços mais conhecidos e “conceituados”.

 Pontos de Passagem:

2. Capela do Senhor do Carvalhinho

Mesmo à beirinha da Calçada das Carquejeiras, na Rua da Corticeira, existe um


espaço em ruínas, que outrora era um lugar de espiritualidade e misticismo: Capela do
Senhor Jesus do Carvalhinho. Esta capela começou a ser construída no século XVIII;
pelo dia 26 de junho de 1737 foi lançada a sua primeira pedra (285 anos).

A capela estava inserida nuns terrenos da Quinta da Fraga, a qual pertencia à


Irmandade da Companhia de Jesus, Padres Jesuítas, que estavam sediados na Igreja de
São Lourenço ou Igreja dos Grilos, junto à Sé Catedral do Porto. Esta capela estava a
ser construída nestes terrenos, pois a intenção dos Padres Jesuítas era construir e
instalar naquele local um centro hospitalar para os sacerdotes enfermos e um recreio.
Contudo, na segunda metade do século XVIII (1759), com a expulsão dos
Padres Jesuítas, estes terrenos passaram a fazer parte do Estado, que vendeu para hasta
pública. Mais tarde, em 1840, a Quinta da Fraga passou a ser explorada, dando origem
à famosa Fábrica de Cerâmica do Carvalhinho (fábrica de loiça), que em 1923 se
mudou para Vila Nova de Gaia, no lugar do Arco do Prado. Com a alteração de
instalações desta fábrica de loiça, os proprietários dos terrenos, Tomás Nunes da
Cunha e António Monteiro Cantarino, reedificaram e restauraram a Capela do
Carvalhinho, por volta do ano de 1853.

Ainda no tempo da primeira República, por volta de 1911, ainda há registos do


primeiro retábulo e altar-mor, em talha dourada, da Capela do Senhor do Carvalhinho,
obra realizada pelo Mestre entalhador Manuel da Costa de Andrade. Abaixo está uma
citação dos apontamentos do Mestre, acerca da construção desta capela:

"medidas da obra q. se quer fazer ao S.or. do Carvalhinho. Tem a Cappella mor de largo
vinte e sete palmos e altura, da Banqueta p.ª sima athé a simalha de pedra quinze palmos
e meyo, e mais hum coarto de palmo e da sacada tem nove palmos e meyo. Advertesse q.
a Capella é de volta Redonda"  (citação retirada do site do Jornal de Notícias, notícia
intitulada “Que irá acontecer à capela do Senhor do Carvalhinho?” (16 de julho de 2006)
– https://www.jn.pt/arquivo/2006/que-ira-acontecer-a-capela-do-senhor-do-carvalhinho-
560434.html )

Ainda nos seus apontamentos, o Mestre entalhador Manuel da Costa de


Andrade, sugere que a restauração desta pequena e singela capela seja feita:

"pello estillo do altar mor da Cappella dos tresseiros de São Domingos" que era um dos
mais belos templos que nessa época havia na cidade do Porto. (citação retirada do site do
Jornal de Notícias, notícia intitulada “Que irá acontecer à capela do Senhor do
Carvalhinho?” (16 de julho de 2006) – https://www.jn.pt/arquivo/2006/que-ira-acontecer-
a-capela-do-senhor-do-carvalhinho-560434.html

É possível constatar que este lugar da Capela do Senhor Jesus do Carvalhinho, tal
como a Calçada das Carquejeiras, é um local onde são transmitidas memórias passadas, de
uma época da história portuguesa e que muito passou, até aos dias de hoje, continuando em
ruínas e abandonada.
2. FONTAÍNHAS

As Fontaínhas estão localizadas na freguesia do Bonfim. É uma das zonas mais antigas
e mais típica da cidade do Porto. Situada ao lado da Ponte do Infante, é um dos pontos mais
frequentados aquando das celebrações na noite da festa de São João. Este local também era
muito popular, tanto por parte da população do Porto, como da população turística, devido à
Feira da Vandoma que se realizava todos os sábados de manhã até 2016, ano em que foi
movida para a Avenida 25 de Abril, em Campanhã.

 Ponto de Paragem:
Neste local também podemos observar a estátua que foi inaugurada em março de 2020
em homenagem às Carquejeiras. Desde os meados do século XIX até meados do século XX,
as Carquejeiras desempenharam um trabalho considerado escravo. Estas mulheres
transportavam mais ou menos 60 quilos de carqueja às costas desde a marginal do Rio Douro
para o resto da cidade, passando por lugares íngremes como a Calçada da Corticeira e a
Alameda das Fontainhas. Faziam estes percursos descalças e esfomeadas de modo a poderem
ganhar uns trocos em retorno para a alimentação dos filhos. A carqueja transportada por estas
mulheres escravas era destinada a ser usada nos fornos das padarias e nas lareiras das casas
dos burgueses.

 Pontos de Passagem:
As Fontaínhas também são um local de escolha para contemplar a paisagem do Douro,
Vila Nova de Gaia e Porto, através do Miradouro das Fontaínhas. No Miradouro, para além
do que já foi referido, também podemos observar a Serra do Pilar, as quatro pontes da cidade
do Porto (Ponte Luís I, Ponte do Infante, Ponte Maria Pia e Ponte de São João) além de ser
um local privilegiado para observar os fogos-de-artifício no dia de São João.

Nas Fontaínhas ainda podemos experienciar um pouco da cultura típica portuguesa


com a convivência com os moradores do Bairro das Fontaínhas, que apesar de nos últimos
anos ter perdido muito dos seus moradores para os arredores da cidade, ainda é constituído
por famílias que viveram no Porto ainda antes do grande “boom” do turismo dos anos entre
2010 e 2020. Essas pessoas ainda apresentam uma maneira de ser muito própria dos
moradores originários da cidade do Porto, assim como apresentam diversos conhecimentos
relacionados à história da população do local. Por exemplo, alguns dos moradores deste
bairro, principalmente os mais velhos, tiveram familiares que foram carquejeiras ou varinas e
ainda podem relatar histórias do que estas mulheres viviam nas suas épocas e como era o seu
dia-a-dia. Por outro lado, devido derrocada que aconteceu no ano de 2000 e pouca
preocupação em ajudar a população, ainda se podem ver vestígios das ruínas provocadas por
este acontecimento, assim como algumas famílias que ainda vivem no local apesar da situação
de degradação.

Outra atração nas Fontaínhas é a Feira dos Passarinhos que acontece todos os
domingos de manhã entre as 7h e as 13h. Nesta feira podem ser adquiridos diversos tipos de
pássaros, gaiolas e comida para os mesmos. Mesmo quando não existe interesse em comprar
nenhum destes elementos, muitas pessoas dirigem-se a esta feira aos domingos para poderem
observar a feira, ver os diversos passarinhos que se encontram à venda, apreciá-los e também
ouvi-los cantar.

Finalmente, outro local que também pode ser considerado um ponto turístico nas
Fontaínhas é o São João Mural Painting. Um mural feito por Mariana Malhão inspirado nas
festas do dia de São João. O mural fez parte da programação de São João de 2021, que tinha
na altura sido reduzida ao mínimo possível devido à situação pandémica vivenciada no país.
O mural foi inaugurado na véspera da noite de São João. Mariana Malhão aquando da
encomenda do mural, foi desafiada pela Camara Municipal do Porto a criar uma visão pessoal
sobre esta festa simbólica da invicta e algo que também representasse a memória do povo
portuense. O epicentro do desenho é o balão de São João que é tradicionalmente lançado pelas
pessoas na noite das festividades. Para além disso, é possível ver um martelo com duas
pernas, um alho-porro com vários braços e outras personagem que completam a narrativa. A
base do mural é uma cor preta que dá ideia de uma noite luminosa, algo que também é muito
típico da noite de São João.
3. VIRTUDES

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4. MASSARELOS

Ambiente

Jardins do Palácio de Cristal

Este espaço, um dos mais bonitos e relaxantes da Cidade foi pensado por Emil David
aquando da construção do Palácio de Cristal agora substituído pelo Pavilhão Rosa Mota. Aqui
poderão entrar em contacto com a natureza, ver vários jardins, respirar ar puro, estar em
contacto com animais, visitar a Biblioteca Almeida Garret e o Museu do Românico. O lugar
perfeito para comer nos restaurantes adjacentes e descansar um bocado recarregando as
baterias para o resto do percurso. OOO

Parque das Virtudes

Este espaço, localizado no centro histórico do Porto foi desenhado por José Marques
Loureiro no século 19 e é um dos principais centros de socialização da Cidade. O sítio é
desenvolvido em socalcos que descem o vale do Douro sendo o sítio perfeito para ver o pôr
do Sol com os amigos, pais ou acompanhantes. OOO

Jardim da Cordoaria

Neste local pode-se sentar nos bancos disponíveis para o efeito descansando as pernas
para retomar o percurso apreciando as obras esculturais presentes no espaço e a vista de frente
do Tribunal da Relação do Porto. Este é um ponto de encontro para jovens que frequentam os
bares ao lado do Jardim para beber e socializar, dando alma à vida noturna da cidade.OOO
Cultura

Museu Nacional Soares dos Reis

Esta local é o principal Museu da Cidade o Porto e do país. O Museu está instalado no
Palácio dos Carrancas que sofreu obras para albergar o novo espaço que recebe o seu nome
em homenagem ao escultor portuense. O espaço possui obras religiosas e civis de vários
estilos e tempos históricos, concebidas por artistas nacionais e estrangeiros, não só de pintura
e escultura, mas também de cerâmica e de joelharia. Depois de as apreciar poderá ainda dar
uma olhada no jardim do edifício. Um sítio onde deverá despender o seu tempo conhecendo a
arte aqui presente

Cooperativa Árvore

Este espaço é uma cooperativa cultura, reconhecida como um organismo privado de


utilidade pública, fundada em 1963 por artistas e intelectuais da Cidade criando oportunidades
para a divulgação. Tem como objetivo a produção, divulgação e comercialização de obras
culturais. Aqui são desenvolvidas palestras, ateliers, exposições, aulas, oficinas, conferências
e muito mais. Também se pode desde o edifício apreciar a beleza do Parque das Virtudes com
uma vista belíssima. OOO

Palácio da Justiça / Tribunal da Relação do Porto


Este edifício contruído no século 20 é uma obra que poderá observar enquanto se senta
nos bancos do Jardim da Cordoaria. A fachada de granito e a estátua imponente fazem-no
apreciar a beleza estética da arquitetura portuense. OOO

Museu Romântico (dentro do jardim)

Enquanto respira o ar puro dos Jardins do Palácio de Cristal poderá sentir-se tentado a
visitar este espaço do século 18. Encontra-se na Quinta da Macieirinha local onde viveu
Carlos Alberto Sabóia, trisavô de Humberto de Sabóia que entregou o espaço à Câmara
Municipal. Pode apreciar uma recriação de uma casa aristocrata do século 19 de uma forma
simples e imaginativa. OOO

Comes e Bebes

Kitchen and Urban Garden – Palácio / Churrasqueira do Palácio / Entre Mesas

Estes espaços ao lado do Jardins do Palácio de Cristal prometem fazer-lhe crescer água
na boca com os seus pratos bem-apresentados e apetitosos. Pode optar pelo Kitchen and
Urban Garden, um local onde pode saborear comida fina ao ar livre enquanto aprecia a sua
decoração original o seu pequeno jardim. Se preferir antes uma comida menos refinado
sempre tem a churrasqueira do Palácio onde se fazem, segundo muitos, os melhores frangos
da cidade. Se não quiser algo tão pesado pode passar pelo Entre Mesas onde se fazem
produtos leves de grande qualidade: gelados, bolinhos, saladas de fruta, chá entre outros.
OOO

Pastelaria Costa / Padaria Confeitaria A Bruna


Se quiser tomar o pequeno-almoço, tomar o seu lanche apreciar um cafezinho a meio
da tarde durante o percurso pode fazê-lo nestes dois espaços na freguesia de Massarelos e
retomar a sua visita pela cidade.

Capa Negra II

Ainda em Massarelos poderá visitar o Capa Negra II, um local muito conceituado
pelas suas francesinhas, a comida que não poderá faltar na sua visita ao Porto.

Lazer

Centro Comercial Cristal Park

Se quiser fazer compras na cidade e não sabe onde ir pode passar pelo Cristal Park e
tirar descanso do percurso. Aqui encontra lojas de moda, comida, casa e entre outros.
5. LORDELO

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6. AFURADA

Eduarda de Sousa Cântara

Igreja Paroquial de São Pedro Da Afurada 1

Através da contextualização geográfica e estudo da freguesia da Afurada, percebemos


claramente a importância da pesca e comercialização do mesmo na população. Uma terra de
pescadores, com um elevado crescimento da população, que procura a sua independência civil
e religiosa da freguesia de Santa Marinha. Face a este processo é criada a freguesia Civil de
São Pedro da Afurada pelo Decreto-Lei nº38637 (Diário do Governo nº30, I série), no ano de
1952 . 2

No ano de 1951, é dada a autorização por parte do bispo do Porto D. Agostinho de


Jesus e Sousa, para construção de uma igreja paroquial na Afurada, igreja esta que dá início às
suas funções a 2 de fevereiro de 1952 . Com o apoio e papel do pároco Joaquim de Araújo no
3

campo social e religioso, a região entra num processo de grande evolução e desenvolvimento,
a par com as questões do Estado Novo. Face ao estado elevado de degradação da capela da
Afurada e ao aumento da população, o pároco em vigor exerce enorme influência para a
construção de uma nova instalação religiosa. A ideia de um novo espaço religioso, levou à
divisão da população, sendo que uns concordavam com a construção do mesmo e outra parte,
afirmava que a mesma era adequada para a comunidade, até então simples e modesta 4

Para a readaptação do edifício antigo da Igreja da Afurada, foi escolhido o arquiteto


Carlos Ramos, Diretor da Escola Superior de Belas Artes do Porto, que fez levantar um
concurso entre os arquitetos finalistas, para a realização do projeto a desenvolver. Projeto
este que se assumiu como uma avaliação final dos alunos da Escola Superior de Belas Artes
do Porto, com a seleção dos melhores trabalhos, com as melhores soluções apresentadas . A 5

1
Anexo 4 e 5.
2
Cátia Oliveira, Afurada | Âncora de Identidades – Estágio curricular no Centro Interpretativo do Património da Afurada, Faculdade de
Letras da Universidade do Porto, 2015, p.44.
3
Informação recuperada de: https://artsandculture.google.com/story/NgLyFCi_PQwpJQ?hl=pt-PT – acedido maio 10, de 2022.
4
Cátia Oliveira, Afurada | Âncora de Identidades – Estágio curricular no Centro Interpretativo do Património da Afurada, Faculdade de
Letras da Universidade do Porto, 2015, p.44.
5
José Portugal & Pedro Quintela, Interpretando o lugar da Afurada na encruzilhada entre o passado, o presente e o futuro, Quartnaire
Portugal, s/d, p.302.
realização do novo edifício, aproveitou parte da fachada de uma antiga fábrica de guano , 6

atualmente inativa, pertencente à Junta Central da Casa dos Pescadores . Para este projeto 7

foram ainda “[…] encomendadas 9 imagens, o crucifixo e a Via-sacra a Altino Maia”.

A 22 de abril de 1954 é abençoada e colocada a primeira pedra para a nova edificação


da Igreja da Afurada e a 10 de julho de 1955 ocorre a inauguração do espaço religioso . “A 8

opção pela edificação de uma nova igreja num local mais elevado, determinou a demolição da
capela em 1969, o que gerou um sentimento de perda no seio da comunidade” . 9

Ponte da Arrábida 10

Na primeira metade do século XX surge a necessidade de uma segunda ligação


rodoviária entre Porto e Vila Nova de Gaia, dando resposta às necessidades da população,
face ao crescente tráfego rodoviário. Desta forma, no ano de 1963, nasce sobre o rio Douro, a
Ponte da Arrábida, inaugurada a 22 de junho, desenvolvida e projetada pelo Engenheiro Edgar
António de Mesquita Cardoso, com a colaboração do arquiteto Inácio Pedres Fernandes e o
engenheiro José Francisco de Azevedo e Silva. Contando ainda com elementos escultóricos
de Salvador Barata Feyo e Gustavo Bastos . Na época, foi considerada a maior porte
11

construída em betão armado, contando com 270 metros de vão 12


e uma extensão de
aproximadamente 615 metros. No decorrer da sua execução e construção foi notável os
avanços realizados a nível internacional e as soluções encontradas . 13

6
Aproveitamento das fezes de ave e de morcego para efeitos de fertilizante.
7
Cátia Oliveira, Afurada | Âncora de Identidades – Estágio curricular no Centro Interpretativo do Património da Afurada, Faculdade de
Letras da Universidade do Porto, 2015, p.44.
8
Cátia Oliveira, Afurada | Âncora de Identidades – Estágio curricular no Centro Interpretativo do Património da Afurada, Faculdade de
Letras da Universidade do Porto, 2015, pp.44-45.
9
Informação recuperada de: https://artsandculture.google.com/story/NgLyFCi_PQwpJQ?hl=pt-PT – acedido maio 10, de 2022.
10
Anexo 6 e 7.
11
Informação recuperada de: https://110.tecnico.ulisboa.pt/arquivos/episodio-35-a-maquete-da-ponte-da-arrabida/ – acedido maio 10, de
2022.
12
Informação recuperada de: https://110.tecnico.ulisboa.pt/arquivos/episodio-35-a-maquete-da-ponte-da-arrabida/ – acedido maio 10, de
2022.
13
Classificação da Ponte da Arrábida como Monumento Nacional – Documentos para instrução do processo de classificação, Faculdade de
Engenharia da Universidade do Porto, 2010, p.4.
Sendo a Ponte da Arrábida a “primeira grande ponte sobre o rio Douro em Portugal
projectada e construída pela Engenharia Portuguesa” ,a mesma serviu de modelo a outros
14

projetos e trabalhos, como é exemplo, a Ponte Pênsil, a Ponte Maria Pia e a Ponte D. Luís I . 15

Ao longo das últimas décadas a Ponte da Arrábida tornou-se um dos mais poderosos símbolos
da Cidade, provavelmente aquele que no futuro melhor simbolizará o Porto do século XX. No
presente, a Ponte da Arrábida, para além da sua relevância utilitária como principal ligação
entre as duas margens do rio no coração da Área Metropolitana do Porto, constitui Património
no sentido mais nobre do termo. A identificação da Ponte com a Cidade e os Cidadãos do Porto
foi muito forte desde a sua conclusão mas – como acontece com aquelas construções de
excepcional apuro estético – reforça-se uma e outra vez sempre que cada um nela, e no seu
sítio, descobre novas e ainda mais belas perspectivas16.

Dadas as características apresentadas, o seu valor como obra-prima da Engenharia de Pontes,


o seu reconhecimento internacional, o seu processo construtivo, a sua simbologia para a
cidade do Porto, como ícone poderoso ao longo de 50 anos (a 22 de junho de 2013, a Ponte da
Arrábida festejou 50 anos aquando da sua inauguração) e dado o seu valor patrimonial
excecional, a 23 de maio do ano de 2013, a Ponte da Arrábida foi classificada como
monumento nacional pelo Conselho de Ministros, desencadeado pela Faculdade de
Engenharia da Universidade do Porto e com o apoio de uma petição online . 17

Diogo

Lavadouro público da Afurada

Ao olharmos para a zona da Afurada podemos identificar novas construções como o


mercado e o centro interpretativo da Afurada, porém, este local preserva dois espaços bastante

14
Classificação da Ponte da Arrábida como Monumento Nacional – Documentos para instrução do processo de classificação, Faculdade de
Engenharia da Universidade do Porto, 2010, p.4.
15
Classificação da Ponte da Arrábida como Monumento Nacional – Documentos para instrução do processo de classificação, Faculdade de
Engenharia da Universidade do Porto, 2010, p.4.
16
Classificação da Ponte da Arrábida como Monumento Nacional – Documentos para instrução do processo de classificação, Faculdade de
Engenharia da Universidade do Porto, 2010, p.2.
17
Informação recuperada de: https://noticias.up.pt/ponte-da-arrabida-classificada-como-monumento-nacional/ – acedido maio 10, de 2022.
posteriores a estas novas construções. O tanque comunitário da Afurada é um dos espaços
mais característicos desta zona piscatória de Gaia.

Em primeiro lugar, vale mencionar que a importância cultural deste espaço para a zona
da Afurada reside na representação de um quotidiano característico da comunidade, no qual as
mulheres dos pescadores, que muitas delas eram varinas de profissão, se ocupavam da
lavagem da roupa no tanque comunitário. Para além disto o restauro do qual este espaço
beneficiou recentemente mostra a importância do mesmo ainda hoje em dia, dado que foi
mantido o sistema que permite a lavagem da roupa permitindo que se mantenha esta função
atualmente. Vale mencionar que a intervenção de restauro feita neste local não deixou de
mencionar a ligação da comunidade com a atividade piscatória, colocando imagens nos vidros
laterias da construção. Por esta razão este ponto no roteiro representa um exemplo do
quotidiano desta comunidade que é a lavagem da roupa no tanque, utilizada principalmente
pelas varinas. Para além disto, é importante mencionar que este espaço representa um ponto
de congregação entre os membros da comunidade que o frequentavam, fomentando a
convivência entre os mesmos.

Agregado a este espaço podemos incluir o que é denominado como os varais da


Afurada. Os varais encontram-se próximos do lavadouro público e são ainda hoje utilizados
pelos membros da comunidade para a secagem dos tecidos lavados. Para tal, os mesmos são
pendurados nas cordas suportadas pelos varias. Vale mencionar que a quantidade de cordas e
varias que compõem este espaço constituem um cenário frequentemente fotografado pelos
visitantes. Mas, para além de despertar um interesse visual, representa mais um exemplo do
quotidiano das varinas que ainda hoje é mantido e, por esta razão de interesse para o roteiro.

Podemos então concluir mencionando novamente a importância do lavadouro


comunitário da Afurada como representação de hábitos do quotidiano das varinas da
comunidade desta zona. Constituindo, por este motivo, interesse cultural, ao espelhar um
aspeto da comunidade da Afurada, bem como das mulheres que desempenhavam a função de
varina.
Docas da Afurada

A zona da Afurada tem, obviamente, uma relação com o mar, podemos ver os efeitos
desta ligação não só nos trabalhas dos habitantes, que estão relacionados com a exploração
marítima, e nos hábitos da comunidade, mas também nas construções náuticas que
possibilitam esta relação da comunidade. Por outras palavras, infraestruturas como o cais e as
docas que se encontram na zona da Afurada têm um papel crucial para a identidade desta
comunidade ao possibilitar as atividades náuticas dos habitantes que são tão importantes para
esta mesma identidade. Por esta razão, são de interesse cultural e pertinentes na apresentação
da profissão das varinas.

Em primeiro lugar, embora este capítulo do trabalho seja especificamente sobre as


docas do local em questão (o que será posteriormente justificado neste capítulo), será
pertinente explicar a diferença entre a marina, o cais e as docas construídas na Afurada. Com
isto poderemos perceber melhor a função de cada uma destas construções destinadas á
atividade marítima e a sua importância para a comunidade. O termo marina, por exemplo, é
um centro portuário que se destina a embarcações maioritariamente relacionadas com o lazer
ou a atividades de recreação, oferecendo a este tipo de embarcações a possibilidade de
atracarem em segurança. Este tipo de construção esta fortemente ligada ao turismo, pois
permite a utilização dos cursos de água para fins de lazer, talvez por esta razão esta seja a
mais recente construção aqui mencionada, dado o aumento do fluxo turístico em todo o país,
porém estabelece muito pouca relação com a profissão em questão. Por outro lado, o cais é
um local que permite a carga e descarga das embarcações, quer seja de pessoas ou bens
materiais. Normalmente é utilizado por embarcações destinadas ao trabalho e não ao lazer, ao
contrário da marina. Assim como a doca que, embora também seja utilizada para cargas e
descargas neste caso específico da Afurada, destina-se principalmente á manutenção e
inspeção das embarcações.

É desta forma que as duas últimas construções mencionadas possibilitam a relação


entre a comunidade da Afurada e o mar, residindo aqui a sua importância cultural como
mencionada anteriormente. Importância esta que se torna ainda mais evidente quando
sabemos que é a partir das docas que é iniciada a procissão religiosa inerente á festa popular
de São Pedro da Afurada, padroeiro dos pescadores e, como tal, tem bastante importância para
a comunidade. Para além disto a sinalização do final dos festejos com o lançamento dos
foguetes é realizado a partir das embarcações atracadas nas docas. Especificamente para a
profissão de varina, tanto o cais como a doca da Afurada, possibilitam a recessão do peixe
trazido pelos pescadores e, consequentemente, a sua posterior venda. Podemos imaginar,
portanto, que as varinas saiam desta local da Afurada para percorrerem as ruas do Porto e Vila
Nova de Gaia apregoando o seu produto. Vale, porém, mencionar o quão longo seriem estes
trajetos realizados a pé principalmente pela diferença na qualidade das vias de acesso que
apenas foram melhoradas recentemente. Devemos ainda tomar em atenção que a zona da
Afurada fica na cota baixa da cidade de Vila Nova de Gaia, sendo que muitas destas pessoas
vendiam o seu produto nos centros de ambas as cidades, podemos imaginar o quão ingremes
seriam estes trajetos.

Por último, vale mencionar que a construção da Douro Marina, mesmo que
impulsionada por motivos de dinamização económica do local, terá possivelmente um
impacto cultural na zona da Afurada, principalmente no que toca as seguintes gerações da
comunidade que, cada vez mais abandona a atividade piscatória. Ainda assim, embora este
espaço possa ser mencionado na apresentação do roteiro, não constitui parte do mesmo, pois
não estabelece uma ligação direta com a profissão apresentada.

Desta forma podemos concluir que a inclusão destes dois pontos de paragem no
roteiro justifica-se pela sua importância cultural para a comunidade e pela sua importância
para a profissão em questão. Sendo que representa o ponto de receção do peixe para as
varinas, bem como um local de segurança e descarga do peixe, crucial para a atividade dos
pescadores.

Ana Sofia Lopes Fonseca

Mercado da Afurada 18

Um dos lugares de maior destaque na zona da Afurada, quer pela sua função quer pela
identidade histórica que representa para as varinas é o Mercado da Afurada, quer pela sua
18
Anexo 9
localização, sendo a Afurada um local de pescadores e da cultura piscatória. Está situado
mesmo em frente ao Rio Douro, e com a paisagem de mar ao fundo, sendo assim um local de
grande valor paisagístico para quem visita a região.

Este espaço tem como principal função o comércio, nomeadamente e principalmente


do peixe que é trazido pelos pescadores e mais tarde vendido pelas varinas, tradição esta que
muitas das vezes passa de geração em geração. É de destacar que este espaço além do valor
histórico para a comunidade, tem um valor patrimonial e de desenvolvimento para a freguesia
da Afurada quer a nível cultural como também económico, desenvolvendo assim diversas
atividades para o território, passando a ser um local de grande destaque e de referência na
freguesia e no concelho, desenvolvendo o turismo.

Devido a elevada atividade piscatórias na Afurada, toda a comunidade e o município


viu a necessidade de um espaço destinada a esta atividade e devido ao desaparecimento do
antigo Mercado, toda a comunidade necessitava de um local digno para esta atividade, foi
inaugurado o Mercado Municipal da Afurada, em 14 de julho de 2017, este pretendia trazer
um novo dinamismo e espaço para a freguesia, que se identificasse com a comunidade, mas
também com componente contemporânea e atual, mantendo a tradição das gentes da terra,
sendo assim o reflexo da mesma.
Pelo facto do antigo mercado ter sido demolido para a criação do cais da Afurada não
existia um local destinado a venda do peixe, ou onde as varinas pudessem realizar a venda do
seu peixe de forma segura, passam assim a ter um local de destaque, e de uma zona de lotas
mais segura e digna. Esta obra já tinha sido iniciada anteriormente pela empresa Britalar, não
tendo sido terminada devido á insolvência da empresa . Segundo uma entrevista realizada ao
19

presidente da Câmara Municipal de Gaia, este espaço tinha como objetivo ser o sustento para
as famílias e comunidade da Afurada destinando-se inicialmente apenas para a comunidade da
Afurada. Mas não é apenas o peixe que é comercializado no mercado, mas sim foram
instalados tanto restaurantes, como bancas de venda de outros artigos que se tornem
relevantes para o espaço . 20

19
Informação retirada de https://www.cm-gaia.pt/pt/noticias/afurada-ja-tem-novo-mercado/ consultado em 7 de junho de 2022
20
Anexo 10
Sendo este um local de grande importância para as Varinas, o local de venda do seu
produto e dos seus pregões para desta forma cativar os clientes, o Mercado da Afurada veio
trazer conforto e segurança para com o cliente e para com a Varina que atualmente não tem de
se sujeitar às condições que antigamente a profissão era sujeita.

Centro Interpretativo do Património da Afurada 21

Outro dos locais de destaque a nível cultural e museológico da região da Afurada é o


Centro Interpretativo do Património da Afurada (CIPA), localizado em um antigo armazém de
peixe, onde estavam construídos os antigos armazéns que estando abandonados não se
encontravam em bom estado tanto a Câmara Municipal de Gaia como Administração dos
Portos do Douro e Leixões, procurando reabilitar este espaço com localização interessante
para o destino que se tornaria um centro museológico da região, recriando desta forma o traço
arquitetónico original, estando inaugurado ao público desde março de 2013, tem na sua
proximidade a Reserva Natural Local do Estuário do Douro como também a Doca de Pesca da
Afurada, localizado na linha do rio Douro.

O principal objetivo do Centro Interpretativo do Património da Afurada, é poder


demonstrar à comunidade o valor histórico que a freguesia tem na sua história e território. Um
local que propõe refletir sobre a atividade humana como também o ambiente, desta forma tem
como propósito a valorização da memória coletiva da comunidade não deixando desta forma
o património ser esquecido, nem o valor histórico e patrimonial que daí advém. 22
Tem como
finalidade dar a interpretar, refletir e expor a cultura e património da região, como as tradições
piscatórias tão características do território, sendo um local de entrada gratuita e que permite a
entrada e visita de todos que passam pela Afurada sendo assim de paragem obrigatória.

Visa dar a conhecer todo o espólio que este tem em seu acervo, algumas das peças
tendo sido doadas, este centro museológico tem tanto exposições temporárias como também
exposições permanentes. Tem o objetivo de mobilizar o turismo e a economia local, tal como

21
Anexo 11
22
Informação retirada de https://www.parquebiologico.pt/cipa/o-centro-interpretativo consultado em 7 de junho de 2022
outras diversas construções da região dando a conhecer a história da Afurada, sendo este um
local cheio de pessoas e tradições tão ricas de cultural e património tão próprio e
característico. No espólio podem ser encontradas peças como canastra, peça utilizada pelas
Varinas no transporte do peixe, após os pescadores o deixarem na doca transportavam 20 e
mais kg de peixe pelas freguesias do Porto e Gaia , como também faca de escala sendo esta
23

utlizada pelo escalador para abrir o bacalhau 24


, entre outras diversas peças que são
encontradas dentro do mundo da pesca. 25

Este espaço museológico, inaugurado ao público há mais de 10 anos, apresenta uma


área expositiva permanente, que tem na sua exposição desde vestuário que era e é utilizados
pelos pescadores, pelas varinas, tendo também objetivos característicos da vida piscatória,
como os próprios barcos, pinturas relacionadas com a Afurada e o mundo dos pescadores e
das varinas. Desta forma tem quatro exposições permanentes e visitáveis pelo público, sendo
elas a Afurada , que tem como principal objetivo demonstrar através de diferentes módulos a
26

historio e os costumes da Afurada, como entrevistas, instrumentos de trabalho, vestuário e


ainda vídeo e fotografia, Espólio da Afurada , nesta exposição são apresentadas pequenas
27

peças que têm grandes histórias, sendo muitas das peças vindas de doações, Coleção
Malacológica Marciano Azuaga , coleção na sua maioria de conchas que Mariano do Carmo
28

Martins Viana de Azuaga, reuniu durante décadas e Miniaturas Náuticas exposição realizada 29

por artesões da região antigos pescadores que ainda mantem amor a profissão.

Tendo também uma área dedicada a exposições temporárias, como por exemplo a
exposição que esteve exposta em 2021, Os Santos D' Afurada. Arte, Devoção e Comunidade,
tendo sido esta reconhecida pela Associação Portuguesa de Museologia. Tendo ainda o 30

Centro Interpretativo do Património da Afurada um centro de documentação em suporte


digital sobre toda a região da Afurada.
23
Informação retirada de https://parquebiologico.pt/espolio/item/canastra consultada em 7 de junho
24
Informação retirada de https://parquebiologico.pt/espolio/item/faca-de-escala consultada em 7 de junho
25
Anexo 12
26
Informação retirada de https://www.parquebiologico.pt/exposicoes/exposicoes-permanentes/exposicao-permanente-afurada consultada em
8 de junho de 2022
27
Informação retirada de https://www.parquebiologico.pt/exposicoes/exposicoes-permanentes/exposicao-permanente-espolio-da-afurada
consultada em 8 de junho de 2022
28
Informação retirada de https://www.parquebiologico.pt/exposicoes/exposicoes-permanentes/colecao-malacologica-marciano-azuaga
consultada em 8 de junho de 2022
29
Informação retirada de https://www.parquebiologico.pt/exposicoes/exposicoes-permanentes/exposicao-miniaturas-nauticas consultada
em 8 de junho de 2022
30
Informação retirada de https://www.cm-gaia.pt/pt/noticias/cipa-reconhecido-pela-associacao-portuguesa-de-museologia/ consultada em 8
de junho de 2022
CONCLUSÃO

[Iniciar texto]
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Wikipédia- Biblioteca Municipal Almeida Garret. (2020) Disponível em:


https://pt.wikipedia.org/wiki/Biblioteca_Municipal_Almeida_Garrett (consultado a
01/06/2022)
ANEXOS
ANEXO 1 – THE BUTTERFLY'S GARDEN DA ARTISTA RAFI DIE ERSTE

Fonte: Foto disponível em: https://www.nit.pt/cultura/ha-um-novo-mural-incrivel-de-arte-urbana-no-porto (consultado a 05/06 de 2022).

ANEXO 2 – VISTA PANORÂMICA DOS JARDINS DO PALÁCIO DE CRISTAL

Fonte: Foto disponível em: https://www.portaldojardim.com/pdj/2018/01/24/jardins-com-historia-jardins-do-palacio-de-cristal/ (consultado a


05/06 de 2022).

ANEXO 3 – CASA TAIT


Fonte: Foto disponível em: https://museudacidadeporto.pt/estacao/casa-tait/ (consultado a 06/06 de 2022).

ANEXO 4 – IGREJA DE SÃO PEDRO DA AFURADA

Fonte: Figura recuperada de: https://www.allaboutportugal.pt/pt/vila-nova-de-gaia/religiao/igreja-de-sao-pedro-da-afurada - acedido 10 maio,


de 2022.

ANEXO 5 – IGREJA DE SÃO PEDRO DA AFURADA


Fonte: Figura recuperada de: https://www.santamarinhaeafurada.pt/afurada-tem-igreja-renovada/ - acedido 10 maio, de 2022.

ANEXO 6 – PONTE DA ARRÁBIDA

Fonte: Figura recuperada de: https://newinporto.nit.pt/na-cidade/inspecao-vai-condicionar-transito-na-ponte-da-arrabida/ - acedido 10 maio,


de 2022.

ANEXO 7 – PONTE DA ARRÁBIDA


Fonte: Figura recuperada de: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ponte_da_Arr%C3%A1bida#/media/Ficheiro:Ponte_da_Arrabida_-_Porto.JPG -
acedido 10 maio, de 2022.

ANEXO 8 – CONSTRUÇÕES DE APOIO Á ATIVIDADE NÁUTICA DA AFURADA

ANEXO 9 – MERCADO DA AFURADA


Fonte: Fotografia recuperada em https://www.santamarinhaeafurada.pt/novo-mercado-da-afurada/ consultado em 7 de junho de 2022

ANEXO 10 – MERCADO DA AFURADA, O SEU INTERIOR

Fonte: Fotografia recuperada em https://www.facebook.com/photo?fbid=3244186568934052&set=pcb.3244186615600714 consultado em 7


de junho de 2022

ANEXO 11 - CENTRO INTERPRETATIVO DO PATRIMÓNIO DA AFURADA


Fonte: Fotografia recuperada em https://www.parquebiologico.pt/centro-interpretativo-do-patrimonio-da-afurada consultado em 8 de junho
de 2022

ANEXO 12 - CENTRO INTERPRETATIVO DO PATRIMÓNIO DA AFURADA


NOMEADAMENTE CANASTRA

Fonte: Fotografia recuperada em https://lifecooler.com/artigo/atividades/cipa-centro-interpretativo-do-patrimonio-da-afurada/437525/


consultado em 8 de junho de 2022
ESCOLA
SUPERIOR
DE EDUCAÇÃO
POLITÉCNICO
DO PORTO

LICENCIATURA

GESTÃO DO PATRIMÓNIO CULTURAL


L

Roteiro das Profissões Duras do Porto –


Carquejeiras e Varinas
Ana Beatriz Fernandes Costa, 3190108
Ana Sofia Fonseca
Anita Rodrigues Guardão
Bruno Loureiro Artilheiro, 3180120
Eduarda de Sousa Cântara, 3190226
Maria Manuela Ferreira Soares, 3190783
Sofia Alexandra Fonseca Ferreira, 3190398

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