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Aula T02 1/22

PROPRIEDADES DOS MATERIAIS ESTRUTURAIS

• AÇO ESTRUTURAL
• BETÃO
• AÇO DE ARMADURAS
• AÇO DE PRÉ‐ESFORÇO
• PEDRA E ALVENARIAS
• MADEIRAS
• COMPÓSITOS – GFRP, CFRP
• VIDRO
• ALUMINIO …
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Aula T02 2/22


PROPRIEDADES DO AÇO ESTRUTURAL
Classe de  Tensão de cedência [MPa] Tensão última [MPa]
resistência 𝑡 16 𝑡 40 𝑡 63 𝑡 80 𝑡 100 𝑡 3
𝑡 16 𝑡 3
40 63 80 100 150 100
S235 𝟐𝟑𝟓 225 215 215 215 195 360 360
S275 𝟐𝟕𝟓 265 255 245 235 225 430 410
S355 𝟑𝟓𝟓 345 335 325 315 295 510 470
S420 𝟒𝟐𝟎 400 390 370 360 340 520 520
S460 𝟒𝟔𝟎 440 430 410 400 380 540 540

Nota : Valores em função da espessura (t ) em [mm], conforme a NP EN 10025‐2


(para as classes S235, S275 e S355) e a NP EN 10025‐3 (para as classes S420 e S460).

Nota : Os perfis tubulares podem ser:


Laminados a quente – Norma NP EN 10210
Esformados a frio – Norma NP EN 10219

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PROPRIEDADES DO AÇO ESTRUTURAL
Classe de  Tensão de cedência [MPa] Tensão última [MPa]
resistência 𝑡 16 𝑡 40 𝑡 63 𝑡 80 𝑡 100 𝑡 3
𝑡 16 𝑡 3
40 63 80 100 150 100
S235 𝟐𝟑𝟓 225 215 215 215 195 360 360
S275 𝟐𝟕𝟓 265 255 245 235 225 430 410
S355 𝟑𝟓𝟓 345 335 325 315 295 510 470
S420 𝟒𝟐𝟎 400 390 370 360 340 520 520
S460 𝟒𝟔𝟎 440 430 410 400 380 540 540

Nota : Valores em função da espessura (t ) em [mm], conforme a NP EN 10025‐2


(para as classes S235, S275 e S355) e a NP EN 10025‐3 (para as classes S420 e S460).
𝛾M,s = 1,00

Massa volúmica ρ 7700 a 7850 kg/m3

Módulo de elasticidade 𝐸 210 GPa


Coeficiente de Poisson 𝜈 0,3
Módulo de distorção 𝐺 81 GPa
Coeficiente de dilatação térmica linear 𝛼 12 10 °C

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PROPRIEDADES DO AÇO ESTRUTURAL

Propriedades de perfis, chapas e 
tubos laminados a quente e 
enformados a frio –
prEN 1993‐1‐1:2019

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PROPRIEDADES DO AÇO ESTRUTURAL
ROTURA FRÁGIL – Os aços carbono apresentam um
comportamento relativamente dúctil em ensaios de tração
realizados à temperatura “normal”, registando‐se também
que a ductilidade é tanto maior quanto menor for a classe de
resistência.

No entanto, o mesmo aço pode evidenciar um comportamento


frágil em condições de baixa temperatura ambiente e de
maior velocidade de deformação (ex. devido a ações de
impacto intensas) ou em situações com uma concentração de
tensões significativa (ex. ligações soldadas, por efeito das
tensões residuais instaladas após as soldaduras).

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PROPRIEDADES DO AÇO ESTRUTURAL

Ensaio de impacto de Charpy ROTURA FRÁGIL –


Segunda a NP EN 10045‐1 A tenacidade dum 
aço corresponde à 
sua capacidade para 
resistir à 
propagação de 
fendas.
A tenacidade é em 
geral avaliada 
através do “ensaio 
de impacto Charpy”, 
no qual um provete 
normalizado, com 
um entalhe em V na 
secção a meio vão, é 
sujeito ao impacto 
dum martelo 
pendular.

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PROPRIEDADES DO AÇO ESTRUTURAL

ROTURA FRÁGIL – O valor registado da


energia de deformação do provete,
𝐾𝑉, a uma determinada temperatura à
qual o ensaio é realizado, é tomado
como medida da tenacidade do aço. Aço “J2”

= –20°C

Nos aços abrangidos pela NP EN 10025‐2, a qualidade quanto à tenacidade é expressa pelas designações “JR”, “J0”,
“J2” e “K2”, em que as letras “J” e “K” indicam 𝐾𝑉 ≥ 27 J e 𝐾𝑉 ≥ 40 J, respetivamente, e “R”, “0” e “2” referenciam
uma temperatura igual a +20 °C (Room temperature), 0°C e –20°C, respetivamente.

Ex: Aço “J2”, deve ter uma energia de deformação de pelo menos 27 J, num ensaio de impacto Charpy realizado à
temperatura ambiente de 𝑇 = –20 °C.
Os aços de grão fino (“N”, “NL”, norma NP EN 10025‐3), e os aços com laminagem termomecânica (“M” e “ML”,
norma NP EN 10025 4), devido sua microscopia e processo de fabrico, evidenciam maior ductilidade, tenacidade e
soldabilidade.

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PROPRIEDADES DO AÇO ESTRUTURAL

Designação completa dos 
aços  de construção
de acordo com a norma ‐
EN 10027‐1:2005

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PROPRIEDADES DO AÇO ESTRUTURAL
FADIGA – Processo de deterioração caracterizado pela formação e propagação de fendas em resultado de variações nas
tensões instaladas. Na maior parte dos casos, os problemas no desempenho das estruturas de aço mais antigas são
devidos a uma insuficiente resistência à fadiga, como é o caso de diversos tabuleiros de pontes. São também inúmeros
os casos reportados de problemas por fadiga em gruas, cabos de suspensão de elevadores, pontes rolantes…

A ocorrência de problemas por fadiga resulta geralmente da conjugação de vários fatores, destacando‐se os seguintes:
• pormenores construtivos ou ligações que promovem a concentração de tensões,
• solicitações cíclicas no tempo de que resulta um número elevado de variações da tensão instalada com
amplitudes significativas, i.e. ∆𝜎 = 𝜎max – 𝜎min.
∆𝜎

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PROPRIEDADES DO AÇO ESTRUTURAL

“CURVAS DE FADIGA “ – O desempenho dos pormenores construtivos em termos de fadiga é normalmente 
caracterizado através de curvas de resistência designadas por curvas de Wöhler (curvas S‐N), as quais fornecem, para 
efeitos de cálculo, a máxima amplitude da variação de tensão (no caso de tensões normais, indicada por ∆𝜎R) que pode 
ser aplicada, em função do número de ciclos (N), sem ocorrência de dano de fadiga num dado pormenor construtivo.

Estas curvas, representadas geralmente na forma (log ∆𝜎R)‒(log 𝑁), resultam de ensaios de provetes em que é registado 
o número de ciclos até à rotura (𝑁) para solicitações cíclicas de amplitude constante.

𝑁Ri

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PROPRIEDADES DO AÇO ESTRUTURAL

Categoria dos detalhes de fadiga e curvas de resistência à fadiga

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PROPRIEDADES DO AÇO ESTRUTURAL

“CURVAS DE FADIGA “ – Embora a verificação simplificada da segurança à fadiga possa ser feita assumindo solicitações
cíclicas de amplitude constante. Na realidade numa estrutura os elementos de aço estarão, em geral, sujeitos a variações
de tensão com amplitude variável.
Nesse caso, a verificação torna‐se mais complexa, sendo necessário avaliar o número de ciclos 𝑁Ei ao longo da vida útil
da estrutura é que ocorre uma determinada variação de tensão ∆𝜎i , e recorrer à curva de fadiga para saber qual o
número máximo de ciclos que essa variação de tensão provocaria o colapso da estrutura 𝑁Ri Utilizando a regra de
Palmgren‐Miner, ter‐se‐á um dano acumulado 𝐷 dado por:

𝑁
𝐷 1,0
𝑁

Lei de Dano ‐ regra de Palmgren‐Miner
∆𝜎i

𝑁Ri
𝑁Ei 𝑁Ri

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PROPRIEDADES DO BETÃO

ρ 2400 kg/m3 betão simples


Massa volúmica – betão normal ρ 2500 kg/m3 betão armado (1 a 2% armadura)
Módulo de elasticidade 𝐸 variável (função da classe de resistência)

Coeficiente de Poisson 𝜈 0,2 (betão não fendilhado)       𝜈 0 (betão fendilhado)

Módulo de distorção 𝐺 variável [ 𝐺 = 𝐸 /2 (1+𝜈) ]

Coeficiente de dilatação térmica linear 𝛼 10 10 °C

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PROPRIEDADES DO BETÃO

Classe de 
𝛾M,c =1,50 resistência 
C20/25 C25/30 C30/37 C35/45 C40/50 C45/55 C50/60

𝑓 [MPa] 20 25 30 35 40 45 50
𝑓ck
𝑓cd 𝑓 [MPa] 28 33 38 43 48 53 58
𝛾M,c
Resistência à compressão 𝑓 [MPa] 2,2 2,6 2,9 3,2 3,5 3,8 4,1
aos 28 dias 𝐸 [GPa] 30 31 33 34 35 36 37
𝜀 (‰) 2,0 2,1 2,2 2,25 2,3 2,4 2,45
𝜀 (‰) 3,5 3,5 3,5 3,5 3,5 3,5 3,5

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PROPRIEDADES DO BETÃO

Classe de 
C20/25 C25/30 C30/37 C35/45 C40/50 C45/55 C50/60
fcm resistência 
𝑓 [MPa] 20 25 30 35 40 45 50
0,4 fcm
Resistência à tracção 𝑓 [MPa] 28 33 38 43 48 53 58
Ec = tan( ) aos 28 dias 𝑓 [MPa] 2,2 2,6 2,9 3,2 3,5 3,8 4,1
𝐸 [GPa] 30 31 33 34 35 36 37
𝑓 , ã
c1
max 1,6
cu1
ℎ ; 1,0 · 𝑓 𝜀 (‰) 2,0 2,1 2,2 2,25 2,3 2,4 2,45
fctm
(ℎ expresso em [m]) 𝜀 (‰) 3,5 3,5 3,5 3,5 3,5 3,5 3,5

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PROPRIEDADES DO BETÃO

A respeito das condições de exposição às ações ambientais, a NP EN 206‐1 define os seguintes tipos de classes de exposição:
• X0 classe relativa à ausência de risco de corrosão ou ataque,
• XC (1 a 4) classes para o risco de corrosão induzida por carbonatação,
• XD (1 a 3) classes para o risco de corrosão induzida por cloretos não provenientes da água do mar,
• XS (1 a 3) classes para o risco de corrosão induzida por cloretos da água do mar,
• XF (1 a 4) classes relativas ao ataque pelo gelo/degelo,
• XA (1 a 3) classes relativas ao ataque químico.

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PROPRIEDADES DO BETÃO
𝛽 𝑡  Coeficiente de endurecimento
𝑓 𝑡 𝛽 𝑡 ·𝑓
Idade [dias]  3 7 14 28 365 18250
se 𝑡 28 dias 𝑓 𝑡 𝛽 𝑡 ·𝑓
42,5R , 52,5R ou 52,5N 0,66 0,82 0,92 1,00 1,16 1,21

Tipo de 
Cimento
/
se 𝑡 28 dias 𝑓 𝑡 𝛽 𝑡 ·𝑓
32,5R ou 42,5N 0,60 0,78 0,90 1,00 1,20 1,27
,
𝐸 𝑡 𝛽 𝑡 ·𝐸 32,5N 0,46 0,68 0,85 1,00 1,32 1,44

Evolução das propriedades do betão ao longo do tempo
A retração do betão corresponde à diminuição das
𝜎
dimensões das peças de betão, na ausência de variações 𝜀 𝑡, 𝑡 𝜑 𝑡, 𝑡 ·
𝐸
de temperatura e de tensões aplicadas, em resultado
essencialmente da evaporação da água de amassadura e
da variação de volume da pasta de cimento por efeito da
hidratação do cimento.

𝐸𝑥𝑡𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑡𝑟𝑎çã𝑜 ≫ 𝜀 𝑡 = -20 a -40 x 10-5 𝐶𝑜𝑒𝑓. 𝑑𝑒 𝑓𝑙𝑢ê𝑛𝑐𝑖𝑎 ≫ 𝜑 𝑡, 𝑡 = 1.5 a 3.0


Retração e fluência do betão ao longo do tempo

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PROPRIEDADES DOS AÇOS PARA PEÇAS DE BETÃO ARMADO

𝑓
𝑓
γM,sc
Es 200 GPa

𝛾M,sc = 1,15
a) modelo bilinear com endurecimento
aço laminado a quente s

Classe de ductilidade
Parâmetro 𝑓 [MPa] fyd
A B C
1,15
𝑓 /𝑓 1,05 1,08 B400 ⇒ 400 MPa
1,35
𝜀 % 2,5 5,0 7,5 B500 ⇒ 500 MPa Es 200 GPa
Tipos de  A400 NR A400 NR SD s Es s
A500 ER <= Designação Portuguesa
Armaduras A500 NR A500 NR SD
yd s
b) modelo elástico‐perfeitamente plástico
Propriedades mecânicas dos aços de armaduras

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PROPRIEDADES DOS AÇOS DE PRÉ‐ESFORÇO

Cordão – Strand
composto por 7 fios
Ancoragem ‐ cabo com 12 cordões Bobine de cordões de pré‐esforço
𝜀 ,
Tipo Aço 𝑓 [MPa] 𝑓 , [MPa] 𝑓 [MPa] 𝐸 [GPa]
[%]
Y1860C 1860 1600 1391
Fios Y1770C 1770 1520 1322 205 3,5

Propriedades mecânicas dos  Y1670C 1670 1440 1252

aços de pré‐esforço Cordões
Y1860S 1860 1600 1391
195 3,5
Y1770S 1770 1520 1322
Y1100H 1100 900 783
Barras 205 4,0
Y1030H 1030 830 722

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PROPRIEDADES DOS AÇOS DE PRÉ‐ESFORÇO

Barra de pré‐esforço

Acoplador de barra de pré‐esforço  Ancoragem – barra de pré‐esforço


𝜀 ,
Tipo Aço 𝑓 [MPa] 𝑓 , [MPa] 𝑓 [MPa] 𝐸 [GPa]
[%]
Y1860C 1860 1600 1391
Fios Y1770C 1770 1520 1322 205 3,5

Propriedades mecânicas dos  Y1670C 1670 1440 1252

aços de pré‐esforço Cordões
Y1860S 1860 1600 1391
195 3,5
Y1770S 1770 1520 1322
Y1100H 1100 900 783
Barras 205 4,0
Y1030H 1030 830 722

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PROPRIEDADES DOS AÇOS DE PRÉ‐ESFORÇO

Tipo 𝜙 [mm] 𝐴 [mm2] Aço 𝐹 [kN] 𝐹 , [kN]

8,0 38 70,7 60,8


12,5 93 173 149
12,9 100 Y1860S7 186 160
Cordões
15,2 139 259 223
(de 7 fios)
15,7 150 279 240
15,2 139 246 212
Y1770S7
15,7 150 266 229
Propriedades mecânicas dos  26,5 552 678 596
aços de pré‐esforço 32,0 804 Y1230H 989 869
36,0 1018 1252 1099
Barras 26,5 552 568 461
32,0 804 828 672
Y1030H
36,0 1018 1048 850
40,0 1257 1294 1049

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Aula T02 22/22


PROPRIEDADES DOS AÇOS – EXEMPLO DE ESPECIFICAÇÃO NUM PROJECTO

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