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A data de 7 de julho é um dia de júbilo para a Marinha do Brasil, com a comemoração do

Aniversário de Ingresso das Mulheres em suas fileiras. Como resultado da visão e do empenho do
então Ministro de Estado da Marinha, Almirante de Esquadra Maximiano Eduardo da Silva Fonseca,
ao se alinhar aos anseios da sociedade brasileira e à crescente participação da mulher no mercado
de trabalho, foi promulgada a Lei n° 6.807, de 7 de julho de 1980, criando o Corpo Auxiliar Feminino
da Reserva da Marinha (CAFRM), marco inicial e pioneiro da participação da mulher nas Forças
Armadas brasileiras.

A Lei no 9.519, de 26 de novembro de 1997, que reestruturou os Corpos e Quadros de Oficiais e


Praças da Marinha, além de extinguir o CAFRM, ampliou significativamente a participação da
mulher nas atividades da Força Naval. Em consequência, outrora pertencente a um único Corpo
Auxiliar, as Oficiais e Praças da Marinha do Brasil (MB) passaram a prestar serviços no Corpo de
Intendentes da Marinha (IM), no Corpo de Engenheiros da Marinha (EN), nos Quadros do Corpo de
Saúde da Marinha, nos Quadros Técnico e Auxiliar da Armada do Corpo Auxiliar da Marinha, no
Corpo Auxiliar de Praças e no Quadro de Músicos do Corpo de Praças de Fuzileiros Navais.

Em novembro de 2012, foi assinada a promoção da primeira mulher a ocupar um cargo de Oficial
General das Forças Armadas Brasileiras, a Contra-Almirante (Md) Dalva Maria Carvalho Mendes.
Assim, a MB reafirmou seu pioneirismo, pois foi também a primeira Força que admitiu mulheres
militares em seus quadros.
Como parte do contínuo processo de atualização e aprimoramento da administração do seu
pessoal, a Força Naval admitiu, em 2014, a primeira turma de Aspirantes femininas da Escola
Naval.
Foram 12 vagas específicas para o Corpo de IM, destinadas a candidatas com idade entre 18 e 23
anos, que tivessem concluído o ensino médio.
Além da formação profissional-militar, as Aspirantes recebem aulas de Educação Física e, de
acordo com seu desempenho, podem integrar uma das várias equipes esportivas, como: esgrima,
vela, remo, vôlei, basquete, orientação, atletismo, judô e tiro. As futuras Oficiais poderão participar,
ainda, de diversos grêmios, como: línguas, xadrez, comunicações, aviação, mergulho, música,
fotografia, etc.
Ao final do curso, foram declaradas Guardas-Marinha e embarcaram no Navio-Escola “Brasil”, onde
realizaram uma viagem de instrução de duração aproximada de seis meses, durante a qual,
complementaram sua formação profissional e cultural, tendo a oportunidade de visitar países das
Américas, Europa, percorrendo os Oceanos Atlântico e Pacífico, e o Mar Mediterrâneo.
Após o regresso da viagem de instrução, as Guardas-Marinha foram nomeadas Oficiais - no posto
de 2º Tenente - e designadas para exercerem atividades nas diversas Organizações Militares da MB
distribuídas ao longo de todo o território nacional.

Por meio do Memorando n° 1, de 10 de abril de 2017, o então Comandante da Marinha, Almirante


de Esquadra Eduardo Bacellar Leal Ferreira, decidiu ampliar a participação de Oficiais e Praças
femininas em atividades de aplicação efetiva do Poder Naval, autorizando o embarque em navios e
unidades de tropa. Dessa forma, as Oficiais passarão a ingressar nos Corpos da Armada (CA) e de
Fuzileiros Navais (CFN), a partir da Escola Naval, além de fazerem parte do Corpo de Intendentes
da Marinha (CIM), opção já aceita. As Praças femininas, também, poderão fazer parte do Corpo de
Praças da Armada, o que permitirá o embarque em meios do Setor Operativo.
O Edital de 2018 trouxe vagas específicas para as mulheres. Ingressando na Escola Naval no ano
de 2019, ao início do 3° ano letivo, elas farão a opção de curso e habilitação, de acordo com sua
ordem de classificação obtida no segundo ano letivo.
Ao longo dos anos, a participação das mulheres foi sendo ampliada para diversas áreas de
atuação, incluindo a Direção de importantes Organizações Militares. Com equilíbrio e competência,
a mulher marinheira vem consolidando cada vez mais sua participação nos diversos Corpos e
Quadros dos Oficiais e Praças da Marinha do Brasil, contribuindo, sobremaneira, para o
cumprimento das mais variadas tarefas da nossa Força, com maior eficiência e eficácia.
A importância das mulheres nas Forças Armadas: da Guerra do Paraguai aos dias atuais
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