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UD IV - REVOLTAS E REVOLUÇÕES

NA REPÚBLICA VELHA

ASS 1 - CONSOLIDAÇÃO DA REPÚBLICA


REVOLUÇÃO
FEDERALISTA
SUMÁRIO

■ INTRODUÇÃO
- ANTECEDENTES HISTÓRICOS
■ DESENVOLVIMENTO
- CAUSAS
- O CONFLITO
- PRINCIPAIS BATALHAS
- CONSEQUENCIAS
■ CONCLUSÃO
- LIGAÇÃO COM A REVOLTA DA ARMADA
REVOLUÇÃO FEDERALISTA

■ ANTECEDENTES HISTÓRICOS
Durante o século XIX, o estado do Rio Grande do Sul esteve em permanente estado de
guerra. Na Revolução Farroupilha (1835-1845) e na Guerra do Paraguai (1864-1870),
a população gaúcha foi devastada. Nos últimos anos do Império, surgiram na região
três lideranças políticas antagônicas: o liberal Assis Brasil, o conservador Pinheiro
Machado e o positivista Júlio Prates de Castilho. Os três se reuniram para fundar
o Partido Republicano Rio-Grandense, que fazia oposição ao Partido Federalista do Rio
Grande do Sul, fundado e liderado pelo liberal monarquista Gaspar Silveira Martins. Em
1889, com a Proclamação da República do Brasil, essas correntes entraram em
conflito, de forma que em apenas dois anos o estado teria dezoito governadores.
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■ CAUSAS
- Insatisfação dos federalistas com o domínio político de Júlio de Castilhos (presidente
do RS) do Partido Republicano Rio-grandense.
- Disputa política entre dois grupos políticos gaúchos: Os chimangos (pica-paus) eram
defensores do governo de Júlio de Castilhos, da centralização política, do
presidencialismo, do positivismo e do governo federal. Já os maragatos (federalistas)
queriam tirar Júlio de Castilhos do poder do RS, implantar um sistema descentralizado,
baseado no parlamentarismo. Os federalistas eram também contrários à política
implantada pelo governo federal após a Proclamação da República e exigiam uma
revisão da constituição.
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■ O CONFLITO
- Em fevereiro de 1893, os federalistas pegaram em armas para derrubar o governo de Júlio de
Castilhos. Floriano Peixoto, presidente do Brasil, se colocou ao lado do governo gaúcho. O conflito
acabou tomando âmbito nacional, pois os opositores de Floriano passaram a defender o movimento
federalista no RS.
- Os federalistas tiveram algumas vitórias no começo do movimento. Sob a liderança de Gumercindo
Saraiva, os federalistas avançaram sobre Santa Catarina.
- Em janeiro de 1894, os federalistas se uniram aos participantes da Revolta da Armada. Entraram no
estado do Paraná e tomaram a cidade de Curitiba.
- No final de 1894, o movimento federalista perdeu força. Na batalha da Lapa, no Paraná, as forças
federais de Floriano Peixoto venceram os revoltosos. Com a chegada de tropas paulistas, os
federalistas tiveram que recuar.
- A paz foi assinada em 23 de agosto de 1895, na cidade de Pelotas, e selou a derrota dos federalistas.
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■ CERCO DE BAGÉ
- Em 1893, durante a Revolução Federalista, a catedral e a Praça da Matriz foram palco
de grandes acontecimentos, no episódio que ficou conhecido como Cerco de Bagé,
quando forças revolucionárias, pretendendo tomar a cidade, obrigaram os chamados
republicanos, comandados pelo Coronel Carlos Maria da Silva Telles, a armar a defesa
da praça. O templo se transformou em hospital de sangue, enquanto junto às paredes
laterais se sepultavam os mortos. A igreja ficou com suas paredes cravejadas de balas.
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■ BATALHA DE PASSO FUNDO


- No dia 27 de junho de 1894, na localidade chamada Pulador, cerca de 4.600 homens
entraram em violento combate que perdurou por seis horas, com grande número de
baixas nos dois lados, terminando com pica-paus e maragatos, já sem munição,
lutando no corpo-a-corpo.
- Os legalistas contavam com cerca de 3.000 homens, entre os voluntários do
senador Pinheiro Machado, sob o comando do seu irmão Salvador Pinheiro
Machado, contra 1.600 revolucionários federalistas.
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■ CERCO DA LAPA
- foi um episódio militar que ocorreu em 1894, quando a cidade de Lapa tornou-se
arena de um sangrento confronto entre as tropas republicanas, os chamados pica-
paus (legalistas), e os maragatos (federalistas), contrários ao sistema presidencialista
de governo. Os legalistas resistiram bravamente ao cerco por 26 dias, mas sucumbiram
pela falta de munição e comida.
- A lendária batalha deu ao Marechal Floriano Peixoto, chefe da República, tempo
suficiente para reunir forças e deter as tropas federalistas. Ao todo foram 938 homens
entre forças regulares e civis voluntários, lutando contra as forças revolucionárias
formadas por três mil combatentes.
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■ CONSEQUENCIAS
- Os conflitos políticos geraram uma guerra civil que propiciaria cerca de 10.000
mortos e milhares de feridos.
- A batalha de passo fundo resultou no enfraquecimento definitivo dos federalistas,
que foram obrigados a assinar o tratado de paz um ano depois, o que contribuiu
para a consolidação definitiva da República brasileira.
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■ CONCLUSÃO
- Ao mesmo tempo, no Rio de Janeiro, antiga capital do Brasil, estava acontecendo outro
conflito, a "Revolta da Armada", disputada entre os militares e o exército. Ao final, alguns
rebeldes da Revolta da Armada tentaram se aliar e articular ações com os federalistas no
sul do país, os quais conquistaram a cidade de Desterro (atual Florianópolis), em Santa
Catarina.
- A Revolução Federalista, embora não tenha conquistado seus objetivos, nos mostra que a
Proclamação da República e seu sistema político não foram aceitos de forma unânime no
Brasil. Alguns grupos políticos contestaram, inclusive de forma armada, o regime
republicano, o positivismo, a centralização de poder e a presença das oligarquias nos
governos estaduais. Portanto, a Revolução Federalista pode ser compreendida dentro deste
contexto histórico de insatisfação com o regime republicano, recém-instalado no país após o
15 de novembro de 1889.

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