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http://paredespsvencera.blogspot.com/ NOTA DE IMPRENSA

PSD APROVA ORÇAMENTO DA CÂMARA PARA 2011, COM VOTO CONTRA


DOS SOCIALISTAS

IRREALISMO, DESVARIO E ILUSÃO SÃO ABSOLUTOS

A proposta de orçamento apresentada pela maioria do PSD na Câmara de Paredes é


absolutamente surpreendente e só poderia ter merecido o voto contra dos vereadores
eleitos pelo Partido socialista.

Não ter acolhido nenhuma das ideias apresentadas pelos vereadores eleitos pelo PS,
não é novidade nem constitui qualquer surpresa, mas, sabendo-se que o país estará
submetido a grandes sacrifícios e que as Câmaras terão menores transferências do
Estado, ver uma proposta onde Celso Ferreira promete aumentar as transferências
correntes do Estado em 11%, é um total absurdo!

Ainda mais absurdo é incluir nas receitas 60 milhões de euros, provindos da venda das
escolas que vão ser desactivadas. Em 2010 já estava previsto no orçamento uma
receita de 55 milhões na venda de antigas escolas, e realizou-se zero, e para 2011,
num contexto económico mais difícil prevê-se um incremento irrealista desta receita.

Em 2010, o executivo “dominado” por Celso Ferreira, aprovou um Orçamento que


previa arrecadar receitas superiores a 126 MILHÕES € (quando as Contas forem
apresentadas, se tudo correr como é tradicional no concelho, nem metade
conseguirá).

Celso Ferreira e os seus acólitos, numa atitude absolutamente irracional, reveladora


de completo desvario, transmitem à população a ideia de que estamos no “melhor
dos mundos” e que em 2011, até vamos conseguir cerca de 144 MILHÕES €, só mais
14% (!) do que no ano anterior.

Em 2011, é sabido, haverá redução de salários, mas a Câmara de Paredes pensa


gastar mais 200 MIL EUROS com pessoal e aumentar as despesas do Executivo em
mais 770 MIL EUROS, só mais 8,75% do que no ano em curso.

Em “Consumos Internos”, a rubrica a que Eduardo Catroga se referiu quando disse ao


governo onde podia encontrar os 500 MILHÕES que eram necessários para compensar
as suas propostas, especialmente na ausência de receita do IVA e, assim, equilibrar o
OE/2011, é aquela que o PSD local não ouviu ao seu “companheiro” e especialista na
gestão da coisa pública.
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Por isso, decidiu gastar, nessa rubrica, MAIS UM MILHÃO DE EUROS (13,5 milhões em
2010 e 14,5 milhões em 2011). Se não há MASTRO para dar nas vistas, no próximo ano,
arranja-se outro consumo.

Mas, não se pense que a Câmara vai gastar apenas isso. Não! Há muitas outras coisas
que mostram o desvario de que os socialistas acusaram os restantes membros do
Executivo.

Só em “Projectos e Estudos” a Câmara quer gastar mais de DOIS MILHÕES DE EUROS.


Haverá, certamente, quem perceba as razões de Celso Ferreira e dos seus acólitos para
tamanha insensatez.

Os socialistas confessam a sua incapacidade para o compreender, até porque a sua


proposta de redução da “Derrama”, face à previsão da Câmara, era de pouco mais de
200 MIL €.

O desperdício a que se assiste na autarquia de Paredes, só no ano em curso, levou a


que as entidades que prestaram consultoria em arquitectura e fiscalização de obras,
tenham recebido MAIS DE UM MILHÃO DE EUROS!

Mas, os agentes contratados para «tratar de imagem» - que nas Contas não são
“secretos” – só este ano, já custaram à Câmara mais de 250 MIL EUROS.

Os vereadores do PS sempre se bateram contra adjudicações directas, porque


entendem que elas possibilitam escolhas discricionárias que põem em causa o rigor
na gestão da coisa pública.

Os socialistas sempre se bateram pela transparência, porque entendem que, sem ela,
não há igualdade e muito menos sã concorrência.

Num quadro tão optimista, com uma previsão de crescimento de 14%, se houvesse um
mínimo de coerência, as freguesias do concelho, também poderiam respirar de alívio
porque, no mínimo, veriam crescer os seus orçamentos e, desse modo, alimentar a
ideia de que poderiam resolver alguns dos problemas que afligem as populações que
servem. Puro engano.

Celso Ferreira e os seus “companheiros” parece que têm ideia de “acabar” com as
Juntas de Freguesia e ficarem eles a tratar de tudo o que respeita ao concelho.

A conclusão é extraída da circunstância de o Orçamento de 2011, no que toca a


transferências correntes para as freguesias passar de 4,47 MILHÕES DE EUROS, em
2010, para 3,89 MILHÕES DE EUROS, em 2011 – menos 14%.

E, em matéria de transferências de capital, as coisas são bem piores, porque a redução


é da ordem dos 24% - passa de 1,10 MILHÕES em 2010, para 0,83 MILHÕES em 2011.

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Durante a última reunião do Executivo Municipal assistimos a um “simulacro” de


discussão do Orçamento. Sim, não se admirem, foi mesmo um simulacro de discussão,
onde colocamos dúvidas e pedidos de esclarecimento, sobre os objectivos políticos
que se pretendia alcançar.

Mas, como temos vindo a afirmar, em Paredes pratica-se um sistema de “asfixia


democrática”, que impede a discussão e o confronto de ideias e, por isso, quando
procuramos desenvolver, ou mesmo promover a discussão, “levamos” com um
Regimento, imposto pela maioria e que se resume a dizer: “já disseram o que queriam,
agora só há uma coisa a fazer, votar”.

O PS procurou, fazendo propostas, que o Orçamento desse sinais claros de


preocupação sobre a situação das empresas, das pessoas e das famílias.

Procuramos dar sinais às empresas de que podiam contar com a Câmara para superar
as dificuldades que a crise financeira e económica lhes coloca.

Procuramos que as pessoas, através de uma ajuda da Câmara às empresas, vissem


garantidos os seus postos de trabalho.

Procuramos que a Câmara assumisse uma nova política de habitação social e, desse
modo, respondesse às dificuldades que irão colocar-se às famílias a muito curto
prazo.

O resultado, lamentavelmente, é nulo:

As taxas vão manter-se no máximo permitido.

O irrealismo e a engenharia financeira não mudam.

A ilusão de que somos o “melhor e o maior concelho” vão manter-se, porque o


irrealismo e o desvario se mantêm na cabeça dos eleitos pelo PSD local.

A Câmara de Paredes está prestes a ultrapassar os limites do endividamento.

As respostas às principais necessidades dos paredenses continuam a ficar para


segundo plano.

Esta arrogância orçamental, esta política de ilusão e mentira, só são possíveis porque
está criado um ambiente de intimidação, que inibe as pessoas do concelho e as
empresas a insurgirem-se contra este tipo de ultrajes.

Este Orçamento é “a favor de quem e para quem?”, como questionou, recentemente,


um ex-braço direito de Celso Ferreira?

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Ninguém nos atemoriza. Os socialistas não têm medo. Pelos paredenses e pelo futuro
do concelho estarão sempre atentos aos desvarios da equipa de Celso Ferreira.

O militante do PSD, José Henriques, tal como nós, também exige “Decência e respeito
nas decisões, que é a atitude que os cidadãos em geral querem e merecem”.

O Orçamento que nos foi apresentado deixa-nos chocados e indignados com tamanha
irresponsabilidade, insensibilidade e arrogância, por parte de Celso Ferreira e dos
seus “acólitos”.

A receita real deste Orçamento não chega para metade. O PS Paredes demarca-se
desta ilusão, desta mentira, desta farsa.

1 - Orçamento 2011

Prevê aumento das Despesas Gerais da Câmara Municipal em 7%. Num contexto que
deveria ser de contenção, as Despesas Gerais estão vários milhões acima do ano
anterior.

Num ambiente económico de apelo à contenção, ficciona um crescimento de


Orçamento de 14% face ao ano anterior, de 126 MILHÕES para 143 MILHÕES DE
EUROS.

O Executivo liderado por Celso Ferreira vai aumentar as suas despesas em mais de 1
MILHÃO DE EUROS face a 2010, mais 35%.

Prevê uma redução das transferências para as Juntas de Freguesias.

Ao nível das Receitas ficciona-se uma receita de 60 MILHÕES DE EUROS, com a venda
das escolas desactivadas. (Já em 2010 estava no Orçamento uma verba de 55 milhões
de euros com a venda das escolas desactivadas. Desta receita realizou-se zero. Como
se pode esperar para 2011 um acréscimo deste valor para 60 milhões?)

2 - Opções de Investimento

Num ano em que claramente se vão agravar as condições de vida de muitos


paredenses, a Câmara Municipal:

- Não prevê qualquer verba para a Habitação Social.

Num ano em que a indústria, o comércio, a agricultura vão sentir mais dificuldades, a
Câmara Municipal:

- Não acata qualquer das propostas do PS de apoio a estes três sectores.

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Mantém a Derrama no nível máximo (a redução deste imposto em 50% dava um claro
sinal que a Câmara estaria com as empresas do concelho e apenas custaria 200 mil €
de receitas).

- Não é criado nenhum fundo de apoio a pequenas indústrias e comércio para 2011.

- Não foram colocados à disposição das pequenas indústrias do concelho, tal como
propôs o PS Paredes, terrenos nas Zonas Industriais, a preços controlados.

Não se divulgam os apoios que estão disponíveis para a agricultura, nem se estudam
os melhores tipos de cultura para os terrenos agrícolas do concelho, como propõe o PS
Paredes.

Ao nível da Carta Educativa, continua a aposta no luxo e na exorbitância. O Centro


Escolar de Bitarães, por exemplo, vai custar mais de 8 MILHÕES DE EUROS, sem
contar com os arranjos exteriores e as derrapagens orçamentais.

Celso Ferreira continua a querer viver acima das possibilidades.

Paredes, 22 de Novembro de 2010

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