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CÂMARA MUNICIPAL DE SALVADOR

CENTRO DE CULTURA VEREADOR MANOEL QUERINO

RELATÓRIO ANUAL DE GESTÃO

Salvador
2018
CÂMARA MUNICIPAL DE SALVADOR
CENTRO DE CULTURA VEREADOR MANOEL QUERINO

MESA DIRETORA

Presidente 3° Secretário
Leo Prates Tiago Correia

1° Vice-presidente 4° Secretário
Fábio Souza Ana Rita Tavares

2° Vice-presidente Ouvidor
Kiki Bispo Suíca

3° Vice-presidente Ouvidor Substituto


Orlando Palhinha Cátia Rodrigues

1° Secretário Corregedor
Toinho Carolino Edvaldo Brito

2° Secretário Gestor Legislativo do Centro de Cultura


Joceval Rodrigues Odiosvaldo Vigas
EQUIPE TÉCNICA

Coordenador
Vinícius Vasconcelos (em exercício)

Assessoria de Cultura
João Marcelo Ribeiro

Secretário de Cultura
Vicentino Queiroz

Assistente Social
Lydia Sá

Assistente de Cultura
Vilma Ferreira

Assistentes Legislativos
Juciene Miranda
Lilian Alves

Auxiliares Legislativos
Crispim Batista
Eliomar Ornelas
Josemar Borges
Juarez Azevedo
Luis Antonio Gonçalves
CÂMARA MUNICIPAL DE SALVADOR
CENTRO DE CULTURA VEREADOR MANOEL QUERINO

RELATÓRIO DE GESTÃO – 2018

1 INTRODUÇÃO
O Centro de Cultura Vereador Manuel Querino, vinculado à Câmara Municipal de Salvador –
CMS, situado na Praça Thomé de Souza, no subsolo lateral do Palácio Thomé de Souza, foi
inaugurado em junho 2007 com o objetivo de incentivar e divulgar a produção artística e
cultural da cidade, conforme o artigo 6º do Decreto Legislativo nº 909/2005, de 29 de dezembro
de 2005, dispositivo legal que trata da criação deste equipamento cultural1.
A partir do ano de 2011, por orientação do vereador designado como Gestor Legislativo desta
instituição, Dr. Odiosvaldo Vigas, foi iniciado um processo de desenvolvimento, revitalização
e dinamização do Centro de Cultura, pautado pelo Programa Arte, Cultura e Cidadania –
Cultura Viva2, que compreende a cultura de forma abrangente e universalista, não apenas como
linguagens culturais mais sim como uma ferramenta estratégica para o desenvolvimento.
A partir desse momento foi iniciado um processo de aproximação e articulação
permanente com coletivos sociais e culturais, pontos de cultura e artistas com vistas à
mobilização dessas pessoas e organizações para fomentar ações socioculturais, dentre essas
organizações pode-se destacar o Instituto de Estudos, Formação e Assessoria em Políticas
Sociais – Instituto Polis, a Secretaria de Cultura do Estado da Bahia/Superintendência de

1 “Fica criado, no âmbito da Câmara Municipal do Salvador, o Centro Cultural Manuel Querino, com objetivo de
promover e realizar atividades culturais como teatro, música, literatura, cinema, artes plásticas, exposições e
debates relacionados à cultura”. (SALVADOR. Decreto Legislativo nº 909/2005, de 29 de dezembro de 2005.
Dispõe sobre a criação do Centro de Cultura e dá outras providências. Diário Oficial do Legislativo. Salvador,
BA, 30 dez. de 2005).

2 Para maiores informações sobre o Cultura Viva deve-se consultar, dentre outras obras de referência, o
BARBOSA DA SILVA, Frederico A. B (Org.). Cultura Viva: as práticas de pontos e pontões. Brasília: IPEA,
2011.
Cultura, representantes da Comissão Nacional do Fórum dos Pontos de Cultura da Bahia, o
Conselho Municipal de Comunicação e Políticas Públicas, o Pontão de Cultura iTEIA /
Condomínio Empreendedor Cultural, o Centro de Referência da Criança e Adolescente – CRIA,
o Força Feminina / Instituto das Irmãs Oblatas do Santíssimo Redentor, o Movimento dos Sem
Teto de Salvador – MSTS, o Movimento de População de Rua – MPR, a Escola de Música da
Universidade Federal da Bahia – EMUS/UFBA, o grupo caetanUFBA, os Núcleos Estaduais
de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia – NEOJIBA, o Grupo Arte e Desenvolvimento
Sustentável – GADS, o Conselho Municipal do Idoso, a Associação de Artes Baiana - AABA,
a Fundação Cidade Mãe e o Serviço de Atenção Especializada Marymar Novais, vinculado à
Secretaria Municipal de Saúde - SMS

2 ATIVIDADES DO ANO DE 2018

Desde a implantação da nova gestão do Centro Cultural Vereador Manuel Querino, iniciada em
2011, sob a responsabilidade do vereador Odiosvaldo Vigas, uma das maiores preocupações da
equipe gestora tem sido fazer com que este local seja efetivamente utilizado pela sociedade
soteropolitana e que tais usos possam refletir positivamente no desenvolvimento da cidade.
Além do clássico uso para audiências públicas e discussões de assuntos do interesse dos
cidadãos soteropolitanos, geralmente solicitadas pela vereança, muitas foram as organizações
que utilizaram os espaços disponíveis neste Centro, sendo eles um auditório com capacidade
para 145 pessoas e também um foyer com 300 m². É evidente que apresentar uma listagem com
o nome de todas as entidades que fizeram uso gratuito das instalações e dos serviços da equipe
deste Centro no ano de 2018 seria um trabalho demasiado extenso e uma leitura bastante
cansativa, mas para que se possa ter uma ideia da importância da existência e do pleno
funcionamento de um equipamento como este, é necessário apresentar uma pequena lista das
importantes entidades que sediaram eventos neste equipamento cultural no último ano.
Escola de Música da Universidade Federal da Bahia, Núcleo de Extensão da Universidade
Federal do Recôncavo da Bahia, Empresa Salvador Turismo - SALTUR, Grupo Capoeira
Mangangá, Grupo Arte e Desenvolvimento Sustentável, Conselho Municipal do Idoso,
Fundação Cidade Mãe, Secretaria Municipal de Saúde, Fundação Gregório de Mattos,
Secretaria de Cultura do Estado da Bahia, Secretaria Municipal do Trabalho Esporte e Lazer,
Rede de Bibliotecas Comunitárias de Salvador, Diretoria de Gestão do Centro Histórico
Secretaria Municipal do Trabalho Esporte e Lazer, Rede de Bibliotecas Comunitárias de
Salvador, Diretoria de Gestão do Centro Histórico e Comitê Baiano da Campanha Nacional
pelo Direito à Educação são exemplos de organizações que utilizaram o auditório e o foyer do
Centro para realização de reuniões, seminários, plenárias, colóquios ou quaisquer outros
eventos gratuitos e de interesse público. Ademais, o foyer tem sido ocupado durante todo o ano
por exposições de obras de artistas locais, que podem, desta maneira, divulgar sua arte para
todos aqueles que acessam o Centro de Cultura da CMS.
No quadro abaixo é possível verificar os números consolidados de ocupação do auditório e do
foyer deste Centro durante o ano em curso. Tal contagem tem como base apenas os dias úteis,
embora eventualmente a Presidência desta CMS autorize a realização de eventos neste
equipamento cultural aos finais de semana.

Quadro analítico de ocupação do Centro de Cultura da CMS - 2018


AUDITÓRIO FOYER
Total de
Mês Total de eventos Dias ocupados Dias ocupados
exposições
Janeiro 4 4 0 0
Fevereiro 5 5 0 0
Março 18 16 1 12
Abril 14 14 0 0
Maio 17 15 1 5
Junho 16 11 2 20
Julho 14 12 2 10
Agosto 25 16 2 18
Setembro 21 16 2 17
Outubro 15 13 3 18
Novembro 28 17 3 20
Dezembro 10 10 1 15
Total 187 149 17 135
Quadro 1: quantitativo de eventos anuais realizado a partir de dados internos.

Desde a implantação do projeto de revitalização e dinamização do Centro houve um trabalho


de mobilização, articulação e formação de parcerias, assim como de realização de produções
culturais colaborativas com artistas, coletivos sociais e culturais capitaneado pela assistente
social Lydia Sá, com base no ideário do Cultura Viva, que contribuiu imensamente para firmar
este equipamento cultural como um espaço de fortalecimento da cultura da cidade, fato
reiteradamente confirmado pela assessoria de imprensa da Câmara, parceiros e comunidade em
geral.
Não é a intenção deste documento hierarquizar a importância dos eventos ou proponentes que
utilizaram a estrutura do Centro, mas de forma a ilustrar a pluralidade que é um forte princípio
do trabalho aqui desenvolvido, segue um pequeno resumo de atividades que merecem destaque
e foram sediadas neste espaço, especialmente as atividades que contemplam artistas locais.
Segue:
a) Em janeiro e fevereiro houve o Treinamento operacional Carnaval 2018, que consistiu
em uma série de capacitações que visavam ampliar a qualidade dos serviços prestados pelos
agentes da Empresa Salvador Turismo - SALTUR aos participantes dessa festa que,
indubitavelmente, é um dos maiores produtos culturais desta cidade.
b) Em fevereiro foi realizado o batismo de capoeira de crianças atendidas pelo projeto
Capoeira Mangangá, que tem importante papel na valorização da cultura afro-brasileira.
c) Em março houve comemorações do aniversário da cidade de Salvador, que completou
469 anos de fundação, foram realizadas palestras, caminhada pelo Centro Histórico da cidade
e um pequeno coquetel para os participantes da caminhada. Ainda neste mês, em parceria com
o projeto Orbita 3D, aconteceu a primeira edição do projeto Curta Cinema 3D, com a exibição
do filme Sing - Quem Canta Seus Males Espanta, uma sessão de cinema itinerante com uma
superestrutura, ótima qualidade de som e imagem 3D que já percorreu mais de 100 cidades em
todo o Brasil, transformando o Orbita 3D em um centro de cultura itinerante, alcançando o
objetivo de democratizar o acesso à sétima arte e à tecnologia, promover inserção social e
entretenimento ao espectador.
d) Em abril aconteceu a uma etapa das oficinas do Iteia que trouxe o módulo básico
Acervos Digitais e Sustentabilidade Cultural para os coletivos culturais que não tiveram
oportunidade de conhecer a rede Iteia e sua proposta de uso das tecnologias sociais para o
desenvolvimento de propostas colaborativas.
e) Em maio foi realizado o “aulão” de teatro gratuito, coordenado por Vilma V. Ferreira,
promovendo inclusão social através da ampliação do acesso da população aos meios de
produção, circulação e fruição cultural do acesso a bens culturais, conforme os desígnios do
Cultura Viva.
f) Em junho três eventos se sobressaíram: a primeira edição da exposição coletiva dos
artesãos vinculados à Associação de Artes Baianas – AABA, entidade criada com o objetivo de
valorizar o artesanato e o artesão, contribuindo para o desenvolvimento da produção artesanal
no município de Salvador; o concerto Cantos do Nordeste, parceria do coro infanto-juvenil e a
Ensemble de Cordas – grupos dos Núcleos Estaduais de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia
(NEOJIBA) – , no qual a história de Virgulino e Maria Bonita e como eles se transformaram
no cangaceiro Lampião e na Rainha do Cangaço é contada; a apresentação do Madrigal da
UFBA, um grupo vocal profissional, fundado em 1954 pelo maestro H. J. Koellreuter que,
devido à sua atuação, é considerado um dos melhores grupos vocais do Brasil.
g) Em julho houve uma exposição coletiva de artesanato do Grupo Arte e
Desenvolvimento Sustentável – GADS, que é um coletivo fundado em abril de 2015, composto
por mulheres empreendedoras e artesãs que, juntas, buscam construir um espaço de relações
acolhedoras e solidárias, além de oportunidades para geração de renda.
h) Em agosto houve uma roda de conversa com o professor e historiador Paulo Serra com
membros da Associação Beleza Real Brasil mediada por representantes do ITeia; e a edição do
projeto EMus no Palco Fora de Casa, que contou com a apresentação da cantora Isabel
Gonçalves, um projeto que foi idealizado com o objetivo de ser um espaço de prática acadêmica
ao mesmo tempo que dá visibilidade à Escola de Música e suas produções, além de tornar
acessível à sociedade soteropolitana e àqueles que por esta cidade transitam as atividades
realizadas pela Escola de Música da UFBA, possibilitando o diálogo da música, através dos
produtos musicais da EMus, com outras áreas e eventos externos.
i) Em setembro houve a exposição O que os olhos não veem, que trata da cegueira
psicológica comum aos indivíduos da contemporaneidade, que as faz deixarem de perceber a
beleza que está ao seu redor, a beleza das coisas comuns, das praias, de um dia chuvoso ou de
uma planta no jardim.
j) Em outubro três eventos se destacam: a comemoração do dia da música chilena e do
natalício de Violeta Parra (1917-1967), que foi compositora, cantora, artista plástica e ceramista
chilena, sendo a mais importante folclorista da música popular desse país, realizado pela cantora
e compositora chilena Martina Lecaros junto com o músico chileno Felipe Díaz Vila, que
acompanhados de músicos convidados, apresentaram um repertório dos clássicos da música
popular do Chile, como também composições autorais desta cantora chilena; a apresentação do
cantor Alan Santiago, acompanhado do instrumentista Tiago Lago, que, influenciado por
diversas raízes da música nacional e internacional, passeia pelas mais diversas vertentes
musicais que vão desde clássicos da MPB, hits internacionais das pistas dos anos 70, Jovem
Guarda, Trash anos 80 e música contemporânea; e o pré-lançamento do projeto Oriundo do
Brasil do músico baiano Orion da Silva Martins Filho, o ORÍ, que vem se dedicando
especificamente a compor e passar uma mensagem positiva e de qualidade musical indiscutível.
k) Em novembro houve o IX Seminário Ler Direito de Todos que homenageou a Revolta
de Búzios apresentando uma programação variada com mesas de diálogo sobre a valorização
do livro, da leitura e da biblioteca, sarau, exposição de livros e lançamento da rede estadual de
bibliotecas comunitárias, Ôxe Bahia; o ensaio aberto do disco Akueran, trabalho autoral que
apresentou o cantor e compositor baiano Sèrgio à cena soteropolitana; e também a apresentação
do grupo musical Tríade, que contou com um vasto repertório que foi da MPB, passando pelo
pop, chegando até o jazz em um som instrumental marcado pela diversidade e pela qualidade.
l) Em dezembro houve a exposição coletiva Vermelhô, em homenagem a Santa
Bárbára/Iansã, com curadoria de João Marcelo Ribeiro, que reuniu obras de artistas plásticos já
conhecidos na cena baiana, bem como de novos artistas que merecem destaque no meio cultural
local.

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao longo do ano de 2018 o Centro de Cultura Vereador Manuel Querino da Câmara Municipal
de Salvador ampliou oportunidades de produção e difusão de serviços socioculturais, no entanto
para que seja possível a garantia da perenidade da proposta lançada em 2011 é necessária a
criação de uma política de caráter suprapartidário, que defina ações de forma articulada e
colaborativa fortalecendo os vínculos e parcerias já iniciados e ampliando essa rede com
instituições públicas, privadas, sociedade civil, superando assim alguns aspectos que
comprometem e ameaçam a viabilidade das ações.
As novas diretrizes apontadas pelos gestores da CMS, a partir dessa busca pela democratização
do Centro de Cultura, visam contribuir para superar uma história institucional com uma cultura
de forte viés clientelista, cuja concepção do trabalho social assistencialista vinculado a
interesses políticos compromete a continuidade do trabalho realizado até aqui, no entanto, vale
ressaltar que todas as conquistas que tivemos são fruto do apoio dos colegas da Câmara e dessa
relação íntima e de gestão partilhada com nossos amigos da rede colaborativa.
Cabe, contudo, apontar a necessidade de superação de alguns entraves para fortalecer o Centro
Cultural em relação ao objetivo para o qual foi criado:
a) O atraso na aprovação do Regimento Interno do Centro de Cultura, visto que essa
normatização é um valoroso instrumento para tomada de decisão e condução do trabalho.

b) O reduzido quadro do Centro Cultural, principalmente no que se refere aos serviços de


limpeza, manutenção predial e comunicação, pois a falta de um número adequado de
funcionários dessas especialidades por vezes causa sobrecarga de trabalho aos funcionários aqui
lotados, bem como a interrupção ou o oferecimento inadequado dos importantes serviços
prestados por este Centro.

c) A insuficiência na divulgação dos eventos abertos ao público realizados neste Centro


Cultural, já que uma maior divulgação, para além do Diário Oficial do Legislativo – DOL e da
TV Câmara, atingiria um maior e mais diversificado número de pessoas, podendo fazer com
que mais cidadãos ou visitantes dessa cidade se sentissem convidados a usufruir deste Centro.

d) Falta de equipamentos adequados para os servidores técnicos, pois os computadores


estão defasados e estão em número insuficiente, e, além disso, a única impressora P & B não
tem qualidade para impressão de banners e convites, por exemplo, bem como a falta de
equipamentos adequados para as exposições aqui sediadas, já que a pintura das paredes não é
feita com a regularidade necessária e os expositores disponibilizados são inadequados.

e) A abrupta supressão dos espaços utilizados por esse Centro para a guarda de
material/mobiliário como cadeiras, mesas, expositores e para a realização de oficinas gratuitas
como LIBRAS e artesanato.

f) A necessidade de revitalização do CDC.

Salvador, 20 de dezembro de 2018.

Vinícius Vasconcelos
Coordenador Técnico do Centro de Cultura em Exercício
ANEXOS

Seguem os cartazes de divulgação de alguns dos eventos aqui sediados.

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