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COMUNICAÇÃO
SAIBA QUAIS SÃO OS PADRÕES MAIS UTILIZADOS NO
MERCADO E DESCUBRA COMO SÃO SUAS ESTRUTURAS,
CARACTERÍSTICAS E PRINCIPAIS FUNCIONALIDADES
ALTUS | PROTOCOLOS DE COMUNICAÇÃO ÍNDICE | PÁG. 2
Boa leitura!
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ALTUS | PROTOCOLOS DE COMUNICAÇÃO
ÍNDICE
1. Introdução
2. Protocolo de comunicação: afinal, o que é isso?!
3. As sete camadas do Modelo OSI
4. Padrões de comunicação: Serial x Ethernet
5. Conheça os principais protocolos para automação industrial
5.1. MODBUS
5.2. PROFIBUS
5.3. PROFINET
5.4. ETHERNET/IP
5.5. A universalidade do OPC UA
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INTRODUÇÃO
A comunicação clara e bem estruturada é um fator es-
sencial para o bom relacionamento entre indivíduos de
qualquer grupo... inclusive nas redes de automação! Um
sistema industrial funcional começa pela estruturação
da sua comunicação e, para isto, é necessário estabelecer
padrões básicos de diálogo.
Vamos lá!
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2.
Protocolo de comunicação:
afinal, o que é isso?!
Podemos dizer que um protocolo de comuni- erros, bem como outros controles necessários para
cação é um conjunto de regras e procedimentos uma boa transmissão.
que controlam a troca de dados entre máquinas e Até os anos 70, cada fabricante possuía seus
sistemas de automação, uma forma de garantir próprios padrões para realizar a comunicação de
que as “conversas” entre eles sejam eficientes e máquinas com sistemas, cenário que criava
sem perdas. Tecnicamente, protocolos são um tipo muitos problemas na interoperabilidade entre
de código, regra ou ordem que os dados devem ter equipamentos. Com a evolução tecnológica e o
para possibilitar a troca de informação entre dis- crescimento da indústria, os fabricantes de
positivos em rede, gerando, no início e no fim das equipamentos chegaram à conclusão de que era
mensagens, caracteres de controle para confir- necessário criar um padrão para normatizar a
mação de recebimento, controle de sequência das comunicação entre os diferentes dispositivos
mensagens ou blocos de dados transmitidos, cál- atuantes em sistemas de operação industrial.
culo e checagem do algoritmo de detecção de Assim surgiu o Modelo OSI!
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3.
As sete camadas 7
do Modelo OSI
6
Com o intuito de reduzir a complexidade de projetos,
a ISO (International Organization for Standardization) 5
lançou, em 1984, o modelo OSI (Open System Intercon-
nection), uma arquitetura modelo para protocolos de
comunicação criada para garantir a comunicação 4
end-to-end entre máquinas e sistemas. O padrão
divide as funções das redes de computadores em sete 3
camadas de abstração em que cada protocolo realiza a
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inserção de uma funcionalidade vinculada a uma
camada específica:
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1 | CAMADA FÍSICA onde a parte "IP” de “TCP/IP” acontece. Ela fornece 5 | CAMADA DE SESSÃO
Camada inferior do modelo OSI, é encarregada o roteamento de quadros entre redes, o controle Esta camada é responsável por iniciar e encerrar
da transmissão e recepção do fluxo de bits brutos de tráfego da sub-rede: roteadores podem enviar conexões de rede, como as funções do RPC (Re-
não estruturados através de um meio físico. Ela uma instrução para "desacelerar" a transmissão de mote Procedure Call) e a parte de login de uma
descreve as interfaces elétricas/ópticas, mecânicas demissão de quadros quando o buffer do roteador sessão SQL.
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4.
Padrões de O Serial é o modelo de comunicação mais tradi- redes de dispositivos conectados a uma única porta
comunicação:
cional em sistemas de automação, padrão utiliza- – e pode ser utilizado em conexões de até 1.000
do para conectar sensores, controladores progra- metros de distância.
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5.
Conheça os principais protocolos
para automação industrial
Agora que você já sabe um pouco mais sobre camadas e padrões de comunicação, vamos
falar sobre os protocolos mais utilizados na indústria e suas principais características.
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5.2 PROFIBUS trafegar pelo mesmo cabo utilizado para alimentar regulamenta o PROFINET é a IEC 61158-5 e IEC
O PROFIBUS (Process FieldBUS) se caracteriza os dispositivos, economizando tempo de insta- 61158-6, sendo o décimo protocolo incluso nessa
por ser um padrão de comunicação aberto e am- lação e gasto com cabos. Porém, a taxa de trans- norma (Type 10). Basicamente, há dois tipos de
plamente utilizado, pois permite que dispositivos missão de dados do PROFIBUS-PA é inferior ao redes PROFINET: PROFINET IO e PROFINET CBA.
de fabricantes diferentes possam se comunicar registrado no PROFIBUS-DP. Enquanto o PROFINET IO é utilizado em aplicações
sem nenhum problema. O protocolo tem como em tempo real (rápidas), o PROFINET CBA é
ARQUIVO GSD
característica a diferenciação de seus dispositivos utilizado em aplicações onde o tempo não é crítico,
O protocolo PROFIBUS conta com uma ferra-
entre mestres e escravos e utiliza as camadas 1 (físi- como na conversão para rede PROFIBUS DP.
menta de integração ágil chamada GSD (General
ca), que define as características físicas da trans- Ele pode ter três formas distintas de operação,
Station Description ou Descrição Geral da Es-
missão, 2 (enlace), que define o protocolo de acesso sendo duas delas para tempo real e uma para não
tação). Ela permite que a maior parte da configu-
ao meio, e 7 (aplicação), que determina as funções tempo real. A primeira baseia-se na arquitetura
ração do dispositivo seja feita de forma automáti-
da aplicação. TCP/IP pura, utilizando Ethernet nas camadas 1 e 2,
ca. Os arquivos GSD contém dados de configu-
O modelo de comunicação PROFIBUS pode ser o IP na camada 3 e o TCP ou UDP na camada 4.
ração e características do dispositivo que, durante
dividido em duas versões: PROFIBUS-DP, para inte- Essa arquitetura é chamada de Non-RT (Non-Real
a etapa de configuração, são disponibilizadas para
gração entre dispositivos de chão de fábrica e PRO- Time ou Não Tempo Real), pois seu tempo de pro-
a rede. Esse recurso possibilita a interoperabili-
FIBUS-PA, para controle de processos industriais e cessamento aproxima-se dos 100ms. A grande apli-
dade de dispositivos de diferentes fabricantes e
instrumentação, sem o uso de CLPs. A versão -DP é cação nesse tipo de comunicação é de configu-
simplifica muito a configuração da rede.
utilizada em demandas que envolvam um grande ração da rede ou na comunicação com os Proxis,
volume de informação e há necessidade de uma 5.3 PROFINET utilizando o PROFINET CBA. Os Proxis são conver-
velocidade de comunicação alta para que os even- O PROFINET é uma rede padronizada pela sores de um determinado protocolo em outro (por
tos sejam processados em um tempo especifico Associação PROFIBUS Internacional como uma exemplo, de PROFINET para PROFIBUS DP ou de
(determinístico). Já na versão -PA os dados podem das redes de Ethernet industrial. A norma que PROFINET para Interbus-S).
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A segunda maneira baseia-se no chamado Soft Internet. É um padrão industrial que prevê oper- Ethernet TCP/IP comum utiliza o padrão EDS
Real Time (SRT), caracterizando-se por ser um ações em tempo real em uma rede Ethernet TCP/IP (Electronic Data Sheet ou Planilha de Dados
canal que interliga diretamente a camada da comum. Eletrônica), que não são nada mais do que
Ethernet à aplicação. Com a eliminação de vários O protocolo é uma combinação de vários padrões arquivos ASCII que descrevem como um aparelho
níveis de protocolo, há uma redução no compri- existentes. Ele alia as tecnologias Ethernet e Trans- pode ser utilizado em sua rede. Os arquivos EDS
mento das mensagens transmitidas, necessitando mission Control Protocol (TCP)/Internet Protocol descrevem objetos, atributos e serviços disponíveis
de menos tempo para transmitir os dados na rede. (IP) com um protocolo aberto de camada de apli- no aparelho, comunicando as informações de
Podem-se utilizar os dois tipos de PROFINET, CBA cação (7) conhecido como Protocolo de Informação identidade requeridas para que uma ferramenta
e IO, nesse caso. e Controle (PIC). A camada de aplicação PIC, ou CIP de rede reconheça o serviço.
A terceira maneira baseia-se no conceito de (sigla em inglês), define objetos e perfis de disposi-
5.5 A UNIVERSALIDADE DO OPC UA
Isochronous Real Time (IRT), para aplicações em tivos que caracterizam as interfaces e comporta-
Assim como ocorreu em 1984 com o surgimento
que o tempo de resposta é crítico e deve ser menor mentos comuns. A EtherNet/IP permite a comuni-
do modelo OSI e a padronização dos métodos de
do que 1 ms. Uma aplicação típica deste conceito é cação plena entre os dispositivos, em diferentes
comunicação entre máquinas e sistemas, em 1995,
o controle de movimento de robôs, quando o redes PIC, bem como sobre Ethernet e TCP/IP.
empresas do segmento tecnológico, entre elas a
tempo de atualização dos dados deve ser pequeno. O protocolo permite controle de entrada e saída Microsoft, se reuniram com o objetivo de desen-
Utiliza-se apenas o PROFINET IO para esse caso. através da troca de mensagens em tempo crítico e volver um protocolo padrão que substituísse e co-
5.4 ETHERNET/IP conexão com Interface Homem Máquina. Com ele municasse com todos os protocolos proprietários
O Ethernet Industrial Protocol, ou EtherNet/IP, é o usuário pode configurar dispositivos e programas criados até então. Assim surgiu o OPC (Open Plat-
um protocolo de rede que permite a interoperabili- e executar diagnóstico de dispositivos e rede. form Communications), padrão para acesso à
dade de dispositivos de automação industrial e ARQUIVOS EDS dados em tempo real dentro do sistema operacio-
equipamentos de controle sobre a mesma rede Assim como o PROFIBUS conta com o GSD para nal Windows. O primeiro padrão foi denominado
usada para aplicações de negócios e navegar na agilizar a configuração de dispositivos na rede, o OPC Classic e possui três especificações:
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• OPC DA (Data Access): Define a troca Foi então que, em 2008, surgiu o OPC UA Clique no botão abaixo e confira o
de dados, incluindo valores, tempo e (Unified Architecture). A solução vem sendo vídeo demonstrativo da OPC Fundation
informações de qualidade. falando sobre o funcionamento do
implementada de forma crescente nas indústrias
protocolo OPC UA.
• OPC A&E (Alarm and Events): Define a com o intuito de garantir a conexão entre os
troca de informações de mensagem do diversos dispositivos do chão de fábrica. O
tipo alarme e eventos, bem como estado protocolo segue à risca o caminho da Indústria 4.0,
de variáveis e gerenciamento de estado. fornecendo comunicação independente de
plataforma, segurança de dados, padronização e
• OPC HDA (Historical Data Access):
Define métodos de consulta e análises inteligência descentralizada.
que podem ser aplicadas em dados Por ser um padrão independente de plataforma,
históricos. o OPC UA implementa sua própria camada de
segurança, baseada em uma infraestrutura de
Essa solução veio para extinguir o problema de chave pública (PKI) que utiliza um padrão industri-
interconexão entre diversos dispositivos e teve al de certificados digitais x.509 e autenticação de
rápida aceitação do mercado. Com o tempo, endereços, autorização, criptografia e integridade
surgiu uma insatisfação entre algumas indústrias de dados. O protocolo suporta dois formatos de
pelo fato de estarem limitadas ao Windows, mensagem, UA Binário e XML, e dois protocolos de
deixando de fora outros sistemas operacionais, transporte, OPC TCP e SOAP / HTTP(S). Enquanto o
como Linux e Mac (Apple). Este cenário formato define como os dados da mensagem são
demandou a criação de um novo protocolo de codificados, o protocolo de transmissão aponta o
comunicação que permitisse a interconexão entre meio pelo qual as mensagens são passadas entre o
diferentes sistemas operacionais. cliente e o servidor.
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6.
Quais são os
protocolos mais ETHERNET
INDUSTRIAL: 46%
utilizados e onde 13% 11% Crescimento Anual: 22%
PROFINET
4%
11% EtherCAT
5%
MODBUS-TCP
POWERLINK
FIELDBUS: 48%
Crescimento Anual: 4% 6% 7% Outros Protocolos
Ethernet
PROFIBUS-DP
MODBUS-RTU 6% 4% WIRELESS: 6%
Crescimento Anual: 32%
CC-Link 4%
CAN/CANopen WLAN
DeviceNet
14% 9% Bluetooth
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A acelerada disseminação dos conceitos que en- ao ano, a Ethernet tem ganho espaço no segmen- semelhante na América Latina, porém, aqui o
volvem a Indústria 4.0, como a Internet das Coisas to industrial e já representa 46% do mercado EtherNet/IP, assim como o MODBUS TCP, são bas-
(IoT), em especial, pontuam a proeminente neces- global – os números de 2017 apontavam uma par- tante utilizados e POWERLINK raramente. O Ether-
sidade de conexão entre máquinas e sistemas de ticipação de 38%. EtherNet/IP e PROFINET estão Net/IP também é destaque no mercado america-
no, superando o DeviceNet em termos de partici-
diferentes processos. Estas mudanças têm impul- empatados em primeiro lugar no ranking de pro-
pação de mercado. Já na Ásia, o mercado de rede é
sionado o crescimento dos protocolos baseados tocolos mais utilizados, com o PROFINET domi-
fragmentado, nenhuma rede se destaca, mas
em Ethernet, que avançam sobre o território das nando a Europa Central e o EtherNet/IP liderando
PROFIBUS, PROFINET, EtherNet/IP, MODBUS e
redes do tipo Serial (fieldbus). Apesar do aumento na América do Norte.
CC-Link são amplamente utilizados.
identificado em 2017, muito devido à sua simplici- Apesar do PROFINET apresentar a taxa de cresci-
As tecnologias sem fio também têm crescido
dade e confiabilidade, segundo pesquisas, o mento mais rápida entre os padrões na Europa e rapidamente: 32% no último ano, e, agora, já repre-
padrão Serial perdeu cerca de 10% do mercado no Oriente Médio, o PROFIBUS ainda é a rede líder sentam 6% do mercado total. Dentro do padrão
mundial de redes industriais. nestas regiões, com EtherCAT, MODBUS-TCP e Wireless, a WLAN é a tecnologia mais popular,
Com uma taxa de crescimento que chega à 22% POWERLINK em franca expansão. A situação é seguida pelo Bluetooth.
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7.
Descubra os protocolos disponíveis
em cada uma das CPUs da Série Nexto
Consolidados no mercado nacional e com cada tocolos de rede de campo mais tradicionais,
vez mais penetração no cenário internacional, os como MODBUS RTU, MODBUS TCP, MODBUS
controladores programáveis da Série Nexto são a RTU/TCP, PROFIBUS-DP, EtherNet/IP, OPC DA e
peça-chave responsável por manter em operação OPC UA. Apenas estas opções já dariam à família
negócios nas mais variadas áreas da indústria. Nexto a possibilidade de ser utilizada na maioria
Além de recursos avançados e da alta tecnologia dos sistemas de automação existentes. Porém,
embarcada em sua variada oferta de produtos, a para dar mais liberdade de desenvolvimento e
família de controladores da Altus também se contemplar mercados que utilizam padrões de
destaca pela ampla gama de protocolos de comu- comunicação diferenciados, algumas das CPUs
nicação com os quais trabalha. Estes diferenciais, da série ainda contam com suporte aos protoco-
aliados a recursos como troca a quente e alta los SNTP, SMTP, EtherCAT Master, IEC
velocidade, fazem do Nexto um dos controladores 60870-5-104 Server, PROFIsafe e PROFINET (pre-
mais versáteis do mercado mundial de automação. visto para 2019).
Através das portas integradas nas CPUs e interfac- Conheça mais sobre estes protocolos diferen-
es de comunicação, todos os módulos da Série ciais e em quais CPUs da Série Nexto eles estão
oferecem suporte de hardware e software aos pro- disponíveis:
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SÉRIE NEXTO
Economia e alto desempenho em
Controladores Programáveis
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Imagens meramente ilustrativas.