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DESCOBRINDO O OFÍCIO
INTRODUÇÃO
Elas creem que não devem parar de benzer nunca, pois receberam algo
muito importante e o justo é que todos que queiram e acreditam possam ter acesso a
esse tipo de trabalho, de abordagem com o corpo e o espírito. Segundo as benzedeiras,
elas não devem pedir nada, mas se lhes for dado voluntariamente algo, podem aceitar de
bom grado. Desta forma, cria-se uma relação de gratidão por parte de quem foi ajudado
com quem o benzeu. E sua forma de gratidão não é apenas em dinheiro, apesar de ser
majoritariamente desse jeito, mas se dão galinhas, frutas, leites e muitos outros, várias
são as formas de agradecer a alguém.
Sobre as crenças, pode-se pensar que somente são participantes de religiões
de matrizes africanas que benzem, mas há um equívoco nisso. As duas senhoras
entrevistadas pela pesquisadora, por exemplo, são católicas e se orgulham, de fato,
disso. Quando benzem, oram ao Deus cristão e monoteísta, além de rogar aos santos
católicos para que ajam conforme o pedido da benzedeira.
2. As dificuldades encontradas
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Levando isso em consideração, portanto, é preciso que haja um cuidado
maior em manter viva a existência da benzedeira, que participou sempre da história
social do país, influenciando o espírito e a religiosidade que rege o pensamento
brasileiro, desde a pequena comunidade até a metrópole. Devem-se haver buscas para
preservar, não só essa, mas toda a cultura oral que pode estar em perigo devido ao
desinteresse desencadeado pela modernidade.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS