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EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
DESAFIOS DO ENSINO APRENDIZAGEM
Feira de Santana-BA
2018
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EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS:
DESAFIOS DO ENSINO APRENDIZAGEM
Orientador(a):
Feira de Santana-BA
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2018
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EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
DESAFIOS DO ENSINO APRENDIZAGEM
RESUMO
Sabemos que EJA é uma modalidade de ensino direcionada aos sujeitos excluídos do sistema educacional. São
jovens, idosos, homens e mulheres que reconhecem, na volta a escola, a possibilidade de alcançarem progressos
e melhorias das condições de vida. Este trabalho tem por finalidade refletir sobre o contexto da educação de
jovens e adultos no Brasil. A metodologia utilizada foi embasada em pesquisas bibliográficas, a partir do método
dedutivo. Concluiu-se que para vencer as dificuldades encontradas na atuação docente, o profissional deverá
refletir constantemente sobre sua prática e buscar meios de aperfeiçoá-la, em um processo de formação
continuada. Pois só assim poderá atingir os objetivos da aprendizagem, da formação do aluno e possibilitar que o
indivíduo jovem e adulto seja capaz de desenvolver habilidades e competências que lhes permitam atuar nos
diferentes espaços da nossa sociedade.
INTRODUÇÃO.................................................................................................................6
CONSIDERAÇÕES FINAIS...........................................................................................14
REFERÊNCIAS..............................................................................................................17
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INTRODUÇÃO
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1. DESAFIOS DA CONTEPORANEIDADE NA EJA
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então “[...] o professor precisa urgentemente repensar sua ação educativa” (MOURA, 2006, p.
110). Por isso, é necessário que o professor repense seu fazer docente, já que a formação do
educador é um processo contínuo e sistematizado que precisa de constante reflexão.
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2. O PAPEL DO EDUCADOR NA EJA
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3. A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS EM BUSCA DA IDENTIDADE
A educação existe no imaginário das pessoas e na ideologia dos grupos dos grupos
sociais e, ali, sempre se espera, de dentro, ou sempre se diz para fora, que a sua missão
é transformar sujeitos e mundos em alguma coisa melhor, de acordo com as imagens
que se tem de uns e outro. [...] (Brandão, p.12).
O Brasil, ao longo das últimas décadas, desenvolveu uma consciência social do direito
à Educação na infância, mas ainda não edificou uma cultura do direito à Educação para jovens
e adultos. Sendo assim, é comum que pais com baixa escolaridade lutem para que seus filhos
tenham acesso a um ensino de qualidade.
EJA é uma modalidade de ensino destinada a garantir os direitos
educativos a parte significativa da população com 15 anos ou mais, que
não teve acesso ou interrompeu estudos antes de concluir a Educação
Básica. Está modalidade é definida propriamente pela condição de
exclusão socioeconômica, cultural e educacional.
As necessidades e condições de aprendizagem especificas desses
jovens e adultos são reconhecidas pela legislação, que prevê a oferta de
ensino noturno regular, a contextualização do currículo e metodologias,
observando-se os princípios da aceleração de estudos e a respectiva
certificação por meio de exames.
Assim como em outros países, no Brasil a EJA cumpre as funções de
integrar trabalhadores rurais na sociedade urbana, elevar o nível
educativo da população adulta e serve também como canal de aceleração
de estudos para adolescentes que a reprovação colocou na condição de
atraso educacional.
As normas vigentes admitem uma diversidade de formas de
organização da EJA, compreendendo cursos presenciais, semipresenciais
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ou à distância, com avaliação no processo de ensino e aprendizagem ou
em exames públicos de certificação de competências.
A oferta pública de EJA quase sempre é realizada em período
noturno, nas mesmas escolas e com os mesmos professores que atendem
em período diurno crianças e adolescentes.
Como a maioria das licenciaturas não prepara para atuar com jovens
e adultos, os professores tendem a reproduzir com turmas de EJA, os
métodos e conteúdos curriculares do ENSINO REGULAR.
A rotatividade dos professores, que na maior parte dos casos apenas
completa suas jornadas de trabalho na EJA, torna os esforços de formação
em serviço pouco efetivos. É fato que o coordenador desempenha
um papel estratégico para o enfrentamento desse quadro, pois cabe a ele
promover a formação continuada da equipe e incentivar o estudo, as
práticas de registro, a análise crítica e o intercâmbio de experiências.
Quando procuramos pela identidade pedagógica dos cursos de EJA,
na maior parte dos casos, nos deparamos com cursos acelerados
voltados à reposição dos mesmos conteúdos escolares veiculados no
ensino regular. Sendo assim o currículo tende a ser pouco significativo e
desconectado das necessidades de aprendizagem dos jovens e adultos.
Esse tipo de abordagem ignora a riqueza de saberes das pessoas jovens e
adultas, tendendo a vê-las como indivíduos aos quais faltam
conhecimentos.
A questão que se coloca então é: Como tornar o ensino básico
para os jovens e adultos mais relevante e atrativo, de modo a
reverter os elevados índices de abandono e o desprestígio da
modalidade?
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4. PRÉ-REQUISITOS PARA QUALIFICAÇÃO DE EJA
É preciso que o professor crie atividades que estimulem os alunos a ler e a produzir
diferentes textos, assim os mesmos desenvolverão autonomia para leitura e elaboração de seus
próprios textos.
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Experiências desse tipo podem ser encontradas nos movimentos por educação e
cultura popular que, inspirados no pensamento de Paulo Freire (1921-1997), marcaram a
história brasileira na segunda metade do século XX.
A primeira característica comum a essa iniciativa é o reconhecimento, o acolhimento e
a valorização da diversidade dos educandos da EJA, pois antes de serem alunos, esses jovens
e adultos são portadores de identidades próprias. Suas trajetórias de vida são marcadas pela
região de origem, pela vivência rural ou urbana, pela migração, pelo trabalho, pela família,
pela religião e, em alguns casos, pela condição de portadores de necessidades especiais.
A flexibilidade na organização dos tempos e espaços de ensino e aprendizagem parece
ser a chave para caracterizar as propostas pedagógicas inovadoras na EJA, ao lado da seleção
de conteúdos curriculares conectados ao universo sociocultural dos estudantes.
Sendo também, de fundamental importância, formação de educadores, que estejam abertos e
atentos a experiências e conhecimentos sobre a cultura e a aprendizagem das pessoas jovens e
adultas vindos das camadas populares da nossa sociedade.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Sendo assim, ser aluno da EJA, é a condição da maioria serem trabalhadores, com
experiência profissional que por fatores relacionados à dificuldade financeira da família,
assumiram responsabilidades como cuidar da casa ou dos irmãos mais novos, ficando distante
da escola e contribuindo para a evasão escolar.
Outra característica deste aluno está relacionada à baixa autoestima, marcada, muitas
vezes, pelo seu insucesso escolar e exclusão da sociedade, ocasionando insegurança ao
enfrentar novos desafios e aprendizagens. Por isso o professor da EJA deve ter um olhar de
compreensão e equilíbrio, considerando as vivências e experiências de seus alunos, tendo um
papel fundamental para evitar novas situações de fracasso escolar.
Neste contexto, fica evidente que nossos governantes precisam assumir mais
claramente uma atitude convocatória, chamando toda a sociedade a engajar-se em iniciativas
voltadas a elevação do nível educativo da população. A aprendizagem precisa ser assim
compreendida em sentido amplo, como parte essencial da vida, para que a educação de jovens
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e adultos deixe de ser associada ao atraso e à pobreza e passar a ser tomada como indicador
do mais alto grau de desenvolvimento econômico e social.
A Educação de Jovens e adultos deve ser entendida como um direito individual e de
classe, com qualidade social, indo contra toda forma de exclusão e discriminação, promovendo
uma educação voltada ao conhecimento e a integração na diversidade cultural.
REFERÊNCIAS
_____. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra,
1996.
_____. Educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1967.
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_____. Educação e atualidade brasileira. Recife: edição do autor, 1959. Republicado por Cortez
Editora e Instituto Paulo Freire, em 2001.
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