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RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO

VANISHING VISCOSITY

JOSE CARLOS HENRIQUE ADELINO SILVA

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO NORTE FLUMINENSE


LABORATÓRIO DE ENGENHARIA E EXPLORAÇÃO DE
PETRÓLEO

MACAÉ - RJ
OUTUBRO - 2019

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Contents
1 Vanishing Viscosity 3
1.1 Apresentação Inicial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
1.2 Fórmula Geral de uma EDP com parametro de dissipação e ob-
jetivo do método. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
1.3 Solução por Vanishing Viscosity . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
1.4 Denição de Critério de Admissibilidade . . . . . . . . . . . . . 4

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1 Vanishing Viscosity
1.1 Apresentação Inicial
Em muitas situações físicas, considerar os efeitos dissipativos é de extrema im-
portância na hora de modelar os fenômenos para que haja congruência e precisão
com da representação matemática com a descrição física do problema. Pode-
mos citar, por exemplo, a modelagem matemática de uido viscoso, em que a
dissipação de energia provocada por essa propriedade é relevante na contrução
de bons resultados.

1.2 Fórmula Geral de uma EDP com parametro de dissi-


pação e objetivo do método.
Uma representação mais geral associada a fenômenos com dissipação, se dá a
partir da EDP abaixo:
ut + f (u)x = (B(u, ε)ux )x (1)

onde B é a matriz que depende de u e de ε e ε é o coeciente de dissipação.


O objetivo do vanishing viscosity é analisar a EDP quando e termo de dissipação
tende a zero (ε → 0), já que a EDP (1) é parabólica e analiticamente complicada
de resolver, tranformando, assim, a EDP (1) em uma EDP hiperbólica, cujo
processo de resolução é conhecido.
Quando tratamos de uma equação escalar, ou seja uR1 , e portanto, con-
siderando B(u, 0) = 0, a EDP ca na forma:
ut + f (u)x = 0 (2)

Para garantit que haja unícidade de solução na lei de conservação hipérbólica,


se faz necessário impor a condição de entropia. Se f (u) é convexa (f (u) > 0), a
condição de entropia de lax é suciente para garantir a unicidade de solução:
f ‘0 (u+ ) ≤ s ≤ f 0 (u− ) (3)

Entretanto, se f não é necessariamente convexo e possuio pontos de inexão, a


comdição de entropia de Oleinik deve ser imposta.
f (u+ ) − f (u− ) f (u) − f (u− )
s= + −
≤ (4)
u −u u − u−

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1.3 Solução por Vanishing Viscosity
Consideremos, agora, a lei da conservação viscosa, com B(u, ) = .:
ut + f (u) = uxx (5)

Se zermos ε tender a zero, temos:


ut + f (u)x = 0 (6)

Consideremos, então, que uma solução para essa equação seja dada por:
u(x, t) = φ(ξ) (7)
x − ct
ξ= (8)
ε
Ou seja, uma solução para EDP (6) é uma função de uma onda viajante dada
por (8).
Para vericar se, de fato, a armação acima é verdadeira, resolvemos:

x − ct −c
ut = φ0 ( )( ) (9)
ε ε

δf δu δf 0 x − ct 1
f (u)x = = φ( )( ) (10)
δu δx δu ε ε
Substituindo (9) e (10) em (6), temos:

x − ct −c δf 0 x − ct 1
φ0 ( )( ) + φ( )( ) = 0 (11)
ε ε δu ε ε
Manipulando algebricamente, temos:
δf
x − ct ( δu − c)
φ0 ( )[ ]=0 (12)
ε ε
A equação (12) nos mostra que, para que a condição (12) seja obedecida, as
relações tem que ser válidas: φ0 ( x−ct
ε ) = 0 ou δu = c. Como a primeira comdição
δf

não satisfas a hipótese inicial, de que a solução é função de uma onda viajante,
a segunda condição nos diz que (7) e (8) só será solução se δuδf
= c, ou seja, se a
derivada da função f for igual a velocidade c da onda viajante.

1.4 Denição de Critério de Admissibilidade


Como dito anteriormente, o objetivo do vanishing viscosity é analisar a EDP
quando e termo de dissipação tende a zero (ε → 0). Quando isso ocorre, a onda

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Figure 1: Esquematização da descontinuidade

viajante ou choque viscoso denido pela equação (12) tende ao choque hipér-
bólico (u+ , u− ) da equação (6), já que a solução depende de ε, cuja espessura
do choque é o próprio termo de dissipação. Como é notável, quando tendemos
o termo de dissipação para zero, ocorre uma descontinuidade na solução dada
pela equação (12). Uma representação gráca é mostrada na gura abaixo:

Uma EDP é denida como admissível pelo critério de admissibilidade se, e


somente se, a solução da equação hiperbólica correspondente (quando ε → 0),
tiver o formato da equação abaixo. Em outras palavras, a solução deve ser
função da seguinte onda viajante:
x − ct
φ( ) (13)
ε
É claro que, para haver solução, a solução de (6 a 8) deve ser satisfeita a condição
de Oleinik (4). Logo, a condição de entropia de Oleinik e a solução viscosa são
equivalente, no sentido de serem conjutamente impostas, para obter a solução.

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References
[1] TAI-PING, L. Hyperbolic and Viscous Conservation Laws. [S.l.]: Siam, 2007.
(CBMS-NSF Regional Conference Series in Applied Mathematics).

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