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S.A.
brás
ABNT-Associação
etro
Brasileira de
Normas Técnicas
ra P
Sede:
a pa
Rio de Janeiro
Av. Treze de Maio, 13 - 28º andar
CEP 20003-900 - Caixa Postal 1680
usiv
Rio de Janeiro - RJ
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excl
Endereço Telegráfico:
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uso
Origem: Projeto NBR 7190:1996
de
CB-02 - Comitê Brasileiro de Construção Civil
CE-02:003.10 - Comissão de Estudo de Estruturas de Madeira
nça
NBR 7190 - Design of wooden structures
Lice
Descriptors: Wooden structure. Wood. Design
Esta Norma cancela e substitui a MB-26:1940 (NBR 6230)
Copyright © 1997, Esta Norma substitui a NBR 7190:1982
ABNT–Associação Brasileira
de Normas Técnicas Válida a partir de 29.09.1997
Printed in Brazil/
Impresso no Brasil
Todos os direitos reservados
Palavras-chave: Estrutura de madeira. Madeira. Projeto 107 páginas
8 Ligações
9 Estados limites de utilização De uma norma determinista de tensões admissíveis
a pa
A Desenho de estruturas de madeira mos caminhos que os trilhados pelo projeto de estruturas
B Determinação das propriedades das madeiras para de concreto e de aço.
excl
projeto de estruturas
C Determinação de resistências das ligações mecânicas As vantagens da nova formulação dos conceitos de se-
uso
Índice alfabético gum esforço por parte dos usuários da nova norma.
dos métodos de ensaio para determinação de proprieda- NBR 7188:1982 - Carga móvel em ponte rodoviária
des das madeiras para o projeto de estruturas, dos méto- e passarela de pedestres - Procedimento
dos de ensaio para determinação da resistência de liga-
ções mecânicas das estruturas de madeira, das recomen- NBR 7189:1983 - Cargas móveis para projeto estru-
dações sobre a durabilidade das madeiras, dos valores tural de obras ferroviárias - Procedimento
médios usuais de resistência e rigidez de algumas ma-
deiras nativas e de florestamento, e da calibração dos NBR 7808:1983 - Símbolos gráficos para projeto de
Lice
Na calibração dos coeficientes de segurança procurou- NBR 8681:1984 - Ações e segurança nas estrutu-
se fazer com que, para os esforços básicos de solicitações ras - Procedimento
de
Procedimento
Quando este estágio tiver sido ultrapassado e o meio
técnico nacional puder discutir objetivamente cada um
usiv
Introdução 3 Generalidades
etro
3.1 Projeto
brás
Carlos, ambas da Universidade de São Paulo, ao abrigo com madeira devem obedecer a projeto elaborado por
de um Projeto Temático patrocinado pela FAPESP- profissionais legalmente habilitados.
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São
Paulo. O projeto é composto por memorial justificativo, desenhos
e, quando há particularidades do projeto que interfiram
1 Objetivo na construção, por plano de execução, empregam-se os
símbolos gráficos especificados pela NBR 7808.
Esta Norma fixa as condições gerais que devem ser
seguidas no projeto, na execução e no controle das es- Nos desenhos devem constar, de modo bem destacado,
truturas correntes de madeira, tais como pontes, pon- a identificação dos materiais a serem empregados.
tilhões, coberturas, pisos e cimbres. Além das regras desta
Norma, devem ser obedecidas as de outras normas es- 3.2 Memorial justificativo
peciais e as exigências peculiares a cada caso particular.
O memorial justificativo deve conter os seguintes ele-
2 Referências normativas mentos:
Lice
As normas relacionadas a seguir contêm disposições a) descrição do arranjo global tridimensional da es-
nça
no momento desta publicação. Como toda norma está b) ações e condições de carregamento admitidas,
uso
sujeita a revisão, recomenda-se àqueles que realizam incluídos os percursos de cargas móveis;
acordos com base nesta que verifiquem a conveniência
de se usarem as edições mais recentes das normas cita-
excl
de edificações - Procedimento
das peças estruturais;
brás
NBR 7187:1987 - Projeto e execução de pontes de Os desenhos devem ser elaborados de acordo com o
concreto armado e protendido - Procedimento anexo A e com a NBR 10067.
NBR 7190:1997 3
Nos desenhos estruturais devem constar, de modo bem Fk - valor característico das ações
destacado, as classes de resistência das madeiras a se-
rem empregadas. G - ação permanente, módulo de deformação trans-
S.A.
versal
As peças estruturais devem ter a mesma identificação
nos desenhos e no memorial justificativo. Nos desenhos
brás
Gd - valor de cálculo da ação permanente
devem estar claramente indicadas as partes do memo-
rial justificativo onde estão detalhadas as peças
etro
Gk - valor característico da ação permanente
estruturais representadas.
ra P
Gw - módulo de deformação transversal da madeira
3.4 Plano de execução
a pa
I - momento de inércia
Do plano de execução, quando necessária a sua inclusão
no projeto, devem constar, entre outros elementos, as
usiv
It - momento de inércia à torção
particularidades referentes a:
excl
K - coeficiente de rigidez (N/m)
a) seqüência de execução;
uso
b) juntas de montagem. L - vão, comprimento (em substituição a l para evitar
confusão com o número 1)
de
3.5 Notações
M - momento (em geral, momento fletor)
nça
A notação adotada nesta Norma, no que se refere a es-
truturas de madeira, é a indicada em 3.5.1 a 3.5.7. Mr - momento resistente
Lice
3.5.1 Letras romanas maiúsculas Ms - momento solicitante
A0 - área da parte carregada de um bloco de apoio Q - ação acidental (variável) (Qd , Qk , Qu)
S.A.
As - área da seção transversal de uma peça metálica R - reação de apoio, resultante de tensões, resistên-
cia
brás
Asv1 - área da seção transversal de um pino metálico Rt - resultante das tensões de tração
ra P
F - ações (em geral), forças (em geral) bf - largura da mesa das vigas de seção T
x - coordenada
uso
fw - resistência da madeira
z - coordenada, braço de alavanca
usiv
fwe0 - resistência de embutimento paralelo às fibras γm - coeficiente de ponderação das resistências dos
materiais
fwe90 - resistência de embutimento normal às fibras
γs - coeficiente de minoração da resistência do aço
fwtM - resistência à tração na flexão
γW - coeficiente de minoração da resistência da ma-
g - carga distribuída permanente (peso específico deira
para evitar confusão com γ coeficiente de segurança
δ (delta) - coeficiente de variação
Lice
h - altura, espessura
ε (épsilon) - deformação normal específica
nça
i - raio de giração
l - vão, comprimento (pode ser substituído por L para εwcc - deformação específica por fluência da madeira
evitar confusão com o número 1) comprimida
usiv
m - momento fletor por unidade de comprimento ou εwt - deformação específica da madeira tracionada
a pa
r - raio, índice de rigidez = I/L εwp (εw0) - deformação específica paralela às fibras
S.A.
s - espaçamento, desvio-padrão de uma amostra εws - deformação específica de retração por secagem
da madeira
t - tempo em geral, espessura de elementos delga-
dos ζ (zeta) - coordenada adimensional (z/L)
NBR 7190:1997 5
η (eta) - razão, coeficiente, coordenada adimensional w - madeira, vento, alma das vigas
(y/L)
y - escoamento dos aços
S.A.
θ (theta) - rotação, ângulo
3.5.5 Índices formados por abreviações
λ (lambda) - índice de esbeltez = Lo/i
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São os seguintes:
µ (mü) - coeficiente de atrito, momento fletor relativo
etro
adimensional, média de uma população adm - admissível
ra P
ν (nü) - coeficiente de Poisson, força normal relativa amb - ambiente
a pa
adimensional
anel - anel
ξ (csi) - coordenada relativa (x/L)
usiv
cav - cavilha
ο (ómicron) - deve ser evitada
excl
cal - calculado
π (pi) - emprego matemático apenas
uso
cri - crítico
ρ (ro) - massa específica (densidade)
de
eng - engastamento
ρbas - densidade básica
nça
eq - equilíbrio (para umidade)
Lice
σ (sigma) - tensão normal (σd ,σk, σu), desvio-padrão
de uma população esp - especificado
Q - valores decorrentes de ações variáveis Estados que por sua simples ocorrência determinam a
paralisação, no todo ou em parte, do uso da construção.
R - valores resistentes (pode ser substituído por r)
S - valores solicitantes (pode ser substituído por s) No projeto, usualmente devem ser considerados os esta-
dos limites últimos caracterizados por:
Lice
T - temperatura
a) perda de equilíbrio, global ou parcial, admitida a
nça
3.5.7 Simplificação
estrutura como corpo rígido;
de
de índices. materiais;
excl
Assim, o índice w para madeira, freqüentemente pode c) transformação da estrutura, no todo ou em parte,
ser eliminado. em sistema hipostático;
usiv
uniões e ligações.
A segurança da estrutura em relação a possíveis estados
uso
4.1.3 Aceitação da madeira para execução da estrutura limites será garantida pelo respeito às condições cons-
trutivas especificadas por esta Norma e, simultaneamente,
A aceitação da madeira para execução da estrutura fica
excl
Satisfeitas as condições de projeto e de execução desta onde a solicitação de cálculo Sd e a resistência de cálculo
ra P
Norma, a estrutura poderá ser aceita automaticamente Rd são determinadas em função dos valores de cálculo
por seu proprietário. Quando não houver a aceitação au- de suas respectivas variáveis básicas de segurança.
etro
Estados a partir dos quais a estrutura apresenta desem- com os valores de kmod e γw especificados em 6.4.4 e
penhos inadequados às finalidades da construção. 6.4.5, respectivamente.
NBR 7190:1997 7
S.A.
5.1.1 Tipos de ações Um carregamento é normal quando inclui apenas as
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ações decorrentes do uso previsto para a construção.
As ações são as causas que provocam o aparecimento
etro
de esforços ou deformações nas estruturas. As forças Admite-se que um carregamento normal corresponda à
são consideradas como ações diretas e as deformações classe de carregamento de longa duração, podendo ter
ra P
impostas como ações indiretas. duração igual ao período de referência da estrutura. Ele
sempre deve ser considerado na verificação da segu-
a pa
As ações podem ser: rança, tanto em relação a estados limites últimos quanto
em relação a estados limites de utilização.
usiv
a) ações permanentes, que ocorrem com valores
constantes ou de pequena variação em torno de sua
Em um carregamento normal, as eventuais ações de curta
excl
média, durante praticamente toda a vida da cons-
ou média duração terão seus valores atuantes reduzidos,
trução;
a fim de que a resistência da madeira possa ser consi-
uso
derada como correspondente apenas às ações de longa
b) ações variáveis, que ocorrem com valores cuja duração.
de
variação é significativa durante a vida da construção;
nça
5.2.2 Carregamento especial
c) ações excepcionais, que têm duração extrema-
mente curta e muito baixa probabilidade de ocorrên-
Lice
cia durante a vida da construção, mas que devem Um carregamento é especial quando inclui a atuação de
ser consideradas no projeto de determinadas estru- ações variáveis de natureza ou intensidade especiais,
turas. cujos efeitos superam em intensidade os efeitos produ-
zidos pelas ações consideradas no carregamento normal.
5.1.2 Cargas acidentais
Admite-se, de acordo com 5.1.4, que um carregamento
As cargas acidentais são as ações variáveis que atuam especial corresponda à classe de carregamento definida
nas construções em função de seu uso (pessoas, mobi- pela duração acumulada prevista para a ação variável
liário, veículos, vento, etc). especial considerada.
As ações permanentes são consideradas em sua totali- Um carregamento é excepcional quando inclui ações
dade. Das ações variáveis, são consideradas apenas as excepcionais que podem provocar efeitos catastróficos.
parcelas que produzem efeitos desfavoráveis para a se-
S.A.
de ser feita de acordo com regras simplificadas, estabe- Um carregamento de construção é transitório e deve ser
lecidas em normas que consideram determinados tipos
a pa
trução.
As ações incluídas em cada combinação devem ser consi-
deradas com seus valores representativos, multiplicados
excl
As situações duradouras são as que podem ter duração 5.4.1 Valores característicos das ações variáveis
ra P
As situações duradouras são consideradas no projeto especificados pelas diversas normas brasileiras referen-
de todas as estruturas. tes aos diferentes tipos de construção.
brás
Nas situações duradouras, para a verificação da segu- Quando não existir regulamentação específica, um valor
rança em relação aos estados limites últimos consideram-
S.A.
As situações transitórias são as que têm duração muito Os valores característicos Gk dos pesos próprios da estru-
menor que o período de vida da construção. tura são calculados com as dimensões nominais da es-
trutura e com o valor médio do peso específico do material
As situações transitórias são consideradas apenas para
considerado. A madeira é considerada com umidade
as estruturas de construções que podem estar sujeitas a
U = 12%.
algum carregamento especial, que deve ser explicitamen-
te especificado para o seu projeto. Quando o valor do peso específico for determinado a
Lice
As situações excepcionais têm duração extremamente Em geral, no projeto é considerado apenas o valor carac-
curta. Elas são consideradas somente na verificação da terístico superior Gk,sup. O valor característico inferior Gk,inf
é considerado apenas nos casos em que a segurança
ra P
As situações excepcionais de projeto somente devem como quando a ação permanente tem um efeito estabi-
ser consideradas quando a segurança em relação às lizante.
brás
S.A.
valores característicos. Por isto, em cada combinação de
ações, uma ação característica variável é considerada g) vento.
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como a principal, entrando com seu valor característico
Fk, e as demais ações variáveis de naturezas diferentes As cargas acidentais verticais e seus efeitos dinâmicos,
entram com seus valores reduzidos de combinação ψ0Fk. representados pelo impacto vertical, impacto lateral, for-
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ças longitudinais e força centrífuga, devem ser conside-
rados como componentes de uma mesma ação variável.
ra P
5.4.5 Valores reduzidos de utilização
Na verificação da segurança relativa a estados limites de As cargas acidentais verticais e a ação do vento devem
a pa
utilização, as ações variáveis são consideradas com va- ser consideradas como ações variáveis de naturezas dife-
lores correspondentes às condições de serviço, empre- rentes, sendo muito baixa a probabilidade de ocorrência
usiv
gando-se os valores freqüentes, ou de média duração, simultânea de ambas, com seus respectivos valores ca-
calculados pela expressão ψ1Fk, e os valores quase per- racterísticos.
excl
manentes, ou de longa duração, calculados pela expres-
são ψ2Fk. 5.5.2 Cargas permanentes
uso
5.4.6 Fatores de combinação e fatores de utilização A carga permanente é constituída pelo peso próprio da
estrutura e pelo peso das partes fixas não estruturais.
de
Os valores usuais estão especificados na tabela 2.
nça
Na avaliação do peso próprio da estrutura, admite-se
5.5 Ações nas estruturas de madeira que a madeira esteja na classe 1 de umidade, definida
Lice
em 6.1.5.
5.5.1 Ações usuais
Na falta de determinação experimental específica, per-
No projeto das estruturas correntes de madeira devem mite-se adotar os valores da densidade aparente indi-
ser consideradas as ações seguintes, além de outras cadas em 6.3.5 para as diferentes classes de resistência
que possam agir em casos especiais: da madeira. O peso próprio real, avaliado depois do di-
mensionamento final da estrutura, não deve diferir de
a) carga permanente;
mais de 10 do peso próprio inicialmente admitido no cál-
b) cargas acidentais verticais; culo.
- Variações uniformes de temperatura em relação à média anual local 0,6 0,5 0,3
ra P
- Locais em que não há predominância de pesos de equipamentos fixos, 0,4 0,3 0,2
nem de elevadas concentrações de pessoas
excl
1)
Admite-se ψ2 = 0 quando a ação variável principal corresponde a um efeito sísmico.
10 NBR 7190:1997
5.5.3 Cargas acidentais verticais Nas peças metálicas, inclusive nos elementos de ligação
será considerada a totalidade dos esforços devidos ao
As cargas acidentais verticais são consideradas como impacto lateral.
de longa duração.
5.5.6 Força longitudinal
As cargas acidentais são fixadas pelas NBR 6120,
Nas pontes ferroviárias, a força longitudinal devida à ace-
NBR 7187, NBR 7188 e NBR 7189, ou por outras normas
Lice
ponte em metros e, no caso de placas, é o menor de seus maior dos seguintes valores: 5% do carregamento total
dois vãos teóricos, sendo: do tabuleiro com carga móvel uniformemente distribuída,
etro
deira; duração.
α = 12 - em pontes rodoviárias com soalho revestido De acordo com 5.2.1, para se levar em conta a maior re-
de concreto ou asfalto. sistência da madeira sob ação de cargas de curta dura-
ção, a força longitudinal é considerada como se fosse
Não se considera o impacto vertical nos encontros, pilares uma carga de longa duração e na verificação da segu-
maciços e fundações, nem nos passeios das pontes, rança em relação a estados limites últimos, os acréscimos
como especificado pela NBR 7187. de solicitação nas peças de madeira devidos à força lon-
gitudinal serão multiplicados por 0,75.
A fim de se levar em conta a maior resistência da madeira
para cargas de curta duração, na verificação da segurança Nas peças metálicas, inclusive nos elementos de ligação,
em relação a estados limites últimos, os acréscimos de será considerada a totalidade dos esforços devidos à
solicitação nas peças de madeira devidas ao impacto força longitudinal.
vertical serão multiplicados por 0,75 , conforme estabelece
5.5.7 Força centrífuga
em 5.2.1 .
Lice
licitações. R
em pontes para bitola métrica (1,00 m).
etro
De acordo com 5.2.1, para se levar em conta a maior re- nhão tipo, suposto 2,0 m acima da superfície de rolamento,
sistência da madeira sob ação de cargas de curta dura- e será tomada com o valor característico convencional
S.A.
ção, o impacto lateral é considerado como se fosse uma igual a 20% do peso deste veículo, por via de tráfego,
carga de longa duração e na verificação da segurança para raios até 300 m e para valores maiores, pela relação
em relação a estados limites últimos, os acréscimos de 6 000% . O peso do veículo é considerado com impacto
solicitação nas peças de madeira devidos ao impacto la- R
teral serão multiplicados por 0,75. vertical.
NBR 7190:1997 11
A força centrífuga em princípio é uma carga de curta du- 5.6 Valores de cálculo das ações
ração.
5.6.1 Definição
S.A.
De acordo com 5.2.1, para se levar em conta a maior re-
sistência da madeira sob ação de cargas de curta dura- Os valores de cálculo Fd das ações são obtidos a partir
brás
ção, na verificação da segurança em relação a estados dos valores representativos, multiplicando-os pelos
limites últimos, os acréscimos de solicitação nas peças respectivos coeficientes de ponderação γf.
etro
de madeira devidos à força centrífuga serão multiplicados
por 0,75 .
5.6.2 Composição dos coeficientes de ponderação das
ra P
ações
Nas peças metálicas, inclusive nos elementos de ligação,
a pa
será considerada a totalidade dos esforços devidos à
força centrífuga. Quando se consideram estados limites últimos, os coefi-
cientes γf de ponderação das ações podem ser tomados
usiv
como o produto de dois outros γf1 e γf3 (o coeficiente de
5.5.8 Vento
combinação ψ0 faz o papel do terceiro coeficiente, que
excl
seria indicado por γf2).
A ação do vento, agindo com seu valor característico, em
uso
princípio é uma carga de curta duração.
O coeficiente parcial γf1 leva em conta a variabilidade das
A ação do vento sobre as edificações deve ser conside- ações e o coeficiente γf3 considera os possíveis erros de
de
rada de acordo com a NBR 6123. avaliação dos efeitos das ações, seja por problemas cons-
nça
trutivos, seja por deficiência do método de cálculo empre-
A ação do vento sobre os veículos e pedestres nas pon- gado.
Lice
tes deve ser considerada da seguinte forma:
Tendo em vista as diversas ações levadas em conta no
a) o esforço do vento sobre o trem, nas pontes ferro- projeto, o índice do coeficiente γf pode ser alterado para
viárias, será fixado com o valor característico conven- identificar a ação considerada, resultando os símbolos
cional de 3 kN/m, aplicado a 2,4 m acima do topo γg, γq, γε, (γG, γQ, γε), respectivamente para as ações per-
dos trilhos, no caso de bitola larga (1,60 m) e a 2,0 m manentes, para as ações diretas variáveis e para os efei-
acima do topo dos trilhos, no caso de bitola métrica tos das deformações impostas (ações indiretas).
(1,00);
5.6.3 Estados limites de utilização
b) o esforço do vento sobre os veículos, nas pontes
rodoviárias, será fixado com o valor característico Quando se consideram estados limites de utilização, os
nominal de 2 kN/m, aplicado a 1,2 m acima da su- coeficientes de ponderação das ações são tomados com
perfície de rolamento; o valor γf = 1,0, salvo exigência em contrário, expressa
em norma especial.
c) nas pontes para pedestres, o vento sobre estes
S.A.
será fixado com o valor característico convencional 5.6.4 Estados limites últimos - Ações permanentes
de 1,8 kN/m, aplicado a 0,85 m acima do piso.
brás
sistência da madeira sob ação de cargas de curta dura- tindo que algumas de suas partes possam ser majoradas
ção, na verificação da segurança em relação a estados e outras minoradas.
ra P
será considerada a totalidade dos esforços devidos à Os coeficientes de ponderação γg relativos às ações per-
ação do vento. manentes que figuram nas combinações últimas de
ações, salvo indicação em contrário, expressa em norma
uso
5.5.9 Carga no guarda-corpo particular, devem ser tomados com os valores básicos a
seguir indicados:
de
variabilidade variabilidade
uso
Combinações Combinações
Desfavoráveis Favoráveis Desfavoráveis Favoráveis
usiv
Especiais ou de Especiais ou de
γg = 1,2 γg = 1,0 γg = 1,3 γg = 0,9
ra P
construção construção
etro
1)
Podem ser usados indiferentemente os símbolos γg ou γG.
S.A.
Para efeitos
Combinações
Desfavoráveis Favoráveis
Normais γε = 1,2 γε = 0
Especiais ou de γε = 1,2 γε = 0
construção
Excepcionais γε = 0 γε = 0
Lice
nça
5.6.5 Estados limites últimos - Ações variáveis 5.7 Combinações de ações em estados limites últimos
de
da estrutura. m n
Fd = ∑ γ Gi FGi,k + γ Q FQ1,k + ∑ ψ0j FQj,k
usiv
As ações variáveis que tenham parcelas favoráveis e considerada como ação principal para a combinação
desfavoráveis, que fisicamente não possam atuar sepa- considerada e ψ0j FQj,k os valores reduzidos de combi-
etro
radamente, devem ser consideradas conjuntamente co- nação das demais ações variáveis, determinados de
mo uma ação única. acordo com 5.4.6 .
brás
cações em contrário, expressa em norma particular, de- combinações referentes às ações permanentes; em uma
vem ser tomados com os valores básicos indicados na delas, admite-se que as ações permanentes sejam des-
tabela 6. favoráveis e na outra que sejam favoráveis à segurança.
NBR 7190:1997 13
S.A.
as cargas acidentais móveis temperatura
γQ = 1,4 γε = 1,2
brás
Normais
γQ = 1,2 γε = 1,0
etro
Especiais ou de construção
γQ = 1,0 γε = 0
ra P
Excepcionais
a pa
5.7.2 Combinações últimas especiais ou de construção respondentes à classe de longa duração. Estas combi-
usiv
nações são expressas por
excl
m n
Fd = ∑ γ Gi FGi,k + γ Q FQ1,k + ∑ ψ0j, ef FQj,k m n
i=1 j= 2 Fd,uti = ∑ FGi,k + ψ 1 FQ1,k + ∑ ψ 2j FQj,k
i=1 j=2
uso
onde FGi,k representa o valor característico das ações per- onde os coeficientes ψ1 e ψ2 estão dados em 5.4.6.
de
manentes, FQ1,k representa o valor característico da ação
variável considerada como principal para a situação tran-
nça
5.8.3 Combinações de curta duração
sitória, ψ0j,ef é igual ao fator ψ0j adotado nas combinações
Lice
normais, salvo quando a ação principal FQ1 tiver um tempo
As combinações de curta duração, também ditas combi-
de atuação muito pequeno, caso em que ψ0j,ef pode ser
nações raras, são consideradas quando, para a constru-
tomado com o correspondente ψ2j dado em 5.4.6 .
ção, for particularmente importante impedir defeitos decor-
rentes das deformações da estrutura.
5.7.3 Combinações últimas excepcionais
Nestas combinações, a ação variável principal FQ1 atua
m n com seu valor característico e as demais ações variáveis
Fd = ∑ γ Gi FGi,k + FQ,exc + γ Q ∑ ψ 0j,ef FQj,k atuam com seus valores correspondentes à classe de
i=1 j=1
média duração. Essas combinações são expressas por
5.8 Combinações de ações em estados limites de onde os coeficientes ψ1 estão dados em 5.4.6.
S.A.
utilização
5.8.4 Combinações de duração instantânea
brás
As combinações de longa duração são consideradas no pertence à classe de duração imediata. As demais ações
controle usual das deformações das estruturas.
ra P
Nestas combinações, todas as ações variáveis atuam mente definida para esta combinação. Na falta de outro
com seus valores correspondentes à classe de longa du- critério, as demais ações podem ser consideradas com
usiv
ração. Estas combinações são expressas por seus valores de longa duração. Estas combinações são
expressas por
excl
m n
Fd,uti = ∑ FGi,k + ∑ ψ 2j FQj,k m n
i=1 j=1 Fd,uti = ∑ FGi,k + FQ,especial + ∑ ψ 2j FQj,k
uso
i=1 j=1
6.1 Propriedades a considerar O projeto das estruturas de madeira deve ser feito admi-
nça
As propriedades da madeira são condicionadas por sua As classes de umidade têm por finalidade ajustar as pro-
uso
estrutura anatômica, devendo distinguir-se os valores priedades de resistência e de rigidez da madeira em fun-
correspondentes à tração dos correspondentes à com- ção das condições ambientais onde permanecerão as
excl
pressão, bem como os valores correspondentes à direção estruturas. Estas classes também podem ser utilizadas
paralela às fibras dos correspondentes à direção normal para a escolha de métodos de tratamentos preservativos
usiv
às fibras. Devem também distinguir-se os valores corres- das madeiras estabelecidos no anexo E.
pondentes às diferentes classes de umidade, definidas
a pa
umidade
ficados no anexo B. ambiente Uamb madeira Ueq
brás
são os de ruptura ou de deformação específica excessiva. da madeira, contidos no intervalo entre 10% e 20%, de-
uso
cificados em 6.4.4.
e a rigidez por
etro
6.1.4 Rigidez
2 (U% - 12)
E12 = Eu% 1 +
brás
S.A.
tência e de rigidez da madeira deve ser considerada ape- Para projeto estrutural, a caracterização mínima de espé-
nas quando as peças estruturais puderem estar subme- cies pouco conhecidas deve ser feita por meio da deter-
brás
tidas por longos períodos de tempo a temperaturas fora minação dos seguintes valores, referidos à condição-pa-
da faixa usual de utilização. drão de umidade em ensaios realizados de acordo com
etro
o anexo B:
6.2.3 Classes de serviço
ra P
a) resistência à compressão paralela às fibras
As classes de serviço das estruturas de madeira são deter- (fwc,0 ou fc,0);
a pa
minadas pelas classes de carregamento, definidas em
5.1.4, e pelas classes de umidade, definidas em 6.1.5.
b) resistência à tração paralela às fibras (fwt,0 ou ft,0)
usiv
permite-se admitir, na impossibilidade da realização
6.3 Caracterização das propriedades das madeiras do ensaio de tração uniforme, que este valor seja
excl
igual ao da resistência à tração na flexão;
6.3.1 Caracterização completa da resistência da madeira
uso
serrada
c) resistência ao cisalhamento paralelo às fibras
(fwv,0 ou fv,0);
de
A caracterização completa das propriedades de resistên-
cia da madeira para projeto de estruturas, feita de acordo
nça
com os métodos de ensaio especificados no anexo B, é d) densidade básica e densidade aparente.
determinada pelos seguintes valores, a serem referidos
Lice
à condição-padrão de umidade (U=12%): 6.3.3 Caracterização simplificada da resistência da madeira
serrada
a) resistência à compressão paralela às fibras
(fwc,0 ou fc,0) a ser determinada em ensaios de com- Permite-se a caracterização simplificada das resistências
pressão uniforme, com duração total entre 3 min e da madeira de espécies usuais a partir dos ensaios de
8 min, de corpos-de-prova com seção transversal compressão paralela às fibras. Para as resistências a es-
quadrada de 5 cm de lado e com comprimento de forços normais, admite-se um coeficiente de variação de
15 cm; 18% e para as resistências a esforços tangenciais um
coeficiente de variação de 28% .
b) resistência à tração paralela às fibras (fwt,0 ou ft,0) a
ser determinada em ensaios de tração uniforme, com Para as espécies usuais, na falta da determinação experi-
duração total de 3 min a 8 min, de corpos-de-prova mental, permite-se adotar as seguintes relações para os
alongados, com trecho central de seção transversal valores característicos das resistências:
uniforme de área A e comprimento não menor que
8 A , com extremidades mais resistentes que o tre-
S.A.
fc0,k/ft0,k = 0,77
cho central e com concordâncias que garantam a
ruptura no trecho central;
brás
ftM,k/ft0,k = 1,0
c) resistência à compressão normal às fibras
etro
fe90,k/fc0,k = 0,25
d) resistência à tração normal às fibras (fwt,90 ou ft,90) a
usiv
ser determinada por meio de ensaios padronizados; Para coníferas: fv0,k/fc0,k = 0,15
excl
Observação: para efeito de projeto estrutural, consi- Para dicotiledôneas: fv0,k/fc0,k = 0,12
dera-se como nula a resistência à tração normal às
uso
f) resistência de embutimento paralelo às fibras A caracterização completa de rigidez das madeiras é fei-
(fwe,0 ou fe,0) e resistência de embutimento normal às ta por meio da determinação dos seguintes valores, que
fibras (fwe,90 ou fe,90) a serem determinadas por meio devem ser referidos à condição-padrão de umidade
de ensaios padronizados; (U=12%):
g) densidade básica, determinada de acordo com a) valor médio do módulo de elasticidade na com-
6.1.2, e a densidade aparente, com os corpos-de- pressão paralela às fibras: Ec0,m determinado com
prova a 12% de umidade. pelo menos dois ensaios;
16 NBR 7190:1997
b) valor médio do módulo de elasticidade na com- se o módulo aparente de elasticidade na flexão EM, admi-
pressão normal às fibras: Ec90,m determinado com tindo as seguintes relações:
pelo menos dois ensaios.
coníferas: EM = 0,85 Ec0
Admite-se que sejam iguais os valores médios dos mó-
dulos de elasticidade à compressão e à tração paralelas dicotiledôneas: EM = 0,90 Ec0
às fibras: Ec0,m = Et0,m .
Lice
pode ser feita apenas na compressão paralela às fibras, As classes de resistência das madeiras têm por objetivo
admitindo-se a relação Ew90 = 1 Ew0 especificada em o emprego de madeiras com propriedades padronizadas,
de
projetos estruturais.
Na impossibilidade da realização do ensaio de compres-
são simples, permite-se avaliar o módulo de elasticidade O enquadramento de peças de madeira nas classes de
excl
Eco,m por meio de ensaio de flexão, de acordo com o mé- resistência especificadas nas tabelas 8 e 9 deve ser feito
conforme as exigências definidas em 10.6 .
usiv
Coníferas
(Valores na condição-padrão de referência U = 12%)
S.A.
1)
1)
Como definida em 6.1.2.
Lice
nça
Dicotiledôneas
(Valores na condição-padrão de referência U = 12%)
excl
1)
usiv
3
MPa MPa MPa kg/m kg/m3
ra P
1)
Como definida em 6.1.2.
NBR 7190:1997 17
6.3.6 Caracterização da madeira laminada colada, da onde γw é o coeficiente de minoração das propriedades
madeira compensada e da madeira recomposta da madeira e kmod é o coeficiente de modificação, que le-
va em conta influências não consideradas por γw.
S.A.
A caracterização das propriedades da madeira laminada
colada para projeto de estruturas deve ser feita a partir
6.4.4 Coeficientes de modificação
de corpos-de-prova extraídos das peças estruturais fabri-
brás
cadas.
Os coeficientes de modificação kmod afetam os valores de
etro
Para as peças de grande porte, permite-se aceitar os cálculo das propriedades da madeira em função da classe
resultados fornecidos pelo controle de qualidade do de carregamento da estrutura, da classe de umidade ad-
ra P
produtor, sob sua responsabilidade à luz da legislação mitida, e do eventual emprego de madeira de segunda
brasileira. qualidade.
a pa
Para emprego da madeira laminada colada, de acordo
usiv
O coeficiente de modificação kmod é formado pelo produto
com esta norma, admitindo para ela as mesmas proprie-
dades da madeira das lâminas, devem ser realizados os
excl
seguintes ensaios específicos, com o que se especifica kmod = kmod,1 . kmod,2 . kmod,3
no anexo B:
uso
O coeficiente parcial de modificação kmod,1, que leva em
a) cisalhamento na lâmina de cola;
conta a classe de carregamento e o tipo de material empre-
de
b) tração à lâmina de cola; gado, é dado pela tabela 10, devendo ser escolhido con-
forme 5.2.
nça
c)resistência das emendas dentadas e biseladas.
Lice
O coeficiente parcial de modificação kmod,2, que leva em
A caracterização das propriedades de madeira compen- conta a classe de umidade e o tipo de material empregado,
sada e da madeira recomposta para projeto de estruturas é dado pela tabela 11.
deve ser feita a partir de corpos-de-prova confeccionados
com material extraído do lote a ser examinado, de acordo
com normas específicas. Além disso, esses materiais de- No caso particular de madeira serrada submersa, admite-
vem ser ensaiados por métodos padronizados para veri- se o valor kmod,2 = 0,65.
ficação de sua durabilidade no meio ambiente para o
qual se pretende o seu emprego. O coeficiente parcial de modificação kmod,3 leva em con-
ta se a madeira é de primeira ou segunda categoria. No
6.4 Valores representativos caso de madeira de segunda categoria, admite-se
kmod,3 = 0,8, e no caso de primeira categoria ,kmod,3 = 1,0.
6.4.1 Valores médios
O valor médio Xm de uma propriedade da madeira é de- A condição de madeira de primeira categoria somente
terminado pela média aritmética dos valores correspon- pode ser admitida se todas as peças estruturais forem
S.A.
dentes aos elementos que compõem o lote de material classificadas como isentas de defeitos, por meio de méto-
considerado. do visual normalizado, e também submetidas a uma clas-
brás
de classificação.
não ser atingido em um dado lote de material.
a pa
O valor característico superior, Xk,sup, maior que o valor O coeficiente parcial de modificação kmod,3 para coníferas
médio, é o valor que tem apenas 5% de probabilidade de na forma de peças estruturais maciças de madeira serrada
usiv
ser ultrapassado em um dado lote de material. sempre deve ser tomado com o valor kmod,3 = 0,8, a fim de
se levar em conta o risco da presença de nós de madeira
excl
De modo geral, salvo especificação em contrário, enten- não detectáveis pela inspeção visual.
de-se que o valor característico Xk seja o valor caracterís-
uso
kmod,3 = 1- 2 000
O valor de cálculo Xd de uma propriedade da madeira é r
obtido a partir do valor característico Xk, pela expressão
onde t é a espessura das lâminas e r o menor raio de cur-
Xk vatura das lâminas que compõem a seção transversal
X d = k mod
γw resistente.
18 NBR 7190:1997
Tipos de madeira
Classes de
Madeira serrada
carregamento Madeira
Madeira laminada colada
recomposta
Madeira compensada
Lice
recomposta
Madeira compensada
brás
O coeficiente de ponderação para estados limites últimos 6.4.8 Investigação direta da resistência
decorrentes de tensões de compressão paralela às fibras
tem o valor básico γwc = 1,4. Para a investigação direta da resistência de lotes homo-
gêneos de madeira, cada lote não deve ter volume supe-
O coeficiente de ponderação para estados limites últimos
rior a 12 m3.
decorrentes de tensões de tração paralela às fibras tem
o valor básico γwt = 1,8 . Os valores experimentais obtidos devem ser corrigidos
O coeficiente de ponderação para estados limites últimos pela expressão dada em 6.2.1 para o teor de umidade
decorrentes de tensões de cisalhamento paralelo às fibras de 12%.
Lice
6.4.6 Coeficiente de ponderação para estados limites de pelo menos dois ensaios.
utilização
de
lização tem o valor básico γw = 1,0. uma amostra composta por pelo menos seis exemplares,
retirados de modo distribuído do lote, que serão ensaia-
excl
neos, que tenham apresentado os valores médios das Para a caracterização mínima especificada em 6.3.2 para
resistências fwm e dos módulos de elasticidade Ec0,m, cor- espécies pouco conhecidas, de cada lote serão ensaia-
a pa
respondentes a diferentes teores de umidade U% ≤ 20%, dos n ≥ 12 corpos-de-prova, para cada uma das resistên-
admite-se como valor de referência a resistência média cias a determinar.
ra P
pela expressão
dada em 6.2.1, ou seja,
f1 + f2 + ... + f n
brás
3(U% - 12)
-1
fwk = 2 2
- f n x 1,1
f12 = fU% 1 + n
100 -1 2
S.A.
2
Neste caso, para o projeto, pode-se admitir a seguinte onde os resultados devem ser colocados em ordem cres-
relação entre as resistências característica e média cente f1 ≤ f2 ≤ ... ≤ fn, desprezando-se o valor mais alto se o
número de corpos-de-prova for ímpar, não se tomando
fwk,12 = 0,70 fwm,12 para fwk valor inferior a f1, nem a 0,70 do valor médio.
NBR 7190:1997 19
S.A.
da madeira, o módulo de elasticidade paralelamente às
fibras deve ser tomado com o valor efetivo - cargas acidentais verticais de uso direto da cons-
trução (Q), determinadas conforme em 5.5.3, são con-
brás
Ec0,ef = kmod,1 . kmod,2 . kmod,3 . Ec0,m sideradas como cargas de longa duração, juntamente
com seus efeitos dinâmicos, quando elas forem cons-
etro
e o módulo de elasticidade transversal com o valor efetivo tituídas por cargas móveis, de acordo com o estabele-
ra P
cido em 5.5.4 a 5.5.7;
Gef = Ec0,ef/20
a pa
- vento (W), de acordo com o estabelecido em 5.5.8.
7 Dimensionamento - Estados limites últimos
7.1.3 Combinações últimas nas construções correntes com
usiv
7.1 Esforços atuantes em estados limites últimos duas cargas acidentais de naturezas diferentes
excl
7.1.1 Critérios gerais Na verificação da segurança em relação aos estados li-
mites últimos das estruturas das construções correntes
uso
Os esforços atuantes nas peças estruturais devem ser submetidas a cargas permanentes G e a ações variáveis
calculados de acordo com os princípios da Estática das constituídas pelas cargas verticais Q decorrentes do uso
de
Construções, admitindo-se em geral a hipótese de com- normal da construção e de seus eventuais efeitos dinâ-
portamento elástico linear dos materiais. micos, e pela ação do vento W, em lugar das combinações
nça
expressas em 5.7 , podem ser consideradas as seguintes
Permite-se admitir que a distribuição das cargas aplicadas
Lice
duas combinações normais de ações, correspondentes
em áreas reduzidas, através das espessuras dos elemen- a carregamentos de longa duração, com as modificações
tos construtivos, possa ser considerada com um ângulo de 5.2.1 .
de 45° até o eixo do elemento resistente.
Primeira combinação: carga vertical e seus efeitos dinâ-
A consideração da hiperestaticidade das estruturas so- micos como ação variável principal
mente pode ser feita se as ligações das peças de madeira
forem do tipo rígido, conforme estabelecido em 8.3.1.
Fd = Σγ Gi Gik + γ Q Qk + ψ 0w Wk
Os furos na zona comprimida das seções transversais
das peças podem ser ignorados apenas quando preen- onde os efeitos dinâmicos, de acordo com 5.2.1, sofrem
chidos por pregos. as reduções especificadas em 5.5.4 a 5.5.8 para a ve-
rificação das peças de madeira, não se fazendo qualquer
Os furos na zona tracionada das seções transversais das redução dos esforços decorrentes da ação do vento nes-
peças podem ser ignorados, desde que a redução da sa verificação de segurança;
área resistente não supere 10% da área da zona tracio-
S.A.
nada da peça íntegra. Segunda combinação: vento como ação variável principal
brás
Nas estruturas aporticadas e em outras estruturas capa- Para as peças de madeira, não se fazendo qualquer redu-
zes de permitir a redistribuição de esforços, permite-se ção dos esforços decorrentes dos efeitos dinâmicos das
cargas móveis:
etro
As ações usuais que devem ser consideradas no projeto Para as peças metálicas, inclusive para os elementos de
de estruturas de madeira estão indicadas em 5.5. ligação:
usiv
cargas acidentais de naturezas diferentes e pela tabela 6 para as ações variáveis, nelas se conside-
nça
que haja apenas duas cargas acidentais, de naturezas 7.2 Esforços resistentes em estados limites últimos
diferentes, deve ser feito em função das situações dura-
douras de carregamento, especificados em 5.3.1 e 5.3.2. 7.2.1 Critérios gerais
Nestas situações duradouras devem ser consideradas Os esforços resistentes das peças estruturais de madeira
as seguintes ações usuais: em geral devem ser determinados com a hipótese de
comportamento elastofrágil do material, isto é, com um
- cargas permanentes (G), como os pesos próprios diagrama tensão deformação linear até a ruptura tanto
dos elementos estruturais e os pesos de todos os na compressão quanto na tração paralela às fibras.
20 NBR 7190:1997
O comportamento elastofrágil da madeira tracionada per- onde o coeficiente de modificação kmod é especificado
nça
mite que, quando não for possível a realização do ensaio em 6.4.4 em função da classe de carregamento e da
de tração uniforme, a resistência à tração paralela às fi- classe de umidade da madeira, e os coeficientes de
de
bras seja estimada pela prescrição em 6.3.3, ou pela re- ponderação γe das resistências da madeira têm seus valo-
sistência à tração na flexão, determinada pela tensão res especificados em 6.4.5.
uso
versal que leve à ruptura efetiva da zona tracionada an- determinadas a partir dos resultados dos ensaios especi-
tes da ruptura da zona comprimida. ficados em 6.2.3, empregando-se uma das amostragens
usiv
definidas em 6.4.8 .
No ensaio de flexão devem ser tomadas precauções cui-
a pa
dadosas para eliminar o atrito nos apoios e para que as Permite-se determinar a resistência à compressão para-
forças aplicadas não provoquem esmagamento por com- lela às fibras fc0,k, a partir dos resultados do ensaio especi-
ra P
pressão normal, com a possibilidade de no ensaio atua- ficado em 6.3.1-a), empregando-se uma das amostragens
rem forças normais não previstas. Para que as defor- definidas em 6.4.8, admitindo-se as demais resistências
etro
mações da viga não afetem os resultados, o comprimento por meio das relações estabelecidas em 6.3.3 .
da viga ensaiada deve ser feita com oito alturas da seção
brás
7.2.3 Tração normal às fibras das classes de resistência definidas em 6.3.5 e a determi-
nação das demais resistências por meio das relações
estabelecidas em 6.3.3.
A segurança das peças estruturais de madeira em relação
a estados limites últimos não deve depender diretamente
Para as espécies já investigadas por laboratórios idô-
da resistência à tração normal às fibras do material.
neos, permite-se adotar a relação simplificada estabele-
cida em 6.4.7 entre a resistência característica e a resis-
Quando as tensões de tração normal às fibras puderem tência média.
atingir valores significativos, deverão ser empregados
dispositivos que impeçam a ruptura decorrente dessas 7.2.7 Resistências usuais de cálculo
tensões.
Para peças estruturais de madeira serrada de segunda
7.2.4 Compressão normal às fibras qualidade, e de madeira laminada colada, apresentam-
se na tabela 12 os valores usuais para estruturas subme-
Os esforços resistentes correspondentes à compressão tidas a carregamentos de longa duração.
Lice
levada em conta a extensão do carregamento, medida de ser a extensão da carga, medida na direção das fibras,
paralelamente à direção das fibras. maior ou igual a 15 cm; quando esta extensão for menor
de
dos por ensaio específico de embutimento, realizado se- O coeficiente αe indicado na tabela 12 é fornecido pela
gundo método padronizado, exposto no anexo B.
a pa
tabela 14.
ra P
Na ausência de determinação experimental específica, Quando a carga atuar na extremidade da peça ou de mo-
permite-se a adoção dos critérios simplificados estabe- do distribuído na totalidade da superfície de peças de
apoio, admite-se αn =1,0.
etro
1)
Deve-se observar que esta definição não é a mesma adotada em outras normas, em particular na NBR 6118, nas quais o coeficiente
de modificação kmod não entra diretamente na expressão da resistência de cálculo.
NBR 7190:1997 21
S.A.
Madeira serrada (segunda categoria: kmod,3 = 0,8)
brás
Classes de umidade (1) e (2) kmod = 0,7 x 1,0 x 0,8 = 0,56
etro
Classes de umidade (3) e (4) kmod = 0,7 x 0,8 x 0,8 = 0,45
ra P
γwc = 1,4 fwN,k,12 = 0,70 fwN,m,12
a pa
γwt = 1,8 fwV,k,12 = 0,54 fwV,m,12
3 (U% - 12)
f12 = fU% 1 +
usiv
γwv = 1,8
100
excl
ft0,d = fc0,d
fc90,d = 0,25 fc0,d . αn
uso
fe0,d = fc0,d
de
fe90,d = 0,25 fc0,d . αe
nça
Coníferas: fv0,d = 0,12 fc0,d
Lice
Dicotiledôneas: fv0,d = 0,10 fc0,d
Tabela 13 - Valores de αn
1 2,00
2 1,70
3 1,55
S.A.
4 1,40
brás
5 1,30
etro
7,5 1,15
10 1,10
ra P
15 1,00
a pa
usiv
excl
Tabela 14 - Valores de αe
uso
cm
nça
7.2.8 Peças de seção circular onde fc90,d é determinada de acordo com 7.2.7 pela ex-
pressão
As peças de seção circular, sob ação de solicitações nor-
mais ou tangenciais, podem ser consideradas como se fc90,d = 0,25 fc0,d αn
fossem de seção quadrada, de área equivalente. 7.3.3 Flexão simples reta
As peças de seção circular variável podem ser calculadas Para as peças fletidas, considera-se o vão teórico com o
Lice
como se fossem de seção uniforme, igual à seção situada menor dos seguintes valores:
a uma distância da extremidade mais delgada igual a 1/3
nça
do comprimento total, não se considerando, no entanto, a) distância entre eixos dos apoios;
um diâmetro superior a 1,5 vez o diâmetro nessa extremi-
b) o vão livre acrescido da altura da seção transversal
de
dade.
da peça no meio do vão, não se considerando acrés-
uso
7.2.9 Resistência a tensões normais inclinadas em relação cimo maior que 10 cm.
às fibras da madeira
Nas barras submetidas a momento fletor cujo plano de
excl
Permite-se ignorar a influência da inclinação α das ten- ação contém um eixo central de inércia da seção trans-
versal resistente, a segurança fica garantida pela obser-
usiv
σt2,d ≤ ftd
f0 x f90 onde fcd e ftd são as resistências à compressão e à tração,
etro
fα =
f0sen α + f90 cos2α
2
definidas em 7.3.2 e 7.3.1, respectivamente, e σc1,d e σt2,d
brás
7.3.1 Tração
Md
σ c1,d =
Nas barras tracionadas axialmente, a condição de segu- Wc
rança é expressa por Md
σ t2,d =
σtd ≤ ftd Wt
onde Wc e Wt são os respectivos módulos de resistência,
permitindo-se ignorar a influência da eventual inclinação
que de acordo com 7.2.1 podem ser calculados pelas
das fibras da madeira em relação ao eixo longitudinal da
expressões usuais (ver figura 1).
peça tracionada até o ângulo α = 6o (arctg α = 0,10), fa-
zendo-se I
Wc =
y c1
ftd = ft0,d I
Wt =
y t2
Para inclinações maiores é preciso considerar a redução
de resistência, adotando-se a fórmula de Hankinson, con- Sendo I o momento de inércia da seção transversal resis-
tente em relação ao eixo central de inércia perpendicular
Lice
σMx,d σMy,d
fazendo-se kM + ≤ 1
fwd fwd
ra P
S.A.
brás
etro
ra P
a pa
usiv
excl
de uso
nça
Lice
Figura 1
7.3.5 Flexotração 2
σNc,d σ σ
+ kM Mx,d + My,d ≤ 1
Nas barras submetidas à flexotração, a condição de se- fc0,d fc0,d fc0,d
gurança é expressa pela mais rigorosa das duas expres-
sões seguintes aplicadas ao ponto mais solicitado da
borda mais tracionada, considerando-se uma função li- onde σNc,d é o valor de cálculo da parcela de tensão normal
near para a influência das tensões devidas à força nor- atuante em virtude apenas da força normal de compres-
mal de tração: são, fc0,d é a resistência de cálculo à compressão paralela
às fibras e os demais símbolos têm os significados de-
σNt,d σMx,d σMy,d finidos em 7.3.4.
+ + kM ≤ 1
S.A.
ft0,d é a resistência de cálculo à tração paralela às fibras e Nas vigas submetidas à flexão com força cortante, a con-
os demais símbolos têm os significados definidos em dição de segurança em relação às tensões tangenciais é
7.3.4. expressa por
usiv
3 Vd
é expressa pela mais rigorosa das duas expressões se- τd =
2 bh
guintes, aplicadas ao ponto mais solicitado da borda mais
comprimida, considerando-se uma função quadrática pa-
Na falta de determinação experimental específica, admi-
ra a influência das tensões devidas à força normal de
tem-se, de acordo com 7.2.7,
compressão:
2 coníferas: fv0,d = 0,12 fc0,d
σNc,d σ σ
+ Mx,d + kM My,d ≤ 1
fc0,d f fc0,d dicotiledôneas: fv0,d = 0,10 fc0,d
c0,d
24 NBR 7190:1997
7.4.2 Cargas concentradas junto aos apoios diretos Quando o equilíbrio do sistema estrutural depender dos
esforços de torção (torção de equilíbrio), deve-se respeitar
Nas vigas de altura h que recebem cargas concentradas, a condição
que produzem tensões de compressão nos planos longi-
tudinais, a uma distância a ≤ 2 h do eixo do apoio, o cál- τT,d ≤ fv0,d
culo das tensões de cisalhamento pode ser feito com calculando-se τT,d pelas expressões da Teoria da Elas-
uma força cortante reduzida de valor
Lice
a sas em 5.7.
Vred = V
2h
7.5 Estabilidade
de
respeitada a restrição h1 > 0,75 h (ver figura 2). As exigências impostas ao dimensionamento dependem
brás
Recomenda-se evitar a torção de equilíbrio em peças de Para as peças de comprimento efetivo L em que ambas
madeira, em virtude do risco de ruptura por tração normal as extremidades sejam indeslocáveis por flexão, adota-
às fibras decorrente do estado múltiplo de tensões atu- se L0 = L, não se considerando qualquer redução em vir-
ante. tude da eventual continuidade estrutural da peça.
Lice
nça
deuso
excl
usiv
Figura 2
a pa
ra P
etro
brás
S.A.
Figura 3
NBR 7190:1997 25
S.A.
métricas das peças é adotada com pelo menos o valor rificação.
brás
ea = L0/300 A excentricidade acidental mínima ea é dada em 7.5.2 e a
carga crítica FE é expressa por
etro
7.5.3 Compressão de peças curtas
π 2 Ec0,ef I
FE =
L 02
ra P
Para as peças curtas, definidas pelo índice de esbeltez
λ ≤ 40, que na situação de projeto são admitidas como onde I é o momento de inércia da seção transversal da
a pa
solicitadas apenas à compressão simples, dispensa-se peça relativo ao plano de flexão em que se está verifican-
a consideração de eventuais efeitos de flexão. do a condição de segurança, e Ec0,ef é dado em 6.4.9 .
usiv
Para as peças curtas, que na situação de projeto são ad-
7.5.5 Compressão de peças esbeltas
excl
mitidas como solicitadas à flexocompressão, as condi-
ções de segurança são as especificadas em 7.3.6, com
Para as peças esbeltas, definidas pelo índice de esbeltez
os momentos fletores determinados na situação de pro-
λ > 80, não se permitindo valor maior que 140, submeti-
uso
jeto.
das na situação de projeto à flexocompressão com os
de
esforços de cálculo Nd e M1d , a verificação pode ser feita
7.5.4 Compressão de peças medianamente esbeltas
como em 7.5.4 pela expressão
nça
Para as peças medianamente esbeltas, definidas pelo σNd σMd
+ ≤ 1
Lice
índice de esbeltez 40 < λ ≤ 80, submetidas na situação fc0,d fc0,d
de projeto à flexocompressão com os esforços de cálculo
Nd e M1d , além das condições de segurança especificadas com
em 7.3.6, também deve ser verificada a segurança em FE
relação ao estado limite último de instabilidade, por meio Md = Nd . e1,ef
de teoria de validade comprovada experimentalmente. FE - Nd
tendo FE o valor dado em 7.5.4, sendo a excentricidade
Considera-se atendida a condição de segurança relativa efetiva de primeira ordem e1,ef dada por
ao estado limite último de instabilidade, se no ponto mais
comprimido da seção transversal for respeitada a con- e1,ef = e1 + ec = ei + ea + ec
dição
σNd σMd onde ei é a excentricidade de primeira ordem decorrente
+ ≤ 1 da situação de projeto, ea é a excentricidade acidental
fc0,d fc0,d
mínima e ec é uma excentricidade suplementar de primei-
aplicada isoladamente para os planos de rigidez mínima ra ordem que representa a fluência da madeira.
S.A.
σNd = valor de cálculo da tensão de compressão devida à onde M1gd e M1qd são os valores de cálculo, na situação
força normal de compressão de projeto, dos momentos devidos às cargas permanentes
a pa
ao momento fletor Md calculado pela expressão ea = excentricidade acidental mínima, dada em 7.5.2, não
se tomando valor menor que h/30;
excl
Md = Nd . ed
(
φ N + (ψ + ψ )N
ec = eig + ea exp ) gk 1 2 [qk ]
- 1
F - N + (ψ + ψ )N [ ]
uso
onde
E gk 1 2 qk
FE
ed = e1
com ψ1 + ψ2 ≤ 1
de
FE - Nd
nça
1 6,0
de longa 0,8 2,0
2 8,8
duração
nça
3 12,3
4 15,9
Média duração 0,3 1,0
de
5 19,5
6 23,1
uso
9 34,0
7.5.6 Estabilidade lateral das vigas de seção retangular 10 37,6
usiv
11 41,2
As vigas fletidas, além de respeitarem as condições de 12 44,8
a pa
L1 Ec0,ef
≤ 7.6.1 Generalidades
nça
b βM fc0,d
As estruturas formadas por um sistema principal de ele-
de
3
rigidez em planos ortogonais aos primeiros, de modo a
h 2 impedir deslocamentos transversais excessivos do sis-
usiv
S.A.
cia dos elementos do sistema principal, de intensidade comprimento total L da peça principal;
convencional, conforme o que adiante se estabelece.
brás
L1 é a distância entre elementos de contraventamento;
7.6.2 Contraventamento de peças comprimidas Ec0,ef é o valor do módulo de elasticidade paralelo às
etro
fibras da madeira da peça principal contraventada,
Para as peças comprimidas pela força de cálculo Nd, com conforme 6.4.9;
ra P
articulações fixas em ambas as extremidades, cuja
estabilidade requeira o contraventamento lateral por ele- I2 é o momento de inércia da seção transversal da
a pa
mentos espaçados entre si da distância L1, devem ser peça principal contraventada, para flexão no plano
respeitadas as seguintes condições adiante especifica- de contraventamento.
usiv
das em função dos parâmetros mostrados na figura 4 .
Se os elementos de contraventamento forem comprimidos
excl
pelas forças F1d, eles também deverão ter sua estabilida-
As forças F1d atuantes em cada um dos nós do contraven-
de verificada. Esta verificação é dispensada quando os
tamento podem ser admitidas com o valor mínimo conven-
elementos de contraventamento forem efetivamente fixa-
uso
cional de Nd/150, correspondente a uma curvatura inicial
dos em ambas as extremidades, de modo que eles pos-
da peça com flechas da ordem de 1/300 do comprimento
sam cumprir sua função, sendo solicitados apenas à tra-
de
do arco correspondente.
ção em um de seus lados.
nça
A rigidez Kbr,1 da estrutura de apoio transversal das peças As emendas dos elementos de contraventamento e as
Lice
de contraventamento deve garantir que a eventual instabi- suas fixações às peças principais contraventadas devem
lidade teórica da barra principal comprimida corresponda ser dimensionadas para resistirem às forças F1d.
a um eixo deformado constituído por m semi-ondas de
comprimento L1 entre nós indeslocáveis. A rigidez Kbr,1 Tabela 17 - Valores de αm
deve ter pelo menos o valor dado por:
m αm
π2 Ec0,ef I2
Kbr,1,mín. = 2 αm 2 1
L31
3 1,5
Sendo 4 1,7
π 5 1,8
αm = 1 + cos (ver tabela 17) ∞ 2
m
S.A.
brás
etro
ra P
a pa
usiv
excl
de uso
nça
Lice
7.6.3 Contraventamento do banzo comprimido das peças A rigidez destas estruturas de contraventamento deve
fletidas ser tal que o seu nó mais deslocável atenda à exigência
de rigidez mínima
Para o contraventamento do banzo comprimido de treli-
ças ou de vigas fletidas, admitem-se as mesmas hipó- 2
teses especificadas em 7.6.2, adotando-se para F1d os K br ≥ n K br,1,mín.
3
mesmos valores anteriores, aplicados neste caso à re-
Lice
No caso de vigas, a validade desta hipótese exige que 7.7 Peças compostas
esteja impedida a rotação, em torno de seu eixo longitudi-
uso
paralelo
rizados continuamente podem ser consideradas como
se fossem peças maciças, com as restrições adiante esta-
a pa
Se a estrutura de contraventamento estiver submetida a ções rígidas por pregos, definidas em 8.3.1, dimensiona-
carregamentos externos atuantes na construção, os seus das ao cisalhamento como se a viga fosse de seção ma-
efeitos devem ser acrescidos aos decorrentes da função ciça, solicitadas a flexão simples ou composta, podem
de contraventamento. ser dimensionadas como peças maciças, com seção
transversal de área igual à soma das áreas das seções
dos elementos componentes, e momento de inércia efe-
No caso de estruturas de cobertura, na falta de uma análise
tivo dado por
estrutural rigorosa, permite-se considerar a estrutura de
contraventamento como composta por um sistema de
treliças verticais, dispostas perpendicularmente aos ele- Ief = αr Ith
mentos do sistema principal, e por treliças dispostas per-
pendicularmente ao plano dos elementos do sistema es- onde Ith é o momento de inércia da seção total da peça
trutural principal, no plano horizontal e no plano da cober- como se ela fosse maciça, sendo
tura, colocadas nas extremidades da construção e em
posições intermediárias com espaçamentos não supe-
riores a 20 m. - para seções T: αr = 0,95
Lice
três vãos definidos pelos elementos do sistema principal, Na falta de verificação específica da segurança em rela-
e por peças longitudinais que liguem continuamente, de
uso
S.A.
brás
etro
ra P
Figura 5 - Arranjo vertical de contraventamento
a pa
usiv
excl
deuso
nça
Lice
S.A.
brás
etro
ra P
a pa
usiv
excl
deuso
7.7.4 Peças compostas por lâminas de madeira colada As lâminas podem ser dispostas com seus planos médios
paralelamente ou perpendicularmente ao plano de atua-
As peças de madeira laminada colada devem ser forma- ção das cargas.
das por lâminas com espessuras não superiores a 30 mm
de madeira de primeira categoria conforme as exigências
de 6.4.4, coladas com adesivo à prova d’água, à base de Em lâminas adjacentes, de espessura t, suas emendas
fenol-formaldeído sob pressão, em processo industrial ade- devem estar afastadas entre si de uma distância pelo
quado que solidarize permanentemente o sistema. menos igual a 25 t ou à altura h da viga.
30 NBR 7190:1997
Todas as emendas contidas em um comprimento igual à das com pregos ou parafusos, conforme as exigências
altura da viga são consideradas como pertencentes à de 8.3.1.
mesma seção resistente.
Permite-se que estas ligações sejam feitas com apenas
As lâminas emendadas possuem a seção resistente re- dois parafusos ajustados dispostos ao longo da direção
duzida do eixo longitudinal da peça, afastados entre si de no mí-
nimo 4d e das bordas do espaçador de pelo menos 7 d,
Ared = αr Aef
Lice
- emendas de topo: αr = 0
I = b 1 h 13 / 1 2
usiv
1
7.7.5 Peças compostas de seção retangular ligadas por
conectores metálicos I2 = h1 b13 / 12
a pa
adotando-se:
sendo I2 m + α y Iy
2
onde:
- para dois elementos superpostos: αr = 0,85
m = número de intervalos de comprimento L1 em que
- para três elementos superpostos: αr = 0,70
fica dividido o comprimento L total da peça;
onde Ief é o valor efetivo e Ith o seu valor teórico. αy = 1,25 para espaçadores interpostos;
Os conectores metálicos devem ser dimensionados para αy = 2,25 para chapas laterais de fixação;
resistirem ao cisalhamento que existiria nos planos de L
contato das diferentes peças como se a peça fosse ma- m =
L1
ciça.
A verificação deve ser feita como se a peça fosse maciça de
Lice
7.8 Estabilidade de peças compostas seção transversal com área A e momentos de inércia Ix e Iy,ef .
nça
A Iy, ef W2 2a1 A1
como se elas fossem maciças com as restrições impostas
em 7.7. onde
excl
I2
7.8.2 Peças solidarizadas descontinuamente W2 =
b1 / 2
usiv
As peças compostas solidarizadas descontinuamente por A segurança dos espaçadores e de suas ligações com
a pa
espaçadores interpostos ou por chapas laterais de fixa- os elementos componentes deve ser verificada para um
ção, como mostrado na figura 7, devem ter sua segurança esforço de cisalhamento cujo valor convencional de cál-
ra P
a1
Para as peças compostas por dois ou três elementos de
Dispensa-se a verificação da estabilidade local dos tre-
brás
lecidas. 9 b1 ≤ L1 ≤ 18 b1
Os espaçadores devem estar igualmente afastados entre a ≤ 3 b1: peças interpostas
si ao longo do comprimento L da peça. A sua fixação aos
elementos componentes deve ser feita por ligações rígi- a ≤ 6 b1: peças com chapas laterais
NBR 7190:1997 31
S.A.
brás
etro
ra P
a pa
usiv
excl
uso
de
nça
Lice
S.A.
- cavilhas;
8.1.3 Ligações com cola
de
- conectores.
As ligações com cola somente podem ser empregadas
uso
Os pinos metálicos podem ser constituídos por pregos em juntas longitudinais da madeira laminada colada.
ou parafusos.
excl
Os conectores podem ser constituídos por anéis metá- resistência da junta colada deve ser no mínimo igual à
licos ou por chapas metálicas com dentes estampados. resistência ao cisalhamento longitudinal da madeira.
ra P
No cálculo das ligações não é permitido levar em conta o 8.1.4 Critério de dimensionamento
etro
fe0,d = fc0,d
t é a espessura da peça principal;
etro
h é a altura total da seção transversal da peça prin- As ligações com dois ou três pinos são consideradas de-
cipal. formáveis, permitindo-se o seu emprego exclusivamente
NBR 7190:1997 33
em estruturas isostáticas. No projeto, estas ligações serão Recomenda-se que os parafusos estruturais tenham diâ-
calculadas como se fossem rígidas, dando-se à estrutura metros não menores que 10 mm e resistência caracterís-
isostática uma contraflecha compensatória, de pelo me- tica de escoamento fyk de pelo menos 240 MPa.
S.A.
nos L/100, onde L é o vão teórico da estrutura considera-
da. A resistência de um pino, correspondente a uma dada
seção de corte entre duas peças de madeira, é determi-
brás
Nunca serão utilizadas ligações com um único pino. nada em função das resistências de embutimento fwed
das duas madeiras interligadas, da resistência de escoa-
etro
As ligações com quatro ou mais pinos podem ser conside- mento fyd do pino metálico, do diâmetro d do pino e de
radas rígidas nas condições seguintes.
ra P
uma espessura convencional t, tomada com a menor das
espessuras t1 e t2 de penetração do pino em cada um dos
As ligações pregadas com quatro ou mais pregos são
a pa
elementos ligados, como mostrado na figura 9.
consideradas rígidas, desde que respeitados os diâme-
tros de pré-furação especificados em 8.3.2 . Nas ligações parafusadas deve ser d ≤ t/2 e nas ligações
usiv
pregadas deve ser d ≤ t/5. Permite-se d ≤ t/4 nas ligações
As ligações parafusadas com quatro ou mais parafusos pregadas, desde que d0 = def
excl
são consideradas rígidas ou deformáveis, de acordo com
o diâmetro de pré-furação adotado, conforme 8.3.3. Nas ligações pregadas, a penetração em qualquer uma
uso
das peças ligadas não deve ser menor que a espessura
8.3.2 Pré-furação das ligações pregadas da peça mais delgada. Caso contrário, o prego será consi-
de
derado não resistente.
Em uniões pregadas será obrigatoriamente feita a pré-
nça
furação da madeira, com diâmetro d0 não maior que o Em ligações localizadas, a penetração da ponta do prego
diâmetro def do prego, com os valores usuais:
Lice
na peça de madeira mais distante de sua cabeça deve
ser de pelo menos 12 d ou igual à espessura dessa peça.
coníferas: d0 = 0,85 def
Em ligações corridas, esta penetração pode ser limitada
ao valor de t1.
dicotiledôneas: d0 = 0,98 def
O valor de cálculo da resistência de um pino metálico
onde def é o diâmetro efetivo medido nos pregos a serem
correspondente a uma única seção de corte é determina-
usados.
do em função do valor do parâmetro
Em estruturas provisórias, admite-se o emprego de liga- t
β =
ções pregadas sem a pré-furação da madeira, desde que d
se empreguem madeiras moles de baixa densidade,
onde t é a espessura convencional da madeira e d o diâ-
ρap ≤ 600 kg/m3, que permitam a penetração dos pregos
metro do pino, estabelecendo-se como valor limite
sem risco de fendilhamento, e pregos com diâmetro d
fyd
não maior que 1/6 da espessura da madeira mais delgada βlim = 1,25
e com espaçamento mínimo de 10 d. fed
S.A.
pressões seguintes:
a ligação deve ser considerada deformável.
a pa
I - Embutimento na madeira
8.3.4 Resistência dos pinos
β ≤ βlim
usiv
seções de corte. β
II - Flexão do pino
uso
fyk
resistência individual. Neste caso, sendo n o número efe- tomando-se fyd = sendo γ s = 1,1
tivo de pinos, a ligação deve ser calculada com o número γs
convencional
A resistência de um pino, correspondente a uma dada
2 seção de corte entre uma peça de madeira e uma peça
n0 = 8 + (n - 8)
3 de aço, como mostrado na figura 10, é determinada pela
Os pregos estruturais devem ser feitos de aço com resis- menor das duas resistências, uma referente à ligação do
tência característica de escoamento fyk de pelo menos pino com a madeira e a outra à ligação do pino com a
600 MPa, e devem ter diâmetro mínimo de 3 mm. parede da peça metálica.
34 NBR 7190:1997
A determinação da resistência referente à ligação do pino No caso de pinos em corte duplo, como mostrado na fi-
com a madeira é feita com os mesmos critérios estabe- gura 11, aplicam-se os mesmos critérios anteriores para
lecidos para a ligação de duas peças de madeira. a determinação da resistência correspondente a cada
uma das seções de corte, considerando-se t com o menor
A determinação da resistência referente à ligação do pino dos valores entre t1 e t2/2 em uma das seções, e entre t2/2
com a peça de aço é feita de acordo com os critérios da e t3 na outra.
NBR 8800.
Lice
nça
deuso
excl
usiv
a pa
ra P
etro
brás
S.A.
S.A.
brás
etro
ra P
a pa
usiv
excl
de uso
Figura 11 - Pinos em corte duplo
nça
Lice
8.4 Ligações com cavilhas As cavilhas em corte simples podem ser empregadas
apenas em ligações secundárias.
As cavilhas devem ser torneadas e feitas com madeiras
duras da classe C60 ou com madeiras moles de No caso de cavilhas em corte duplo, aplicam-se os mes-
ρap ≤ 600 kg/m3 impregnadas com resinas que aumentem mos critérios para a determinação da resistência cor-
sua resistência. respondente a cada uma das seções de corte, conside-
rando-se t com o menor dos valores entre t1 e t2/2 em uma
das seções, e entre t2/2 e t3 na outra.
Para emprego em cavilhas, as madeiras impregnadas
devem ter resistências compatíveis com a classe C60. A resistência de cálculo da cavilha Rvd,1, correspondente
a uma única seção de corte, é determinada de modo
Admite-se o emprego de cavilhas estruturais apenas com análogo ao empregado para os pinos metálicos.
os diâmetros de 16 mm, 18 mm e 20 mm.
Para as cavilhas, consideram-se:
S.A.
fc0,d,cav
βlim =
fc90d,cav
ra P
de corte.
t2
nça
Lice
nça
de uso
excl
usiv
a pa
ra P
8.5 Ligações com conectores Os valores da resistência de cálculo que podem ser atri-
brás
8.5.2 Dimensões padronizadas dos anéis metálicos a) entre o centro de dois pinos situados em uma mes-
ma linha paralela à direção das fibras: pregos, cavi-
Os anéis de 64 mm de diâmetro devem ter espessura da lhas e parafusos afastados 6 d; parafusos 4 d;
parede não menor que 4 mm, e os anéis de 102 mm de
Lice
diâmetro devem ter espessura não menor que 5 mm. b) do centro do último pino à extremidade de peças
tracionadas: 7 d;
nça
comprimidas: 4 d;
dada seção de corte da ligação entre duas peças de ma-
uso
8.5.4 Ligações com chapas com dentes estampados medido perpendicularmente às fibras, quando o
esforço transmitido for normal às fibras, do lado onde
As chapas com dentes estampados somente podem ser atuam tensões de compressão normal: 4 d.
empregadas em ligações estruturais quando a eficiência
da cravação for garantida por seu executor. Estes espaçamentos estão representados na figura 14.
NBR 7190:1997 37
S.A.
brás
etro
ra P
a pa
usiv
excl
de uso
Figura 13 - Ligações com anéis metálicos
nça
Lice
S.A.
brás
etro
ra P
8.6.2 Espaçamentos em ligações com anéis metálicos d) do centro de qualquer anel metálico à borda la-
teral: 0,75 d;
usiv
peças de madeira, com ferramentas apropriadas. eral da peça, medido perpendicularmente às fibras,
quando o esforço transmitido for normal às fibras, do
uso
a) entre os centros de anéis metálicos na direção da peça, medido perpendicularmente às fibras, quan-
das fibras: 1,5 d;
Lice
c) do centro de qualquer anel metálico à extremidade O diâmetro mínimo do parafuso será de 12 mm para anéis
da peça, no caso de esforço de compressão paralelo metálicos com 64 mm de diâmetro interno e de 19 mm
às fibras: 1,0 d; para anéis metálicos com diâmetro interno de 102 mm.
38 NBR 7190:1997
Lice
nça
de uso
excl
usiv
a pa
ra P
etro
brás
S.A.
9 Dimensionamento - Estados limites de utilização Para estas verificações, admite-se, conforme 5.6.3,
γf = 1,0, salvo exigência em contrário, expressa em norma
9.1 Critérios gerais especial.
9.1.1 Estados limites a considerar No cálculo de Sd,uti devem ser levados em conta os coe-
ficientes de combinação ψ1 e ψ2 cujos valores são esta-
Na verificação da segurança das estruturas de madeira belecidos para os casos usuais pela tabela 2.
são usualmente considerados os estados limites de utili-
zação caracterizados por: 9.1.3 Construções correntes
b) danos em materiais não estruturais da construção pondentes às combinações de longa duração, expressas
em 5.8.1 por
de
m n
Slim é o valor limite fixado para o efeito estrutural que do rigor da segurança pretendida.
determina o aparecimento do estado limite conside-
rado; 9.1.5 Construções especiais
S.A.
Sd,uti são os valores desses mesmos efeitos, decorren- Em casos especiais, a critério do proprietário da constru-
tes da aplicação das ações estabelecidas para a ve- ção, pode ser exigida a verificação da segurança em fun-
rificação, calculados com a hipótese de comporta- ção das combinações de duração instantânea, especifi-
mento elástico linear da estrutura. cadas em 5.8.4 .
NBR 7190:1997 39
9.1.6 Efeitos da umidade e da duração do carregamento às ações variáveis da combinação considerada não de-
vem superar 1/300 dos vãos ou 1/150 do comprimento
A determinação das deformações das estruturas deve dos balanços correspondentes, nem o valor absoluto de
S.A.
ser feita em função das classes de umidade que serão 15 mm.
mantidas durante a vida útil da construção, definidas em
brás
6.1.5, e das classes de carregamento, definidas em 6.4.4. 9.2.3 Deformações limites para construções especiais
etro
Em construções especiais, tais como formas para concreto
A consideração dos efeitos da umidade e da duração do
estrutural, cimbramentos, torres etc, as deformações li-
carregamento é feita considerando-se o módulo de
ra P
mites devem ser estabelecidas pelo proprietário da cons-
elasticidade efetivo E c0,ef da madeira, determinado
trução, ou por normas especiais referentes às mesmas.
conforme 6.4.9 .
a pa
9.3 Estados limites de vibrações
9.2 Estados limites de deformações
usiv
Em construções submetidas a fontes de vibração, devem
excl
A menos que haja restrições especiais impostas por nor- ser adotadas disposições construtivas que evitem a
mas particulares ou pelo proprietário da construção, a presença de vibrações excessivas da estrutura. Nas estru-
verificação da segurança em relação aos estados limites
uso
turas sobre as quais o público em geral pode caminhar,
de deformações deve ser feita como indicado a seguir, devem ser evitadas vibrações que tragam desconforto
para as combinações de utilização definidas em 9.1.3 . aos usuários.
de
nça
9.2.1 Deformações limites para as construções correntes No caso particular de pisos sobre os quais as pessoas
andem regularmente, como os de residências e escritórios,
Lice
Deve ser verificada a segurança em relação ao estado a menor freqüência natural de vibração dos elementos
limite de deformações excessivas que possam afetar a da estrutura do piso não deve ser inferior a 8 Hz. Para es-
utilização normal da construção ou seu aspecto estético, ta finalidade, as placas compostas por elementos diago-
considerando apenas as combinações de ações de longa nais podem ser assimiladas a peças maciças.
duração, conforme 9.1.3, levando-se em conta a rigidez
efetiva definida pelo módulo Ec0,ef especificado em 6.4.9. Para as construções correntes, admite-se que esta con-
dição fique satisfeita se a aplicação do carregamento
correspondente à combinação de curta duração, estabe-
A flecha efetiva uef, determinada pela soma das parcelas
lecida em 5.8.3, não provocar flecha imediata superior a
devidas à carga permanente uG e à carga acidental uQ,
15 mm, considerando-se o módulo de elasticidade con-
não pode superar 1/200 dos vãos, nem 1/100 do compri-
forme 6.4.9 .
mento dos balanços correspondentes.
10 Disposições construtivas
As flechas devidas às ações permanentes podem ser
parcialmente compensadas por contraflechas u0 dadas 10.1 Disposições gerais
S.A.
reduzidas de u0, mas não se considerando reduções su- modo a reduzir ao mínimo as incertezas sobre os valores
periores a 2 uG , como mostrado na figura 16. dos esforços nas seções críticas. Nos sistemas estruturais
etro
tivas adequadas, a verificação da segurança em relação rápida que o resto da estrutura devem ser facilmente
aos estados limites de deformações procura evitar danos substituíveis, tomando-se as precauções para facilitar
nça
a esses materiais não estruturais. essas operações, que devem ser consideradas como
Lice
Lice
nça
10.2.1 Dimensões mínimas das seções transversais 10.4.1 Ligações com pinos ou cavilhas
usiv
Nas peças principais isoladas, como vigas e barras longi- Nas regiões de ligação devem ser evitados lascamentos,
tudinais de treliças, a área mínima das seções transver- nós, ranhuras ou outros defeitos que possam comprome-
a pa
sais será de 50 cm2 e a espessura mínima de 5 cm. Nas ter a resistência da ligação.
peças secundárias esses limites reduzem-se respectiva-
ra P
mente a 18 cm2 e 2,5 cm. A menos que esteja de outra maneira especificada, os
pregos deverão ser cravados em ângulos aproximada-
etro
Nas peças principais múltiplas, a área mínima da seção mente retos em relação às fibras da madeira. A superfície
transversal de cada elemento componente será de 35 cm2 das cabeças dos pregos devem estar niveladas com a
brás
Nas peças secundárias múltiplas, esses limites reduzem- A pré-furação para pregos e parafusos deve respeitar as
se respectivamente a 18 cm2 e 1,8 cm . especificações de 8.3.2 e 8.3.3, respectivamente.
arruelas quadradas, ou do diâmetro, no caso de arruelas A fabricação de elementos estruturais de madeira lami-
circulares. A área útil mínima das arruelas deve ser tal nada colada deve ser conduzida em condições de contro-
excl
10.2.4 Espessura mínima das chapas de aço ligação colada seja mantida por toda a vida esperada da
estrutura, na classe de serviço correspondente.
ra P
S.A.
Todo trabalho de carpintaria deve ser feito por operários c) a utilização de máquinas automáticas de classifi-
brás
suficientemente hábeis e experimentados, devidamente cação mecânica permite enquadrar as peças em lotes
assistidos por um mestre carpinteiro, que deve verificar a de rigidez homogênea, mas não permite enquadrá-
etro
perfeita ajustagem de todas as superfícies de ligação. las nas classes de resistência especificadas em 6.3.5;
ra P
As superfícies de sambladuras, encaixes, ligações de d) para o enquadramento nas classes de resistência
juntas e articulações devem ser feitas de modo a se adap- estabelecidas em 6.3.5, para as madeiras de primei-
a pa
tarem perfeitamente. ra ou de segunda categoria, deve ser feita pelo me-
nos a caracterização simplificada, definida em 6.3.3,
usiv
de acordo com a amostragem definida em 6.4.8;
Somente é permitido vergar artificialmente madeiras es-
quadrejadas ou cortar peças curvas de peças retas de
excl
e) a aceitação de um lote de madeira como perten-
maior seção quando se demonstrar a possibilidade de
cente a uma das classes de resistência especificadas
aplicação desse processo sem prejuízo da segurança
em 6.3.5 é feita sob a condição fc0k,ef ≥ fc0k,esp.
uso
da estrutura.
de
A classificação de um lote somente poderá ser feita por
As peças que na montagem não se adaptem perfeitamen-
fornecedores que garantam, de acordo com a Legislação
nça
te às ligações ou que se tenham empenado prejudicial-
Brasileira, a conformidade da resistência característica
mente devem ser substituídas.
fc0k à compressão paralela às fibras do material com os
Lice
valores especificados nas tabelas 8 e 9.
Todas as perfurações e escariações, bem como ranhuras
e fresamentos para meios de ligações, devem ser feitos
10.7 Durabilidade da madeira
a máquina e perfeitamente ajustados.
A madeira é um material orgânico sujeito à biodeterio-
10.5.2 Contraflechas
ração.
Nas peças em que serão dadas contraflechas, estas de- No desenvolvimento do projeto de uma estrutura de ma-
vem ser distribuídas parabolicamente ao longo do vão. deira, é preciso assegurar uma durabilidade mínima com-
patível com sua finalidade e com o investimento a ser
10.6 Classificação das peças realizado.
A classificação das peças de madeira deve respeitar as Os componentes de uma construção de madeira podem
seguintes condições: estar expostos a diferentes classes de risco de biodeterio-
S.A.
do visual normalizado, e também submetidas a uma Na execução das estruturas de madeira, devem ser em-
classificação mecânica para enquadramento nas pregadas espécies que apresentem boa resistência na-
ra P
classes de resistência especificadas em 6.3.5. Não tural à biodeterioração ou que apresentem boa permea-
se permite classificar as madeiras como de primei- bilidade aos líquidos preservativos e que sejam subme-
a pa
ra categoria apenas por meio de método visual de tidas a tratamentos preservativos adequados e seguros
classificação; para as estruturas.
usiv
excl
uso
/ANEXO A
de
nça
Lice
42 NBR 7190:1997
Anexo A (normativo)
Desenho de estruturas de madeira
Este anexo apresenta as regras gerais de elaboração de As linhas a serem utilizadas são identificadas pela espes-
desenhos de estruturas de madeira baseado nas reco- sura e forma.
nça
Os desenhos das estruturas de madeira são classificados médio e traço fino. As formas são classificadas como:
uso
em:
linha cheia
a) desenhos de conjunto: desenhos utilizados para
excl
linha tracejada
representar o arranjo geral da estrutura por meio de
usiv
a) 0,1 mm, 0,3 mm, 0,5 mm; e 0,3 mm, 0,5 mm,
las 1:1, 1:5, 1:10, 1:20; 0,7 mm - quando feitos a tinta;
c) desenhos de montagem: também denominados b) 0,3 mm (H), 0,5 mm (HB), 0,7 mm (B); e 0,5 mm (F),
diagramas de montagem, devem ser utilizados para 0,7 mm (HB), 0,9 mm (B) - quando feitos a lápis.
indicar as operações de construção da estrutura. In-
cluem um esquema geral do conjunto, em escala Na tabela A.1 estão representadas as aplicações mais
adequada à complexidade do arranjo. Este desenho importantes dos tipos de linhas empregadas em desenhos
pode ser complementado com croquis. de estruturas de madeira.
(0,7 mm)
nça
S.A.
Os símbolos para as peças de madeira devem ser defini-
PfPr - parafuso prisioneiro
dos para representarem as peças de madeira em eleva-
brás
ção, em planta, em seções e em cortes, indicados nos
PfT - parafuso Tirefond
desenhos das figuras A.1 a A.6 .
etro
NOTA - O símbolo indica a direção das fibras da madeira. PfS - parafuso rosca soberba
ra P
A.3.2 Símbolos para ligações Cav - cavilha
a pa
Os símbolos recomendados para representar as ligações Tr - tarugo
das estruturas de madeira estão indicados nas figuras
usiv
A.2 e A.3. Devem ser observadas as seguintes recomen- CF - chapa fina Ex.: CF 24 chapa fina fjk + 240 MPa
dações:
excl
CG - chapa grossa
a) as indicações quantitativas devem ser feitas uma
uso
única vez. Assim, quando as designações, especi- CPr - chapa-prego
ficações e referências forem indicadas sobre os sím-
de
bolos em elevação não se deve repeti-las sobre os E - especificação Ex.: E: NBR 650, E: DIN 933
nça
símbolos em planta, e vice-versa;
A - anel comum
Lice
b) para a clareza dos desenhos, estes símbolos de- AB - anel dentado
vem ser utilizados de preferência nos desenhos de
detalhe. M - rosca métrica
P - peça @ - corda
S.A.
brás
etro
ra P
a pa
usiv
excl
de uso
nça
Em elevação Em planta
S.A.
brás
etro
ra P
a pa
Em elevação Em planta
usiv
Ligações com anéis
excl
deuso
nça
Lice
Ligações com chapas de dentes estampados
S.A.
brás
etro
ra P
Lice
nça
de
uso
excl
usiv
a pa
ra P
etro
Figura A.5 - Arranjo básico de uma treliça com detalhes das ligações
brás
S.A.
Lice
nça
de
uso
excl
/ANEXO B
brás
S.A.
NBR 7190:1997 47
Anexo B (normativo)
Determinação das propriedades das madeiras para projeto de estruturas
S.A.
brás
B.1 Generalidades l) resistência ao impacto na flexão;
etro
Este anexo contém os métodos de ensaio para determi- m) embutimento;
nação de propriedades das madeiras para projeto de es-
ra P
truturas, tendo em vista a caracterização completa das n) cisalhamento na lâmina de cola;
madeiras, a caracterização mínima e a caracterização
a pa
simplificada, definidas na seção 6. Além disso, contém o) tração normal à lâmina de cola;
métodos de ensaios para determinação de outras proprie-
usiv
dades da madeira que servem exclusivamente como ele- p) resistência das emendas dentadas e biseladas.
mentos comparativos das resistências entre diferentes
excl
espécies: B.2 Amostragem
uso
a) umidade; Para a investigação direta de lotes de madeira serrada
considerados homogêneos, cada lote não deve ter volu-
b) densidade; me superior a 12 m3.
de
nça
c) estabilidade dimensional; Do lote a ser investigado deve-se extrair uma amostra,
com corpos-de-prova distribuídos aleatoriamente ao lon-
Lice
d) compressão paralela às fibras; go do lote, devendo ser representativa da totalidade des-
te. Para isso não se devem retirar mais de um corpo-de-
e) tração paralela às fibras; prova de uma mesma peça. Os corpos-de-prova devem
ser isentos de defeitos e retirados de regiões afastadas
f) compressão normal às fibras; das extremidades das peças de pelo menos cinco vezes
a menor dimensão da seção transversal da peça conside-
g) tração normal às fibras; rada, mas nunca menor que 30 cm (ver figura B.1).
5 b
a ≥ ou
30 cm
Os valores característicos das propriedades da madeira O tamanho da amostra e os critérios de extração dos
devem ser estimados pela expressão corpos-de-prova devem ser os mesmos estabelecidos
x1 + x 2 + ... + x em B.2.
n
-1
x wk = 2 2
-x n 1,1
n O corpo-de-prova deve ter seção transversal retangular,
Lice
-1 2
2 com dimensões nominais de 2,0 cm x 3,0 cm e compri-
mento, ao longo das fibras, de 5,0 cm, como indicado na
nça
b) descrição da amostra, fazendo referência às con- Determinar a massa inicial (mi) do corpo-de-prova com
dições de armazenagem do lote;
ra P
exatidão de 0,01 g.
c) forma e dimensões dos corpos-de-prova, com in-
etro
dicação da direção das fibras; Após a determinação da massa inicial, colocar o corpo-
de-prova na câmara de secagem, com temperatura má-
brás
O teor de umidade da madeira corresponde à relação Os resultados obtidos devem ser apresentados na forma
entre a massa da água nela contida e a massa da madeira de seu valor médio, que representa a umidade média do
seca, dado por lote, em relatório técnico especificado em B.4.
Lice
mi - ms
U(%) = x 100 B.6 Densidade
nça
ms
onde: B.6.1 Objetivo
de
Dimensões em centímetros
usiv
a pa
ra P
etro
brás
S.A.
S.A.
cional definida pela razão entre a massa seca e o vol-
ume saturado, sendo dada por B.6.5 Apresentação dos resultados
brás
ms Os resultados das densidades básica e aparente devem
ρbas = ser apresentados na forma de valores médios, em rela-
Vsat
etro
tório técnico especificado em B.4.
onde:
ra P
B.7 Estabilidade dimensional da madeira
ms é a massa seca da madeira, em quilogramas;
a pa
B.7.1 Objetivo
Vsat é o volume da madeira saturada, em metros cúbi-
usiv
Determinação do grau de estabilidade dimensional da
cos. madeira de um lote considerado homogêneo, por meio
excl
das propriedades de retração e inchamento.
O volume saturado é determinado pelas dimensões finais
do corpo-de-prova submerso em água até que atinja mas- B.7.2 Definições
uso
sa constante ou com no máximo uma variação de 0,5%
em relação à medida anterior. A estabilidade dimensional da madeira é caracterizada
de
pelas propriedades de retração e de inchamento conside-
A massa seca é determinada pelos mesmos procedimen- rando a madeira, considerada como um material ortótro-
nça
tos dados em B.5.4. po, com direções preferenciais 1, 2 e 3, correspondentes
Lice
às direções axial, radial e tangencial, respectivamente.
A densidade aparente ρap é uma massa específica con- Devem ser determinadas a retração tangencial, a retração
vencional, definida pela razão entre a massa e o volume radial, a retração axial, o inchamento tangencial, o incha-
de corpos-de-prova com teor de umidade de 12%, sendo mento radial e o inchamento axial.
dada por
As deformações específicas de retração εr e de incha-
m12 mento εi são consideradas como índices de estabilidade
ρap = dimensional e são determinadas, para cada uma das di-
V12
reções preferenciais, em função das respectivas dimen-
onde: sões da madeira saturada (verde) e seca, sendo dadas
por:
m12 é a massa da madeira a 12% de umidade, em
quilogramas; L -L
εr,1 = 1, sat 1, seca x 100
L
V12 é o volume da madeira a 12% de umidade, em 1, sat
metros cúbicos.
L
S.A.
-L
εr,2 = 2, sat 2, seca x 100
B.6.3 Amostra L
2, sat
brás
L3, sat
em B.2.
ra P
Determinar a massa seca (ms) do corpo-de-prova, com A variação volumétrica é determinada em função das di-
nça
onde:
maior da seção transversal paralelo à direção radial, como
indicado na figura B.3.
nça
Quando o teor de umidade for menor que o ponto de sa- fc0 é a resistência à compressão paralela às fibras,
turação das fibras, deve-se reumidificar o corpo-de-prova. em megapascals.
usiv
que a variação dimensional se estabilize em torno da di- ralela às fibras fc0,k deve ser determinado pelo estimador
ferença de 0,02 mm entre duas medidas sucessivas. A dado em B.3.
ra P
seco. Normalmente se utiliza o mesmo tipo de corpo-de- cífica, como indicado na figura B.4, sendo expresso em
prova empregado para o estudo da retratibilidade. megapascals.
S.A.
Determinar as distâncias entre os lados do corpo-de- Para esta finalidade, o módulo de elasticidade deve ser
prova durante os processos de secagem e de reumidifi- determinado pela inclinação da reta secante à curva
cação, com precisão de 0,01 mm. As distâncias devem tensão x deformação, definida pelos pontos (σ10%; ε10%) e
ser determinadas com pelo menos três medidas em cada (σ50%; ε50%), correspondentes respectivamente a 10% e
lado do corpo-de-prova. 50% da resistência à compressão paralela às fibras, me-
dida no ensaio, sendo dado por:
Os procedimentos de secagem do corpo-de-prova devem
ser os mesmos previstos em B.5.4. σ 50% - σ10%
Ec0 =
ε 50% - ε10%
Os corpos-de-prova que apresentarem defeitos de se-
cagem devem ser descartados; onde:
Para o estudo da variabilidade volumétrica da madeira σ10% e σ50% são as tensões de compressão correspon-
também pode ser utilizado o procedimento baseado na dentes a 10% e 50% da resistência fc0, representadas
Lice
4 cm3 e 16 cm3.
ε10% e ε50% são as deformações específicas medidas
de
Dimensões em centímetros
S.A.
brás
etro
ra P
a pa
usiv
excl
Figura B.3 - Corpo-de-prova e sistema de orientação para determinação das propriedades de
uso
retração e inchamento
de
nça
Lice
S.A.
brás
etro
Figura B.4 - Diagrama tensão x deformação específica para determinação da rigidez à compressão
paralela às fibras
ra P
Dimensões em centímetros
a pa
usiv
excl
deuso
nça
Para o ajuste do corpo-de-prova na máquina de ensaio corpo-de-prova alongado com trecho central de seção
deve-se utilizar uma rótula entre o atuador e o corpo-de- transversal uniforme de área A e comprimento não menor
prova. que 8 A , com extremidades mais resistentes que o tre-
cho central e com concordâncias que garantam a ruptura
A resistência deve ser determinada com carrega- no trecho central, sendo dada por:
mento monotônico crescente, com uma taxa em torno de
10 MPa/min. Ft0,máx.
Lice
ft0 =
A
Para determinação da rigidez, a resistência da madeira
nça
carregamento deve ser aplicado com dois ciclos de carga A é a área inicial da seção transversal tracionada do
e descarga, de acordo com o procedimento especificado trecho central do corpo-de-prova, em metros quadra-
usiv
grama de carregamento mostrado na figura B.7, até 70% pelo ensaio de tração paralela às fibras, é caracterizada
da carga estimada. Em seguida deve-se retirar a instru- pelo módulo de elasticidade determinado pelo trecho li-
mentação e elevar o carregamento até a ruptura do corpo- near do diagrama tensão deformação específica, como
de-prova. indicado na figura B.8.
Para a caracterização mínima de espécies pouco conhe- Para esta finalidade, o módulo de elasticidade deve ser
cidas, devem ser utilizadas duas amostras, sendo uma determinado pela inclinação da reta secante à curva ten-
com corpos-de-prova saturados e outra com corpos-de- são deformação, definida pelos pontos (σ10%; ε10%) e
prova com teor de umidade em equilíbrio com ambiente (σ50%, ε50%) correspondentes respectivamente a 10% e
(seco ao ar). A determinação do teor de umidade deve 50% da resistência a tração paralela às fibras medida no
ser feita por meio dos procedimentos estabelecidos em ensaio, sendo dado por:
B.5.
σ 50% - σ10%
B.8.5 Apresentação dos resultados Et0 =
ε 50% - ε10%
Lice
Os resultados das propriedades de resistência e de rigidez a 10% e 50% da resistência ft0, representadas pelos
uso
à compressão paralela às fibras devem ser analisados e pontos 71 e 85 do diagrama de carregamento (ver
apresentados, em valores característicos para resistência figura B.7);
excl
devem ser apresentados em relatório técnico especifica- medidas no trecho central do corpo-de-prova alon-
do em B.4. gado, correspondentes às tensões de σ10% e σ50%,
a pa
respectivamente.
B.9 Tração paralela às fibras
ra P
B.9.3 Amostra
B.9.1 Objetivo
etro
S.A.
brás
etro
ra P
a pa
usiv
excl
deuso
nça
Lice
Figura B.6 - Arranjo de ensaio para compressão paralela às fibras, com instrumentação baseada
em relógios comparadores
S.A.
brás
etro
ra P
a pa
usiv
excl
uso
de
nça
Lice
Lice
nça
deuso
excl
usiv
a pa
ra P
etro
Dimensões em centímetros
S.A.
Lice
nça
de
uso
excl
usiv
Para determinação do módulo de elasticidade devem mecânicos, deve-se utilizar uma rótula entre o atuador e
ser feitas medidas de deformações em pelo menos duas o corpo-de-prova.
faces opostas do corpo-de-prova e, no caso de corpo-
de-prova com seção circular, em duas posições diame- O carregamento deve ser monotônico crescente, corres-
tralmente opostas. pondente a uma taxa de 10 MPa/min.
NBR 7190:1997 55
Para determinação da rigidez, a resistência da madeira pecífica residual de 2‰ , mostrado na figura B.12, obtida
deve ser estimada (ft0,est) pelo ensaio destrutivo de um em um ensaio de compressão uniforme em corpos-de-
corpo-de-prova gêmeo, selecionado da mesma amostra prova prismáticos.
a ser investigada.
S.A.
O valor característico da resistência à compressão nor-
Conhecida a resistência estimada da amostra ft0,est, o car- mal às fibras fc90,k deve ser estimado pelo estimador dado
regamento deve ser aplicado com dois ciclos de carga e em B.3.
brás
descarga, de acordo com o procedimento especificado
no diagrama de carregamento da figura B.11. A rigidez da madeira na direção normal às fibras deve
etro
ser determinada por seu módulo de elasticidade, obtido
Para a caracterização mínima de espécies pouco conhe- do trecho linear do diagrama tensão x deformação espe-
ra P
cidas, devem ser utilizadas duas amostras, sendo uma cífica, como indicado na figura B.12.
com corpos-de-prova saturados e outra com corpos-de-
a pa
prova com teor de umidade em equilíbrio com o ambiente. Para esta finalidade o módulo de elasticidade deve ser
A determinação do teor de umidade deve ser feita por determinado pela inclinação da reta secante à curva
usiv
meio dos procedimentos estabelecidos em B.5. tensão x deformação, definida pelos pontos (σ10%; ε10%) e
(σ50%; ε50%) correspondentes, respectivamente, a 10% e
excl
B.9.5 Apresentação dos resultados 50% da resistência convencional à compressão normal
às fibras fc90 , sendo dado por:
Para a determinação dos módulos de elasticidade devem
uso
ser construídos diagramas tensão de formação específica σ 50% - σ10%
Ec90 =
para todos os ensaios realizados. ε 50% - ε10%
de
Os resultados das propriedades de resistência e de rigidez onde:
nça
à tração paralela às fibras devem ser analisados e apresen-
σ10% e σ50% são as tensões de compressão normal
Lice
tados em valores característicos para resistência e em valor
médio para o módulo de elasticidade, acompanhados do correspondentes a 10% e 50% da resistência conven-
respectivo teor de umidade. Estes valores devem ser apre- cional fc90, representadas pelos pontos 71 e 85 do
sentados em relatório técnico especificado em B.4. diagrama de carregamento mostrado na figura B.7;
B.10 Compressão normal às fibras ε10% e ε50% são as deformações específicas medidas
na direção normal às fibras correspondentes às ten-
B.10.1 Objetivo sões σ10% e σ50%.
Figura B.10 - Arranjo de ensaio para tração paralela às fibras com corpos-de-prova com seção retangular
56 NBR 7190:1997
Lice
nça
de
uso
excl
usiv
a pa
ra P
etro
brás
S.A.
Figura B.12 - Diagrama tensão x deformação específica para determinação da rigidez da madeira na
direção normal às fibras
NBR 7190:1997 57
S.A.
brás
etro
ra P
a pa
usiv
excl
de uso
nça
Lice
Figura B.13 - Dimensões do corpo-de-prova para ensaio de compressão normal às fibras
das devem ser descontadas deformações intrínsecas da cidas, devem ser utilizadas duas amostras, sendo uma
máquina de ensaio. com corpos-de-prova saturados e outra com corpos-de-
a pa
com extensômetros com exatidão mínima de 50 µm/m. ser feita por meio dos procedimentos estabelecidos em
B.5.
excl
Para determinação da rigidez, a resistência da madeira Para a determinação dos módulos de elasticidade devem
Lice
deve ser estimada (fc90,est) por ensaio destrutivo de um ser construídos diagramas tensão x deformação especí-
corpo-de-prova gêmeo, selecionado da mesma amostra fica para todos os ensaios realizados.
a ser investigada.
Os resultados das propriedades de resistência e de rigidez
Conhecida a resistência estimada da amostra fc90,est, o à compressão normal às fibras devem ser apresentados
carregamento deve ser aplicado com dois ciclos de carga com valor característico para resistência, e com valor mé-
e descarga, de acordo com o procedimento especificado dio para o módulo de elasticidade, acompanhados do
no diagrama de carregamento da figura B.7. A taxa de respectivo teor de umidade. Estes valores devem ser apre-
carregamento deve ser de 10 MPa/min. sentados em relatório técnico especificado em B.4.
58 NBR 7190:1997
Dimensões em centímetros
Lice
nça
de uso
excl
usiv
a pa
ra P
etro
brás
At90 é a área inicial da seção transversal tracionada O carregamento deve ser monotônico crescente, corres-
do trecho alongado do corpo-de-prova, em metros
ra P
às fibras ft0,k deve ser determinado pelo estimador dado com corpos-de-prova saturados e outra com corpos-de-
em B.3. prova com teor de umidade em equilíbrio com o ambien-
te (seco ao ar). A determinação do teor de umidade de-
S.A.
A resistência à tração normal às fibras determinada por ve ser feita por meio dos procedimentos estabelecidos
meio do corpo-de-prova indicado na figura B.15, deve em B.5.
ser utilizada apenas para estudos comparativos entre di-
ferentes espécies de madeira, não devendo ser aplicada O carregamento deve ser aplicado de preferência na dire-
na avaliação da segurança das estruturas de madeira. ção tangencial.
NBR 7190:1997 59
O arranjo de ensaio para tração normal às fibras com Para a caracterização mínima de espécies pouco conhe-
o corpo-de-prova da figura B.15 está mostrado na figu- cidas, devem ser utilizadas duas amostras, sendo uma
ra B.16. com corpos-de-prova saturados e outra com corpos-de-
S.A.
prova com teor de umidade em equilíbrio com o ambiente.
B.11.5 Apresentação dos resultados A determinação do teor de umidade deve ser feita por
brás
meio dos procedimentos estabelecidos em B.5.
Os resultados obtidos de resistência à tração normal às
O arranjo de ensaio para a determinação da resistência
etro
fibras devem ser apresentados com valores caracterís-
ticos, acompanhados do respectivo teor de umidade. Es- ao cisalhamento paralelo está indicado na figura B.18.
ra P
tes valores devem ser apresentados em relatório técnico
especificado em B.4. B.12.5 Análise de resultados
a pa
B.12 Cisalhamento Os resultados da propriedade de resistência ao cisalha-
usiv
mento paralelo às fibras devem ser apresentados com
B.12.1 Objetivo valores característicos, acompanhados do respectivo teor
excl
de umidade. Estes valores devem ser apresentados em
Determinação da resistência ao cisalhamento paralelo relatório técnico especificado em B.4.
às fibras da madeira de um lote considerado homogêneo.
uso
B.13 Fendilhamento
B.12.2 Definições
de
B.13.1 Objetivo
nça
A resistência ao cisalhamento paralelo às fibras da ma-
deira (fwv,0 ou fv0) é dada pela máxima tensão de cisalha- Determinação da resistência ao fendilhamento paralelo
Lice
mento que pode atuar na seção crítica de um corpo-de- às fibras da madeira de um lote considerado homogêneo.
prova prismático, sendo dada por:
B.13.2 Definições
Fv0,máx.
fv0 = A resistência ao fendilhamento paralelo às fibras da ma-
A v0 deira (fws,0 ou fs0) é dada pela máxima tensão que pode
atuar no corpo-de-prova de madeira indicado na figura
onde: B.19, dada por:
quadrados.
ra P
O corpo-de-prova para o ensaio de cisalhamento deve propriedade deve ser utilizada apenas para estudo com-
ter a forma indicada na figura B.17. parativo entre espécies de madeira.
excl
O corpo-de-prova deve ser fabricado com o plano da se- O valor característico da resistência ao fendilhamento
ção crítica paralelo à direção radial da madeira (normal paralela às fibras ft0,k deve ser estimado pelo estimador
uso
paralelo às fibras, as medidas dos lados dos corpos-de- corpos-de-prova devem ser os mesmos estabelecidos
prova devem ser feitas com exatidão de 0,1 mm. em B.2.
Para o ajuste do corpo-de-prova na máquina de ensaio O corpo-de-prova para o ensaio de fendilhamento para-
deve-se utilizar uma rótula entre o atuador e o corpo-de- lelo às fibras deve ter a forma indicada na figura B.19 .
prova.
O corpo-de-prova deve ser fabricado de preferência com
O carregamento deve ser monotônico crescente, corres- o plano da seção crítica perpendicular à direção radial
pondente a uma taxa de 2,5 MPa/min. da madeira (direção do eixo 2).
60 NBR 7190:1997
Lice
Dimensões em centímetros
nça
de
uso
excl
usiv
a pa
ra P
etro
brás
Lice
nça
deuso
excl
usiv
a pa
ra P
etro
brás
Dimensões em centímetros
S.A.
brás
etro
ra P
a pa
usiv
excl
deuso
nça
Lice
Figura B.17 - Corpo-de-prova para ensaio de cisalhamento na direção paralela às fibras
Dimensões em milímetros
S.A.
brás
etro
ra P
a pa
usiv
excl
uso
de
nça
Lice
prova com teor de umidade em equilíbrio com o ambiente. O valor característico da resistência convencional à flexão
A determinação do teor de umidade deve ser feita por fM,k deve ser determinado pelo estimador dado em B.3.
nça
Os resultados da propriedade de resistência ao fendilha- Para esta finalidade o módulo de elasticidade deve ser
excl
mento paralelo às fibras devem ser apresentados com determinado pela inclinação da reta secante à curva carga
valores característicos, acompanhados do respectivo teor x deslocamento no meio do vão, definida pelos pontos
usiv
de umidade. Estes valores devem ser apresentados em (F10%; v10%) e (F50%; v50%) correspondentes, respectiva-
relatório técnico especificado em B.4. mente, a 10% e 50% da carga máxima de ensaio estimada
a pa
(FM,50% - FM,10% ) L3
EM0 =
etro
v10% e v50% são os deslocamentos no meio do vão A medida dos deslocamentos transversais no meio do
correspondentes a 10% e 50% da carga máxima es- vão deve ser feita para cada ponto do diagrama de carre-
timada FM,est, em metros; gamento especificado na figura B.21; com transdutores
S.A.
de deslocamentos com exatidão de 0,01 mm.
b e h correspondem, respectivamente, à largura e à
brás
altura da seção transversal do corpo-de-prova, em Para os ensaios com instrumentação fixada ao corpo-
metros. de-prova, os deslocamentos devem ser registrados para
etro
cada ponto do diagrama de carregamento (ver figu-
B.14.3 Amostra ra B.23), até 70% da carga estimada. Em seguida deve-
ra P
se retirar a instrumentação e elevar o carregamento até a
O tamanho da amostra e os critérios de extração dos ruptura do corpo-de-prova.
a pa
corpos-de-prova devem ser os mesmos estabelecidos
em B.2.
B.14.5 Apresentação dos resultados
usiv
Os corpos-de-prova devem ter forma prismática, com
Para a determinação dos módulos de elasticidade devem
excl
seção transversal quadrada de 5,0 cm de lado e compri-
mento, na direção paralela às fibras, de 115 cm, como ser construídos diagramas carga x deslocamento para
mostrado na figura B.22. todos os ensaios realizados.
uso
O corpo-de-prova deve ser fabricado de preferência com Os resultados das propriedades de resistência conven-
de
o plano de flexão perpendicular à direção radial da ma- cional e de rigidez à flexão devem ser apresentados com
nça
deira, não se admitindo inclinações de fibras maiores valor característico para a resistência e com valor médio
que 6° em relação ao comprimento do corpo-de-prova. para o módulo de elasticidade, acompanhados do respec-
Lice
tivo teor de umidade. Estes valores devem ser apresen-
B.14.4 Procedimento tados em relatório técnico especificado em B.4.
cidas, devem ser utilizadas duas amostras, sendo uma A seção diametral
com corpos-de-prova saturados e outra com corpos-de-
a pa
tigada.
Aseção diametral é a área da seção diametral da esfera,
de
no diagrama de carregamento da figura B.21. A taxa de direção paralela às fibras (fH0) e na direção normal às fi-
carregamento deve ser de 10 MPa/min. bras (fH90).
64 NBR 7190:1997
Lice
nça
de
uso
excl
usiv
a pa
ra P
Lice
nça
deuso
Dimensões em centímetros
a pa
ra P
etro
brás
S.A.
S.A.
Dimensões em centímetros
brás
etro
ra P
a pa
usiv
excl
deuso
nça
Lice
O tamanho da amostra e os critérios de extração dos seu raio, em um período de pelo menos 1 min.
corpos-de-prova devem ser os mesmos estabelecidos
ra P
Os corpos-de-prova devem ter forma prismática de seção com corpos-de-prova saturados e outra com corpos-de-
quadrada de 5,0 cm e comprimento ao longo das fibras prova com teor de umidade em equilíbrio com o ambiente.
usiv
de 15,0 cm, como indicados na figura B.24. A determinação do teor de umidade deve ser feita por
meio dos procedimentos estabelecidos em B.5.
excl
deira.
Para a determinação da dureza pelo método de Janka, respectivos teores de umidade. Estes valores devem ser
as medidas dos lados dos corpos-de-prova devem ser apresentados em relatório técnico especificado em B.4.
Lice
O ensaio deve ser feito nas direções paralela e normal Determinação da resistência ao impacto na flexão da
às fibras da madeira. madeira de um lote considerado homogêneo.
66 NBR 7190:1997
Dimensões em centímetros
Lice
nça
de uso
Dimensões em milímetros
usiv
a pa
ra P
etro
brás
S.A.
Lice
nça
fbw =
bh
Os corpos-de-prova devem ter forma prismática de seção
ra P
Dimensões em centímetros
S.A.
brás
etro
ra P
a pa
Figura B.26 - Corpo-de-prova para ensaio de impacto
usiv
excl
uso
B.16.4 Procedimento residual de 2‰ e a área de embutimento do pino Ae= td,
determinada no ensaio do corpo-de-prova mostrado na
de
Para a determinação da resistência ao impacto na flexão, figura B.27.
nça
as medidas dos lados dos corpos-de-prova devem ser
feitas com exatidão de 0,1 mm. Para esta finalidade, as resistências de embutimento nas
Lice
direções paralela e normal às fibras, fe0 e fe90 em mega-
pascals, são determinadas a partir do diagrama tensão x
Para o ensaio de impacto à flexão deve-se utilizar um
máquina de pêndulo com capacidade três a cinco vezes deformação específica de embutimento mostrado na figu-
ra B.28. Estas resistências são dadas pelas expressões:
maior que a energia necessária à ruptura do corpo-de-
prova por flexão.
Fe0
O ensaio deve ser feito para impacto nas direções radial fe0 =
td
e tangencial da madeira. Fe90
fe90 =
td
O corpo-de-prova deve ser apoiado sobre dois apoios
cilíndricos de 15 mm de raio, com 24 cm ± 0,1 cm de dis-
tância entre os seus eixos. onde:
Para a caracterização mínima de espécies pouco conhe- Fe0 e Fe90 são as forças aplicadas, respectivamente,
S.A.
cidas, devem ser utilizadas duas amostras, sendo uma nas direções paralela e normal às fibras, corres-
com corpos-de-prova saturados e outra com corpos-de- pondentes às deformações residuais de ε = 2‰ , em
newtons;
brás
Lice
nça
deuso
excl
usiv
a pa
ra P
etro
Lice
nça
deuso
excl
usiv
a pa
medidas dos lados dos corpos-de-prova devem ser feitas Esta correção somente deve ser feita se a deformação
com exatidão de 0,1 mm.
brás
Para o ensaio de embutimento deve ser estimada a Agv,0 é a área inicial da lâmina de cola do corpo-de-
resistência (feθ, est) por meio do ensaio destrutivo de um prova, em um plano paralelo às fibras, em metros
corpo-de-prova gêmeo, selecionado da mesma amostra quadrados.
S.A.
a ser investigada.
A resistência estimada feθ, est deve ser dada pela carga O valor característico da resistência ao cisalhamento pa-
brás
máxima do ensaio. ralela às fibras fgv,0,k deve ser determinado pelo estimador
dado em B.3.
etro
Conhecida a resistência de embutimento estimada,
feθ, est , o carregamento deve ser aplicado com dois ciclos B.18.3 Amostra
ra P
de carga e descarga, de acordo com o procedimento es-
pecificado no diagrama da figura B.29. A taxa de carrega-
a pa
mento deve ser de 10 MPa/min. A amostra deve ser representativa da madeira laminada
colada.
usiv
Para o ajuste do corpo-de-prova na máquina de ensaio
deve-se utilizar uma rótula entre o atuador e o corpo-de- O corpo-de-prova para o ensaio de cisalhamento deve
excl
prova. ter a forma indicada na figura B.30.
Os registros das cargas e das deformações devem ser
uso
feitos para cada ponto do diagrama de carregamento O corpo-de-prova deve ter, de preferência, o plano da lâ-
mostrado na figura B.29. mina de cola perpendicular à direção radial da madeira
de
(normal ao eixo 2) (ver figura B.30).
Para a caracterização mínima de espécies pouco conhe-
nça
cidas, devem ser utilizadas duas amostras, sendo uma
B.18.4 Procedimento
Lice
com corpos-de-prova saturados e outra com corpos-de-
prova com teor de umidade em equilíbrio com o ambiente.
A determinação do teor de umidade deve ser feita por Para a determinação da resistência ao cisalhamento na
meio dos procedimentos estabelecidos em B.5. lâmina de cola, na direção paralela às fibras, as medidas
dos lados dos corpos-de-prova devem ser feitas com exa-
Os ensaios devem ser feitos nas direções paralela e nor- tidão de 0,1 mm.
mal às fibras (θ = 0° e 90°).
rado homogêneo.
ra P
A resistência ao cisalhamento na lâmina de cola paralelo devem ser apresentados com valores característicos. Es-
às fibras da madeira laminada colada (fgv,0) é dada pela tes valores devem ser apresentados em relatório técnico
usiv
fgv =
Agv,0 B.19.1 Objetivo
de
onde:
Determinar a resistência da lâmina de cola à tração normal
nça
Fv0,máx. é a máxima força cisalhante aplicada ao corpo- às fibras da madeira laminada colada de um lote con-
de-prova, em newtons; siderado homogêneo.
Lice
70 NBR 7190:1997
Lice
nça
deuso
excl
usiv
a pa
ra P
etro
brás
S.A.
Dimensões em centímetros
Lice
nça
deuso
excl
usiv
a pa
ra P
etro
brás
S.A.
Figura B.30 - Corpo-de-prova para ensaio de cisalhamento na lâmina de cola, na direção paralela às fibras
NBR 7190:1997 71
Dimensões em milímetros
S.A.
brás
etro
ra P
a pa
usiv
excl
deuso
nça
Lice
Figura B.31 - Arranjo de ensaio para cisalhamento na lâmina de cola, na direção paralela às fibras
A resistência da lâmina de cola à tração normal da ma- A amostra deve ser representativa da madeira laminada
deira laminada colada (fgt,90) é dada pela máxima tensão colada.
de tração que pode atuar em um corpo-de-prova alongado
com trecho central de seção transversal uniforme de área O corpo-de-prova deve ser alongado com trecho central
Ag e comprimento não menor que 2,5 A , com extremida- de seção transversal uniforme de área Ag90 e comprimento
S.A.
des mais resistentes que o trecho central e com concor- não menor que 2,5 A g90 , com extremidades mais resis-
dâncias que garantam a ruptura no trecho central, sendo tentes que o trecho central e com concordâncias que ga-
brás
B.19.4 Procedimento
onde:
usiv
ao corpo-de-prova, em newtons; medidas das faces dos corpos-de-prova devem ser feitas
com exatidão de 0,1 mm.
uso
corpo-de-prova.
nça
O valor característico da resistência da lâmina de cola à O carregamento deve ser monotônico crescente, corres-
tração normal às fibras fgt,90,k deve ser determinado pelo
Lice
Dimensões em centímetros
Lice
nça
deuso
excl
usiv
Figura B.32 - Corpo-de-prova para tração da lâmina de cola normal às fibras da madeira laminada colada
a pa
ra P
etro
brás
S.A.
Lice
nça
de uso
Figura B.33 - Arranjo de ensaio para tração da lâmina de cola na direção normal às fibras da madeira
laminada colada
excl
Os resultados obtidos de resistência da lâmina de cola à A resistência das emendas dentadas e biseladas à tração
a pa
tração normal às fibras da madeira laminada colada de- paralela às fibras da madeira laminada colada (fgt,0) é
vem ser apresentados com valores característicos. Estes determinada convencionalmente pela razão entre a má-
ra P
valores devem ser apresentados em relatório técnico xima força de tração aplicada a um corpo-de-prova alon-
especificado em B.4. gado e a área Agt,0 do trecho da emenda.
etro
biseladas Ft0,máx.
fgt,0 =
A gt,0
S.A.
B.20.1 Objetivo
onde:
Determinação da resistência das emendas dentadas e
biseladas à tração paralela às fibras da madeira laminada Ft0,máx. é a máxima força de tração aplicada ao corpo-
colada de um lote considerado homogêneo. de-prova durante o ensaio, em newtons;
NBR 7190:1997 73
Agt,0 é a área inicial da seção transversal tracionada ser utilizados corpos-de-prova do tipo indicado na figu-
do trecho central do corpo-de-prova da emenda, em ra B.34.
metros quadrados;
S.A.
B.20.4 Procedimento
ft0 é a resistência à tração paralela às fibras, em mega-
pascals. Para a determinação da resistência das emendas den-
brás
tadas e biseladas, as medidas do comprimento e do diâ-
O valor característico da resistência da emenda dentada metro do trecho central dos corpos-de-prova devem ser
etro
e biselada à tração paralela às fibras fgt,0,k deve ser deter- feitas com exatidão de 0,1 mm.
minado pelo estimador dado em B.3.
ra P
Para o ajuste do corpo-de-prova na máquina de ensaios
B.20.3 Amostra mecânicos deve-se utilizar uma rótula entre o atuador e
a pa
o corpo-de-prova.
A amostra deve ser representativa da madeira das emen-
usiv
das dentadas e biseladas da madeira laminada colada. O carregamento deve ser monotônico crescente, corres-
pondente a uma taxa de 10 MPa/min.
excl
O corpo-de-prova deve ser alongado com trecho central
de seção transversal uniforme de área Agt,0 e comprimento B.20.5 Apresentação dos resultados
uso
não menor que 8 A gt,0 , com extremidades mais resis-
tentes que o trecho central e com concordâncias que ga- Os resultados das resistências das emendas dentadas e
biseladas à tração paralela às fibras devem ser analisa-
de
rantam a ruptura no trecho central.
dos e apresentados em valores característicos. Estes
nça
Para se determinar a resistência das emendas denta- valores devem ser apresentados em relatório técnico es-
das e biseladas da madeira laminada colada, devem pecificado em B.4.
Lice
Dimensões em centímetros
S.A.
brás
etro
ra P
a pa
usiv
excl
Figura B.34 - Corpos-de-prova para ensaios de resistência das emendas dentadas e biseladas à tração
uso
paralela às fibras
de
nça
Lice
/ANEXO C
74 NBR 7190:1997
Anexo C (normativo)
Determinação de resistências das ligações mecânicas das estruturas de madeira
dições de armazenagem;
C.2 Amostragem
excl
de-prova.
ruptura, acompanhados de uma tabela com todos
os valores individuais das resistências associados a
ra P
Para a caracterização simplificada da resistência de uma seus respectivos teores de umidade no período de
ligação, cada amostra deve ter pelo menos dois corpos- ensaio.
etro
de-prova.
C.5 Ligações com pinos e cavilhas
brás
O valor característico da resistência das ligações deve tos 71 e 85 do diagrama de carregamento da figura C.3.
ser estimado pela expressão A partir desta interseção constrói-se a paralela afastada
nça
x1 + x 2 + ... + x
n
-1 sim determinada é definida como a resistência R da liga-
uso
x wk = 2 2
-x n
1,1 ção. Este procedimento está mostrado na figura C.2.
n
-1 2
2 A deformação específica da ligação ε é definida pela ra-
excl
onde os resultados devem ser colocados em ordem da base de medida padronizada (L0) mostrada na figu-
crescente x1 ≤ x2 ≤ ... ≤ xn, desprezando-se o valor mais ra C.4, sendo dada por:
a pa
dio (xm). L0
etro
brás
S.A.
NBR 7190:1997 75
S.A.
brás
etro
ra P
a pa
usiv
excl
deuso
nça
Lice
5b
a ≥ ou
30 cm
Figura C.1 - Esquema para extração da madeira para corpos-de-prova das ligações
S.A.
brás
etro
ra P
a pa
usiv
excl
uso
de
nça
Lice
Lice
nça
deuso
excl
usiv
a pa
ra P
etro
Os parafusos devem ser de aço estrutural, especificado primento do corpo-de-prova deve ser determinado por L0,
pela NBR 8800, de preferência com diâmetros de 10 mm, escolhido para uma das situações a ser investigada.
12,5 mm e 16 mm.
S.A.
C.5.4 Procedimento
Os pregos devem ser de aço 1011-B e as dimensões de-
vem estar de acordo com a NBR 6627. Para a determinação da resistência das ligações, as me-
brás
didas dos lados dos corpos-de-prova devem ser feitas
Os pregos devem ser cravados na madeira com pré- com precisão de 0,1 mm.
etro
furação feita por broca com diâmetro mínimo de acordo
com as especificações desta Norma, sendo: O teor de umidade da madeira deve ser determinado pe-
ra P
lo método especificado no anexo B.
- coníferas: 0,85 def ;
a pa
A medida da deformação do corpo-de-prova deve ser
- dicotiledôneas: 0,98 def. feita com transdutores de deslocamentos com precisão
usiv
de 0,01 mm, em bases de medida de L0.
onde:
excl
A base de medida pode ser determinada por instrumen-
def é o diâmetro efetivo medido nos pinos a serem tação fixada diretamente ao corpo-de-prova ou conside-
utilizados, em milímetros. rada como o comprimento total do corpo-de-prova L0.
uso
As cavilhas devem ser fabricadas com madeiras duras, da Em ambos os casos, o valor de L0 deve ser dado em fun-
de
classe C60, ou com madeiras moles de ρap ≤ 600 kg/m3 ção do tipo de resistência a ser investigado (paralela ou
nça
impregnadas com resinas que aumentem sua resistên- normal às fibras).
cia. As cavilhas devem ser torneadas com diâmetros de
Lice
16 mm, 18 mm e 20 mm. Para a determinação da resistência das ligações, o carre-
gamento deve ser aplicado de acordo com o diagrama
Os espaçamentos mínimos entre os eixos devem ser da figura C.3. Para isso, deve-se inicialmente determinar
determinados de acordo com as especificações da se- a carga limite da ligação pelo ensaio de um corpo-de-
ção 8. prova.
O corpo-de-prova deve ser simétrico e representar o tipo A determinação da carga limite deve ser feita por carre-
de ligação a ser investigada. Como exemplo, apresen- gamentos e descarregamentos sucessivos do corpo-de-
tam-se na figura C.4 os corpos-de-prova a serem utili- prova, até que seja alcançada uma deformação específica
zados na determinação das resistências nas direções residual total de 5‰. Em cada ciclo o carregamento deve
paralela e normal às fibras das ligações com quatro pinos ser aumentado de forma a se obter um incremento de
metálicos. deslizamento de 0,1 mm e, em seguida, reduzido a
0,5 kN. O tempo de carregamento e descarregamento é
Na fabricação dos corpos-de-prova devem ser evitados de 30 s para cada ciclo. Este procedimento está mostrado
os engrenamentos devidos ao atrito entre as peças de no diagrama de carregamentos e descarregamentos
madeira. sucessivos da figura C.5.
S.A.
Na montagem do corpo-de-prova, a metade dos pinos Todos os demais corpos-de-prova da amostra devem
brás
ou cavilhas deve ser instalada a partir de uma de suas ser ensaiados de acordo com o carregamento estabe-
faces do corpo-de-prova e a outra metade a partir da face lecido no diagrama da figura C.3. Se, para mais de dois
etro
Os comprimentos da base de medida são os seguintes: da amostra, carga limite deve ser ajustada pela reali-
zação de um novo ensaio de carregamentos e descarre-
a pa
metros;
Para os ensaios com instrumentação fixada no corpo-
de-prova, as deformações devem ser registradas para
de
n é o número de espaçamentos entre os pinos figura C.3, até 70% da carga limite, retirando-se em segui-
segundo a direção paralela ao esforço; da a instrumentação e elevando o carregamento até a
Lice
ruptura do corpo-de-prova.
a é o espaçamento entre pinos, medido de eixo
a eixo na direção paralela ao esforço, em milí- Para a caracterização mínima de espécies pouco conhe-
metros. cidas devem ser utilizadas duas amostras, sendo uma
com corpos-de-prova saturados e outra com corpos-de-
Para ensaios em máquinas com leituras automáticas de prova com teor de umidade em equilíbrio com o ambiente
deslocamentos o comprimento total do corpo-de-prova (seco ao ar). A determinação do teor de umidade deve
pode ser utilizado como base de medida para o cálculo ser feita por meio dos procedimentos estabelecidos
da deformação específica da ligação. Para isso, o com- em B.5.
78 NBR 7190:1997
Lice
nça
de uso
excl
usiv
a pa
C.5.5 Apresentação dos resultados Os anéis metálicos são classificados em função de seus
etro
valores característicos das resistências referentes à umi- - anel com de = 64 mm: anel 64;
dade padrão de 12%. As correções devem ser feitas pela
mesma equação dada na seção 6, sendo:
S.A.
3 (U% - 12)
R12 = RU% 1 + C.6.3 Amostra
100
O tamanho da amostra e os critérios de extração da ma-
As resistências medidas em corpos-de-prova de madeira deira dos corpos-de-prova devem ser os mesmos esta-
saturada devem ser corrigidas para a umidade padrão, belecidos em C.2.
considerando em 20% o teor de umidade no ensaio.
Os resultados das propriedades de resistência e de rigidez Os corpos-de-prova da ligação devem ser fabricados
das ligações nas direções paralela e normal às fibras de- com peças de madeira isentas de defeitos.
vem ser apresentados em relatório técnico, como especi-
ficado em C.4, acompanhados de uma tabela relacionan- Para fabricação de um corpo-de-prova a madeira deve
do todos os valores individuais obtidos e os seus respec- ser extraída de uma mesma peça do lote.
tivos teores de umidade do corpo-de-prova.
Lice
C.6.1 Objetivo
Os anéis utilizados nas ligações devem ser de aço gal-
de
Determinação das resistências das ligações com anéis vanizado, fechados, com as características geométricas
metálicos nas direções paralela e normal às fibras. mostradas na tabela C.1 e na figura C.7. As propriedades
uso
A resistência das ligações com anéis metálicos R é defi- Na montagem do corpo-de-prova deve ser feita uma ra-
usiv
nida pela carga de ruptura por cisalhamento da madeira, nhura com profundidade suficiente para o encaixe da
não se tomando valor maior que a carga aplicada ao cor- metade da altura do anel. A espessura da ranhura deve
a pa
po-de-prova para uma deformação específica residual ser igual à do anel. A altura do anel deve ser igual ou me-
da ligação de 2‰, medida em uma base de referência nor que a espessura do cobrejunta.
ra P
transversalmente as peças da ligação e não deve contri- em um furo passante no centro do anel, executado com
buir na resistência da ligação (ver figuras C.9 e C.10). Da folga de 2 mm (ver figuras C.11 e C.12). Este parafuso
mesma forma, o corpo-de-prova com anéis 102 deve ser deve ser apertado o suficiente para o ajuste das peças,
S.A.
fabricado com parafuso de 19 mm de diâmetro, montado mas sem causar o engrenamento entre as superfícies.
brás
etro
ra P
a pa
usiv
excl
deuso
nça
Lice
Figura C.6 - Diagrama força x deformação específica da ligação com anéis metálicos
S.A.
brás
etro
ra P
a pa
usiv
excl
deuso
nça
Lice
Lice
nça
de
uso
excl
usiv
a pa
ra P
etro
brás
S.A.
Dimensões em milímetros
Lice
Dimensões do anel:
de
Dimensões da ranhura:
usiv
Dimensões em milímetros
S.A.
brás
etro
ra P
a pa
usiv
excl
deuso
nça
Lice
Figura C.9 - Corpo-de-prova para resistência paralela às fibras com anéis com de = 64 mm
Dimensões em milímetros
S.A.
brás
etro
ra P
a pa
usiv
excl
uso
de
nça
Lice
Figura C.10 - Corpo-de-prova para resistência paralela às fibras com anéis de de = 102 mm
82 NBR 7190:1997
Dimensões em milímetros
Lice
nça
deuso
excl
usiv
a pa
ra P
Dimensões em milímetros
brás
S.A.
Lice
nça
com exatidão de 0,1 mm. Para a determinação da resistência das ligações, o carre-
usiv
feita com transdutores de deslocamentos com precisão A resistência estimada Rest deve ser tomada como a carga
de 0,01 mm, em bases de medida de L0, sendo: máxima de ensaio, considerando que as ligações com
etro
- base de medida para direção normal às fibras: 2 de. diagrama da figura C.7. Se houver uma diferença de mais
de 20% em relação à resistência estimada Rest, determi-
A base de medida pode ser fixada diretamente ao corpo- nada no primeiro ensaio da amostra, para mais de dois
de-prova ou considerada como o comprimento total do corpos-de-prova, a resistência deve ser ajustada pela
corpo-de-prova L0. realização de um novo ensaio de resistência.
NBR 7190:1997 83
Para o ensaio na direção normal às fibras o corpo-de- lica, ou por qualquer fenômeno de ruptura da madeira,
prova deve ser apoiado pelas cobrejuntas em dois apoios não se tomando valor maior que a carga aplicada ao cor-
articulados móveis. A distância entre os eixos dos apoios po-de-prova, para uma deformação específica residual
S.A.
deve ser igual à metade da altura das cobrejuntas. da ligação de 2‰, medida em uma base de referência
padronizada, igual ao comprimento da chapa metálica
brás
O carregamento deve ser aplicado na peça central da na direção do esforço aplicado, como mostrado no diagra-
ligação, formando um ângulo de 90° em relação às fibras ma da figura C.13.
etro
da madeira das cobrejuntas. Para esta finalidade a deformação específica residual da
ligação é medida a partir da intersecção da reta secante,
ra P
Os registros das cargas e das deformações devem ser definida pelos pontos (F71; ε71) e (F85; ε85) do diagrama for-
feitos para cada ponto do diagrama de carregamento ça deformação específica, representados pelos pontos
a pa
mostrado na figura C.5. 71 e 85 do diagrama de carregamento da figura C.14,
com o eixo das deformações. A partir desta intersecção
usiv
Para os ensaios com instrumentação fixada no corpo- constrói-se uma reta paralela afastada de 2‰ até a inter-
seção do diagrama força x deformação específica da
excl
de-prova, as deformações devem ser registradas para
cada ponto do diagrama de carregamento mostrado na ligação. A força correspondente é definida como a
figura C.3, até 70% da carga estimada. Em seguida deve- resistência da ligação R. Este procedimento está
uso
se retirar a instrumentação e aumentar o carregamento mostrado na figura C.13.
até a ruptura do corpo-de-prova.
de
As resistências básicas seguintes devem ser determina-
das em relação às duas direções preferenciais da chapa
nça
Para a caracterização mínima de espécies pouco conheci- metálica, como indicadas na figura C.15.
das devem ser utilizadas duas amostras, uma com
Lice
corpos-de-prova saturados e outra com corpos-de-prova a) resistência de ancoragem na direção de α = 0° e
Fx
com teor de umidade em equilíbrio com o ambiente (seco β = 0°, Ra,0,0 = , em newtons por metro;
ao ar). LxLy
b) resistência de ancoragem na direção de α = 90° e
Fy
C.6.5 Apresentação dos resultados β = 90°, Ra,90,90 = L L , em newtons por metro;
x y
Os resultados dos ensaios devem ser apresentados pelos c) resistência ao escoamento da chapa por unidade
valores característicos das resistências referentes à umi- de espessura, determinado pelo ensaio de tração,
dade padrão de 12%. As correções devem ser feitas pela Fx
mesma equação dada na seção 6, dada por: na direção de α = 0°, Rt,0 = L , em newtons por
y
metro;
Fy
na direção de α = 90°, Rt,90 = , em newtons por
Lx
As resistências medidas em corpos-de-prova de madeira
brás
metro;
saturada devem ser corrigidas para a umidade padrão,
considerando em 20% o teor de umidade no ensaio. e) resistência ao escoamento da chapa por unidade
etro
Os resultados das propriedades de resistência e de rigidez são, na direção de α = 0°, R c,0 = , em newtons
das ligações, nas direções paralela e normal às fibras, Ly
por metro;
a pa
relacionando todos os valores individuais e seus respec- de espessura, determinado no ensaio de compres-
tivos teores de umidade. Fy
são, na direção de α = 90°, Rc,90 = , em new-
excl
Lx
tons por metro;
C.7 Ligações por chapas com dentes estampados
uso
Lx , em
newtons por metro;
nça
Fy
de espessura, na direção de α = 90°, R v,90 = L ,
C.7.2 Definições y
em newtons por metro.
A resistência das ligações por chapas metálicas com den- Para a determinação das propriedades básicas recomen-
tes estampados é definida pelo escoamento da chapa dam-se os arranjos mostrados nas figuras C.16, C.17 e
metálica ou pelo início de arrancamento da chapa metá- C.18.
84 NBR 7190:1997
Lice
nça
de
uso
excl
usiv
a pa
ra P
etro
brás
S.A.
Figura C.13 - Diagrama força x deformação específica da ligação por chapas com dentes estampados
Lice
nça
de
uso
excl
usiv
a pa
ra P
etro
brás
S.A.
Figura C.14 - Diagrama de carregamento para ligações por chapas com dentes estampados
NBR 7190:1997 85
S.A.
brás
etro
ra P
a pa
usiv
excl
Figura C.15 - Características da chapa com dentes estampados
deuso
nça
Lice
S.A.
brás
Figura C.16 - Arranjo básico da ligação para determinação das resistências na direção α = 0° e β = 0°,
submetidas à tração ou compressão
etro
ra P
a pa
usiv
excl
deuso
nça
Lice
Figura C.17 - Arranjo básico da ligação para determinação das resistências na direção α = 90° e β = 90°,
submetidas à tração ou compressão
86 NBR 7190:1997
Lice
nça
deuso
excl
usiv
a pa
ra P
etro
Figura C.18 - Arranjo básico da ligação para determinação das resistências ao cisalhamento nas direções
brás
α = 0° e α = 90°
S.A.
Os conectores devem ser selecionados de um lote de Os registros das cargas e das deformações devem ser
produção normal, devendo ser representativos de máqui- feitos para cada ponto do diagrama de carregamento
de
Representam-se na figura C.15 as principais caracterís- Para os ensaios com instrumentação fixada no corpo-
excl
ticas geométricas dos conectores do tipo chapa com den- de-prova, as deformações devem ser registradas para
tes estampados. cada ponto do diagrama de carregamento mostrado na
usiv
das dos lados dos corpos-de-prova devem ser feitas com Para a caracterização mínima de espécies pouco conhe-
exatidão de 0,1 mm. cidas, devem ser utilizadas duas amostras, sendo uma
etro
dade padrão de 12%. As correções devem ser feitas pela padrão, considerando em 20% o teor de umidade no
mesma equação dada na seção 6, sendo: ensaio.
3 (U% - 12)
S.A.
Os resultados das propriedades de resistência e de rigidez
R12 = RU% 1 +
100 das ligações devem ser apresentados, em relatório técni-
brás
co especificado em B.4, acompanhados de uma tabela
As resistências medidas em corpos-de-prova de ma- relacionando todos os valores individuais e seus respec-
tivos teores de umidade.
etro
deira saturada devem ser corrigidas para a umidade
ra P
a pa
usiv
excl
/ANEXO D
de uso
nça
Lice
S.A.
brás
etro
ra P
a pa
usiv
excl
de uso
nça
Lice
88 NBR 7190:1997
Anexo D (informativo)
Recomendações sobre a durabilidade das madeiras
Recomenda-se que no projeto de estruturas de madeira está protegida mas sujeita à reumidificação freqüen-
seja considerada a durabilidade do material, em virtude te. Estão nesta situação as madeiras pertencentes à
nça
dos riscos de deterioração biológica. classe de umidade 4, definida pela tabela D.1, sujei-
tas à reumidificação de longa duração conforme a
de
Classe de carregamento
Ordem de grandeza da duração
Duração acumulada
acumulada da ação característica
usiv
Tabela D.3 - Agentes biológicos em função das situações de risco de deterioração da madeira
Agentes biológicos
S.A.
Situação de Fungos manchadores
Fungos apodrecedores Insetos
brás
risco e emboloradores
Furadores
marinhos
etro
Basidio Podridão Azulão Besouros Cupins
micetos mole
ra P
1 - - - L L -
a pa
2 U - U L L -
usiv
3 U - U L L -
excl
4 U U U L L -
uso
5 U U U L L U
de
NOTA - U = presente; L = pontos localizados.
nça
Lice
D.3 Especificação de preservativos em função das - CCA (Cromo - Cobre - Arsênio);
situações de risco de biodeterioração
- CCB (Cromo - Cobre - Boro).
D.3.1 Métodos preventivos
A preservação da madeira pode ser feita pela aplicação Os preservativos de ação temporária hidrossolúveis são:
dos seguintes recursos:
- pincelamento; - fungicidas;
- aspersão; - inseticidas.
- pulverização;
D.3.3 Preservação mínima recomendada
- imersão;
Até a elaboração de norma específica a respeito da pre-
S.A.
- banho quente-frio;
servação da madeira, recomenda-se o seguinte.
- substituição de seiva;
brás
D.3.2 Tipos de preservativos pela existência de espécies com boa durabilidade natural,
recomenda-se, na falta de outras informações, os seguin-
ra P
/ANEXO E
90 NBR 7190:1997
Anexo E (informativo)
Valores médios usuais de resistência e rigidez de algumas madeiras nativas e de florestamento
Neste anexo estão apresentados os valores médios das Ver tabelas E.1, E.2 e E.3.
propriedades de rigidez e resistência de algumas madei-
nça
Nome comum Nome científico ρap (12%)1) fc02) ft03) ft904) fv5) Ec06) 7)
Angelim araroba Votaireopsis araroba 688 50,5 69,2 3,1 7,1 12 876 15
usiv
Angelim ferro Hymenolobium spp 1 170 79,5 117,8 3,7 11,8 20 827 20
a pa
Angelim pedra Hymenolobium petraeum 694 59,8 75,5 3,5 8,8 12 912 39
Angelim pedra verdadeiro Dinizia excelsa 1 170 76,7 104,9 4,8 11,3 16 694 12
ra P
Casca grossa Vochysia spp 801 56,0 120,2 4,1 8,2 16 224 31
Castelo Gossypiospermum praecox 759 54,8 99,5 7,5 12,8 11 105 12
S.A.
Cedro amargo Cedrella odorata 504 39,0 58,1 3,0 6,1 9 839 21
Cedro doce Cedrella spp 500 31,5 71,4 3,0 5,6 8 058 10
Champagne Dipterys odorata 1 090 93,2 133,5 2,9 10,7 23 002 12
Cupiúba Goupia glabra 838 54,4 62,1 3,3 10,4 13 627 33
Catiúba Qualea paraensis 1 221 83,8 86,2 3,3 11,1 19 426 13
E. Alba Eucalyptus alba 705 47,3 69,4 4,6 9,5 13 409 24
E. Camaldulensis Eucalyptus camaldulensis 899 48,0 78,1 4,6 9,0 13 286 18
E. Citriodora Eucalyptus citriodora 999 62,0 123,6 3,9 10,7 18 421 68
E. Cloeziana Eucalyptus cloeziana 822 51,8 90,8 4,0 10,5 13 963 21
E. Dunnii Eucalyptus dunnii 690 48,9 139,2 6,9 9,8 18 029 15
Lice
E. Grandis Eucalyptus grandis 640 40,3 70,2 2,6 7,0 12 813 103
E. Maculata Eucalyptus maculata 931 63,5 115,6 4,1 10,6 18 099 53
nça
1)
ρap(12%) é a massa específica aparente a 12% de umidade.
2)
fc0 é a resistência à compressão paralela às fibras.
a pa
3)
ft0 é a resistência à tração paralela às fibras.
ra P
4)
ft90 é a resistência à tração normal às fibras.
5)
fv é a resistência ao cisalhamento.
etro
6)
Ec0 é o módulo de elasticidade longitudinal obtido no ensaio de compressão paralela às fibras.
brás
7)
n é o número de corpos-de-prova ensaiados.
NOTAS
S.A.
1 As propriedades de resistência e rigidez apresentadas neste anexo foram determinadas pelos ensaios realizados no Laboratório
de Madeiras e de Estruturas de Madeiras (LaMEM) da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da Universidade de São Paulo.
2 Coeficiente de variação para resistências a solicitações normais: δ = 18%.
3 Coeficiente de variação para resistências a solicitações tangenciais: δ = 28%.
NBR 7190:1997 91
Nome comum Nome científico ρap (12%)1) fc02) ft03) ft904) fv5) Ec06) 7)
S.A.
(dicotiledôneas) kg/m3 MPa MPa MPa MPa MPa n
E. Saligna Eucalyptus saligna 731 46,8 95,5 4,0 8,2 14 933 67
brás
E. Tereticornis Eucalyptus tereticornis 899 57,7 115,9 4,6 9,7 17 198 29
E. Triantha Eucalyptus triantha 755 53,9 100,9 2,7 9,2 14 617 08
etro
E. Umbra Eucalyptus umbra 889 42,7 90,4 3,0 9,4 14 577 08
ra P
E. Urophylla Eucalyptus urophylla 739 46,0 85,1 4,1 8,3 13 166 86
a pa
Garapa Roraima Apuleia leiocarpa 892 78,4 108,0 6,9 11,9 18 359 12
Guaiçara Luetzelburgia spp 825 71,4 115,6 4,2 12,5 14 624 11
usiv
Guarucaia Peltophorum vogelianum 919 62,4 70,9 5,5 15,5 17 212 13
excl
Ipê Tabebuia serratifolia 1 068 76,0 96,8 3,1 13,1 18 011 22
Jatobá Hymenaea spp 1 074 93,3 157,5 3,2 15,7 23 607 20
uso
Louro preto Ocotea spp 684 56,5 111,9 3,3 9,0 14 185 24
Maçaranduba Manilkara spp 1 143 82,9 138,5 5,4 14,9 22 733 12
de
Mandioqueira Qualea spp 856 71,4 89,1 2,7 10,6 18 971 16
nça
Oiticica amarela Clarisia racemosa 756 69,9 82,5 3,9 10,6 14 719 12
Lice
Quarubarana Erisma uncinatum 544 37,8 58,1 2,6 5,8 9 067 11
Sucupira Diplotropis spp 1 106 95,2 123,4 3,4 11,8 21 724 12
Tatajuba Bagassa guianensis 940 79,5 78,8 3,9 12,2 19 583 10
1)
ρap(12%) é a massa específica aparente a 12% de umidade.
2)
fc0 é a resistência à compressão paralela às fibras.
3)
ft0 é a resistência à tração paralela às fibras.
4)
ft90 é a resistência à tração normal às fibras.
5)
fv é a resistência ao cisalhamento.
6)
Ec0 é o módulo de elasticidade longitudinal obtido no ensaio de compressão paralela às fibras.
7)
n é o número de corpos-de-prova ensaiados.
NOTAS
S.A.
Nome comum Nome científico ρap (12%)1) fc02) ft03) ft904) fv5) Ec06) 7)
Pinus bahamensis Pinus caribea var.bahamensis 537 32,6 52,7 2,4 6,8 7 110 32
nça
Pinus hondurensis Pinus caribea var.hondurensis 535 42,3 50,3 2,6 7,8 9 868 99
Pinus elliottii Pinus elliottii var. elliottii 560 40,4 66,0 2,5 7,4 11 889 21
de
Pinus oocarpa Pinus oocarpa shiede 538 43,6 60,9 2,5 8,0 10 904 71
uso
Pinus taeda Pinus taeda L. 645 44,4 82,8 2,8 7,7 13 304 15
1)
ρap(12%) é a massa específica aparente a 12% de umidade.
excl
2)
fc0 é a resistência à compressão paralela às fibras.
usiv
3)
ft0 é a resistência à tração paralela às fibras.
4)
ft90 é a resistência à tração normal às fibras.
a pa
5)
fv é a resistência ao cisalhamento.
ra P
6)
Ec0 é o módulo de elasticidade longitudinal obtido no ensaio de compressão paralela às fibras.
7)
n é o número de corpos-de-prova ensaiados.
etro
NOTAS
brás
/ANEXO F
Lice
nça
de
uso
excl
usiv
a pa
ra P
etro
brás
S.A.
NBR 7190:1997 93
Anexo F (informativo)
Esclarecimentos sobre a calibração desta Norma
S.A.
brás
F.1 Introdução Uma vez implantada a nova norma, aí então, cautelosa-
mente, poderão ser discutidos e adequados cada um
etro
A revisão de uma norma de projeto estrutural que envolva dos parâmetros que compõem a segurança global da
a mudança do modelo de segurança a empregar deve estrutura, em função dos resultados da aplicação dessa
ra P
ser feita com a precaução de que a nova versão possa nova versão do regulamento normalizador.
ser facilmente aceita pelo meio técnico nela interessado.
a pa
Este trabalho mostra detalhadamente como foi feita esta
A nova versão desta Norma traz uma profunda mudança calibração, apontando os caminhos que podem ser segui-
usiv
em seu modelo de segurança. Do método determinista dos para a futura otimização de seu modelo de segurança.
de tensões admissíveis passou-se ao método probabilista
excl
de estados limites. F.3 Conceitos básicos dos modelos de segurança
Para que a mudança possa ser mais facilmente assimilada O modelo de segurança do método probabilista de es-
uso
pelo meio técnico nacional, esta Norma foi calibrada para tados limites consiste em se impor que os estados limites
que de início conduza aos mesmos resultados que a últimos somente possam ser atingidos quando, na seção
de
versão anterior. da peça em que atuam as solicitações de cálculo, as re-
nça
sistências também têm seus valores iguais às resistências
Neste sentido, na mudança do modelo de segurança do de cálculo. As solicitações de cálculo são usualmente
Lice
método determinista de tensões admissíveis para o mé- valores majorados e as resistências de cálculo valores
todo probabilista de estados limites, o ponto básico de li- minorados.
gação consistiu em fazer com que as tensões atuantes
decorrentes das ações características sejam iguais às De modo geral, admite-se que as resistências dos mate-
tensões admissíveis anteriormente adotadas. riais tenham distribuições normais. O valor representativo
básico adotado é a chamada resistência característica
Esta idéia é fruto do esclarecimento das origens dos valo-
inferior, correspondente ao quantil de 5% da distribuição
res das tensões admissíveis adotadas em um dos regula-
de resistências.
mentos, e dos valores característicos das ações estipu-
ladas pelas normas que cuidam desse problema e que
Desse modo, a resistência característica fk vale
são empregadas juntamente com o outro regulamento.
ção.
A experiência na investigação experimental de materiais
A NBR 7190:1982 constituía-se em uma norma determi- estruturais mostra que em lotes homogêneos o coeficiente
brás
nista de tensões admissíveis. A nova versão é uma nor- de variação δ dificilmente atinge 15%.
ma probabilista de estados limites.
etro
da técnica de projetar estruturas de madeira, ela não po- o valor extremo δ = 18%, resultando o valor pessimista
de produzir um impacto negativo sobre os profissionais de resistência
a pa
nela interessados.
fk = fm (1 - 1,645 x 0,18) = 0,70 fm
usiv
sujeito a decisões de natureza empírica, ao se mudar tão de concreto armado, a resistência de cálculo foi definida
radicalmente uma norma de projeto é de boa técnica de pela expressão
uso
são antiga. fd =
γm
nça
mente aceitas pelos seus usuários. material imaginado como constituído pelo produto de três
outros coeficientes parciais, tal que
As vantagens da formulação probabilista de estados limi-
tes sobre a formulação determinista de tensões admissí- γm = γm1 . γm2 . γm3
veis são inúmeras. A principal delas é a possibilidade de
discriminar e quantificar a influência de cada uma das onde γm1 leva em conta a verdadeira variabilidade da re-
variáveis básicas sobre a segurança das estruturas, coisa sistência dentro de lotes homogêneos, γm2 leva em conta
impossível de ser feita com o método das tensões admissí- as diferenças entre o material da estrutura e o material
veis.
94 NBR 7190:1997
do corpo-de-prova de controle, e γm3 leva em conta outras Todavia este modelo não sobreviveu.
causas de diminuição da resistência, tais como os de-
feitos localizados e imprecisões das hipóteses de cálculo Apenas as ações permanentes, como os pesos próprios
dos métodos de avaliação da resistência das peças estru- das construções, ainda são imaginados com distribuição
turais. normal e seus valores característicos correspondentes
ao seu quantil de 95%.
Todavia, o modelo de segurança ainda não está completo,
Lice
pois há fenômenos não considerados por ele. É importante assinalar que este quantil de 95% das ações
permanentes corresponde a uma variabilidade espacial,
nça
Assim, para o concreto, nos estados limites últimos decor- isto é, à variabilidade existente entre diferentes constru-
rentes da ruptura do concreto, adota-se o valor último à
ções da mesma natureza, feitas portanto em locais dife-
de
compressão
rentes.
uso
fck
σ ccu = 0,85 As investigações realizadas na década de 80 mostraram
γc
excl
Este valor de 0,85 é um coeficiente de modificação kmod. menores que os quantis de 95% das respectivas distribui-
Esta notação ainda não é empregada para o concreto ções de extremos.
a pa
estrutural.
Nesse instante vale o bom senso.
ra P
parciais de modificação, sendo distribuições das ações variáveis como valores caracte-
rísticos acarretaria um aumento considerável das ações
brás
kmod = kmod,1 . kmod,2 . kmod,3 prescritas pelas normas de projeto. Então, para que as
dimensões resultantes dos novos projetos fossem com-
onde kmod,1 considera a variação da resistência do mate-
S.A.
ser dada pela expressão geral E o que representam esses valores característicos nomi-
nais?
nça
fk
fd = k mod,1 . k mod,2 . k mod.3
A sua gênese vem do início do século XX, quando se
de
γ m1 . γ m2 . γ m3
consolidou a técnica de projetar estruturas, sendo neces-
uso
isto é sário conhecer como esses valores das ações foram esta-
belecidos à luz do método das tensões admissíveis.
excl
fk
fd = k mod Ao contrário do que hoje possa ser considerado o caminho
γm
usiv
trução.
cargas de projeto como sendo os maiores valores de
atuação ainda plausível durante a vida útil da construção.
brás
Haveria então uma simetria. As resistências caracterís- A seguir, com esses valores das ações, passou-se ao
ticas não seriam atingidas por apenas 5% do material e cálculo das máximas tensões atuantes em estruturas de
as ações características seriam ultrapassadas por apenas construções consideradas como bem construídas e esses
5% de suas incidências. valores foram adotados como tensões admissíveis.
NBR 7190:1997 95
Então, para a modificação de uma norma de projeto, do uma combinação dos pesos próprios da construção e
método das tensões admissíveis para o método dos es- das cargas acidentais especificadas pelas diferentes nor-
tados limites, é preciso considerar que as tensões admis- mas que cuidam dos diversos tipos de construção.
S.A.
síveis foram estabelecidas supondo que na estrutura, em
serviço normal, poderiam atuar, no máximo, as cargas F.5 Modelo de segurança da NBR 7190:1997
brás
que hoje são adotadas como valores característicos
nominais. O modelo de segurança adotado pelo Projeto da
NBR 7190/96 parte do método probabilista de estados li-
etro
Desse modo, na passagem de uma versão de norma mites.
para a outra, fazendo
ra P
A segurança em relação aos estados limites últimos é
σact k, NOVO MODELO = σadm, ANTIGO MODELO garantida impondo-se que, nas condições de cálculo, as
a pa
solicitações atuantes Sd não superem os valores das so-
onde σact k é a tensão característica atuante e σadm é a licitações resistentes Rd, ou seja,
usiv
tensão admissível, pode-se esperar que ambos condu-
zam a resultados equivalentes. Sd ≤ Rd
excl
F.4 Modelo de segurança da NBR 7190:1982 Em princípio4), as solicitações atuantes de cálculo são
determinadas por expressões do tipo
uso
O modelo de segurança adotado pela NBR 7190:1982
partia do método determinista de tensões admissíveis, Sd = γfSk
de
impondo que as máximas tensões atuantes, em serviço
normal, não deveriam ultrapassar as tensões admissíveis onde Sk representa as solicitações características, obtidas
nça
σ correspondentes .
1)
pela análise estrutural, admitindo-se que na estrutura
Lice
atuem as ações características Fk, que são os valores es-
Em virtude de particularidades da estrutura anatômica pecificados pelas diversas normas relativas às diferentes
do material, os arranjos estruturais usuais buscam ex- ações5).
plorar principalmente a resistência às tensões atuantes
paralelamente as fibras da madeira. O coeficiente γf é o coeficiente parcial de segurança corres-
pondente à ponderação para os estados limites últimos.
Nessa situação, a NBR 7190:1982 impunha as seguintes
condições de segurança: Para os estados limites últimos, a ponderação usualmente
significa uma majoração.
σc = 0,20 σ C
De modo análogo, os valores de cálculo das solicitações
σ t = 0,15 σF resistentes são determinados em função das resistências
de cálculo dos materiais, definidas por expressões do
τ = 0,10 τ R tipo
A resistência à compressão σC devia ser medida em pe- tanto da madeira quanto de seus elementos de ligação.
quenos corpos-de-prova prismáticos de 2 cm x 2 cm x 3 cm
ra P
centímetros. A resistência à tração na flexão σF era medida O coeficiente γm é de fato resultante do produto de outros
em ensaios de flexão de corpos-de-prova prismáticos três coeficientes parciais, sendo então
a pa
prova quase cúbicos, com superfície imposta de fratura, de onde γm1 cuida da variabilidade intrínseca do material
5 cm x 5 cm3). dentro do lote considerado, γm2 leva em conta as usuais
excl
Em princípio, as condições de segurança eram dadas diferenças anatômicas aleatórias existentes entre os ma-
teriais empregados na fabricação do corpo-de-prova e
uso
1)
Ao longo do texto será feita, de modo progressivo, a transição da antiga para a nova simbologia da NBR 7190.
2)
ABNT - Cálculo e execução de estruturas de madeira, NBR 7190:1982.
3)
ABNT - Ensaios físicos e mecânicos de madeiras, MB-26:1940 (NBR 6230).
4)
ABNT - Ações e segurança nas estruturas - NBR 8681:1984.
5)
ABNT - Cargas para o cálculo de estruturas de edificações - NBR 6120:1980.
96 NBR 7190:1997
onde kmod,1 leva em conta os efeitos das cargas repetidas Tabela F.1 - Valores de kmod,1
ou da duração do carregamento, kmod,2 considera possíveis
excl
Madeira laminada
carregamento Madeira
colada
O coeficiente de modificação kmod é um simples coeficiente Madeira recomposta
ra P
Permanente -
fwk
fwd = k mod
γw Longa duração Mais de seis meses
de uso
com k mod = k mod,1 . k mod,2 . k mod,3 Média duração Uma semana a seis meses
excl
O método probabilista de cálculo estrutural tem por virtude madeira serrada, a madeira laminada e colada, e a ma-
básica considerar a real aleatoriedade das propriedades deira compensada. Nestes três tipos de madeira é man-
etro
que definem a resistência da estrutura. tida a orientação das fibras em suas direções preferen-
ciais. Para a madeira recomposta, na qual se perde a
brás
O método probabilista de estados limites associa as van- orientação preferencial para as fibras da madeira, os va-
tagens destes dois caminhos, permitindo uma avaliação lores adotados são diferentes e menores que os anterio-
S.A.
6)
FUSCO, P.b. - Condição para a mudança do modelo de segurança nas normas de projeto de estruturas. EBRAMEM 1995. Belo
Horizonte.
7)
Eurocode nº 5 - Design of timber strucutures - 1991.
NBR 7190:1997 97
O coeficiente kmod,2 (ver tabela F.3) é determinado, em O coeficiente parcial de modificação kmod,3 é feito igual a
6.4.4, em função das classes de umidade (ver tabela F.3) 0,8 para madeira de segunda categoria e 1,0 para a de
definidas em 6.1.5, onde primeira categoria.
S.A.
Tabela F.3 - Valores de kmod,2 Com esta formulação, como se mostra neste trabalho, os
coeficientes de segurança relativos à resistência da ma-
brás
Madeira serrada deira tomam valores compatíveis com os adotados para
Classes de Madeira laminada Madeira outros materiais estruturais, desaparecendo os apa-
etro
umidade colada recomposta rentes exageros que o modelo de segurança da
NBR 7190:1982 sugeria existirem.
ra P
Madeira compensada
F.7 Resistências características da madeira
a pa
(1) e (2) 1,0 1,0
Em princípio, admite-se, conforme 6.4.2, que as resistên-
usiv
(3) e (4) 0,8 0,9 cias da madeira tenham distribuições normais e que seus
valores característicos correspondam ao quantil de 5%
excl
sendo das respectivas distribuições.
uso
Deste modo, admite-se que
de
Classes de
ambiente equilíbrio da
umidade onde fwm é o valor médio da resistência e sw é o correspon-
nça
Uamb madeira
dente desvio-padrão.
Lice
1 ≤ 65% 12%
O conceito de resistência característica de um material
aplica-se rigorosamente apenas a seus lotes homogê-
2 65% < Uamb ≤ 75% 15%
neos.
3 75% < Uamb ≤ 85% 18% Entende-se que a homogeneidade do lote existe quando
as propriedades de seus elementos variam aleatoria-
Uamb > 85% mente, isto é, ao acaso, sem que haja grupos de elementos
4 durante longos ≥ 25% cujas propriedades possam ser consideradas como dife-
períodos rentes das de outros grupos.
Os valores prescritos para kmod,1 e kmod,2 são praticamente Em particular, todas as amostras que possam ser reti-
os mesmos adotados pelo Eurocode nº5. A diferença es- radas de um lote homogêneo devem conduzir a estima-
tá em que o Eurocode nº5 apresenta tabelas de valores tivas estatisticamente equivalentes de seus parâmetros,
do produto kmod,1 x kmod,2. Uma análise desses valores mos- que neste caso são o valor médio e o desvio-padrão da
tra que os coeficientes podem ser individualizados, como resistência.
S.A.
item 63 da NBR 7190:1982 para esta situação. correspondem à “condição-padrão de referência”, espe-
cificada em 6.2.6, que admite a umidade de equilíbrio da
ra P
assinalava que as tensões admissíveis por ele prescritas por meio da expressão
decorriam do fato de serem referentes à madeira de se-
uso
100
mentados em 40%.
nça
A NBR 7190:1982 não especificava com rigor as con- Deve-se observar que desta expressão resulta
Lice
Esta expressão foi estabelecida pela generalização de coeficiente de variação δ da resistência à compressão
uma simples interpolação linear do clássico diagrama paralela, de lotes homogêneos de madeira, dificilmente
apresentado pela figura 7 da MB-26:1940 (NBR 6230), atinge o valor de 18% 9), 10), 11), que leva a
admitindo-se que a resistência da madeira não sofra va-
riações significativas para umidades acima de 20%. fk = fm (1 - 1,645 δ) = fm (1 - 1,645 x 0,18) = 0,70 fm
A estimativa direta da resistência característica fwk de um F.8 Ponto central da calibração da NBR 7190:1997
Lice
estabelecida em 6.3.1.
probabilista de estados limites em relação a um modelo
uso
n ≥ 12 exemplares. A partir destes resultados, determina- de compressão paralela às fibras da madeira, têm-se:
se a resistência característica pela expressão8)
ra P
MODELO ANTIGO
f1 + f2 + ... f n
etro
-1
fwk = 2 2
- f n x 1,1 σc = 0,20 σC
n
brás
-1 2
2 ou, com a nova simbologia explicitando todas as hipó-
com f1 ≤ f2 ≤ ... ≤ fn teses adotadas pela NBR 7190:1982,
S.A.
A função de estimação definida pela expressão entre pa- σadm, 2ª categoria = 0,20 fc0,m 2 x 2 x 3, verde
rênteses fornece estimativas centradas, isto é, estimativas
cuja média coincide com a resistência característica efe- onde fc0,m é o valor médio da resistência à compressão pa-
tiva do lote examinado. Para evitar que 50% das estima- ralela, medida em corpos-de-prova de 2 cm x 2 cm x 3 cm,
tivas sejam feitas por valores abaixo da verdadeira resis- de madeira verde, isenta de defeitos.
tência característica, torna-se o estimador razoavelmente
excêntrico, multiplicando-se por 1,1 a expressão ante- MODELO NOVO
rior.
No caso de lotes de madeira das espécies usuais, em racterísticas, fk, e σact (Fd) as tensões atuantes sob as ações
6.3.3 permite-se a caracterização simplificada da resis- de cálculo fd, e γf o coeficiente de majoração das ações.
nça
va menos resistente, nem menor que 70% do valor médio. que para a madeira se expressa por
usiv
valor médio decorre do fato de que o valor efetivo do fwc0,k = fk, 5 x 5 x 20, 12%
brás
8)
FUSCO, P.B. - Fundementos estatíticos da segurança das estruturas. EDUSP/McGraw-Hill do Brasil. São Paulo, 1977.
9)
FREITAS, A.R. - Probabilistic approach in the design of wood structures in Brazil based on the variability of 23 species. IPT. Publi-
S.A.
a resistência característica medida em corpos-de-prova e adotando o valor usual γf = 1,4 referente às combinações
de 5 x 5 x 20 cm, isentos de defeitos, a 12% de umidade, normais de ações, tem-se
tem-se
S.A.
0,56 x 0,70
γ w,c = = 1,4
fc0,k, 5 x 5 x 20, 12% 0,20 x 1,4
brás
fc0,d = k mod
γ w,c
que é o valor adotado em 6.4.5.
etro
Como
É importante assinalar que a adoção de kmod,3 com os
ra P
kmod = kmod,1 kmod,2 kmod,3 valores 1,0 para madeira de primeira categoria e 0,8 para
a de segunda categoria inverteu a postura adotada pela
a pa
devendo o coeficiente kmod,2 = 0,80 transformar a resistên- NBR 7190:1982, que fixava valores básicos de tensão
admissível para a madeira de segunda categoria e permi-
usiv
cia da condição seca para a condição saturada, em lugar
de tia um aumento de 40% para a de primeira categoria.
excl
Se esta postura antiga tivesse sido mantida, embora corri-
kmod,2 fc0,k, 5 x 5 x 20, 12% gindo o exagero de se dar uma diferença de 40% para o
uso
fc0,d = kmod,1 kmod,3 melhor material, reduzindo-a para apenas 25%, a ado-
γ wc
ção de kmod,3 igual a 1,0 para a segunda categoria e
de
pode-se escrever 1,25 para a primeira categoria, levaria à adoção do valor
γw,c = 1,25 x 1,4 = 1,75, perdendo-se assim uma melhor
nça
percepção da verdadeira margem de segurança estabele-
Lice
fc0,k, 5 x 5 x 20, saturada cida pela norma.
fc0,d = k mod,1 k mod,3
γ w,c
F.9 Exemplo
Por outro lado, para estruturas submetidas a cargas de
longa duração, kmod,1 = 0,70 e, quando feitas de madeira A título de exemplo, deve-se considerar uma espécie de
de segunda categoria, kmod,3 = 0,80 madeira muito empregada na construção de pontes, o Jatobá.
3 (15 - 12)
de onde resulta fc0, m, 12% = fc0, m, 15 1 + = 80 x 1,09 = 87,2 MPa
brás
100
NBR 7190:1997, deve-se ter Todavia, admite-se que na estrutura haja pontos menos
resistentes. A resistência em ensaio rápido destes pontos
usiv
seria de
fwd 0,7 fc0,m, 5 x 5 x 20, saturada
σ act,k = = 0,56 x
excl
0,7 fc0,m, 5 x 5 x 20, saturada categoria, a resistência de tais pontos deve ser admitida
0,56 x = 0,20 fc0,m, 2 x 2 x 3, verde com o valor
γ w,c γ f
Lice
fc0,k fc0,k
Admitindo que a eventual diferença entre fc0, 2 x 2 x 3 e fc0,d = k mod = k mod,1 . kmod,2 . k mod,3
fc0, 5 x 5 x 20 seja corrigida pelo coeficiente parcial γw2 em- γc γc
butido em γw, resulta
sendo
A atuação de uma tensão com este valor poderá levar a Os resultados obtidos mostraram que se pode admitir a
estrutura à ruptura e, como conseqüência, em serviço, só relação
poderão atuar cargas que levem à tensão
ft0 ≥ 1,3 fc0
isto é
fc0, m, 12 87,2
fc0, m, 20% = = = 70,3 MPa
etro
que corresponde a
resultando
S.A.
Com a nova simbologia, esta condição é expressa por ou seja, com a nova simbologia
nça
ocorre na compressão paralela. Por esta razão, a determi- σc90,adm = 0,06 x 5 σc0,adm γ '
nação de ft0,M por meio de uma expressão de comporta-
a pa
ou seja
mento elástico linear não é correta, com clara tendência
a ser superestimada a resistência à tração.
σc90,adm = 0,30 σc0,adm γ '
ra P
Este erro sistemático contra a segurança foi compensado onde o coeficiente γ ' considera a extensão da carga nor-
etro
pela NBR 7190:1982 pelo aumento do coeficiente de se- mal às fibras, medida paralelamente às mesmas.
gurança à tração, tomando-se apenas 15% do resultado
brás
do ensaio e não 20% como era feito na compressão para- É importante assinalar que o ensaio de compressão nor-
lela. mal às fibras não figura entre os ensaios normalizados
S.A.
um ensaio de flexão de uma peça do tipo de um dormente Deve-se observar que a NBR 7190:1997 incorporou no
ferroviário, não podendo ser aceito para aplicação em valor de fe90,d o coeficiente de correção αe, dado pela tabela
um método de estados limites. 14, com os mesmos valores apresentados pela
S.A.
NBR 7190:1982 na tabela IV de seu item 67, necessários
O anexo B estipula um novo ensaio para a determinação ao cálculo de força admissível no embutimento normal.
de fc90.
brás
F.13 Calibração no cisalhamento paralelo às fibras
Os resultados obtidos com este novo ensaio mostraram
etro
que, na falta de determinação experimental específica, é A ruptura ao cisalhamento paralelo às fibras da madeira
mais prudente adotar a relação
ra P
é de natureza frágil. Por esta razão o coeficiente de ponde-
ração da resistência ao cisalhamento foi tornado igual
fc90 = 0,25 fc0
a pa
ao da resistência à tração paralela, ou seja,
que é quase igual à da NBR 7190:1982.
γwv = 1,8
usiv
Esta relação foi incorporada à nova versão da norma em
excl
7.2.7. resultando
uso
No caso de cargas aplicadas em uma das faces de peças fwv0,k
fletidas, a NBR 7190:1997 adotou os mesmos coeficien- fwv0,d =
γ wv
tes de correção designados por γ' na NBR 7190:1982 e
de
indicados por αn na NBR 7190:1997, resultando assim
nça
na relação Os ensaios realizados para a calibração desta Norma
mostraram que para as coníferas é possível adotar a re-
Lice
fc90,d = 0,25 fc0,d αn lação aproximada
onde αn é dado na tabela 13, com valores iguais aos da fv0,m = 0,20 fc0,m
tabela de γ' da NBR 7190:1982.
e para as dicotiledôneas
F.12 Calibração no embutimento
fv0,m = 0,16 fc0,m
Em princípio a resistência da madeira ao embutimento
de um pino metálico colocado no interior de um orifício
O coeficiente de variação de fc0 pode ser adotado, a favor
pode ser assimilada à correspondente resistência à com-
da segurança, como valor de 18% e o correspondente a
pressão aplicada à área diametral do furo.
fv0, com 28%.
Deste modo, na NBR 7190:1997 foram adotadas as re-
lações: Desse modo, obtêm-se, respectivamente:
que é da mesma natureza que a recomendação da De acordo com a NBR 7190:1982 a tensão admissível
etro
σp = 0,18 σ c
ra P
τadm = 0,1 τR
a pa
Com a nova simbologia, esta relação fica onde τR = τRm,sat é o valor médio da resistência obtida no
ensaio de cisalhamento feito com corpos-de-prova de
σe0,adm = 0,18 fc0,m
usiv
que é praticamente a mesma adotada para a com- Seguindo os mesmos raciocínios feitos na calibração da
pressão paralela, pois resistência à compressão paralela, igualando-se τadm a
τact,k , tem-se:
uso
b) embutimento normal: τd
τ adm = 0,1 τRm,sat = τ k =
γf
nça
Por outro lado, sendo Nestas condições, com γwc = 1,4 e γwv = 1,8, e para as co-
níferas com fv0,m = 0,20 fc0,m , tem-se
kmod = kmod,1 x kmod,2 x kmo,3
fv0,d k mod x fv0,k x γ wc
e =
fc0,d γ wv x k mod fc0,k
fvm,sat = fvm,12% x kmod,2
Lice
de onde
tem-se
nça
0,1 τRm,sat =
γf γw
uso
logo
fvd 0,16
ra P
/Índice alfabético
Lice
nça
de uso
excl
usiv
a pa
ra P
etro
brás
S.A.
NBR 7190:1997 103
Índice alfabético
S.A.
Aceitação da madeira para a execução da estrutura ........................................................................................... 4.1.3
Ações nas estruturas de madeira ......................................................................................................................... 5.5
brás
Ações usuais ....................................................................................................................................................... 5.5.1
etro
Ações ................................................................................................................................................................... 5
Caracterização completa da resistência da madeira ........................................................................................... 6.3.1
ra P
Caracterização da rigidez da madeira ................................................................................................................. 6.3.4
a pa
Caracterização das propriedades das madeiras ................................................................................................. 6.3
Caracterização mínima da resistência de espécies pouco conhecidas .............................................................. 6.3.2
usiv
Caracterização simplificada da resistência ......................................................................................................... 6.3.3
excl
Caracterização da madeira laminada colada, da madeira compensada e da madeira recomposta ................... 6.3.6
Carga no guarda-corpo ....................................................................................................................................... 5.5.9
uso
Carga no guarda-roda ......................................................................................................................................... 5.5.10
de
Cargas acidentais verticais .................................................................................................................................. 5.5.3
nça
Cargas acidentais ................................................................................................................................................ 5.1.2
Cargas concentradas junto a apoios diretos ....................................................................................................... 7.4.2
Lice
Cargas permanentes ........................................................................................................................................... 5.5.2
Carregamento de construção .............................................................................................................................. 5.2.4
Carregamento especial ....................................................................................................................................... 5.2.2
Carregamento excepcional ................................................................................................................................. 5.2.3
Carregamento normal ......................................................................................................................................... 5.2.1
Carregamentos das construções correntes com duas cargas acidentais de naturezas diferentes ..................... 7.1.2
Carregamentos .................................................................................................................................................... 5.2
Cisalhamento longitudinal em vigas ................................................................................................................... 7.4.1
Classes de carregamento .................................................................................................................................... 5.1.4
Classes de resistência ......................................................................................................................................... 6.3.5
Classes de serviço ............................................................................................................................................... 6.2.3
S.A.
Combinações últimas nas construções correntes com duas cargas acidentais de naturezas diferentes ........... 7.1.3
nça
Deformações limites para as construções com materiais frágeis não estruturais ................................................ 9.2.2
brás
Espaçamentos em ligações com pinos (pregos com pré-furação, parafusos e cavilhas) .................................... 8.6.1
etro
S.A.
Estados limites de uma estrutura ......................................................................................................................... 2.2.1
Estados limites de utilização ................................................................................................................................ 4.2.3
brás
Estados limites de utilização ................................................................................................................................ 5.6.3
Estados limites de utilização ................................................................................................................................ 9
etro
Estados limites de vibrações ............................................................................................................................... 9.3
ra P
Estados limites últimos - Ações permanentes ...................................................................................................... 5.6.4
a pa
Estados limites últimos - Ações variáveis ............................................................................................................. 5.6.5
Estados limites últimos ........................................................................................................................................ 4.2.2
usiv
Estados limites ..................................................................................................................................................... 4.2
excl
Estimativa da resistência característica ............................................................................................................... 6.4.7
Estimativa da rigidez ............................................................................................................................................ 6.4.9
uso
Excentricidade acidental mínima ......................................................................................................................... 7.5.2
Execução ............................................................................................................................................................. 10.5
de
Fatores de combinação e fatores de utilização .................................................................................................... 5.4.6
nça
Flexão simples oblíqua ........................................................................................................................................ 7.3.4
Lice
Flexão simples reta .............................................................................................................................................. 7.3.3
Flexocompressão ................................................................................................................................................ 7.3.6
Flexotração .......................................................................................................................................................... 7.3.5
Força centrífuga ................................................................................................................................................... 5.5.7
Força longitudinal ................................................................................................................................................ 5.5.6
Generalidades ..................................................................................................................................................... 3
Generalidades ..................................................................................................................................................... 6.1.1
Generalidades ..................................................................................................................................................... 7.5.1
Generalidades ..................................................................................................................................................... 7.6.1
Generalidades ..................................................................................................................................................... 7.7.1
Generalidades ..................................................................................................................................................... 8.1
S.A.
S.A.
Valores de cálculo ............................................................................................................................................... 7.2.6
Valores médios usuais de resistência e rigidez de algumas madeiras nativas e de reflorestamento .................. Anexo E
brás
Valores médios .................................................................................................................................................... 6.4.1
Valores reduzidos de combinação ...................................................................................................................... 5.4.4
etro
Valores reduzidos de utilização ........................................................................................................................... 5.4.5
ra P
Valores representativos das ações ...................................................................................................................... 5.4
a pa
Valores representativos ....................................................................................................................................... 6.4
Vento ................................................................................................................................................................... 5.5.8
usiv
Vigas compostas com alma em treliça ou chapas de madeira compensada ....................................................... 7.7.3
excl
Vigas compostas de seção retangular ligadas por conectores metálicos ........................................................... 7.7.5
Vigas compostas de seção T, I ou caixão ligadas por pregos .............................................................................. 7.7.2
uso
Vigas compostas por lâminas de madeira colada ............................................................................................... 7.7.4
Vigas entalhadas ................................................................................................................................................. 7.4.3
de
nça
Lice
S.A.
brás
etro
ra P
a pa
usiv
excl
de uso
nça
Lice