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Demanda

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Curva da Procura (D1 e D2) e Curva da Oferta (S)

Em economia, demanda ou procura é a


quantidade de um bem ou serviço que os
consumidores desejam adquirir por um
preço definido em um dado mercado,
durante um dado período de tempo.

A demanda pode ser interpretada como


procura, mas nem sempre como
consumo, uma vez que é possível
demandar (desejar) e não consumir
(adquirir) um bem ou serviço. A
quantidade de um bem que os
compradores desejam e podem comprar
é chamada de quantidade demandada.

A quantidade demandada depende de


variáveis que influenciam a escolha do
consumidor pela compra ou não de um
bem ou serviço: o seu preço, o preço dos
outros bens substitutos ou
complementares, a renda do consumidor
e o gosto ou preferência do indivíduo.
Para estudar a influência dessas
variáveis, considera-se separadamente a
influência de cada uma nas decisões do
consumidor (condição coeteris paribus).

Como a demanda é o desejo ou


necessidade apoiados pela capacidade e
intenção de compra, ela somente ocorre
se um consumidor tiver um desejo ou
necessidade, se possuir condições
financeiras para suprir sua necessidade
ou desejo e se ele tiver intenção de
satisfazê-los.

Sempre que damos prioridade para o


consumo de alguma coisa em
detrimento de outra, estamos
demonstrando um desejo. O desejo é a
maneira específica na qual buscamos a
satisfação de nossa necessidade.

A demanda sempre influencia a oferta,


ou seja, é a demanda que determina o
movimento da oferta. Por isso, para as
empresas, além de identificar os desejos
e as necessidades de seus
consumidores, é muito importante
identificar a demanda para um
determinado produto ou serviço, pois é
ela que vai dizer o quanto se comprará
da oferta que a empresa disponibiliza no
mercado. Isto é, quem e quantos são os
consumidores que irão adquirir o produto
ou serviço.

Função procura
O auxílio da matemática é de grande
valia, visto que uma função significa
qualquer relação, hipotética ou real, entre
variáveis. Na Teoria Econômica a função
procura, também chamada de demanda,
desempenha um papel muito importante
e um conjunto de outras relações
fundamentais, como a função de
produção, a função oferta e a função de
custo. A função procura é a relação
existente entre a procura de um bem ou
serviço e os vários fatores determinantes
da procura desse mesmo bem ou
serviço. Numa linguagem matemática,
podemos representar a relação que
identifica a função procura pela seguinte
equação:

Q = -a1PX +a2PS -a3PC


+a4EP +a5R +a6POP +a7PUB
+a8FE
Sendo que:
Q é a quantidade procurada.

Ponderadores:
a1, a2, a3, a4, a5, a6, a7, a8, são as
ponderações dos diversos
determinantes da procura, chama-se à
atenção para o facto dos sinais (+/-) dos
ponderadores, que indicam o efeito
positivo (+), ou negativo (-), na procura.

Determinantes:
PX é o preço do bem (-).
PS é o preço de bens substitutos (+).
PC é o preço de bens complementares
(-).
EP corresponde às expectativas sobre
preços futuros.
R é o rendimento dos consumidores.
POP corresponde à dimensão do
mercado, população (+).
PUB corresponde os gastos em
publicidade (+).
FE são os factores específicos de cada
bem, por exemplo, frio no caso da venda
de aquecedores.

Demanda Individual e
demanda de mercado
A demanda de mercado (ou demanda
agregada ou demanda global) é a soma
de todas as demandas individuais, que
são a quantidade demandada a cada
preço por cada um dos compradores.
Por isso, a curva de demanda de um
mercado é determinada somando-se
horizontalmente as curvas individuais de
demanda.

Elasticidade da Demanda
Para a lei da demanda, coeteris paribus, a
quantidade demandada de um bem
diminui quando o seu preço aumenta.
Graficamente, então, a demanda é quase
sempre negativamente inclinada no
plano preço e quantidade. As únicas
duas exceções são os casos extremos
de Demanda Perfeitamente Inelástica e
Demanda Perfeitamente Elástica,
quando uma variação qualquer no preço
resulta, respectivamente, numa variação
zero ou infinita da quantidade
demandada.

Função excesso de demanda


A função excesso de demanda mostra a
quantidade de cada bem demandada
além da sua dotação inicial.

Em uma economia com um número de


consumidores igual a "I" e um número de
bens igual a "L", seja

um vetor dos L bens

de um certo consumidor "i" (ou seja,


sua dotação inicial).

é a função

demanda walrasiana deste mesmo "i"

um vetor dos preços dos

L bens da economia.

A função excesso de demanda "z" de um


consumidor "i", chamada de zi, depende
dos preços dos L bens de um mercado e
definida da seguinte maneira[1]:
Ou seja,

Por exemplo, numa economia hipotética


com apenas 2 tipos de bens (L=2),
banana e maçã, se o consumidor "i"
dispõe inicialmente apenas de 1 banana
e 1 maçã mas demandou apenas 2
bananas, sua função excesso de
demanda será

. Note

neste exemplo que a função excesso de


demanda pode assumir valores
negativos em um ou mais elementos do
vetor. Quando isso acontece, não houve
excesso de demanda, e sim "falta": o
consumidor tinha o bem mas não o
demandou (consumiu).

No agregado da economia, podemos


definir a função excesso de demanda
agregada (ou demanda de mercado ou
demanda global [2]), da seguinte maneira
[3]:

O domínio desta função é o conjunto dos


vetores de preços não-negativos.

Propriedades
Pode-se provar que, se

o conjunto de alternativas X
disponíveis a cada consumidor "i", Xi,
estiver contido no quadrante positivo:

as preferências de cada consumidor


forem contínuas, estritamente
convexas e fortemente monótonas
a dotação inicial de cada consumidor
for estritamente positiva, ou seja,

Então, a função excesso de demanda


agregada terá as seguintes
propriedades[4]:
é uma função contínua
é homogênea de grau zero
(lei de Walras)
Existe um número s tal que
para cada bem "l" e para
todo vetor "p".
Se a sequência pn converge para um
certo vetor "p" que tenha pelos menos
um elemento diferente de zero mas
algum elemento igual a zero, então
algum elemento (o valor máximo) do
vetor/função converge para o
infinito. Em linguagem matemática,
isso significa que:
Ver também
Demanda efetiva

Referências
1. MAS-COLELL, Andreu; WHINSTON,
Michael D., e GREEN, Jerry R.
Microeconomic Theory. Oxford
University Press, 1995. ISBN 978-0-
19-507340-9. Seção 17.C, "Existence
of Walrasian Equilibrium", p. 580
2. SANDRONI, Paulo. Novíssimo
Dicionário de Economia : "Demanda
agregada"
3. MAS-COLELL, Andreu; WHINSTON,
Michael D., e GREEN, Jerry R.
Microeconomic Theory. Oxford
University Press, 1995. ISBN 978-0-
19-507340-9. Seção 17.C, "Existence
of Walrasian Equilibrium", p. 581
4. MAS-COLELL, Andreu; WHINSTON,
Michael D., e GREEN, Jerry R.
Microeconomic Theory. Oxford
University Press, 1995. ISBN 978-0-
19-507340-9. Seção 17.C, "Existence
of Walrasian Equilibrium", p. 582

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