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E.

E DOM MIGUEL DE CERVANTES Y SAAVEDRA

ITINERÁRIO
MATERIAIS INOVADORES:
UMA BREVE HISTÓRIA DO PLÁSTICO

Nome: Isabella Costa Brito, 3ºA


SUMÁRIO
HISTÓRIA DO PLÁSTICO..................................................................................3
IMPORTÂNCIA DO PLÁSTICO..........................................................................4
Benefícios do plástico para a sociedade.........................................................4
E as embalagens?..............................................................................................5
100% reciclável e opções sustentáveis...........................................................5
EVOLUÇÃO DO PLÁSTICO...............................................................................6
NOVAS TECNOLOGIAS.....................................................................................7
FONTES..............................................................................................................9
História do plástico
Apelidado de “Parkesina”, o Nitrato de Celulose tornou-se a base para uma das
maiores invenções de todos os tempos.
O Nitrato de celulose (o início da história do plástico) é um composto formado
por ácido nítrico em altas concentrações e celulose extraída da madeira.
Na verdade, ele foi descoberto em 1846 e já impressionava pela facilidade com
que podia ser derretido (o que facilitava a sua transformação em vários outros
materiais) e dissolvido, mas também pela sua característica de inflamabilidade.
Em 1862, Parkes teve a oportunidade de apresentar o “seu” Nitrato de Celulose
pela primeira vez, por ocasião da “Great London Exposition”, ou Exposição
Internacional de Londres (que expunha novidades da tecnologia, indústria e
artes plásticas).
Mas foi o inventor norte-americano John Wesley Hyatt (1837-1920) que não
perdeu tempo em apresentar (ainda em 1862) um outro material feito à base do
Nitrato descoberto por Parkes.
Tratava-se da “celuloide” (considerado o primeiro plástico como conhecemos
atualmente), que ele apresentaria num concurso na cidade de Albany (capital
de NY, EUA), organizado pelas indústrias PhelanandCollander, interessadas
em produzir bolas de bilhar com outro material que não fosse o marfim.
Não é difícil imaginar que material Hyatt ofereceria como solução para a
produção das bolas de bilhar: a celuloide! (feita à base de Nitrato de Celulose),
que, apesar de não ter tido muito êxito com as bolas de bilhar (exatamente por
ser altamente inflamável e ter provocado inúmeros acidentes na época), abria o
caminho para a sua utilização, mais tarde, na fabricação do plástico moderno.
Hyatt não tinha dúvidas de que estava diante de um material que revolucionaria
a indústria, tanto que em 1872 fundou a Albany Dental Plate Company, que,
como o nome indica, era uma fábrica especializada em materiais para o ramo
odontológico – o primeiro segmento a utilizar a celuloide (o plástico moderno)
como base para os materiais que utilizaria em seu dia a dia.
Mas a história do plástico não se resume a isso, pois, em 1920, Hermann
Staudinger (químico alemão) descobriu a estrutura molecular do plástico (um
novo avanço!), que, basicamente, é um polímero ou composto formado por
macromoléculas que formam uma espécie de cordão, cuja unidade essencial é
o “mero”.
Mais tarde, essa descoberta possibilitaria a criação de materiais como o PET,
poliestireno, nylon, poliéster, entre outros materiais semelhantes.
Já nos anos 30 muita coisa havia se passado, e o plástico agora era uma
realidade! Foi quando surgiu, pela primeira vez, na Alemanha (1936) – e com
base nos estudos anteriores –, o “poliestireno” (um homopolímero produzido
pela polimerização do estireno), fabricado a partir do benzeno e do eteno.
Esse material seria responsável por uma importante revolução na indústria e na
história do plástico, principalmente em 1949, com a fundação da Bakol S.A.,
em São Paulo, no Brasil (considerada a primeira fábrica de poliestireno do
planeta).
A marca seria fundamental para os estudos do empresário Frank Henry
Lambert, que o utilizaria como uma das matérias-primas para a sua empresa,
especializada em chapas de metal decorativas e, mais tarde, joias e relógios
com uma sofisticação até hoje reconhecida.
Em meados dos anos 40, o plástico já estava consolidado no dia a dia das
pessoas – substituindo, muitas vezes com louvor, outros materiais, como:
couro, metal, lã, vidro etc., tornando os produtos mais baratos, acessíveis,
práticos e fáceis de serem manipulados.
Estava, pois, aberto o caminho para a produção de materiais descartáveis,
brinquedos, objetos de lazer, eletroeletrônicos, eletrodomésticos e, obviamente,
do PET (desenvolvido pelos cientistas ingleses John RexWhinfield e J.T.
Dickson a partir de 1941).
O PET (sigla para Polietileno Tereftalado) hoje é considerado, simplesmente,
um sinônimo de garrafas, vasilhames e embalagens plásticas baratas e
práticas, chegando à produção de quase meio milhão de toneladas desse
material em meados dos anos 80, só nos EUA.
Muitos não sabem, mais foi em São Paulo, em 1949, que foi fundada a primeira
fábrica de poliestireno do planeta, e que seria fundamental para a evolução do
plástico no mundo.

Importância do plástico
Benefícios do plástico para a sociedade:
Resistente, inerte e leve, o plástico oferece muitos benefícios para empresas,
consumidores e outros elos da sociedade. Tudo isso por ser uma alternativa de
baixo custo, versátil e fácil de usar, ideal para substituir vários materiais que
têm profundo impacto no meio ambiente.
Sim, entre as opções de que dispomos atualmente, o plástico é a menos
agressiva ao meio ambiente! Afinal, utiliza poucos recursos naturais, além de
ser produzido, em grande parte, de subprodutos da indústria petroquímica,
reduzindo o desperdício tanto da matéria-prima como da energia utilizada para
sua extração.
Outro fator importante sobre a cadeia produtiva do plástico é o baixo consumo
de energia para o seu processamento em relação a outros materiais, que
dependem de temperaturas altíssimas, acima de 1000 °C no caso dos vidros,
por exemplo, além de demandar baixo consumo de água.

Todos esses fatores contribuíram para a popularização de bens de consumo, já


que um dos resultados da utilização de plástico na cadeia produtiva é a
redução do preço final, tornando os produtos mais acessíveis e contribuindo
para o desenvolvimento social.
Na medicina, o plástico protagonizou uma revolução por ser um material
resistente, esterilizável, leve e barato, estando presente em equipamentos de
segurança dos profissionais, em máscaras, luvas, seringas, bolsas de sangue,
catéteres, cápsulas, comprimidos e muito mais.
Na indústria automobilística, por sua vez, permitiu uma redução significativa no
peso dos veículos, diminuindo o consumo de combustíveis e,
consequentemente, o impacto ambiental dos automóveis.
E os exemplos não param por aí. Para citar mais um, o plástico está
amplamente presente na construção civil, sendo fundamental nas tubulações
hidráulicas pela facilidade de instalação, alta durabilidade e eficácia contra
vazamentos.

E as embalagens?
Com as embalagens plásticas, não é diferente. Elas também fazem a sua parte
para contribuir com diversos avanços sociais, econômicos e ambientais:
proporcionam a mesma qualidade de conservação de produtos em relação a
outros materiais, prolongando a shelf life e a vida útil de alimentos, reduzindo
seu desperdício.
Vale lembrar que o desperdício de alimentos é uma das principais fontes de
emissão de gases do efeito estufa. Segundo a ONU, de 8% a 10% das
emissões globais desses gases vêm de alimentos que não são consumidos.
As embalagens também desempenham um papel crucial no barateamento de
processos industriais, como o logístico. Isso porque, como foi dito
anteriormente, são leves e resistentes, reduzindo o peso da carga e tornando o
transporte mais eficiente e seguro.

100% reciclável e opções sustentáveis


Isso mesmo! O plástico é, via de regra, 100% reciclável e já existem diversas
soluções em embalagens plásticas compostas de material reciclado, como o
PET PCR (pós-consumo reciclado). Alguns dos desafios, no entanto, são
conscientizar a sociedade sobre a importância do descarte correto do plástico
pós-consumo, a fim de que ele tenha o destino adequado, além de ampliar a
capacidade de reciclagem.
Evolução do plástico
1900 – Surgimento do Plástico
Substituindo o marfim dos elefantes, os cascos e chifres bovinos, surge a
Baquelite®, primeira forma comercial de plástico totalmente sintético – em uso
até hoje, tendo como apelo sua versatilidade e modernidade.

1900/1950 – Plástico na confecção de vestuário e objetos


Em 1909 surge o descartável, que vem atender a legislação americana que
proibia o uso de xícaras comunitárias em trens, o que evitava a disseminação
de doenças.
Os anos 30 foram impactantes para a indústria do plástico – os fabricantes
aprenderam como produzir poliestireno, polímeros acrílicos e poli (cloreto de
vinila – a partir do petróleo).
Em 1938 a Poliamida (nylon®) foi inventada, novo passo foi dado pelo plástico
em direção à intimidade e ao corpo humano. O plástico entrou no âmbito da
moda, do estilo e da elegância.
Nos anos 50 vêm o crescimento dos laminados decorativos, aqueles
conhecidos como Formica®, muito populares em lanchonetes e restaurantes
nos Estados Unidos. Ao mesmo tempo, a resina de melamina-formaldeído
torna-se popular na fabricação de utensílios domésticos. Na década de 50, os
plásticos tornam-se a nova tendência na indústria de confecção de vestuário.
Tecidos de poliéster, nylon® e Lycra® eram fáceis de lavar, dispensavam a
necessidade de passar as roupas e eram muito mais baratos que os tecidos
naturais. Como resultado, o plástico se tornou muito popular entre os
consumidores, cansados do cotidiano de trabalho doméstico.

1960/1980 – Da decoração à brincadeira


O plástico foi referência estética, visual e de bom gosto. Ele chegou com apelo
futurista, arrojado, dinâmico e alinhou o Brasil à modernidade do mundo.
Também na área tecnológica, nos idos dos anos 60, os plásticos aparecem
como importante material na produção de componentes para naves espaciais,
durante a corrida espacial. Seu baixo peso e versatilidade fazem dele um
material fundamental para o sucesso da exploração espacial.
A música, a fotografia e o vídeo também souberam se servir dos benefícios do
plástico.
Ninguém que tenha crescido nos anos 70/80 está completamente imune ao
plástico, ao seu caráter divertido ou à sua presença constante e marcante no
cotidiano, seja na música ou nos brinquedos, o plástico se fazia presente.
1990/2000 – Plástico nas indústrias automotivas e de alimentos
– início de maior visibilidade e reciclagem
Neste período, os meios de transporte começam a utilizar maior quantidade de
conteúdo plástico, devido a sua leveza e redução de consumo de combustíveis
e seu uso alcança 11% em 1988. Com o surgimento dos super e
hipermercados, vem o aumento de uso dos plásticos nas embalagens para
manter o frescor dos produtos e da vida dos produtos que compramos nas
prateleiras. Com o aumento da ênfase na proteção ao meio ambiente, novas
técnicas foram desenvolvidas para recuperar e reciclar os produtos plásticos ao
término da sua vida útil.

2001/atual – Virada do milênio: os plásticos possuem um futuro


brilhante
Os plásticos possuem um futuro brilhante. Com uma indústria inovadora que
contribuiu com os avanços críticos no século XX e como a chave para
alavancar algumas das maiores metas no novo século XXI: avanço tecnológico,
proteção ao meio ambiente, prosperidade econômica e melhoria dos padrões
de vida para toda a humanidade.
O aumento do conteúdo de material reciclado passa a ser uma tendência com
olhar positivo da sociedade sobre essas iniciativas. Grandes marcas já
anunciaram metas globais para a inserção do material reciclado. Com isso,
produtos elaborados com material virgem já começam a seguir uma tendência
de ecodesign para aumentar a qualidade e a viabilidade de recuperação do
material e sua reinserção na cadeia de produção, na forma de novos produtos
com alto valor adicionado.

Novas tecnologias
Os avanços tecnológicos e os avanços científicos ajudaram a criar plásticos
sustentáveis, os chamados plásticos biodegradáveis e bioplásticos. Os
plásticos sustentáveis trazem vantagens para o mercado, pois se degradam
mais rapidamente, sendo consumidos por microrganismos do meio ambiente.
Além de diversos estudos que já mostram como é possível ter plástico
renovável no cotidiano das pessoas.
Os plásticos biodegradáveis são produzidos por recursos fósseis, com
tecnologia que permite uma decomposição mais rápida. Os bioplásticos são
produzidos com matérias-primas orgânicas, como amido de milho, ou de
batata, cana-de-açúcar, ou com materiais renováveis, como óleo vegetal.
No mercado do plástico, já existem diversos plásticos sustentáveis sendo
desenvolvidos e utilizados pela indústria, e no cotidiano das pessoas, além de
diversos movimentos que mudam o olhar do plástico para a sociedade,
trazendo movimentos engajados que reeducam e ensinam crianças e adultos a
ter consciência sobre a reciclagem e incentivam a Economia Circular no
mercado.
O modelo de Economia Circular consiste em um desenvolvimento que preserva
e otimiza a produção de recursos. Esse modelo tem o objetivo de utilizar
tecnologias e processos com recursos renováveis. A Economia Circular tem
como objetivo a reconstrução do sistema de produção e consumo, com os três
“R’s”, reduzir, reutilizar e reciclar, tornando- se um ciclo contínuo.
O movimento Plastivida, atua com empresas associadas, e possui como
objetivo passar informações sobre os plásticos, e seu uso responsável. Devido
a nova lei sancionada pelo prefeito de São Paulo, Bruno Covas, o presidente
da entidade, Miguel Bahiense, se posicionou sobre, dizendo que “o banimento
não educa a sociedade a consumir conscientemente, sem desperdício, não
sensibiliza as pessoas e nem os estabelecimentos comerciais a separarem e
destinarem seus resíduos para a reciclagem”.
Bahiense ainda afirma “o banimento, faz com que o mercado coloque no lugar
dos plásticos, opões que muitas vezes são mais danosas ao meio ambiente,
nem sempre recicláveis e que também irão parar nos esgotos, rios, afins”.
Para o presidente é a nossa consciência ambiental que permite definir o que é
um produto de uso único, pois podemos reutilizar e reciclar aumentando a vida
útil desses produtos, não precisamos de mudança de matérias-primas, mas, de
mudança de comportamento. O plástico não é o vilão, e substituí-los por outras
matérias-primas não permitirá o entendimento do papel dos diversos atores da
sociedade na preservação do meio ambiente.
A cidade perde uma grande oportunidade de propor por meio de Lei, o
envolvimento de um debate para com o movimento que compartilha de
promoção de reciclagem, inserindo a cidade nos conceitos de Economia
Circular.
A ABIPLAST conta com o Movimento Plástico Transforma, uma iniciativa do
PICPlast, que busca trazer ações, conteúdos e jogos que incentivem a
inovação do plástico junto à criatividade e a responsabilidade. O movimento
mostra que a transformação do plástico traz benefícios em praticamente todas
as áreas, como saúde, educação, esporte, construção civil, tecnologia e muitas
outras.
O projeto Plástico do Bem é uma iniciativa do SIMPLÁS, e capacita educadores
para transmitir conhecimento entre jovens sobre o consumo do plástico. No
projeto escolas de Caxias do Sul e Farroupilha arrecadam materiais de
plástico.
O Instituto Soul Ambiental, desenvolveu o projeto “Sementes do Plástico”, com
o SIMPERJ, buscando fazer a gestão de projetos para soluções ambientais,
reciclando produtos de plástico e os transformando em novos produtos,
incentivando a Economia Circular
FONTES:
https://polofilms.com.br/blog/o-plastico-nosso-de-cada-dia-
indispensavel-e-sim-amigo-da-natureza/#:~:text=Impedir
%20a%20contamina%C3%A7%C3%A3o%20dos
%20solos,se%20comparado%20a%20outros%20materiais.
https://www.valgroupco.com/esg/a-importancia-do-
plastico/#:~:text=Benef%C3%ADcios%20do%20pl
%C3%A1stico%20para%20a,profundo%20impacto%20no
%20meio%20ambiente.
https://plasticovirtual.com.br/historia-e-evolucao-do-plastico/
https://plasticovirtual.com.br/a-tecnologia-e-o-plastico-
beneficios-para-o-mercado/

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