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CENTRO PAULA SOUZA

FACULDADE DE TECNOLOGIA DE SÃO PAULO

EDIFÍCIOS NOTURNO

ANÍSIO SERAFIM JÚNIOR

BIANCA MEZALIRA BALDEZ DA SILVA

LETHICIA LYRIO THEODORO MEDEIROS

MICHELLE LÚCIO NASCIMENTO

PLÁSTICOS E ELASTÔMEROS

SÃO PAULO

2023
Sumário
1. Plásticos ....................................................................................................................................... 3
1.1. Histórico ............................................................................................................................... 3
1.2. Definição ............................................................................................................................... 3
1.3. Composição ......................................................................................................................... 4
1.4. Fabricação ............................................................................................................................ 5
1.5. Características .................................................................................................................... 7
1.6. Tipos ...................................................................................................................................... 8
1.7. Para que servem? ............................................................................................................ 11
1.8. Vantagens........................................................................................................................... 13
1.9. Desvantagens .................................................................................................................... 15
1.10. Patologias de fabricação ............................................................................................ 16
1.11. O material na construção civil .................................................................................. 18
2. Elastômeros ............................................................................................................................... 26
2.1. Histórico ............................................................................................................................. 26
2.2. Definição ............................................................................................................................. 27
2.3. Composição ....................................................................................................................... 28
2.4. Fabricação .......................................................................................................................... 29
2.5. Características .................................................................................................................. 34
2.6. Tipos .................................................................................................................................... 34
2.7. Para que servem? ............................................................................................................ 35
2.8. Vantagens........................................................................................................................... 36
2.9. Desvantagens .................................................................................................................... 36
2.10. Patologias de fabricação ............................................................................................ 37
2.11. O material na construção civil .................................................................................. 39
3. Reciclagem de plásticos e elastômeros na construção civil ....................................... 43
4. Ensaios ....................................................................................................................................... 45
5. Referências bibliográficas ..................................................................................................... 49
1. Plásticos
1.1. Histórico
Comparado a materiais de construção tradicionais, como madeira, pedra e tijolo, o
surgimento dos plásticos e elastômeros é considerado relativamente recente. O
baquelite, inventado pelo químico belga Leo Baekeland em 1907, é considerado o
primeiro plástico sintético e foi amplamente utilizado na fabricação de produtos
eletrônicos, telefones e peças automotivas.

A partir das décadas de 1930 e 1940, com o avanço da indústria petroquímica, a


produção de plásticos começou a crescer rapidamente. Novos tipos de plásticos foram
desenvolvidos, como o polietileno, PVC, PET e policarbonato. Em 1937, a moldagem
por injeção se tornou totalmente automatizada, reduzindo os custos dos produtos para
os consumidores. Isso permitiu uma ampla gama de aplicações, desde embalagens
até eletrônicos, móveis e automóveis.

Na década de 1940, surgiu a poliamida, conhecida como "Nylon", introduzindo o


plástico também na indústria têxtil.

Na construção civil, os plásticos começaram a ser utilizados na década de 1950,


principalmente em tubulações, revestimentos e isolamentos. A popularidade dos
plásticos na construção civil aumentou nas décadas seguintes, à medida que novos
materiais e processos de produção foram desenvolvidos.

Os elastômeros surgiram como uma categoria separada de materiais na década de


1930, com a descoberta do neoprene, uma borracha sintética. A partir das décadas
de 1960 e 1970, surgiram outros materiais elastoméricos, como poliuretano, borracha
de silicone e policarbonato, que são amplamente utilizados até os dias de hoje em
diversos setores e indústrias.

1.2. Definição
De acordo com o SINDIPLAST (Sindicato da Indústria de Material Plástico,
Transformação e Reciclagem de Material Plástico do Estado de São Paulo), o termo
“plástico” tem origem grega, sendo derivado "plastikos" que significa - capaz de ser
moldado, é um material de origem natural ou sintética, obtido a partir dos derivados
de petróleo ou de fontes renováveis como a cana-de-açúcar ou o milho.
O SINDIPLAT divide ainda estes materiais em duas grandes categorias: os
termoplásticos e os termofixos. Os termoplásticos são aqueles que podem ser
moldados várias vezes por ação de temperatura e pressão (recicláveis). Os
termofixos, por sua vez, sofrem reações químicas em sua moldagem as quais
impedem uma nova fusão (não recicláveis).

Em razão das suas características de baixo peso, baixo custo, elevadas resistências
mecânica e química os materiais plásticos vêm sendo utilizados há muitos anos em
substituição a materiais como o aço, o vidro e a madeira nas suas mais diferentes
aplicações.

Ainda segundo o Sindicato, os tipos de plásticos mais consumidos atualmente são os


Polietilenos (PE), Polipropilenos (PP), Poliestirenos (PS), Policloretos de vinila (PVC)
e os Poliésteres (PET), sendo chamados de commodities devido à grande produção
e aplicação destes materiais. Há ainda outros tipos de materiais plásticos produzidos
em menor escala por conta do alto custo e aplicações específicas. Tais materiais são
chamados de plásticos de engenharia ou especialidades, são eles as Poliamidas (PA),
os Policarbonatos (PC), os Poliuretanos, (PU, TPU, PUR), os Fluoropolímeros (PTFE),
dentre outros.

Vale tomar nota, ainda, da definição dada pelo Dicionário Priberam da Língua
Portuguesa que cita o plástico como um material sintético composto por polímeros,
que são macromoléculas formadas por unidades repetitivas de menor tamanho
chamadas monômeros. Esses polímeros podem ser moldados, fundidos, extrudados
ou injetados em uma variedade de formas e são conhecidos por sua versatilidade e
propriedades físicas, como resistência, durabilidade e maleabilidade.

Um elastômero por sua vez é um polímero que se destaca pela capacidade de


recuperar sua forma após deformação devido a propriedades elásticas.

1.3. Composição
Os plásticos e elastômeros são materiais poliméricos, compostos principalmente de
polímeros e outros aditivos. A composição exata varia dependendo do tipo específico
de plástico ou elastômero. Aqui estão algumas informações gerais sobre a
composição dos plásticos
• Polímeros: Os plásticos são compostos principalmente de polímeros, que são
macromoléculas formadas por unidades de repetição chamadas monômeros.
Exemplos de polímeros comuns usados em plásticos incluem polietileno (PE),
polipropileno (PP), poliésteres, policarbonato (PC), poliamidas (nylons),
poliestireno (PS) e muitos outros.
• Aditivos: Além dos polímeros, os plásticos podem conter uma variedade de
aditivos para melhorar suas propriedades e características específicas. Esses
aditivos podem incluir:
• Estabilizadores: Aditivos que ajudam a proteger o plástico contra a degradação
causada pela exposição ao calor, luz UV e reações químicas. Exemplos
incluem estabilizadores de luz e antioxidantes.
• Plastificantes: Aditivos que conferem flexibilidade e maleabilidade ao plástico,
tornando-o mais fácil de ser moldado. Exemplos incluem ftalatos usados em
PVC flexível.
• Retardantes de chama: Aditivos que retardam a propagação da chama e
tornam o plástico mais resistente ao fogo.
• Pigmentos e corantes: Aditivos que adicionam cor ao plástico.
• Lubrificantes: Aditivos que melhoram o processamento do plástico e reduzem
o atrito durante a moldagem.
• Agentes de reforço: Aditivos como fibras de vidro, fibras de carbono ou cargas
minerais que melhoram a resistência e rigidez do plástico.

1.4. Fabricação
As matérias-primas do plástico podem variam minimamente dependendo do plástico
desejado, entretanto podemos dizer que os principais envolvidos em sua fabricação
são: o petróleo bruto, carvão e o gás natural podem ser apontados como as principais
matérias-primas para a obtenção dos plásticos, junto a celulose, caseína, látex, óleo
de rícino, amônia, ureia, benzeno, propileno, etileno, e o acetileno.

Após a extração das matérias-primas passam por um processo de refino para separar
os componentes desejados, como hidrocarbonetos. O refino pode envolver processos
como destilação, no qual é o processo de separação dos componentes do petróleo
por meio da vaporização e condensação controlada; o craqueamento, que se dá pelo
processo químico que quebra moléculas maiores de hidrocarbonetos em moléculas
menores com o objetivo de obter hidrocarbonetos mais leves, como eteno e propeno,
que são usados como matérias-primas na produção de plásticos; a reforma, na qual
visa a transformação de hidrocarbonetos de cadeia reta em hidrocarbonetos de cadeia
ramificada, que são usados na produção de gasolina e outros compostos.

Posteriormente ocorre a polimerização, no qual serão criadas cadeias longas de


polímeros, podendo ser feita por diferentes métodos, desde a polimerização em
massa, no qual os monômeros líquidos ou sólidos são misturados entre si, juntamente
com um iniciador de polimerização, que pode ser uma substância química ou uma
fonte de energia, como calor ou luz; até a polimerização em emulsão, onde a reação
de polimerização ocorre em uma emulsão aquosa, na presença de tensoativos ou
emulsificantes. Ainda nesta parte do processo ou logo após se ocorre a soma dos
aditivos para melhorar suas propriedades, tais como:

• Estabilizadores: São aditivos que protegem o plástico contra a degradação


causada pelo calor, luz ultravioleta e oxigênio;
• Lubrificantes: São aditivos que reduzem o atrito e facilitam o processamento do
plástico;
• Agentes de deslizamento: São aditivos que reduzem a fricção entre a superfície
do plástico e outros materiais. Eles melhoram a capacidade de deslizamento
do plástico, facilitando sua manipulação e processamento;
• Agentes de carga: São aditivos que são adicionados ao plástico para melhorar
suas propriedades mecânicas, como resistência e rigidez;
• Pigmentos e corantes: aditivos usados para adicionar cor ao plástico;
• Agentes retardantes de chama: são aditivos que tornam o plástico resistente
ao fogo. Eles retardam a propagação da chama e ajudam a evitar incêndios.
Halogenados, não halogenados e fosfatos são exemplos de agentes
retardantes de chama utilizados em plásticos.

Para sua moldagem contamos com variados métodos tais como: injeção, extrusão,
compressão, e a moldagem por sopro, no qual o processo ocorre a infiltração de ar
no interior dos moldes, facilitando assim a obtenção de peças ocas.

Por fim o plástico é resfriado para solidificar e manter a forma desejada. Em seguida,
o produto pode passar por processos de acabamento, como corte, lixamento,
polimento ou revestimento, para obter a aparência e o acabamento desejados.
Como forma de clareza sobre o assunto é importante compreender que o plástico é
um material reciclável, onde ocorre a coleta, classificação, limpeza, trituração,
derretimento e reformulação em grânulos ou pellets que podem ser utilizados em
novos processos de moldagem.

1.5. Características
Os plásticos são importantes aliados na indústria, obtendo alto desempenho e
qualidade, podendo ser utilizados em diferentes aplicações. Dentre suas principais
características, que conferem sua elevada importância, estão:

• Resistência a altas temperaturas e pressões

São capazes de serem moldados mediante a alta temperatura e pressão, podendo


dar-lhes as mais variadas formas para que atendam às mais diferentes necessidades
do dia a dia. Um plástico como o PBT, baseado em polibutileno tereftalato, com alta
resistência e baixa fluência mesmo em temperaturas mais altas, e com grande poder
de isolamento, costuma ser uma opção de qualidade para peças elétricas, estruturas
de iluminação de veículos e como revestimento para componentes que conduzem
eletricidade, possuindo uma excelente resistência química, assim, se torna um
material com uma durabilidade maior e com garantia de mais segurança.

• Alta versatilidade na aplicação

Dependendo do tipo do plástico, é possível utilizá-lo tanto para extrusão, quanto para
injeção de componentes, e suas diferentes opções existentes, permitem que possam
ser utilizados em diferentes áreas industriais. É possível, por exemplo, encontrar
peças de automóveis preparadas com poliacetal copolímero e acessórios de alça de
sutiãs com a mesma origem plástica.

• Alta capacidade de adequação

Seja por meio do processo de extrusão ou injeção, esse tipo de plástico pode ser
transformado em qualquer forma necessária e, por meio de moldes, é possível criar
uma peça resistente e de alto nível. Sem contar que há ainda a possibilidade de
trabalhar seu design de maneira inovadora.

Por isso, além da indústria de peças técnicas, o plástico de engenharia tem


conquistado espaço também na decoração, como o caso do PMMA, acrílico de média
e baixa fluidez, que está presente em luminárias e acessórios, além dos tijolos
transparentes, que são produzidos a partir deste material.

• Atuam como substitutos do metal

A qualidade e o cuidado de uma peça de metal é indiscutivelmente alta, contudo nem


sempre ela consegue escapar da ação do tempo, sendo a corrosão um processo
natural do metal. Contudo, esse não é um risco oferecido pelos plásticos,
caracterizando um diferencial, além de possuírem a mesma força, tração e resistência
que os metais.

Consequentemente, o uso de equipamentos feitos com esse material avançado é


mais duradouro, sem contar que elimina a necessidade de lubrificação, o que reduz
custos a longo prazo.

1.6. Tipos
Os plásticos são divididos em duas categorias, termoplásticos e termoflixos. Os
termofixos representam cerca de 20% do total consumido no Brasil e após moldados
por um dos processos usuais de transformação não podem mais sofrer novos ciclos
de processamento, pois acabam não fundindo e impedem nova moldagem.

Podem ainda ser citados alguns poliuretanos (PU) e poliacetato de etileno vinil (EVA),
usados em solados de calçados, poliésteres, como os utilizados na fabricação de
telhas reforçadas com fibra de vidro, fenólicas, utilizadas em revestimento de móveis,
entre outros. Estes materiais, embora não possam mais ser moldados, ainda podem
ser utilizados em outras aplicações, tais como cargas inertes após moagem, podendo
ser incorporados em composições de outras peças, por exemplo o asfalto.

Os termoplásticos, mais largamente utilizados, são materiais que podem ser


reprocessados várias vezes, pelo mesmo ou por outro processo de transformação.
Quando submetidos ao aquecimento com temperaturas adequadas, esses plásticos
amolecem, fundem e podem ser novamente moldados. Como exemplos, podem ser
citados, o polietileno de baixa densidade (PEBD); polietileno de alta densidade
(PEAD); policloreto de vinila (PVC); poliestereno (PS); polipropileno (PP);
polietilenotereftalato (PET); poliamidas (PA) e outros.
A identificação do plástico é feita pelo tipo do material, por meio do código
correspondente à resina utilizada, ou pelas preponderantes quando resultam de uma
mistura, conforme os citados abaixo:

• PET- Politereftalato de Etileno

É um material leve, inerte, com boa resistência mecânica e transparente, podendo ser
transformado em fibras e filme;

• PEAD– Polietileno de Alta Densidade

Originado através da polimerização do Etileno, é um polímero conhecido também


como Eteno, sendo quimicamente mais simples. É um material opaco, resistente à
substâncias químicas, mas não a fortes agentes oxidantes, inquebrável, resistente a
baixas temperaturas, leve e impermeável;

• PVC – Policloreto de polivinila (ou policloreto de vinil)

Também conhecido como vinil, ele é muito versátil, podendo assumir formas rígidas
ou flexíveis em função de aditivos, é leve, impermeável, isolante térmico, elétrico e
acústico, quimicamente inerte e resistente ao fogo e intempéries;

• PEBD– Polietileno de Baixa Densidade

É obtido através da polimerização do Etileno, sendo um polímero de estrutura química


mais simples, identificado como um plástico flexível, leve, transparente e
impermeável, contudo tem baixa condutividade elétrica e térmica, sendo resistente á
ação de substâncias químicas e, quando submetido a temperaturas inferiores a 60°,
suas propriedades são mantidas;

• PEBDL- Polietileno de baixa densidade linear

Tem origem na polimerização do Etileno e, por ser polimerizado sob baixas


temperaturas, torna a produção mais econômica que a do PEBD convencional,
tornando esse material uma excelente alternativa para aplicação que necessitem de
propriedades intermediárias entre o PEBD e o PEAD. Dentre suas características,
destaca-se menor transparência e maior resistência mecânica;

• PP– Polipropileno
É um polímero derivado do Propeno ou Propileno, possui resistências elétrica e
mecânica a altas temperaturas, é transparente, brilhante, rígido, de fácil coloração e
modelagem e tem baixa absorção de umidade;

• PS – Poliestireno

É um isolante elétrico e térmico, rígido, leve, resistente a impactos, ácidos, bases e


sais. Na sua forma expandida, o EPS, é conhecido como isopor;

• EVA- Acetato de vinila

Obtido através do copolímero de Etileno- Acetato de Vinila, sua principal característica


é a habilidade de ser flexível e resistente ao mesmo tempo, conferindo elevada
resiliência e fácil esterilização;

• PS Cristal- Poliestireno cristal e de alto impacto

É uma resina do grupo dos termoplásticos, sendo obtido através da polimerização do


Estireno, contudo, é muito frágil e barato, mas não impede sua grande utilização na
fabricação de produtos descartáveis, sendo necessário a alta transparência;

• ABS- Acrilonitrila butadieno estireno

Ele é obtido do copolímero de Etileno-Acetato de Vinila, sendo um termoplástico


desenvolvido para aplicações que precisam de boa resistência ao impacto, sendo
muito rígido, e bom aspecto visual, conforme sua alta capacidade de manter-se
brilhante e seu acabamento em cores vivas, além de caracterizar-se como um material
leve, resistente ao impacto e ao calor;

• PC- Policarbonato

Semelhante ao vidro, porém altamente resistente a impactos, fogo, ácidos e sais,


isolante elétrico e boa estabilidade térmica;

• PU- Poliuretano

Como espuma flexível ou rígida, é leve, com elasticidade e densidade variadas e


resistente a altas temperaturas;

• Resina epóxi
Possui alta resistência química e mecânica, rigidez e impermeabilidade, isolante
térmico e elétrico;

• Resina fenólica

Foi o primeiro polímero totalmente sintético criado, caracteriza-se por ser leve, rígido
e com boa resistência ao calor.

1.7. Para que servem?


O consumo de plásticos no Brasil ainda é considerado baixo em comparação com os
países de Primeiro Mundo, visto que, segundo a Coplast, Comissão do Plástico de
Abiquim, enquanto o consumo per capita atual nos EUA e na Europa chega a 100 kg
e 80 kg, respectivamente, no Brasil, este consumo fica em apenas 20 kg. Contudo, o
seu consumo no país demonstra um índice de crescimento ao decorrer dos anos. Para
isso, notamos a presença deste material em diversos setores, que têm a tendência de
aumentarem ainda mais, como utilidades domésticas, construção civil, brinquedos
calçados, fabricação de materiais elétricos, eletroeletrônicos, área da aviação e
automóveis, assim como aparelhos da saúde.

Conforme os seus diferentes tipos, cada um apresenta distintas utilizações, como:

• PET- Politereftalato de Etileno

Sua aplicação é realizada em garrafas de refrigerante (carbonatada), água, óleo


comestível, embalagem alimentícia, frascos de fármacos e cosméticos, fibras, cordas
toldos etc.

Uso reciclado: indústria têxtil, fibra para carpete e estofamentos, acessórios e objetos
diversos etc.

• PEAD– Polietileno de Alta Densidade

Sua aplicação se dá em garrafas de iogurte, leite e suco, embalagens de alimentos,


produtos de limpeza, frasco de shampoo, rolhas, mangueiras, tampas, bombonas,
tanques de combustível, saco de lixo, brinquedos etc;

Uso reciclado: embalagens de produtos de limpeza, de óleo para motor, tubulação de


esgoto, conduíte etc.

• PVC – Policloreto de polivinila (ou policloreto de vinil)


Aplicação da resina é feita em filmes estiráveis, laminados, brinquedos, mangueiras,
tubulação de água e de esgoto, fios e cabos, cateteres, blister (embalagem de
remédio), garrafa de água mineral, bolsas de soro, glicose e sangue, indústria de
calçados etc.

Uso reciclado: Mangueira de jardim, tubulação de esgoto, cones de sinalização, cabos


em geral etc.

• PEBD– Polietileno de Baixa Densidade

A aplicação da resina é feita em filmes encolhíveis, tampas, frascos de soro,


embalagens do tipo longa vida (Tetrapak), tubos de irrigação, tubulações, mangueiras,
telas de sombreamento, embalagens flexíveis para leite, iogurte, sacolinhas de
compras e de supermercado, sacaria industrial, sacos de lixo, envoltório para mudas
de plantas etc.

Uso reciclado: envelopes, filmes, sacos em geral, tubulação para irrigação etc.

• PEBDL- Polietileno de baixa densidade linear

A aplicação da resina é feita em filmes, sacolas, caixas d’água e embalagens no geral.

• PP– Polipropileno

Encontrado em filmes para alimentos, ráfia, sacolas, embalagens industriais, cordas,


tubos para água quente, fios e cabos, frascos, caixas de bebidas, autopeças,
utilidades domésticas, potes, fraldas, seringas descartáveis, material hospitalar
esterilizável, caixas de uso industrial, para-choques, brinquedos etc.

Uso reciclado: caixas e cabos de bateria de automóvel, vassoura, escova, bandejas


etc.

• PS – Poliestireno

Utilizado em potes de iogurte, sorvete, doce, embalagens para alimentos e remédios,


frascos, bandeja de supermercados, parte interna da porta e gavetas de geladeira,
pratos e copos descartáveis, tampas, aparelho de barbear descartável, brinquedo etc.

Uso reciclado: placa de isolamento térmico, bandeja etc.

• EVA- Acetato de vinila


Por conta dos compostos expansíveis e transformados por injeção e pressão, sua
aplicação é feita em palmilha de calçados, solados, tatames, equipamentos de
academia, mangueiras flexíveis, brinquedos, composição asfáltica, entre outros.

• PS- Poliestireno cristal e de alto impacto

Muito utilizado na fabricação de produtos descartáveis e aplicado em potes de


embalagem, tampas, copos descartáveis, brinquedos, entre outros.

• ABS- Acrilonitrila butadieno estireno

Encontrado na fabricação de carcaças de eletrodomésticos, capacetes e painéis,


solas, garrafas de alta resistência, retrovisores, lâmpadas, faróis de automóveis,
cafeteiras, lavadoras, equipamentos esportivos, computadores, celulares etc.

• PC- Policarbonato

Utilizado para fabricação de frascos, lentes, calculadoras, CDs, lanternas, faróis,


escudos da polícia- antichoque, coberturas para telhados etc.

• PU- Poliuretano

Aplicado em colchões, assentos, cabos de automóveis, ombreiras, esponja de banho,


prancha de surfe etc.

• Resina epóxi

Utilizados em revestimentos de cabos e máquinas, composição de argamassa,


composto de reestruturação dentária, anticorrosivo de peças de automóveis, entre
outros.

• Resina fenólica

Encontrado em fórmicas, polias, cabos de panelas, revestimento de latas de alimentos


e de tubulações etc.

1.8. Vantagens
Os plásticos oferecem várias vantagens quando utilizados na indústria da construção
civil. Aqui estão algumas das principais vantagens dos plásticos nesse setor:

• Versatilidade: Os plásticos são materiais altamente versáteis, podendo ser


moldados em uma ampla variedade de formas, tamanhos e texturas. Isso
permite sua utilização em diferentes aplicações na construção civil, desde
tubulações e isolamentos até revestimentos e acabamentos.
• Leveza: Os plásticos são geralmente mais leves em comparação com outros
materiais de construção, como metais e concreto. Isso facilita o manuseio e a
instalação, reduz o peso total da estrutura e pode resultar em economia de
custos no transporte e na montagem.
• Durabilidade: Alguns plásticos são altamente duráveis e resistentes a
intempéries, corrosão, umidade e produtos químicos. Essas propriedades
tornam os plásticos ideais para aplicações ao ar livre, como revestimentos de
fachadas, telhados, janelas e sistemas de drenagem.
• Isolamento térmico e acústico: Os plásticos têm propriedades de isolamento
térmico e acústico, o que pode contribuir para a eficiência energética de um
edifício. O uso de plásticos em isolamentos, janelas e portas pode ajudar a
reduzir a transferência de calor e som, resultando em um ambiente mais
confortável e com menor consumo de energia.
• Resistência química: Alguns plásticos têm excelente resistência a produtos
químicos e substâncias corrosivas, o que os torna adequados para aplicações
em ambientes industriais ou onde há exposição a agentes agressivos, como
produtos químicos, ácidos ou solventes.
• Baixa manutenção: Os plásticos geralmente requerem menos manutenção em
comparação com outros materiais. Eles são resistentes a ferrugem, corrosão e
deterioração, reduzindo a necessidade de pintura, reparos frequentes ou
substituições.
• Sustentabilidade: Alguns plásticos utilizados na construção civil são fabricados
a partir de materiais reciclados e podem ser reciclados após o fim de sua vida
útil. Além disso, a leveza dos plásticos pode contribuir para uma construção
mais eficiente em termos de energia, pois requer menos energia para
transporte e montagem.

No entanto, é importante considerar o impacto ambiental dos plásticos na


construção civil, especialmente em relação à gestão adequada de resíduos e à
escolha de plásticos mais sustentáveis.
1.9. Desvantagens
Embora os plásticos ofereçam várias vantagens na construção civil, também existem
algumas desvantagens associadas ao seu uso. Aqui estão algumas das principais
desvantagens dos plásticos nesse setor:

• Baixa resistência ao fogo: Muitos plásticos possuem baixa resistência ao fogo,


o que pode representar um risco em caso de incêndio. Em situações de
incêndio, os plásticos podem derreter, queimar e liberar gases tóxicos,
contribuindo para a propagação do fogo e representando um perigo para a
segurança das pessoas.
• Sensibilidade à temperatura: Alguns plásticos são sensíveis a variações
extremas de temperatura. Eles podem sofrer deformação, amolecimento ou
enrijecimento, dependendo das condições de exposição ao calor ou frio
intenso. Isso pode afetar a integridade estrutural dos componentes plásticos e
exigir cuidados extras em projetos e aplicações específicas.
• Fragilidade: Alguns tipos de plásticos podem ser quebradiços e apresentar
baixa resistência a impactos. Eles podem rachar, lascar ou quebrar sob cargas
ou forças excessivas. Isso limita sua utilização em certas aplicações estruturais
ou sujeitas a condições de alta tensão.
• Degradação sob exposição UV: Muitos plásticos são suscetíveis à degradação
causada pela exposição prolongada à radiação ultravioleta (UV) do sol. Isso
pode resultar em descoloração, fragilização e redução das propriedades
mecânicas do plástico, especialmente em aplicações externas.
• Impacto ambiental: A produção e o descarte inadequado de plásticos podem
causar impactos negativos no meio ambiente. Alguns plásticos são feitos a
partir de recursos não renováveis e a decomposição lenta de certos plásticos
pode resultar em acúmulo de resíduos plásticos nos ecossistemas. O manejo
adequado dos resíduos plásticos é essencial para mitigar esses impactos
ambientais.
• Baixa resistência a solventes: Alguns plásticos podem ser afetados por
solventes, óleos ou produtos químicos, resultando em alterações na estrutura
do material ou perda de propriedades. Isso limita sua utilização em ambientes
onde há exposição a substâncias químicas agressivas.
É importante considerar essas desvantagens ao selecionar e utilizar plásticos na
construção civil, adotando medidas de segurança adequadas e considerando
alternativas quando apropriado. Além disso, o uso de plásticos mais sustentáveis e a
implementação de práticas de gestão de resíduos são aspectos-chave para reduzir os
impactos negativos.

1.10. Patologias de fabricação


Existem diversas patologias de fabricação do plástico, que podem ocorrer em
diferentes etapas do processo de produção, desde a matéria-prima até a moldagem
final do produto, dependendo do tipo de plástico e das condições que é produzido.
Algumas das principais patologias de sua fabricação incluem:

• Falhas na composição da matéria-prima

A falta de uniformidade na composição dos polímeros pode levar a variações nas


propriedades mecânicas e químicas do material, o que pode resultar em defeitos no
produto obtido.

• Problemas de moldagem

Durante o processo de moldagem do plástico, podem ocorrer patologias como


rachaduras, deformações, encolhimento excessivo, bolhas ou trincas, que podem
comprometer a qualidade do produto.

• Contaminação da matéria-prima

A presença de impurezas na matéria-prima pode levar à formação de defeitos


superficiais ou internos no produto, como manchas, pontos escuros, porosidade ou
falta de transparência.

• Exposição inadequada à temperatura

A exposição inadequada à temperatura durante a produção do plástico pode causar


mudanças na estrutura molecular do material, levando a patologias como a quebra
das cadeias de polímeros, fusão excessiva ou reações químicas indesejadas.

• Falhas no processo de resfriamento


Um resfriamento inadequado do material pode levar a deformações, tensões internas
ou deformações térmicas, que podem resultar em patologias como rachaduras,
encolhimento excessivo ou deformações.

• Problemas no acabamento

Defeitos no acabamento do produto, como arranhões, irregularidades ou falta de


brilho, podem ocorrer devido a problemas na etapa final do processo de produção.

• Degradação térmica

Ocorre quando o plástico é exposto a altas temperaturas durante um período


prolongado, o que pode levar a mudanças em sua cor, textura e propriedades
mecânicas. Esse tipo de patologia pode resultar em rachaduras, encolhimento
excessivo, perda de resistência e outras deformações.

• Degradação fotoquímica

Ocorre quando o plástico é exposto à radiação ultravioleta ou outras fontes de luz, que
podem causar alterações em sua estrutura molecular, resultando em patologias como
a perda de transparência, amarelamento, rachaduras e perda de resistência.

• Envelhecimento

Ocorre quando o plástico é exposto a condições ambientais adversas, como umidade,


calor e oxigênio, ao longo do tempo, o que pode causar patologias como a perda de
flexibilidade, quebra, envelhecimento precoce e outras deformações.

• Contaminação química

Ocorre quando o plástico entra em contato com produtos químicos ou agentes


agressivos, que podem alterar sua estrutura molecular e causar patologias como a
perda de resistência, rachaduras, deformações e outros problemas.

• Falhas de design

Patologias de fabricação do plástico também podem ocorrer devido a falhas no design


do produto, como a presença de cantos afiados, arestas mal-acabadas, espessuras
inconsistentes ou outros problemas que afetam a integridade estrutural do produto.
Para isso, é importante que os fabricantes monitorem cuidadosamente cada etapa do
processo e conheçam essas patologias, adotando medidas preventivas que evitem
esses problemas e garantam a qualidade do produto.

1.11. O material na construção civil


Atualmente, os plásticos e elastômeros são materiais amplamente utilizados na
construção civil devido às suas propriedades mecânicas, durabilidade e facilidade de
processamento. Dentre as suas aplicações podemos citar a utilização nas instalações
hidráulicas prediais, esquadrias e portas, coberturas, pisos, revestimentos e forros.

Conforme visto, a gama de aplicação é diversa e relevante, de forma que com o auxílio
e consulta da tese de Hipolito (2013) buscamos destacar e elucidar a seguir estes
principais usos a partir de polímeros:

• Instalações Hidráulicas Prediais

Disponível em: https://www.encanador.srv.br/wp-content/uploads/2017/12/como-consertar-tubo-pvc.jpg

Uma das utilizações dos polímeros é a sua aplicação para instalações prediais de
água, esgoto sanitário e captação e condução de águas pluviais. Segundo Hipolito em
seu artigo, citando o Manual TRIKEM de 1988, esclarece que o PVC (poli cloreto de
vinila) pode ser utilizado basicamente para a condução ou manuseio de água à
temperatura ambiente e no caso da condução de água quente são indicadas às
tubulações de CPVC (poli cloreto de vinila clorado), semelhante ao PVC, porém com
maior estabilidade em relação à água quente. As tubulações baseadas em PVC são
indicadas para aplicações em edificações residenciais, comerciais e industriais.

Hipólito segue afirmando que as características dos componentes, em PVC, são que
estes possuem juntas estanques (soldadas ou rosqueadas), tem menor custo de
material e de mão-de-obra em relação aos materiais tradicionalmente utilizados, são
resistentes à corrosão, a lisura das paredes internas resulta em maior velocidade do
fluxo e menos formação de depósito, não são condutores de eletricidade, coeficiente
de expansão térmica muito maior que outros matérias, são praticamente imunes ao
ataque de bactérias e fungos e possuem densidade menor que materiais tradicionais
como cerâmica e ferro galvanizado.

Disponível em: https://www.encanador.srv.br/wp-content/uploads/2017/12/como-consertar-tubo-pvc.jpg

• Instalações Elétricas Prediais

Disponível em: https://www.krausmuller.com.br/wp-content/uploads/2020/04/conduiti.jpg

Nas instalações elétricas destacam-se os eletrodutos para a passagem de fios e


cabos; perfis para instalações elétricas aparentes; fios e cabos com isolamento e
componentes terminais da instalação (caixas, espelhos, tomadas, interruptores e
outros). Os polímeros mais largamente empregados para confecção destes materiais
são: PVC (poli cloreto de vinila), PS (poliestireno), PE (polietileno), PP (polipropileno),
PPO (polióxifenileno) e o PCTFE (politrifluorcloroetileno). O PVC é o único polímero
aplicado na produção de todos os componentes elétricos; enquanto o PS é aplicado
com maior constância em cabos elétricos; o PE e PP em isolamento de cabos
elétricos; o PPO em relés e interruptores e o PCTFE em diversos componentes para
equipamentos elétricos.

Tais equipamentos e produtos podem ser utilizados em instalações elétricas,


telefônicas e antenas de televisão. Podendo fazer uso em edificações do tipo
residencial, comercial e industrial ou ainda em subestações transformadoras.

• PTFE (teflon) como revestimento protetor e isolante elétrico

O Teflon, conhecido quimicamente como politetrafluoretileno (PTFE), é um material


polimérico amplamente utilizado na indústria, incluindo na construção civil. Suas
propriedades únicas o tornam adequado para diversas aplicações nesse setor.

O Teflon é conhecido por sua excelente resistência à corrosão, alta temperatura e


produtos químicos. Essas características o tornam ideal para revestimentos protetores
em estruturas e equipamentos expostos a ambientes agressivos, como indústrias
químicas, plantas de tratamento de água e usinas de energia.

Na construção civil, o Teflon é frequentemente utilizado como um revestimento


antiaderente em elementos estruturais, como dutos e tubulações. Sua superfície lisa
e não porosa dificulta a aderência de substâncias indesejadas, como resíduos,
facilitando a limpeza e manutenção.

Além disso, o Teflon é aplicado como um agente de lubrificação em sistemas de


roldanas, engrenagens e mecanismos de deslizamento. Isso reduz o atrito e o
desgaste, prolongando a vida útil desses componentes e garantindo um
funcionamento suave e eficiente.

Outra aplicação do Teflon na construção civil é como isolante elétrico. Sua alta
resistência dielétrica e capacidade de suportar altas temperaturas o tornam adequado
para revestir fios e cabos elétricos, evitando curtos-circuitos e garantindo a segurança
nas instalações elétricas.
Placa de PTFE. Foto: divulgação/Tecnoflon e Brasfita

Também existem as placas e películas de PTFE. As placas são especialmente


recomendadas para apoios sujeitos a dilatações e vibrações. E as películas
idealmente utilizadas nas comportas de Usinas Hidrelétricas.

Disponível em: https://www.aecweb.com.br/empresa/tecnoflon/40670/conteudo/solucoes-de-teflon-


para-estruturas-sujeitas-a-dilatacao-ou-vibracao/15791
Tw

Há ainda a fita Veda Rosca, geralmente apresentada na cor branca é um produto


fabricado à base de resina PTFE e utilizada para montar e desmontar conexões
roscadas. Pode ser fornecida com maior densidade para vedar vapor, óleo, gás e
combustível.
• EPS (poliestireno expandido, “isopor”)
Disponível em: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/engenharia-civil/poliestireno-
expandido

O EPS é um plástico celular rígido, resultante da polimerização do estireno em


água, que pode se apresentar sobre diversas formas geométricas e podendo
desempenhar uma infinidade de aplicações. Apresenta-se como uma espuma
moldada, construída por um aglomerado de grânulos. Por conta de suas células
fechadas, o material proporciona altíssimo poder de absorção de impactos,
quedas e vibrações, caracterizando em uma elevada resistência mecânica.
Pode ser utilizado como:

Isolamento térmico: O EPS é amplamente utilizado em paredes, pisos e


coberturas para melhorar a eficiência energética dos edifícios. Sua capacidade
de isolamento térmico reduz a transferência de calor entre ambientes internos
e externos, diminuindo a necessidade de aquecimento e resfriamento artificial.

Isolamento acústico: A estrutura celular do EPS confere a ele propriedades de


isolamento acústico. É empregado em sistemas de isolamento de paredes,
pisos e tetos, reduzindo a propagação de ruídos externos e internos,
proporcionando maior conforto acústico aos ocupantes dos edifícios.

Estruturas de enchimento: O EPS é utilizado como material de enchimento em


lajes e elementos estruturais. Sua leveza e capacidade isolante permitem
reduzir o consumo de concreto e o peso das estruturas, resultando em
construções mais leves e eficientes.

Isolamento de sistemas hidráulicos: O EPS é aplicado no isolamento de


tubulações e sistemas hidráulicos. Ele reduz a perda de calor e evita a
condensação, contribuindo para a eficiência energética e proteção dessas
instalações.

• Esquadrias e Portas

Disponível em: https://metalurgicamocelin.com.br/wp-content/uploads/2018/11/JANELA-EM-PVC-3-


FOLHA-COM-PERSIANA-INTEGRADA.jpg

Na perspectiva histórica, segundo dados colhidos na tese de Hipolito (2013), as


primeiras tentativas de produção e comercialização de esquadrias sintéticas, no
Brasil, datam de meados da década de setenta quando ainda se importava o PVC, e
a partir de 1979 inicia-se no Brasil a produção, em maior escala, das esquadrias de
PVC, basicamente com tecnologia alemã e austríaca. Atualmente o PVC domina 50%
do mercado de esquadrias da Europa e supera os 30% nos EUA, sendo que no Brasil
permanece estacionado na casa dos 5%.

Ainda que com este percentual, pode-se citar a larga utilização no mercado brasileiro
de persianas, venezianas e portas sanfonadas fabricadas em PVC. Atentando que
tais peças podem também ser encontradas na forma mista, com elementos de
alumínio, por exemplo.

• Coberturas (telhas)
Disponível em: https://www.llev.com.br/telha-pvc-colonial-ecologica-4-59-m-x-0-88-m

Atualmente, existem diferentes tipos de telhas plásticas utilizadas na construção.


Entre elas estão as telhas de PVC rígido, que podem ser combinadas com outros tipos
de telhas, como as de policarbonato, fibra de vidro e polipropileno, que são fabricadas
no Brasil.

As telhas de PVC são recomendadas para locais que desejam aproveitar a luz natural.
Isso é possível devido às propriedades do PVC, que podem ser translúcidas ou
opacas, possuem alta resistência química e oferecem boa absorção acústica e
térmica.

As telhas de fibra de vidro, também conhecidas como fiberglass ou vitrofibra, são


compostas por fibras de vidro e resina. Essa combinação confere ao material
excelentes propriedades, como baixo peso, facilitando o manuseio e transporte; alta
resistência mecânica; boa resistência química; menor custo de acabamento;
resistência a intempéries; facilidade de manutenção e reparo em caso de danos.
Essas telhas são totalmente translúcidas e são projetadas para diversas funções,
como iluminação zenital, cobertura, divisão, decoração ou fechamento de ambientes.

As telhas de polipropileno (PP) são uma nova tecnologia na fabricação de coberturas,


feitas a partir de polímeros. Elas consistem em módulos com encaixes, formados por
agrupamentos de até seis telhas de PP, que reproduzem o design das telhas
tradicionais.

Outro material utilizado é o acrílico (polimetacrilato de metila), que possui


características como excelente transparência, resistência a intempéries,
funcionamento contínuo até altas temperaturas, brilho e coeficiente de dilatação
elevado.

O policarbonato (PC) é outro material amplamente utilizado devido às suas vantagens,


como excelente resistência mecânica, resistência à deformação mesmo em altas
temperaturas, bom isolamento elétrico, não propagação de chamas e resistência
química. Essas propriedades têm tornado o policarbonato cada vez mais popular no
setor da construção civil.

• Pisos, Revestimentos e Forros

Disponível em: https://gfdecor.vteximg.com.br/arquivos/ids/159218-600-600/Mogno-


ambiente.jpg?v=637974806556900000

Os pisos vinílicos são materiais utilizados em ambientes internos, produzidos a partir


do PVC. Eles estão disponíveis no mercado em forma de placas, pisos semiflexíveis
ou mantas, adaptados para instalação.

Os pisos vinílicos são compostos por resina de PVC ou copolímeros de cloreto de


vinila, plastificantes, estabilizantes, aditivos, cargas inertes e pigmentos. No caso das
mantas flexíveis, pode haver a adição de uma camada de fibra de vidro para aumentar
a estabilidade dimensional do produto.

Além dos pisos vinílicos, também existem papéis de parede feitos de PVC. Esses
papéis possuem características importantes, como lavabilidade, estabilidade de cor e
instalação fácil, rápida e econômica. Telas em vinil também são encontradas, feitas a
partir de uma base de tela de algodão revestida com uma película de PVC. Esses
produtos são de última geração, apresentando resistência mecânica, lavabilidade e
preservação das características ao longo do tempo.

Os forros também podem ser feitos com painéis de resinas sintéticas, geralmente PVC
e acrílico. Esses painéis oferecem uma instalação limpa e eficiente, fácil de limpar,
baixa densidade, isolamento acústico e elétrico, além de bom desempenho térmico
devido às cavidades internas que criam vazios de ar.

2. Elastômeros
2.1. Histórico
Os elastômeros são materiais que exibem características elásticas, ou seja, têm a
capacidade de sofrer deformação quando submetidos a uma força e retornar à sua
forma original quando essa força é removida. O surgimento dos elastômeros está
intrinsecamente ligado ao desenvolvimento da indústria de borracha.

A história da borracha remonta a civilizações antigas, como os maias e astecas, que


utilizavam o látex de certas plantas para a fabricação de bolas, calçados e outros
artefatos. No entanto, foi apenas no século XVIII que a borracha natural começou a
ganhar relevância na Europa.

Em 1735, o explorador francês Charles-Marie de La Condamine empreendeu uma


expedição ao Equador, onde observou os nativos utilizando uma substância
conhecida como "caucho" para impermeabilizar tecidos e confeccionar calçados.
Amostras dessa substância foram trazidas para a Europa, onde a borracha natural
começou a ser objeto de estudo.

Contudo, a borracha natural apresentava certas limitações. Em temperaturas


elevadas, tornava-se excessivamente pegajosa, enquanto em temperaturas baixas,
tornava-se rígida e quebradiça. Adicionalmente, sua durabilidade era limitada. Essas
dificuldades impulsionaram pesquisas com o intuito de desenvolver uma borracha
sintética capaz de superar tais limitações.

Em 1839, o químico norte-americano Charles Goodyear descobriu o processo de


vulcanização da borracha. Esse método consiste em aquecer a borracha natural
juntamente com enxofre, resultando em um material mais resistente, elástico e estável
em diferentes faixas de temperatura. A descoberta de Goodyear revolucionou a
indústria da borracha, possibilitando o desenvolvimento de uma ampla gama de
produtos.

A partir disso, ocorreram avanços significativos no desenvolvimento de elastômeros


como na década de 1930 com a descoberta do neoprene, uma borracha sintética. A
partir das décadas de 1960 e 1970, surgiram outros materiais elastoméricos, como
poliuretano, borracha de silicone e policarbonato, que são amplamente utilizados até
os dias de hoje em diversos setores e indústrias. Eles desempenham um papel crucial
na fabricação de produtos como pneus, vedações, mangueiras e isoladores de
vibração, entre outros. O contínuo desenvolvimento dos elastômeros tem resultado na
criação de materiais com propriedades cada vez mais avançadas e específicas,
impulsionando a inovação tecnológica em diversas áreas.

2.2. Definição
Um elastômero por sua vez é um polímero que se destaca pela capacidade de
recuperar sua forma após deformação devido a propriedades elásticas, ou seja, têm
a capacidade de se deformar quando submetidos a uma força e recuperar sua forma
original quando essa força é removida. A estrutura molecular desses materiais
confere-lhes flexibilidade e capacidade de esticamento, tornando-os extremamente
úteis em diversas aplicações.

Existem dois tipos principais de elastômeros: os naturais e os sintéticos.

Os elastômeros naturais são extraídos do látex encontrado em certas plantas, sendo


a borracha natural o exemplo mais conhecido. A borracha natural possui uma
estrutura polimérica denominada cis-1,4-poliisopreno, que é responsável por suas
propriedades elásticas. Esses elastômeros naturais são amplamente utilizados em
diversos setores industriais.

Por outro lado, os elastômeros sintéticos são produzidos por meio de processos
químicos em laboratório. Eles são desenvolvidos com o objetivo de atender a
requisitos específicos de desempenho e propriedades. Alguns exemplos comuns de
elastômeros sintéticos incluem:

Neoprene: Um elastômero sintético também conhecido como policloropreno. Esse


material é resistente a óleos, produtos químicos e condições climáticas adversas,
sendo empregado em aplicações que exigem resistência à abrasão, isolamento
térmico e resistência ao fogo.

Borracha de estireno-butadieno (SBR): Esse elastômero sintético é produzido a partir


da copolimerização de estireno e butadieno. É amplamente utilizado na fabricação de
pneus de veículos, devido à sua boa resistência ao desgaste e tração.

Borracha de etileno-propileno-dieno (EPDM): Esse elastômero sintético apresenta


excelente resistência a condições climáticas adversas, ozônio, radiação ultravioleta e
fluidos hidráulicos. É frequentemente empregado em vedações, mangueiras e
revestimentos de telhado.

Borracha de silicone: Um elastômero sintético conhecido por sua resistência a altas


temperaturas, propriedades isolantes e estabilidade química. É utilizado em
aplicações que requerem resistência térmica e elétrica, como juntas, vedantes e
isoladores.

Os elastômeros são amplamente utilizados em diversos setores industriais devido às


suas propriedades elásticas, flexibilidade, resistência ao desgaste, capacidade de
vedação e isolamento. Na construção civil, por exemplo, são empregados em
selantes, adesivos, juntas de expansão e isoladores sísmicos, contribuindo para a
durabilidade, segurança e eficiência das estruturas. Além da construção civil, esses
materiais são essenciais nas indústrias automotiva, aeroespacial, eletrônica, médica
e muitas outras, impulsionando a inovação tecnológica e o desenvolvimento de
produtos avançados.

2.3. Composição
• Polímeros: Assim como os plásticos, os elastômeros são compostos
principalmente de polímeros. No entanto, os elastômeros contêm cadeias
poliméricas que possuem ligações cruzadas, que são responsáveis pela
elasticidade e capacidade de retorno à forma original do material. Os
elastômeros podem ser feitos de polímeros naturais, como a borracha natural,
ou polímeros sintéticos, como a borracha de estireno-butadieno (SBR),
borracha de policloropreno (neoprene), borracha de nitrilo (NBR), entre outros.
• Agentes de vulcanização: Os elastômeros passam por um processo chamado
vulcanização para dar maior uso prático a eles. Este processo envolve a adição
de agentes de vulcanização, como enxofre, que formam ligações cruzadas
entre as cadeias poliméricas. Essas ligações cruzadas são responsáveis pela
elasticidade e propriedades elásticas dos elastômeros, além do elastômero se
tornar mais resistente, aumentando sua capacidade de aderência, durabilidade
e resistência a corrosão.
• Aditivos: Os elastômeros também podem conter aditivos similares aos
utilizados nos plásticos, como estabilizadores, pigmentos, lubrificantes e
cargas. Esses aditivos podem ser adicionados para melhorar características
específicas do elastômero, como resistência ao desgaste, resistência a UV,
propriedades de aderência, entre outros.

A composição específica dos plásticos e elastômeros pode variar consideravelmente


dependendo do tipo de material, sua aplicação e os requisitos desejados.

2.4. Fabricação
Sua fabricação pode se dar a partir de diversos materiais, variando de acordo a
especificação, entretanto temos como principais usados na fabricação de elastômeros
sintéticos são os polímeros que facilitam a obtenção das propriedades de elasticidade
ao material. Alguns exemplos de polímeros base utilizados são: Borracha de estireno-
butadieno (SBR), borracha de poliuretano (PU), Borracha de etileno-propileno-dieno
(EPDM), Borracha de nitrilo (NBR).

Após as seleções dos ingredientes adequados para a formulação do elastômero, isso


inclui polímeros base, agentes de cura, cargas (como sílica ou negro de fumo),
plastificantes e outros aditivos, os materiais são então pesados e preparados para a
próxima etapa.

Os ingredientes são misturados em equipamentos específicos, como misturadores


internos de bancada ou misturadores em lote, demostrados abaixo respectivamente.
Fonte: CT Borracha

Fonte: AGI

Essa etapa tem como objetivo homogeneizar os materiais e distribuir uniformemente


os aditivos na matriz polimérica. A temperatura e o tempo de mistura são controlados
para obter uma distribuição uniforme dos componentes.

Em síntese, suas propriedades são atingidas após o processo de reticulação


(ramificação dos poliméricas por ligação covalente), e em seguida a mistura é
submetida a alguns processos a fim de melhorar suas características, que vão desde
física até sua performance, tais como a sua definição entre rigida, em que após ser
aquecida a uma determinada temperatura ocorre uma reação química que
impossibilita sua remodelação, e a elástica tem o processo inverso pois se solidifica
no resfriamento porém pode ser moldadas novamente se reaquecidas.

Como descrito pelo site CT Borracha, “Basicamente, existem atualmente sete grandes
famílias de elastómeros termoplásticos. Como fatores comuns nestes tipos de
materiais, podemos realçar:

• A existência de um polímero de natureza elástica e;


• A existência de um polímero de natureza rígida.
Podemos também observar que nas cinco primeiras famílias, o nome é o do polímero
constituinte da fase rígida.”

Fonte: CT Borracha

Podemos ter uma pequena visualização da sua representação esquemática na


seguinte imagem:

Fonte: CT Borracha
Depois da mistura, o elastômero passa por um processo de processamento para dar
forma ao material. Existem diferentes técnicas de processamento, incluindo extrusão,
moldagem por compressão, moldagem por injeção e calandragem. Cada método é
escolhido com base nas propriedades desejadas do elastômero final.

• Extrusão: é um recurso no qual fazemos uma massa de elastômero passar em


rostas, onde serão fundidas, homogeneizadas e escoadas continuamente pré-
formas.
• Compressão: a mistura é forçada dentro de uma cavidade do molde.
• Injeção: No qual a mistura é posta no molde através de uma pressão exercida
por um êmbolo.
• Calandragem: o polímero pré-aquecido é colocado entre cilindros polidos, com
distancias muito pequenas entre si, para assim ocorrer a produção de filmes e
laminados.
A etapa final do processo é a vulcanização, na qual o elastômero é curado para
melhorar suas propriedades mecânicas e térmicas. Isso é feito aplicando calor e
pressão ao elastômero processado. Durante a vulcanização, os agentes de cura
reagem com os polímeros, promovendo ligações cruzadas entre as cadeias
poliméricas, assim a técnica aumenta a força retrátil e reduza a deformação
permanente, aumentando assim a elasticidade e diminuindo a plasticidade.

O processo mais tradicional deste é dado pela utilização de compostos à base de


enxofre, junto aos óxidos metálicos, compostos disfuncionais, aceleradores,
retardadores e ativadores, dependendo da característica desejada na rede interligada.
Seu processamento pode ser realizado de forma descontinua, com a prensa de
compressão cuja suas dimensões definem a sua capacidade de produção, ou de
forma contínua pela prensa Rotocure ou a prensa de pratos rotativos. Ainda,
independente do processo deve-se manter uma pressão mínima sobre a correia, para
que haja uma boa adesão.
Fonte: CT Borracha

Como forma de findar é essencial o conhecimento de alguns dos principais aditivos


que podem ser adicionados aos elastômeros para melhorar suas propriedades e
desempenho em diferentes aplicações.
• Antioxidantes: Eles ajudam a prevenir a oxidação das cadeias poliméricas,
mantendo a estabilidade e prolongando a vida útil dos elastômeros.
• Aceleradores de vulcanização: Eles melhoram a velocidade e a eficiência da
reação de cura, reduzindo o tempo necessário para atingir as propriedades finais
desejadas.
• Agentes de reticulação: Ajudam a aumentar a resistência e a elasticidade dos
elastômeros, melhorando suas propriedades mecânicas.
• Estabilizadores: Mantem as propriedades físicas e químicas dos elastômeros ao
longo do tempo, aumentando sua durabilidade.
• Agentes de aderência: Os agentes de aderência são adicionados aos
elastômeros para melhorar sua adesão a substratos ou materiais diferentes.
• Lubrificantes: Os lubrificantes são aditivos utilizados para reduzir a fricção e
melhorar a capacidade de processamento dos elastômeros. Eles facilitam o fluxo
durante o processamento e melhoram a extrusão, moldagem e calandragem dos
elastômeros.
• Pigmentos: Os pigmentos são aditivos utilizados para adicionar cor aos
elastômeros.
2.5. Características
• Alta resistência a baixas temperaturas;
• Maior resistência ao impacto e rasgo;
• Maciez;
• Menos ruído;
• Resistência à abrasão;
• Propriedades isolantes;
• Redução de desperdício;
• Características de compressão;
• Eficiência energética;
• Resistência e flexibilidade;
• Mais qualidade na produção de peças;
• Material reciclável;
• Dureza;
• Resistência ao intemperismo e a produtos químicos.

2.6. Tipos
Sua divisão é feita de acordo com os seguintes grupos poliméricos:

• TPE (Elastômeros Termoplásticos)

É um material versátil e, na sua fase elastomérica, é composto por borracha SEBS


(Estireno-Etileno-Butileno-Estireno).
• TPV (Elastômero Termoplástico Vulcanizado)
Em sua fase elastomérica, sofre um processo de reticulação (ligações químicas entre
as moléculas).
• TPU (Elastômero Termoplástico de Poliuretano)
Materiais constituídos de sequências alternadas de poliésteres amorfos e flexíveis,
com segmentos rígidos com alta densidade de grupos uretanos, produzidos por
reação de um diisocianato com um glicol de cadeia curta.
• TPE-E ou COPE (Copoliéster)
São elastômeros termoplásticos à base de copolímeros de poliéster.
TPO (Poliolefinas)
São formados por compostos heterofásicos, baseados em uma fase elastomérica
amorfa e uma fase cristalina, ambos de natureza poliolefina.
• TR (SBS-Estirênico)
É um copolímero do bloco do estireno-butadieno.
2.7. Para que servem?
As aplicações desse produto podem ser feitas em diferentes setores industriais, como
na construção civil, como ao utilizar elastômeros em fios e cabos de energia e
telecomunicação, telhas, tubulações etc. Nas aplicações industriais podem ser
empregados na fabricação de calçados (solados), peças do mercado automotivo,
acessórios e eletrônicos, mangueiras, entre outros.

Outro ponto importante desse composto é o fato de que ele cumpre uma função
multifacetada. Nesse sentido, os elastômeros podem se moldar às mais diversas
finalidades, proporcionando rigidez ou maleabilidade.

Conforme os tipos apresentados, eles podem ser utilizados:

• TPE (Elastômeros Termoplásticos)

Por ser um material versátil, ele é muito utilizado em diversos segmentos, desde a
produção de cabos de escovas de dentes à componentes eletrônicos e ferramentas
manuais.

• TPV (Elastômero Termoplástico Vulcanizado)

Pincipalmente encontrado no segmento automobilístico, em dutos de ar, caixas de


direção, perfis para vidros, botões, tapetes, alavancas de câmbio e freio de mão,
maçanetas etc.

• TPU (Elastômero Termoplástico de Poliuretano)

Com a excelente resistência à abrasão dos uretanos, eles são ideais para
amortecedores, engrenagens, cilindros, jaquetas de cabos, revestimentos e peças
para máquinas têxteis. Também são muito utilizados em rodas de carrinhos de
supermercado, skates e roldanas.

• TPE-E ou COPE (Copoliéster)

Utilizado nas mais diversas aplicações, desde válvulas de vinho, coifas homocinéticas
e dutos de ar a correias, tubos, molas e antenas automobilísticas.

• TPO (Poliolefinas)
O material se destaca em aplicações que demandam resistência como para-lamas,
guarnições para janelas co-injetadas com TPE e até mesmo artigos para mergulho
como nadadeiras e para esqui (botas de neve).

• TR (SBS-Estirênico)

O material é amplamente utilizado na indústria calçadista, na produção de brinquedos


e sua versatilidade possibilita aplicações até mesmo no segmento agrícola.

2.8. Vantagens
• Elasticidade e flexibilidade: A principal vantagem dos elastômeros é sua
capacidade de deformação sob tensão e retorno à forma original quando a
tensão é removida. Isso os torna ideais para aplicações que exigem
flexibilidade e amortecimento, como vedações, mangueiras e componentes de
suspensão.
• Resistência à abrasão: Os elastômeros possuem uma boa resistência à
abrasão e ao desgaste, o que os torna adequados para aplicações que exigem
resistência ao atrito, como revestimentos de rolos, correias transportadoras e
solados de calçados.
• Selagem eficiente: Os elastômeros têm a capacidade de fornecer uma vedação
eficaz em uma ampla gama de condições, como vedações em sistemas
hidráulicos, pneumáticos e de vedação.
• Ampla faixa de temperatura: Alguns elastômeros têm uma excelente resistência
a variações de temperatura, permitindo seu uso em ambientes de alta
temperatura ou baixa temperatura.
• Absorção de choque e vibração: Os elastômeros têm propriedades de
amortecimento que podem absorver choques e vibrações, tornando-os
adequados para aplicações que requerem isolamento de vibrações, como
montagens de equipamentos.

É importante lembrar que as vantagens específicas dos plásticos e elastômeros


podem variar dependendo do tipo de material utilizado, da formulação, das
propriedades desejadas e das condições de aplicação.

2.9. Desvantagens
Embora os plásticos e elastômeros ofereçam várias vantagens, também existem
algumas desvantagens associadas a esses materiais. Aqui estão algumas das
principais desvantagens dos elastômeros:

• Sensibilidade a solventes: Alguns elastômeros podem ser sensíveis a certos


solventes e produtos químicos, levando a danos, inchaço ou perda de
propriedades. Isso pode limitar sua aplicação em ambientes quimicamente
agressivos.
• Vida útil limitada: Embora os elastômeros sejam geralmente duráveis e
resistentes, eles podem sofrer degradação ao longo do tempo devido a fatores
como exposição a intempéries, calor, ozônio ou estresse mecânico, o que pode
levar a uma vida útil limitada em algumas aplicações.
• Difícil reciclagem: Alguns elastômeros têm dificuldade em serem reciclados
devido à complexidade de suas formulações e à presença de aditivos. Isso
pode resultar em uma gestão inadequada de resíduos elastoméricos e
contribuir para problemas ambientais.

Essas desvantagens podem ser mitigadas ou superadas por meio de melhorias em


formulações de materiais, práticas de reciclagem aprimoradas e uma conscientização
geral sobre a importância da sustentabilidade e do gerenciamento adequado de
resíduos.

2.10. Patologias de fabricação


Existem algumas patologias ou defeitos que podem ocorrer durante a fabricação dos
elastômeros. Algumas delas seriam:

• Bolhas

As bolhas podem se formar durante o processo de vulcanização dos elastômeros,


resultando em áreas com porosidade ou cavidades internas. Isso pode enfraquecer a
estrutura e comprometer as propriedades mecânicas do material.

• Delaminação

Ocorre quando camadas separadas do elastômero se separam umas das outras. Isso
pode ser causado por má adesão entre as camadas ou por problemas durante o
processo de mistura e cura.
• Contaminação

A contaminação pode ocorrer quando impurezas, como partículas estranhas, sujeira,


poeira ou resíduos de outros materiais, estão presentes na mistura do elastômero.
Isso pode afetar negativamente as propriedades físicas e químicas do produto final.

• Degradação térmica

A exposição à temperaturas elevadas durante a fabricação ou o armazenamento


inadequado pode levar à degradação térmica dos elastômeros. Isso pode resultar em
mudanças nas propriedades físicas e químicas, como perda de elasticidade,
ressecamento, rachaduras e perda de resistência.

• Rachaduras

As rachaduras podem ocorrer devido a vários fatores, como excesso de tensão


durante a vulcanização, envelhecimento do material, exposição a condições
ambientais adversas, ou mesmo problemas na formulação do elastômero. Essas
rachaduras podem comprometer a resistência e a durabilidade do produto final.

• Falta de homogeneidade

A falta de homogeneidade ocorre quando a mistura de elastômero não é uniforme,


resultando em regiões com diferentes propriedades dentro do material. Isso pode ser
causado por uma distribuição inadequada dos componentes durante a etapa de
mistura, levando a variações nas propriedades mecânicas e químicas em diferentes
partes do elastômero.

• Envelhecimento precoce

O envelhecimento precoce refere-se a uma deterioração prematura do elastômero ao


longo do tempo, resultando em perda de propriedades físicas e químicas. Isso pode
ocorrer devido a uma formulação inadequada, exposição a condições ambientais
desfavoráveis ou armazenamento inadequado. O envelhecimento precoce pode levar
à redução da vida útil do produto final.

• Baixa resistência à tração

A resistência à tração é uma propriedade importante dos elastômeros, e uma baixa


resistência à tração pode ser causada por várias razões, como uma formulação
inadequada, problemas de processamento, falhas de cura ou contaminação durante
a fabricação. Uma resistência à tração insuficiente pode resultar em falhas mecânicas
e redução da vida útil do produto.

• Variação dimensional

A variação dimensional refere-se a variações nas dimensões do elastômero produzido


em relação às especificações desejadas. Isso pode ocorrer devido a flutuações nos
parâmetros de processamento, problemas de moldagem ou retração excessiva do
material durante a cura. A variação dimensional inadequada pode levar a problemas
de montagem e incompatibilidade com outros componentes.

Assim como nos plásticos, é importante ressaltar que muitas dessas patologias podem
ser evitadas ou minimizadas por meio de um controle de qualidade rigoroso, testes
adequados durante o processo de fabricação e adoção de boas práticas de produção.
Além disso, a seleção adequada de matérias-primas de qualidade e a realização de
testes de qualidade regulares também são fundamentais para garantir a fabricação de
elastômeros de alta qualidade.

2.11. O material na construção civil


Ainda sobre a aplicação na construção civil, os classificados elastômeros podem ser
destacados como matéria prima para uma série de utilizações, tais quais elenca e
explicita o artigo retirado do blog “Tecnologia de Vedações”, dos quais citamos a
seguir:

• Neoprene como elemento estrutural

Disponível em: https://www.diprotec.com.br/produto/neoprene/

O neoprene é um elastômero cuja principal função na construção civil é possibilitar a


movimentação natural de elementos estruturais em pontes e viadutos, absorvendo os
esforços horizontais e de rotações e transmitindo ao apoio da estrutura os esforços
verticais. Pode ser também fretado, isto é, com reforços metálicos incorporados ao
miolo do mesmo, de forma a absorver cargas ainda mais altas como aparelho de
apoio.

• Impermeabilização e Mantas Sintéticas

Disponível em: https://www.unitecborrachas.com.br/lencol-borracha-epdm

As mantas de borracha EPDM demonstram alta resistência ao calor e ao processo de


envelhecimento. Além disso, apresentam resistência a baixas temperaturas, à luz
solar e possuem propriedades elásticas. Vale ressaltar seu potencial isolante e
excelente desempenho em condições climáticas adversas.

• Manta Asfáltica com Polímeros

Disponível em: https://www.ciplak.com.br/web/wp-content/uploads/2019/05/manta-polietileno-ciplak-


1000x675.jpg

A adição de polímeros à manta asfáltica tem como finalidade aprimorar suas


propriedades físico-químicas. De acordo com o artigo consultado, o asfalto polimérico
possui características importantes, tais como maiores coesões entre as partículas,
excelente elasticidade, aumento da resistência à fadiga e maior resistência aos raios
ultravioleta do sol. Essas melhorias contribuem para um desempenho aprimorado da
manta asfáltica.

• Juntas de assentamento

Disponível em: https://www.quartzolit.weber/ajuda-e-dicas-para-construir/tudo-sobre-juntas

As juntas de assentamento, também conhecidas como rejuntes, desempenham um


papel importante ao permitir acomodação às movimentações da base e das peças
cerâmicas. Para esse fim, são utilizados rejuntes flexíveis que contêm cimento e
elastômeros. Entre eles, os rejuntes com aditivos colantes são especialmente
recomendados para o rejuntamento de porcelanatos. Esses rejuntes garantem uma
melhor aderência e flexibilidade, adequados para lidar com as características
específicas desse tipo de revestimento cerâmico.

• Adições no Concreto

Disponível em: https://www.ulmaarchitectural.com/pt-br/fachadas-ventiladas/linha/paineis-


concreto-polimero

O cimento Portland é amplamente utilizado na construção devido à sua facilidade de


manuseio, permitindo a criação de uma massa maleável que pode ser moldada em
formas e tamanhos pré-determinados após a sua solidificação.
No entanto, o uso do cimento Portland apresenta certas limitações em relação à
resistência à tração na flexão, ataques de agentes agressivos, abrasão e absorção de
água, entre outros. Para superar esses desafios, novos materiais de construção estão
sendo desenvolvidos, como o concreto polimérico, que combina a tecnologia do
concreto com polímeros.

Os elastômeros têm sido aplicados no campo da impermeabilização do concreto,


oferecendo benefícios como impermeabilidade e resistência contra substâncias
contaminantes presentes na água, resistência a determinados produtos químicos,
durabilidade, custo acessível e resistência ao calor. Essas propriedades contribuem
para a melhoria do desempenho do concreto em relação à proteção contra a
penetração de líquidos indesejados e à resistência a fatores ambientais adversos.

• Incorporação de borracha de pneu em Asfaltos

Disponível em: https://aconteceunovale.com.br/portal/wp-


content/uploads/2016/04/asfalto_ecologico.jpg

A incorporação de pneus em misturas asfálticas pode ocorrer de duas formas: método


seco e método úmido. No método úmido, partículas finas de borracha são adicionadas
ao cimento asfáltico, resultando em um novo tipo de ligante conhecido como asfalto-
borracha. Já no método seco, as partículas de borracha substituem parcialmente os
agregados pétreos na mistura. Uma vez adicionado o ligante, é formado um produto
chamado de concreto asfáltico modificado com adição de borracha. Essas técnicas
permitem a utilização de pneus usados na produção de materiais asfálticos,
contribuindo para a reciclagem de pneus e proporcionando benefícios adicionais às
propriedades do asfalto.

• Silicones
Disponível em: https://www.blok.com.br/blog/selante-pu-hibrido-silicone-acrilico

Na área da construção civil, o silicone desempenha diferentes funções em três


categorias principais: selantes, hidrofugantes e aditivos. Os selantes de silicone são
utilizados para vedar caixilhos, peças sanitárias e realizar rejuntamento em pias, box,
banheiras, azulejos, pisos, pias de cozinha e juntas de dilatação.
Quanto à função hidrofugante, o silicone é empregado na proteção de tijolos, concreto,
telhas, rejuntes e pedras naturais, impedindo a absorção de água e permitindo a
evaporação de vapores. Além disso, existem produtos hidrofugantes específicos
utilizados para impermeabilizar superfícies externas na construção civil, oferecendo
proteção contra umidade em paredes e revestimentos, o que contribui para prolongar
a vida útil dos materiais expostos às intempéries.
Por fim, esses materiais citados na sua ampla diversidade podem ser reciclados e
reutilizados, reduzindo a quantidade de resíduos gerados nos processos da
construção civil.

3. Reciclagem de plásticos e elastômeros na construção civil


A reciclagem de plásticos e elastômeros na construção civil desempenha um papel
crucial na redução do impacto ambiental e na promoção da sustentabilidade. Ao
reciclar esses materiais, é possível minimizar a quantidade de resíduos destinados a
aterros sanitários e economizar recursos naturais preciosos.
No setor da construção civil, uma variedade de plásticos e elastômeros pode ser
reciclada e empregada de diferentes formas. Vejamos alguns exemplos:
Reciclagem de resíduos de PVC: O PVC é amplamente utilizado na construção civil.
Ao reciclar os resíduos de PVC, é possível transformá-los em novos produtos, como
pisos, tubos, perfis e componentes para a indústria da construção.
Reciclagem de resíduos de polietileno: O polietileno é outro tipo de plástico
comumente encontrado na construção civil. A reciclagem dos resíduos de polietileno
permite sua transformação em produtos como tubos, mangueiras, revestimentos de
parede e outros componentes úteis.

Reciclagem de elastômeros de borracha: Elastômeros de borracha, como pneus


usados, podem ser reciclados e utilizados em aplicações como pavimentação de
estradas, tapetes de segurança e revestimentos de piso, contribuindo para a
reutilização desses materiais.
Reciclagem de poliestireno expandido (EPS): O EPS, também conhecido como isopor,
é amplamente empregado na construção civil. Sua reciclagem permite a fabricação
de novos produtos, como molduras, placas isolantes, engradados de embalagens e
elementos decorativos.
Reciclagem de outros plásticos e elastômeros: Além dos exemplos citados, outros
materiais plásticos e elastômeros, como polipropileno, poliuretano e neoprene, podem
ser reciclados e utilizados na construção civil. Esses materiais reciclados podem ser
aplicados em pisos, revestimentos, isolamentos e componentes estruturais, entre
outros usos.
A reciclagem na construção civil contribui para a economia circular, cujo objetivo é
fechar o ciclo de vida dos materiais, reduzir o consumo de recursos naturais e
minimizar o impacto ambiental. Essa prática ajuda na preservação do meio ambiente,
na redução da quantidade de resíduos descartados e na diminuição das emissões de
gases de efeito estufa relacionadas à produção de novos materiais.
4. Ensaios
• Índice de Fluidez em Materiais Plásticos

Este ensaio consiste no teste para avaliar a capacidade do material de fluir sob
determinadas condições de temperatura e pressão. Tal verificação frequentemente
favorece na identificação da qualidade e o melhor processo de fabricação para cada
resina plástica, em que se entende que uma pré-seleção e determinadas condições
de processamento viabilizam as propriedades desejadas.

O ensaio constitui-se em:

1º: uma amostra é selecionada e cortada de forma que caiba no funil de alimentação.

2º: a amostra é aquecida em uma câmara, em que a temperatura irá várias de acordo

com a especificação e equipamento.

3º: Uma carga é aplicada sobre o material em quanto o mesmo ainda está quente,
coagindo a massa fluir pelo orifício padronizado.

4º: O fluxo que ocorre no orifício é medido em relação ao tempo.

5º: Por fim, e feito o cálculo do índice de fluidez, que consiste em dividir a massa do

material pela unidade de tempo (gramas por 10 segundos).

Fonte: Tecnología del plástico

• Ensaio de resistência a compressão


Corresponde ao ensaio que demonstrara a resistência mecânica do material, em que
será aplicada uma força sobre o elemento e analisado até seu momento de ruptura
ou deformação.

Com os resultados do ensaio, habitualmente em forma de gráficos e curvas, é possível


determinar a resistência a compressão máxima da amostra.

Assim o ensaio tem como sequência:

1º: A amostra é preparada e cortada em formatos cilíndricos ou retangulares, de forma


que seja adequada ao equipamento.

2º: Por meio de garras mecânica a amostra será fixada de forma que a carga seja
aplicada perpendicular a superfície.

3º: Ocorre a calibração do equipamento para que atenda as especificações desejadas


no momento.

4º: Em seguida uma carga é aplicada gradualmente até o rompimento do exemplar.

5º: Por fim ocorre a análise dos registros feitos durante o ensaio, tal como a curva de
carga x deformação.

• Ensaio a tração de polímeros

A tração é um ensaio que consiste em submeter uma amostra do material a uma força
de tração progressiva até que ocorra a ruptura da amostra.

Os resultados obtidos podem ajudara a determinar diversas propriedades, tais como


módulo de elasticidade, tensão de ruptura, tenacidade, entre outras.

O ensaio constitui-se em:

1º: A amostra é preparada de acordo com as normas, em que geralmente são


moldadas em formas de barras ou filmes com dimensão pré-definidas.

2º: Fixação das amostras.

3º: O dispositivo é configurado, de forma que a velocidade de deformação e a faixa de


aplicação de força sejam estabelecidas.

4º: A tração é aplicada de forma progressiva (50mm/min – 500mm/min).


5º: Registro e análise dos resultados.

Fonte: USP

• Ensaio de Flexão

O ensaio de Flexão é crucial para o exato entendimento e avaliação do material sob


cargas aplicadas em diferentes direções e quantidades, no qual sua resistência será
avaliada pela capacidade de suportar a carga, sem se romper.

O ensaio pode ser realizado da seguinte forma:

1º: Preparar a amostra de forma que ela tenha uma seção transversal retangular ou
quadrada, com dimensões especificas.

2º: A amostra deve ser fixada com a face superior e inferior posicionada
horizontalmente, onde a distância dos pontos de apoio irá obedecer a norma vigente.

3º: Em seguida uma carga é aplicada no corpo de prova, geralmente no centro da


distância entre os dois apoios.

4º: A carga é aumentada gradualmente até que o exemplar se rompa ou deforme.

5º: Com base nos dados obtidos ocorre o cálculo da tensão de flexão e a deformação
de flexão. Por fim a resistência à flexão pode ser calculada pela carga máxima
suportada e a área transversal da amostra.

6º: Análise dos resultados.


Fonte: USP

• Ensaio de Impacto

Apesar da existência de diversos ensaios para impacto, comumente se é utilizado o


processo Izod ou Charpy, em que sua maior diferença está na forma que o exemplar
será fixado. Nestes experimentos, quanto maior for a absorção de energia antes do
rompimento, maior será sua resistência a impactos.

Fonte: Arms Find

O ensaio constitui-se em:

1º: Preparação da amostra de acordo com a especificação aplicável no momento.

2º: Calibração da máquina, e verificação do ambiente, como a temperatura pois ela é


um dos fatores que podem interferir nos resultados.

3º: Posicionamento do corpo de prova de acordo com o ensaio executado.

4º: Ajuste da altura do pêndulo (martelo).

5º: O pêndulo é solto e seu movimento após o impacto será registrado. A realização
do ensaio é feita pelo menos 3 vezes para se fazer um a média.

6º: Análise dos resultados.


• Ensaio térmicos (HST, DSC, DMTA)

Estes ensaios caracterizam-se por avaliar o comportamento dos materiais quando


submetidos a temperaturas elevadas.

Apesar a existência de diversos ensaio para essa categoria, serão citados os três
principais.

1. HST (High Speed Thermal Analysis)

Consiste em avaliar a estabilidade térmica dos polímeros, no qual o material será


aquecido rapidamente em um período, e avaliar seu comportamento.

Os dados obtidos poderão fornecer quais os pontos de fusão, a cinética de


degradação, a temperatura de degradação, entre outros.

2. DSC (Differential Scanning Calorimetry)

Está técnica mede a variação de calor, quanto o polímero transmuta de fase, como a
cristalização ou fusão, fornecendo assim informações sobre a temperatura de
transição, a entalpia e a cinética da transformação.

3. DMTA (Dynamic Mechanical Thermal Analysis)

Já este estudo avalia a resposta mecânica de um material polimérico sob diferentes


condições de temperatura e frequência.

E por fim, seus resultados poderão informar questões como a temperatura de


transição vítrea, o módulo elástico, a viscoelasticidade e outras propriedades
importantes.

5. Referências bibliográficas
https://luciane.com.br/elastomero-na-construcao-civil/
https://www.aedb.br/seget/arquivos/artigos13/5518429.pdf
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https://www.advancedpolymers.com.br/conheca-as-principais-caracteristicas-dos-
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https://toninembalagens.com.br/principais-tipos-de-plastico-e-suas-caracteristicas/
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https://usinaciencia.ufal.br/multimidia/livros-digitais-cadernos-
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https://www.webartigos.com/artigos/processamento-de-
elastomeros/136065#:~:text=%C3%89%20produzido%20atrav%C3%A9s%20da%20
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https://www.compostos.com.br/blog/o-que-sao-
elastomeros#:~:text=Como%20consenso%20geral%2C%20existem%20basicament
e,de%20elastômeros%3A%20termofixos%20e%20termoplásticos
Misturadores em Lotes | AGI (aggrowth.com)
Elastómeros Termoplásticos | Ciência e Tecnologia da BorrachaCiência e Tecnologia
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