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MINISTÉRIO CRISTÃO APRISCO

NÚCLEO BASE
DEZEMBRO/2019

A HISTÓRIA SE REPETE
“Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que
anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para sua maravilhosa luz; Vós, que
em outro tempo não éreis povo, mas agora sois povo de Deus; que não tínheis alcançado
misericórdia, mas agora alcançastes misericórdia” (1Pe 2:9,10).
Na última lição falamos acerca dos fatos que estão profetizados e se cumprirão, alcançando todas as
nações da Terra. Vimos como as Escrituras colocam a igreja no palco central da história e lhe dão o
papel de protagonista no projeto desenhado por Deus para a manifestação de sua glória e a preparação
do mundo para a volta do Messias Todo Poderoso (Mt 24:14; 28:18-20).
Israel e a igreja
Israel foi separado dentre as nações, a fim de preparar o mundo para a vinda do Messias, o Cordeiro
de Deus, que haveria de vir para advogar as causas dos homens e ser sacrificado em favor da
humanidade (Gn 12:1-3 / Is 53:1-11 / Jo 1:29-31).
Como sabemos, Israel não cumpriu com fidelidade sua parte na aliança. Mas mesmo não sendo fiel
ao seu chamado, ainda é uma bênção para todas as nações (Is 19:23-25 / Rm 11:11,12). Deus, porém,
permanece fiel aos seus propósitos, independente da fidelidade humana (2Tm 2:11-13). Por isso, mesmo
em sua queda, Israel não foi rejeitado pelo Senhor (Rm 11:1-5).
Findado o tempo da Antiga Aliança, findou também o tempo do chamado de Deus para com Israel,
em relação ao propósito específico de pregar às nações. Dentro das nações, Deus gerou e tem
sustentado um outro povo, a igreja, a fim de preparar o mundo para a volta do Leão da Tribo de Judá,
que virá como Juiz, para julgar as nações (1Pe 2:9,10 / Mt 28:19,20; 25:31,32 / Ap 19:11-21).
E hoje, olhando para trás e meditando acerca do chamado e do exemplo deixado por Israel, quais
lições podemos tirar? Creio que muitas lições. Mas, talvez, a maior de todas seja a lição ensinada por
Paulo. A lição de que, sendo os judeus o povo escolhido e galho natural, perdeu sua condição e foi
arrancado, devido à quebra da aliança com Deus.
Dessa forma, quanto mais nós, que não éramos escolhidos e sequer éramos povo. Nós, que não
somos galhos naturais, mas fomos enxertados na Oliveira, com muito mais facilidade podemos ser
também arrancados (Rm 11:17-24).
O chamado da igreja
A Bíblia nos assegura que herdamos o privilégio que outrora coube a Israel. O privilégio de sermos
íntimos de Deus e de podermos manifestar sua glória. O privilégio de proclamar as Boas Novas de
salvação ao mundo perdido.
Mas na prática, qual a função da igreja na Terra? Por que, ao nos alcançar, o Senhor não nos levou
para estarmos com Ele em sua glória? Por que nos deixou aqui como embaixadores do seu Reino? Qual
o nosso papel, como indivíduos e como corpo (1Co 12:27)?
Ao longo dos séculos e, principalmente, nos dias atuais, o verdadeiro papel da igreja tem sido
negligenciado ou confundido com tarefas que de fato não deveriam ser sua prioridade. E essa confusão
tem tirado o foco daquilo que realmente deveria ser a igreja na Terra. Além disso, essa distorção
influencia tanto a forma como o mundo enxerga a igreja, quanto a forma como a própria igreja se vê.
Talvez, se perguntássemos a alguns crentes “por que estamos aqui?”, teríamos as mais diversas
respostas, como, por exemplo: “Estamos aqui para louvar a Deus”; “Permanecemos aqui para
pregar a Palavra”; “A igreja existe para ser luz no mundo”, “Somos o sal dessa terra”, etc., mas
nada que realmente expresse aquilo que o Senhor Jesus espera de nós.
A verdade é que a igreja tem se perdido na percepção da sua real função. Em alguns casos, a igreja
tem como prioridade as atividades filantrópicas. Em outros, a força política. Em outros ainda, a maior
atração é uma varinha mágica para a prosperidade financeira. Para muitos é apenas mais um grupo
social, e ainda para alguns, funciona como uma religião, que serve para desencargo de consciência.
Mas a igreja é muito mais que isso. A Igreja é o principal agente de Deus na Terra para a execução
do plano de estabelecimento do seu Reino. É um organismo espiritual, porque o evangelho é um plano
essencialmente espiritual do Senhor para a humanidade e para o universo.
A resposta certa
Na verdade, pode haver alguma confusão e até mesmo discordância, quando buscamos essa
resposta na opinião das pessoas. Mas a Bíblia tem a resposta certa para todas as questões, inclusive
acerca do nosso papel neste mundo. E o que é melhor, nas palavras daquele que a fundou e designou,
o Senhor Jesus:
“Ide, portanto, e fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho,
e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado; e eis que
estou convosco todos os dias, até a consumação do século” (Mt 28:19-20).
Em poucas palavras Jesus nos revela, de forma simples, o plano de Deus para sua Igreja, e expõe a
razão fundamental pelo que a igreja deve trabalhar. Tudo resumido em quatro verbos: ir, fazer
(discípulos), batizar, e ensinar.
Não podemos cair no erro de imaginar que nosso papel se resume a evangelizar. A grande comissão
não se resume a isso. Evangelizar é importantíssimo, mas dentro da grande comissão, é apenas parte
do todo. Ir e compartilhar as Boas Novas fazem parte do propósito da igreja, mas não cumprem
totalmente seu chamado.
 Quantas igrejas estão sempre evangelizando, inclusive os próprios membros, mas esquecendo de
alimentá-los com a Palavra da Verdade (Jo 8:32).
O Senhor Jesus nos apresenta em seu projeto para a Igreja, um grande objetivo: fazer discípulos.
Discípulos que sejam mais que seguidores. Que sejam seus imitadores, que busquem em tudo se
assemelharem a Ele (Rm 8:29-30 / 1Co 11:1).
Para que esse objetivo seja alcançado, Cristo nos apresenta três ações essenciais: pregar, batizar e
ensinar a palavra.
Foi isso que Jesus fez em seu ministério aqui na Terra. Cristo veio ao mundo, se relacionou com as
pessoas, as levou a um compromisso com Deus e lhes ensinou sua Palavra. Este processo, que o Senhor
Jesus utilizou com os doze, deveria servir de modelo e ser reproduzido na vida de outras pessoas, por
meio de seus discípulos ao longo dos séculos.
Portanto, nossa vida aqui deve ser dedicada a este propósito, que para os salvos, é um privilégio. Em
suma, como igreja e como indivíduos, devemos, de verdade, viver para cumprir o chamado que o Senhor
Jesus nos confiou. Esse é o propósito de Deus para sua igreja.
Meditando
Para pensarmos no período Pós Núcleo, ou melhor, Inter Núcleo:
 Como tenho me saído diante da expectativa do meu Senhor e da necessidade dos que perecem,
como corpo e como membro do corpo?

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