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Adriano
Machado
| Reuters
Nos últimos meses, Duprat se opôs a medidas como a liberação do porte de armas, a
nomeação de militares para a Comissão de Anistia e a ordem para comemorar o golpe de
1964 nos quartéis. Foi retaliada com ataques e tentativas de intimidação.
Na segunda-feira, Duprat levou uma rasteira em sua própria instituição. Sem aviso, o
procurador-geral Augusto Aras decidiu removê-la do Conselho Nacional dos Direitos
Humanos (CNDH). Nomeou para seu lugar o procurador Ailton Benedito, que se notabilizou
pela militância bolsonarista nas redes.
O procurador-geral não agiu sozinho. Articulou a manobra com a ministra Damares Alves,
que representa a bancada evangélica no governo. Duprat assumiria a presidência do CNDH
em janeiro. Com seu afastamento, o cargo deverá ser entregue a um aliado do Planalto.
“Há uma intenção clara de ferir a autonomia do conselho. O que parece é que o procurador-
geral da República está a serviço do governo”, diz o atual presidente do órgão, Leonardo
Pinho.
TAGS: • Damares Alves • Augusto Aras • Deborah Duprat • Procuradoria-Geral da República • Ministério Público Federal
• Bolsonarismo • Direitos Humanos
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