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INTRODUÇÃO AO MÉTODO

DE ELEMENTOS FINITOS

4 – INFORMAÇÕES
COMPLEMENTARES
INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES

• Foram apresentados nas lições anteriores diversos pontos


importantes da modelagem numérica por elementos finitos.
– Foco nas considerações para modelagem numérica em geral e
características da solução por elementos finitos.

• Nesta lição final, são apresentadas algumas informações


complementares, fundamentais para o bom desenvolvimento
de análises de elementos finitos.
REPRESENTAÇÃO DE MATERIAL

• A definição do modelo de material é importante para a


determinação da relação constitutiva, associada também à
rigidez do elemento.
– Define as matrizes [C], [N] e [B].

• Dependendo do tipo de análise e de suas características,


determinadas propriedades são fundamentais!
– Exemplos:
> Consideração de peso próprio = densidade é obrigatória
> Expansão térmica = coeficiente de expansão térmica obrigatório
> Análise de fadiga = curva SN ou eN obrigatória
REPRESENTAÇÃO DE MATERIAL

• Deve-se observar a necessidade de propriedades mais


avançadas, para caracterizar certos comportamentos:
– Consideração de deformações plásticas permanentes
(elastoplasticidade);
– Resposta dependente do tempo e temperatura (fluência) ;
– Relação não-linear entre tensão x deformação, para representação de
elastômeros (hiperelasticdade).

Elastoplasticidade Fluência Hiperelasticidade

Estão associadas à não-linearidade!


CONDIÇÕES DE CONTORNO E CARREGAMENTOS

• Como foi visto, o modelo numérico busca representar um


problema físico, e a qualidade desta representação está
associada a uma correta representação do objeto de estudo.

• Além de uma boa discretização numérica e correta


representação da resposta do material, cabe ao engenheiro
de simulação definir as condições de contorno e
carregamentos para representar o problema físico.

• Diferentes carregamentos e condições de contorno podem


apresentar diferenças significativas em termos de resultados!
CONDIÇÕES DE CONTORNO E CARREGAMENTOS

• Exemplo: representação de força aplicada em olhal.


CONDIÇÕES DE CONTORNO E CARREGAMENTOS

• Exemplo: pressão vertical aplicada em carcaça

Fixed Support na base

Frictionless Support na base


TÉCNICAS DE MODELAGEM

• Para otimizar os tempos de análise, existem diferentes


técnicas de modelagem, tipicamente destinadas a reduzir a
dimensão do modelo de elementos finitos.

• Deve-se avaliar se determinadas técnicas são aplicáveis


para o caso em estudo!

• A modelagem idealizada corresponde a uma técnica de


simplificação dos modelos.
– Uso de elementos de casca e viga
– Análises em estado plano de tensões ou deformações
– Análises Axissimétricas
TÉCNICAS DE MODELAGEM – SIMETRIA

• Válida quando existe simetria geométrica e de condições de


contorno.

Modelo não simétrico


Modelo Simétrico
Geometria simétrica
Geometria e carregamentos simétricos
Carregamento asimétrico
TÉCNICAS DE MODELAGEM – SIMETRIA

• A simetria é definida através de restrições de graus de


liberdade.
– Translação na direção normal ao plano de simetria restrita
– Rotações nas direções do plano de simetria restritas

Plano de simetria em YZ

• UX = 0
• ROTY = 0
• ROTZ = 0
ORIENTAÇÃO DE ELEMENTOS DE CASCA

• Elementos de casca, embora sejam representados por uma


geometria de superfície sem espessura, normalmente
permitem o cálculo de resultados em diferentes posições ao
longo da mesma.
– “Top”, “middle” e “bottom”.

• Com isso, é importante identificar a orientação da normal da


superfície, para evitar erros.
ORIENTAÇÃO DE ELEMENTOS DE CASCA

• Exemplo: chapa fina com faces de normais inconsistentes em


flexão.

• Tensão Normal em X, na superfície de normal positiva (Top)


NODAL RESULTS X ELEMENT RESULTS

• Grandezas derivadas (deformações, tensões) são calculadas


nos pontos de integração, a partir dos graus de liberdade.

• Esses resultados são então transferidos


para os nós do elemento.
– Comportamento linear: resultados extrapolados
linearmente
– Comportamento não-linear: resultados copiados
para os nós

• Dessa forma, um nó pode receber a “contribuição” de


tensões/deformações de vários pontos de integração.
– Resultados são transferidos para os corner nodes.
NODAL RESULTS X ELEMENT RESULTS

• Esses resultados podem ser trabalhados de duas principais


formas, para plotagens no pós-processamento.

• Média Nodal (Averaged / Nodal Results)


– É feita uma média dos resultados em cada um dos nós, levando em
conta a contribuição proveniente de cada ponto de integração.

• Média no Elemento (Unaveraged / Element Results)


– A média é feita em cada elemento, considerando os resultados
calculados nos pontos de integração.

• Tipicamente, quanto melhor a qualidade da malha, menor


será a diferença entre os resultados nodais e de elemento.
NODAL RESULTS X ELEMENT RESULTS

1 0,5

Averaged
Results 1,75
2 4
0 -3
0
1,5 -0,5
1 3
3
2 1
3
1 -2

Unaveraged 1,5 0,5


Results

1
NODAL RESULTS X ELEMENT RESULTS

• Em elementos de 2ª ordem, deve-se observar a sequência


de extrapolação de resultados:
– Resultados são levados para os corner nodes (interpolados/copiados)
– Resultados dos nós intermediários são interpolados com base nos nós
da mesma aresta
– É calculada a média nodal ou do elemento.
EXEMPLO DE UMA
ANÁLISE NUMÉRICA
EXEMPLO DE UMA ANÁLISE

• Modelo:
– Tanque esférico de alumínio (E = 10e6 psi,  = 0,3), carregado com
um determinado volume de água.
A

100 “ A
100 “
1“
Section Definition

m
lbf
80 “
  1.163279 3 c
in

Section A-A
Stress Convention
Pergunta: qual a distribuição de tensões meridional e circunferencial?
E como a resposta numérica se aproxima do cálculo analítico?
EXEMPLO DE UMA ANÁLISE

• Decisões preliminares.
– Que tipo de análise?
Estrutural estática

– Qual geometria será usada?


Elementos de linha
Elementos de casca
Elementos planos
Elementos tridimensionais

– O que deve ser modelado?


Apenas a geometria do vaso
Não é necessário uma parte para a água
EXEMPLO DE UMA ANÁLISE

• Decisões preliminares.
– Qual elemento usar?

Modelo plano

PLANE183

Modelo de casca

SHELL181
EXEMPLO DE UMA ANÁLISE

• Pré-processamento
– Geometria

Axisymmetric model One-quarter Symmetry Model


EXEMPLO DE UMA ANÁLISE

• Pré-processamento
– Malha

Axisymmetric model One-quarter Symmetry Model


EXEMPLO DE UMA ANÁLISE

• Pré-processamento
– Condições de contorno

Tangential
Constraint*
Hydrostatic
pressure
Edge Symmetry
constraint

Axisymmetric model

* Tangential constraint used to allow comparison to Roarke closed form solution.


EXEMPLO DE UMA ANÁLISE

• Pré-processamento
– Condições de contorno
Edge Symmetry
constraint Tangential
Constraint*

Hydrostatic
pressure

Edge Symmetry
constraint

* Tangential constraint used to allow comparison to Roarke closed form solution.


EXEMPLO DE UMA ANÁLISE

• Tensões circunferenciais

Axisymmetric model One-quarter Symmetry Model


EXEMPLO DE UMA ANÁLISE

• Tensões meridionais

Axisymmetric model One-quarter Symmetry Model


EXEMPLO DE UMA ANÁLISE

• Comparação com resultados analíticos obtidos pelo Roarke,


para validar a solução.

Membrane Stress Distributions for Axisymmetric Model Membrane Stress Distributions for Quarter Symmetry Model

180 180

160 160

140 140

120 120
y (inches)

y (inches)
100 100

80 80

60 60
Circumferential Stress (Roarke) Circumferential Stress (Roarke)
Circumferential Stress (Axisymmetric) Circumferential (quarter symmetry)
Meridional Stress (Roarke) 40 Meridional Stress (Roarke) 40
Meridional Stress (Axisymmetric) Meridional Stress (quarter symmetry)

20
y 20
y
0 0
0

0
2000

4000

6000

8000

2000

4000

6000

8000
-10000

-8000

-6000

-4000

-2000

10000

-10000

-8000

-6000

-4000

-2000

10000
Stress (Psi) Stress (Psi)

Axisymmetric model One-quarter Symmetry Model

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