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TRIBUTOS DIRETOS São aqueles que recaem definitivamente sobre o contribuinte que está

direta e pessoalmente ligado ao fato gerador. Assim, a mesma pessoa é o contribuinte de fato
e de direito. Incidem sobre o patrimônio e a renda. Exemplo: o IRPJ, o IRPF, a CSLL, o IPTU,
etc.

O que vem a ser Regimes Tributários - são leis que regem e indicam como às empresas
devem apurar e recolher os tributos ao governo federal. De acordo com Pêgas (p. 373, 2017),
“toda empresa legalmente constituída no Brasil pode ser enquadrada pela legislação tributária
em cinco situações distintas, em relação à tributação sobre seu resultado”

• Simples Nacional – é exclusivo para empresas enquadradas como Microempresas e


Empresas de Pequeno Porte. Período de Apuração - Mensal

• Lucro Presumido – é calculado considerando apenas as receitas das empresas, devendo ser
utilizado principalmente nas empresas bastante lucrativas. Período de Apuração - Trimestral

• Lucro Arbitrado – decorre principalmente, da não validade da escrituração contábil ou da


impossibilidade de se calcular os tributos pelas vias normais. Período de Apuração - Trimestral

• Lucro Real – é a forma de tributação que tem como base o lucro contábil, sendo interessante
para empresas com resultados mais equilibrados. Período de Apuração – Trimestral ou Anual
( Lucro Real Anual – o IRPJ é pago por estimativa )

• Imune/Isenta – as entidades imunes e isentas estão desobrigadas ao pagamento do IR e


CSLL.

LUCRO: CONCEITOS CONTÁBEIS E TRIBUTÁRIOS

1. Lucro Bruto - É apurado, deduzindo-se das receitas líquidas de vendas o custo dos produtos
vendidos ou dos serviços.

2. Lucro Operacional - É o resultado das operações próprias da empresa, compatíveis com seu
objetivo social.

3. Lucro de Exploração: ➢ É o lucro que serve de base para o cálculo de benefícios fiscais de
isenção ou redução do IRPJ; ➢ É o lucro contábil antes da provisão para pagamento do
imposto de renda, ajustado pela exclusão dos seguintes valores: I - a parte das receitas
financeiras que exceder das despesas financeiras II - os rendimentos e prejuízos das
participações societárias; e III - os resultados não operacionais. ➢ Art. 626 do RIR – Decreto
nº 9.580/2018

4. Lucro Arbitrado - Lucro arbitrado é uma prerrogativa do Fisco. Este poderá arbitrar o lucro,
na forma da lei, nas hipóteses em que a escrituração contábil e fiscal do contribuinte for
desclassificada.
5. Lucro Presumido - Art. 35 da IN 93/97 e Art. 14 da Lei 9.718/98 ➢ É um conceito
tributário, onde as empresas ao invés de recolher o IR e a CS pela apuração do lucro real, ou
seja, através da escrituração contábil podem presumir o lucro. Considera, como tal, o
resultado da aplicação de determinado percentual sobre a receita total;

6. Lucro Real: ➢ Conforme determina o RIR, é o lucro líquido (contábil) do período-base


ajustado pelas adições, exclusões ou compensações prescritas ou autorizado pela legislação
do IR. ➢ É o lucro que serve de base de cálculo para recolhimento do IR e CS. Esse lucro é um
resultado extracontábil e seu controle é feito através do Livro de Apuração do Lucro Real
(LALUR).

Parcela do lucro real, presumido ou arbitrado, que exceder o valor resultante da multiplicação
de R$ 20.000,00 pelo número de meses adicional de 10% ir. Poderá optar pelo regime de
tributação com base no lucro presumido a pessoa jurídica cuja receita bruta total, no ano-
calendário anterior, tenha sido igual ou inferior a R$ 78.000.000,00

Atenção!!! - De acordo com o art. 1179 do CC todas as empresas, inclusive as Micro e


Pequenas Empresas optantes no Simples Nacional são obrigadas a manter a escrituração
contábil.

O Lucro Presumido de um modo geral é determinado mediante a aplicação do percentual de


8% sobre o valor da receita bruta mensal. Existem outros percentuais para atividades
específicas (Lei nº. 9.249/95).

Adição do Imposto a Pagar

➢ juros recebidos; ➢ descontos obtidos; ➢ variações monetárias ativas; ➢ ganhos de capital


na alienação de bens e direitos; ➢ rendimentos de aplicações financeiras – renda fixa e
variável; ➢ juros recebidos sobre o patrimônio líquido (JCP); ➢ receita de locação de imóvel,
quando a pessoa jurídica não exercer esta atividade; ➢ qualquer outra receita não relacionada
com a atividade principal da empresa

Deduções do Imposto a Pagar

➢ Imposto de renda retido na fonte; ➢ Imposto pago no exterior sobre lucros, rendimentos e
ganhos de capital; ➢ Imposto de renda retido na fonte por órgão público; ➢ Imposto sobre
renda variável.
II. IRPJ - LUCRO REAL Conceito - Lucro Líquido do exercício ajustado pelas adições, exclusões ou
compensações prescritas ou autorizadas pela legislação.

Estão obrigadas à apuração do lucro real as pessoas jurídicas: ➢ Cuja receita total, no ano-
calendário anterior, seja superior ao limite de R$ 78.000.000,00 (setenta e oito milhões de
reais), ou proporcional ao número de meses do período, quando inferior a 12 meses; ➢ Sejam
instituições financeiras; ➢ Com lucro, rendimentos ou ganhos de capital oriundo do exterior;
➢ Que tenham benefícios fiscais de isenção ou redução do imposto; ➢ Que tenham efetuado
pagamento mensal pelo regime de estimativa no decorrer do ano-calendário; ➢ factoring.
Enquadramento Obrigatório pelo Lucro Real conforme Art.14 Lei 9.718/98 e Art. 258 do RIR – Decreto nº 9.580/2018:
• Receita Bruta total superior a R$ 78.000.000,00 no ano-calendário anterior; • Bancos Comerciais, Bancos de
Investimentos, Bancos de Desenvolvimento, Caixas Econômicas Sociedades de Crédito Imobiliário, Corretoras e
Distribuidoras de Valores, Arrendamento Mercantil, Cooperativas de Crédito e Empresas de Seguros Privados e de
Capitalização; • Queiram usufruir, de Benefícios e/ou Incentivos Fiscais; • Que tenham auferido lucros, rendimentos
ou ganhos de capital no exterior; • Factoring.

Prejuízo Fiscal

Prejuízo fiscal é simplesmente o "lucro real negativo" de um determinado período, trimestral


ou anual e que a PJ poderá compensar com até 30% do "lucro real positivo" de períodos
subsequentes. A compensação de Prejuízos Fiscais está limitada a 30% do Lucro Real
apurado; Não é possível compensar prejuízos fiscais no cálculo mensal da estimativa; A
empresa, que alterar sua sistemática de tributação para o Lucro Presumido, poderá
futuramente ao retornar para o Lucro Real, compensar prejuízos fiscais apurados em períodos-
base anteriores; Ocorrendo cumulativamente mudança de controle societário e alteração do
ramo de atividade, perdese o direito de compensar prejuízos fiscais acumulados.

Principais Adições –

Multas por infrações fiscais


Provisões indedutíveis
Contribuições e doações não dedutíveis
Gratificações à diretoria
Resultado negativo da equivalência patrimonial

Principais Exclusões

Resultado positivo da equivalência patrimonial


Reversões de provisões não dedutíveis
Incentivos fiscais
Depreciação acelerada incentivada
Despesas Dedutíveis
➢ Perdas estimadas em Créditos de Liquidação Duvidosa; ➢ Provisão para Ajuste a Valor de
Mercado e para perdas por Impairment; ➢ Provisão para Gratificações de Empregados; ➢
Provisão para Gratificações de Administradores; ➢ Provisão para Contingências; ➢ Provisão
para Licença-Prêmio;

Perdas no Recebimento de Créditos


Os registros contábeis das perdas dedutíveis serão efetuados a Débito da conta de resultado e
a Crédito: ➢ Da conta que registra o crédito em se tratando de crédito sem garantia e de valor
até R$ 5.000,00; ➢ Da conta redutora do crédito, nas demais hipóteses.

Exemplo de Contabilização:
DÉBITO Perdas no Recebimento de Créditos (Despesas Operacionais com Vendas)
CRÉDITO Duplicatas a Receber (Ativo Circulante)

Contabilização da Constituição da Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa:


DÉBITO Despesas com Créditos de Liquidação Duvidosa (Despesas Operacionais com Vendas)
CRÉDITO Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (redutora do Ativo Circulante)
Aspectos Tributários Adição na parte “A” do LALUR e controle na parte “B”

Reversão da Provisão:
DÉBITO Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (redutora do Ativo Circulante)
CRÉDITO Outras Receitas Operacionais
Aspectos Tributários Exclusão na parte “A” do LALUR e consequentemente sua baixa na parte
“B”

• Redução do Imposto - A redução ocorre quando a empresa, em um determinado mês,


demonstra que o valor apurado do imposto menos o valor já pago durante o período
acumulado é inferior ao cálculo pela estimativa como base na receita;

• Suspensão do Imposto – A suspensão do recolhimento do imposto ocorre quando a empresa


demonstra através de balancete que em um determinado mês, o resultado acumulado de
janeiro até esse mês, resultou em prejuízo fiscal, inexistindo imposto a pagar

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