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Ser social: Do capitalismo concorrencial ao capitalismo monopolista

Durante o século XIV a burguesia tomou ciência de que ela própria é


uma classe e que para se desenvolver necessitava antagonizar as demais, a
partir disso, criou-se um projeto de sociedade através de revoluções
renascentista, protestante e o iluminista que tiveram força com a expansão das
grandes navegações que foram apoiadas pelo estado.

No iluminismo desenvolveu-se as estruturas manufatureiras e


posteriormente as industriais que permitiram atrelar o trabalhador a maquinaria,
agora o trabalhador não controla o meio de produção, porém, diferente do
servo e do camponês, este acreditava ser livre, pois era capaz de negociar
utilizando sua mão de obra como produto, contudo, aquele que detinha os
meios de produção podia forçar resultados maiores tornando as negociações
irrisórias.

Neste processo os burgueses perceberam que a mão de obra é a única


mercadoria que gera mais riquezas em cima do que é investido e devido à
natureza concorrencial, esse excedente não é pago a quem demanda a mão
de obra, pois é visado o maior lucro em menos tempo. Ou seja, a exploração
do trabalhador para obtenção de excedentes não era algo subjetivo, mas sim,
um movimento inerente, pois o capital é uma relação social que gera riquezas
explorando o trabalhador, que por sua vez acha isso natural, logo, tem-se uma
alienação.

Seguindo os processos revolucionários, alguns países como Inglaterra e


França iniciaram o processo de transição de uma sociedade feudal para o
capitalismo concorrencial, isso deu início a um confronto entre a burguesia e a
aristocracia. Durante a segunda revolução industrial há uma expansão de
mercado através da guerra, advinda dos EUA, criando o complexo industrial
militar, que por sua vez gerou o processo de imperialismo e neocolonialismo
visando obter mão de obra e matéria prima mais baratas.
Com a expansão destes países, os demais que ainda mantém um
sistema semifeudal, como Itália, Alemanha e Japão, são obrigados a se
industrializar para o capitalismo monopolista, esse processo é mais curto pois o
estado financia e intermedia entre a burguesia e a aristocracia. Devido a isso o
estado se tornou muito forte na economia e com o intuito de corrigir os
problemas na economia e assim alcançar os demais países surgiu uma
ideologia conservadora e autoritária que se manifestou através do fascismo na
Itália e do Nazismo na Alemanha.

Neste período foi mudada a estrutura da classe trabalhadora, no qual


dividiu-se entre operários qualificados e não qualificado, sendo o primeiro
aquele que lida com tecnologias, possuindo mais valia, e por conseguinte
recebendo um salário melhor. Os mais qualificados, devido ao seu nível de
formação, acabam liderando os sindicatos e partidos, acreditando que o
capitalismo com auxilio dos trabalhadores, poderá se auto corrigir e se
desenvolver para o socialismo, contudo, nada disso acontece, pois foram
geradas cada vez mais riquezas em menos tempo, o que leva a
superproduções no qual é resolvida apenas após a segunda guerra mundial no
qual iniciou-se a chamada “era de ouro do capitalismo”.

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