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Petróleo

Senado aprova novas regras de divisão dos royalties de petróleo


Depois de mais de sete horas de intensos debates entre
representantes de estados produtores e não produtores de
petróleo, os senadores aprovaram, na noite de ontem, 19,
o substitutivo do senador Vital do Rêgo Filho (PMDB/PB)
ao PLS 448/11 (clique aqui), que trata da divisão dos
royalties e participação especial aos entes da federação.
A proposta, que foi duramente criticada por senadores do
RJ e ES, que apontaram perda de receita para seus
estados já em 2012, segue agora para a Câmara.
A matéria foi aprovada com duas importantes mudanças
realizadas pelo relator pouco antes da votação. Vital do
Rêgo retirou a proposta de redefinição das chamadas
linhas geodésicas, responsáveis por definir as áreas de
exploração de óleo no mar, o que alteraria a geografia das
bacias petrolíferas.
Outro ponto retirado do texto diz respeito à possibilidade
de a União formar joint ventures com as petroleiras. Vital
do Rêgo informou que muitos senadores não entenderam
a proposta e por isso ele julgou melhor discutir a iniciativa posteriormente. "Este
ponto precisaria ser mais bem explicado. Muitos não entenderam nosso propósito",
informou.
Entenda a proposta de Vital do Rêgo, contida no PLS 448/11:
Vinculação:
O projeto aprovado prevê que parte da verba destinada a estados e municípios
tenha destinação específica, beneficiando os setores da educação, saúde,
desenvolvimento e infraestrutura.
Preço de mercado:
Impede que a União venda parcela do óleo a que tem direito no regime de
partilha por um preço abaixo do praticado pelo mercado.
Partilha:
Para o regime de partilha, exclusivo do pré-sal, adota a seguinte divisão de
recursos para 2012: União (20%), Estados produtores (22%), municípios
produtores (5%), municípios afetados (2%), Fundo Especial para estados e
municípios não produtores (51%).
'Royalties':
Para o regime de concessão, que abrange contratos em vigor, estabelece a
seguinte divisão de recursos para 2012, comparando-se com 2011: União
(redução de 30% para 20%), estados produtores (redução de 26,25% para
20%), municípios produtores (redução de 26,25% para 17%), municípios
afetados (redução de 8,75% para 3%), estados e municípios não produtores
(aumento de 8,75% para 40%).
Participação especial:
Estabelece a seguinte divisão para 2012, comparando-se com 2011: União
(redução de 50% para 42%), estados produtores (redução de 40% para 34%),
municípios produtores (redução de 10% para 5%), estados e municípios não
produtores (aumento de 0 para 19%).
Joint venture:
Prevê a possibilidade de joint venture (associação de empresas) entre União
e exploradoras de petróleo no caso de campos a serem licitados por meio de
partilha. Pelo projeto, a União poderá participar dos investimentos, "assumindo
riscos e partilhando lucros", nas atividades de exploração, desenvolvimento e
produção de petróleo. A proposta foi retirada pelo senador Vital do Rêgo.
Geografia:
Modifica pontos de referência que definem as áreas de exploração do óleo no
mar, alterando a geografia das bacias de petróleo. Na prática, o Rio de Janeiro,
por exemplo, perderia uma ponta das Bacias de Campos e de Santos. Diante
da polêmica, proposta também foi retirada do projeto.
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