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CAMPUS TABATINGA
COORDENAÇÃO DE EXTENSÃO
Tabatinga, AM
2019
DANIEL LEANDRO LIMA DE OLIVEIRA
Tabatinga, AM
2019
DADOS DE IDENTIFICAÇAO
DADOS DO ESTAGIÁRIO
Endereço: Rua Arlindão, s/n – Nova Esperança, Tabatinga- AM. CEP: 69640- 000
E-mail: danielleandro08928@gmail.com
DADOS DA EMPRESA
E-mail: semmatbt@hotmail.com
Função: Estagiário
INTRODUÇÃO
2. DESENVOLVIMENTO
educação ambiental nas escolas para crianças, adolescentes e jovens. Seu lema está embasado
na preservação, conservação, defesa, melhoria, recuperação e controle do meio ambiente para
um espaço ecologicamente equilibrado para o uso comum do povo, sendo essencial à qualidade
de vida.
A SEMMAT ainda não possui sua própria estrutura física, pois seu funcionamento dá-
se no prédio alugado pelo IPAAM (Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas), que é
também cedido a ADAF (Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas).
Quanto à estrutura física do prédio, ela é composta por duas salas de aproximadamente
25m2, uma sala de recepção, banheiros masculino e feminino e garagem. Em relação aos
recursos humanos, possui sete colaboradores, sendo uma engenheira de pesca, uma engenheira
florestal, dois assistentes administrativos; um motorista e um serviços gerais.
Além disso, a Secretaria possui uma motocicleta (Bis) e para o deslocamento de
servidores para realizar vistorias faz-se o uso de carros e motos. Nota-se que a SEMMAT
necessita de mais recursos humanos, materiais e de transporte para realizar serviços com mais
qualidade e celeridade à população tabatinguense, principalmente relacionada a riscos de queda
de árvores e de campanhas de educação ambiental.
Quanto à missão, a Secretaria de Meio Ambiente de Tabatinga segue como norte:
conservar, manter e cuidar do meio ambiente e da infraestrutura ambiental da cidade de
Tabatinga.
A sua função está voltada em formular e executar políticas de gestão ambiental com a
participação da sociedade, promovendo o desenvolvimento ecologicamente equilibrado, de
forma integrada, garantindo a proteção dos recursos naturais para as presentes e futuras
gerações.
O objetivo das ações é sensibilizar a comunidade em geral no que diz respeito à preservação
do meio ambiente, com atividades que promovam uma mudança de atitude para diminuir os
problemas ambientais.
Tem como objetivo diminuir os riscos de acidentes aéreos, mediante ações educativas
iniciais que poderão contribuir na sensibilização da população para mudança de comportamento
em relação à gestão de resíduos sólidos.
O Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos foi elaborado de acordo com a
Lei nº 12.305/10, a Política Nacional de Resíduos Sólidos.
Consiste em monitorar e combater tipos de poluição, como: poluição sonora, poluição do ar,
poluição do solo, poluição da água, poluição visual, na flora, entre outros.
Este documento de Licença é válido para a verificação de sua adequação ambiental em área
prevista para implantação de empreendimentos e construção de atividades que ocasionam
impactos ambientais.
Tem como objetivo sensibilizar e orientar a comunidade sobre o uso do fogo sem prévia
autorização de órgão ambiental competente, fato que expõe perigo à vida, à integridade física e
ao meio ambiente.
Tem como objetivo sensibilizar e orientar a comunidade sobre a quantidade de resíduos que
vai para o lixão, buscando reduzir essa quantidade ao premiar a sociedade em geral que recicla
os materiais e utiliza para fazer arranjos natalinos.
Tem como objetivo sensibilizar, orientar, interagir e trabalhar a educação e gestão ambiental
no município, buscando mostrar à população de Tabatinga meios para se construir um ambiente
equilibrado para a atual e futuras gerações.
3. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
3.1.1 Inspeção
As inspeções são uma das principais atividades realizadas pela Secretaria Municipal de
Meio Ambiente de Tabatinga (SEMMAT). É uma ação que tem por objetivo avaliar, analisar,
examinar ou vistoriar alguma ocorrência que esteja dentro do contexto da SEMMAT.
As principais inspeções realizadas pela SEMMAT são: inspeções de corte e poda;
inspeções de denúncia de poluição sonora; e inspeções de obstrução de passagem, que se refere
ao descarte inadequado de resíduos.
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O Município de Tabatinga possui uma grande diversidade de plantas, realidade que deve
ser conservada ao máximo, principalmente no ambiente urbano. Em virtude disso, a inspeção,
seja ela solicitada por meio do proprietário ou por meio de um denunciante, é uma das formas
mais eficazes para se manter um ambiente equilibrado e conservar espécies ameaçadas de
extinção. Outro fator dessas inspeções é a prevenção de acidentes, pois assim evitasse que os
próprios moradores realizem serviços de corte e poda sem os equipamentos de proteção
individual (EPI) necessários.
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SEMMAT) tem a obrigatoriedade de tomar
providencias para as vistorias das árvores. Somente após a vistoria e a emissão de autorização
para poda (ou para retirada) poderá ocorrer qualquer intervenção.
A solicitação deve ser feita na sede da SEMMAT e o proprietário do imóvel precisa
apresentar cópia do RG e CPF. Também é preenchido um formulário com informações do
imóvel e da espécie da árvore.
A solicitação de corte deve ser evitada ao máximo, pois a conservação precisa ser
prioridade quanto aos problemas que os moradores acreditam enfrentar por conta da árvore em
questão. Portanto, é recomendado que a solicitação de corte seja feita em caso de: podridão no
tronco; ataque de pragas que comprometa o desenvolvimento da árvore; danos a calçadas; raízes
expostas; iminente risco de queda; apresentar grande estrutura e estiver próximo a residências.
A solicitação de poda deve ser feita quando houver partes da árvore que colocam em
risco a segurança das pessoas como: galhos em contato com a fiação elétrica, estabelecimentos
comerciais e residências.
Após a solicitação de corte ou poda, a secretaria envia profissionais para inspecionar se
as questões apresentadas pelo proprietário no dia da solicitação estão de acordo com a realidade,
e após esse procedimento a SEMMAT elabora um laudo técnico, e o pedido do requerente
poderá ou não ser deferido, conforme o parecer técnico.
No dia 18 de março foi realizada uma inspeção de corte e poda de árvores no bairro São
Francisco, rua Marechal Rondon. A ação teve por finalidade avaliar as condições fito sanitária
de três árvores: mangueira (figura 1), sapoteira (figura 2) e castanhola (figura 3). Também
foram avaliados dados referentes ao risco da espécie encontrada e o trato cultural.
Segundo artº. 241 (Código Ambiental de Tabatinga da Lei 835/2018 de 20 de dezembro
de 2018), a “relocação, derrubada, o corte ou a poda de árvores ficam sujeitos à autorização
prévia do Órgão Ambiental Municipal”. Dessa maneira é preciso autorização da Secretaria de
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Meio Ambiente para a poda e corte de árvores, sendo executado pela Secretaria de Defesa Civil
ou Bombeiros em um prazo não superior a noventa dias, dependo dos riscos.
Dessa forma, a moradora solicitou que a SEMMAT realizasse a vistoria e alegou que os
vizinhos já tinham feito um boletim de ocorrência por conta dos galhos e folhas estarem
prejudicando o dia a dia da comunidade. A moradora se apresentou muito atenciosa e
interessada em solucionar os problemas.
De acordo com a inspeção, o relatório constatou que a Mangueira estava irregular, pois
estava inclinada, apresentando risco de tombamento e com galhos extensos e retorcidos; a
Sapoteira estava com as raízes expostas, fungos atacando a base e seus galhos extensos
estavam comprometendo a estrutura da casa vizinha; a Castanhola estava com galhos extensos
que afetavam a fiação, o que colocava em risco a vida das pessoas que moram na região e a
árvore apresentava fungos no fuste.
O laudo técnico foi feito e disponibilizado pela SEMMAT, apresentando as principais
informações das árvores e seu respectivo trato cultural (quadro 1). Após todo esse trabalho o
laudo técnico ficou à disposição do solicitante para ser levado à Defesa Civil ou para o Corpo
de Bombeiros, que são as instituições responsáveis para realizar o trato cultural (corte ou a
poda).
Quadro 1. Riscos provocados por espécies de árvores.
público, ela não pode exceder aos níveis considerados aceitáveis pelas normas da Associação
Brasileira de Normas Técnicas – ABNT.
Em consequência disso, a SEMMAT exerce um papel fundamental para que a resolução
acima não funcione apenas na teoria, mas principalmente na prática. A Secretaria atua na forma
de vistorias de denúncia orientando os proprietários de forma pacífica sobre o volume
permitido, as consequências à saúde e principalmente sobre o respeito que se deve ter com a
vizinhança.
Em detrimento de denúncias de moradores sobre o intenso volume de som, foram
realizadas inspeções em alguns bares do porto de Tabatinga (figura 4). O objetivo foi
sensibilizar os proprietários por meio de conversas, apresentando seus direitos e deveres e
também relatando os riscos e consequências à saúde que um som muito intenso pode trazer aos
próprios frequentadores como também para a vizinhança.
Nessas inspeções é utilizado um decibelímetro (figura 5), instrumento que faz a aferição
do som indicando se os decibéis ultrapassam o limite excedido (60 decibéis) e a aferição é feita
com distância de 5 metros da caixa de som dos bares (figura 6). A NBR 10.151 estabelece que:
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os limites para emissão de sons e ruídos para os períodos diurnos e noturnos. Tais
restrições são estabelecidas porque, de acordo com a Organização Mundial de Saúde
(OMS), a exposição por períodos prolongados de sons e ruídos a partir de 55 decibéis
pode provocar danos muitas vezes irreversíveis à audição humana.
Neste contexto pode-se afirmar que a intensa atividade humana em áreas que possuem
sistemas aquáticos acaba gerando um processo acelerado de degradação de suas características
físicas, químicas e biológicas.
Uma dessas evidências é a comunidade Guadalupe, área que fica às margens do rio
Solimões e que faz fronteira com Leticia-COL. Há muito tempo, por volta dos anos 90,
Guadalupe era apenas um barranco cercado por água e por esse motivo não tinha muitos
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moradores, mas com o passar do tempo a paisagem foi sendo modificada por conta da
sedimentação que ocorria a cada ano. Essa sedimentação fez com que Guadalupe se tornasse
uma praia, ou uma espécie de várzea, e, consequentemente, muitas pessoas ocuparam essa área
construindo suas palafitas fazendo com que a região se tornasse uma comunidade.
Esse crescimento populacional acabou intensificando a degradação ambiental. Acerca
disso, Araújo apud Genz e Tucci (1995, p. 8) afirma que:
Tal ação fazia com que os resíduos e a vegetação não seguissem o fluxo da correnteza
e as casas que ficavam na área afetada pelo acúmulo eram prejudicadas. Segundo os moradores
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das casas vizinhas eles eram surpreendidos pela vegetação e por animais, principalmente cobras
e jacarés, fato que acarretou até mesmo no abandono de algumas casas. O problema também
afetava o acesso de embarcações, meio de transporte utilizado pela maioria dos moradores de
Guadalupe.
A SEMMAT conversou com o suposto morador responsável (figura 9) pelo ato, e expôs
os problemas que as casas vizinhas estavam enfrentando. O morador em certos momentos da
conversa mostrou um tom de diálogo alterado, mas logo entendeu que todas as partes
precisavam entrar em acordo. Ele alegou que pelo fato de sua residência estar na saída do canal,
a correnteza levava todos os resíduos de encontro a sua casa, e tal ação foi a única medida
encontrada naquele momento para amenizar os problemas afrentado por sua família.
A Semana do Meio Ambiente é uma das principais ações realizadas todos os anos pela
SEMMAT. Ela exerce um papel importantíssimo na educação de crianças, jovens e adultos,
pois todos os anos são realizados cines ambientais, palestras, gincanas, ações para melhoria da
cidade, entre outras atividades. Segundo Santos (2014, p.37)
Logo após as palestras a turma do 6° ano foi escolhida para fazer uma ação no entorno
da Escola que consistia em recolher os resíduos (figura 12) e em um curto espaço de tempo
foram recolhidos cinco sacos grandes de resíduos (figura13). Os alunos ficaram surpreendidos
com a quantidade recolhida. Desta forma, o objetivo foi alcançado pela SEMMAT, pois era de
suma importância que os alunos tivessem a percepção de que uma simples embalagem pode
fazer uma diferença significativa no meio em que estamos inseridos.
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No fim da manhã foi realizada uma ação de distribuição de mudas para pais, pedestres,
e motociclistas que passavam naquele momento. As mudas distribuídas foram solicitadas pela
SEMMAT e os alunos atenderam ao pedido. Desta forma, a ação de distribuição de mudas
contou com a participação efetiva dos alunos sendo recolhidas aproximadamente 80 mudas de
várias espécies. As mudas foram recolhidas e levadas para frente da Escola e distribuídas pela
SEMMAT e pelos próprios alunos (figura 14).
No dia 5 de junho foi realizado o “Cine Ambiental” (figura 15) no auditório Amazônia
Régia para crianças de pré-escolas. Participaram do cine quatro escolas: Escola municipal José
Carlos Mestrinho, Escola Municipal Fábio Lucena, Castelinho do Saber e a Escola Tia Vanda.
O filme apresentado foi “Rio”, e para escolha do filme foi levado em consideração a idade do
público para que durante o filme não ficassem dispersos. Foram realizados dois cines, um pela
manhã e outro à tarde e foram distribuídos sucos e pipocas durante a sessão.
No dia 19 de junho foi feita a distribuição das mudas (figura 16) que foram recolhidas
pelas escolas infantis. Essa ação foi feita no porto de tabatinga, e embora não tenha sido
realizada na Semana de Meio Ambiente, azia parte dela. Muitas pessoas se interessaram e
levaram mudas para suas casas. A atividade foi realizada com bastante êxito, pois as mudas
possibilitaram um ambiente mais limpo e agradável. A SEMMAT contou com o apoio da
Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas (ADAF) para o transporte
das mudas.
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No dia 3 de abril foi realizada uma palestra pela SEMMAT na Escola Municipal
Professora Jociêdes Andrade para crianças do 3° e 4° ano (figura 17). A palestra foi realizada
com uma linguagem simples para que as crianças pudessem entender a mensagem.
O tema da palestra foi “Os tipos de resíduos”, e um dos objetivos principais da palestra
foi:
Durante a palestra foi observado que os alunos eram muito participativos e não tinham
dificuldade para entender o que estava sendo explicado, citando exemplos sobre seu dia a dia
e mostraram-se muito interessados em aprender novos conteúdos relacionados ao meio
ambiente.
Uma das dificuldades enfrentadas pelos estagiários foi em relação a estrutura do
auditório, pois algumas partes do forro estavam danificadas e penduradas, o que dificultava o
contato visual com alguns alunos. Outra dificuldade foi em relação ao não funcionamento dos
microfones, fazendo com que os palestrantes elevassem o nível da voz para poderem ser
escutados.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
possibilitou a interação dos estagiários com pessoas de outras instituições públicas, pois contou
com a participação da Fundação Nacional de Saúde (FUNASA), Defesa Civil e a Prefeitura
Municipal de Tabatinga.
Portanto, as atividades desenvolvidas no Estágio foram muito importantes para a
formação profissional dos discentes, possibilitando a oportunidade de viver situações que
apenas o Estágio pode proporcionar. A experiência também serviu como aprendizado pessoal
sobre as dificuldades enfrentadas por pessoas que vivem em áreas de risco e em uma situação
precária, isso nos faz refletir sobre o futuro e as boas ações que devem ser feitas por todos.
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REFERÊNCIAS
DEUS, R.M. et. al. Resíduos sólidos no Brasil: contexto, lacunas e tendências. Eng Sanit
Ambient, v.20, n.4, out/dez, 2015.
DELLAMATRICE, P. M.; MONTEIRO, R. T. R. Principais aspectos da poluição de rios
brasileiros por pesticidas. R. Bras. Eng. Agríc. Ambiental, v.18, n.12, p.1296–1301, 2014.
BRASILEIRO, V. M. M. Poluição Sonora. Câmara dos Deputados. 2019. BARBIOTI, E.
M.; CAMPOS, R. B. de. Poluição dos Rios. Faculdade de Ciências Sociais e Agrárias de
Itapeva. 2014.
ESTAVAM, G.D. Poluição sonora e seus efeitos na saúde Humana: Estudo da região
metropolitana de campinas. Universidade são francisco. Engenharia ambiental e sanitária.
Campinas, 2013.
OLIVEIRA, E. J. A. de. A poluição das águas e as cianobactérias. Eduardo José Alécio de
Oliveira, Renato José Reis Molica. Recife : IFPE, 2017.