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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA

Campus Farroupilha

MODELO DE RELATÓRIO

Capa do Relatório
Deve conter os seguintes itens (centralizados):

Relatório Aula Prática Perda de Carga


Perda de carga em tubo liso e acessórios

Daniel Gallas dos Reis, Jean Pedron, Mauricio Reis, Lucas Negrello

Farroupilha
2019

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1. Introdução

O escoamento no interior de tubulações e acessórios não se comporta como ideal, da


mesma forma com que é ensinado inicialmente nos cursos da área. Um escoamento em um tubo
sofre com as chamas perdas de carga, que acarretam nas camadas limites que agem com sentido
contrário ao sentido de escoamento do fluido. Uma vez que para melhor visualização e
compreensão destas perdas de carga, foi realizado uma prática experimental com tubos e
acessórios, e para isso foi utilizado uma bancada didática de fenômenos de transporte, onde
seriam analisados pressão, temperatura, escoamento e tipo de tubulação, anotado os resultados
e comparados aos obtidos teóricamente.

2. Materiais e Métodos

De maneira geral, o material usado foi a bancada de perda de carga do laboratório. Desta
bancada, foram utilizados tubos e acessórios específicos para medir o escoamento e anotar os
valores necessários, dentre eles, o tubo liso, cotovelo de 90º, tubo de Venturi e de Pitot.
Além dos tubos e acessórios usados para escoamento do fluido, também seria
indispensável o uso de ferramentas de medida para mensurar variáveis como pressão,
temperatura e frequência de uma bomba cujo objetivo seria bombear o fluido de dentro do
tanque da bancada, para as tubulações de análise. Os instrumentos de medida adotados foram
manômetros e um termômetro digital infravermelho, como pode ser visto na Figura 1.

Figura 1: Tubos e manômetros utilizados

3. Resultados e discussões

Depois de efetuar todas as medições necessárias para completar as tabelas dos


experimentos, foi utilizado das mesmas para compor os cálculos necessários para chegar nas
analises requeridas. Cada tubo e acessório utilizado gerou uma tabela de medidas de pressão,
vazão e temperatura.
Para o tubo liso, foi requisitado que houvesse uma comparação entre o fator de atrito
experimental, e segundo Pritchard para se achar o fator de atrito utilizamos a Equação 1, para
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o experimental, e a Equação 2 para o teórico, ambos para escoamentos lisos, lembrando que
para escoamentos turbulentos, deve-se utilizar Correlações e diagrama de Moody.

2 ∗ 𝐷 ∗ ∆𝑃
𝑓# = +
𝑣 ∗𝐿∗𝜌
Equação 1: Fator de atrito experimental.

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𝑓# =
𝑅𝑒
Equação 2: Fator de atrito teórico para escoamentos laminares.
Utilizando os valores obtidos das medidas dos tubos, manômetros e do termômetro, e
os valores tabelados para os coeficientes, foi calculado os dois fatores de atrito, fazendo uma
relação entre eles para que se pudesse ter uma análise precisa. É possível perceber que em todas
as analises o escoamento encontrava-se turbulento, e para achar o fator de atrito nessas
condições, segundo o próprio Pritchard, foi usado a correlação de Blausius como definido na
Equação 3. Os valores encontrados para o fator de atrito teórico foram em todos os casos
inferiores aos encontrados no fator de atrito experimental, como mostrados na Tabela 1,
podendo haver algumas interferências nas medições de pressão, ou velocidade do fluido,
causando essa diferença.
0,316
𝑓# = 6,+7
𝑅𝑒
Equação 3: Correlação de Blausius.

Tabela 1: Valores utilizados para encontrar os fatores de atrito.

No acessório escolhido da bancada didática, cotovelo de 90º, se necessitava encontrar o


valor da perda de carga do mesmo utilizando os conhecimentos de perda de carga teórica, e os
respectivos coeficientes de perda. Como visto na Tabela 2, o escoamento predominante é o
turbulento, isso se deve a uma abrupta mudança de sentido por conta do uso deste acessório que
causa um choque do fluido na curva retardando o escoamento.
Para se calcular a perda de carga teórica, usa-se a Equação 4 que segundo Pritchard,
multiplica um coeficiente tabelado de perda (k) pela energia cinética.
𝑣+
ℎ𝑙𝑙 = 𝑘 ∗
2
Equação4: Perda de carga localizada para curva de 90º.

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Tabela 2: Perda de carga para curva de 90º.
Como é possível se observar, a perda teórica acabou em sua maior parte, menor em
resultado do que a experimental, isso pode ser devido as interferências da bancada e humana
para achar os parâmetros e dos equipamentos de medição.
Juntamente com os outros tubos utilizados nos experimentos anteriores, foi testado os
tubos de Venturi e Pitot. Para Venturi, procurava-se achar uma equação para a vazão mássica
que derivasse da equação de Bernoulli achada no livro Introduce to fluid mechanics, de
Pitchard, chando na Equação 5.
̇
(2 ∗ 𝑃1 − 𝑃2)
𝑚̇ = 𝜌 ∗ 𝐴 ∗ > BCD
(𝜌 ∗ (B+D − 1)
Equação 5: Vazão mássica para tubo de Venturi.
Após achar a vazão mássica no tubo de Venturi, procurou-se encontrar um gráfico que
exibisse a vazão pela queda de pressão, logo, podemos analisar o Gráfico 1, a seguir, onde o
eixo “x” trata-se da vazão, e o eixo “y” da queda de pressão.

Gráfico 1: Relação entre vazão e queda de pressão.


Para o experimento no tubo de Pitot, o requerido seria encontrar a velocidade de
escoamento, e então, utilizou-se da variação de pressão e a massa específica para encontra-la,
presentes na Equação 6 e como pode ser visto na Tabela 3.
𝑃1 − 𝑃2
𝑣 = >2 ∗
𝜌
Equação 6: Equação para determinar a velocidade do escoamento por Pitot.

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Tabela 3: Análise para chegar à velocidade de escoamento no experimento de Pitot
Pode ser notado que a velocidade do escoamento se mantem quase constante devido à
variação de pressão por influenciar diretamente na equação, e não sofrer grandes diferenças.

4. Conclusões

Nas primeiras conclusões retiradas das tabelas preenchidas para tubo liso e curva de 90º não
se obteve resultados altamente satisfatórios, uma vez que foram encontradas algumas diferenças
entre os cálculos teórico e prático, mas que podem ser possivelmente explicados por meio de
interferências manuais de utilização da bancada, de medição via os instrumentos disponíveis no
laboratório e até mesmo humano para interpretar os números e resultados da experiência. Os
dois últimos experimentos resultaram em bons frutos, uma vez que se aproximaram mais do
resultado teórico e satisfizeram as expectativas do grupo.
Pôde-se entender um pouco mais o nível de complexidade para se estabilizar um sistema
tubular, e que poucas variações podem causar resultados finais discrepantes. Acima de tudo foi
notado a diferença entre equações usadas para definir ambos teórico e prático experimentos,
devido `a quantidade de diferenças do modelo ideal de escoamento e o real.

Referências

-Pritchard, Philip J., Fox and McDonald’s Introduce to Fluid Mechanics, 111 River
Street, Hoboken, NJ 07030-5774, 2011.

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