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Marangon
Mecânica dos Solos II – Edição 2018
4.1 – Introdução
Figura 4.1 - Tensões verticais e horizontais num elemento do solo, com superfície horizontal
Na figura 4.3 vê-se como exemplo um terreno em plano inclinado (talude). Esta
massa de solo está dividida em várias fatias (porções), em que se tem uma cunha possível
de movimentação (escorregamento), em que são calculadas as tensões nos “planos das suas
bases”, para posterior comparação com os valores de tensão de resistência do solo.
Permite-se assim determinar a condição de estabilidade do conjunto.
Para o caso da figura 4.4 em que o plano do terreno é horizontal não haverá
componente tangencial e o esforço resultante age normal ao plano paralelo ao da superfície.
Podemos definir o ponto “O” como a intersecção de três planos ortogonais entre si.
Se considerarmos esta definição gráfica, podem-se agrupar os esforços que agem em torno
do ponto, segundo essas três direções consideradas. Assim, suas ações limitadas às
resultantes com direções definidas seriam tensões ortogonais entre si, que agem, cada uma
delas, normal a cada um dos planos sucessivamente.
1 = tensão principal maior, agindo em valor absoluto sobre o plano principal maior,
no caso o horizontal;
2 = tensão principal intermediária agindo normal ao plano principal intermediário;
3 = tensão principal menor, agindo sobre o plano principal menor.
Representando o ponto “O” como um cilindro infinitesimal (Figura 4.5 b), teremos
o problema de análise das tensões a ser resolvido num sistema plano de tensões.
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(a) (b)
Figura 4.5 – Sistema tri-dimensional de tensões e condição bi-dimensional de tensões
Figura 4.6 - Direção das tensões principais para alguns pontos no interior da massa de solo,
para uma condição de carga aplicada na superfície
Pelo ponto O podemos, além dos dois planos principais considerados, passar outro
plano qualquer (por um ponto podemos passar uma infinidade de planos). Mas, nesse
terceiro plano, daremos uma orientação de posição, isto é, ele fará um ângulo com o
plano principal maior (terá uma inclinação em relação ao plano horizontal).
Nesse caso, o plano estará inclinado em relação às duas tensões principais, que,
com suas ações, darão, como decorrência, duas componentes agindo nesse plano, uma
normal e uma tangencial .
O problema consistirá, então, em se calcular as duas tensões e em função das
tensões agentes 1 e 3 representados pelos esforços por unidade de área.
Representando o ponto O pela interseção desses três planos, temos seus traços na
Figura 4.7.a (triângulo infinitesimal) e as correspondentes áreas, onde atuam as tensões,
representadas na Figura 4.7.b, considerada a profundidade unitária, normal ao papel.
(a) (b)
Figura 4.7 – Traços OA, OB e AB dos planos e áreas em que agem as tensões 1, 3 e /
Sobre essas áreas agem as forças aplicadas, mostradas na Figura 4.8, nas direções
definidas em relação as suas ações sobre os planos considerados e de forma decompostas
segundo as direções de 1 e 3 (ação nos planos principais)
Figura 4.8 – Forças aplicadas, nas direções dos planos considerados e nas direções de 1 e 3
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Ou (cancelando-se o ds):
3 sen − sen + cos = 0 (1)
1 cos − cos − sen = 0 (2)
Subtraindo-se II de I, temos:
(1 − 3 ) sen cos − (sen 2 + cos2 ) = 0 (III)
Somando-se I e II ,temos:
Sabemos que:
cos(a b) = cos a cos b sen a sen b
cos 2a = cos2 a − sen 2 a
cos 2 = cos2 − sen 2
Substituindo em V:
1 − 3
sen 2 − sen 2 + cos2 = 0 (V)
2
− 3
− 3 = 1 sen 2
= r sen 2 = 1 sen 2 2
2
Neste item serão analisados alguns exemplos de estado de tensões, em uma massa
de solo, a fim de bem ilustrar como atuam os esforços e a características de suas possíveis
componentes, em relação ao espaço.
Considere o caso de um tereno horizontal, submetido a um carregamento circular
na sua superfície ...
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3m Footing 3m Footing
100 kPa 100 kPa
20 20
30 32
18 18 32
24
16 35
16
42
14
28
Elevation (metres)
14
Elevation (metres)
14 21 14
10
12 12
6
10 10
7
4
8 8
2
6 6
4 4
2 2
0 0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18
0 20
2 22
4 24
6 26
8 28
10 30
12 14 16 18 20 2
Distribuição de tensões verticais devidas ao peso Distribuição das máximas tensões cisalhantes
próprio e ao carregamento externo
E = 5000 kPa = 0,334
Figura 4.10 - Aspecto das tensões que ocorrem no subsolo de um terreno carregado
Para ilustrar, é mostrada na Figura 4.11 uma ampliação dos pontos de cálculo
próximos da carga e na Figura 4.12 o estado de tensões atuantes em um ponto no interior
da massa de solo, com destaque para os valores e a direção em que atuam as tensões
principais maior e menor, como estudado. Neste exemplo ilustrativo foi usado um software
de análise de tensões, desenvolvido aplicando a técnica numérica do “Método dos
Elementos Finitos” (M. E. F.). O ponto destacado (do nó 760) situa-se à 2,0m de
profundidade (cota 18) e à 1,5m de distância do eixo da carga aplicada de 6,0m de
diâmetro, ou seja, na metade dos 3,0m apresentado.
Como pode ser observado no traçado do círculo de Mohr (Figura 4.12), assim como
se verifica na Figura 4.10, a máxima tensão de cisalhamento atuante no ponto é da ordem
de 32 kPa, correspondente a um σ1 de 76,76 kPa e σ3 de 10,81 kPa.
3m Footing
100 kPa
841842 843844845 846847848 849850851 852853854 855856857 858859860
20 830 831 832 833 834 835 836 837 838 839
799800 801802803 804805806 807808809 810811812 813814815 816817818
788 789 790 791 792 793 794 795 796 797
757758 759760761 762763764 765766767 768769770 771772773 774775776
18 746 747 748 749 750 751 752 753 754 755
715716 717718719 720721722 723724725 726727728 729730731 732733734
704 705 706 707 708 709 710 711 712 713
673674 675676677 678679680 681682683 684685686 687688689 690691692
16 662 663 664 665 666 667 668 669 670 671
631632 633634635 636637638 639640641 642643644 645646647 648649650
620 621 622 623 624 625 626 627 628 629
589590 591592593 594595596 597598599 600601602 603604605 606607608
14 578 579 580 581 582 583 584 585 586 587
547548 549550551 552553554 555556557 558559560 561562563 564565566
Figura 4.11 – Pontos de cálculo das tensões, próximos da carga, com destaque para o nó 760
536 537 538 539 540 541 542 543 544
505506 507508509 510511512 513514515 516517518 519520521 522523524
545
12
102
10
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30 -14.811
14.318
20
sx
10
Shear
0
76.756
-10
sy
-20 10.805
-30
-40
0 10 20 30 40 50 60 70 80
Normal
Figura 4.12 – Estado de tensões atuantes em um ponto e direção das tensões principais
Figura 4.13 – Exemplo em que são destacados 16 (dezesseis) pontos para análise
Figura 4.14 – Valores das componentes de tensões atuantes nos 16 pontos analisados
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No final desse ensaio, nesse primeiro corpo de prova obtém-se um par de tensões
de solicitações 1 e 3, correspondentes ao estado de rutura do solo ensaiado, portanto,
tensões de rutura. Com esses valores, traça-se o círculo de tensões correspondentes, que
terá embutido nele aquelas correspondentes ao plano de rutura, que faz um determinado
ângulo com o plano de tensão maior e sobre o qual agirão as tensões e definidoras do
estado de rutura.
Repetido esse ensaio para um segundo corpo de prova, agora tomando 3’ > 3
tem-se, para romper o corpo-de-prova, 1’ > 1. Portanto, identifica-se um novo par de
tensões de rutura que permite traçar um novo círculo de Mohr onde se pode identificar o
mesmo plano de rutura para o mesmo material, nas mesmas condições de utilização. Deve-
se repetir o ensaio, sucessivamente, para uma infinidade de corpos de prova, e plotar essa
infinidade de círculos, a fim de obter algo bem próximo do representado na Figura 4.16.
Figura 4.16 – Círculos de Mohr para várias amostras: envoltória de resistência do solo
Nota-se, que a linha curva que tangencia essa infinidade de círculos correspondente
à ruptura do solo. Essa linha que dá o contorno do lugar geométrico desses círculos (Mohr
chamou de curva intrínseca ou curva de envoltória dos círculos) correspondente à condição
de tensão na ruptura.
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Da figura, podemos ter outros traçados que nos levará as seguintes análises, quanto
aos valores das tensões aplicadas e sua condição de estabilidade à ruptura.
− 3 de um dos círculos formando par com 1’ menor que 1 correspondente à
ruptura. Círculo ficará aquém da envoltória de Mohr correspondente à ruptura;
− 3 de um dos círculos formando par com 1’ maior que 1 correspondente à
ruptura. Círculo extrapolará o limite da envoltória, isto é, teríamos tensões maiores
que a tensão máxima de ruptura (inviável de ocorrer).
Destacam-se da figura 4.17 três círculos (de igual valor de σ3) que identificam, de
maneira genérica, a situação de solicitação de tensões no material (par de tensões σ1, σ3),
em relação ao critério de ruptura de Mohr – equação r = f () = f () :
− 1º caso: Círculo correspondente à solicitação de equilíbrio estável.
Se o círculo traçado se situar no interior da curva intrínseca de ruptura, concluímos
que o equilíbrio é estável, isto é, a máxima tensão é menor do que a
correspondente a envoltória limite;
− 2º caso: Círculo correspondente à solicitação de equilíbrio incipiente (limite da
instabilidade/estabilidade).
Nesse caso, o círculo corresponde à solicitação tangente à envoltória: = r .
Haverá possibilidade de ruptura do material, por cisalhamento, ao longo do plano
de rutura, caso haja qualquer infinitésimo de aumento de qualquer uma das duas
tensões de solicitação ou pequena queda do valor de r;
− 3º caso: Círculo correspondente à solicitação de equilíbrio instável.
Nesse caso, plotado o círculo correspondente às tensões de solicitação, esse
ultrapassa a área limitada pela envoltória, isto é, ocorrerá tensão que ultrapassará a
resistência interna ao cisalhamento, do material r. Ocorrerá a rutura do material.
Na Figura 4.17, “T” são pontos de tangência dos círculos que definem o lugar
geométrico da curva intrínseca de Mohr ou da envoltória de Mohr, correspondentes aos
pares de tensões de rutura, que ocorrem nos planos α (variável, de acordo com o nível de
tensão σ). Nesses pontos a coordenada se iguala a r = tensão de resistência interna do
material ou resistência ao cisalhamento do material.
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Envoltória de Mohr:
“Curva geométrica definidora da resistência de um solo, considerando as várias
particularidades do solo ensaiado”.
Esta teoria se desenvolveu para análise das forças internas de resistência nos
maciços pulverulentos (granulares).
No momento em que o ângulo deixa de ser zero o peso do corpo P deixa de agir
integralmente sobre o plano horizontal, passando a agir duas componentes:
N = tensão normal principal maior, agindo em valor absoluto sobre o plano principal
maior, no caso o horizontal;
T = componente tangencial no plano, que tende a fazer o corpo deslizar, sobre o plano,
por anteposição a força Fa;
Fa = Força de atrito. Quanto mais ásperas forem a superfícies de contato, maior será
(Fa) e quando mais lisa e/ou lubrificada menor será.
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Figura 4.19 – Experiência de areia sobre mesa, para avaliação de sua estabilidade
* No caso de maciços de solos que possuam também ligantes (fração fina, como
por exemplo, argila) com desenvolvimento de coesão (ligação dos grãos por atração físico-
química, contribuindo na de resistência ao cisalhamento) haverá um aumento de R devido
a esse acréscimo de resistência interna, tensão de tração, que será representada por “c”,
assim a nova equação ficará:
= c + tg
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Essa é a equação de Coulomb que traduz a resistência interna dos solos: dado pelo
somatório da resistência por atrito de contato grão a grão, devida aos agregados e a
resistência por ligação (atração físico-química por carga elétrica) devida aos “ligantes”
(coesão).
A coesão é um fenômeno físico diferente do atrito de contato grão a grão, mas de
comportamento idêntico ao atrito interno, pois impede o cisalhamento das partículas por
ligação que lhe dão resistência a tração (partícula a partícula). Graficamente, temos a
envoltória de equilíbrio limite comom apresentada na Figura 4.21.
Figura 4.21 – Envoltária de resistência para um solo com fração granular e com finos
Pinto (2006) destaca existir uma diferença entre as forças transmitidas nos contatos
entre os grãos de areias e os grãos de argila (Figura 4.22). Nos contatos entre grãos de
areia, geralmente as forças transmitidas são suficientemente grandes para expulsar a água
da superfície, de tal forma que os contatos ocorrem realmente entre os dois minerais. No
caso de argilas, o número de particulas é muitíssimo maior, sendo a força transmitida num
único contato, extremamente reduzida. De outra parte, as partículas de argila são
envolvidas por moléculas de água quimicamente adsorvidas a elas. As forças de contato
não são suficientes para remover estas moléculas de água, e são elas as responsáveis pela
transmissão das forças.
Figura 4.22 – Análise comparativa dos contatos entre os grãos de areia e os grãos de argila.
PINTO (2006)
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Assim, a massa estável representada na Figura 4.19 (“areia sobre mesa”) terá outra
conformação se o solo apresentar agora fração arenosa e argilosa (material granular e
finos), podendo ter até um ângulo de 90o sem necessidade de anteparo. No desenho
apresentado na Figura 4.24 tem-se representado esta nova situação.
Figura 4.24 – Experiência de solo com areia e argila sobre mesa, para avaliação de sua estabilidade
Critérios de ruptura
O estudo da resistência ao cisalhamento dos solos consiste na análise do estado de
tensões que provoca a ruptura. Como visto, os critérios de ruptura que melhor representam
o comportamento do “material” solo são os critérios de Mohr e de Coulomb.
Figura 4.26 – Representação dos critérios de ruptura: (a) de Coulomb; e (b) de Mohr
(PINTO, 2006)
Fazendo-se uma reta como a envoltória de Mohr (Figura 4.27), seu critério de
resistência fica análogo ao de Coulomb, justificando a expressão critério de Mohr-
Coulomb, costumeiramente empregada em Mecânica dos Solos. Algum erro pode decorrer
dessa assimilação, mas, a prática tem demonstrado que os resultados são perfeitamente
compatíveis com os valores requeridos.
O critério de rutura Mohr-Coulomb tem como premissa básica a afirmativa de que
“nos solos, a envoltória dos círculos de Mohr, correspondentes a ruptura, é uma reta
de equação r = c + tg ”.
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Envoltórias curvas são de difícil aplicação. Por esta razão, as envoltórias de Mohr
são frequentemente substituídas por retas que melhor se ajustam à envoltória.
Naturalmente, várias opções de retas podem ser adotadas devendo a escolha levar em
consideração o nível de tensões do projeto em análise (como por exemplo, na Figura 4.28)
ou até mesmo adotar uma reta “média”, correspondente às tensões adotadas previamente
para os corpos de prova ensaiados.
Definida uma reta, naturalmente seu coeficiente linear, c, não tem mais o sentido de
coesão, que seria a parcela de resistência independente da existência de tensão normal. Ele
é tão somente um coeficiente da equação que expressa à resistência em função da tensão
normal, razão pela qual é referido como intercepto de coesão.
Figura 4.29 – Análise do estado de tensões no plano de ruptura: Solo sem coesão
Figura 4.30 – Análise do estado de tensões no plano de ruptura: Solo com coesão
Da figura tiramos: ND = i + 1 e NB = i + 3
+ 1 sen 90+ sen
Substituindo: i =
i + 3 sen 90− sen
a+b
tg
sen a + sen b 2
Pela Trigonometria: =
sen a − sen b a−b
tg
2
90+
tg
i + 1 2 = tg 2 90+ = tg 2 45+ = N
ou podemos escrever: =
i + 3 90− 2 2
tg
2
N = Chamado por Terzaghi de número de fluência
i + 1
A equação ficará: = N ou i + 1 = N ( i + 3 )
i + 3
1 = N i + N 3 − i
c
1 = N 3 + ( N − 1) i mas, i =
tg
N − 1
1 = 3 N + c
tg
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N − 1
Demonstra-se que = 2 N
tg
Resolução:
Sendo o solo na condição horizontal: σv = σ1 e σh = σ3
σv = γ . h = 18 . 3 = 54 kPa
σh = K . σv = 0,5 . 54 = 27 kPa
2 – Considere que a parede da Figura 4.31 (notícia de site) sofreu uma alteração no seu
estado de tensões, devido a um recalque diferencial entre dois pilares de sua sustentação, e
que esta está submetida a um estado plano de deformações, sob tensões atuantes apenas
neste plano (estado bidimensional de tensões).
Mostre qual o ângulo esperado para a ruptura da mesma. E no caso dos solos, quando
submetido a tensões que levam sua ruptura, o ângulo esperado será o mesmo ? Demostre
sua resposta.
Figura 4.31 – Aspecto de trincas em parede após ruptura por alteração no seu estado de tensões
(UOL, 18/06/2015)
Resolução:
Para a parede
Havendo ruptura no plano, o mesmo está submetido a tensões principais na ruptura.
Este cálculo pode ser feito a partir das equações de e definidores do estado de tensões
em um ponto, quando agem no mesmo, as tensões principais 1 e 3.
No caso, o problema consistirá, então, em se calcular a tensão tangencial ou cisalhante
máxima, em função das tensões agentes 1 e 3.
− 3
Sendo = 1 sen 2 , o valor máximo da expressão ocorrerá em 2α = 900.
2
Então α = 450 (como sugere a foto da figura)
Para o solo
Havendo ruptura no solo, e considerando que o mesmo se encontra em um estado triaxial
de tensões (sistema tri-dimensional de tensões, representado por 1, 2 e 3), o círculo de
Mohr tangencia a envoltória de resistência (obtido em ensaios com tensões nos 3 eixos).
Observe que mesmo sendo σ2 = σ3, esta componente não deixa de existir no caso de solos.
Então, pode-se concluir pelo desenho genérico de um círculo de Mohr e pela envoltória de
Mohr-Coulomb abaixo, que:
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2 = 90 + e = 45 +
2
Então, na ruptura, α > 450 e pode ser calculado a partir do ângulo de atrito do solo.
Resolução:
Como foi solicitada a envoltória em termos de tensões efetivas, calcula-se inicialmente
estes volores subtraindo das tensões totais os valores de pressão neutra geradas no
momento da ruptura e traça-se os respectivos círculos de Mohr, fazendo a melhor
aproximação da envoltória aos círculos:
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Resolução:
23
= 45 + = 45 +
2 2
α = 56,50
N = tg 2 (56,5)
N = 2,3
120