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PROVA 2 – História e Filosofia da Ciência – 2º Bimestre 2019.

LICENCIATURA EM FÍSICA
Profº. Drº. Felipe Fontana

Aluno (a):_______________________________________________________________

RA:_____________________________________________________________________

NOTA 1 – Seminário (4,0):_________________________________________________

NOTA 2 – Prova (6,0):_____________________________________________________

1) Considerando nossas discussões em sala, o seminário apresentado pelos Carlão e Murilo e o texto disponibilizado
pelo professor, discorra sobre a concepção comtiana de ciência em sentido amplificado considerando os seguintes
elementos:
A) o contexto histórico de Augusto Comte (1798-1857) e sua visão em relação a ele;
B) as influências teóricas, inscritas ainda na Modernidade, do pensamento comtiano;
C) a Lei dos Três Estados e as implicações disruptivas que essas ideais causam em relação a possibilidade de, ainda
nesse momento, acreditar em dogmatismos e teologismos;
D) a divisão das ciências proposta pelo filósofo francês e o que a Sociologia e o método subjacente a ela significavam
neste processo;
E) a concepção de ciência veiculada por Comte, o método científico postulado por ele e a função da ciência na
contemporaneidade;
F) por fim, o legado do positivismo em termos de influência acadêmica, científica e social.

2) Considerando nossas discussões em sala, o seminário apresentado pela Larissa e o texto disponibilizado pelo
professor, construa um texto sobre Isaac Newton (1643-1727) considerando os seguintes pontos acerca da sua
trajetória, do seu pensamento e de suas valiosas/revolucionárias descobertas científicas:
A) o contexto sociohistórico e político no qual ele estava inserido e a maneira como ele teve que lidar com eles,
especialmente com as questões atreladas ao amadurecimento da ciência, à institucionalização da mesma e ao nível
de influência da Igreja Católica;
B) as influências teóricas do autor dentro de uma perspectiva interseccional que busca estabelecer um tipo de
correlação entre perspectivas empiristas e racionalistas;
C) suas principais descobertas na Matemática e a importância delas;
D) suas principais descobertas na Física e a relevância das mesmas;
E) a rivalidade e as disputas entre Newton e Leibniz;
F) a relevância da obra Principia (1686).

3) Considerando nossas discussões em sala, o seminário apresentado pelo Igor e o texto disponibilizado pelo professor,
podemos afirmar que:

(01) Francis Bacon (1561-1626), considerado pai do Empirismo, defendia a ideia de que as qualidades naturais
(descrição, análise e entendimento dos fenômenos inscritos na natureza) são estabelecidas por via empírica e
experimental, e não por via especulativa, tal como os pressupostos da metafísica tradicional, desta maneira, este filósofo
ligava o pensamento matematizado e o raciocínio lógico ao conhecimento dos fenômenos naturais;
(02) segundo esse filósofo da Ciência, a ciência tem sentido eminentemente prático no que tange a forja de subsídios
para ampliar a subsistência e a qualidade de vida humanas;
(04) para Francis Bacon, a ciência é uma investigação empírica, nascida do contato com o real e não oriundo de teorias
afirmadas/estipuladas indutivamente;
(08) segundo esse pensador, ciência não é obra coletiva, mas individual, nesse sentido, determinados sujeitos tinham
uma maior predisposição a desenvolvê-la justamente porque conservavam determinações sociais e biológico-cognitivas
para isso;
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(16) para Francis Bacon, um conhecimento verdadeiramente científico não pode, em nenhuma circunstância, ser
utilizado maleficamente contra o bem público, nessa direção, toda a obra científica deve ser favorável ao bem-estar
humano e à vida humana;
(32) o Empirismo de Francis Bacon rejeita perspectivas ligadas aos princípios da inaptidão, postulando assim, que todo
sujeito possui a capacidade de construir conhecimento por meio de observações empíricas empreendidas/determinados
pelos sentidos;
(64) a indução é a uma maneira de prolongar e generalizar determinadas descobertas científicas edificadas dentro de
um léxico de estudo e análise empíricos, sendo assim, realizam-se descobertas particulares empiricamente
condicionadas e, indutivamente, temos a capacidade de fazer generalizações (do particular para o geral) intentando a
forja de leis universais que, por sua vez, expliquem os mesmos fenômenos naturais em diferentes regiões do globo
(otimização de estudos e trabalhos científico-empíricos).

TOTAL:________________.

4) Considerando nossas discussões em sala, o seminário apresentado pelo Henry, o documentário que assistimos
(“Galileu Galilei – Gênios da Ciência”) e o texto disponibilizado pelo professor, podemos afirmar que Galileu Galilei
(1564-1642):

(01) durante sua trajetória, Galileu Galilei engendrava em suas ações enquanto cientista um conjunto de técnicas e
metodologias científicas que, exclusivamente, podem ser classificadas como empiristas (ou atreláveis ao Campo
Empirista Baconiano);
(02) durante sua trajetória, Galileu Galilei engendrava em suas ações enquanto cientista um conjunto de técnicas e
metodologias científicas que, exclusivamente, podem ser classificadas como racionalistas (ou atreláveis ao Campo do
Racionalismo Cartesiano);
(04) como é notório, Galileu Galilei foi condenado pela Igreja Católica (Tribunal da Santa Inquisição) por ter um
pensamento transgressor e controverso quando comparado aos dogmas católicos interpostos por esta instituição
religiosa no que tange a explicação de determinados fenômenos naturais; em sua condenação, foi ratificado, por Galileu
Galilei, que: 1) “quanto mais artifícios usamos para imitar algo, mais diferente esse algo se torna da coisa imitada, e
mais maravilhosa e atraente é a imitação; 2) “duas verdades não podem se contradizer mutuamente”, nesse caso, a de
Deus e a da Ciência; 3) “o Espírito Santo ensina como se vai ao céu e não como os céus vão; 4) “com o alfabeto da
Matemática Deus escreveu o universo”; 5) “qualquer um fala obscuramente, mas claramente poucos”;
(08) Galileu Galilei desenvolveu, em meio ao seu pensamento e sua trajetória, uma estratégia para empreender suas
pesquisas de modo a não se chocar diretamente com a Igreja Católica e seus dogmas; tal estratégia foi necessária
para, em certo período e paliativamente, dar condições para ele realizar suas grandes descobertas, estudos e
pesquisas; sendo assim e estrategicamente, Galileu Galilei constantemente ratificava que não era obrigação dos
cientistas buscar um explicação acerca da origem/germinalidade da natureza e do mundo mas, sobretudo, descrever,
analisar e explicar essa grande obra divina e os diversos fenômenos naturais subjacentes a ela, para deste modo,
colocarmos em prática a racionalidade, a inteligência e as faculdades mentais amplas/complexas que nos foram dadas
graças a imensa generosidade e bondade de Deus;
(16) para Galileu Galilei as questões científicas devem ser confirmadas e, consequentemente, servir para confirmar a
obra de Deus, afinal, a fé trabalha e fala de um plano metafísico do mundo e a ciência age sobre o mundo físico, neste
sentido, podemos aludir para o fato de que “no mundo existem dois livros com o objetivo de revelarem a mesma verdade,
mas de formas diferentes”.
(32) Galileu Galilei é quisto como um dos pensadores/cientistas modernos que mais ratificaram o princípio da autoridade
como fonte de conhecimento, além de ser um refratário da indução de leis empíricas para a explicação dos processos
naturais e, correlatamente, para a forja de leis científico-universais.

TOTAL:________________.

5) Considerando nossas discussões em sala, o seminário apresentado pelo Cadú e o texto disponibilizado, podemos
afirmar que:

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(01) René Descartes (1596-1650) conservava uma visão celebrativa e entusiasmada de ciência, segundo o pensador
moderno, ela era de fundamental importância para a construção de predições em relação ao mundo e aos fenômenos
naturais subjacentes a ele (dedutivismo);
(02) como pai do Racionalismo Moderno, René Descartes acreditava e postulava que nada existe que não tenha sua
razão de ser, deste modo, não há nada que não seja inteligível por meio do conhecimento que, por sua vez, advém de
princípios irrecusáveis, a priori, evidentes, de que ela é consequência necessária, e por si sós, os sentidos não podem
fornecer senão uma ideia confusa e provisória da verdade;
(04) para René Descartes, o conhecimento representa a possibilidade descrevermos, analisarmos e compreendermos
lógico-matematicamente um todo indivisível funcionando de modo simples, idêntico e absoluto;
(08) de acordo com esse filósofo moderno, as ideias adventícias são aquelas oriundas da imaginação, da invenção e
da criatividade humanas;
(16) de acordo com esse filósofo racionalista, as ideias factícias ou combinatórias são aquelas dadas pela experiência
e pela observação sensorial (sentidos);
(32) as idéias inatas, para este pensador moderno, são aquelas advindas e ofertadas por Deus e essa perspectiva
demostra aspectos transicionais e interseccionais do pensamento cartesiano que, por conta de uma conjuntura
contextual e política, ainda não desistia de interpor em suas explicações alguns dogmas criacionistas vinculados à
Igreja Católica;
(64) dentro da perspectiva cartesiana, a mente seria a fonte da consciência pura, do pensamento, da vontade, das
determinações não biológicas, da compreensão, da vontade e dos julgamentos; diferentemente, o corpo seria o lócus
das sensações, dos movimentos, das emoções e paixões e das determinações biológicas.

TOTAL:________________.

6) David Hume (1711-1756) foi um empirista escocês que avançou significativamente no que tange o entendimento da
observação como o grande “mote” circunscrito à construção do conhecimento e, por conseguinte, ao desenvolvimento
da ciência. Ou seja, ele complexificou a compreensão do que é a observação e, mais do que isso, trouxe conceituações
e ideias novas para requalificá-la e defendê-la. Sendo assim e considerando nossas discussões em sala, o seminário
apresentado pelo Gabriel e o texto disponibilizado pelo professor, é correto o que se afirma em:

(01) os motivos pelos quais podemos definir David Hume como um cético moderado liga-se a sua predisposição em
acatar dados princípios racionalistas sem, com isso, abandonar seu apego aos mais basilares cabeçalhos empiristas
como, por exemplo, a hipostasiação da observação como a mola propulsora da construção de conhecimentos;
(02) as impressões são, segundo David Hume, edificadas pela associação de ideias originárias que, por sua vez,
apresentam-se nos sentidos e, consequentemente, possuem uma menor vivacidade no interior de nossos processos
cognitivos.
(04) já as ideias, para este mesmo pensador moderno, são percepções derivadas que, ao passarem pela memória e a
imaginação humanas, forjam-se na forma de representações mentais como “fotografias e imagens” imprecisas do real
fenômeno/processo analisado;
(08) a noção de ideias complexas liga-se com as potencialidades associativas, imaginárias e criativas intrínsecas à
mente humana e a racionalidade dos indivíduos que, ao associar ideias simples, podem forjar novos constructos de
saber, interpretação e análise;
(16) David Hume era um defensor moderado de ideias que interpunham a noção de causalidade, sendo assim, a noção
de “causa e efeito” ajudava a explicar as proposições empírico-indutivistas das quais ele era refratário (influência de
Francis Bacon);
(32) como um empirista clássico, podemos qualificar David Hume como um indutivistas, sendo assim, ele acreditava
na possibilidade da generalização de dadas descobertas cientificas por meio da indução partindo, deste modo, de
questões particulares para a formulação de leis gerais que dessem conta de explicar um determinado fenômeno.

TOTAL:________________.

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