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Foi um longo caminho até a libertação e a vida equilibrada. Hoje minhas entradas
talvez sejam um terço do que eram no passado e minha vida, paradoxalmente, é muito
mais equilibrada e feliz. A minha única intenção aqui é ajudar outros na mesma situação e
que descubram que crendo que do jeito de Deus é melhor e fugindo de esquemas
mirabolantes, possam encontrar uma vida tranqüila e com tempo para Deus, a família, o
próximo e para melhor qualidade de vida.
A motivação do estudo deve ser outra: tempo, possibilidade e honra. Tempo para
viver para Deus, o ministério e a família. Tempo para dedicar-se aos filhos e à esposa. Ao
estudo da Palavra e a compartilhá-la. Possibilidade de ajudar, socorrer o aflito, investir no
ministério e andar de cabeça erguida. E honra, à Deus por ser um bom mordomo, honra
própria, por não precisar mais ter vergonha e passar vexame, honra familiar, por garantir a
você e aos seus que se tornem luzes que brilham (Lucas 5:16; Filip. 2:15), e sirvam de
exemplo a uma geração corrupta e decaída.
Você já percebeu que gasta um bom tempo de sua vida para ganhar dinheiro? A
Bíblia ensina que tudo o que fazemos deve glorificar a Deus (I Cor. 10 :31). Assim sendo,
nós podemos e devemos glorificar o nome de Deus através da maneira como gastamos e
como ganhamos nosso dinheiro. A Palavra de Deus tem muita orientação sobre dinheiro,
bens materiais, fianças, investimentos, etc.. Isto por que Deus sabe das dificuldades,
tentações e pressões que temos enfrentar nesta área. É plano de Deus que tenhamos
vitória nesta área de nossa vida. Também como filhos de Deus devemos ter um novo
sistema de valores e padrões que rege nossa vida. Col. 3:1-2 diz: “... busquem as coisas
lá do alto... pensem nas coisas lá do alto”, ou seja, os nossos referenciais como Cristãos
são outros e não os deste mundo.
Talvez uma das áreas de nossa vida em que o nosso testemunho como cristãos é
mais notado, é a financeira. Por isto a importância deste estudo, e nosso desejo é que
todos nós possamos estar reavaliando o nosso comportamento na área das finanças e, se
preciso, adotando uma nova postura quanto à maneira de utilizarmos os recursos que
Deus nos tem confiado. O material aqui exposto é parte do curso de mesmo nome e
também de um pequeno livro que estou planejando publicar. (ainda não venci minha
preguiça de escrever e procurar uma editora) Na segunda feira, 25 de Agosto, começa a
publicação a cada três dias, de modo que qualquer um possa acompanhar, aplicar e
avaliar sua vida.
Os textos bíblicos para você estudar com este primeiro princípio são os seguintes:
I Crônicas 29:11-12, Salmos 24:1; Ageu 2:8; I Coríntios 6:19-20; Levítico 25:23
Deuteronômio 8:18.
O mordomo é mais do que aquele cara de casaca que recebe as pessoas na casa
do rico, o mordomo, originalmente é o administrador dos bens de seu patrão, a pessoa de
confiança. Basicamente é assim que Deus nos vê. Ele demonstra sua confiança em nós
deixando a nosso cargo bens e direitos. Ao contrário o que muitos imaginam, Deus não
faz isso e fica nos vigiando. Esta é uma relação adulta, onde a confiança é demonstrada
pelo proprietário dos bens.
Como toda relação adulta não existe um controle diário, mas existe sim um
momento de prestação de contas. E cedo ou tarde este dia via chegar. I Coríntios 4:1-2.
Ai sim vamos prestar contas de nossa administração. É engraçado que este conceito seja
facilmente compreendido quando diz respeito ao uso das coisas em nosso trabalho e
mesmo das coisas de outras pessoas que estejam sob nossos cuidados. “ Não use o
telefone do fulano”, “Não abuse da água”, “Não exagere no gasto de luz por que a casa
não é nossa”, “Não fure a parede”, “Não deixe a bicicleta em qualquer lugar”. Estas são
frases que muitos dizemos todos os dias. Pelo simples fato de estarmos usando algo que
não é nosso.
Um cristão deve buscar esta atitude em tudo: seu dinheiro, o meio ambiente, o uso
de recursos naturais, a cidade onde vive. E não por medo de multas, mas por
compreender que tudo é de Deus, e devemos cuidar bem.Mesmo quando Deus nos dá
alguma coisa, Ele continua dono. O dinheiro pertence a Deus. Nós simplesmente o
gerenciamos. Lucas 12:42-48.
O Proprietário tem enorme desejo de ver cumprido estas tarefas, e por isso Deus
promete suprir nossas necessidades. Filip. 4:19, Mat. 6:31-33 e I Tim 6:8.
Por essa razão a gente deve entender que o manejo destes recursos dá trabalho e
exige de nós empenho. Ao fazê-lo somos sempre abençoados, ao não faze-lo ficaremos e
seremos levados à fome e à miséria. Aí devemos ter muito claro na mente uma
conseqüência da má administração que deve também ser estudada neste primeiro
momento: Não se deve ficar alimentando o preguiçoso. II Tess. 3:6-16.
Uma das causas mais freqüentes do aperto e da vida enrolada em muitos cristãos é
a preguiça. Certamente não é a única causa, mas o certo é que, travestida de
espiritualidade, a preguiça tem afastado muitos cristãos do mercado de trabalho, das
universidades, e das possibilidades de crescimento não por que sejam menos
inteligentes, ou porque estejam em aperto ou por qualquer outro motivo. Mas por pura
desonra do princpipio de mordomia. Viver miseravelmente, chupinzar ofertas e se enfiar
em bases onde nada de produtivo é realizado trai este princípio de Deus. A tarefa de
crescer e multiplicar-se, de preservar a terra e de fazer diferença foi dada àqueles que
tem com Deus uma relação de filiação. Deixa-la de lado e entrega-la a um mundo egoísta
com a desculpa de estar envolvido em atividades “espirituais” demonstra
desconhecimento do real propósito de Deus ao nos colocar neste planeta.
NOSSA ATITUDE DEVE SER: Assumir que tudo o que temos não é nosso e está
sob nossa guarda e a determinação sobre o que fazer com tais recursos é única e
exclusiva de seu dono – DEUS.
No outro dia eu estava falando com uma amiga sobre a origem do dinheiro e de
repente, no meio do papo, veio a afirmação “eu não vou desperdiçar o dinheiro que eu
ganho com sacrifício”.
Nesta frase tão sensata reside um leve engano: O DINHEIRO QUE EU GANHO.
Para podermos construir uma relação saudável com o dinheiro a gente precisa resgatar
alguns conceitos que nem sempre são tão claros. O primeiro deles é o trabalho.
O trabalho não foi inventado por Deus para ser a origem de seu sustento. Parece
estranho falar isso, mas a gente precisa compreender que a origem do trabalho está no
próprio Deus e é parte de Seu caráter. O trabalho é o meio pelo qual a realidade é
transformada, e é o momento onde mais nos assemelhamos à Deus, onde mais refletimos
sua imagem: a hora em que podemos mudar, transformar e gerar diferença no meio ao
nosso redor.
O trabalho assim entendido é algo prazeroso, que tem o potencial de no fim do dia dar-
nos a experiência de olhar para o que fizemos e ver que ficou muito bom. Desta forma o
sustento é Deus que dá, o trabalho é só o meio que Ele usa. O nosso sustento vem do
trabalho e de outras formas também conforme está citado abaixo:
Provérbios 21:8
Uma das graves questões que o cristão encara, e que tem levado à reflexão séria
por muitos séculos no cristianismo, é o que é e o que não é ser integro na questão
financeira.
Quando eu era criança, se dizer cristão, e sobretudo evangélico, servia como aval
em determinadas circunstâncias. Eramos conhecidos por sermos pessoas honestas, de
lisura inquestionável e garantia de honestidade. Hoje dizer-se evangélico pode até causar
problemas em determinados círculos. A imensa maioria, honesta e trabalhadora, do povo
cristão tem que ficar explicando a prática de uns poucos, mas muito expressivos,
desonestos em nome de Cristo.
Conheci outro que fazia de tudo para não trabalhar e crer que a igreja devia
sustentá-lo, sempre dando uma boa desculpa para não pegar no batente. Conheci irmãos
que lutaram para conseguir a indicação de políticos para empregos fantasmas,
confundindo emprego com trabalho.
Suécia 47
Alemanha 36,7
Brasil 36,45
Suiça 36
Canadá 31
Estados Unidos29
Espanha 29
Chile 22
Japão 21
México 22
Com isto, muitos alegam a quase impossibilidade de não sonegar. Pois bem, este é
um assunto de fé, de compromisso, de inteligência e de não ser preguiçoso. De fé por
que Deus deu uma ordem e exige fé crermos que Ele vai nos honrar ao sermos fieis, ao
cumprirmos suas ordens. De compromisso por que isto nos joga a responsabilidade de
lutar por um sistema mais justo de impostos e pela adequada aplicação dos mesmos, seja
fiscalizando, seja elegendo pessoas capazes (e não por que são crentes), seja se
engajando em lutas pela justiça fiscal. De inteligencia porque ao pagarmos impostos, e
fazermos uma contabilidade correta, podemos descobrir como pagar menos, executar
planejamento fiscal e melhorar a adaministração de nossas vidas e negócios. E de
preguiça, porque as pessoas não fazem tudo isto porque dá trabalho, e nós podemos
fazer diferença e construir um país melhor ao não optarmos pela cômoda e pregiçosa via
da sonegação.
- Exploração do trabalho dos outros. Tiago 5:1-4; (Isso inclui sua empregada)
Aqui fica o ponto mais delicado para mim. No passado eu fiz muitas coisas erradas:
roubei, menti, soneguei, dei jeitinho. Fiz o que era mal aos olhos do Senhor. Só restam
três atitudes: Restituir o que for possível, caso seja, e sempre que for, possível é a melhor
atitude (às vezes seu credor já morreu, ou você não pode mais voltar no tempo). Pedir
perdão a Deus e à pessoa, e ser sincero se acabaram as condições de um acerto real.
Mudar de vida “vá e não peque mais”. E se o seu caso for preguiça, mesmo que com o
nome de ministério (sabe o irmãozinho que fica orando em pano de saco e pedindo
oferta?), arrume um trabalho com urgência.
Um dos pontos que mais leva as pessoas a terem dificuldades na vida financeira é
sua percepção de valores. Aqui temos a questão fundamental para entender a dinâmica
da vida cristã em nossa vida finaceira. A LÓGICA DO MUNDO É OPOSTA À LÓGICA DE
DEUS.
a) A palavra de Deus fala de coisas que não se vêem - II Coríntios 4:18 -que são
eternas, como sendo contrapostas àquilo que se vê, que é temporal. Em Lucas 12:15-21
vemos a história de alguém sem a percepção da temporalidade e na ilusão causada pelos
bens, de que se pode ter acesso a eles eternamente. Uma das coisas mais estúpidas que
fazemos, induzidos pelo sistema do mundo, é considerar eterno o que é temporário e agir
temporariamente com as coisas eternas. Carreira, sucesso, posses são lidadas como se
fossem durar para sempre, e como se fossem a garantia do futuro.
Na hora de tomar decisões sobre onde coloca seu dinheiro e como o gasta a gente
precisa avaliar que valores estão por trás de nossas decisões. Pode parecer bobagem,
mas o que se gasta, a maneira como se compra e o que se compra são funções diretas
da maneira como damos valores às coisas. Perguntas importantes na adiminstraçao
financeira são: Como essa decisão de compra interfere em meu futuro? A que distância
estou olhando ao tomar tal decisão? Que tipo de sentimento ou valor isto me trás? Por
que estou fazendo isso?
O próximo estudo será sobre operação de câmbio. Como transferir dinheiro para o
céu. Não perca.
Há algum tempo, ouvi um pregador de TV ensinando a seguinte pérola: “No céu tem
muito ouro... a Bíblia diz.... O que temos de fazer é pedir a Deus que ponha um pouco
desse ouro em nossas mãos”.No Artigo de hoje, eu gostaria de discutir a operação
reversa: COMO MANDAR DINHEIRO PARA O CÉU.
Em Lucas 16:9, temos, para muitos autores, um dos textos mais difíceis da Bíblia:
“Usem a riqueza deste mundo ímpio para ganhar amigos, de modo que quando ela
acabar,estes os recebam nas moradas eternas”. Este texto é complicado somente se
você tiver uma visão romântica do dinheiro.
A verdadeira riqueza do céu está nas pessoas e sua relação com Deus através de
Cristo. Uma segunda pergunta: O que existe lá e aqui também? Pessoas.
O texto de Lucas trata sobre como usar as riquezas dessa era má, para ganhar amigos.
Ora, isso não passa de uma operação de câmbio.
Imagine que você fosse se mudar para um país estrangeiro, por exemplo, a
Inglaterra. E que se preparando por alguns anos para a mudança, que seria definitiva,
você começasse a juntar muitos reais, colocando seu dinheiro na poupança, acumulando
carros e eletrodomésticos brasileiros e investindo em imóveis aqui no Brasil. Faria pouco
sentido, não? O que seria sábio? Acumular o máximo de recursos que pudessem ser
usados lá, de preferência em libras esterlinas, e comprar o mínimo de coisas para sua
subsistência. Também seria interessante adquirir coisas que pudessem ser vendidas
rapidamente antes da viagem. Estou correto?
Estamos aqui de passagem, estamos a caminho de uma terra nova, a nova
Jerusalém. Lá o que é valor aqui, vale pouco ou nada. E Deus nos tem dado recursos em
abundância para administrar aqui. O que fazer? Seguir a orientação de Jesus: Investir na
única coisa que é valiosa aqui e que é valiosa lá: GENTE!
A vida financeira do cristão deve refletir seus valores. O que fazer com o dinheiro se
queremos torná-lo algo valioso em nossas próprias vidas? Transformá-lo em alguma coisa
que possa estar nos esperando quando chegarmos em nosso lar eterno: VIDAS.
Se queremos fazer bom uso do dinheiro, precisamos gastá-lo com vistas a nosso futuro:
Use os recursos que Deus te deu para levar amigos a Jesus, para investir em fazer
discípulos, para ser hospitaleiro, para o avanço do evangelho, para o aprofundamento da
amizade com as pessoas, para ajudar alguém em desespero, para cuidar dos pobres...
Em suma, gaste seu dinheiro com gente.
Isso vale também para o dinheiro arrecadado pelas igrejas. Obras faraônicas, luxo e
investimentos vaidosos não somente ofendem a Deus, como são prova de administração
obtusa, que não vê o futuro. Os recursos da igreja devem ser gastos em vidas, em
comunhão, em ensino, em proclamação, em missão, em salvar vidas: física, espiritual,
social e existencialmente.
Aplicando o ensino: Esta semana, reveja onde e por que você tem aplicado seus
recursos. O que você gasta hoje, e no que, cria uma reserva eterna ou vai acabar ficando
só por aqui mesmo?Até a próxima, boa semana.
Esse talvez seja um dos principais motivos para o cristão buscar viver uma vida
econômica, baseada em paradigmas diferentes dos do mundo. Estamos em guerra,
temos um inimigo e ele vai usar nossas fragilidades para nos neutralizar. Ou temos isso
em mente a todo instante, ou estaremos perdidos.
I João 2:15-17.
Uma das maiores frias para o cristão é o tal do crediário. Muitos, inclusive pastores e
líderes, usam deste artifício para ter o que não podem. O crediário nos amarra a juros
exorbitantes e não permite que Deus aja sobrenaturalmente para nos dar aquilo que Ele
quer dar. As promessas de venda a prazo são tentadoras e nunca enxergamos os juros
reais. Quando recorremos sempre ao crediário, com desculpas do tipo: “Quem não deve
não tem”, “Deus vai me ajudar”, ou na ilusão de que cabe em nosso orçamento,
passamos a viver acima de nossas posses, ostentando um padrão de vida que não temos
e nos enredamos em dívidas que nos tiram a paz.
Provérbios 21:20, Lucas 12:22, Filipenses 4:10, I Timóteo 6:8, Hebreus 13:5. Isto
quer dizer que se nossa renda mensal é igual a X, é exatamente com este dinheiro que
Deus quer que vivamos contentes e com espírito de gratidão. Quando gastamos mais do
que ganhamos significa que não concordamos com o tipo de renda que Deus nos
proporciona. Endividamo-nos gastando mais do que ganhamos e desenvolvemos um
espírito de murmuração, ansiedade e insegurança. E perdemos de vista a dor do nosso
próximo que não tem o que comer.
Se cremos que Deus nos quer dar mais e fazer-nos viver de maneira menos
apertada, devemos deixar as fábulas, fantasias e esquemas e voltar ao básico: ESTUDAR
E TRABALHAR.
C) Não devemos ser avarentos – Eclesiastes. 5:10, Lucas 12:15 e Colossenses 3:5.
G) Não seja fiador – Provérbios 6:1-2; 11:15; 17:18; 20:16; 22:26-27 e 27:13. O
principal sentido destas orientações está no fato de afiançar a PALAVRA de alguém. Isso
é muito diferente da prática de nossos dias de fiança de imóveis para aluguel, que não
existia então. Nesse caso devemos verificar que compromisso a pessoa está assumindo,
se a palavra dada está dentro das condições dela, se ela não está dando um passo maior
que as pernas e etc. Este texto não deve ser usado como uma desculpa para negar a um
irmão que necessita de moradia e está fazendo um compromisso dentro de seu
orçamento, sem vaidade e por necessidade, o apoio que lhe devemos como irmãos.
Nessa circunstância devemos ser fiadores, até para apoiá-los em caso de emergência ou
infortúnio.
Deus expressa um desejo muito claro quanto à condição de vida que ele planeja
para todas as pessoas. Podemos expressar a expressão desse desejo no NT e no VT.
No VT a afirmação de Deuteronômio é clara: “Assim, não deverá haver pobre algum no
meio de vocês, pois na terra que o SENHOR, o seu Deus, lhes está dando como
herança para que dela tomem posse, ele os abençoará ricamente”. Deut. 15:4. No NT
Paulo assim expressa a visão de Deus: “Nosso desejo não é que outros sejam aliviados
enquanto vocês são sobrecarregados, mas que haja igualdade”. II Cor 8:15. (Negrito e
Itálico meus).
Um dos motivos pelos quais Deus nos abençoa com recursos econômicos,
financeiros, educacionais e com oportunidades, é para que nós possamos ser seus
instrumentos para o alcance de uma posição de equilíbrio e justiça. Existem níveis de
desigualdade dentro da “igualdade”. A proposta de Deus é muito diferente da de Mao Tse
Tung, ou do comunismo idealizado. Igualdade na visão que podemos depreender,
principalmente do Pentateuco é a igualdade de oportunidades, de propriedade dos meios
de produção, de acesso à justiça, à cidadania. Igualdade é diverso de uniformidade, e
nada, nem na Bíblia, nem na natureza dá-nos a possibilidade de pensarmos em
uniformidade. Porém vivemos em mundo injustamente desigual, desequilibrado e cruel.
Na nova Vida que recebemos em Cristo temos a oportunidade de experimentar uma nova
dinâmica na nossa relação com o dinheiro.
No meio cristão evangélico infelizmente temos visto que existe uma forte
concentração e ensino que insiste em usar da fé e do evangelho como meio de aquisição,
concentração e usufruto individualista dos recursos auferidos por um cristão.
Meu querido(a), os recursos que Deus te deu são a resposta para muitos que sofrem,
dentro e fora de nossas igrejas. São uma oportunidade de buscar o objetivo de Deus.
Lembre-se sempre: Sua abundância serve para que a justiça, a eqüidade e a
oportunidade sejam acessíveis a todos. Este deve ser nosso alvo e objetivo no uso de
nossas Finanças.
Esta semana leia Deuteronômio 15 e II Coríntios 8 e 9 para aprofundar o assunto.
A partir disto podemos chegar às seguintes conclusões e você pode usar os textos
bíblicos para aprofundar seu estudo:
c) A prioridade é para com os irmãos da fé, mas tal prática deve ser estendida a
outros à medida que somos tocados por Deus. Gálatas 6:10, I João 3:17, Romanos 12:13.
d) Devemos ser sensíveis aos irmãos desempregados, viúvas, órfãos, pobres, doentes,
estudantes sem dinheiro, etc.
NOSSA ATITUDE DEVE SER: Uma vez que Deus nos abençoa com recursos
financeiros, devemos Ser sensíveis às necessidades do nosso próximo, ofertando
secretamente e tendo como alvo os alvos de Deus
O Reino de Deus avança, está avançando e vai avançar até sua consumação final
com a volta de Jesus. Não há o que alguém possa fazer para impedir este fato. E não há
o que se possa fazer para ajudar o Reino a avançar.
Esta frase pode lhe soar estranha, mas de fato a soberania de Deus sobre o avanço
de seu Reino é absoluta. O Reino de Deus é obra de Deus e não de homens. Então o que
fazer com as frases do tipo: “Ajudemos o Reino a avançar!” ou “ A obra do Senhor precisa
de sua ajuda” ?
A primeira consideração a fazer e que eu gostaria de encorajá-lo a tentar, é uma
inversão na maneira de abordar este tema. Uma vez que não podemos fazer nada para o
avanço do Reino, como devemos encarar o assunto? Qual deve ser meu papel neste
aspecto de minha vida financeira?
Minha sugestão é que passemos a ver este assunto do ponto de vista de Deus : um
Deus dono de tudo, auto-suficiente e soberano, que apesar de toda a glória que tem nos
permite a possibilidade de participar do que ELE está fazendo.
COMO DISCERNIR
Por que Deus nos dá o privilégio de contribuir com a obra dele, já que não precisa
de nós? A resposta é: RELACIONAMENTO!
• A contribuição nos permite relacionarmos melhor com Deus, porque coloca nosso
coração no lugar certo.
• Nos permite relacionar melhor com o mundo, porque inverte os valores normais do
mundo: pessoas passam a ser mais importantes do que coisas.
- Está ligado com a dedicação da própria vida e Senhorio de Cristo sobre nós (8:5)
Quando ?
Se você se organizar e se planejar vai descobrir onde seu dinheiro está indo, no que
você desperdiça (e por isso peca como mordomo), e de onde pode tirar para começar a
ser um investidor (lembra da parábola dos talentos?).
Bem a primeira coisa que precisamos fazer é definir termos, e este é o assunto da
aula de hoje.
RECEITA
Receita é tudo aquilo que você recebe para viver: Mesada, salário, ofertas,
presentes, rendimentos de aplicação, heranças...
GASTOS
Muitas pessoas falam em custo, despesa, gastos, ganhos, perdas sem saber o que
cada coisa significa. Neste curso vamos sempre dar preferência ao termos GASTOS, para
definir a saída de nosso dinheiro.
- Despesa – é tudo o que você gasta para poder existir, funcionar e se localizar. Por
exemplo: alimentação, aluguel, vestuário, transporte...
- Custo – é tudo aquilo que você gasta para poder produzir seus recursos.
Educação, aluguel de sua loja/consultório/quiosque, empregado que você paga, material
de trabalho...
Existem áreas onde custos e despesas se confundem: luz (para viver, ou para
trabalhar), combustível, alimentação fora de casa... Por isso a gente vai preferi o genérico
GASTOS. Pois no caso de finaças pessoais estes incluem todos os custos e despesas e
não geram confusões.
Porém os gastos não são todos os mesmos. Podemos dividi-los em três tipos de
gastos, e isto será absolutamente importante para as próximas lições:
- GASTOS VARIÁVEIS – Contas que você paga todo mês, mas que podem ter
valores diferentes. E aqui vale uam observação que no futuro você vai entender a
importância: Todo gasto variável tem uma porção fixa, ex.: telefone, condomínio, água..
você sempre sabe quanto será o mínimo que gastará (nuca gasto menos que setenta
reais de água, ou de telefone). Isso chama-se porção fixa dos Gastos variáveis.
- GASTOS ARBITRÁRIOS – São todos aqueles que você não precisa fazer todo
mês (mas que acaba fazendo) – cinema, roupas, viagem, pizza com os amigos...
Na próxima semana eu vou ensinar como você pode melhorar a relação entre seus
gastos e sua receita. Para isso eu quero te propor um exercício:
Durante esta semana, faça um calculo de quanto é sua receita total do mês e de onde ela
vem, de uma ou mais fontes. Depois faça uma pequena tabela ou anote em colunas
separadas, o que for melhor para você, os seus gastos. Tente descobrir os seguintes
dados:
1- Quais são seus gastos fixos e de quanto eles são, discrimine e calcule o total.