Você está na página 1de 16

Princípios Cristãos p/ Finanças Pessoais Por Cláudio – Igreja do Caminho Curitiba

PORQUE ESTUDAR PRINCÍPIOS CRISTÃOS PARA FINANÇAS PESSOAIS?

Existe um fato alarmante em nossas igrejas: a enorme quantidade de irmãs e irmãos


sinceros, que vivem em dificuldades financeiros, oprimidos por dívidas, enrolados com o
cartão de crédito e o cheque especial e com enorme sentimento de culpa.
Eu mesmo, durante a maior parte de minha vida fui uma destas pessoas. Busquei ajuda,
aconselhamento, encontrei irmãos que conheciam tais conceitos e que os sonegaram, e
até irmãos que descumprindo a verdade bíblica me “auxiliaram” emprestando dinheiro a
juros. Sentia-me inútil e diminuído. Tinha uma enorme vergonha até que descobri que o
que me faltava não era nenhuma mágica, mas educação. Educação financeira
matemática e bíblica.

Foi um longo caminho até a libertação e a vida equilibrada. Hoje minhas entradas
talvez sejam um terço do que eram no passado e minha vida, paradoxalmente, é muito
mais equilibrada e feliz. A minha única intenção aqui é ajudar outros na mesma situação e
que descubram que crendo que do jeito de Deus é melhor e fugindo de esquemas
mirabolantes, possam encontrar uma vida tranqüila e com tempo para Deus, a família, o
próximo e para melhor qualidade de vida.

Antes de iniciarmos a história temos de ter em mente o objetivo de nossa


caminhada. Saber sobre dinheiro para ter dinheiro, ter posses, saber aplicar ou mesmo
sair de dívidas é um mal negócio. Minha recomendação é que você reveja seu coração e
possa colocá-lo em perspectiva.

A motivação do estudo deve ser outra: tempo, possibilidade e honra. Tempo para
viver para Deus, o ministério e a família. Tempo para dedicar-se aos filhos e à esposa. Ao
estudo da Palavra e a compartilhá-la. Possibilidade de ajudar, socorrer o aflito, investir no
ministério e andar de cabeça erguida. E honra, à Deus por ser um bom mordomo, honra
própria, por não precisar mais ter vergonha e passar vexame, honra familiar, por garantir a
você e aos seus que se tornem luzes que brilham (Lucas 5:16; Filip. 2:15), e sirvam de
exemplo a uma geração corrupta e decaída.

Em resumo, se formos ignorantes em termos de educação financeira geraremos três


tipos de problemas:

a) Problemas pessoais: frustração derrota, inimizades, ansiedade, problemas


sérios de relacionamento (divórcio, ódio na família). Estes problemas são
gerados normalmente por três motivos: endividamento, consumismo e
dinheiro mal empregado.

b) Problemas coletivos: inflação, desonestidade, corrupção, concentração de


renda e crise energética. O dinheiro mal empregado gera fome e miséria.
c) Dificuldades para crescer espiritualmente. Lucas 16:9-13. Existe uma
estreita correlação entre a maneira como cuidamos de nossas finanças e o
quanto Deus nos destina de tarefas e possibilidades eternas. Exploraremos
este assunto em especial em um dos nossos papos. Por fim, como estará
dividido nosso tempo aqui? O projeto todo é dividido em quatro etapas: Na
primeira vamos estudar somente a base bíblica para tudo o que iremos
discutir nas outras três partes. E vamos fazê-lo em profundidade. Na
segunda parte daremos noções de montagem de orçamento pessoal, tipos
de gastos, como gastar e administrar o dinheiro. Na terceira parte
estudaremos como sair das dívidas e não entrar nelas de novo . Na quarta
e última parte estudaremos como investir, perfil de investidores, mercado e
esilos de vida. A primeira parte começa nesta quinta-feira, 28 de Agosto.
Não perca!

PRINCIPIOS BÍBLICOS PARA FINANÇAS PESSOAIS

Por que estudar “princípios bíblicos” de finanças pessoais?

Primeiramente este material é parte de um curso que eu ministro com uma


perspectiva de aceitar que existem absolutos e que as coisas não acontecem por acaso.
Em segundo lugar o cristianismo não deve ser para ninguém somente uma escolha
religiosa, mas uma referência de princípios que afete toda sua vida. E por fim, entendo
que o motivo real pelo qual as pessoas têm problemas nesta área se deve a valores e não
à quantia de dinheiro ou oportunidades que aparecem.

Você já percebeu que gasta um bom tempo de sua vida para ganhar dinheiro? A
Bíblia ensina que tudo o que fazemos deve glorificar a Deus (I Cor. 10 :31). Assim sendo,
nós podemos e devemos glorificar o nome de Deus através da maneira como gastamos e
como ganhamos nosso dinheiro. A Palavra de Deus tem muita orientação sobre dinheiro,
bens materiais, fianças, investimentos, etc.. Isto por que Deus sabe das dificuldades,
tentações e pressões que temos enfrentar nesta área. É plano de Deus que tenhamos
vitória nesta área de nossa vida. Também como filhos de Deus devemos ter um novo
sistema de valores e padrões que rege nossa vida. Col. 3:1-2 diz: “... busquem as coisas
lá do alto... pensem nas coisas lá do alto”, ou seja, os nossos referenciais como Cristãos
são outros e não os deste mundo.

Talvez uma das áreas de nossa vida em que o nosso testemunho como cristãos é
mais notado, é a financeira. Por isto a importância deste estudo, e nosso desejo é que
todos nós possamos estar reavaliando o nosso comportamento na área das finanças e, se
preciso, adotando uma nova postura quanto à maneira de utilizarmos os recursos que
Deus nos tem confiado. O material aqui exposto é parte do curso de mesmo nome e
também de um pequeno livro que estou planejando publicar. (ainda não venci minha
preguiça de escrever e procurar uma editora) Na segunda feira, 25 de Agosto, começa a
publicação a cada três dias, de modo que qualquer um possa acompanhar, aplicar e
avaliar sua vida.

Toda contribuição, crítica e ajuda será sempre muito bem vinda.


Até a proxima
Princípio 1 – DEUS TEM A PROPRIEDADE DE TODAS AS COISAS

Os textos bíblicos para você estudar com este primeiro princípio são os seguintes:

I Crônicas 29:11-12, Salmos 24:1; Ageu 2:8; I Coríntios 6:19-20; Levítico 25:23
Deuteronômio 8:18.

A compreensão desta verdade sobre a propriedade absoluta de Deus em relação a


todas as coisas existentes no leva à construção de um princípio chamado PRINCÍPIO DA
MORDOMIA.

O mordomo é mais do que aquele cara de casaca que recebe as pessoas na casa
do rico, o mordomo, originalmente é o administrador dos bens de seu patrão, a pessoa de
confiança. Basicamente é assim que Deus nos vê. Ele demonstra sua confiança em nós
deixando a nosso cargo bens e direitos. Ao contrário o que muitos imaginam, Deus não
faz isso e fica nos vigiando. Esta é uma relação adulta, onde a confiança é demonstrada
pelo proprietário dos bens.

Como toda relação adulta não existe um controle diário, mas existe sim um
momento de prestação de contas. E cedo ou tarde este dia via chegar. I Coríntios 4:1-2.
Ai sim vamos prestar contas de nossa administração. É engraçado que este conceito seja
facilmente compreendido quando diz respeito ao uso das coisas em nosso trabalho e
mesmo das coisas de outras pessoas que estejam sob nossos cuidados. “ Não use o
telefone do fulano”, “Não abuse da água”, “Não exagere no gasto de luz por que a casa
não é nossa”, “Não fure a parede”, “Não deixe a bicicleta em qualquer lugar”. Estas são
frases que muitos dizemos todos os dias. Pelo simples fato de estarmos usando algo que
não é nosso.

Um cristão deve buscar esta atitude em tudo: seu dinheiro, o meio ambiente, o uso
de recursos naturais, a cidade onde vive. E não por medo de multas, mas por
compreender que tudo é de Deus, e devemos cuidar bem.Mesmo quando Deus nos dá
alguma coisa, Ele continua dono. O dinheiro pertence a Deus. Nós simplesmente o
gerenciamos. Lucas 12:42-48.

O exercício do princípio da mordomia gera algumas responsabilidades. Estas


responsabilidades são a coisas que o proprietário espera que façamos com o dinheiro que
ele nos dá:

a) Prover as necessidades de nossa família. I Timóteo 5:8 e Marcos 7:9-12.

b) Prover as necessidades da família de Deus. Gálatas 6:10 e I João 3:17.

c) Aliviar as necessidades dos pobres. Atos 20:35 e Gálatas 2:10.

O Proprietário tem enorme desejo de ver cumprido estas tarefas, e por isso Deus
promete suprir nossas necessidades. Filip. 4:19, Mat. 6:31-33 e I Tim 6:8.

Por essa razão a gente deve entender que o manejo destes recursos dá trabalho e
exige de nós empenho. Ao fazê-lo somos sempre abençoados, ao não faze-lo ficaremos e
seremos levados à fome e à miséria. Aí devemos ter muito claro na mente uma
conseqüência da má administração que deve também ser estudada neste primeiro
momento: Não se deve ficar alimentando o preguiçoso. II Tess. 3:6-16.
Uma das causas mais freqüentes do aperto e da vida enrolada em muitos cristãos é
a preguiça. Certamente não é a única causa, mas o certo é que, travestida de
espiritualidade, a preguiça tem afastado muitos cristãos do mercado de trabalho, das
universidades, e das possibilidades de crescimento não por que sejam menos
inteligentes, ou porque estejam em aperto ou por qualquer outro motivo. Mas por pura
desonra do princpipio de mordomia. Viver miseravelmente, chupinzar ofertas e se enfiar
em bases onde nada de produtivo é realizado trai este princípio de Deus. A tarefa de
crescer e multiplicar-se, de preservar a terra e de fazer diferença foi dada àqueles que
tem com Deus uma relação de filiação. Deixa-la de lado e entrega-la a um mundo egoísta
com a desculpa de estar envolvido em atividades “espirituais” demonstra
desconhecimento do real propósito de Deus ao nos colocar neste planeta.

Lembre-se sempre da máxima de Wesley; Ganhe o máximo que puder, guarde o


máximo que puder, dê o máximo que puder.

NOSSA ATITUDE DEVE SER: Assumir que tudo o que temos não é nosso e está
sob nossa guarda e a determinação sobre o que fazer com tais recursos é única e
exclusiva de seu dono – DEUS.

Princípio 2 - DEUS PROVÊ FINANCEIRAMENTE:

Os textos bíblicos de hoje são os seguintes: Deuteronômio 8:18, Salmos 37:25,


Salmos 127:1-2, Mateus 6:33, Filipenses 4:19.

No outro dia eu estava falando com uma amiga sobre a origem do dinheiro e de
repente, no meio do papo, veio a afirmação “eu não vou desperdiçar o dinheiro que eu
ganho com sacrifício”.

Nesta frase tão sensata reside um leve engano: O DINHEIRO QUE EU GANHO.
Para podermos construir uma relação saudável com o dinheiro a gente precisa resgatar
alguns conceitos que nem sempre são tão claros. O primeiro deles é o trabalho.
O trabalho não foi inventado por Deus para ser a origem de seu sustento. Parece
estranho falar isso, mas a gente precisa compreender que a origem do trabalho está no
próprio Deus e é parte de Seu caráter. O trabalho é o meio pelo qual a realidade é
transformada, e é o momento onde mais nos assemelhamos à Deus, onde mais refletimos
sua imagem: a hora em que podemos mudar, transformar e gerar diferença no meio ao
nosso redor.
O trabalho assim entendido é algo prazeroso, que tem o potencial de no fim do dia dar-
nos a experiência de olhar para o que fizemos e ver que ficou muito bom. Desta forma o
sustento é Deus que dá, o trabalho é só o meio que Ele usa. O nosso sustento vem do
trabalho e de outras formas também conforme está citado abaixo:

1. Trabalho remunerado: secular - Efésios 4:28 religioso – I Coríntios 9:6-14

2. Investimentos: na sociedade de livre mercado existem opções legítimas, não


especulativas, de aplicações financeiras. Mateus 25:14-21 e Lucas 19:13-26.

3. Dádivas do corpo de Cristo. Filipenses 4:10 (obreiros, viúvas, desempregados,


necessitados, pobres, etc.) Confie no Senhor, busque o domínio de Deus sobre
sua vida, trabalhe com alegria.
Princípio 3 -INTEGRIDADE PESSOAL NAS FINANÇAS:

Provérbios 21:8

Uma das graves questões que o cristão encara, e que tem levado à reflexão séria
por muitos séculos no cristianismo, é o que é e o que não é ser integro na questão
financeira.

Para os cristãos, em especial os evangélicos no Brasil, tem sobrado uma acusação


freqüente nesta área: a de que o que é feito na área de finanças é feito com interesses
questionáveis e de modo questionável.

Quando eu era criança, se dizer cristão, e sobretudo evangélico, servia como aval
em determinadas circunstâncias. Eramos conhecidos por sermos pessoas honestas, de
lisura inquestionável e garantia de honestidade. Hoje dizer-se evangélico pode até causar
problemas em determinados círculos. A imensa maioria, honesta e trabalhadora, do povo
cristão tem que ficar explicando a prática de uns poucos, mas muito expressivos,
desonestos em nome de Cristo.

Naquela época se costumava dizer “A roupa do crente é mais branca”. E é. A graça


de Jesus não só nos leva ao céu, mas nos inclui em uma nova dinâmica de vida e a uma
nova ética no mundo. Por isso, qualquer erro em nós chama muito mais a atenção.
Ninguém se importa com uma mancha preta na roupa de alguém que lida com motores,
mas chama a maior atenção a mesma mancha, por menor que seja, no vestido de uma
noiva.

Em nosso estudo, em algumas semanas estaremos estudando temas como


montagem de orçamento familiar, investimentos, como se livrar de dívidas e não voltar
para elas e como aplicar no mercado financeiro e empresarial. Porém nada disso servirá
de fato, se não estiver banhado em ética e integridade.

Os pontos principais que marcam a ética do cristão são:

1-Ganhar dinheiro através de um trabalho honesto. II Tessalonicenses 3:10-12.


Não há como negociar com isso. Eu pertenci a uma igreja onde um dos líderes era
doleiro. Ganhava rios de dinheiro, lavava dinheiro de corrupção, fazia câmbio negro e ...
pregava sobre a benção do dízimo, desafiava pessoas a compromisso. E pior, calava a
boca de muitos pelo investimento de somas altas em missões e na igreja. Deus não
abençoa isso.

Conheci outro que fazia de tudo para não trabalhar e crer que a igreja devia
sustentá-lo, sempre dando uma boa desculpa para não pegar no batente. Conheci irmãos
que lutaram para conseguir a indicação de políticos para empregos fantasmas,
confundindo emprego com trabalho.

O Brasil passou e passa por momentos difíceis, porém é exatamente ai que


podemos dar nossa maior contribuição, trabalhando duro, investindo em nossa
capacitação, sendo os melhores funcionários e melhores patrões, tendo coragem de dar o
melhor sabendo que estamos não só ganhando nosso pão, mas cumprindo uma missão
dada por Deus e uma oportunidade de transformar a realidade.
2-Pagar regularmente os impostos. Mateus 22:17-21 e Rom. 13:7
Esta é uma coisa difícil de falar, principalmente ao saber que a atual carga tributária no
Brasil é de 36,5% do PIB. E pior é que se ninguém sonegasse, a carga ultrapassaria 50%
do PIB! Hoje nossa carga tributária equivale à da Alemanha e é superior à dos Estados
Unidos. E recebemos dos governos serviços de qualidade pior em quase todos os
setores. E ainda por cima os dados mostram que nos últimos 13 anos, a carga de
impostos cresceu 295.63% (período de 1986 a 1999 – último dado disponível). Para
piorar, ai embaixo você pode ver a diferença de carga em diversos países:

Suécia 47
Alemanha 36,7
Brasil 36,45
Suiça 36
Canadá 31
Estados Unidos29
Espanha 29
Chile 22
Japão 21
México 22

Com isto, muitos alegam a quase impossibilidade de não sonegar. Pois bem, este é
um assunto de fé, de compromisso, de inteligência e de não ser preguiçoso. De fé por
que Deus deu uma ordem e exige fé crermos que Ele vai nos honrar ao sermos fieis, ao
cumprirmos suas ordens. De compromisso por que isto nos joga a responsabilidade de
lutar por um sistema mais justo de impostos e pela adequada aplicação dos mesmos, seja
fiscalizando, seja elegendo pessoas capazes (e não por que são crentes), seja se
engajando em lutas pela justiça fiscal. De inteligencia porque ao pagarmos impostos, e
fazermos uma contabilidade correta, podemos descobrir como pagar menos, executar
planejamento fiscal e melhorar a adaministração de nossas vidas e negócios. E de
preguiça, porque as pessoas não fazem tudo isto porque dá trabalho, e nós podemos
fazer diferença e construir um país melhor ao não optarmos pela cômoda e pregiçosa via
da sonegação.

3- Não participar de qualquer transação desonesta ou ilícita:


Além do exemplo do doleiro acima, existem outras formas de agir que Deus condena e
exige de nós uma atitude diferente:

- Exploração do trabalho dos outros. Tiago 5:1-4; (Isso inclui sua empregada)

- Agiotagem. Levítico 25:35-37, Ezequiel 18:6-8;

- Corrupção. Êxodo 23:8, Deuteronômio 16:19, Provérbios 17:23, Eclesiastes: 7;

- Roubo. Provérbios 22:22, Efésios 4:28;

- Preguiça ou viver às custas de alguém. Provérbios 6:6-11. Talvez o tema que


mais precise de atenção em nossas igrejas hoje.
4- Restituir em atitude de confissão e arrependimento o dinheiro ganho de
forma ilícita. Levítico 6:4, Lucas 19:1-10 (Zaqueu).

Aqui fica o ponto mais delicado para mim. No passado eu fiz muitas coisas erradas:
roubei, menti, soneguei, dei jeitinho. Fiz o que era mal aos olhos do Senhor. Só restam
três atitudes: Restituir o que for possível, caso seja, e sempre que for, possível é a melhor
atitude (às vezes seu credor já morreu, ou você não pode mais voltar no tempo). Pedir
perdão a Deus e à pessoa, e ser sincero se acabaram as condições de um acerto real.
Mudar de vida “vá e não peque mais”. E se o seu caso for preguiça, mesmo que com o
nome de ministério (sabe o irmãozinho que fica orando em pano de saco e pedindo
oferta?), arrume um trabalho com urgência.

Lembre-se: Em meio a uma sociedade corrupta busque, diante de Deus, a


santificação da sua vida financeira. Sem isso, nada do que for proposto vai
funcionar plenamente.

Princípio 4 – FINANÇAS DEPENDE DE SUA PERCEPÇÃO DE VALORES.

Um dos pontos que mais leva as pessoas a terem dificuldades na vida financeira é
sua percepção de valores. Aqui temos a questão fundamental para entender a dinâmica
da vida cristã em nossa vida finaceira. A LÓGICA DO MUNDO É OPOSTA À LÓGICA DE
DEUS.

Vamos dar uma analisada em cada aspecto:

a) A palavra de Deus fala de coisas que não se vêem - II Coríntios 4:18 -que são
eternas, como sendo contrapostas àquilo que se vê, que é temporal. Em Lucas 12:15-21
vemos a história de alguém sem a percepção da temporalidade e na ilusão causada pelos
bens, de que se pode ter acesso a eles eternamente. Uma das coisas mais estúpidas que
fazemos, induzidos pelo sistema do mundo, é considerar eterno o que é temporário e agir
temporariamente com as coisas eternas. Carreira, sucesso, posses são lidadas como se
fossem durar para sempre, e como se fossem a garantia do futuro.

b) A segunda coisa está exatamente ai: O horizonte do futuro. Quando as pessoas


falam em futuro, tem uma percepção muita diversa do que Deus considera futuro.
Sessenta, 70, 80 ou mesmo 100 anos é até onde alguém costuma pensar. Filhos, quem
sabe netos, o máximo que consegue mensurar. Deus fala de Eternidade, tempo sem
tempo. Uma medida tão grande que, usando o exemplo de C.S. Lewis, se pudéssemos
comparar a vida a uma livro bem grande, tudo o que você viveu e vier a viver seria igual à
primeira folha em branco antes da folha de rosto, o resto seria a eternidade. Com isso
devemos investir com sabedoria, avaliando as necessidades do reino (aquilo que não se
vê) e as nossas necessidades temporais. Ageu 1:3-4.
c) Expressões como "ganhar a vida", "investir no futuro", "acumular bens", têm uma
conotação por parte de Deus completamente diferente da nossa interpretação. Assim
devemos acumular "riquezas nos céus" . Mateus 6:19-21.

Na hora de tomar decisões sobre onde coloca seu dinheiro e como o gasta a gente
precisa avaliar que valores estão por trás de nossas decisões. Pode parecer bobagem,
mas o que se gasta, a maneira como se compra e o que se compra são funções diretas
da maneira como damos valores às coisas. Perguntas importantes na adiminstraçao
financeira são: Como essa decisão de compra interfere em meu futuro? A que distância
estou olhando ao tomar tal decisão? Que tipo de sentimento ou valor isto me trás? Por
que estou fazendo isso?

O próximo estudo será sobre operação de câmbio. Como transferir dinheiro para o
céu. Não perca.

Princípio 5 – COMO ENVIAR DINHEIRO PARA O CÉU

Texto para a semana: Lucas 16:1-15

A “teologia” da prosperidade tem feito um estrago enorme ao confundir e criar


expectativas errôneas sobre o que Deus nos ensina a respeito do trato com o dinheiro.
Lidar com o dinheiro nunca é uma questão de posses, ou muito ou pouco, mas dos
valores que servem de base para nossa ação.

Há algum tempo, ouvi um pregador de TV ensinando a seguinte pérola: “No céu tem
muito ouro... a Bíblia diz.... O que temos de fazer é pedir a Deus que ponha um pouco
desse ouro em nossas mãos”.No Artigo de hoje, eu gostaria de discutir a operação
reversa: COMO MANDAR DINHEIRO PARA O CÉU.

Em Lucas 16:9, temos, para muitos autores, um dos textos mais difíceis da Bíblia:
“Usem a riqueza deste mundo ímpio para ganhar amigos, de modo que quando ela
acabar,estes os recebam nas moradas eternas”. Este texto é complicado somente se
você tiver uma visão romântica do dinheiro.

Primeiro, vamos ao assunto dos valores no céu. Respondendo ao pregador da


ilustração acima, podemos nos perguntar: Por que as ruas do céu são de ouro? Bem,
porque lá, ouro só serve mesmo para virar asfalto!

A verdadeira riqueza do céu está nas pessoas e sua relação com Deus através de
Cristo. Uma segunda pergunta: O que existe lá e aqui também? Pessoas.
O texto de Lucas trata sobre como usar as riquezas dessa era má, para ganhar amigos.
Ora, isso não passa de uma operação de câmbio.

Imagine que você fosse se mudar para um país estrangeiro, por exemplo, a
Inglaterra. E que se preparando por alguns anos para a mudança, que seria definitiva,
você começasse a juntar muitos reais, colocando seu dinheiro na poupança, acumulando
carros e eletrodomésticos brasileiros e investindo em imóveis aqui no Brasil. Faria pouco
sentido, não? O que seria sábio? Acumular o máximo de recursos que pudessem ser
usados lá, de preferência em libras esterlinas, e comprar o mínimo de coisas para sua
subsistência. Também seria interessante adquirir coisas que pudessem ser vendidas
rapidamente antes da viagem. Estou correto?
Estamos aqui de passagem, estamos a caminho de uma terra nova, a nova
Jerusalém. Lá o que é valor aqui, vale pouco ou nada. E Deus nos tem dado recursos em
abundância para administrar aqui. O que fazer? Seguir a orientação de Jesus: Investir na
única coisa que é valiosa aqui e que é valiosa lá: GENTE!
A vida financeira do cristão deve refletir seus valores. O que fazer com o dinheiro se
queremos torná-lo algo valioso em nossas próprias vidas? Transformá-lo em alguma coisa
que possa estar nos esperando quando chegarmos em nosso lar eterno: VIDAS.
Se queremos fazer bom uso do dinheiro, precisamos gastá-lo com vistas a nosso futuro:
Use os recursos que Deus te deu para levar amigos a Jesus, para investir em fazer
discípulos, para ser hospitaleiro, para o avanço do evangelho, para o aprofundamento da
amizade com as pessoas, para ajudar alguém em desespero, para cuidar dos pobres...
Em suma, gaste seu dinheiro com gente.

Isso vale também para o dinheiro arrecadado pelas igrejas. Obras faraônicas, luxo e
investimentos vaidosos não somente ofendem a Deus, como são prova de administração
obtusa, que não vê o futuro. Os recursos da igreja devem ser gastos em vidas, em
comunhão, em ensino, em proclamação, em missão, em salvar vidas: física, espiritual,
social e existencialmente.

Aplicando o ensino: Esta semana, reveja onde e por que você tem aplicado seus
recursos. O que você gasta hoje, e no que, cria uma reserva eterna ou vai acabar ficando
só por aqui mesmo?Até a próxima, boa semana.

Princípio 6 – DEUS QUER QUE EU SEJA LIVRE

MAS O DIABO QUER ME ESCRAVIZAR.

Esse talvez seja um dos principais motivos para o cristão buscar viver uma vida
econômica, baseada em paradigmas diferentes dos do mundo. Estamos em guerra,
temos um inimigo e ele vai usar nossas fragilidades para nos neutralizar. Ou temos isso
em mente a todo instante, ou estaremos perdidos.

a) O plano de Deus para nossa vida financeira implica em alegria, liberdade,


generosidade, amor ao próximo. Mas quando violamos esses princípios, geramos em
nós as condições para várias deformações de caráter: avareza, dívidas, egoísmo,
manipulações, desonestidade, mentiras e omissão com relação à necessidade do
próximo. Ageu 1:6-10.

b) O diabo utiliza o sistema do mundo(AYON) para nos enredar.

I João 2:15-17.

- a cobiça da carne - prazer sensorial - hedonismo.

- a cobiça dos olhos - possessões materiais - consumismo.

- a soberba da vida - posição social - competição pelo status.

A armadilha é que podemos fazer nosso projeto de vida na busca do hedonismo, do


consumismo e do status crendo que assim encontraremos felicidade, mas no fim só
teremos mesmo a frustração e a derrota espiritual, Exemplos: Acã, Salomão e Judas.
c) Como podemos ganhar liberdade financeira e manter uma economia sábia ?

- Não amando o dinheiro. I Timóteo 6:10, Tiago 4:13-14.

- Não devendo. Provérbios 22:7 e Romanos 13:8.

Uma das maiores frias para o cristão é o tal do crediário. Muitos, inclusive pastores e
líderes, usam deste artifício para ter o que não podem. O crediário nos amarra a juros
exorbitantes e não permite que Deus aja sobrenaturalmente para nos dar aquilo que Ele
quer dar. As promessas de venda a prazo são tentadoras e nunca enxergamos os juros
reais. Quando recorremos sempre ao crediário, com desculpas do tipo: “Quem não deve
não tem”, “Deus vai me ajudar”, ou na ilusão de que cabe em nosso orçamento,
passamos a viver acima de nossas posses, ostentando um padrão de vida que não temos
e nos enredamos em dívidas que nos tiram a paz.

Algumas atitudes que provocam dívidas :

COMPRAR A CRÉDITO; TOMAR DINHEIRO EMPRESTADO PARA COMPRAR


ALGO QUE SE DESVALORIZA FACILMENTE (Carro, TV, Computador); CARTÕES DE
CRÉDITO E CHEQUES ESPECIAIS – ISSO NÃO PASSA DE UMA MANEIRA FÁCIL DE
CONVENCER VOCÊ A GASTAR O QUE VOCÊ NÃO TEM; ENTRAR EM COMPETIÇÃO
COM OUTRAS PESSOAS; NÃO ZELAR PELAS COISAS; NÃO ECONOMIZAR;
COMPRAR COISAS SOB O IMPULSO DO MOMENTO, NA MAIORIA DAS VEZES
COISAS QUE VOCÊ REALMENTE NÃO PRECISAVA; NÃO RESISTIR AOS
VENDEDORES E AOS FORTES APELOS COMERCIAIS.

COMO REAGIR A ESSA PRESSÃO?

A) Estando contentes em qualquer situação financeira.

Provérbios 21:20, Lucas 12:22, Filipenses 4:10, I Timóteo 6:8, Hebreus 13:5. Isto
quer dizer que se nossa renda mensal é igual a X, é exatamente com este dinheiro que
Deus quer que vivamos contentes e com espírito de gratidão. Quando gastamos mais do
que ganhamos significa que não concordamos com o tipo de renda que Deus nos
proporciona. Endividamo-nos gastando mais do que ganhamos e desenvolvemos um
espírito de murmuração, ansiedade e insegurança. E perdemos de vista a dor do nosso
próximo que não tem o que comer.

Se cremos que Deus nos quer dar mais e fazer-nos viver de maneira menos
apertada, devemos deixar as fábulas, fantasias e esquemas e voltar ao básico: ESTUDAR
E TRABALHAR.

B) Não devemos viver ansiosos e preocupados – Filipenses 4:6-7 e I Pedro 5:7;

C) Não devemos ser avarentos – Eclesiastes. 5:10, Lucas 12:15 e Colossenses 3:5.

D) Devemos economizar – Viva dentro do orçamento, isto é , aprenda a viver com o


que Deus lhe tem dado (Filipenses. 4:10-13); pare com os gastos desnecessários
(Provérbios 18:9 e 21:20).
E) Devemos planejar os gastos – Provérbios 16:9

G) Não seja fiador – Provérbios 6:1-2; 11:15; 17:18; 20:16; 22:26-27 e 27:13. O
principal sentido destas orientações está no fato de afiançar a PALAVRA de alguém. Isso
é muito diferente da prática de nossos dias de fiança de imóveis para aluguel, que não
existia então. Nesse caso devemos verificar que compromisso a pessoa está assumindo,
se a palavra dada está dentro das condições dela, se ela não está dando um passo maior
que as pernas e etc. Este texto não deve ser usado como uma desculpa para negar a um
irmão que necessita de moradia e está fazendo um compromisso dentro de seu
orçamento, sem vaidade e por necessidade, o apoio que lhe devemos como irmãos.
Nessa circunstância devemos ser fiadores, até para apoiá-los em caso de emergência ou
infortúnio.

NOSSA ATITUDE DEVE SER:

Ganhar uma liberdade financeira - não devendo, não amando o dinheiro e


estando gratos em qualquer situação

Princípio 7 - DEUS QUER MINHA PARTICIPAÇÃO FINANCEIRA PARA SUPRIR OS NECESSITADOS.

Deus expressa um desejo muito claro quanto à condição de vida que ele planeja
para todas as pessoas. Podemos expressar a expressão desse desejo no NT e no VT.
No VT a afirmação de Deuteronômio é clara: “Assim, não deverá haver pobre algum no
meio de vocês, pois na terra que o SENHOR, o seu Deus, lhes está dando como
herança para que dela tomem posse, ele os abençoará ricamente”. Deut. 15:4. No NT
Paulo assim expressa a visão de Deus: “Nosso desejo não é que outros sejam aliviados
enquanto vocês são sobrecarregados, mas que haja igualdade”. II Cor 8:15. (Negrito e
Itálico meus).

Um dos motivos pelos quais Deus nos abençoa com recursos econômicos,
financeiros, educacionais e com oportunidades, é para que nós possamos ser seus
instrumentos para o alcance de uma posição de equilíbrio e justiça. Existem níveis de
desigualdade dentro da “igualdade”. A proposta de Deus é muito diferente da de Mao Tse
Tung, ou do comunismo idealizado. Igualdade na visão que podemos depreender,
principalmente do Pentateuco é a igualdade de oportunidades, de propriedade dos meios
de produção, de acesso à justiça, à cidadania. Igualdade é diverso de uniformidade, e
nada, nem na Bíblia, nem na natureza dá-nos a possibilidade de pensarmos em
uniformidade. Porém vivemos em mundo injustamente desigual, desequilibrado e cruel.
Na nova Vida que recebemos em Cristo temos a oportunidade de experimentar uma nova
dinâmica na nossa relação com o dinheiro.

No meio cristão evangélico infelizmente temos visto que existe uma forte
concentração e ensino que insiste em usar da fé e do evangelho como meio de aquisição,
concentração e usufruto individualista dos recursos auferidos por um cristão.
Meu querido(a), os recursos que Deus te deu são a resposta para muitos que sofrem,
dentro e fora de nossas igrejas. São uma oportunidade de buscar o objetivo de Deus.
Lembre-se sempre: Sua abundância serve para que a justiça, a eqüidade e a
oportunidade sejam acessíveis a todos. Este deve ser nosso alvo e objetivo no uso de
nossas Finanças.
Esta semana leia Deuteronômio 15 e II Coríntios 8 e 9 para aprofundar o assunto.
A partir disto podemos chegar às seguintes conclusões e você pode usar os textos
bíblicos para aprofundar seu estudo:

a) As boas obras estão ligadas com a fé que salva. Mateus 25:34-40.

b) As dádivas devem ser ofertadas diretamente a quem precisa, sem alarde, no


anonimato. Mateus 6:2-4.

c) A prioridade é para com os irmãos da fé, mas tal prática deve ser estendida a
outros à medida que somos tocados por Deus. Gálatas 6:10, I João 3:17, Romanos 12:13.
d) Devemos ser sensíveis aos irmãos desempregados, viúvas, órfãos, pobres, doentes,
estudantes sem dinheiro, etc.

NOSSA ATITUDE DEVE SER: Uma vez que Deus nos abençoa com recursos
financeiros, devemos Ser sensíveis às necessidades do nosso próximo, ofertando
secretamente e tendo como alvo os alvos de Deus

Princípio 8 - DEUS QUER MINHA PARTICIPAÇÃO FINANCEIRA NA SUA OBRA.

O Reino de Deus avança, está avançando e vai avançar até sua consumação final
com a volta de Jesus. Não há o que alguém possa fazer para impedir este fato. E não há
o que se possa fazer para ajudar o Reino a avançar.
Esta frase pode lhe soar estranha, mas de fato a soberania de Deus sobre o avanço
de seu Reino é absoluta. O Reino de Deus é obra de Deus e não de homens. Então o que
fazer com as frases do tipo: “Ajudemos o Reino a avançar!” ou “ A obra do Senhor precisa
de sua ajuda” ?
A primeira consideração a fazer e que eu gostaria de encorajá-lo a tentar, é uma
inversão na maneira de abordar este tema. Uma vez que não podemos fazer nada para o
avanço do Reino, como devemos encarar o assunto? Qual deve ser meu papel neste
aspecto de minha vida financeira?
Minha sugestão é que passemos a ver este assunto do ponto de vista de Deus : um
Deus dono de tudo, auto-suficiente e soberano, que apesar de toda a glória que tem nos
permite a possibilidade de participar do que ELE está fazendo.

COMO DISCERNIR

A primeira chave para o entendimento de nossa participação financeira na obra de


Deus é compreendermos que nosso papel é diferir entre quais são os projetos de Deus e
quais são os projetos do homem. O poder de Deus se manifesta nos projetos de Deus.
Muitos têm a insistente mania de maquiar seus projetos pessoais de linguagem cristã e
por isso considerá-los de Deus. Megalomania, projetos políticos, vaidade, devaneios e
concentração de renda têm aparecido e sido apresentados como “obra de Deus” e levado
muitos a serem vítimas da manipulação.
Para entendermos ainda mais a nossa participação financeira na obra de Deus
devemos ter em mente alguns princípios:
- DEUS NÃO PRECISA DE SEU DINHEIRO
- É UM PRIVILÉGIO PARA NÓS INVESTIRMOS OS RECURSOS QUE DEUS
COLOCA EM NOSSAS MÃOS, NAQUILO QUE DEUS ESTÁ FAZENDO
- DEUS NÃO PRECISA DE GRANDES ESTRUTURAS PARA QUE SUA OBRA
ACONTEÇA, QUEM PRECISA DE ESTRUTURAS, SISTEMAS DE SOM E
AMBIENTE AGRADÁVEL SOMOS NÓS! A IGREJA CRISTÃ TEM CARECIDO
DE HONESTIDADE NESTA ÁREA.
- A MAIOR PARTE DOS RECURSOS DEVE SER APLICADA EM PESSOAS E
NÃO EM COISAS, A NÃO SER AQUELAS QUE SERVIRÃO PARA PESSOAS
SEREM SERVIDAS.
Pensando assim teremos uma noção clara e disciplinada de nossa participação na
obra de Deus. Deus quer nos usar para SEUS propósitos, por isso nossa busca deve ser
de SUA vontade. Muita gente hoje contribui sinceramente querendo agradar a Deus em
distintos projetos (e Deus as recompensará), porém muitos projetos tem pouco ou nada a
ver com a mão de Deus.

Por que Deus nos dá o privilégio de contribuir com a obra dele, já que não precisa
de nós? A resposta é: RELACIONAMENTO!

• A contribuição nos permite relacionarmos melhor com Deus, porque coloca nosso
coração no lugar certo.

• Nos permite relacionarmos melhor com os irmãos, porque os coloca acima de


nossas posses.

• Nos permite relacionar melhor com o mundo, porque inverte os valores normais do
mundo: pessoas passam a ser mais importantes do que coisas.

POR QUE PARTICIPAR FINANCEIRAMENTE DA OBRA DE DEUS?


Uma vez que Deus nos dá este privilégio, o que Ele teria em mente ao nos convidar a
esta participação? Vemos na Bíblia que Deus se importa na manutenção de Obras e
obreiros. A igreja recebe o privilégio de ser o veículo de deus para manter obreiros ( I
Coríntios 9:13-14, I Timóteo 5:17) e obras de assistência e serviço social (Atos 11:27-30 ).

POR FIM UMA ÚLTIMA PERGUNTA: QUEM ADMINISTRA?

Particularmente existe muito pouca possibilidade de a obra de Deus acontecer fora


do instrumento para a Obra que Ele criou para sua atuação no mundo: A IGREJA.
Contribuições a indivíduos desconectados de uma igreja local, “missionários” de
estruturas para-eclesiásticas que não se comprometem com nenhuma igreja local,
“ministérios” sem contexto eclesial imediato, que não prestam contas a pastores e lideres
locais e que não fortalecem a igreja visível e local devem ser cuidadosamente analisados
antes de receberem recursos. A história de “trabalho para a Igreja Invisível”, sem vínculos
reais, deve ser profundamente questionada. Tais pessoas deveriam receber a visita de
pastores invisíveis quando estivessem em crise, terem amigos invisíveis quando
estiverem sós e buscarem ministração invisível quando estivessem doentes. A igreja é
universal, mas existe em sua expressão local, com as tensões, problemas e gente da vida
real.
Dentro do contexto local a responsabilidade da administração dos recursos é dos
pastores ( Atos 11:29-30) e os diáconos( Atos 6:1-4).
Para se entender a questão dos dízimos e ofertas do ponto de vista bíblico eu
recomendo o livro “Desmistificando o Dízimo” de Paulo José de Oliveira, pela ABU
EDITORA.

Quanto à maneira de contribuir o padrão do Novo Testamento está expresso em II


Coríntios 8 e 9 e pode ser assim resumido:

- Dar é uma graça concedida por Deus (8:1)

- Deve ter uma disposição de fazer sacrificialmente (8:2)

- Na medida e acima da medida (8:3)

- Está ligado com a dedicação da própria vida e Senhorio de Cristo sobre nós (8:5)

- Não é mandamento (8:8)

- Deve ser feito prontamente (8:11)

- Para que haja igualdade (8:13-15)

- Como expressão de generosidade (9:5)

- O que dá pouco, pouco terá (9:6)

- Cada um deve dar conforme o coração (9:7)

- Para suprir a necessidade dos santos (9:12)

- Redunda em glória para Deus ( 9:11-13)

Quando ?

- Regularmente. I Coríntios 16:2

- Sempre que houver uma necessidade específica – Filipenses 4:10-20

NOSSA ATITUDE DEVE SER:

Fazer um compromisso financeiro diante de Deus, separando de forma regular nossa


oferta para a obra do Senhor. Fazer isso na certeza de que não é nossa obrigação, mas
expressão do amor e um privilégio para nós. E lembrar que Deus não precisa de nós,
mas nos dá o privilégio da parceria em sua obra.
PRINCÍPIOS CRISTÃOS PARA VIDA FINANCEIRA – II ETAPA

Hoje chegamos à segunda etapa de nosso curso de finanças: A montagem do


orçamento pessoal.A primeira parte do curso é importante porque finanças é um assunto
muito mais de valores e princípios do que de planos e teoria financeira. Porém muitos
princípios são conhecidos por muitos que, no entanto, não conseguem aplicá-los pela
mais absoluta falta de conhecimentos elementares de organização financeira.
Com a aula de hoje iniciamos a parte prática de nosso curso. Começaremos pela
compreensão de algumas definições, entenderemos o que faz parte de nossos
orçamentos e por fim ajudaremos você a montar seu próprio orçamento pessoal.

Princípio 9 - COMO ORGANIZAR MINHAS FINANÇAS PESSOAIS?

A primeira coisa a fazer e dar-se conta da situação. È muito comum as pessoas


esconderem de si mesmas em que pé estão, quanto possuem, quanto ganham e
principalmente quanto e no que gastam.

Se você se organizar e se planejar vai descobrir onde seu dinheiro está indo, no que
você desperdiça (e por isso peca como mordomo), e de onde pode tirar para começar a
ser um investidor (lembra da parábola dos talentos?).

Bem a primeira coisa que precisamos fazer é definir termos, e este é o assunto da
aula de hoje.

RECEITA

Receita é tudo aquilo que você recebe para viver: Mesada, salário, ofertas,
presentes, rendimentos de aplicação, heranças...

GASTOS

Muitas pessoas falam em custo, despesa, gastos, ganhos, perdas sem saber o que
cada coisa significa. Neste curso vamos sempre dar preferência ao termos GASTOS, para
definir a saída de nosso dinheiro.

Os gastos se compõem de custos e despesas. Ainda que em alguns aspectos a


diferença não seja muito clara, em geral você pode definir seus gastos assim:

- Despesa – é tudo o que você gasta para poder existir, funcionar e se localizar. Por
exemplo: alimentação, aluguel, vestuário, transporte...

- Custo – é tudo aquilo que você gasta para poder produzir seus recursos.
Educação, aluguel de sua loja/consultório/quiosque, empregado que você paga, material
de trabalho...

Existem áreas onde custos e despesas se confundem: luz (para viver, ou para
trabalhar), combustível, alimentação fora de casa... Por isso a gente vai preferi o genérico
GASTOS. Pois no caso de finaças pessoais estes incluem todos os custos e despesas e
não geram confusões.
Porém os gastos não são todos os mesmos. Podemos dividi-los em três tipos de
gastos, e isto será absolutamente importante para as próximas lições:

- GASTOS FIXOS – Despesas que tem o mesmo montante (valor) mensalmente.


Aluguel, diarista, IPTU, Colégio, seguro saúde...

- GASTOS VARIÁVEIS – Contas que você paga todo mês, mas que podem ter
valores diferentes. E aqui vale uam observação que no futuro você vai entender a
importância: Todo gasto variável tem uma porção fixa, ex.: telefone, condomínio, água..
você sempre sabe quanto será o mínimo que gastará (nuca gasto menos que setenta
reais de água, ou de telefone). Isso chama-se porção fixa dos Gastos variáveis.

- GASTOS ARBITRÁRIOS – São todos aqueles que você não precisa fazer todo
mês (mas que acaba fazendo) – cinema, roupas, viagem, pizza com os amigos...

Na próxima semana eu vou ensinar como você pode melhorar a relação entre seus
gastos e sua receita. Para isso eu quero te propor um exercício:
Durante esta semana, faça um calculo de quanto é sua receita total do mês e de onde ela
vem, de uma ou mais fontes. Depois faça uma pequena tabela ou anote em colunas
separadas, o que for melhor para você, os seus gastos. Tente descobrir os seguintes
dados:

1- Quais são seus gastos fixos e de quanto eles são, discrimine e calcule o total.

2- O mesmo para gastos variáveis e para os arbitrários.

© Igreja Vineyard do Caminho

Usado com permissão, proibida a reprodução sem citar a fonte e autor


SEJA ÉTICO, RESPEITE O DIREITO DE CÓPIA

Todos os direitos reservados ao Pr. CLAUDIO – Igreja do Caminho

Curitiba-PR – Ministério VINEYARD. Mais uma vez, obrigado Cláudio!

Você também pode gostar