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A PEÇA CENTRAL DO NATAL

“É que hoje vos nasceu na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo o Senhor”. Lc 2.11

De todos os natais da minha infância, o que mais ficou gravado em minha vida
foi lá na cidade de Lajes, Santa Catarina, provavelmente nos primeiros anos da
década de 1940. O natal no Brasil é completamente diferente dos países
nórdicos, onde as crianças oram para que a neve caia e haja uma atmosfera
totalmente diferente. No entanto, não importa o local, para os seguidores de
Cristo, o Natal tem sempre o mesmo significado. Recordo-me da árvore de
Natal, dos presentes, das nozes, que meu pai comprava... Os presépios, os
programas de Natal, mas principalmente os presentes deixam recordações
inesquecíveis no coração tenro e impressionável das crianças. Um jornalista
americano conta a experiência de uma noite de Natal, quando seu tio leu uma
poesia intitulada “Uma Vida Solitária”: “Aqui esta um homem que nasceu de
pais judeus, filho de uma mulher camponesa... Ele nunca escreveu um livro,
nunca teve um escritório, nunca possuiu uma casa, nunca teve uma família,
nunca estudou na faculdade, nunca pisou numa grande cidade. Ele nunca
viajou mais do que 300 quilômetros do lugar onde nasceu. Não tinha
credenciais, mas a Si mesmo. Já quando jovem a maré da opinião popular se
voltou contra Ele. Seus amigos fugiram. Um deles O negou. Ele foi crucificado
numa cruz entre dois ladrões. “Seus executores lançaram sortes sobre Sua
única propriedade aqui na Terra: Seu casaco! Ao morrer foi levado para uma
sepultura emprestada, por causa da piedade de um amigo. Dezenove longos
séculos vieram e se foram, e Ele é peça central da raça humana e o líder da
coluna do progresso, e eu estaria bem dentro da meta ao dizer que de todos os
exércitos que marcharam e de todas as forças navais construídas, nenhuma
delas afetou a vida do homem na Terra tão poderosamente como aquela
ÚNICA VIDA SOLITÁRIA.” Sim, Jesus continua sendo o motivo principal da
celebração de Natal. Ele é aquela figura solitária, mas central do cristianismo.
Talvez nós como cristãos podemos dizer que o Natal é originado de uma festa
pagã, sim e realmente é, mas podemos tirar de tudo isso algo bom, que a
humanidade sendo ela crente em Cristo ou não reflita neste dia sobre paz,

ESUTES – Escola Superior de Teologia do ES


amor, perdão. Pensamos num mundo melhor em que todos vivam em harmonia
uns com os outros, um mundo eu que não haja dor e sofrimento, esse mundo
pode existir sim, mas somente através Dele o aniversariante deste dia, Jesus
Cristo o homem solitário, aquele que deixou a sua Glória, e si humilhando
diante de todos para que todos nele encontre a paz tão almejada no interior do
homem. O Natal é uma comemoração anual mas podemos viver esse dia
diariamente 365 dias por ano, buscando a paz com os outros, demonstrando o
amor mútuo e perdoando com a alma assim como Deus tem feito conosco.
Espero que nesse dia ao vislumbrarmos a árvore de Natal toda decorada com
lâmpadas cintilantes e rodeada de pacotes, não nos olvidemos da peça
principal, daquela Figura Solitária que veio transformar o coração humano,
Jesus Cristo, o nosso Salvador!

“A história de Belém inexaurível. Nela se acham ocultas


as ‘profundezas das riquezas, tanto da sabedoria como
da ciência de Deus’.”

Extraído e adaptado do Livro: Jesus o Orvalho da Manhã

ESUTES – Escola Superior de Teologia do ES

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