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2012 Eng Julio Monerat PDF
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1- INTRODUÇÃO
Estudo realizado por Rothman (2010) relativos aos anos de 2007 e 2008
acompanhou as expansão dos projetos de barragens e mineração na Zona da Mata
Mineira, bem como as lutas de resistência dos atingidos, em especial aqueles vinculados
à agricultura familiar,. Esses estudos destacaram a atuação de dois sujeitos principais:
de um lados a barragem ou mineradora e, do outro, os agricultores familiares atingidos
articulados juntamente com ONGs, movimentos sociais, sindicais, pastorais dentre
outras que acabaram por se articular em uma Comissão dos Atingidos pela Mineração.
Ocupando-nos especificamente da atuação mineradora e da resistência à mineração na
região, orientamo-nos desde o início pela colocação feita por Rothman (2010), a partir
da conceituação de conflitos ambientais, onde “a expansão da mineração ameaça o tipo
ocupação histórica da região pela agricultura familiar, suas formas de apropriação e uso
material e simbólico do espaço”.
Partindo dessa abordagem de conflitos ambientais territoriais (Zhouri &
Laschefski, 2010) é que pretendemos atualizar os estudos de Rothman, incorporando
desdobramentos recentes das ações dos atores envolvidos – em especial a partir de de
2008 até o tempo presente – bem como propondo o acompanhamento da aplicação de
uma metologia participativa que será colocada em prática a partir de 2012, onde as
comunidades atingidas estarão sendo chamadas a refletir e se posicionar sobre o conflito
entre o projeto minerador e aquele da agricultura familiar.
A referida metodologia participativa será posta em prática pela Comissão dos
Atingidos pela Mineração e consiste basicamente na elaboração de um vídeo
documentário retratando a situação das comunidades atingidas pelo projeto minerador,
sendo que esse mesmo documentário, ao ser posteriormente exibido à população, será
debatido pela mesma com vistas a tomadas práticas de posição e mobilização. Ao
utilizar o vídeo, essa metodologia objetiva provocar inicialmente um “estramento” da
comunidade diante de sua própria condição de atingida pela mineração para, em
seguida, se desdobrar em debates que possam, por sua vez, gerar mobilização social.
Em Muriaé, a opção pela utilização do vídeo documentário como elemento de
conscientização e mobilização das comunidades pela Comissão dos Atingidos pela
Mineração, por sua vez, articula-se a um projeto mais amplo da mesma que, visando
uma maior abrangência e o envolvimento de outros atores parceiros, pretende estar
constituindo o Fórum de Defesa da Vida e do Meio Ambiente. Como primeira ação no
sentido de ampliar sua atuação, a Comissão estabeleceu uma parceria com o Fundo de
Solidariedade da Cáritas Leopoldina, que disponibilizou os recursos para a filmagem,
exibição e debate do mesmo. É essa transformação da Comissão dos Atingidos pela
Mineração em um Fórum Permanente de Defasa da Vida e do Meio Ambiente que
temos acompanhado em nosso estudo.
2- DA COMISSÃO AO FÓRUM
3- OBJETIVOS
4- ANDAMENTO
5- METODOLOGIA E DESDOBRAMENTOS
6- REFERÊNCIAS