Você está na página 1de 14

FATEDU

FACULDADE TEOLÓGICA DEUS É UNÃO

1
HISTÓRIA ECLESIÁSTICA

FATEDEU
HIST ÓRIA ECLESIÁST ICA

INTRODUÇÃO

Trataremos nesta apostila, a História da Igreja; desde sua fundação, até a


época atual; haverá fatos importantes ao longo destes quase 2.000 anos;
alguns destes fatos estão registrados nas Escrituras Sagradas como:
profecias, pregações, fundação, confirmação, perseguições (algumas), porém
a grande maioria dos fatos fazem parte da História Eclesiástica, como
ascensão, queda, divisões, rumos, mistura doutrinária, política, militarismo,
nações e personagens. Logicamente trataremos estes assuntos de forma
sintetizada no intuito de que nossos alunos obtenham uma base sólida sobre
o assunto.

01- A IGREJA PROFETIZADA

Mt 16.18
Is 54

02- A IGREJA ESTABELECIDA

At 2

03- A IGREJA E SEU MINISTÉRIO

Ef 4.7-16

04- A IGREJA E SEU DESTINO

Ap 22.9-27

Uma das coisas que tornam o estudo da História da Igreja Cristã uma
inspiração é que esse estudo nos convence de que Deus está realmente
operando a salvação do gênero humano no mundo em que vivemos; a Igreja é
a comunidade universal dos filhos de Deus resgatados pelo Sangue de Jesus
e Jesus mantém Senhorio sobre Ela, edificando (Mt 16.18); guiando (Mt 28.20).

2
Portanto é mister familiarizar-se com a história da Igreja pois tornará mais fácil
entender as condições atuais do cristianismo.

A História da Igreja é dividida basicamente em três períodos e seus


acontecimentos:

1. período do Império Romano


Perseguições, mártires, pais da Igreja, controvérsias, cristianização do Império
Romano

2. período medieval
Surgimento, crescimento e poderio do papado, Inquisição, degeneração e
decadência.

3. período moderno
Reforma protestante, grande expansão da Igreja protestante, larga divulgação
da Bíblia, os governos libertam-se progressivamente do domínio do clero,
Missões Mundiais.

Analisando:

 as perseguições durante o império romano começaram no ano 64 quando


ocorreu o grande incêndio de Roma; o povo suspeitava de Nero, o Imperador,
e ele para desviar de sí tal suspeita acusou os cristãos e mandou que fossem
punidos. Tácito disse: Por conseguinte, Nero para se livrar dos rumores,
acusou de crime e castigou com torturas a quem o vulgo chama cristãos.
Cristo autor desse nome, foi castigado pelo procurador Pôncio Pilatos, no
reinado de Tibério, e a fatal superstição reprimida por um pouco, irrompeu
novamente, não só na Judéia, sede original deste mal, mas por toda a cidade
(Roma).

 Domiciniano em 96 d.c. organizou uma grande perseguição aos cristãos sob


a acusação de serem ateus, porque se recusavam a participar do culto do
imperador. Foi uma perseguição como outras, violenta, injusta, diabólica;
milhares foram mortos em Roma, entre eles, Flávio Clemente (primo do
imperador), sua esposa Flávia Domitila foi exilada e nesta perseguição o
Apóstolo João foi banido para Pátmos.

 Trajano em 98/117 d.c. determinou que a religião cristã era ilegal e


considerada uma sociedade secreta e por isso os cristãos eram tratados
como criminosos; como outros, também se recusavam a participar do culto do
imperador e a sacrificar aos deuses romanos. Entre os que pereceram nesta
época, estavam Simão, irmão de Jesus, bispo de Jesuralém, crucificado no
ano 107 d.c. e Inácio, 2° bispo de Antioquia jogado às feras, em Roma.

 Adriano em 117/138 d.c. nesta época a perseguição se tornou moderada,


mas mesmo assim pessoas de elevada importância sofreram martírio, entre
eles Telésforo pastor da Igreja em Roma.
Neste reinado o cristianismo cresceu em número, riqueza e influência social.

3
 Antonio, o Pio em 138/161 d.c. este imperador, de certa maneira, favoreceu
os cristãos, porém não deixou de exigir o cumprimento dos cultos romanos.
Houve muitos mártires, entre eles Policarpo.

 Marco Aurélio em 161/180 d.c. também considerava a manutenção dos


cultos romanos, depois de Nero, sem dúvida o mais cruel, estimulava a
perseguição aos cristãos. Milhares foram decapitados ou jogados às feras,
entre eles Justino, o Mártir e Blandina (uma escrava cristã) que torturada da
manhã à noite, só fazia a exclamar “sou cristã; entre nós não se pratica mal
algum”

 Sétimo Severo em 193/211 d.c. esta perseguição foi muito forte, porém
localizada mais no Egito e norte da Ásia.
Em Alexandria muitos eram diariamente crucificados ou degolados, entre eles
Leônidas, pai de Orígenes. Em Cartago, Perpétua e sua escrava Felicidade
foram estraçalhadas pelas feras.

 Maximino em 235/238 d.c. neste reinado muitos líderes importantes foram


mortos.

 Décio em 249/251 d.c. neste reinado decidiu-se exterminar o cristianismo. A


perseguição se estendeu por todo o império; milhares foram mortos, sob as
mais terríveis torturas. Cipriano disse: “O mundo inteiro está devastado”.

 Valeriano em 253/260 d.c. deu seqüência aos propósitos de Décio; muitos


líderes também foram executados, entre eles, Cipriano.

 Deocleciano em 284/305 d.c. foi a última perseguição do império contra os


cristãos. Foram dez anos de uma verdadeira caçada pelas florestas, vilas,
cavernas; muitos foram queimados, lançados às feras; todos os tipos de
crueldade eram feitas. Foi sem dúvida o último esforço pela violência para
exterminar o cristianismo.

 OS PAIS DA IGREJA E OUTROS MÁRTIRES

Não há dúvida alguma que os nomes que serão citados a seguir formam um
grupo extremamente especial que pagaram com suas vidas a divulgação do
evangelho de Cristo e a confirmação de Sua Igreja.

 Policarpo 69/156 d.c. era discípulo de João e bispo de Smirna, foi preso e
levado a presença do governador que lhe ofereceu a liberdade se ele
amaldiçoasse a Cristo. Sua resposta foi esta: “Oitenta e seis anos faz que
sirvo a Cristo e Ele só tem me dado o bem; como podia eu agora amaldiçoa-lo
sendo Ele meu Senhor e Salvador”. Policarpo foi queimado vivo.

 Inácio 67/110 d.c. era discípulo de João e bispo de Antioquia; foi jogado às
feras em Roma, porém, antes escreveu uma carta aos cristãos onde
recomendava a todos que não negassem o Senhor, antes tivessem o privilégio
de morrer por Ele; eis um trecho da carta: “As feras atirem-se com avidez
sobre mim. Se elas não se dispuserem a isto, eu as provocarei. Vinde multidão

4
de feras, vinde, lacerai-me, estraçalhai-me, quebrai-me os ossos, triturai-me os
membros, vinde cruéis torturas do demônio, deixai-me apenas que eu me una
a Cristo; regozijo-me no martírio”.

 Papias 70/155 d.c. era discípulo de João e bispo de Hierápolis, cidade perto
de Éfeso onde morreu. Escreveu um livro por nome “Interpretações dos
discursos do Senhor”. Policarpo, Inácio e Papias formam o elo de ligação
entre a era apostólica e a posterior.

 Justino 100/167 d.c. nasceu em Neápolis, antiga Síquém, estudante de


filosofia, contemplou grandes perseguições contra os cristãos. Escreveu uma
defesa do cristianismo e mandou ao imperador Marco Aurélio. Morreu
martirizado em Roma.

 Irineu 130/200 d.c. criou-se em Smirna, discípulo de Policarpo e Papias, foi


bispo em Lião na Gália, foi escritor e ferrenho combatente das doutrinas
gnósticas, foi martirizado.

 Orígenes 185/254 d.c. foi sem dúvida o homem mais ilustrado da Igreja
antiga. Viveu em Alexandria e depois na Palestina onde morreu em
conseqüência de ser preso e torturado. Escreveu muitos livros, sendo que 2/3
do NT estão citados em seus escritos.

 Tertuliano 160/220 d.c., considerado o pai do cristianismo, advogado,


tornou-se um proeminente defensor do cristianismo.

 Euzébio 264/342 d.c., considerado o pai da História da Igreja, bispo de


Cesaréia. Escreveu uma “História Eclesiástica” desde Cristo até o Concílio de
Nicéia.

 João Crisóstomo 354/407 d.c., considerado um pregador excelente, tornou-


se patriarca de Constantinopla e pregava à grandes multidões. Caiu em
desagrado do rei porque pregava mudanças reformistas. Foi banido e faleceu
no exílio.

 Jerônimo, educou-se em Roma, viveu muitos anos em Belém; traduziu a


Bíblia para o latim, chamada Vulgata.

 Agostinho 354/430 d.c. bispo de Hipona, no norte da África, foi o grande


teólogo da Igreja primitiva; moldou as doutrinas da Igreja na Idade Média.

 AS CONTROVÉRSIAS E CONCÍLIOS E SEUS OBJETIVOS

Com as constantes perseguições que somente foram amenizadas após a


conversão do Imperador Constantino (trataremos no capítulo seguinte a este)
começaram a surgir conceitos, idéias, divergências doutrinárias, algumas
inovações nas liturgias dos cultos; isto tudo somado também a politicagem
dos imperadores que impunham certas posições interesseiras, e ainda o
distanciamento eclesiástico que as constantes perseguições causaram;
tornaram necessárias algumas reuniões entre o Ocidente e o Oriente,

5
chamados de Concílios que analisaremos no quadro cronológico que
apresentaremos no tópico da Reforma Protestante.

 A CRISTIANIZAÇÃO DO IMPÉRIO ROMANO

Quando o Imperador Constantino converteu-se ao cristianismo, ao final das


perseguições militares contra a Igreja do Senhor Jesus, estima-se que a
população de cristãos no Império Romano girava em torno de 50 % (cinqüenta
por cento), ou seja, metade da população do Império Romano era convertida
em Cristo Jesus. Observa-se que a perseguição tornou a Igreja mais forte do
que antes.
Aqui a História do Cristianismo muda radicalmente seu curso; em seguida
relatamos algumas atitudes deste Imperador; algumas benéficas, outras nem
tanto, mas concluiremos que a Igreja do Senhor que deveria estar sob o
comando de seus ordenados e principalmente sob o Senhorio de Cristo,
começou a partir daí, andar de mãos dadas com imperadores, governadores,
políticos e ainda perdendo, principalmente, os critérios bíblicos de conversão
genuína; analise com calma, antes e depois da conversão de Constantino:

 313 d.c. Edito da Tolerância

 concedeu aos cristãos plena liberdade de seguir sua religião;


 favoreceu os cristãos com cargos principais;
 isentou ministros cristãos de impostos e do serviço militar;
 ajudou na construção de Igrejas;
 fez do cristianismo a religião de sua corte;
 expediu um comunicado exortando seus súditos a abraçarem o
cristianismo;
 mudou a capital para Bizâncio e denominou-a Constantinopla “Nova Roma”,
capital do novo Império Cristão;
 encomendou a feitura de 50 Bíblias para as Igrejas de Constantinopla;
 fez no dia de domingo, dia do descanso dia das reuniões, proibindo o
trabalho, permitindo aos seus soldados assistirem aos cultos nas Igrejas;
 aboliu várias práticas até então como: escravidão, lutas de gladiadores,
crucificação como pena capital;
 Constantino também impôs ao Império Romano que o cristianismo tornasse
a Religião Oficial, que veio a ser outorgada no reinado de Teodósio em 378/395
d.c., sendo que cada cidadão deveria fazer parte da Igreja, querendo ou não.
Foi Talvez a pior atitude destes Imperadores e acatado pela Igreja.

A partir deste momento a Igreja perdendo seu vínculo espiritual tornou-se uma
organização política-militar e fazendo-se precipitar no milênio das
abominações; ficou inteiramente sob o domínio do Estado; então concluímos
que não foi a Igreja que conquistou o Império Romano mas sim o Império
Romano que conquistou a Igreja, não por elimina-la (como havia tentado com
as perseguições) mas por alterar seus objetivos bíblicos.
Podemos chama-la assim de Igreja Imperial e no 4 e 5 século de nossa era a
Igreja tornou-se totalmente diferente da Igreja dos três primeiros séculos. Na
sua ambição de domínio perdeu e esqueceu o Espírito de Cristo, até mesmo
seus cultos que antes eram singelos, passou a cerimônias complicadas,

6
majestosas, imponentes, com todo esplendor externo, bem próprio dos cultos
pagãos.

O SURGIMENTO, CRESCIMENTO, DEGENERAÇÃO E QUEDA DO PAPADO

É importante saber que os líderes eclesiásticos eram chamados de bispos


desde o primeiro século, em 500 d.c., começou-se a chamar o bispo de Roma
de papa, ou seja, “pai universal” ou “bispo de toda a Igreja”. A idéia que o
bispo de Roma deveria ter autoridade sobre toda a Igreja desenvolveu-se
lentamente, logicamente este desenvolvimento de intenção fazia já parte de
uma Igreja em apostasia. Registramos também, que em lugar algum dos
registros bíblicos ou históricos encontramos Pedro como o 1 Papa, como
tentam afirmar os católicos; é pura ficção, nem mesmo como bispo de Roma
encontramos qualquer registro. Na seqüência relacionamos para sua melhor
compreensão uma lista com o nome de bispos, desde o primeiro século, onde
os primeiros eram servos de Deus, com a missão de dar seqüência ao
cristianismo, mas ao longo dos anos tornaram-se papas e...infestaram a Igreja,
antes bíblica e singela em um Igreja paganizada, agressiva, política, assassina,
imoral, opressiva. Antes porém alertamos ao (a) aluno (a) que “esta Igreja” em
que estamos tratando no presente momento deste estudo, é a Igreja Cristã;
porém desvirtuando-se de sua doutrina; culminando assim com a Reforma que
trataremos ainda nesta apostila.

Lino 67/69 Sixto I 119/128


Cleto 79/91 Telésforo 128/130
Clemente 91/100 Higino 139/142
Evaristo 100/109 Pio I 142/154
Alexandre I 109/119 Aniceto 154/168

Sotero 168/176 Silvestre I (A) 314/335


Eleutério 177/190 Libério 352/366
Vitor I 190/202 Damaso 366/384
Zeferino 202/218 Siricio (B) 385/398
Calixto I 218/223

(A) Nesta época a Igreja havia se tornado parte do Estado, o Imperador


Constantino se considerava cabeça da Igreja; convocava Concílios e os
presidia. Foi deliberado que os bispos de Roma, Alexandria e Antioquia
tivessem plena jurisdição sobre sua província (observe a Igreja se afunilando
em três grandes centros). A partir desta decisão começou a disputa pela
“Supremacia Absoluta“ sobre a Igreja de Deus.

(B) Este reivindicou a Jurisdição universal sobre a Igreja, só não conseguindo


seu objetivo porque as discussões internas, interesses políticos e de prestígio
dividiram o Império em Ocidente e Oriente, isto em 395 d.c.; então foi dividido
também as Igrejas e seus bispos em cinco grandes centros, ou sejam, Roma,
Constantinopla, Antioquia, Jerusalém e Alexandria; uma decisão política
fizeram que os bispos de Alexandria, Jerusalém e Antioquia reconhecessem a
liderança de Constantinopla, (observe que agora ficou entre dois grandes
centros, ou sejam, Constantinopla e Roma). A disputa continuava neste
milênio de intensas trevas.

7
Anastácio 398/402 Félix IV 528/535
Inocêncio I (C) 402/417 Agapito I 535/600
Leão I (D) 440/461 Gregório II 600/607
Simplício (E) 468/483 Bonifácio III 607/610
Gregório I (F) 490/504 Bonifácio IV 610/615

(C) chamou para sí o título de governante da Igreja de Deus, dizendo-se no


direito de resolver os assuntos mais importantes da Igreja.

(D) chamado por alguns historiadores de o primeiro papa. Devido a


decadência do Império, guerras, imperadores sem autoridade, o mesmo
aproveitando da situação se fortalecia de forma assustadora chegando a
afirmar que: “por disposição divina era primaz de todos os bispos, obtendo
do Imperador Valentiniano III em 445 d.c. o reconhecimento imperial desta
pretensão. Proclamou-se senhor de toda Igreja , afirmava que resistir a sua
autoridade era ir para o inferno.
No Concílio de Calcedônia em 451 d.c., a despeito do ato do Imperador
Valentiniano III, foi concedido ao bispo de Constantinopla as mesmas
prerrogativas do bispo de Roma.

(E) este era o papa quando o Império Ocidental se extinguiu em 476 d.c., os
papas ficaram livres para fazerem alianças vantajosas, tornando-os as figuras
mais proeminentes no Ocidente.

(F) considerado pela maioria, o primeiro papa decidiu por sí mesmo exercer o
domínio sobre as Igrejas da Itália, Espanha, Gália e Inglaterra; porém as
divergências com a Igreja de Constantinopla continuavam, pois seu bispo se
proclamava papa ou bispo universal, irritando o papa Gregório I que não
queria que outro tivesse este título.

Zacarias 741/752 João VIII 872/882


Estevão II (G) 752/757 Marino 882/884
Leão III (H) 795/816 Adriano 884/885
Nicolau I (I) 858/867 Estevão V 885/891
Adriano II 867/872 Formoso 891/896

(G) pediu para Pepino atacar os lombardos na Itália, cujas terras (grande parte
da Itália) entregou ao papa, dando origem aos Estados Pontifícios,
confirmando depois pelo Imperador Carlos Magno. Este estado era governado
pelo “cabeça da Igreja” e durou 1.100 anos.

(H) conferiu a Carlos Magno o título de Imperador unindo assim os domínios


romanos e francos.

(I) foi o primeiro a usar a coroa em abono à sua pretensão de autoridade


universal. Este usou de um documento forjado por nome de Decretos de
Isidoro, onde constava os assuntos dos Concílios do 2° e 3° séculos,
logicamente afirmando a autoridade papal.

8
Este documento foi considerado como a “fraude literária mais colossal
que a história registrou”. Fortaleceu o papado mais do que qualquer outro
expediente.

Obs: De Adriano II em 867 d.c. até o ano 1.050 d.c., foi considerado o
período mais tenebroso do papado. Os 200 anos entre Nicolau I e Gregório VII
é chamado por certos historiadores de “A Meia Noite da Idade Média”.

Bonifácio VI 896 Leão V 903


Estevão II 896/897 Cristóvão 903/904
Romano 897 Sérgio 904/911
Teodoro II 898 Anastácio III 911/913
João IX 898/900 Lando 913/914
Bento IV 900/903 João X 915/920

Obs: todos os tipos de crimes e pecados foram cometidos nestes


papados e nos que vem após.

Leão VI 928/929 Bento VI 972/974


Estevão VII 929/931 Dono II 974
João XI 931/936 Bento VII 975/983
Leão VII 936/939 João XIV 983/984
Estevão VIII 939/942 Bonifácio VII (J) 984/985
Martinho III 942/946 João XV 985/986
Agapito II 946/955 Gregório V 996/999
João XII 955/963 Silvestre II 999/1003
Leão VIII 963/965 João XVII 1003
João XIII 965/972 João XVIII 1009

(J) Este papa assassinou o papa João XIV e manteve-se no trono manchado de
sangue. O bispo de Orleans o chamou de “monstro de crimes.

Sérgio IV 1009/1012 Nicolau II 1059/1061


Bento VIII (K) 1012/1024 Alexandre 1061/1073
João XIX (L) 1024 Gregório VII 1073/1085
Bento IX (M) 1033/1045 Urbano 1088/1099
Gregório VI (N) 1045/1046 Gelásio 1118/1115
Clemente II 1046/1047 Calixto 1119/1124
Damaso II 1048 Adriano 1154/1159
Leão IX 1049/1054 Alexandre 3 1159/1181
Vitor II 1055/1057 Inocêncio III (O) 1198/1216
Leão IX 1057/1058 Honório III 1216/1227
Gregório IX 1227/1241

(K-N) Iniciou-se a prática da compra do Pontificado.

(O) Inocêncio III declarou-se “Vigário de Deus”, “Soberano, Supremo” da Igreja


e do Mundo. Depunha príncipes e reis, proibiu a leitura da Bíblia; instituiu a
Inquisição.

9
Inocêncio IV 1241/1254 Nicolau V 1447/1455
Bonifácio VIII (P) 1294/1303 Calixto III 1455/1458
Bento XI 1303/1304 Pio II 1458/1464
Clemente V 1305/1314 Paulo II 1464/1471
João XXII 1316/1334 Sixto IV 1471/1484
João XXIII (Q) 1410/1415 Inocêncio VIII 1484/1492

(P) Visitado por Dante Alighieri, este afirmou que o Vaticano era um Semeador
das Corrupções.

(Q) O mais depravado criminoso que já sentou no trono papal, réu de quase
todos os crimes.

Alexandre VI 1492/1503
Pio III 1503/1505
Julio II 1505/1513
Leão X (R) 1513/1521

(R) Era o papa quando Martinho Lutero começou a Reforma Protestante ;


relativo ao papado, findaremos aqui as observações coletivas, pois
cremos que o (a) aluno (a) já possui uma idéia clara da origem da Reforma,
seus objetivos, etc.; porém lembre-se sempre; a Reforma não foi a criação de
uma nova religião, mas a manifestação de repúdio a tudo aquilo que os
bispos, depois papas, faziam em detrimento à verdadeira e única fé.

 REFORMA PROTESTANTE, EXPANSÃO, QUEBRA DO JUGO PAPAL,


MISSÕES MUNDIAIS

Martinho Lutero, frade agostinho, chefe da reforma religiosa na Alemanha.


Lutero era produto de uma época onde a situação religiosa do mundo de
então era insuportável.

QUADRO CRONOLÓGICO DOS ACONTECIMENTOS QUE CULMINARAM COM A


REFORMA PROTESTANTE

129 Alexandre I, bispo de Roma,autoriza a que se acrescente água ao


vinho da Santa Ceia, que se realiza no culto
140 Telésforo, bispo de Roma, institui o jejum quaresmal
160 Inicia-se o costume de “orar pelos mortos”
257 Estevão I, bispo de Roma, introduz o uso de vestimenta sacerdotal e
manda guarnecer os altares com toalhas
300 O Imperador Constantino, ordena a ornamentação das Igrejas
(imagens)
325 O primeiro Concílio de Nicéia, afirma a primazia da Diocese de Roma
e institui a lei do celibato sacerdotal
366 O Imperador Valentino, decreta a supremacia da Jurisdição

10
Eclesiástica de Roma
390 Nectário, bispo de Constantinopla, institui a “confissão auricular”
397 O Concílio de Cartago, no Canon 29, estabeleceu que o sacerdote
deve realizar o culto em jejum
400 No Concílio de Toledo é dado ao bispo de Roma, pela primeira vez o
título de papa
500 Começa a ser tolerada nas Igrejas o uso das imagens
528 Félix IV, bispo de Roma, institui o rito da “extrema-unção” e Benedito
de Mursa, funda a ordem dos frades beneditinos
535 Agapito I, estabeleceu o uso da procissão na festa da ressurreição
600 Gregório I, introduziu o nome da virgem nas litanias; compôs o ofício
da missa; uniformizou o cultas da Igrejas ocidentais e estabeleceu o
uso da língua latina. Dessa regulamentação surgiu o uso de incenso,
das relíquias dos santos, das velas e a oficialização das “imagens”
através de estátuas, quadros, etc..
607 Bonifácio III, conseguiu do Imperador Focas, para o bispo de Roma a
hegemonia episcopal e o título de “papa”
610 Bonifácio IV, bispo de Roma, consuma a obra de Gregório I,
substituindo as divindades do Paganismo pelos chamados “santos”
615 É instituída a “tonsura sacerdotal”
740 Gregório III, recomenda a absolvição do penitente, após a confissão
752 Estevão II, bispo de Roma, foi o primeiro papa a ser conduzido
processionalmente sobre o andor
754 O Concílio de Constantinopla, condena a adoração de imagens e a
invocação da virgem e dos santos
769 O Concílio de Roma, anatematiza o Concílio de Constantinopla e
mandam que se venerem as “imagens”
884 Adriano III, institui a canonização dos santos
965 João XIII, institui o “costume de batizar os sinos”
1075 O papa Gregório VII, ordenou a todos os bispos, prelados e demais
clérigos que abandonem suas mulheres e filhos
1123 O Concílio Laterenense, confirma a lei do celibato para os
sacerdotes, decretadas por Calixto II
1227 Honório III, faz modificações no culto, ordenando a “elevação do
pão”
1229 O Concílio de Tolosa, concluiu pela proibição da leitura da Bíblia
1230 É introduzido nas Igrejas o uso do rosário e horas a virgem
1231 O papa Gregório IX, ordena o uso da campainha no culto
1245 O Concílio de Leão, prescreve aos cardeais o uso de chapéus
“encarnados” e capas escarlates ”para mostrarem que estão prontos
para verterem o próprio sangue”
1264 O papa Urbano IV, fundamentando-se em uma “revelação obtida por
uma freira”, institui a festa de “Corpus Cristi”e a respectiva oitava. E
com isso teve início a doutrina conhecida como “Eucaristia”
1300 O papa Bonifácio VII, institui o “jubileu”
1360 É estabelecido o “costume de conduzir a hóstia” processionalmente
debaixo do pálio
1414 O Concílio de Constância por imposição da Igreja de Roma,
estabelece a “proibição” de que se dê aos conservadores da
verdadeira Igreja de Cristo, o cálix na Santa Ceia

11
1439 O Concílio de Florença, estabelece que são sete os sacramentos da
Igreja. Nesse mesmo ano o Concílio de Basiléia, na sua trigésima
segunda sessão, declarou ser contrário à fé cristã, a doutrina da
adoração da virgem, devendo por isso ser repudiada.
A Igreja de Roma, porém condenou o “Concílio” e impôs a idolatra
adoração
1476 Por decreto do papa Sixto IV, foi festejada pela primeira vez a
“imaculada conceição”
1478 É instituída a “Santa Inquisição” em Castela, Espanha, no reinado
dos “reis católicos” Fernando e Izabel. Embora esse fato nada tenha
a ver com as “inovações religiosas”, citamos aqui porque a Igreja
insiste em afirmar não ser de sua responsabilidade a “Inquisição”.
Mas segundo documentos obtidos na França em Fleury - História
Eclesiástica, Tomo XXIII, pag. 478 em 1769 a Inquisição em Castela,
surgiu por conselho do arcebispo de Sevilha e com a devida
autorização do papa Sixto IV. Aliás os Concílios de Verna e de Tolosa
em 1148 e 1228, respectivamente, trataram do assunto, podendo-se
afirmar que neles ficou documentado a participação da Igreja na
instituição desses tribunais infernais da idade média (vide ano 1229)
1515/17 Por ordem do papa Leão X, foi oficialmente instituída a venda de
indulgências, que ocasionou o “Cisma da Reforma”
1545 No Concílio de Trento (pela 1a. vez) foram colocadas em pé de
igualdade às Escrituras e à Tradição. Nesse mesmo Concílio foi
definido o “Cânon Sagrado”
1546 Ainda no Concílio de Trento, na sua 4a. sessão, entra em discussão a
necessidade de definir-se qual era realmente a doutrina da Igreja
acerca do “pecado original”, da “justificação”, das “boas obras” e
dos “merecimentos”. Essa discussão da forma como se processou,
vem provar que ainda no século XVI a Igreja Romana, não possuía
uma doutrina definida.
1550 Nesses trezentos anos, em virtude da intensa crítica protestante,
à houve na Igreja Romana uma relativa pausa em matéria de
1850 “inovações”, que se processaram meramente no âmbito devocional ,
numa evolução gradual, até os dias de hoje
1854 O papa Pio XI, em dezembro desse mesmo ano , numa assembléia de
bispos, da qual foram excluídos os bispos contrários ao culto da
“imaculada conceição”, expediu a bula que declara “matéria de fé”
para a igreja, a doutrina da “Conceição Imaculada Virgem Maria” e
com isso o papa solucionou “ditatorialmente” uma doutrina que
dividiu os bispos da Igreja por mais de seis séculos.
Obs: Registra-se que afora o que nos foi deixado pela Palavra
Sagrada, a qual condena toda e qualquer idolatria, verificamos que
esta resolução tomada pelo papa Pio XI, foi imposta, sem mesmo ser
definida em um Concílio ecumênico
1870 Para amenizar as pressões, interna e externas, que já vinham à nós,
devido a tanta “imposição” do papado, foi aprovado no “Concílio do
Vaticano” a infalibilidade do papa

Afora o ponto de apoio de Lutero, que foi as indulgências, negociadas por


donativos, podemos citar outro ponto, que vai contra os mandamentos de

12
Deus, que é a IDOLATRIA, verificamos agora, como apareceu a idolatria
católica:

Devido também “as inovações”, foi decretado por Constantino, imperador em


300 d.c., a ornamentação das Igrejas, e foram introduzidas no seu seio,
imagens esculpidas, como simples homenagem à memória daqueles que se
destacaram na prática das virtudes, ou tombaram martirizados, afirmando a fé
cristã.
Com o tempo, essas “homenagens” acabaram-se por se estabelecer
definitivamente; aos poucos foram concretizando-se em “imagens” de pintura
e escultura, para lembrar perenemente a todos, o exemplo daqueles que
procuraram seguir a Jesus Cristo. Porém nenhum cristão daqueles dias,
ousaria dobrar os joelhos perante tais “símbolos” e nem mesmo reverencia-lo.

Não passavam de monumentos históricos que serviam para ornamentar a


“casa de oração”, e para lembrar os fiéis das virtudes do verdadeiro cristão.
Porém os sacerdotes, em seus sermões, serviam-se das “imagens”, como
ponto de referência; tecendo-lhes louvores e mostrando-os sublimados pelas
virtudes, chegando mesmo com arroubos demagógicos e lhes invocar o
influxo benéfico em favor dos demais cristãos. Foi assim que se deu início o
“culto aos santos e a virgem”, ignorando-se por completo as proibições
contidas nas Escrituras Sagradas.

Alguns membros da própria Igreja Católica, protestaram contra a idolatria no


cristianismo, pois no ano 378 d.c., os bispos reunidos no Concílio de
Laodicéia, dirigiram-se às suas dioceses, a seguinte exortação, aprovada no
Cânon 35 do mesmo Concílio.
“Não convém que os cristãos abandonem a Igreja de Deus, invocando os
santos, etc... Estas coisas são proibidas. Se pois vier a descobrir-se que
alguém se ocupa com essa idolatria, seja maldito, pois que abandonou a
Jesus Cristo, Filho de Deus para ser idólatra”.

Tal impulso tomou que, em 754 d.c., no Concílio de Constantinopla, foi


condenado a adoração das virgens e das imagens, porém verifica-se que em
769 d.c., o Concílio de Roma, anula todas as resoluções tomadas no Concílio
de Constantinopla e ordena a todos seus fiéis que adorem as imagens e
invoquem a virgem.

Fato importante. Martinho Lutero encontrou uma Bíblia na Biblioteca da


Universidade a qual lhe revelou a controvérsia entre o ensino do NT e as
práticas da Igreja.
Objetivamente falando, a atitude de Lutero foi exatamente contra os desvios
doutrinários, postura ética abandonada, pecado manipulação da vontade do
povo pela força; escravidão religiosa.
E desta Reforma resultaram que a verdadeira Doutrina Bíblica voltasse a ser
ensinada pelos grupos que se desvincularam do poder papal e retornaram seu
rumos como Igreja do Senhor Jesus Cristo.

É necessário saber que várias denominações surgiram a partir de 1600, porém


sabemos que juntas formam a Universal Assembléia, Igreja de Cristo ou Noiva
do Cordeiro; é mister também dizer que há entre estas denominações algumas

13
divergências, porém retomado os princípios éticos-morais e espirituais da
Igreja do primeiro século.

BIBLIO GRAF IA
- Bíblia Sagrada - ARC
- Bíblia Sagrada - ARA
- Tracanella Neto, Dante - Apostila Visão Cronológica
- IBE - Apostila História Eclesiástica
-

Todos os direitos reservados á FATEDU– Faculdade Teológica deus é união


PROIBIDO A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL SEM PRÉVIA AUTORIZAÇÃO
POR ESCRITO DA FATEDU

14

Você também pode gostar