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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA FARROUPILHA

– CAMPUS SANTO AUGUSTO


CURSO TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO
DISCIPLINA DE FÍSICA
PROFESSOR MICHEL SILVA DOS SANTOS

ISABELLE PIAIA
POLYANA FUCILINI

MARGARET HAMILTON

SANTO AUGUSTO
2019
1.INTRODUÇÃO 3

2. DESENVOLVIMENTO 3
2.1. NASCIMENTO E INFÂNCIA 3
2.2. FORMAÇÃO ACADÊMICA 3
2.3. CASAMENTO E MATERNIDADE 4
2.4. ASCENSÃO NA CARREIRA: MIT E NASA 6
2.5. NASA 6
2.5.1. O contexto do Programa Apollo 6
2.5.2. Por trás do trabalho da mulher que levou o homem à lua 10
2.5.3. A Simulação de Lauren 7
2.5.4. Física da Lua 10
2.5.5. Teorias Conspiratórias 10

3.CONCLUSÃO 10

4. REFERÊNCIAS 11
1.INTRODUÇÃO

O vigente seminário tem por razão apresentar a vida e obra da programadora,


matemática, física e graduada em filosofia, Margaret Heafield Hamilton, a mulher que
levou o homem à lua. Sendo a compreensão daquilo que foi capaz transformar o
homem, naquele a colocar os pés em nosso satélite atrelado, importantíssima para o
estudo da ciência física, matemática e da computação como um todo.
O papel desempenhado por Hamilton foi a base para a construção da Ciência
da Computação como conhecemos hoje, além de um importante fator para a base de
dados espacial existente hoje e fator decisivo na Corrida Espacial do século XX.
À partir dos já mencionados fatos, procuramos fazer jus aos ensinamentos
da renomada cientista, por meio deste relatório que tem por finalidade destrinchar os
conceitos apresentados posteriormente e relacioná-los com o mundo contemporâneo,
assim como suas influências e contexto histórico.

2. DESENVOLVIMENTO

2.1. NASCIMENTO E INFÂNCIA

Em 17 de agosto de 1936, em Paoli, Indiana nascia a filha de Kenneth


Heafield e Ruth Esther Heafield, Margaret. A futura programadora, demonstrava
desde os primeiros anos de vida uma imaginação muito maior do que a realidade onde
vivia. Durante a infância, sua família realizava inúmeras viagens de carro pelo estado
americano de Michigan, localizado no centro-oeste estadunidense, para visitar a sua
avó.
Além das inúmeras florestas e animais, a aguçada curiosidade da pequena
Margaret viajava por lugares muito mais distantes que o estado de Michigan e até o
país inteiro. A imaginação da garota, incentivada pelas resposta aguçadas e verídicas
de seu pai, passeava por perguntas como “Porque a lua muda de forma toda noite?”,
“O que será que é preciso para construir uma ponte que atravesse o Lago Michigan,
o maior de todos os Estados Unidos?”, ‘Porque a gasolina faz o carro andar?” e “O
que acontece quando a gente morre?” .
A cada pergunta, Margaret ia se aproximando de um objetivo maior, algo que
nem ela sabia o que era, mas queria desesperadamente alcançar. Sua curiosidade e
ambição a levaram longe, pra cada vez mais longe de sua cidade natal, estado, país
e até planeta. Mas quem imaginaria que a astuta garotinha, interessada no
funcionamento do universo, seria a responsável pela conquista de nosso asteroide
companheiro.

2.2. FORMAÇÃO ACADÊMICA


Da garotinha com uma imaginação maior que o estado de Michigan até a
mulher que levou o homem para além daquilo que ele poderia imaginar, Margaret
manteve uma característica que define toda a sua história, ela era destinada para algo
maior do que si mesma. A trajetória de Margaret Hamilton de sua infância até se
integrar na profissão que ela mesma concretizou, foi amplamente marcada por sua
curiosidade e dedicação.
Incentivada pelo apoio do pai, Margaret demonstrava uma insaciável vontade
de aprender. Formada no ensino médio pela Hancock High School em 1954, Hamilton,
ingressou na universidade de Matemática da Universidade de Michigan quando as
aulas de ciência da computação ainda não haviam nem sido inventadas, vide que, o
próprio computador ainda era uma novidade. Além disso, a mesma ainda estudava
física e filosofia.
Enquanto cursava Matemática na Universidade de Michigan, Margaret era
uma das poucas presenças femininas, entretanto tinha um exemplo poderoso dentro
da universidade, a professora Florence Long, Chefe do departamento de Matemática,
era mulher. Sendo a mesma uma das pioneiras no próprio ato de frequentar uma
universidade. À partir do exemplo de Florence, Margaret planejou terminar a faculdade
e tornar-se também professora de matemática. Foi na faculdade que também
conheceu James Cox Hamilton, o homem que se tornaria seu marido, também
estudante da Universidade de Michigan, o futuro químico que compartilhava da
ambição de Margaret por buscar sempre algo mais.
Formou-se também em Matemática pelo Earlham College no estado de
Indiana, em 1958. Após, ingressou no programa de pós-graduação em Meteorologia
no MIT, Instituto de Tecnologia de Massachusetts. Após terminar seus estudos,
concretizou o sonho de se tornar professora, ao lecionar matemática e francês para
alunos do Ensino Médio, enquanto seu marido completava a graduação. Ela acabava
por se tornar uma das poucas mulheres sustentando além de si, sua própria família
na época.
Nos anos sessenta, ela e o marido se mudaram para a cidade de Boston,
Massachussets, onde ela iria realizar pós-graduação em Matemática Pura pela
Universidade de Brandeis. No mesmo período ela assumiu a posição de interina no
MIT, Instituto de Tecnologia de Massachusetts, onde ela anteriormente havia
estudado Meteorologia, com a função de desenvolver programas e softwares no
departamento do professor Edward Norton Lorenz. O que a posteriormente à levaria
a se tornar parte da equipe do programa Apollo, e assim sendo, a garota que levou o
homem à lua.

2.3. CASAMENTO E MATERNIDADE

Ao ingressar na Universidade de Michigan, Margaret acabou conhecendo se


apaixonando pelo químico, James Hamilton, com quem compartilhava um amor e uma
ambição maiores de que seus próprios corpos. Ambos compartilhavam de um desejo
incansável por sucesso em suas profissões, fato que fez com que o casal
amadurecesse, e posteriormente mudar para a capital de Massachusetts, Boston, em
busca de uma pós-graduação de qualidade e excelência.
Mesmo no início desse processo, era explícito que seria quase impossível que
o casal mantivesse a vida na capital do estado enquanto ambos estudassem. Assim,
Margaret, sugeriu ao marido que eles “revezassem” , ou seja, enquanto ele estudava,
ela sustentava a casa através do próprio trabalho. Após isso, os papéis seriam
invertidos para que Margaret tivesse a oportunidade de estudar também. A situação
de sobremaneira era atípica e ainda quebrava um tabu de conjuntura da sociedade
da época, já que o sustento da casa dificilmente era deixado aos cuidados da mulher.
Em 1959 nasce Lauren Hamilton, a primeira e única filha do casal, que
futuramente apresentou-se muito importante para que o homem chegasse ao tão
esperado satélite. Mesmo com o nascimento da filha, a cientista conseguiu manter o
ritmo de sua carreira, que a partir dali alavancaria de forma exponencial. Alguns anos
depois devido a deterioração de seu relacionamento, Margaret acaba se divorciando
do marido.

2.4. ASCENSÃO NA CARREIRA: MIT E NASA

De professora de matemática e francês para alunos do ensino médio até a


programadora que colocou o homem na Lua, Margaret desenvolveu sua carreira de
forma descomunante, principalmente levando em conta os paradigmas que teve de
enfrentar por ser mulher no mercado de trabalho na época.
A área de atuação da mesma, também dominada por homens, a computação,
felizmente crescia exponencialmente devido ao início da Guerra Fria e da corrida
espacial para levar o homem ao espaço.Tais avanços tecnológicos que trouxeram a
expansão da computação também foram responsáveis pelo surgimento da
Engenharia de Software, que futuramente, devido aos trabalhos de Margaret, tornaria-
se uma disciplina na universidade.
Ao chegar em Boston, encontra um emprego no renomado Instituto de
Tecnologia de Massachusetts, o MIT, que além de muito renomado, contava com
materiais de pesquisa e professores com qualidade de ponta para a época, e que
futuramente ficaria muito conhecido por sua grande contribuição com o
desenvolvimento tecnológico tanto quanto durante a Segunda Guerra quanto na
Guerra Fria, palco das maiores descobertas de Margaret
No MIT, Margaret trabalhava no setor de meteorologia como assistente do
professor Edward Norton Lorenz, que desenvolvia programas com o intuito de prever
padrões climáticos com softwares que desenvolvidos em linguagem computacional
conseguiam transformar inúmeros fenômenos climáticos em linguagem matemática.
A dedicação, habilidades e sagacidade da cientista lhe rendeu um novo
emprego no MIT, mas dessa vez, cada vez mais perto do espaço. Naquele momento,
a Rússia acabava de colocar o homem na órbita da Terra, o que deixou os
estadunidenses eufóricos devido a disputa espacial acirrada entre os dois países
Os investimentos em pesquisa espacial começam a crescer
exponencialmente, e o Instituto Tecnologia de Massachusetts inicia a construção de
um novo laboratório para a NASA em suas ocupações, logo Margaret consegue duas
entrevistas para trabalhar na tão idealizada pesquisa, devido aos seus grandes
conhecimentos a cientista é chamada para ambas as vagas, e é disputada para
ocupar ambos os cargos, de qualquer forma, Margaret agora trabalhava nessa missão
tão surpreendente e sagaz de colocar o homem na Lua.

2.5. NASA

2.5.1. O contexto do Programa Apollo

Desde os tempos mais remotos o ser humano encontra conforto e direção no


pequeno satélite ao nossos olhos tão longe mas fisicamente o mais próximo de nós,
a Lua. Durante toda a história da humanidade a Lua vem desempenhando um papel
chave no desenvolvimento do homem, influenciando em aspectos tanto quanto de
sobrevivência como na agricultura e na localização quanto como culturalmente, sendo
cultuada como divindade por diversos povos.
Durante muito tempo o homem apenas observou-a de longe, porém com os
avanços da tecnologia a ideia de conquista-lá começou a se tornar cada vez mais
próxima. Com o final da Segunda Guerra Mundial, inicia-se um novo período na
história da humanidade, uma cortina de ferro divide o mundo em dois, os vencedores
da guerra, Estados Unidos e a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, a URSS,
entram em conflito instaurando a chamada Guerra Fria, que se baseava em um
conflito permanente no qual os dois lados procuraram evitar confronto militar direito.
Dessa forma, os dois lados começam a disputar de forma peculiar, de forma
que em certo ponto a disputa entre os dois países deslocou-se do campo militar para
o da ciência e tecnologia, levando então ao início da corrida espacial, que ao olhar
das duas potências visava demonstrar ao mundo que o seu sistema socioeconômico
era o mais avançado.
Tudo isso fomentou então para a criação da NASA, National Aeronautics and
Space Administration, em 1958, de forma a intensificar a pesquisa e a exploração
espacial nos Estados Unidos. Em 1961 a agência inicia o Programa Apollo, o projeto
consistia em um conjunto de missões espaciais com o intuito de levar o homem à Lua.
Inicialmente o programa guiou naves não tripuladas, o que se sucedeu até o
voo da Apollo 7. Após isso os esforços da agência e os investimentos do governo se
intensificam cada vez mais, de modo a iniciar testes com seres humanos a bordo.
Somente após muitos testes e inúmeras missões mal sucedidas, no vôo da
Apollo 11 finalmente o homem pisou na lua pela primeira vez. Neil Armstrong,
astronauta e engenheiro aeroespacial, o primeiro homem a pisar na Lua, eternizou o
momento com a seguinte frase “um pequeno passo para um homem, um salto
gigantesco para a humanidade” que é lembrada e comemorada pela população
americana até os dias atuais.
2.5.2. Por trás do trabalho da mulher que levou o homem à lua

O trabalho de Hamilton no Programa Apollo, com destaque na Missão Apollo


11 foi esplêndido e marcante além do esperado até mesmo por colegas e superiores
da época. Margaret, ao iniciar seus trabalhos com MIT/NASA , acabou se tornando a
Diretora da Divisão de Engenharia de Software do Laboratório de Instrumentação do
MIT, fazendo parte de todas a missões tripuladas do Programa Apollo, e em algumas
missões não tripuladas ao longo do caminho, atuando na criação de códigos. Seu
trabalho com as missões tripuladas resultou na criação do software do Apollo
Guidance Computer.
A programação do Apollo Guidance Computer, sendo este o computador
utilizado tanto no Módulo Lunar quanto no Módulo de Controle, que por si só já
representava uma grande conquista na engenharia, foi árdua e repleta de surpresas.
O mesmo, também chamado de AGC, era um computador relativamente compacto
para sua época e trazia consigo recursos computacionais e controles para orientação,
navegação e controle do Módulo de Comando e do Módulo Lunar utilizados no Projeto
Apollo. Foi um dos primeiros computadores desenvolvidos baseados em um circuito
integrado, atualmente os CIs são usados em quase todos os equipamentos
eletrônicos e revolucionaram o mundo da eletrônica.
O mesmo ainda foi programado para funcionar de forma assíncrona, ou seja,
era um tipo de software onde uma linha de código pode ser lida e interpretada antes
do retorno dos dados de sua anterior, uma maneira de executar o código sem que o
programa se prenda a transações mais demoradas, assim evitando erros e garantindo
que tudo rodasse de forma paralela.
Margaret liderava um time de pessoas, posteriormente chamadas de
engenheiros de software, termo este criado pela própria tempos depois de seu
ingresso na profissão, cujo trabalho envolvia escrever códigos para o AGC, algo
bastante trabalhoso na época. A chamada LOL Memory, Little-Old-Lady Memory, no
português “velhinha”, era o tipo de armazenamento utilizado pelos computadores da
época, incluindo o Apollo Guidance Computer.
Esse sistema de memória de fios, exigia que para que um código fosse escrito
fosse utilizada uma placa de metal reservada para o armazenamento de códigos
binários, onde os fios eram passados por dentro de furos na placa, representando o
número um caso o fio estivesse dentro do furo e o número zero caso o mesmo
estivesse vazio. Basicamente, o trabalho de codificação era comparado ao de
tecelões em fábricas.

2.5.3. A Simulação de Lauren

Margaret sempre se diferenciou dos demais colegas por inúmeros motivos, um


dos maiores sempre foi sua filha, Lauren. A pequena garota acompanhava a mãe em
momentos incansáveis de trabalho e por vezes acaba fazendo suas próprias
descobertas.
"Minha filha Lauren eventualmente vinha comigo ao trabalho às noites e finais
de semana pois éramos todos muito dedicados. Não havia um momento em que não
estivéssemos trabalhando.Ela gostava de brincar de astronauta pois ela me viu
‘brincando’ daquela forma em uma simulação que realizamos. Era uma simulação de
hardware, queríamos testar como o software funcionaria em conjunto com todas as
outras partes - o astronauta, o hardware. Então eu me lembro, que em uma certa vez
quando a simulação de Lauren acabou dando errado e pensei ‘Oh meu deus, como
isso foi acontecer?” [HAMILTON; MARGARET, 19--?]
A presença de Lauren no laboratório era, além de tudo, uma ferramenta para
novas descobertas. A garota compartilhava da mesma curiosidade e fascínio da mãe
pelo desconhecido, e assim passou a buscar suas próprias aventuras. Na mais
famosa delas, a pequena Hamilton, acabou criando sua própria simulação, dentro da
qual, Lauren, fez algo que seus astronautas treinados nunca deveriam, ela selecionou
o comando PO1, o pré-lançamento, no meio da rota até a lua. Caso acontecesse em
um cenário real, as consequências desse ato seriam catastróficas, todos os dados da
missão acabariam apagados deixando os astronautas e a missão em perigo.
Abismada com os resultados da simulação da filha, Margaret, rapidamente
levou suas preocupações aos demais colegas, entretanto seus dizeres foram
ignorados e a missão prosseguiu sem o código de prevenção que a mesma
pretendia ativar. Pouco tempo depois, a missão Apollo 8 acontecia, durante o trajeto
um astronauta cometeu o mesmo engano que a pequena Lauren, causando assim
com que todos os seus dados e segurança fossem comprometidos. A equipe de
Hamilton fez com que a missão de encerrasse com sucesso, e dali em diante, a
prevenção de Margaret se fez presente em todos os voos.
Hamilton também foi a responsável por desenvolver um software capaz de
detectar erros e corrigi los em tempo real, incluindo uma interface também
desenvolvida pela mesma chamada Man-In-The-Loop-Priority-Display-Interface-
Routines, que basicamente consistia em uma ferramenta que deu ao sistema a
habilidade de se comunicar de forma assíncrona com os astronautas no módulo lunar,
fazendo com que o software e os astronautas funcionassem de forma paralela. À partir
disso, os displays que apontavam as prioridades da missão eram capazes de, em
caso de emergências, interromper a programação normal da missão e providenciar
opções de saída para as possíveis situações que fossem ocorrer.
O Man-In-The-Loop foi uma ferramenta fundamental na missão Apollo 11
quando, momentos antes do pouso na superfície lunar, o computador acabou
sobrecarregando e comprometendo o desenvolvimento da missão, devido à um dos
radares que havia sido colocado em uma posição equivocada. Nesse momento, o
display apresentou um alerta de prioridade com relação à situação fazendo com que
os astronautas colocassem o radar de volta ao seu local de pertencimento original,
para assim, posteriormente pousarem com segurança.

2.5.4. Física da Lua


Os avanços na tecnologia e ciência proporcionados pelo trabalho de Margaret
e o Programa Apollo são inúmeros, vide que, a ida do homem à lua se tornou um
marco na história da humanidade. Os avanços físicos proporcionados nas missões
que constituíram o Programa foram inúmeros, e proporcionam mais e mais
descobertas até os dias atuais.
A chegada do homem à lua possibilitou um salto no conhecimento tido até
então sobre a lua e sua relação com o planeta Terra. À partir do momento que Buzz
Aldrin e Neil Armstrong colocaram os pés na superfície lunar, foram instalados
dispositivos como um sismômetro, aparelho responsável por detectar os movimentos
do solo, incluindo os gerados pelas ondas sísmicas. Um coletor de partículas de
ventos solares, responsável por tomar conta dos níveis de partículas do vento solar,
constituído pela energia proveniente das reações de fusão nuclear que ocorrem no
núcleo do nosso sol, os mesmos podem ter sido o responsáveis pela varredura da
atmosfera de planetas próximos ao Sol, como Mercúrio. Além de uma série de
refletores destinados a enviar pulsos de laser em direção à terra.
Para a comunidade física, a maior conquista do Projeto Apollo vem do Lunar
Laser Ranging, o LLR, é um procedimento atualmente em uso que mede a distância
entre as superfícies da Terra e da Lua usando a tecnologia LIDAR. A primeira
constituição do LLR foi instalada na missão Apollo 11, posteriormente nas missões
Apollo 14 e 15 novos arranjos de refletores foram instalados e como parte do
programa soviético Luna. Basicamente, os refletores são moldados em forma de um
sólido cubo de vidro, que refletem os sinais de laser diretamente para a direção de
sua origem original, viagem essa que leva apenas cerca de 2.5 segundos.
Por mais de cinquenta anos, cientistas têm analisado todas as informações
dadas pelo LLR. O aparelho ainda é capaz de medir a distância entre o planeta Terra
e Lua com a mais alta precisão, e ainda foi capaz de testar diversas predições da Lei
da Gravitação Universal proposta por Isaac Newton, assim como suas características
em locais de características imprevisíveis.
Durante o Eclipse Lunar que ocorreu no ano de 2014, um raio laser foi lançado
em direção à um dos refletores posicionados pela missão Apollo 15, pelo time de
pesquisadores do Apache Point Observatory, em Sunspot, New México. Essa
experiência, assim como diversas outras realizadas pela equipe, é capaz de colocar
em teste vários princípios já conhecidos como a confirmação do Princípio de
Equivalência elaborado por Albert Einstein e a verificação da Constante Gravitacional
de Isaac Newton.
Outra descoberta do time de pesquisadores do Apache Point Observatory, é a
de que a lua se encontra em uma distância tão grande do Planeta Terra, fazendo com
que ela orbite essencialmente ao redor do Sol, apesar de sua órbita ao redor do Sol
pouco se diferenciar da órbita terrestre. À partir disso, puderam ser analisadas
possíveis perturbações da órbita solar da Lua causadas pela Terra e sua relação com
a Teoria Gravitacional.
As descobertas científicas proporcionadas pela corrida espacial foram
importantíssimas e capazes de alavancar a astronomia, a física e o mundo de forma
geral. Foram e até hoje são oportunidades de desenvolvimento e comprovação.
2.5.5. Teorias Conspiratórias

Ao longo do tempo, surgiram inúmeras teorias alegando que toda o Projeto


Apollo e a Chegada à Lua não se passavam de farsas. De autores e sites de notícias
famosos à meras especulações civis, a maior parte da população estadunidense e
mundial teve algo à dizer com relação à chegada do homem à Lua.
A grande maioria das teorias tem suas raízes ligadas ao contexto histórico em
que à chegada do homem à Lua se deu. Com a Guerra Fria à todo vapor, a disputa
entre os Estados Unidos e a União Soviética era explícita e perigosa, a Corrida
Espacial marcava a expansão e influência dos dois países de forma eminente, à partir
disso, muitos acreditam que nesse guerra indireta, os países estariam dispostos a
tudo para tomar à frente, inclusive armar farsas elaboradas e capazes de enganar
bilhões de pessoas.
Alguns dos mais recorrentes aspectos utilizados de bases para essas teorias
estariam nas fotos e filmagens do evento, feitas pela própria Nasa. O fotográfo
fantasma, a bandeira dos EUA que tremula em um ambiente sem atmosfera e o céu
negro e sem a presença das estrelas são pontos recorrentes. Além disso, o Módulo
Lunar da Apollo 11, que em teoria pesava cerca de onze toneladas não levantou
poeira e nem deixou marcas visíveis na superfície lunar.
Em seu livro Bad Astronomy, o astrônomo Philip Plait resume a teoria: a NASA
descobriu um erro fatal em seu foguete, lançando-o assim, sem tripulantes, enquanto
enviou os astronautas a um platô de Nevada para simular toda a missão espacial que
conhecemos hoje.
Até os dias atuais, grande parte da população ainda se pergunta se os esforços
estadunidenses levaram à chegada do homem à lua ou a uma teia complexa de
mentiras. Apesar de tudo, a ciência hoje nos trás provas concretas sobre a fantástica
viagem do homem a lua, tornando boa parte dessas teorias totalmente obsoletas e
sensacionalistas, e deixando para as mesmas apenas o reflexo de uma mídia
corrompida em meio ao caos de uma corrida espacial.

3.CONCLUSÃO

Em linhas gerais o presente trabalho teve como pretensão abranger


conhecimento sobre a vida dessa figura tão importante para a humanidade, que com
muita determinação e sagacidade, levando em conta o contexto machista e
conservador da época, contribuiu para esse passo pequeno para o homem mas tão
grande para a humanidade.
Margaret, fazendo jus à toda a sua história e a Medalha Presidencial da
Liberdade concedida a ela pelo presidente Barack Obama no ano de 2016, tornou-se
uma ilustre figura na história americana e mundial, selou uma conquista tremenda e
segue realizando um trabalho incrível até os dias atuais. Marcou com louvor seu nome
na história, como uma mulher capaz de romper as barreiras de seu próprio mundo.
Assim como nos anos da missão Apollo, a exploração do companheiro cósmico
de nosso planeta ainda representa um grande arranjo de novas oportunidades para o
avanço da física, astronomia, astrofísica e ciências no geral. Desejamos que a
apresentação da vida e obra da renomada Margaret Hamilton, a cientista que deixou
sua marca muito além do próprio planeta, sirvam de exemplo e inspiração para todos
aqueles que sonham com um mundo diferente daquele em que vivemos hoje.

4. REFERÊNCIAS

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pisado na Lua. Elaborada por Ada. Disponível em:
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