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50 ISSN 1677-7042 1 Nº 51, sexta-feira, 15 de março de 2013

DEPOSITANTE NEURIM PHARMACEUTICALS LTD. TÍTULO I XVII - especificação: documento descrevendo em detalhes
PROCURADOR ARARIPE & ASSOCIADOS DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS os requisitos a que devem atender a droga vegetal ou materiais usados
NÚMERO DO PEDIDO PI0012200-9 CAPÍTULO I ou obtidos durante a fabricação. As especificações servem como base
DEPOSITANTE PALATIN TECHNOLOGIES INC. OBJETIVO da avaliação da qualidade;
PROCURADOR ANTONIO MAURICIO PEDRAS AR- Art.1° Esta Resolução estabelece os requisitos mínimos para XVIII - fabricação: todas as operações que incluem a aqui-
NAUD padronizar a verificação do cumprimento das Boas Práticas de Fa- sição de materiais, produção, controle de qualidade, liberação, es-
NÚMERO DO PEDIDO PI0013493-7 bricação de Produtos Tradicionais Fitoterápicos. tocagem, expedição de produtos terminados e os controles relacio-
DEPOSITANTE TAKEDA PHARMACEUTICAL COMPA- CAPÍTULO II nados;
NY LIMITED ABRANGÊNCIA XIX - fabricante: detentor da Autorização de Funcionamento
PROCURADOR MOMSEN, LEONARDOS & CIA Art. 2° Os Produtos Tradicionais Fitoterápicos somente de- para fabricação de medicamento expedida pela ANVISA, conforme
NÚMERO DO PEDIDO PI0014871-7 vem ser produzidos por estabelecimentos fabricantes licenciados, de- previsto na legislação sanitária vigente;
DEPOSITANTE SANOFI AVENTIS tentores de Autorização de Funcionamento para fabricar medicamen- XX - folheto informativo: documento que acompanha o pro-
PROCURADOR DANNEMANN, SIEMSEN, BIGLER & tos e que tenham suas atividades regularmente inspecionadas pelas duto, cuja finalidade é orientar o usuário acerca da correta utilização
IPANEMA MOREIRA autoridades sanitárias competentes. do Produto Tradicional Fitoterápico, não podendo apresentar desig-
NÚMERO DO PEDIDO PI0102338-1 Parágrafo único. A atividade de fabricação de Produtos Tra- nações, símbolos, figuras, desenhos, imagens, slogans e quaisquer
DEPOSITANTE BASF AKTIENGESELLSCHAFT dicionais Fitoterápicos deverá constar da licença do estabelecimen-
PROCURADOR MOMSEN, LEONARDOS & CIA argumentos de cunho publicitário;
to. XXI - fórmula-mestra/fórmula-padrão: documento ou grupo
NÚMERO DO PEDIDO PI0110521-0 Art. 3° Este regulamento delineia os procedimentos e as
DEPOSITANTE NOVARTIS AG de documentos que especificam as matérias-primas e os materiais de
práticas que o fabricante deve aplicar para assegurar que as ins- embalagem com as suas quantidades, juntamente com a descrição dos
PROCURADOR DANNEMANN, SIEMSEN, BIGLER & talações, métodos, processos e sistemas de controles usados para a
IPANEMA MOREIRA procedimentos e precauções necessárias para a produção de deter-
NÚMERO DO PEDIDO PI0110553-4 fabricação de Produtos Tradicionais Fitoterápicos sejam adequados, minada quantidade de produto acabado, além de fornecer instruções
DEPOSITANTE TELIK INC. de modo a garantir qualidade, permitindo seu uso seguro. sobre o processamento, inclusive sobre os controles em processo;
PROCURADOR DANNEMANN, SIEMSEN, BIGLER & Art. 4° O fabricante é responsável pela qualidade dos Pro- XXII - garantia da qualidade: é um conceito amplo que
IPANEMA MOREIRA dutos Tradicionais Fitoterápicos por ele fabricados, assegurando que cobre todos os assuntos que podem influenciar de forma individual ou
NÚMERO DO PEDIDO PI0114912-1 os produtos são adequados aos fins aos quais se destinam e cumprem coletivamente a qualidade de um produto. Trata-se da totalidade das
DEPOSITANTE PHARMA MAR, S.A. os requisitos estabelecidos no registro ou notificação. providências tomadas com o objetivo de garantir que o Produto Tra-
PROCURADOR DANNEMANN, SIEMSEN, BIGLER & CAPÍTULO III dicional Fitoterápico esteja dentro dos padrões de qualidade exigidos,
IPANEMA MOREIRA DEFINIÇÕES para que possa ser utilizado para os fins propostos. Portanto, a Ga-
NÚMERO DO PEDIDO PI0115306-4 Art. 5° Para os efeitos deste Regulamento são adotadas as rantia da Qualidade incorpora as Boas Práticas de Fabricação (BPF) e
DEPOSITANTE TAKEDA PHARMACEUTICAL COMPA- seguintes definições: outros fatores, incluindo o projeto e o desenvolvimento de um pro-
NY LIMITED I - amostra de referência: amostra de matérias-primas e de duto, que não estão contemplados na finalidade deste regulamento.
PROCURADOR MOMSEN, LEONARDOS & CIA produtos acabados conservados pelo fabricante, devidamente iden- XXIII - inalação: administração de produto pela inspiração
tificada, por um período definido após a data de vencimento do (nasal ou oral) de vapores pelo trato respiratório;
RESOLUÇÃO - RE N o- 944, DE 14 DE MARÇO DE 2013 produto acabado. A quantidade de amostra deve ter pelo menos o XXIV - infusão: preparação que consiste em verter água
dobro das unidades requeridas para efetuar todas as análises previstas fervente sobre a droga vegetal e, em seguida, tampar ou abafar o
O Diretor-Presidente da Agência Nacional de Vigilância Sa- em compêndios oficiais; recipiente por um período de tempo determinado. Método indicado
nitária, no uso das atribuições que lhe conferem o Decreto de re- II - área: espaço físico delimitado, onde são realizadas ope- para parte de drogas vegetais de consistência menos rígida tais como
condução de 11 de outubro de 2011, da Presidenta da República, rações sobre condições ambientais específicas; folhas, flores, inflorescências e frutos;
publicado no DOU de 13 de outubro de 2011 e o inciso X do art. 13 III - boas práticas de fabricação de Produtos Tradicionais XXV - instalação: espaço físico delimitado acrescido das
do Regulamento da ANVISA, aprovado pelo Decreto n° 3.029, de 16 Fitoterápicos: é a parte da Garantia da Qualidade que assegura que os máquinas, aparelhos, equipamentos e sistemas auxiliares utilizados
de abril de 1999, tendo em vista o disposto no inciso VIII do art. 16 Produtos Tradicionais Fitoterápicos sejam consistentemente produ- para executar os processos;
e no inciso I, § 1º do art. 55 do Regimento Interno da ANVISA, zidos e controlados, com padrões de qualidade apropriados para o uso XXVI - lote: quantidade definida de matéria-prima, material
aprovado nos termos do Anexo I da Portaria n.º 354, de 11 de agosto pretendido; de embalagem ou produto acabado fabricado em um único processo
de 2006, republicada no DOU de 21 de agosto de 2006, IV - calibração: conjunto de operações que estabelece, sob ou série de processos, cuja característica essencial é a homogeneidade
Considerando o art.229-C da Lei nº 9.279, de 1996, acres- condições especificadas, a relação entre os valores indicados por um
centado pela Lei nº 10.196, de 2001; e qualidade dentro dos limites especificados. Na fabricação contínua,
instrumento ou sistema de medição ou valores representados por uma o lote corresponde a uma fração definida da produção. Algumas vezes
Considerando a Resolução - RDC nº 45, de 20 de junho de medida materializada ou um material de referência, e os valores
2008, publicada no DOU nº 119, de 24 de junho de 2008, seção 1, é necessário dividir o lote em sub-lotes que posteriormente serão
correspondentes das grandezas estabelecidos por padrões. Devem ser misturados para formar um lote homogêneo final;
pág. 67, retificada no DOU nº 125, de 2 de julho de 2008, seção 1, estabelecidos limites de aceitação para os resultados de medição;
pág. 56, que dispõe sobre o procedimento administrativo relativo à XXVII - maceração com água: preparação que consiste no
V - contaminação: introdução não desejada de impurezas de
prévia anuência da ANVISA para a concessão de patentes para pro- natureza química ou microbiológica, ou de matéria estranha, em ma- contato da droga vegetal com água, à temperatura ambiente, por
dutos e processos farmacêuticos; téria-prima, produto intermediário e/ou produto acabado durante as tempo determinado específico para cada droga vegetal. Esse método é
Considerando o art. 41, inciso I, da Portaria nº 355, de 11 de etapas de amostragem, produção, embalagem ou reembalagem, ar- indicado para drogas vegetais que possuam substâncias que se de-
agosto de 2006, publicada no Boletim de Serviço nº 34, de 21 de mazenamento ou transporte; gradam com o aquecimento.
agosto de 2006, pág. 3, resolve: VI - contaminação cruzada: contaminação de determinada XXVIII - material de embalagem: qualquer material em-
Art. 1º Negar prévia anuência aos pedidos de patente de matéria-prima, produto intermediário, produto a granel ou produto pregado no processo de embalagem de determinado produto farma-
produtos e processos farmacêuticos, conforme relação anexa. acabado por outra matéria-prima, produto intermediário, produto a cêutico;
Art. 2º. Esta Resolução entra em vigor na data de sua pu- granel ou produto acabado, durante o processo de produção; XXIX - moagem: operação que tem por objetivo diminuir o
blicação. VII - controle de qualidade: conjunto de operações (pro- tamanho das partículas da droga vegetal, tornando-a adequada para a
gramação, coordenação e execução) com o objetivo de verificar a etapa seguinte do processo;
DIRCEU BRÁS APARECIDO BARBANO conformidade das matérias-primas, materiais de embalagem e produto XXX - nomenclatura botânica: gênero e espécie;
acabado com as especificações estabelecidas; XXXI - número de lote: combinação definida de números e/
ANEXO VIII - controle de qualidade químico dos Produtos Tradi- ou letras que identifica de forma única um lote em seus rótulos,
cionais Fitoterápicos: conjunto de operações que permitem qualificar documentação de lote, certificados de análise correspondentes, entre
Segue a relação conforme o art. 1º e quantificar os constituintes químicos ativos ou não (marcadores) e outros;
NÚMERO DO PEDIDO PI0007997-9 XXXII - ordem de produção de Produto Tradicional Fi-
DEPOSITANTE CIPLA LIMITED quantificar contaminantes da matéria-prima, derivado e produto aca-
bado; toterápico: documento de referência para a produção de um lote de
PROCURADOR PINHEIRO, NUNES, ARNAUD E SCA- produto, que contempla as informações da formula-mestra/fórmula-
TAMBURLO ADVOGADOS FUNDAMENTO ART. 229-C LEI IX - controle de qualidade microbiológico: conjunto de ope-
rações que permitem qualificar e quantificar o nível de contaminação padrão;
9.279/96 XXXIII - pessoa autorizada: profissional habilitado na área
NÚMERO DO PEDIDO PI0014334-0 microbiológica presente em todas as etapas do processamento até o
produto acabado; de medicamento, designado pela empresa, responsável pela liberação
DEPOSITANTE ASTRAZENECA UK LIMITED dos lotes de produtos terminados para sua distribuição e venda;
PROCURADOR MAGNUS ASPEBY X - controle em processo: verificações realizadas durante a
produção de forma a monitorar e, se necessário, ajustar o processo XXXIV - planta medicinal: espécie vegetal, cultivada ou
FUNDAMENTO ART. 229-C LEI 9.279/96 não, utilizada com propósitos terapêuticos;
NÚMERO DO PEDIDO PI0014382-0 para garantir que o produto está conforme suas especificações. O
DEPOSITANTE BAYER HEALTHCARE LLC controle do ambiente ou dos equipamentos também pode ser con- XXXV - Plano Mestre de Validação (PMV): documento de
PROCURADOR DANNEMANN, SIEMSEN, BIGLER & siderado como parte do controle em processo; nível geral que estabelece um plano de validação para o projeto como
IPANEMA MOREIRA XI - decocção: preparação que consiste na ebulição da droga um todo, resume a filosofia geral e a abordagem do fabricante com
FUNDAMENTO ART. 229-C LEI 9.279/96 vegetal em água potável por tempo determinado. Método indicado intuito de estabelecer um desempenho adequado. Ele provê infor-
para partes de drogas vegetais com consistência rígida, tais como mação sobre o programa de trabalho de validação do fabricante,
cascas, raízes, rizomas, caules, sementes e folhas coriáceas; define detalhes e cronograma para o trabalho a ser realizado, in-
DIRETORIA COLEGIADA XII - derivado vegetal: produto da extração da planta me- cluindo a definição de responsabilidades para a implementação do
dicinal in natura ou da droga vegetal, podendo ocorrer na forma de plano;
RESOLUÇÃO - RDC N o- 13, DE 14 DE MARÇO DE 2013 XXXVI - prazo de validade: data limite para a utilização do
extrato, tintura, alcoolatura, óleo fixo e volátil, cera, exsudato e ou-
Dispõe sobre as Boas Práticas de Fabri- tros; Produto Tradicional Fitoterápico definida na norma para registro ou
cação de Produtos Tradicionais Fitoterápi- XIII - desvio de qualidade: afastamento dos parâmetros de notificação de do Produto Tradicional Fitoterápico ou pelo fabricante,
cos. qualidade estabelecidos para um produto ou processo; com base nos seus respectivos testes de estabilidade, mantidas as
XIV - droga vegetal: planta medicinal, ou suas partes, que condições de armazenamento e transporte estabelecidas pelo mes-
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância contenham as substâncias, ou classes de substâncias, responsáveis mo;
Sanitária, no uso das atribuições que lhe conferem os incisos III e IV, pela ação terapêutica, após processos de coleta, estabilização, quando XXVII - preparação extemporânea: é a droga vegetal uti-
do art. 15 da Lei n.º 9.782, de 26 de janeiro de 1999, o inciso II, e §§ aplicável, e secagem, podendo estar na forma íntegra, rasurada, tri- lizada pelo consumidor final na forma de infuso, decocto ou ma-
1° e 3° do art. 54 do Regimento Interno aprovado nos termos do turada ou pulverizada; cerado;
Anexo I da Portaria nº 354 da ANVISA, de 11 de agosto de 2006, XV - embalagem: todas as operações, incluindo o envase e a XXXVIII - procedimento operacional padrão (POP): pro-
republicada no DOU de 21 de agosto de 2006, e suas atualizações, rotulagem, pelas quais o produto a granel deve passar a fim de se cedimento escrito autorizado fornecendo instruções para a realização
tendo em vista o disposto nos incisos III, do art. 2º, III e IV, do art. tornar produto acabado; de operações não necessariamente específicas a um dado produto ou
7º da Lei n.º 9.782, de 1999, e o Programa de Melhoria do Processo XVI - embalagem primária: acondicionamento que está em material, mas de natureza geral, tais como operação, manutenção e
de Regulamentação da Agência, instituído por meio da Portaria nº contato direto com o produto e que pode se constituir em recipiente, limpeza de equipamentos, validação, limpeza de instalações e con-
422, de 16 de abril de 2008, em reunião realizada em 7 de março de envoltório ou qualquer outra forma de proteção, removível ou não, trole ambiental, amostragem e inspeção. Certos procedimentos podem
2013, adota a seguinte Resolução da Diretoria Colegiada e eu, Di- destinado a envasar ou manter, cobrir ou empacotar matérias-primas, ser usados para suplementar a documentação mestre de produção de
retor-Presidente, determino a sua publicação: produtos semi-elaborados ou produtos acabados; lote de um produto específico;

Este documento pode ser verificado no endereço eletrônico http://www.in.gov.br/autenticidade.html, Documento assinado digitalmente conforme MP n o- 2.200-2 de 24/08/2001, que institui a
pelo código 00012013031500050 Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.
Nº 51, sexta-feira, 15 de março de 2013 1 ISSN 1677-7042 51
XXXIX - produção: todas as operações envolvidas no pre- LXII - validação prospectiva: validação realizada durante o CAPÍTULO II
paro de determinado Produto Tradicional Fitoterápico, desde o re- estágio de desenvolvimento do produto, com base em uma análise de SANITIZAÇÃO E HIGIENE
cebimento dos materiais do almoxarifado, passando pelo processa- risco do processo produtivo, o qual é detalhado em passos indi- Art. 13. A produção de Produto Tradicional Fitoterápico exi-
mento e embalagem, até a obtenção do produto acabado; viduais, que, por sua vez, são avaliados com base na experiência ge um alto nível de sanitização e higiene que deve ser observado em
XL - produto a granel: qualquer produto que tenha passado passada para determinar se os mesmos podem ocasionar situações todos os procedimentos de fabricação.
por todas as etapas de produção, sem incluir o processo de em- críticas; § 1° As atividades de sanitização e higiene devem abranger
balagem; LXIII - validação retrospectiva: envolve a avaliação da ex- pessoal, instalações, equipamentos e aparelhos, materiais de produção
XLI - produto intermediário: produto parcialmente proces- periência passada de produção, sob a condição de que a composição, e recipientes, produtos para limpeza e desinfecção e qualquer outro
sado que deve passar por mais etapas de fabricação antes de se tornar procedimentos e equipamentos permanecem inalterados;
um produto a granel; aspecto que possa constituir fonte de contaminação para o produto.
LXIV - verificação: aplicação de métodos, procedimentos, § 2° As fontes potenciais de contaminação devem ser eli-
XLII - produto acabado: produto que tenha passado por todas testes e outras avaliações, além do monitoramento, para determinar o
as etapas de produção, incluindo rotulagem e embalagem final; minadas através de um amplo programa de sanitização e higiene.
cumprimento dos princípios de BPF; CAPÍTULO III
XLIII - produto devolvido: produto acabado, comercializado
e expedido, devolvido ao fabricante; LXV - sala: ambiente envolto por paredes em todo seu pe- QUALIFICAÇÃO E VALIDAÇÃO
XLIV - Produto tradicional fitoterápico: aquele obtido com rímetro e com porta(s); e Art. 14. Em consonância com as BPF, a empresa deve iden-
emprego exclusivo de matérias-primas ativas vegetais, cuja segurança LXVI - vestiário: área para guarda de pertences pessoais, tificar quais trabalhos de qualificação e validação são necessários para
seja baseada por meio da tradicionalidade de uso e que seja ca- troca e colocação de uniformes. comprovar que todos os aspectos críticos de operação sejam con-
racterizado pela reprodutibilidade e constância de sua qualidade. TÍTULO II trolados.
XLV - Protocolo de Validação (PV): documento que des- GERENCIAMENTO DA QUALIDADE Art.15. Os elementos chave de um programa de qualificação
creve as atividades a serem realizadas na validação, incluindo os Art. 6° O cumprimento destas diretrizes de Boas Práticas de e validação de uma empresa devem ser claramente definidos e do-
critérios de aceitação para a aprovação de um processo produtivo ou Fabricação (BPF) é responsabilidade da administração superior da cumentados em um plano mestre de validação.
parte deste para uso em rotina; empresa e exige a participação e o compromisso dos funcionários nos Art. 16. A qualificação e a validação devem estabelecer e
XLVI - Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional diversos departamentos e em todos os níveis da organização das comprovar que:
(PCMSO): programa que tem como objetivo a promoção e preser- empresas fornecedoras.
I - as instalações, utilidades, equipamentos e processos foram
vação da saúde do conjunto dos trabalhadores, integrante do conjunto Art. 7° Para que o objetivo de qualidade seja atingido de
mais amplo de iniciativas da empresa no campo da saúde dos tra- projetados em consonância com as exigências de BPF (qualificação
forma confiável, deve haver um Sistema da Garantia da Qualidade
balhadores, e que deverá: totalmente estruturado e corretamente implementado, que incorpore de projeto - QP);
a) considerar as questões incidentes sobre o indivíduo e a as BPF. II - as instalações, utilidades e equipamentos foram cons-
coletividade de trabalhadores, privilegiando o instrumental clínico- Parágrafo único. Este sistema deve estar totalmente docu- truídos e instalados de acordo com as suas especificações de projeto
epidemiológico na abordagem da relação entre sua saúde e o trabalho; mentado e ter sua efetividade monitorada. (qualificação de instalação - QI);
e Art. 8° Todas as partes do Sistema de Garantia da Qualidade III - as instalações, utilidades e equipamentos operam de
b) possuir caráter de prevenção, rastreamento e diagnóstico devem estar constituídas por pessoal competente e habilitado, além de acordo com suas especificações planejadas (qualificação de operação
precoce dos agravos à saúde relacionados ao trabalho, inclusive de possuir espaço, equipamentos e instalações suficientes e adequadas. - QO); e
natureza sub-clínica, além da constatação da existência de casos de Art. 9° As operações de produção e controle devem estar IV - um processo específico produzirá consistentemente um
doenças profissionais ou danos irreversíveis à saúde dos trabalha- claramente especificadas por documento escrito e as exigências de produto que atenda suas especificações e atributos de qualidade (va-
dores; BPF devem ser cumpridas. lidação de processo - VP, também chamada de qualificação de de-
XLVII - qualificação: conjunto de ações realizadas para ates- sempenho - QD).
tar e documentar que quaisquer instalações, sistemas e equipamentos Art. 10. O Produto Tradicional Fitoterápico não deve ser
liberado antes que as pessoas autorizadas tenham certificado que cada Art.17. Qualquer aspecto da operação, incluindo mudanças
estão propriamente instalados, e/ou funcionam corretamente e levam significativas nas instalações, local, equipamentos ou processos, que
aos resultados esperados. A qualificação é frequentemente uma parte lote foi produzido e controlado de acordo com os requisitos do re-
gistro ou notificação. possam afetar a qualidade do produto, direta ou indiretamente, deve
da validação (o estágio inicial), mas as etapas individuais de qua-
lificação não constituem, sozinhas, uma validação de processo; Art. 11. Devem ser fornecidas instruções e tomadas as pro- ser qualificado e/ou validado.
XLVIII - quarentena: situação de matérias-primas, materiais vidências necessárias para garantir que o Produto Tradicional Fi- Art. 18. A qualificação e a validação não devem ser con-
de embalagem, intermediários ou produtos a granel ou terminados toterápico seja fabricado de forma que a qualidade do produto seja sideradas exercícios únicos. Após a aprovação do relatório de qua-
isolados fisicamente ou por outros meios eficazes, enquanto se espera mantida por todo o prazo de validade. lificação e/ou validação deve existir um programa contínuo de mo-
uma decisão sobre sua liberação, rejeição ou reprocessamento; CAPÍTULO I nitoramento embasado na revisão periódica de produtos.
XLIX - reanálise: análise realizada em matéria-prima, pre- BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO PARA O PRODU- Art. 19. O compromisso da manutenção da situação de qua-
viamente analisada e aprovada, para confirmar a manutenção das TO TRADICIONAL FITOTERÁPICO lificação/validação deve estar descrito nos documentos relevantes da
especificações estabelecidas pelo fabricante, dentro do seu prazo de Art. 12. Boas Práticas de Fabricação (BPF) é a parte da empresa, como o manual de qualidade ou plano mestre de vali-
validade; Garantia da Qualidade que assegura que o Produto Tradicional Fi- dação.
L - reconciliação: procedimento que tem como objetivo fazer toterápico é consistentemente produzido e controlado, com padrões de Art. 20. A responsabilidade pela realização da validação de-
uma comparação nas diferentes etapas de produção de um lote de qualidade apropriados para o uso pretendido e requerido pela no- ve ser claramente definida.
produto, entre a quantidade real de produção e a quantidade teórica tificação ou registro. Art. 21. Os estudos de validação são uma parte essencial das
estabelecida; § 1° O cumprimento das BPF está dirigido principalmente à BPF e devem ser conduzidos de acordo com protocolos pré-definidos
LI - recuperação: incorporação total ou parcial de lotes an- diminuição dos riscos inerentes a qualquer produção farmacêutica, os e aprovados.
teriores, de qualidade comprovada, a outro lote, em uma etapa de- quais não podem ser detectados através da realização de ensaios nos Art. 22. Deve ser preparado e arquivado um relatório con-
finida da produção; produtos acabados.
LII - registro de lote: conjunto de documentos relacionados à tendo os resultados e conclusões.
§ 2° Os riscos são constituídos essencialmente por: con- Art. 23. Os processos e procedimentos devem ser estabe-
fabricação de um determinado lote de produto acabado, que des- taminação-cruzada, contaminação por partículas e troca ou mistura de
crevem os procedimentos de produção e registram todas as operações lecidos com base nos resultados da validação realizada.
droga vegetal. Art. 24. Devem ser validados também os procedimentos de
relacionadas à qualidade do lote;
LIII - Relatório de Validação (RV): documento no qual os § 3° São requisitos das BPF: limpeza, as metodologias analíticas e os sistemas computadorizados.
registros, resultados e avaliação de um programa de validação são I - todos os processos de fabricação devem ser claramente Parágrafo único. Os métodos analíticos compendiais não re-
consolidados e sumarizados, podendo também conter propostas para a definidos e sistematicamente revisados em função da experiência ad- querem validação, entretanto antes de sua implementação, devem
melhoria dos processos e/ou equipamentos; quirida, além de demonstrarem capacidade de fabricar o Produto existir evidências documentadas de sua adequabilidade nas condições
LIV - reprocesso: retrabalho de todo ou de parte de um lote Tradicional Fitoterápico dentro dos padrões de qualidade exigidos, operacionais do laboratório.
de produto fora de um ou mais parâmetros de qualidade estabe- atendendo às respectivas especificações; CAPÍTULO IV
lecidos, a partir de uma etapa definida de produção, de forma que sua II - devem ser realizadas as qualificações e validações ne- RECLAMAÇÕES E RECOLHIMENTO
qualidade possa tornar-se aceitável através de uma ou mais operações cessárias; Art. 25. Todas as reclamações e demais informações re-
adicionais. O reprocessamento deve ser previamente autorizado e III - os fabricantes devem possuir todos os recursos ne- ferentes à Produto Tradicional Fitoterápico com possíveis desvios de
realizado de acordo com procedimentos aprovados; cessários, incluindo: qualidade devem ser cuidadosamente investigados e registrados de
LV - Responsável Técnico: profissional legalmente habili- a) pessoal qualificado e devidamente treinado;
acordo com procedimentos escritos, e devem ser tomadas as ações
tado reconhecido pela autoridade sanitária possuindo a responsabi- b) instalações e espaço adequados;
lidade de garantir que cada lote de produto acabado tenha sido fa- corretivas necessárias.
c) equipamentos e serviços adequados;
bricado, testado e aprovado para liberação em consonância com as d) materiais, recipientes e rótulos apropriados; Art. 26. Deve ser designada uma pessoa responsável pelo
leis e normas em vigor no país; e) procedimentos e instruções aprovados; recebimento das reclamações e pelas medidas a serem adotadas.
LVI - revalidação: repetição da validação de um processo, ou f) armazenamento e transporte adequados; Art. 27. Em caso de reclamação de possíveis desvios de
parte deste, aprovado para assegurar que este continua cumprindo g) instalações, equipamentos e pessoal qualificado para con- qualidade de Produto Tradicional Fitoterápico devem ser adotados
com os requisitos estabelecidos; trole em processo; procedimentos escritos que descrevam as ações a serem adotadas,
LVII - rótulo: identificação impressa ou litografada, bem IV - as instruções e os procedimentos devem ser escritos em incluindo a necessidade de realizar um eventual recolhimento.
como os dizeres pintados ou gravados a fogo, pressão ou decalco, linguagem clara, inequívoca e ser aplicáveis às instalações utiliza- Art. 28. A empresa deve proceder investigação a fim de
aplicado diretamente sobre a embalagem primária e secundária do das; identificar se a reclamação é procedente de falsificação do seu pro-
produto; V - os operadores devem ser treinados para desempenharem duto, adotando medidas pertinentes.
LVIII - validação: ato documentado que atesta que qualquer corretamente os procedimentos; Art. 29. Todas as decisões e medidas tomadas como re-
procedimento, processo, equipamento, material, operação ou sistema sultado de determinada reclamação devem ser registradas e citadas
realmente conduza aos resultados esperados; VI - devem ser feitos registros (manualmente e/ou através de
instrumentos de registro) durante a produção para demonstrar que nos registros do lote correspondente.
LIX - validação concorrente: validação realizada durante a Art. 30. Deve haver um sistema que retire imediata e efe-
rotina de produção de produtos destinados para venda; todas as etapas constantes nos procedimentos e instruções foram
seguidas. Quaisquer desvios significativos devem ser registrados e tivamente do mercado Produto Tradicional Fitoterápico que apresente
LX - validação de limpeza: evidência documentada que de-
monstre que os procedimentos de limpeza removem resíduos a níveis investigados; desvios de qualidade ou que esteja sob suspeita.
prédeterminados de aceitação, levando em consideração fatores tais VII - os registros referentes à fabricação e distribuição, que CAPÍTULO V
como tamanho do lote, dose, toxicologia e tamanho do equipamen- possibilitam o rastreamento completo de um lote, devem ser ar- CONTRATOS
to; quivados de maneira organizada e de fácil acesso; Art. 31. O contrato de terceirização deverá atender às con-
LXI - validação de processo: evidência documentada que VIII - o armazenamento adequado e a distribuição dos pro- dições previstas na legislação específica.
atesta com um alto grau de segurança que um processo específico dutos devem minimizar qualquer risco à sua qualidade; Art. 32. A aprovação final para a liberação do produto para
produzirá um produto de forma consistente, que cumpra com as IX - deve ser implantado um sistema capaz de recolher comercialização deve ser realizada pela pessoa autorizada pelo con-
especificações predefinidas e características de qualidade; qualquer lote, após sua venda ou fornecimento. tratante.

Este documento pode ser verificado no endereço eletrônico http://www.in.gov.br/autenticidade.html, Documento assinado digitalmente conforme MP n o- 2.200-2 de 24/08/2001, que institui a
pelo código 00012013031500051 Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.
52 ISSN 1677-7042 1 Nº 51, sexta-feira, 15 de março de 2013

CAPÍTULO VI Art. 54. Todos os funcionários devem ser instruídos e in- Art. 74. O armazenamento de materiais ou produtos de-
AUTO-INSPEÇÃO E AUDITORIAS DE QUALIDADE centivados a relatar a seu supervisor imediato quaisquer condições, volvidos, reprovados ou recolhidos deve ser efetuado em área se-
Art. 33. O objetivo da auto-inspeção é avaliar o cumprimento relativas à produção, ao equipamento ou ao pessoal, que considerem gregada e identificada.
das BPF por parte do fabricante, em todos os aspectos de produção e que possam interferir adversamente nos produtos. Art. 75. O armazenamento de materiais impressos deve ser
controle de qualidade. Art. 55. Deve ser evitado o contato direto entre as mãos do efetuado de forma segura, com acesso restrito, evitando misturas e
Art. 34. O programa de auto-inspeção deve ser planejado operador e as matérias-primas, os materiais de embalagem primária e desvios.
para detectar quaisquer inobservâncias às BPF e para recomendar as os produtos intermediários ou a granel. Parágrafo único. Os materiais devem ser manuseados por
ações corretivas necessárias. Art. 56. Para que seja assegurada a proteção do produto pessoal designado seguindo procedimentos definidos e escritos.
Parágrafo único. Todas as recomendações de ações corretivas contra contaminação, os funcionários devem usar vestimentas limpas Seção IV
devem ser implementadas. e apropriadas a cada área de produção. Área de Amostragem
Art. 35. A equipe responsável pela auto-inspeção deve con- Art. 57. Os uniformes para cada área de produção devem ser Art. 76. Deve haver uma área separada para amostragem de
sistir de pessoal capaz de avaliar a implementação das BPF de forma fornecidos pelo fabricante conforme procedimentos escritos. matérias-primas.
objetiva. Parágrafo único. A lavagem dos uniformes é de respon- Parágrafo único. Caso a amostragem seja realizada na área
Art. 36. O procedimento de auto-inspeção deve ser docu- de armazenamento, deve ser conduzida de forma a evitar conta-
mentado e deve haver um programa eficaz de acompanhamento. sabilidade da empresa.
Art. 58. Para que seja assegurada a proteção dos funcio- minação ou contaminação cruzada.
Art. 37. A frequência com que as auto-inspeções são con- Seção V
duzidas pode ficar a critério da empresa, devendo ser realizada no nários, o fabricante deve disponibilizar Equipamento de Proteção Co-
mínimo uma vez ao ano e estabelecida em procedimento escrito. letiva (EPC) e Equipamento de Proteção Individual (EPI) de acordo Área de pesagem
CAPÍTULO VII com as atividades desenvolvidas. Art. 77. As salas ou áreas destinadas à pesagem das ma-
PESSOAL Art. 59. É proibido fumar, comer, beber, mascar ou manter térias-primas podem estar localizadas no almoxarifado ou na área de
Art. 38. Deve haver pessoal qualificado em quantidade su- plantas ornamentais, alimentos, bebidas, fumo e medicamentos pes- produção.
ficiente para desempenhar todas as atividades pelas quais o fabricante soais nas áreas de produção, do laboratório de controle de qualidade Art. 78. As salas ou áreas destinadas à pesagem das ma-
é responsável. e de armazenamento ou em quaisquer outras áreas em que tais ações térias-primas devem ser projetadas exclusivamente para esse fim,
Art. 39. Todas as responsabilidades individuais devem estar possam influir adversamente na qualidade do produto. possuindo, quando aplicável, um sistema de exaustão que evite a
estabelecidas em procedimentos escritos e ser claramente compre- CAPÍTULO X ocorrência de contaminação cruzada.
endidas por todos os envolvidos. INSTALAÇÕES Seção VI
Parágrafo único. As responsabilidades atribuídas a qualquer Art. 60. As instalações devem ser localizadas, planejadas, Área de produção
funcionário não devem ser extensas a ponto de apresentar riscos à construídas, adaptadas e mantidas para se adequar às operações a Art. 79. As instalações físicas devem estar dispostas, se-
qualidade do produto. serem realizadas. gundo o fluxo operacional contínuo, de forma a permitir que a pro-
Art. 40. A empresa deve possuir um organograma. Seção I dução corresponda à sequência das operações de produção e aos
Art. 41. Todo o pessoal chave deve ter suas responsabi- Disposições Gerais níveis exigidos de limpeza.
lidades e atribuições específicas escritas e autoridade suficiente para Art. 61. O projeto das instalações deve minimizar o risco de Art. 80. As áreas de produção e de armazenamento devem
desempenhá-las. erros e possibilitar a limpeza e manutenção, de modo a evitar a permitir o posicionamento lógico e ordenado dos equipamentos e dos
§ 1° As atribuições podem ser delegadas a substitutos de- contaminação cruzada, o acúmulo de poeira e sujeira ou qualquer materiais, de forma a minimizar o risco de mistura entre diferentes
signados, desde que possuam o nível de qualificação satisfatório. efeito adverso que possa afetar a qualidade dos produtos. matérias-primas de origem vegetal e evitar a ocorrência de con-
§ 2° Não pode haver sobreposição de responsabilidades do Art. 62. As instalações devem ser mantidas em bom estado taminação cruzada.
pessoal no que se refere à aplicação das BPF. de conservação, higiene e limpeza, e deve ser assegurado que as Art. 81. Nas áreas onde as matérias-primas, os materiais de
Art. 42. Todo o pessoal deve conhecer os princípios das BPF operações de manutenção e reparo não representem qualquer risco à embalagem primários, os produtos intermediários ou a granel es-
e receber treinamento inicial e contínuo, incluindo instruções de hi- tiverem expostos ao ambiente, as superfícies interiores (paredes, piso
giene de acordo com a necessidade, e deve ser motivado a apoiar a qualidade dos produtos.
Art. 63. As instalações devem ser limpas e, quando aplicável, e teto) devem ser revestidas de material liso, impermeável lavável e
empresa na manutenção dos padrões de qualidade. resistente, livres de juntas e rachaduras, de fácil limpeza, permitindo
Art. 43. Devem ser tomadas medidas para evitar que pessoas desinfetadas de acordo com procedimentos escritos detalhados.
Parágrafo único. Devem ser mantidos registros das limpe- a desinfecção.
não autorizadas entrem nas áreas de produção, armazenamento e Art. 82. As tubulações, luminárias, pontos de ventilação e
controle de qualidade. zas.
Art. 64. O fornecimento de energia elétrica, iluminação, ar outras instalações devem ser projetadas e instaladas de modo a fa-
Art. 44. As áreas de produção, armazenamento e controle de cilitar a limpeza.
qualidade não poderão ser utilizadas como passagem de pessoal condicionado (temperatura e umidade) e ventilação, devem ser apro-
priados, de modo a não afetar direta ou indiretamente o Produto Parágrafo único. Sempre que possível o acesso para ma-
alheio a essas áreas. nutenção deve estar localizado externamente às áreas de produção.
Art. 45. O pessoal chave inclui os responsáveis por pro- Tradicional Fitoterápico durante os processos de fabricação e ar-
mazenamento ou o funcionamento adequado dos equipamentos. Art. 83. Os ralos devem ser de tamanho adequado, sifonados,
dução, garantia de qualidade, controle de qualidade e o Responsável para evitar os refluxos de líquidos ou gás e mantidos fechados.
Técnico. Art. 65. As instalações devem ser planejadas e equipadas de
§ 1º As responsabilidades pela produção e pelo controle de Parágrafo único. Sempre que possível, deve ser evitada a
forma a oferecer a máxima proteção contra a entrada de insetos,
qualidade devem ser independentes entre si. instalação de canaletes abertos, e, se necessários, devem ser rasos,
pássaros ou outros animais. para facilitar a limpeza e a desinfecção.
§ 2º Podem ser delegadas algumas das funções, no entanto, a Parágrafo único. Deve haver um procedimento escrito para o
responsabilidade não pode ser delegada. Art. 84. A produção exige atenção particular às áreas onde se
controle de roedores e pestes. realiza o processamento das etapas que geram poeira, devendo ser
Art. 46. A liberação para comercialização de um lote de Art. 66. As instalações devem ser planejadas para garantir o
Produto Tradicional Fitoterápico deve ser realizada pela garantia de providas de sistema de exaustão adequado, inclusive com coleta do
fluxo lógico de materiais e pessoal. produto de exaustão, não permitindo que o pó contamine o ar ex-
qualidade ou por pessoa qualificada e designada para exercer a fun- Seção II
ção. terno.
Áreas auxiliares Seção VII
CAPÍTULO VIII Art. 67. As salas de descanso e refeitórios devem ser se-
TREINAMENTO Área de controle de qualidade
paradas das áreas de fabricação e controle. Art. 85. Os laboratórios de controle de qualidade devem ser
Art. 47. O fabricante deve, mediante um programa escrito e Art. 68. As instalações dos vestiários e sanitários devem ser
definido, treinar as pessoas envolvidas nas áreas de produção, nos separados das áreas de produção.
facilmente acessíveis e apropriadas para o número de usuários. Art. 86. Os laboratórios de controle de qualidade devem ser
laboratórios de controle de qualidade, bem como todo o pessoal cujas
atividades possam interferir na qualidade do produto. Parágrafo único. Os sanitários não devem ter comunicação planejados para se adequar às operações neles realizadas.
Art. 48. Além de treinamento básico sobre a teoria e prática direta com as áreas de produção ou armazenamento e devem estar § 1° Deve existir espaço suficiente para evitar misturas e
de BPF de Produto Tradicional Fitoterápico, o pessoal recém con- sempre limpos e sanitizados. contaminação cruzada.
tratado deve receber treinamento específico à sua posição de tra- Art. 69. As áreas de manutenção devem estar situadas em § 2° Deve haver espaço de armazenagem adequado para
balho. locais separados das áreas de produção, controle da qualidade e de- amostras, padrões de referência, solventes, reagentes e registros.
§ 1° Deve ser realizado treinamento contínuo e a sua efe- mais áreas. Art. 87. O projeto dos laboratórios deve considerar a ade-
tividade prática deve ser avaliada periodicamente. Parágrafo único. Caso as ferramentas e as peças de reposição quabilidade dos materiais de construção, prevenção de vapores e
§ 2° Devem estar disponíveis programas aprovados de trei- sejam mantidas nas áreas de produção, essas devem estar em locais ventilação.
namento e devem ser mantidos os registros de treinamento. reservados e perfeitamente identificados para este fim. Art. 88. Pode ser necessária a utilização de salas separadas
Art. 49. O conceito de garantia de qualidade e todas as Seção III para proteger determinados instrumentos de interferências elétricas,
medidas que auxiliam seu entendimento e implementação devem ser Áreas de armazenamento vibrações, contato excessivo com umidade e outros fatores exter-
totalmente discutidos durante as sessões de treinamento. Art. 70. As áreas de armazenamento devem ter capacidade nos.
Art. 50. Visitantes ou pessoal não treinados, não devem suficiente para possibilitar o estoque ordenado de várias categorias de CAPÍTULO XI
adentrar as áreas de produção e controle de qualidade. materiais e produtos: matérias-primas, materiais de embalagem, pro- EQUIPAMENTOS
Parágrafo único. Caso seja inevitável, visitantes e pessoal dutos intermediários, a granel e produtos acabados, em condição de Art. 89. Os equipamentos devem ser projetados, construídos,
não treinado devem receber previamente as informações relevantes, quarentena, aprovado, reprovado, devolvido ou recolhido, com a se- adaptados, instalados, localizados e mantidos de forma a facilitar as
em particular sobre higiene pessoal, bem como vestimenta de pro- gregação e separação apropriadas ou possuir sistema que permita a operações a serem realizadas.
teção apropriada, devendo ser acompanhados por profissional de- organização das diferentes categorias e condições. Art. 90. O projeto e a localização dos equipamentos devem
signado. Art. 71. As áreas de armazenamento devem ser projetadas ou minimizar os riscos de erros e permitir limpeza e manutenção ade-
CAPÍTULO IX adaptadas para assegurar as condições ideais de armazenamento, e quadas, de maneira a evitar a contaminação cruzada e o acúmulo de
HIGIENE PESSOAL devem ser limpas, secas, organizadas e mantidas dentro de limites
Art.51. Todos os funcionários devem ser submetidos a exa- poeira e sujeira.
aceitáveis de temperatura e umidade. Art. 91. Todos os equipamentos utilizados devem ser pre-
mes de saúde para admissão e posteriormente a exames periódicos, Art. 72. As áreas de recebimento e expedição devem ser
necessários às atividades desempenhadas, de acordo com legislação viamente qualificados.
separadas e devem proteger os materiais e produtos das variações Art. 92. Todas as tubulações devem ser claramente iden-
específica em vigor.
Art. 52. Todo o pessoal encarregado do manuseio de ma- climáticas. tificadas, conforme legislação vigente, para indicar o conteúdo e,
térias-primas vegetais e produto acabado deve ser treinado nas prá- § 1° Na impossibilidade de separação destas áreas devem ser quando aplicável, a direção do fluxo.
ticas de higiene pessoal. adotados procedimentos apropriados para evitar misturas. Art. 93. As balanças e instrumentos de medida das áreas de
Parágrafo único. Todas as pessoas envolvidas nos processos § 2° As áreas de recebimento devem ser projetadas e equi- produção e de controle de qualidade devem ter a faixa de trabalho e
de fabricação devem cumprir as normas de higiene, destacadamente a padas para permitir que os recipientes sejam limpos, se necessário, a precisão requerida e ser periodicamente calibrados.
instrução sobre lavagem das mãos antes da entrada nas áreas de antes do armazenamento. Art. 94. Os equipamentos de produção devem ser comple-
produção, devendo ser afixados sinais instrutivos. Art. 73. Os produtos em quarentena devem estar em área tamente limpos conforme os procedimentos validados.
Art. 53. As pessoas com suspeita ou confirmação de en- restrita e separada na área de armazenamento. Art. 95. As partes destes equipamentos em contato direto
fermidade ou lesão exposta que possa afetar de forma adversa a § 1° A área para os produtos em quarentena deve ser cla- com o produto não devem ser reativas, aditivas ou absortivas de
qualidade dos produtos, não podem manusear matérias-primas, ma- ramente demarcada e o acesso à mesma somente pode ser efetuado forma a influir na qualidade do produto.
teriais de embalagem, produtos intermediários e a granel ou produtos por pessoas autorizadas. Art. 96. Todo equipamento em desuso ou com defeito deve
acabados até que sua condição de saúde não represente risco ao § 2° Qualquer outro sistema que substitua a quarentena física ser retirado das áreas de produção e do controle de qualidade ou deve
produto. deve oferecer níveis de segurança equivalentes. estar devidamente identificado para evitar seu uso.

Este documento pode ser verificado no endereço eletrônico http://www.in.gov.br/autenticidade.html, Documento assinado digitalmente conforme MP n o- 2.200-2 de 24/08/2001, que institui a
pelo código 00012013031500052 Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.
Nº 51, sexta-feira, 15 de março de 2013 1 ISSN 1677-7042 53
CAPÍTULO XII Art. 117. Os materiais impressos, embalagens primárias ou Art. 134. Os padrões de referência, quando não oficiais,
MATERIAIS secundárias, desatualizados e obsoletos, devem ser destruídos, e este devem ser caracterizados, testados, liberados e armazenados da mes-
Art. 97. Estão incluídos no conceito de materiais: matérias- procedimento deve ser registrado. ma forma que os padrões oficiais.
primas, materiais de embalagem, produtos intermediários e a granel, Art. 118. Todos os materiais de embalagem a serem uti- Art. 135. Padrões secundários ou de trabalho devem ser
produtos acabados, materiais reprovados, recuperados e reprocessa- lizados devem ser verificados no ato da entrega ao setor de em-
dos, produtos recolhidos, produtos devolvidos, reagentes e meios de testados e verificados em intervalos regulares para assegurar a pa-
balagem em relação à quantidade, identidade e conformidade com as
cultura, padrões de referência, materiais residuais e materiais diver- dronização.
instruções de embalagem.
sos. Art. 119. Os materiais de embalagem não devem interferir na Art. 136. Os padrões de referência devem ser rotulados apro-
Seção I qualidade da droga vegetal e devem assegurar proteção adequada priadamente com no mínimo as seguintes informações:
Disposições Gerais contra influências externas e eventuais contaminações. I - nome do material;
Art. 98. Os materiais usados em operações tais como lim- II - número de lote;
peza, lubrificação de equipamentos e controle de pestes não podem Art. 120. Deve haver procedimentos de reconciliação entre
entrar em contato direto com o produto, e devem possuir qualidade as quantidades de rótulos emitidos, usados e retornados. III - data da preparação;
apropriada, a fim de minimizar os riscos à saúde. Parágrafo único. Os desvios devem ser investigados e re- IV - data de validade;
Art. 99. Todas as matérias-primas e produtos acabados de- gistrados e as ações corretivas e preventivas implementadas. V - potência (quando for o caso); e
vem ser postos em quarentena imediatamente após o recebimento ou Seção IV VI - condições de armazenagem.
produção, até que sejam liberados para uso ou expedição. Produtos intermediários e a granel Art. 137. Todos os padrões de referência internos devem ser
Art. 100. Todas as matérias-primas e produtos acabados de- Art. 121. Os produtos intermediários e os produtos a granel padronizados em relação a um padrão de referência oficial, quando
vem ser armazenados nas condições apropriadas estabelecidas pelo devem ser mantidos sob condições específicas determinadas pelo fa-
bricante. disponíveis, devendo ser caracterizados inicialmente e em intervalos
fabricante e de forma ordenada para permitir a segregação de lotes e
rotação do estoque, obedecendo à regra primeiro que expira, primeiro Art. 122. Os produtos intermediários e os produtos a granel regulares.
que sai. adquiridos de terceiros, devem ser manuseados no recebimento como Art. 138. Todos os padrões de referência devem ser ar-
Art. 101. A água usada na fabricação de Produtos Tradi- matérias-primas. mazenados e usados de forma que não afetem negativamente sua
cionais Fitoterápicos deve ser adequada para o uso a que se pretende, Seção V qualidade.
sendo, no mínimo, de qualidade potável. Produtos acabados Seção XI
Seção II Art. 123. Os produtos acabados devem ser mantidos em Materiais residuais
Matérias-primas quarentena até sua liberação final.
Art. 102. As matérias-primas devem ser adquiridas somente Art. 139. Devem ser tomadas providências quanto à guarda
Art. 124. Os produtos aprovados devem ser armazenados de apropriada e segura dos materiais residuais a serem eliminados.
dos fornecedores qualificados e incluídos na lista de fornecedores da acordo com as condições estabelecidas pelo fabricante.
empresa. Parágrafo único. As substâncias tóxicas e materiais infla-
Art. 103. Todos os aspectos da produção e do controle das Seção VI
máveis devem ser guardados em locais de acesso restrito, conforme
matérias-primas, o processo de aquisição, o manuseio, a rotulagem e Materiais reprovados, recuperados e reprocessados
Art. 125. Os materiais e os produtos reprovados devem ser exigido pela legislação vigente.
as exigências referentes à embalagem, assim como os procedimentos Art. 140. O material residual não deve ser acumulado, de-
de reclamação e reprovação, devem ser acordados entre o fabricante identificados como tal e armazenados separadamente, em áreas res-
tritas. vendo ser coletado em recipientes adequados, em local específico,
e os fornecedores.
Art. 104. Em cada entrega, os recipientes devem ser ve- Parágrafo único. Os materiais e produtos reprovados podem eliminado de forma segura e de acordo com as normas sanitárias, a
rificados, no mínimo, quanto à integridade da embalagem e do lacre, ser devolvidos aos fornecedores ou destruídos, e o procedimento intervalos regulares e frequentes.
bem como quanto à correspondência entre o pedido, a nota de entrega adotado deve ser aprovado por pessoa autorizada e devidamente re- Art. 141. Os efluentes e resíduos devem ser identificados e
e os rótulos dos fornecedores. gistrada. classificados segundo a sua natureza.
§ 1° Os recipientes devem ser limpos e rotulados com as Art. 126. A introdução, na íntegra ou em parte, de lotes § 1º Devem ser estabelecidos a destinação, os controles efe-
informações necessárias. anteriores que estejam em conformidade com a qualidade exigida, em tuados e o local de lançamento dos resíduos e efluentes tratados.
§ 2° Quando rótulos adicionais forem anexados aos reci- um lote do mesmo produto, em uma etapa definida da fabricação,
pientes, as informações originais não devem se perder. § 2º Os controles realizados nos materiais residuais devem
deve ser autorizada previamente.
Art. 105. As avarias nos recipientes ou quaisquer outros Parágrafo único. A recuperação a que se refere o "caput" ser registrados, bem como a sua frequência.
problemas que possam afetar a qualidade da matéria-prima devem ser deste artigo deve ser feita de acordo com um procedimento definido, Seção XII
registrados e relatados ao departamento de controle de qualidade, após a avaliação dos riscos envolvidos, incluindo qualquer efeito Materiais diversos
devendo ser investigados. possível sobre o prazo de validade, e deve ser registrada. Art. 142. Não deve ser permitido que os produtos raticidas,
Art. 106. Se uma entrega de material contiver diferentes Art. 127. A necessidade de testes adicionais de qualquer inseticidas, agentes fumigantes e materiais sanitizantes contaminem
lotes, cada lote deve ser considerado separadamente para amostragem, produto acabado que tenha sido reprocessado ou em que tenha sido
análise e liberação. os equipamentos, as matérias-primas, os materiais de embalagem, os
Art. 107. As matérias-primas colocadas na área de arma- incorporado um produto recuperado, deve ser objeto de avaliação materiais em processo ou os produtos acabados.
zenamento devem estar adequadamente identificadas. pelo controle de qualidade.
Parágrafo único. Os rótulos de identificação devem conter, Seção VII
pelo menos, as seguintes informações: Produtos recolhidos CAPÍTULO XIII
I - o nome da matéria-prima e o respectivo código interno de Art. 128. Os produtos recolhidos devem ser identificados e DOCUMENTAÇÃO
referência, quando aplicável; armazenados separadamente em uma área segura até que haja decisão Art. 143. A documentação constitui parte essencial do sis-
II - o número do lote atribuído pelo produtor/fornecedor e o final sobre seu destino. tema de Garantia da Qualidade e, deve estar relacionada com todos os
número dado pela empresa quando do recebimento; Parágrafo único. A decisão deve ser feita o mais rápido aspectos das BPF.
III - a situação da matéria-prima no armazenamento (em possível, e atender à legislação específica sobre recolhimento de pro- § 1º A documentação tem como objetivo definir as espe-
quarentena, aprovado, reprovado, devolvido, recolhido); e dutos. cificações de todos os materiais e os métodos de fabricação e con-
IV - a data da coleta/ fabricação, ou o prazo de validade, Seção VIII trole, a fim de assegurar que todo pessoal envolvido na fabricação
quando aplicável. Produtos devolvidos saiba decidir o que fazer e quando fazê-lo.
Art. 108. É permitida a identificação por sistema eletrônico Art. 129. Os produtos devolvidos, caso haja certeza de que § 2º A documentação tem por finalidade garantir que a
validado, não sendo obrigatório, neste caso, constarem do rótulo todas sua qualidade continua satisfatória, podem ser objeto de revenda, pessoa autorizada possua todas as informações necessárias para de-
as informações acima descritas. nova rotulagem, ou medidas alternativas, após serem criticamente cidir sobre a liberação de determinado lote de Produto Tradicional
Art. 109. Deve haver procedimentos ou medidas adequadas avaliados pelo Controle de Qualidade e pela Garantia da Qualidade, Fitoterápico para venda, além de possibilitar um rastreamento que
para assegurar a identidade do conteúdo de cada recipiente de ma- conforme procedimentos escritos. permita a investigação da história de qualquer lote sob suspeita de
téria-prima. § 1º Na avaliação a que se refere o "caput" deste artigo, desvio de qualidade.
Parágrafo único. Os recipientes dos quais tenham sido re- devem ser considerados a natureza do produto, quaisquer condições § 3º A documentação deve assegurar a disponibilidade dos
tiradas amostras devem ser identificados. dados necessários para validação, revisão e análise estatística.
Art. 110. Somente as matérias-primas liberadas pelo controle especiais de armazenagem, sua condição e histórico, bem como o
tempo decorrido desde que foi expedido. Seção I
de qualidade e que estejam dentro dos respectivos prazos de validade Disposições Gerais
devem ser utilizadas. § 2º Em caso de dúvida sobre sua qualidade, o produto
devolvido não deve ser considerado adequado para nova expedição ou Art. 144. Os documentos devem ser redigidos, revistos e
Art. 111. As matérias-primas devem ser fracionadas somente distribuídos somente a pessoas designadas e devem atender a todas as
por funcionários designados, de acordo com procedimentos escritos. reutilização.
§ 3º Qualquer medida tomada sobre os produtos devolvidos etapas de fabricação.
Parágrafo único. As matérias-primas devem ser cuidadosa- Art. 145. Os documentos devem ser aprovados, assinados e
mente pesadas ou medidas, em recipientes limpos e corretamente deve ser registrada.
datados pela pessoa designada.
identificados. Seção IX
Art. 146. Nenhum documento deve ser modificado sem au-
Art. 112. As matérias-primas fracionadas, assim como seus Reagentes e meios de cultura torização e aprovação prévias pelo setor responsável.
respectivos pesos ou volumes, devem ser conferidos por outro fun- Art. 130. Deve haver registros para o recebimento e a pre- Parágrafo único. Toda alteração efetuada em qualquer do-
cionário e a conferência registrada. paração de reagentes e meios de cultura.
Seção III cumento deve ser assinada e datada, possibilitando a leitura da in-
Art. 131. Os reagentes preparados devem ser elaborados de formação original, contendo o motivo da alteração.
Material de embalagem acordo com procedimentos escritos e apropriadamente rotulados.
Art. 113. A aquisição, o manuseio e o controle de qualidade Art. 147. O título, a natureza e o objetivo da documentação
§ 1º O rótulo deve indicar a concentração, a data de preparo, devem ser apresentados de forma clara, precisa e correta, evitando-se
dos materiais de embalagem primários, secundários e de materiais o fator de padronização, o prazo de validade, a data em que se deve
impressos devem ser realizados da mesma forma que para as ma- ambiguidades em seu conteúdo, e devem ser dispostos de forma
fazer nova padronização e as condições de armazenamento. ordenada e ser de fácil verificação.
térias-primas. § 2º O rótulo deve ser assinado e datado pela pessoa que
Art. 114. Os materiais de embalagem impressos devem ser Parágrafo único. Os documentos reproduzidos devem ser le-
preparou o reagente. gíveis e ter garantida a sua fidelidade em relação ao original.
armazenados em condições seguras de modo a excluir a possibilidade
de acesso não autorizado. Art. 132. Devem ser feitos controles positivos, assim como Art. 148. Os documentos devem ser regularmente revistos e
Parágrafo único. Rótulos fracionados e outros materiais im- os controles negativos, para que seja verificada a adequação dos atualizados.
pressos soltos devem ser armazenados e transportados em recipientes meios de cultura. § 1º Quando determinado documento for revisto, deve haver
fechados e separados de forma a evitar misturas. Parágrafo único. O tamanho do inóculo utilizado nos con- um sistema que impeça o uso inadvertido da versão substituída.
Art. 115. Os materiais de embalagem devem ser enviados troles positivos deve ser apropriado à sensibilidade exigida. § 2º Os documentos obsoletos devem ser mantidos por um
para produção apenas por pessoal designado, seguindo procedimento Seção X período específico de tempo definido em procedimento.
aprovado e documentado. Padrões de referência Art. 149. Quando os documentos exigirem a entrada de da-
Art. 116. Cada lote de material impresso e de material de Art. 133. Para o controle de qualidade, devem ser usados dos, estes devem ser claros, legíveis e indeléveis.
embalagem deve receber um número específico de referência ou mar- preferencialmente padrões de referência oficiais, sempre que exis- Parágrafo único. Deve haver espaço suficiente para cada
ca de identificação. tirem. entrada de dados e não deve conter rasuras.

Este documento pode ser verificado no endereço eletrônico http://www.in.gov.br/autenticidade.html, Documento assinado digitalmente conforme MP n o- 2.200-2 de 24/08/2001, que institui a
pelo código 00012013031500053 Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.
54 ISSN 1677-7042 1 Nº 51, sexta-feira, 15 de março de 2013

Art. 150. Deve ser mantido registro de todas as ações efe- Seção V Art. 169. Durante o processo de produção, todas as etapas
tuadas ou terminadas, de tal forma que todas as atividades signi- Especificações para produtos intermediários e a granel desenvolvidas devem ser registradas, contemplando-se o tempo inicial
ficativas referentes à fabricação possam ser rastreadas. Art. 162. As especificações dos produtos intermediários e a e o final de execução de cada operação, sendo os registros de-
Parágrafo único. Todos os registros devem ser retidos por, granel devem estar disponíveis sempre que estes materiais forem vidamente assinados e datados pelas pessoas responsáveis pela rea-
pelo menos, um ano após o vencimento do prazo de validade do adquiridos ou expedidos, ou se os dados sobre os produtos inter- lização de cada etapa e ratificadas pelo supervisor da área.
produto acabado. mediários tiverem de ser utilizados na avaliação do produto final. Art. 170. Os registros dos lotes de produção devem conter,
Art. 151. Os dados devem ser registrados de modo confiável, Parágrafo único. As especificações devem ser compatíveis no mínimo, as seguintes informações:
por meio manual, por sistema de processamento eletrônico ou outros com as especificações relativas às matérias-primas ou aos produtos I - a nomenclatura popular seguida de nomenclatura bo-
meios. acabados. tânica;
§ 1º Os procedimentos relativos ao sistema em uso devem Seção VI II - tipo de derivado utilizado, quando não se tratar de pre-
estar disponíveis, assim como a exatidão dos dados registrados con- Especificações para produtos acabados parações extemporâneas;
feridos. Art. 163. As especificações para produtos acabados devem III - o número do lote que estiver sendo fabricado;
§ 2º Se o registro dos dados for feito por meio de pro- incluir: IV - as datas e horários de início e de término das principais
cessamento eletrônico, somente pessoas designadas podem modificar I - a nomenclatura popular seguida da nomenclatura bo- etapas intermediárias de produção;
os dados arquivados nos computadores. tânica; V - o nome da pessoa responsável por cada etapa da pro-
§ 3º Deve haver registro das alterações realizadas. II - tipo de derivado utilizado, quando não se tratar de pre- dução;
Seção II parações extemporâneas VI - a identificação do(s) operador (es) das diferentes etapas
de produção e, quando apropriado, da(s) pessoa(s) que verifica (m)
Rótulos III - a fórmula padrão; cada uma das operações;
Art. 152. A identificação afixada nos recipientes, nos equi- IV - a forma farmacêutica e os detalhes de embalagem; VII - os números dos lotes e a quantidade de cada matéria-
pamentos, nas instalações e nos produtos deve ser clara, sem am- V - as referências utilizadas na amostragem e nos ensaios de prima utilizada, incluindo o número de lote e a quantidade de qual-
biguidade e em formato aprovado pela empresa, contendo todos os controle; quer material recuperado ou reprocessado que tenha sido adiciona-
dados necessários. VI - os requisitos qualitativos e quantitativos, com os res- do;
Parágrafo único: Além do texto, na identificação a que se pectivos limites de aceitação; VIII - qualquer operação ou evento observado na produção e
refere o "caput" deste artigo, podem ser utilizadas cores diferenciadas VII - as condições e precauções a serem tomadas no ar- os principais equipamentos utilizados; e
indicando sua condição, tais como: quarentena, aprovado, reprovado, mazenamento, quando for o caso; e IX - os controles em processo realizados, a identificação da
limpo. VIII - o prazo de validade. (s) pessoa (s) que os tenha(m) executado e os resultados obtidos.
Art. 153. Todos os produtos acabados devem ser identi- Parágrafo único. O ensaio de quantificação não se aplica Seção X
ficados indicando, no mínimo, as seguintes informações: para análise de preparações extemporâneas. Registros de embalagem de lotes
I - nomenclatura popular seguida de nomenclatura botâni- Seção VII Art. 171. Deve ser mantido o registro da reconciliação de
ca; Fórmulas mestre/padrão embalagem para cada lote processado.
II - tipo de derivado utilizado, quando não se tratar de pre- Art. 164. Deve existir uma fórmula mestre/padrão autorizada Art. 172. Antes do início de qualquer operação de emba-
parações extemporâneas; para cada produto e tamanho de lote a ser fabricado. lagem devem ser feitas verificações dos equipamentos e estação de
III - quantidade; Art. 165. A fórmula mestre/padrão deve incluir: trabalho confirmando se estão livres de produtos anteriores, e de
IV - número de lote; I - a nomenclatura popular, seguida da nomenclatura bo- documentos ou materiais não exigidos para as operações de em-
V - data de validade; tânica com o código de referência relativo à sua especificação; balagem planejadas, e ainda, se o equipamento está limpo e adequado
VI - quaisquer condições de armazenagem ou precauções de II - tipo de derivado utilizado, quando não se tratar de pre- para uso, registrando-se as verificações.
manuseio especiais que possam ser necessárias; parações extemporâneas; Art. 173. As seguintes informações devem ser registradas na
VII - instruções de uso, bem como avisos e precauções que III - a descrição do processo de fabricação, da forma far- ordem de embalagem:
possam ser necessários, conforme legislação sanitária específica; macêutica e tamanho do lote; I - nomenclatura popular seguida de nomenclatura botâni-
VIII - nome e endereço da empresa fabricante e seu res- IV - a matéria-prima utilizada e forma de apresentação da ca,
ponsável técnico. droga vegetal, incluindo quantidade/peso; II - tipo de derivado utilizado, quando não se tratar de pre-
Art. 154. Os rótulos dos padrões de referência e documentos V - a declaração do rendimento final esperado, com os li- parações extemporâneas;
que os acompanham, devem indicar a concentração, a data de fa- mites aceitáveis, e dos rendimentos intermediários, quando for o III - o número do lote e a quantidade de produto a granel a
bricação e prazo de validade, a data em que o lacre foi aberto e as caso; ser embalado, bem como o número do lote e a quantidade planejada
condições de armazenamento e número de controle, quando neces- VI - a indicação do local de processamento e dos equi- de produto acabado que será obtida, a quantidade realmente obtida e
sário. pamentos a serem utilizados; a reconciliação;
Seção III VII - os procedimentos (ou referência aos mesmos), como IV - data(s) e o(s) horário(s) das operações de embalagem;
Especificações e procedimentos de ensaios de controle de limpeza (especialmente após mudança de produto), montagem, ca- V - nome da pessoa responsável pela realização da operação
qualidade libração e esterilização dos principais equipamentos; de embalagem;
VI - identificação dos operadores nas etapas principais;
Art. 155. Os ensaios de controle de qualidade descritos no VIII - instruções detalhadas das etapas a serem seguidas na VII - verificações feitas quanto à identificação e à con-
documento devem ser validados considerando as instalações e os produção; formidade com as instruções para embalagem;
equipamentos disponíveis, antes de serem adotados rotineiramente. IX - instruções relativas a quaisquer controles em processo VIII - detalhes das operações de embalagem realizadas, in-
§ 1º O ensaio de quantificação não se aplica para análise de com seus limites de aceitação; cluindo referências aos equipamentos e às linhas de embalagem uti-
preparações extemporâneas, portanto, não é necessária sua valida- X - as exigências relativas ao acondicionamento dos pro- lizadas e o registro de materiais devolvidos à área de armazenagem,
ção. dutos, inclusive sobre o recipiente, a rotulagem e quaisquer condições sem que tenham sido embalados;
§ 2º Os métodos analíticos compendiais não requerem va- especiais de armazenamento; e XI - amostras dos materiais de embalagem impressos uti-
lidação, entretanto antes de sua implementação, devem existir evi- XI - quaisquer precauções especiais a serem observadas. lizados contendo a aprovação para a impressão, o número de lote, a
dências documentadas de sua adequabilidade nas condições opera- Seção VIII data de fabricação, o prazo de validade e qualquer impressão adi-
cionais do laboratório. Instruções de embalagem cional;
Art. 156. A documentação referente às especificações dos Art. 166. Deve haver instruções autorizadas quanto ao pro- X - observações sobre quaisquer problemas, incluindo de-
ensaios de identificação, quantificação, pureza e qualidade das ma- cesso de embalagem, relativas a cada produto e ao tamanho e tipo de talhes acerca de qualquer desvio das instruções fornecidas quanto ao
térias-primas, materiais de embalagem e produtos acabados, deve embalagem, incluindo os seguintes dados: processo de embalagem, com a autorização escrita da pessoa de-
estar devidamente autorizada e datada. I - a nomenclatura popular, seguida de nomenclatura bo- signada; e
Art. 157. Cada especificação deve ser aprovada, assinada e tânica; XI - quantidades de todos os materiais de embalagem im-
datada, bem como mantida pelo controle de qualidade, e pela garantia II - tipo de derivado utilizado, quando não se tratar de pre- pressos com o número de referência ou identificação e dos produtos
de qualidade. parações extemporâneas; a granel entregues para serem embalados, utilizados, destruídos ou
Art. 158. Devem ser realizadas revisões periódicas das es- III - a descrição de sua forma farmacêutica, quantidade e via devolvidos ao estoque e a quantidade obtida do produto, a fim de que
pecificações para que sejam atualizadas conforme as novas edições da de administração, quando for o caso; possa ser feita uma reconciliação correta.
farmacopeia nacional, ou outros compêndios oficiais. IV - o tamanho da embalagem, expresso em termos nu- Parágrafo único. As ações realizadas devem ser datadas e a
Art. 159. As farmacopeias, os padrões de referência, e outros méricos, e o peso do produto contido no recipiente final; pessoa responsável deve ser claramente identificada por assinatura ou
materiais de referência necessários devem estar à disposição no la- V - a listagem completa de todo o material de embalagem senha eletrônica.
boratório de controle de qualidade. necessário para um tamanho de lote padrão, incluindo as quantidades, Seção XI
Seção IV os tamanhos e os tipos, com o código ou número de referência Procedimentos operacionais padrão (POPs) e registros
Especificações para matérias-primas e materiais de emba- relativo às especificações de cada material; Art. 174. Os procedimentos operacionais padrão e os re-
lagem VI - amostragem ou reprodução dos materiais utilizados no gistros associados a possíveis ações adotadas, quando apropriado,
Art. 160. As especificações das matérias-primas devem pos- processo de embalagem, indicando o local onde tenham sido im- relacionadas aos resultados obtidos devem estar disponíveis quanto
suir uma descrição, incluindo, no mínimo: pressos ou gravados, o número do lote e sua data de vencimento; a:
I - a nomenclatura popular, seguida da nomenclatura bo- VII - as precauções especiais que devem ser observadas, I - montagem e qualificação de equipamentos;
tânica e o código interno de referência; como o exame cuidadoso dos equipamentos e da área onde será II - aparato analítico e calibração;
II - tipo de derivado utilizado, quando não se tratar de pre- realizada a embalagem, a fim de garantir a ausência de materiais III - manutenção, limpeza e sanitização;
parações extemporâneas; impressos de produtos anteriores nas linhas de embalagem; e IV - pessoal, incluindo qualificação, treinamento, uniformes
e higiene;
III - a referência se existir, da monografia farmacopeica; VIII - a descrição das operações de embalagem, e dos equi- V - monitoramento ambiental;
IV - os requisitos qualitativos e quantitativos com os res- pamentos a serem utilizados. VI - controle de pestes;
pectivos limites de aceitação; Seção IX VII - reclamações;
V - a parte da planta utilizada; Registros de produção de lotes VIII - recolhimentos; e
VI - a identificação do fornecedor e do produtor original dos Art. 167. Deve ser mantido registro da produção de cada IX - devoluções.
materiais; lote, baseado na fórmula mestra/padrão aprovada e em uso. Art. 175. Deve haver procedimentos operacionais padrão e
VII - as condições de armazenamento e as precauções; e Parágrafo único. Os registros devem ser documentados de registros para o recebimento de matéria-prima, materiais de emba-
VIII - o período máximo de armazenamento. forma a prevenir erros, evitando-se a transcrição a partir de do- lagem e material impresso.
Parágrafo único. O ensaio de quantificação não se aplica cumentos aprovados. Art. 176. Os registros dos recebimentos devem incluir, dentre
para análise de preparações extemporâneas. Art. 168. Antes de se iniciar um processo de produção, deve outros aspectos:
Art. 161. Os materiais de embalagem e materiais impressos ser verificado se os equipamentos e o local de trabalho estão livres de I - o nome do material descrito na nota de entrega e nos
devem atender às especificações, dando ênfase à compatibilidade dos produtos anteriormente produzidos, assim como devem ser conferidos recipientes;
mesmos com o produto acabado. os documentos e materiais necessários para o processo planejado. II - a denominação interna e/ou código do material;
Parágrafo único. O material deve ser examinado com relação Parágrafo único. Deve ser verificado se os equipamentos III - a data do recebimento;
à presença de defeitos, e marcas de identificação corretas, bem como estão limpos e adequados para uso. Tais verificações devem ser re- IV - o nome do fornecedor e do fabricante;
quanto às especificações requeridas. gistradas. V - o lote ou número de referência do fabricante;

Este documento pode ser verificado no endereço eletrônico http://www.in.gov.br/autenticidade.html, Documento assinado digitalmente conforme MP n o- 2.200-2 de 24/08/2001, que institui a
pelo código 00012013031500054 Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.
Nº 51, sexta-feira, 15 de março de 2013 1 ISSN 1677-7042 55
VI - a quantidade total e o número de recipientes recebidos; Seção I Art. 213. Os equipamentos e instrumentos utilizados nos
e Disposições Gerais procedimentos de medidas, pesagens, registros e controles devem ser
VII - o número atribuído ao lote após o recebimento; Art. 192. Todo o manuseio de materiais e produtos, tais submetidos a manutenção e a calibração a intervalos preestabelecidos
Art. 177. Deve haver procedimentos operacionais padrão pa- como recebimento e limpeza, quarentena, amostragem, armazenagem, e os registros de tais operações devem ser mantidos.
ra a identificação interna dos produtos armazenados em quarentena e rotulagem, processamento, embalagem e distribuição, deve ser feito § 1º Para assegurar um funcionamento satisfatório, os ins-
liberados (matérias-primas, materiais de embalagem e outros ma- de acordo com procedimentos ou instruções escritos. trumentos devem ser verificados diariamente, ou antes, de serem
teriais). Art. 193. Quaisquer desvios das instruções ou dos proce-
dimentos devem ser evitados. utilizados para ensaios analíticos.
Art. 178. Os procedimentos operacionais padrão, tais como § 2º As datas de calibração, manutenção e de quando devem
uso, calibração, limpeza e manutenção, devem estar disponíveis para Parágrafo único. Caso ocorram desvios, os mesmos devem
ser autorizados e aprovados por escrito por pessoa designada para tal ser feitas as futuras calibrações devem estar claramente estabelecidas
cada instrumento e equipamento e colocados próximos aos equi-
pertencente à garantia da qualidade, com a participação do depar- e registradas, preferivelmente em uma etiqueta afixada ao instrumento
pamentos.
Art. 179. Deve haver procedimentos operacionais padrão pa- tamento de controle de qualidade, quando aplicável. ou equipamento.
ra amostragem e ser definido o setor responsável e as pessoas au- Art. 194. Devem ser realizadas verificações sobre rendimen- Art. 214. As operações de reparos e manutenção não devem
torizadas pela coleta de amostras. tos e reconciliação de quantidades conforme necessário, para as- apresentar qualquer risco à qualidade dos produtos.
Art. 180. As instruções de amostragem devem incluir: segurar que não haja discrepâncias com os limites aceitáveis. Seção II
Art. 195. As operações envolvendo drogas vegetais distintas Operações de embalagem
I - o método de amostragem e o plano de amostragem;
não devem ser realizadas simultaneamente ou consecutivamente na Art. 215. Na programação das operações de embalagem deve
II - os equipamentos a serem utilizados; mesma sala ou área, salvo na hipótese em que não haja risco de
III - quaisquer precauções a serem observadas para evitar ser dada atenção especial aos procedimentos que minimizam a ocor-
mistura ou contaminação cruzada.
contaminação do material ou qualquer deterioração em sua quali- Art. 196. Durante o processamento, todos os materiais, re- rência de risco de contaminação cruzada, de misturas ou de subs-
dade; cipientes com o granel, equipamentos, salas e linhas de embalagem tituições.
IV - a(s) quantidade(s) da(s) amostra(s) a ser (em) cole- utilizadas devem ser identificados com a indicação da droga vegetal Parágrafo único. Produtos diferentes não devem ser emba-
tadas(s); ou material processado e o número do lote. lados próximos uns dos outros, a menos que haja separação física ou
V - instruções para qualquer subdivisão necessária da amos- § 1º A indicação a que se refere o "caput" deste artigo deve um sistema alternativo que forneça garantia equivalente.
tra; mencionar a etapa de produção. Art. 216. Antes de se iniciar as operações de embalagem,
VI - o tipo de recipiente a ser utilizado no acondicionamento § 2º Deve ser registrado também o nome do produto pro- devem ser tomadas medidas para assegurar que a área de trabalho, as
das amostras; e cessado anteriormente, quando couber. linhas de embalagem, as máquinas de impressão e outros equipa-
VII - a rotulagem. Art. 197. O acesso às instalações de produção deve ser res- mentos estejam limpos e livres de quaisquer produtos, materiais ou
Art. 181. Deve haver um procedimento operacional padrão trito ao pessoal autorizado. documentos usados anteriormente e que não sejam necessários para a
descrevendo os detalhes do sistema de numeração dos lotes, com o Art. 198. Os produtos não farmacêuticos não devem ser
objetivo de assegurar que cada lote de produto intermediário, a granel produzidos em áreas ou equipamentos destinados à produção de Pro- operação corrente.
ou terminado seja identificado. dutos Tradicionais Fitoterápicos. Parágrafo único. A liberação da linha deve ser realizada de
Art. 182. Os procedimentos operacionais padrão relativos à Art. 199. Os controles em processo serão, na maioria das acordo com procedimentos e lista de verificação, devendo ser re-
numeração de lotes que forem aplicados às etapas de embalagem vezes, realizados na área de produção, e não devem representar qual- gistrada tal verificação.
devem estar relacionados uns aos outros. quer risco à qualidade do produto, com a finalidade de minimizar os Art. 217. O nome e o número de lote do produto em pro-
Art. 183. O procedimento operacional padrão para nume- riscos de contaminação cruzada ou mistura. cesso deve ser exibido em cada etapa de embalagem ou na linha de
ração de lotes deve assegurar que os mesmos números de lotes não Art. 200. Quando forem usados materiais e produtos em pó embalagem.
sejam usados de forma repetida, o que também se aplica ao re- na produção, devem ser tomadas precauções especiais para evitar a Art. 218. As etapas de envase e de fechamento devem ser
processamento. geração e disseminação de pós. imediatamente seguidas pela etapa de rotulagem.
Art. 184. A atribuição de um número de lote deve ser ime- Parágrafo único. Na hipótese do "caput" deste artigo, devem Parágrafo único. Na impossibilidade de rotulagem imediata,
diatamente registrada. ser tomadas providências para o controle apropriado do ar.
devem ser aplicados procedimentos apropriados para assegurar que
§ 1º O registro a que se refere o "caput" deste artigo deve Art. 201. A contaminação de uma matéria-prima ou de um
determinado produto por outro material ou produto deve ser evi- não ocorram misturas ou erros de rotulagem.
incluir a data em que o referido número foi atribuído, a identificação Art. 219. Deve ser verificado e registrado o correto de-
do produto e o tamanho do lote. tada.
Art. 202. A contaminação cruzada deve ser evitada através sempenho das operações de impressão feitas separadamente ou no
§ 2º Deve haver procedimentos escritos relativos aos ensaios decorrer do processo de embalagem.
de controle realizados nos materiais e nos produtos, nas diferentes de técnicas apropriadas ou de medidas organizacionais, tais como:
I - produção em campanha (separação por tempo), seguida Parágrafo único. Deve ser dada maior atenção às impressões
etapas de fabricação, descrevendo os métodos e os equipamentos a
por limpeza apropriada de acordo com um procedimento validado de manuais, as quais devem ser conferidas em intervalos regulares.
serem utilizados, incluindo o registro dos ensaios realizados. limpeza;
Art. 185. Os registros de análises devem incluir, no mínimo, Art. 220. A fim de se evitar mistura/troca deve ser tomado
II - suprimento de ar e sistemas de exaustão; cuidado especial quando forem utilizados rótulos avulsos ou quando
os seguintes dados: III - redução do risco de contaminação causado pela re-
I - o nome do material ou produto e, quando aplicável, a forem feitas grandes quantidades de impressão fora da linha de em-
circulação ou reentrada de ar não tratado ou tratado de forma in- balagem, bem como quando forem adotadas operações de embalagem
forma farmacêutica; suficiente;
II - o número do lote e, quando apropriado, o fabricante e/ manual.
IV - uso de vestimentas de proteção onde os produtos ou
ou fornecedor; materiais são manipulados; § 1º A verificação na linha de todos os rótulos por meios
III - referências às especificações relevantes e procedimentos V - utilização de procedimentos validados de limpeza e de eletrônicos pode ser útil para evitar misturas, mas devem ser feitas
de testes; descontaminação; e verificações para garantir que quaisquer leitores eletrônicos de có-
IV - os resultados dos ensaios, incluindo observações e cál- VI - utilização de rótulos indicando o estado de limpeza nos digos, contadores de rótulos ou aparelhos similares estejam funcio-
culos, bem como referência a quaisquer especificações (limites); equipamentos. nando corretamente.
V- data(s) e número(s) de referência do ensaio; Art. 203. Deve ser verificada periodicamente a eficácia das § 2º Quando os rótulos são afixados manualmente, devem
VI - a identificação das pessoas que tenham realizado os medidas adotadas para prevenir a contaminação cruzada, em con- ser realizados controles em processo com mais frequência.
ensaios; formidade com procedimentos operacionais padrão. Art. 221. As informações impressas e gravadas em relevo
VII - a identificação das pessoas que tenham conferido os Art. 204. Antes que qualquer operação de produção seja nos materiais de embalagem devem ser nítidas e resistentes ao des-
ensaios e os cálculos; e iniciada, devem ser adotadas as providências necessárias para que as gaste e adulteração.
VIII - a declaração de aprovação ou reprovação (ou outra áreas de trabalho e os equipamentos estejam limpos e livres de qual-
quer matéria-prima, produtos, resíduos de produtos, rótulos ou do- Art. 222. A inspeção em linha do produto durante a em-
decisão), datada e assinada pela pessoa responsável.
cumentos que não sejam necessários para a nova operação a ser balagem deve incluir regularmente, no mínimo, as seguintes veri-
Art. 186. Devem estar disponíveis procedimentos escritos
quanto à aprovação ou reprovação de materiais e produtos e, par- iniciada. ficações:
ticularmente, quanto à liberação para venda do produto acabado atra- Art. 205. Todos os controles em processo e controles am- I - aspecto geral das embalagens;
vés da pessoa autorizada. bientais devem ser realizados e registrados. II - se as embalagens estão completas;
Art. 187. Devem ser mantidos registros da distribuição de Art. 206. Devem ser instituídos meios para indicar falhas nos III - se estão sendo utilizados os produtos / e os materiais de
cada lote de um produto de forma a facilitar o recolhimento do lote, equipamentos ou utilidades. embalagem corretos; e
se necessário. Parágrafo único. Os equipamentos com defeito devem ser IV - se as impressões realizadas estão corretas.
Art. 188. Devem ser mantidos registros para equipamentos retirados de uso até que sejam consertados. Art. 223. As amostras coletadas na linha de embalagem não
principais e críticos, tais como de qualquer qualificação, calibração, Art. 207. Após o uso, os equipamentos de produção devem devem ser devolvidas.
manutenção, limpeza ou reparos, incluindo data e identificação das ser limpos dentro do prazo determinado, de acordo com procedi-
Art. 224. Os produtos envolvidos em quaisquer ocorrências
pessoas que realizaram essas operações. mentos detalhados.
Parágrafo único. Os equipamentos limpos devem ser arma- durante o procedimento de embalagem, somente devem ser rein-
Art. 189. O registro do uso dos equipamentos, assim como troduzidos após serem submetidos à inspeção, investigação e apro-
zenados em local limpo e seco, em uma área separada de forma a
das áreas onde os produtos estiverem sendo processados, deve ser evitar contaminação. vação por pessoa designada, devendo ser mantido registro detalhado
feito em ordem cronológica. Art. 208. Devem ser definidos os limites de tempo em que o dessa operação.
Art. 190. Deve haver procedimentos escritos atribuindo res- equipamento pode permanecer sujo antes de ser realizado o pro- Art. 225. Qualquer discrepância, observada durante a re-
ponsabilidade pela limpeza e pela sanitização, e descrevendo em cedimento de limpeza e após a limpeza antes de novo uso, baseados conciliação da quantidade do produto a granel, dos materiais de
detalhes a frequência, os métodos, os equipamentos e os materiais de em dados de validação. embalagem impressos e o número de unidades embaladas, deve ser
limpeza a serem usados, bem como as instalações e os equipamentos Art. 209. Os recipientes utilizados no envase devem ser investigada e justificada satisfatoriamente antes de ser liberado o lote
a serem limpos. limpos antes da operação.
CAPÍTULO XIV do produto.
Art. 210. Qualquer desvio significativo do rendimento es- Art. 226. Após a conclusão de cada operação, todos os ma-
BOAS PRÁTICAS DE PRODUÇÃO perado deve ser investigado e registrado.
Art. 191. As operações de produção devem seguir proce- teriais de embalagem codificados com o número de lote que não
Art. 211. Deve ser assegurado que o transporte de produtos
dimentos operacionais padrão claramente definidos e aprovados, em de uma área para outra seja realizado de forma adequada. forem utilizados devem ser destruídos, devendo o processo de des-
conformidade com a notificação ou registro dos Produtos Tradicionais Art. 212. As tubulações utilizadas no transporte de água truição ser registrado.
Fitoterápicos junto ao órgão sanitário competente, com o objetivo de devem ser limpas e sanitizadas, segundo procedimentos escritos que Parágrafo único. Para que os materiais impressos não co-
obter produtos que estejam dentro dos padrões de qualidade exi- determinem os limites da contaminação microbiana e as medidas a dificados sejam devolvidos ao estoque, devem ser seguidos proce-
gidos. serem adotadas. dimentos escritos.

Este documento pode ser verificado no endereço eletrônico http://www.in.gov.br/autenticidade.html, Documento assinado digitalmente conforme MP n o- 2.200-2 de 24/08/2001, que institui a
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CAPÍTULO XV Art. 237. A amostragem deve ser realizada de forma a evitar § 2º Deve haver registro da investigação, o qual deve conter
CONTROLE DE QUALIDADE a ocorrência de contaminação ou outros efeitos adversos sobre a a conclusão a que se chegou e as ações de acompanhamento ne-
Art. 227. O controle de qualidade é responsável pelas ati- qualidade do produto amostrado. cessárias.
vidades referentes a: Parágrafo único. Os recipientes amostrados devem ser iden- Art. 255. As amostras retidas de cada lote de produto aca-
I - a amostragem; tificados e cuidadosamente fechados após a amostragem. bado devem ser mantidas por, pelo menos, 12 (doze) meses após a
II - as especificações; Art. 238. Durante a amostragem deve-se evitar contamina- data de vencimento do seu prazo de validade, devendo ser mantidas
III - aos ensaios; e ções ou misturas do material que está sendo amostrado. em suas embalagens finais e armazenadas sob as condições reco-
IV - a organização, documentação e procedimentos de li- Parágrafo único Todos os equipamentos utilizados no pro- mendadas.
beração. cesso de amostragem que entrarem em contato com os materiais Parágrafo único. As quantidades de amostras retidas devem
Parágrafo único. As atividades do controle de qualidade pos- devem estar limpos. ser suficientes para possibilitar que sejam realizadas, pelo menos,
suem a finalidade de garantir que os ensaios necessários e essenciais Art. 239. Os equipamentos utilizados na amostragem devem duas reanálises completas.
sejam executados e que os materiais/ Produtos Tradicionais Fito- estar limpos antes e após cada uso e guardados separadamente dos Seção III
terápicos não sejam liberados para uso ou venda até que sua qua- demais equipamentos laboratoriais.
Art. 240. Cada recipiente contendo amostra deve ser iden- Estudos de estabilidade
lidade tenha sido julgada satisfatória. Art. 256. Os Produtos Tradicionais Fitoterápicos devem
Art. 228. O controle de qualidade, além das operações la- tificado e conter as seguintes informações:
I - o nome do material amostrado; apresentar estudos que garantam a estabilidade do produto no prazo
boratoriais, deve participar e ser envolvido em todas as decisões que de validade proposto.
possam estar relacionadas à qualidade do produto. II - o número do lote;
III - o número do recipiente amostrado; § 1º As preparações extemporâneas terão prazo de validade
Seção I de até um ano, estando isentas de testes de estabilidade.
Disposições Gerais IV - o número da amostra;
V - a assinatura da pessoa que coletou a amostra; e § 2º Poderá ser aceito um prazo de validade maior que um
Art. 229. A independência do controle de qualidade em re- ano para as preparações extemporâneas, caso o fabricante apresente
lação à produção é considerada fundamental. VI - a data da amostragem.
Art. 241. Os resultados fora de especificação obtidos durante resultados de ensaios de estabilidade que garantam a manutenção das
Art. 230. Todo fabricante deve possuir um setor de controle características do produto acabado no período proposto.
de qualidade independente de outros setores e sob a responsabilidade os testes de materiais ou produtos devem ser investigados de acordo
com um procedimento aprovado. Art. 257. O controle de qualidade deve avaliar ainda, quando
de pessoa com qualificação e experiência apropriada. necessário, a estabilidade das matérias-primas, dos produtos inter-
Parágrafo único. Devem estar disponíveis recursos adequa- Parágrafo único. As investigações devem ser concluídas e as
medidas corretivas adotadas, mantendo-se os registros. mediários e a granel.
dos para garantir que todas as providências de controle de qualidade Art. 242. Antes que as matérias-primas e os materiais de
sejam realizadas com eficácia e confiabilidade. Art. 258. O desenvolvimento e implementação de um pro-
embalagem sejam liberados para uso, o responsável pelo controle de grama escrito de estudo de estabilidade, deve incluir os seguintes
Art. 231. São exigências básicas para o controle de qua- qualidade deve garantir que os mesmos sejam testados quanto à
lidade: elementos:
conformidade com as especificações de identificação, pureza e outros I - descrição completa da matéria-prima vegetal envolvida no
I - instalações adequadas, pessoal treinado e procedimentos parâmetros de qualidade.
aprovados devem estar disponíveis para amostragem, inspeção e tes- estudo;
Parágrafo único. Devem ser realizados ensaios de identi- II - todos os parâmetros dos métodos e dos ensaios, que
tes de matérias-primas, materiais de embalagem e produtos inter- ficação nas amostras retiradas de cada recipiente de matéria-prima.
mediários, a granel e terminados. Quando necessário, devem existir devem descrever os procedimentos dos ensaios de pureza e as ca-
Art. 243. É permitido amostrar somente uma parte dos vo- racterísticas físicas, bem como as evidências documentadas de que os
procedimentos aprovados para o monitoramento ambiental; lumes quando um procedimento validado tenha sido estabelecido para
II - amostras de matérias-primas, materiais de embalagem, ensaios realizados são indicadores da estabilidade do produto;
garantir que nenhum volume de matéria-prima tenha sido incorre- III - previsão quanto à inclusão de um número suficiente de
produtos intermediários, a granel e terminados devem ser coletados tamente rotulado.
de acordo com procedimentos e métodos aprovados e por pessoal Art. 244. A validação deve levar em consideração, no mí- lotes;
qualificado do setor de controle de qualidade; nimo, os seguintes aspectos: IV - cronograma de ensaio para cada Produto Tradicional
III - devem ser realizadas as qualificações e validações ne- I - a natureza e a classificação do fabricante e do fornecedor Fitoterápico;
cessárias; e o seu grau de conformidade com os requisitos de Boas Práticas de V - instruções sobre condições especiais de armazenamen-
IV - devem ser feitos registros (manuais ou por meio ele- Fabricação; to;
trônico) demonstrando que todos os procedimentos de amostragem, II - o sistema de garantia de qualidade do fabricante da VI - instruções quanto à retenção adequada de amostras; e
inspeção e testes foram de fato realizados e que quaisquer desvios matéria-prima; VII - um resumo de todos os dados obtidos, incluindo a
foram devidamente registrados e investigados; III - as condições sob as quais as matérias-primas são pro- avaliação e as conclusões do estudo.
V - o produto acabado deve possuir a composição qualitativa duzidas e controladas; e Parágrafo único. A estabilidade do Produto Tradicional Fi-
e/ou quantitativa de acordo com o descrito na notificação ou registro IV - a natureza da matéria-prima que será utilizada. toterápico deve ser informada em sua embalagem final, antes da
e deve estar em recipiente apropriado e devidamente rotulado; Art. 245. Com o sistema de Garantia de Qualidade é possível comercialização e os estudos devem ser repetidos após quaisquer
VI - devem ser registrados os resultados de inspeção e testes que um procedimento validado, com vistas à isenção do teste de mudanças significativas nos processos de produção, equipamentos,
realizados nos materiais e produtos intermediários, a granel e ter- identificação em todos os recipientes de matérias-primas, possa ser materiais de embalagem, etc.
minados; aceito nos seguintes casos: TÍTULO III
VII - a avaliação do produto acabado deve incluir revisão e I - matérias-primas oriundas de monocultura; ou DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
análise da documentação relevante da produção, assim como uma II - matérias-primas adquiridas diretamente do fabricante, Art. 259. O descumprimento das disposições contidas nesta
avaliação dos desvios dos procedimentos específicos; para o qual haja um histórico confiável e sejam realizadas auditorias Resolução constitui infração sanitária, nos termos da Lei 6437, de 20
VIII - nenhum lote de produto deve ser liberado para venda regulares no sistema de Garantia de Qualidade. de agosto e 1977, sem prejuízo das responsabilidades civil, admi-
ou distribuição antes da certificação por pessoa(s) autorizada(s), de Art. 246. O procedimento previsto no art. 245 não se aplica nistrativa e penal cabíveis.
que esteja em consonância com as especificações constantes da no- para aos casos de matérias-primas fornecidas por intermediários, tais Art. 260. Os estabelecimentos abrangidos por esta Resolução
tificação de droga vegetal; e como importadores, distribuidores ou fracionadores. terão o prazo de 01 (um) ano contados a partir da data de sua
IX - devem ser retidas amostras suficientes de matérias- Art. 247. A qualidade de um lote de matéria-prima deve ser publicação para promover as adequações referentes às validações de
primas e Produtos Tradicionais Fitoterápicos para permitir uma aná- avaliada através de testes em amostras representativas. limpeza, processo e métodos analíticos.
lise futura do produto, se necessário; o produto retido deve ser man- § 1º As amostras retiradas para o teste de identificação po- Art. 261. Fica concedido o prazo de um ano para elaboração
tido em sua embalagem final. dem ser utilizadas para a avaliação a que se refere o "caput" deste
artigo. de todos os protocolos e outros documentos necessários para a va-
Art. 232. São atribuições adicionais do controle de qua- lidação dos sistemas computadorizados que já se encontrem insta-
lidade: § 2º O número de amostras retiradas para o preparo de uma
amostra representativa deve ser determinado estatisticamente e es- lados, devendo a conclusão dos estudos de validação ocorrer no prazo
I - estabelecer, validar e implementar todos os procedimentos máximo de 3 (três) anos a partir da data de publicação dessa Re-
de controle de qualidade; pecificado em um plano de amostragem.
§ 3º O número de amostras individuais que podem ser mis- solução.
II - avaliar, manter e armazenar os padrões de referência; Parágrafo único. Para os sistemas adquiridos a partir da data
III - garantir a rotulagem correta dos recipientes de materiais turadas para formar uma amostra composta também deve ser definido
levando em consideração a natureza do material, o conhecimento do de publicação desta Resolução, a validação deverá ser realizada antes
e produtos; do seu uso na rotina em que é aplicado.
IV - determinar a estabilidade do produto acabado, quando fornecedor e a homogeneidade da composição da amostra.
Art. 248. Cada lote de material de embalagem impresso deve Art. 262. Esta Resolução de Diretoria Colegiada entra em
couber; e vigor na data de sua publicação.
V - participar da investigação de reclamações relativas à ser examinado no ato do recebimento.
qualidade do produto e do monitoramento ambiental. Art. 249. O fabricante pode aceitar o certificado de análise
emitido pelo fornecedor, desde que a sua confiabilidade seja es- DIRCEU BRÁS APARECIDO BARBANO
Parágrafo único. Todas as operações realizadas pelo controle
de qualidade devem estar em consonância com procedimentos es- tabelecida através da validação periódica dos resultados apresentados
critos e registrados.
e através de auditorias às suas instalações o que não exclui a ne- INSTRUÇÃO NORMATIVA - IN N o- 2, DE 14 DE MARÇO DE 2013
cessidade da realização do teste de identidade.
Art. 233. A avaliação de Produtos Tradicionais Fitoterápicos Art. 250. Os certificados emitidos pelo fornecedor devem ser
deve abranger todos os fatores relevantes, incluindo: Determina a publicação da "Lista de fár-
originais, ter sua autenticidade assegurada e devem conter as se- macos candidatos à bioisenção baseada no
I - as condições de produção; guintes informações:
II - os resultados de controle em processo; sistema de classificação biofarmacêutica
I - a identificação do fornecedor, com a assinatura do fun- (SCB)" e dá outras providências.
III - a documentação de fabricação, incluindo a embala- cionário responsável;
gem; II - o nome e o número de lote do material testado;
IV - o cumprimento das especificações para o produto aca- A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância
III - a descrição das especificações e dos métodos utilizados; Sanitária, no uso da atribuição que lhe confere o inciso IV do art. 11
bado; e e
V - a análise da embalagem final. do Regulamento aprovado pelo Decreto nº 3.029, de 16 de abril de
IV - a descrição dos resultados dos ensaios e a data em que 1999, e tendo em vista o disposto no inciso II e nos §§ 1º e 3º do art.
Art. 234. O pessoal do controle de qualidade deve ter acesso tenham sido realizados.
às áreas de produção para amostragem e investigação, caso neces- 54 do Regimento Interno aprovado nos termos do Anexo I da Portaria
Art. 251. Devem ser mantidos registros de controle em pro- nº 354 da ANVISA, de 11 de agosto de 2006, republicada no DOU de
sário. cesso, os quais devem fazer parte do registro dos lotes.
Seção II Art. 252. Antes de serem liberados os lotes do produto aca- 21 de agosto de 2006, em reunião realizada em 5 de março de 2013,
Controle de qualidade de matérias-primas e produtos inter- bado deve ser assegurada sua conformidade com as especificações e
mediários, granel e terminados estabelecidas. considerando as disposições contidas na Resolução RDC nº
Art. 235. Todos os ensaios devem seguir as instruções es- Art. 253. O produto acabado que não atender às especi- 37, de 03 de Agosto de 2011, que trata da isenção e substituição de
tabelecidas pelos procedimentos escritos e aprovadas para cada ma- ficações estabelecidas, deve ser reprovado. estudos de biodisponibilidade relativa/bioequivalência, adota a se-
terial ou Produto Tradicional Fitoterápico. Art. 254. Os registros de produção e de controle devem ser guinte Instrução Normativa e eu, Diretor-Presidente, determino a sua
Parágrafo único. O resultado deve ser verificado pelo con- revisados e se determinado lote não atender às especificações ou publicação:
trole de qualidade antes que os materiais ou produtos sejam liberados apresentar qualquer divergência deve ser investigado. Art. 1º Fica aprovada a lista de fármacos candidatos à bioi-
ou reprovados. § 1º Se necessário, a investigação a que se refere o "caput" senção baseada no sistema de classificação biofarmacêutica (SCB),
Art. 236. As amostras devem ser representativas do lote do deste artigo deve ser estendida aos demais lotes do mesmo produto ou nos termos do art. 7º da Resolução - RDC 37 de 2011, que dispõe
material do qual foram retiradas, segundo procedimentos escritos e de outros produtos que possam ter vinculação com o desvio de- sobre o Guia para isenção e substituição de estudos de biodispo-
aprovados. tectado. nibilidade relativa/bioequivalência.

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pelo código 00012013031500056 Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.

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