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Escalas

BLUES – Usada em Acordes Maiores, Menores e até Dominantes

DIMINUTA – Usada em Acordes de Passagem, de ligação ou Até em Acordes Dominantes


Ex: C Dm (G7 - dominante)

Usar a Escala de Fº em cima desse acorde dominante ( G7 )

PENTATÔNICA (PENTAS) Maior e Menor


só 5 notas -

ALTERADA

MENOR HARMÔNICA

2 5 1 SIMÉTRICO

Escala simétrica: ela soa da mesma forma de onde começa, pensando nos núcleos da mesma
distância. Isso acontece com os acordes diminutos.

Dó Mib Fá# Lá

C Eb F# A

I II V7 I
(C) Dm7 G7 (desce um acorde meio tom e depois mais um meio tom e cai no C)

I II V7 I
(C) Dm7 G7 Ebmaj7

Notas simétricas ao Eb

Fm7 Bb7 Cmaj7

Gmaj7/Eb Fmaj7/Db Cmaj7/9 | Cm7 F7b9 Gmaj7


Progressões Harmônicas na MPB
Uma Progressão Harmônica é uma sequência de acordes utilizada para o
acompanhamento de uma determinada melodia. No estudo das Progressões
Harmônicas, os acordes são identificados pelo grau da escala a que pertencem.

A meta de qualquer progressão de acordes é o acorde I (Tônica), seja na tonalidade maior


ou menor.

Funções Harmônicas:

Tônica (Graus I, III e VI) – onde normalmente a música inicia e termina, são acordes onde
sentimos o repouso.

Subdominante (Graus II e IV) – esses são graus de passagem, normalmente a música


passa por eles.

Dominante (Graus V e VII) – são graus próximos da conclusão, ou seja, eles pedem uma
conclusão na tônica.

Progressões Harmônicas:

A forma mais marcante de chegar à Tônica (acorde I) é através da dominante (V ->


I) ou (VII -> I).

Exemplo: Início de “Acreditar” (D. Ivone Lara), em Dó Maior:

C G7 C
I -> V7 -> I
Acreditar, eu não ...

A forma mais marcante de se aproximar de um grau V é uma progressão a partir do grau


II, assim é comum a sequência:
(II -> V -> I)

Exemplo: Na segunda frase de “A Flor e o Espinho” (Nelson Cavaquinho), em Dó Menor:

Dm7(b5) G7(b13) Cm7


IIm7(b5) -> V7(b13) -> Im7
... Que eu quero passar com a minha dor

Outras progressões comuns:

I -> VI -> II -> V -> I


I -> II -> VII -> I
I -> V -> I -> IV -> I
III -> VI -> II -> V -> I
III -> VI -> IV -> VII -> I
VII -> III -> VI -> II -> V -> I
VII -> III -> VI -> IV -> VII -> I

As possibilidades de progressões são muitas, mas é importante lembrar:

1) Os acordes devem estar no campo harmônico da tonalidade, embora algumas vezes


entrem acordes de empréstimo das escalas próximas.

2) Muitas vezes os acordes são precedidos de dominantes secundários, então é comum


encontrarmos entre os acordes da escala, dominantes secundários do tipo V7.

Acorde de empréstimo modal


Como o próprio nome diz, Acorde de Empréstimo Modal (AEM) é um acorde emprestado
de outro modo. Esse modo pode ser um modo grego ou o modo homônimo.

Na maior parte das vezes, os AEM são provenientes do modo homônimo. Por esse motivo, muitos
autores classificam AEM como somente empréstimo do modo homônimo. Nossa definição
aqui, porém, vai ser mais abrangente que isso.

Antes de continuarmos, vamos citar um exemplo de acorde de empréstimo modal: digamos que
uma música está na tonalidade de Dó maior. Se, em algum instante da música, aparecer o acorde
Eb7M, nós rapidamente identificamos que ele não faz parte do campo harmônico de Dó maior e
sim do campo harmônico de Dó menor.

Como Dó menor é o homônimo de Dó maior, concluímos que Eb7M é um AEM do modo


homônimo. Os acordes de empréstimo modal são acordes passageiros; eles surgem na música de
repente e, logo em seguida, a música já retoma a sua harmonia tonal novamente. É raro aparecer
um AEM acompanhado de uma cadência, pois, nesse caso, estaríamos caracterizando
uma modulação.

Repare na diferença: as modulações são pequenas transições de tonalidade. Os acordes de


empréstimo modal não constituem uma mudança de tonalidade, eles são apenas acordes
emprestados e passageiros. Entendido essa diferença, podemos prosseguir.

Opções de acordes de empréstimo modal

Considerando todos os modos, existem muitas opções de AEM para se utilizar nas músicas.
Observe abaixo os acordes dos campos harmônicos de todos os modos disponíveis para o tom Dó:
Do ponto de vista de notas de extensão, é muito comum substituir, no modo homônimo, os graus
Im7 e IVm7 por Im6 e IVm6, respectivamente, devido à sonoridade agradável produzida.

É preciso ter atenção também com o acorde Vm7, pois, em alguns casos, ele não é AEM e
sim segundo cadencial, proporcionando uma modulação para o quarto grau. Exemplo: Gm7 – C7
– F.

Muito bem, você já deve ter percebido que são muitos detalhes, então você precisa trabalhar em
cada um deles com calma.

Agora que o conceito de empréstimo modal já está bem sólido, vamos treinar um pouco
a improvisação em cima desses acordes. Depois, vamos analisar algumas músicas que contém
AEM para você acreditar que isso realmente existe e é utilizado!

Como improvisar sobre acordes de empréstimo modal

Improvisar em cima dos AEM é simples, basta identificar de onde veio o empréstimo modal e
tocar a escala desse modo em cima do acorde. Na teoria é fácil, mas na prática você deve estar
imaginando que é difícil, pois precisamos identificar com muita velocidade qual foi o modo
emprestado para saber qual tonalidade ou escala utilizar.

Realmente isso é verdade. Por isso que é útil saber quais são os AEM mais utilizados, pois assim
você pode decorar esses graus e saber automaticamente o que utilizar nessas situações. Tudo isso
vai ajudar a diminuir suas surpresas na hora do improviso e aumentar sua bagagem musical.
Quanto mais prática e experiência, mais rápido seu reflexo vai ficar.
Iremos mostrar exemplos desses conceitos todos em videoaulas muito em breve, inscreva-se em
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Vamos começar então trabalhando improvisação em cima de algumas bases do Guitar Pro. Todas
elas estão na tonalidade de Dó maior e contêm AEM:

1) | C7M | Fm7 Bb7 | C7M |

Arquivo: AEM1.gpro (é preciso ter o software Guitar Pro instalado para abrir o arquivo)

No Segundo compasso desse arquivo, podemos usar a escala de Cm, já que Fm7 e Bb7 pertencem
ao tom homônimo Cm. Outra opção seria utilizar os recursos que já estudamos para as cadências
de II – V, com toda aquela abordagem possível para o dominante, pois Fm7 – Bb7 é uma cadência
II-V com resolução deceptiva. Claro que o fato de ser resolução deceptiva requer cautela no
retorno do solo para a tonalidade original.

2) | C7M | Dm7 Db7M | C7M |

Arquivo: AEM2.gpro

Aqui nessa base temos, no final do segundo compasso, o acorde Db7M, que é um acorde
empresado do modo frígio. Em outras palavras, Db7M é um acorde que existe na tonalidade de
Ab maior (ele é IV grau de Ab), onde Dó é terceiro grau (IIIm7) de Ab. Então, podemos utilizar
nesse momento a escala de Ab, sua relativa Fm ou, é claro, Dó frígio. Ou ainda, Db lídio, já que
ele é IV grau de Ab. Tudo isso é, no fundo, a mesma coisa.

3) | C7M | Abmaj7 Db7| C7M |

Arquivo: AEM3.gpro

Na primeira metade do segundo compasso, podemos utilizar a escala de Cm, pois Abmaj7 é um
AEM do modo homônimo, IV grau de Cm. Na segunda metade, podemos utilizar Ab menor
melódica, que é a escala menor melódica uma quinta acima de Db7. Obs: Este acorde está atuando
como subV7 de G7.

4) | C7M Bb7 | Abmaj7 G7 | C7M |

Arquivo: AEM4.gpro

Aqui, no primeiro compasso, já aparece um AEM (do modo homônimo). Em cima dele podemos
utilizar a escala de Cm ou Si bemol mixolídio, pois Bb7 é o quinto grau de Eb (relativa de Cm).
Podemos continuar em cima da escala de Cm no segundo compasso devido ao Abmaj7 (que
também pertence ao campo de Cm) e, quando vier o acorde G7, podemos tocar a escala de
Dó menor harmônica, como se ainda fossemos continuar no modo de Dó menor. Essa é uma ideia
bem interessante para essa progressão.

5) | C7M | Fmaj7 Fm6 | C7M |


Arquivo: AEM5.gpro

No segundo compasso dessa progressão, em cima do Fm6 (IVm6), que é um AEM do modo
homônimo, podemos utilizar a escala de Fá menor melódica. Se você quiser entender o porquê
disso, leia o artigo “Quarto grau menor (IVm6)”.

Além de toda essa abordagem que mostramos, os acordes de empréstimo modal podem também
ser precedidos por um dominante.

Por exemplo, nos exercícios anteriores, Ab7M poderia ser antecedido por Eb7 em alguma
progressão. Nesse caso, Eb7 não seria um acorde de empréstimo modal, e sim um dominante
auxiliar. Agora, cuidado ao querer acrescentar também o segundo cadencial nessa progressão,
para tentar formar um II – V – I, pois com essa estrutura já estamos partindo para o lado da
modulação e saindo do mundo do empréstimo modal.

Não se esqueça do que falamos lá no início: AEM são acordes que aparecem como intrusos, eles
não tem o objetivo de mudar a tonalidade da música, apenas aparecem como efeito surpresa para
marcar alguma peculiaridade na melodia.

Veja abaixo alguns exemplos de músicas que utilizam AEM:

 Meu Erro (Herbert Vianna): tonalidade lá maior. AEM = Dm.

Nessa música em lá maior, temos claramente um único acorde que não faz parte do campo
harmônico de Lá: o acorde Dm. Na tonalidade de Lá maior, Ré é o IV grau maior, não menor
(IVm). O acorde Dm está presente na tonalidade de Lá menor, portanto Dm é um AEM do modo
homônimo.

 Nos bailes da vida (Milton Nascimento): tonalidade ré maior. AEM = C.

Nessa música em ré maior, o acorde de Dó deveria ser C#m7(b5) (VIIm7b5). Porém, aparece Dó
maior na música, atuando como um AEM do modo homônimo, pois ele existe na tonalidade de
Ré menor (é o sétimo grau rebaixado bVII). Essa música ainda apresenta outras características
interessantes, como cadências II – V – I para a tônica e primeiro grau com notas de passagem.
Esta última característica aparece no acorde D4 (onde a quarta é uma nota evitada. O acorde D4
aparece logo antes do acorde D, enfatizando que essa quarta é apenas uma nota de passagem).

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