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ALTERADA
MENOR HARMÔNICA
2 5 1 SIMÉTRICO
Escala simétrica: ela soa da mesma forma de onde começa, pensando nos núcleos da mesma
distância. Isso acontece com os acordes diminutos.
Dó Mib Fá# Lá
C Eb F# A
I II V7 I
(C) Dm7 G7 (desce um acorde meio tom e depois mais um meio tom e cai no C)
I II V7 I
(C) Dm7 G7 Ebmaj7
Notas simétricas ao Eb
Funções Harmônicas:
Tônica (Graus I, III e VI) – onde normalmente a música inicia e termina, são acordes onde
sentimos o repouso.
Dominante (Graus V e VII) – são graus próximos da conclusão, ou seja, eles pedem uma
conclusão na tônica.
Progressões Harmônicas:
C G7 C
I -> V7 -> I
Acreditar, eu não ...
Na maior parte das vezes, os AEM são provenientes do modo homônimo. Por esse motivo, muitos
autores classificam AEM como somente empréstimo do modo homônimo. Nossa definição
aqui, porém, vai ser mais abrangente que isso.
Antes de continuarmos, vamos citar um exemplo de acorde de empréstimo modal: digamos que
uma música está na tonalidade de Dó maior. Se, em algum instante da música, aparecer o acorde
Eb7M, nós rapidamente identificamos que ele não faz parte do campo harmônico de Dó maior e
sim do campo harmônico de Dó menor.
Considerando todos os modos, existem muitas opções de AEM para se utilizar nas músicas.
Observe abaixo os acordes dos campos harmônicos de todos os modos disponíveis para o tom Dó:
Do ponto de vista de notas de extensão, é muito comum substituir, no modo homônimo, os graus
Im7 e IVm7 por Im6 e IVm6, respectivamente, devido à sonoridade agradável produzida.
É preciso ter atenção também com o acorde Vm7, pois, em alguns casos, ele não é AEM e
sim segundo cadencial, proporcionando uma modulação para o quarto grau. Exemplo: Gm7 – C7
– F.
Muito bem, você já deve ter percebido que são muitos detalhes, então você precisa trabalhar em
cada um deles com calma.
Agora que o conceito de empréstimo modal já está bem sólido, vamos treinar um pouco
a improvisação em cima desses acordes. Depois, vamos analisar algumas músicas que contém
AEM para você acreditar que isso realmente existe e é utilizado!
Improvisar em cima dos AEM é simples, basta identificar de onde veio o empréstimo modal e
tocar a escala desse modo em cima do acorde. Na teoria é fácil, mas na prática você deve estar
imaginando que é difícil, pois precisamos identificar com muita velocidade qual foi o modo
emprestado para saber qual tonalidade ou escala utilizar.
Realmente isso é verdade. Por isso que é útil saber quais são os AEM mais utilizados, pois assim
você pode decorar esses graus e saber automaticamente o que utilizar nessas situações. Tudo isso
vai ajudar a diminuir suas surpresas na hora do improviso e aumentar sua bagagem musical.
Quanto mais prática e experiência, mais rápido seu reflexo vai ficar.
Iremos mostrar exemplos desses conceitos todos em videoaulas muito em breve, inscreva-se em
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Vamos começar então trabalhando improvisação em cima de algumas bases do Guitar Pro. Todas
elas estão na tonalidade de Dó maior e contêm AEM:
Arquivo: AEM1.gpro (é preciso ter o software Guitar Pro instalado para abrir o arquivo)
No Segundo compasso desse arquivo, podemos usar a escala de Cm, já que Fm7 e Bb7 pertencem
ao tom homônimo Cm. Outra opção seria utilizar os recursos que já estudamos para as cadências
de II – V, com toda aquela abordagem possível para o dominante, pois Fm7 – Bb7 é uma cadência
II-V com resolução deceptiva. Claro que o fato de ser resolução deceptiva requer cautela no
retorno do solo para a tonalidade original.
Arquivo: AEM2.gpro
Aqui nessa base temos, no final do segundo compasso, o acorde Db7M, que é um acorde
empresado do modo frígio. Em outras palavras, Db7M é um acorde que existe na tonalidade de
Ab maior (ele é IV grau de Ab), onde Dó é terceiro grau (IIIm7) de Ab. Então, podemos utilizar
nesse momento a escala de Ab, sua relativa Fm ou, é claro, Dó frígio. Ou ainda, Db lídio, já que
ele é IV grau de Ab. Tudo isso é, no fundo, a mesma coisa.
Arquivo: AEM3.gpro
Na primeira metade do segundo compasso, podemos utilizar a escala de Cm, pois Abmaj7 é um
AEM do modo homônimo, IV grau de Cm. Na segunda metade, podemos utilizar Ab menor
melódica, que é a escala menor melódica uma quinta acima de Db7. Obs: Este acorde está atuando
como subV7 de G7.
Arquivo: AEM4.gpro
Aqui, no primeiro compasso, já aparece um AEM (do modo homônimo). Em cima dele podemos
utilizar a escala de Cm ou Si bemol mixolídio, pois Bb7 é o quinto grau de Eb (relativa de Cm).
Podemos continuar em cima da escala de Cm no segundo compasso devido ao Abmaj7 (que
também pertence ao campo de Cm) e, quando vier o acorde G7, podemos tocar a escala de
Dó menor harmônica, como se ainda fossemos continuar no modo de Dó menor. Essa é uma ideia
bem interessante para essa progressão.
No segundo compasso dessa progressão, em cima do Fm6 (IVm6), que é um AEM do modo
homônimo, podemos utilizar a escala de Fá menor melódica. Se você quiser entender o porquê
disso, leia o artigo “Quarto grau menor (IVm6)”.
Além de toda essa abordagem que mostramos, os acordes de empréstimo modal podem também
ser precedidos por um dominante.
Por exemplo, nos exercícios anteriores, Ab7M poderia ser antecedido por Eb7 em alguma
progressão. Nesse caso, Eb7 não seria um acorde de empréstimo modal, e sim um dominante
auxiliar. Agora, cuidado ao querer acrescentar também o segundo cadencial nessa progressão,
para tentar formar um II – V – I, pois com essa estrutura já estamos partindo para o lado da
modulação e saindo do mundo do empréstimo modal.
Não se esqueça do que falamos lá no início: AEM são acordes que aparecem como intrusos, eles
não tem o objetivo de mudar a tonalidade da música, apenas aparecem como efeito surpresa para
marcar alguma peculiaridade na melodia.
Nessa música em lá maior, temos claramente um único acorde que não faz parte do campo
harmônico de Lá: o acorde Dm. Na tonalidade de Lá maior, Ré é o IV grau maior, não menor
(IVm). O acorde Dm está presente na tonalidade de Lá menor, portanto Dm é um AEM do modo
homônimo.
Nessa música em ré maior, o acorde de Dó deveria ser C#m7(b5) (VIIm7b5). Porém, aparece Dó
maior na música, atuando como um AEM do modo homônimo, pois ele existe na tonalidade de
Ré menor (é o sétimo grau rebaixado bVII). Essa música ainda apresenta outras características
interessantes, como cadências II – V – I para a tônica e primeiro grau com notas de passagem.
Esta última característica aparece no acorde D4 (onde a quarta é uma nota evitada. O acorde D4
aparece logo antes do acorde D, enfatizando que essa quarta é apenas uma nota de passagem).