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LUANDA
2017
UNIVERSIDADE METODISTA DE ANGOLA
FACULDADE DE CIENCIAS ECONÓMICAS E EMPRESARIAIS
LICENCIATURA EM GESTÃO E ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS
LUANDA
2017
DEDICATÓRIA / AGRADECIMENTO
Dedico este trabalho de amplitude ciêntifica ao meu pai. Em memoria, mas estará sempre no
meu coração. Pai estamos juntos, desejo paz e que Deus te Tenha.
Agradeço primeiramente a Deus pela capacidade intelectual concedida e pela vida, agradeço de
seguida ao meu tutor professor Francisco Diogo que esteve sempre disponivel em me atender
mesmo quando muito ocupado; Foste um verdadeiro companheiro, instrutor e conselheiro.
Agradeço a Empresa que forneceu os dados, a minha mãe pela paciencia e noiva pela atenção
dispensada aquando da elaboração do trabalho.
Agradeço aos meus professores desde o primeiro ao último ano na Universidade Metodista de
Angola, Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais, aos meus colegas, as pessoas que
me viram nesta luta aquele abraço.
Finalmente agradeço a todos que directa ou indirectamente contribuiram para a conclusão deste
trabalho e que não foi possível menciona-los.
Conteúdo
LISTA DE TABELAS .................................................................................................................................... V
RESUMO ....................................................................................................................................................... VI
BIBLIOGRAFIA .......................................................................................................................................... 25
ANEXOS ....................................................................................................................................................... 26
LISTA DE TABELAS
GLOSSÁRIO
RESUMO
Apurar e corrigir os impostos em falta que não estão declarados na modelo 1 do imposto
industrial e nos documentos de liquidação de impostos do exercício em análise.
Abstract
This work has been developed in order to demonstrate the importance of tax control in scope
of the accounting results review and is focused on the four major subjects resumed below:
To provide the theoretical grounding for the tax audit and tax control;
To review all the transactions and their documental support and verify if the procedures
adopted are in compliance with the accounting standards;
To verify if the tax amount that has been reported in the Corporate Income Tax (“CIT”)
Return is correct;
To calculate the CIT amount due by the company in one particular period and rectify the
CIT Return submitted by this company.
This work development is based on three types of research: descriptive, bibliographical and
documentary. Based on the purposes described, the work structure comprises 5 chapters and
obeys the following structure: Chapter I – this chapter includes the introductory part of the
research and depicts the chapters organization, determination of the problem, importance of the
study, its purposes and possible solutions; Chapter II – this chapter describes the
methodological strategies applied in the research; the chosen population and samples, study
variables, techniques and instruments, types of research, delimitation of scope and ethical
considerations; Chapter III – in this chapter were developed the major concepts of the research,
theoretical grounding and characterization of the field of study; Chapter IV - this chapter depicts
the tools for the research, data collection and analysis; Chapter V - this last chapter of the
research contains the conclusions and the recommendations that were elaborated.
Following the detailed review provided in scope of this research we can conclude that the
financial statements under analysis comply with all the generally accepted accounting standards
and procedures and all the transactions are well recorded, the balance sheet and the income
statements are well completed and the information presented in the CIT Return correctly
represents the financial situation of the company. The CIT Return was delivered to the Tax
Office in a timely manner - on May 31, 2010, however, the company did not comply with its
tax obligations, which led us to determine and correct the missing taxes, tax penalties, interests
and additional penalties.
CAPÍTULO I – INTRODUÇÃO
Capítulo III; Elaborou-se neste capítulo os instrumentos de pesquisa, coleta e análise de dados.
1.1.Formulação do Problema
1.2 Objectivos
Apurar e corrigir os impostos em falta que não estão declarados na modelo 1 do imposto
industrial e na DLI do exercício em análise
H1: O controlo fiscal permite detectar irregularidades no cumprimento das obrigações aquando
do apuramento do imposto real devido;
H2: O controlo fiscal não permite detectar irregularidades no cumprimento das obrigações
aquando do apuramento do imposto real devido;
1.4 Limitação e delimitação
2.1 Metodologia
3.1.1. Tipo de pesquisa
O presente trabalho assenta-se no tipo de pesquisa qualitativa, com base ao estudo de caso
devido a sua especificidade e pelo facto de ser um tema que tem como foco perceber e esclarecer
o impacto da reforma tributária sobre o processo de apuramento do imposto industrial, no nosso
caso concreto na HABICONSTROI – Habitação e Construção, Lda.
Definição de Entrevista
Entrevista: é uma técnica de pesquisa que visa obter informaçãoes de interesse a uma
investigação, onde o pesquisador formula perguntas orientadas, com um objectivo definido,
frente a frente com o respondente e dentro de uma interação social.(GIL, António Carlos, 2006,
p.117)
A definição de análise documental, para Carmo e Ferreira (1998), é um processo que envolve
selecção, tratamento e interpretação da informação existente em documento (escrito, áudio ou
vídeo) com o objectivo de eduzir algum sentido.
Em relação à abordagem do problema, será utilizado o modelo de pesquisa analítico uma vez
que o estudo baseou-se na análise das demonstrações financeiras com particularidade ao
processamento do imposto industrial.
Variáveis: são características que são medidas, controladas ou manipuladas em uma pesquisa.
Diferem em muitos aspectos principalmente no papel que a elas e dado em uma pesquisa e na
forma como podem ser medidas. No entanto existem dois tipos de variáveis:
3.1.6. Confidencialidade
Garantiu-se, que fizeram o uso correcto das informações operacionais fornecidas pela empresa
HABICONSTROI – Habitação e Construção, Lda.
A caminhada para conclusão deste trabalho foi complexa. Foi necessária persistência para a
conclusão do mesmo, tanto mais é que teve necessidade de trocar a empresa por dificuldade de
conseção das Demonstrações Financeiras. E de todas as dificuldades, uma das principais, foi a
reunião do material de apoio para a revisão bibliográfica uma vez que pouco se encontra na
literatura angolana que disserte sobre o tema em estudo. Foi necessário receber ajudas de
amigos, colegas de trabalhos e profissionais na área de impostos que contribuíram,
positivamente, para o encontro do mesmo.
Segundo, foi a disponibilidade do autor, pois não foi fácil conciliar a vertente da actividade
laboral e o tempo para compilar o trabalho, tendo em conta o tráfego de trânsito que a cidade
de Luanda atravessa no final do dia.
Contudo, apesar das situações acima, pensamos ser este o produto final da nossa monografia.
3.2. Revisão da literatura
Imposto: é a prestação pecuniária, definitiva e unilateral, estabelecida por lei a favor de uma
pessoa colectiva de direito público, para a realização de fins públicos. (Fernando Gonçalves
Pag.11)
Imposto: é uma quantia paga obrigatoriamente por pessoas ou organizações ao governo, a partir
de uma base de cálculo e de um facto gerador. É uma forma de tributo. Tem como principal
finalidade financiar o Estado. O campo da economia que lida com a tributação é o das finanças
públicas. Os impostos podem ser pagos em moeda (dinheiro) ou mercadorias, embora o
pagamento em mercadorias nem sempre seja permitido, ou classificado como impostos em
todos os sistemas tributários.
Imposto Industrial: foi aprovado pelo diploma legislativo nº 35/72 e demais legislações
posteriores. Trata-se de um imposto directo que tributa o lucro obtido pelas pessoas colectivas
em cada ano económico, corrigido pelos efeitos fiscais.
Um local de escritório;
Uma sucursal;
Uma fábrica;
Uma oficina; etc.
O estado deve cumprir os seus objectivos de prestação de serviços á comunidade, nos mais
variados campos, tais como: Saúde, Educação, Assistência social, Administração pública,
Defesa e ordem interna, criação de infraestruturas que possibilitem o desenvolvimento
económico-social, etc. Necessita de igual modo de receitas que resultam dos impostos pagos
pelos contribuintes, segundo leis estabelecidas.
Impostos directos;
Impostos indirectos.
Imposto industrial;
Imposto sobre o rendimento de trabalho;
Imposto sobre sucessões e doações;
Sisa.
Impostos indirectos: aqueles que surgem com a ocorrência de certas despesas ou aquisições
de bens para consumo ou fruição. Neste caso destacamos:
Imposto de selo;
Imposto de consumo.
Imposto industrial;
Imposto predial urbano.
Impostos progressivos: nestes impostos, a taxa aumenta á medida que cresce a matéria
colectável. Assim, o imposto aumenta mais que proporcionalemete, face ao aumento da matéria
colectável. É o caso do:
Impostos regressivos: estes impostos são caracterizados pela diminuição da taxa do imposto
sempre que aumenta a matéria colectável. Em Angola, não existem este tipo de impostos.
Real ou objectiva: definição dos bens ou elementos do património que servem de base á
determinação do imposto a pagar.
Nesta sessão iremos abordar em síntese a incidência e a base legislativa dos impostos praticados
em Angola.
A incidência do IRT encontra-se expressa no capítulo I da legislação fiscal no seu artigo 1˚ nos
seus números 1 e 2 conforme abaixo;
O imposto sobre os rendimentos do trabalho incide sobre os rendimentos por conta própria ou
por conta de outrem, expressos em dinheiro ou em espécie de natureza contratual, periódicos
ou ocasionais, fixos ou variáveis, independentemente da sua proveniência, local, moeda, forma
estipulada para o seu cálculo e pagamento.
O imposto sobre a aplicação de capitais foi estabelecido pelo decreto legislativo Presidencial
n˚ 2/14, e a sua incidência encontra-se expressa no capítulo I da legislação fiscal nos seus artigo
1˚ e 2˚ conforme abaixo;
O imposto é devido pelos titulares dos respectivos rendimentos, sem prejuízo da sua exigência
a outras entidades nos casos previstos neste diploma. (Legislação Fiscal 1º Edição KPMG Pág
216).
Letras seladas;
Selo reconstrução nacional;
Selo de verba;
Selo a tinta de óleo. (Legislação Fiscal 1º Edição KPMG Pág 237).
O imposto predial urbano incide sobre os rendimentos dos prédios urbanos situados no território
Nacional.
Considera-se rendimento dos prédios urbanos, quando arrendados, o valor da respectiva renda
expresso em moeda Nacional; e, quando o não estejam, a equivalente utilidade que deles
obtiver, ou tenha possibilidades de obter, quem possa usar ou fruir os mesmos prédios.
Não incide o imposto predial sobre aquela utilidade, quando os prédios se encontrem adstritos,
por quem os use ou flua sem pagamento de renda, ao exercicio de actividades sujeitas a imposto
industrial, embora delas isentas. (Legislação Fiscal 1º Edição KPMG Pág 342).
Grupos de Tributação
Proveitos ou ganhos
No que diz respeito a proveitos ou ganhos qualificáveis para efeitos de Imposto Industrial,
importa referir que é eliminada a norma segundo a qual os rendimentos provenientes de
quaisquer títulos de dívida pública do país se encontram excluídos de tributação. São
considerados como proveitos ou ganhos realizados no exercício;
Refira-se, a este respeito, que não é criada uma norma que preveja a consideração como custo
fiscal das variações patrimoniais negativas registadas no capital próprio
Estas contribuições passam a ser tributadas em sede de IRT, relativamente a custos ou perdas
com assistência social (assistência médica, creches, cantinas biblioteca se escolas), os mesmos
apenas serão considerados fiscalmente dedutíveis, na medida em que sejam atribuídos em
benefício da generalidade dos trabalhadores.
Passa a prever-se que os seguintes custos ou perdas também não são dedutíveis para efeitos
fiscais:
Uma importante alteração introduzida no âmbito destas alterações legislativas prende-se, ainda,
com a introdução de normas específicas de regulamentação de custos indevidamente
documentados (em que a documentação de suporte da despesa apenas identifica o nome e o
Número de Identificação Fiscal (“NIF”) do beneficiário do pagamento), custos não
documentados (em que não existe documentação válida de suporte nos termos da lei, mas em
que a ocorrência e natureza da despesa são materialmente comprováveis) e despesas
confidenciais (em que não existe documentação válida de suporte nos termos da lei e em que a
ocorrência e natureza da despesa não são materialmente comprováveis). Estes custos, para além
de não poderem ser considerados como enggcargos dedutíveis em sede de Imposto Industrial
(devendo ser acrescidos para efeitos de determinação do lucro tributável), são ainda objecto de
tributação autónoma à taxa de 2%, no caso dos encargos indevidamente ou não documentados,
e de 15%, relativamente às despesas confidenciais.
A taxa de tributação autónoma das despesas confidenciais pode ser elevada para 30% nas
circunstâncias em que a despesa origine um custo ou um proveito na esfera de sujeitos passivos
isentos ou não sujeitos a tributação em sede de Imposto Industrial. Por fim, cumpre mencionar
que, com o propósito de regular o tratamento fiscal a conferir aos donativos e liberalidades,
cria-se a Lei do Mecenato, para a qual o Código do Imposto Industrial passa a remeter nesta
matéria, prevendo-se a não-aceitação, em sede de Imposto Industrial, dos donativos não
enquadrados na referida Lei e, igualmente, a sua tributação a uma taxa autónoma de 15%.
Existências
A lei passa a prever expressamente que é permitido o registo de custos com existências a título
de depreciação, obsolescência ou possíveis perdas de valor dos seus elementos, nos termos e
limites da legislação em vigor. Actualmente, o registo destes custos está dependente de
aprovação por parte da Direcção Nacional dos Impostos.
Amortizações e reintegrações
Em matéria de reintegrações e amortizações, o legislador fiscal optou por introduzir uma série
de alterações, no sentido de clarificar, designadamente, o que se deverá entender por activos
amortizáveis, quais os respectivos critérios de valorimetria, métodos de cálculo, regimes
especiais, entre outros temas. Desde logo, importa destacar o facto de os custos com
reintegrações e amortizações apenas poderem ser reconhecidos dentro dos períodos de vida útil
dos bens, salvo casos excepcionais devidamente justificados e reconhecidos pela Direcção
Nacional dos Impostos, de acordo com as taxas de reintegrações e amortizações aplicáveis.
Deste modo, deixa de ser possível a aplicação de taxas mínimas, correspondentes a metade das
taxas máximas permitidas.
A este respeito, importa reter que é revogada a actual tabela das taxas anuais de reintegrações
e amortizações, aprovada pela Portaria n.º 755/72, de 26 de Outubro, sendo aprovada uma nova
tabela, com algumas actualizações às taxas em vigor e com a previsão de novas tipologias de
activos.
Com especial importância para o sector industrial, passa a ser expressamente previsto um
regime intensivo de reconhecimento de amortizações sobre bens que laborem em dois turnos
(majoração de 25% da taxa de amortização) ou de forma contínua (50% de majoração).
É ainda introduzida uma regra, segundo a qual as amortizações que, num dado exercício, não
sejam consideradas como custos ou perdas para efeitos fiscais, por excederem a amortização
máxima permitida, poderão ser consideradas como custos ou perdas do exercício seguinte,
quando aceites nos termos da legislação aplicável, e desde que efectuada a adequada
regularização contabilística.
Ao nível das taxas, merece especial destaque o facto de terem sido criadas taxas para os
computadores
(33,33%) e de ter sido reduzida a taxa dos veículos automóveis pesados, ligeiros e mistos para
25%.
Provisões
Por seu turno, não se consideram fiscalmente dedutíveis os custos com provisões para créditos
de cobrança duvidosa relativas a:
Créditos cobertos por seguro, com excepção da importância correspondente à
percentagem de descoberto, obrigatório ou por qualquer espécie de garantia real;
Créditos sobre pessoas singulares ou colectivas que detenham mais de 10% do capital
da empresa ou sobre membros dos seus órgãos sociais, salvo nos casos previstos na Lei;
Créditos sobre empresas participadas em mais de 10% do capital, salvo nos casos
previstos na Lei.
Para os contribuintes que exerçam a actividade editorial, encontra-se prevista uma norma
específica de determinação de custos com provisões fiscalmente dedutíveis.
Passa a estar prevista a dedução à matéria colectável, e até à concorrência desta, dos proveitos
sujeitos a IPU e a IAC. Deste modo, é revogado o mecanismo da eliminação da dupla tributação
económica por dedução à colecta, relativamente a lucros decorrentes da detenção de partes
sociais nacionais sujeitas a Imposto Industrial. Na mesma medida, deixam de poder ser
deduzidos os dividendos e juros de títulos nacionais em que tenham sido aplicadas as reservas
técnicas das sociedades de seguros.
Prejuízos fiscais
A regra do reporte dos prejuízos fiscais mantém-se nos três anos. Contudo, o legislador vem
especificar que, caso o contribuinte tenha apurado prejuízos fiscais no decorrer de um período
de isenção ou redução de taxa de Imposto Industrial, os mesmos não poderão ser deduzidos ao
lucro tributável apurado nos exercícios posteriores ao fim do período de isenção ou de redução
de taxa.
No mesmo sentido, os prejuízos apurados no âmbito de uma actividade isenta ou que beneficie
de redução de taxa também não são passíveis de serem deduzidos contra lucros de outras
actividades sujeitas ao regime geral.
A dedução à matéria colectável dos lucros levados a reservas passa a estar limitada até metade
do seu valor (independentemente da origem dos lucros), desde que os mesmos sejam
reinvestidos nos três anos seguintes em instalações ou equipamentos novos que contribuam,
objectivamente, para a criação de emprego e para o desenvolvimento económico do País. O
presente benefício está dependente de aprovação por parte da Administração Geral Tributaria,
mediante requerimento a submeter pelo contribuinte até ao final do mês de Janeiro do ano
seguinte à conclusão do investimento.
Nestes casos, passa a ser presumida uma matéria colectável correspondente a 25% do valor de
compras efectuadas e dos serviços contratados no exercício. Na ausência destes elementos,
presume-se uma matéria colectável em dobro da apurada através da tabela de lucros mínimos.
Taxas
A taxa de Imposto Industrial é reduzida de 35% para 30%, sendo prevista ainda a possibilidade
de reduções de taxa no contexto de projectos de investimento privado, desde que devidamente
licenciados pela Agência Nacional para o Investimento Privado ou por legislação especial
aprovada para o efeito.
As regras de liquidação provisória de Imposto Industrial são, no âmbito deste pacote legislativo
da Reforma Fiscal, totalmente reformuladas, passando a distinguir-se as situações de venda de
bens das situações de prestação de serviços, independentemente dos sujeitos passivos se
enquadrarem no Grupo A ou B.
Cumpre ressalvar que os contribuintes cuja actividade esteja no âmbito dos poderes de
supervisão do Banco Nacional de Angola e do Instituto de Supervisão de Seguros efectuam a
respectiva liquidação provisória utilizando como base de cálculo o total do resultado derivado
de operações de intermediação financeira ou dos prémios de seguro e resseguro,
respectivamente, apurados nos primeiros seis meses do exercício anterior, à qual aplicam uma
taxa de 15%. O regime de liquidação provisória destas entidades é regido, com as devidas
adaptações, pelo regime disposto quanto às liquidações provisórias de vendas de bens.
As prestações de serviços de gestão ou administração (com conceito lato, o qual inclui diversos
tipos de prestações de serviços expressamente identificados pelo legislador), efectuadas por
contribuintes dos Grupos A e B, estão sujeitas a tributação, por retenção na fonte, à taxa de
6,5%, a efectuar pelas entidades pagadoras dos rendimentos, devendo a entrega do imposto ser
efectuada até ao final do mês seguinte. Esta liquidação de imposto é de natureza provisória e
releva na liquidação definitiva, deduzindo-se à colecta final do contribuinte.
Contudo, se, na determinação final do Imposto Industrial, for apurado um montante inferior ao
imposto pago provisoriamente no decurso do exercício, esse crédito deverá ser abatido à colecta
dos exercícios seguintes, dentro do prazo geral de caducidade do imposto.
Esta análise vai permitir que o Analista fiscal tenha conhecimento sobre todas informações
inerentes a empresa, desde seu objecto social, as políticas contabilísticas, os critérios
valorimétricos, até a sua situação económica e financeira.
Reconciliação da Declaração Modelo 1 com a Demonstração de Resultados do exercício
Logo após a análise do conteúdo do Balancete e da verificação no SGCC poderão surgir alguns
questionamentos que só poderão ser esclarecidos a partir do pedido de esclarecimento.
Após análise de toda informação disponibilizada, todos os custos excessivos, proveitos não
declarados, amortizações com taxas excessivas, provisões excessivas e inexistentes e todas as
inconformidades que contrariam o que está previsto no Código do Imposto Industrial, serão
acrescidos ao lucro Tributável, para se voltar a calcular o novo Imposto Industrial. Depois de
apurado, este será comparado com o Imposto Industrial pago e a diferença encontrada vai
corresponder ao Imposto Industrial adicional. Caso a empresa tenha declarado ter prejuízo e
após a correcção se apure lucros, a empresa poderá reclamar ou pagar o imposto devido, no
prazo de 15 dias, contados a partir da data da recepção do mandato de notificação conforme
estabelecido na Lei.
O mandato de notificação e o documento elaborado no final de uma auditoria fiscal, ele serve
para cobrarmos os impostos e dar a conhecer a situação fiscal do contribuinte durante o
exercício auditado.
Quando o Lucro tributável declarado pelo contribuinte corresponde ao apurado pelo auditor
fiscal, elabora-se um mandato de notificação, para informar que das correcções efectuadas pelo
auditor não se conseguiu apurar nenhuma inconformidade.
Caso a empresa não esteja em situação faltosa, elabora-se somente o mandato de notificação do
Imposto Industrial.
Encontra-se localizada na Rua Kwame Nkruman, 207 R/c. É uma zona de fácil acesso com vias
de comunicação em bom estado, o que permite que todos os entes que fazem parte do seu
ambiente externo e interno possam se dirigir com facilidade para a instituição.
No topo da sua estrutura orgânica encontra-se a Direcção Geral. Possui 2 (dois) Departamentos,
sendo um de Gerência administrativa e o de contabilidade. O Departamento de Gerência
Administrativa divide-se em 6 Secções: O sector de Recursos Humanos, sector do Pessoal,
sector Financeiro, sector de supervisão Operacional, coordenação operacional e vigilância.
4.1. Conclusão
a) A HABICONSTROI durante o ano de 2015, não foi uma empresa regular, pois não
pagou os Impostos a que esteve sujeita, demonstrando ser uma empresa faltosa.
Simplesmente honrou com os procedimentos e regras de contabilidade e também
efectuou a entrega da Declaração a Repartição Fiscal fora da data prevista por lei.
d) Das hipóteses apresentadas verificou-se que a primeira é verdadeira sendo que “controlo
fiscal permitiu detectar irregularidades no cumprimento das obrigações aquando do
apuramento do imposto real devido”. Por sua vez o problema foi respondido.
CAPITULO V – RECOMENDAÇÕES
5.1.Recomendações
Recomendamos o seguinte:
b) Que a empresa comece a cumprir com rigor as obrigações fiscais a que está sujeita,
porque pela falta cometida, ela pagará um valor muito superior a que devia ter pado.
e) Que a empresa tenha um sistema de planeamento e controlo fiscal que lhe possibilite ter
conhecimento de quanto pagou, e quanto irá pagar em termos de Impostos, para que no
futuro não seja confrontada com a cobrança de impostos com valores muito elevados.
BIBLIOGRAFIA
Nvela, Antonio Fiscalidade Angolana (Âmbito da Reforma Fiscal), Colecção Teses Mestrados
2015.
GONÇALVES Fernando. Fiscalidade para Contabilistas, Texto Editores, Luanda abril de 2009
1ºEdição.
GONÇALVES Fernando. Fiscalidade para , Texto Editores, Luanda maio de 2013 2ºEdição.
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projectos de pesquisa. 2ª Edição São Paulo: Atlas,
2006;
Legislação:
Constituição da República de Angola, Imprensa Nacional, Luanda, 2010;
Legislação Fiscal da República de Angola, Plural Editores, 4ª Edição,
Diploma Legislativo nº 35/72 de 29 de Abril, Código do Imposto Industrial, com alterações
introduzidas pela Lei nº 19/14, de 22 de Outubro;
Diploma Legislativo nº 4044/70, Código do Imposto Predial Urbano;
Diploma Legislativo nº 38/68 de 30 de Dezembro de 1968, Código Geral Tributário, com
alterações introduzidas pelo Decreto Presidencial nº 21/14 de 22 de Outubro de 2014;
Decreto Presidencial nº 3/A/14, de 21 de Outubro;
Código do Imposto Sobre aplicação de Capitais;
Lei nº 18/14, de 22 de Outubro, Código do Imposto Sobre os Rendimentos do trabalho (IRT);
Diploma Legislativo nº 1647/68, de 29 de Maio, aprova o Regulamento do Imposto do selo;
Decreto - Executivo nº 71/04, de 9 de Julho, aprova a Tabela Geral do Imposto do selo;
Decreto Legislativo Presidencial nº 3/14 que regula o Imposto de Selo;
Portaria nº 755/72, de 26 de Outubro, aprova as taxas de Amortizações e Reintegrações a aplicar
ao activo imobilizado;
Portaria nº 668/2, de 28 de Setembro, aprova as taxas dos limites das provisões;
Diploma Legislativo nº 36/72, de 01 de Maio, aprova o Código do Imposto sobre aplicação de
Capitais, com alterações introduzidas pela Lei nº 14/92.
ANEXOS