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BA MAIS OK A primeira repórter do Brasil

Quem sou eu
LARA Descrição do Blog
ALMEIDA
Lara Monique Oliveira Blog sobre a vida de Eugênia Brandão, a primeira repórter do Brasil. Este
Almeida, 23 anos, nascida em trabalho é complemento de um livro-reportagem que, embasado em
Guaratinguetá-SP, solteira, documentos da época e em entrevistas com a família, narra a trajetória
rockeira, são paulina. Áreas de desta personagem. Eugênia Brandão nasceu em 1898 e morreu em 1948, o
interesse no Jornalismo: destaque é para seu pioneirismo na profissão, atuação no Partido
acadêmica; jornais; revistas e Comunista e vida pessoal.
livros. Hobbies: ler e escrever
histórias, ouvir música, fazer
QUARTA-FEIRA, 14 DE JANEIRO DE 2009
teatro, viajar, jogar RPG,
colecionar espadas e peças
medievais. Projetos atuais:
Conheça o blog e nosso Projeto
publicar meu livro-reportagem
e me preparar para cursar
Amigo internauta!
mestrado. E-mail:
larajornalista@gmail.com.
Convido você que está acessando o nosso blog pela primeira
Visualizar meu perfil completo vez a assitir esse vídeo de produção caseira que apresenta
nosso blog e nosso objeto de estudo: Eugênia Brandão.
Conheça quais foram os passos de nosso trabalho que nasceu
como um Projeto de Conclusão de Curso e deu origem a um
livro-reportagem-biografia, ao próprio blog, e a um artigo
científico apresentado no VI Congresso Nacional de História da
Mídia da Rede Alcar, que aconteceu em Maio de 2008 no
campus da UFF, em Niterói-RJ.

Arquivo do blog
▼ 2009 (2)
▼ Janeiro (2)
Conheça o blog e nosso
Projeto
A Família de Eugênia
► 2008 (4)
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Postado por Lara Almeida às 14:42 Um comentário:


Marcadores: congresso mídia 2008 repórter Eugênia Brandão

A Família de Eugênia
Amigo internauta, neste post você poderá ver imagens de um
dos momentos mais importantes e de maior sensibilidade deste
trabalho: a entrevista com os familiares.

Em maio de 2007 eu realizei entrevistas com os filhos e as netas de


Eugênia Álvaro Moreyra (o nome de casada de Eugênia Brandão). Uma
das netas é Sandra Moreyra,repórter da TV Globo. Aparecem no vídeo dois
filhos da primeira repórter brasileira, Álvaro Samuel e João Paulo, que já
são octogenários mas guardam a memória da mãe com riqueza de detalhes
prezando até mesmo pela exatidão das datas.

Postado por Lara Almeida às 13:41 Nenhum comentário:


Marcadores: Primeira repórter mulheres jornalismo Brasil

TERÇA-FEIRA, 23 DE DEZEMBRO DE 2008

A Face política: a voz nos palanques e o canto atrás


das grades

Neste post nos dedicamos à participação política da primeira


repórter brasileira. Saiba como se moldou a personagem
Eugênia Brandão em uma época de grandes conflitos sociais.

Aos 16 anos, a menina Eugênia Brandão já manifestava um


posicionamento político muito claro. Era contrária ao governo Hermes da
Fonseca e foi justamente em um jornal anti-hermista, o periódico A Rua,
que ela começou sua carreira como repórter. Nos bares da época, ela se
juntava à rodinha de rapazes para criticar a maneira como o presidente
resolvia os conflitos sociais, com prejuízo à integridade dos revoltosos. O
caso clássico é o da Revolta da Chibata, quando depois de entrar em acordo
de anistia com os marinheiros rebelados, Hermes volta atrás e condena
centenas deles a prestarem serviços forçados nos seringais da Amazônia.
Alguns líderes da revolta são fuzilados e outros morrem na prisão.

Nos anos seguintes, ocorrem vários episódios semelhantes - Guerra do


Contestado, Conflito do Juazeiro, Revolta dos 18 do Forte de Copacabana –
além de greves operárias, que ajudam a moldar em Eugênia Brandão um
espírito militante e inquieto. Os ideais da primeira repórter se
fortaleceriam ainda mais na Era Vargas.

Nos anos 30, Eugênia participa de passeatas e comícios. È dela a voz firme
que se torna comum nos palanques sempre que a intenção é defesa dos
direitos da classe operária. Logo ganha simpatia pelo partido comunista e
pela figura de Luis Carlos Prestes. Assim como Olga Benário (a esposa de
Prestes que morre em um campo de concentração nazista), ela se torna
datilógrafa do partido e participa ativamente dos movimentos. Em
novembro de 1935 aconteceria o maior deles: grupos de esquerda se
organizam para a chamada Intentona Comunista, uma tentativa de golpe
contra Vargas idealizada por Luis Carlos Prestes. Porém, sem o apoio da
maior parte dos quartéis, o movimento falha e os participantes são
perseguidos e levados à prisão. Dois agentes do governo chegam até a porta
de Eugênia, no bairro Copacabana, e sem qualquer explicação ela é presa.

A viatura que tem no banco de trás a primeira repórter do Brasil segue


para a Casa de Detenção da Rua Frei Caneca. Lá, Eugênia divide a cela com
outras mulheres, de diversas profissões, e entre elas está Olga Benário. A
voz de Eugênia se une às inúmeras vozes dos presos políticos que, em
uníssono, cantam o Hino La Internacional todos os dias. As mesmas vozes
se rebelam quando guardas vêm buscar Olga Benário, grávida, para
entregá-la a Hitler. Mas o barulho das canecas nas grades é silenciado com
a mentira de que Olga seria levada ao hospital. Olga decide acompanhar os
guardas e é levada para um navio-prisão que parte para a Alemanha.

Eugênia permanece ainda três meses na prisão. Sai da mesma forma que
entrou: sem nenhuma explicação. Imediatamente volta aos palanques e
junto com outras mulheres faz campanha para a libertação de Olga e do
bebê, que nasce no campo de concentração nazista. Apesar de toda a
comoção que estas campanhas geram, nacionalmente e
internacionalmente com a mãe e a irmã de Prestes, elas não conseguem
salvar Olga da morte em uma câmara de gás Bernburg. Mas conseguem
libertar a filha de Olga e Prestes, Anita Leocádia, que é criada pela avó.

Postado por Lara Almeida às 11:40 Nenhum comentário:

Novidade: Podcast
Olá amigo!

Criamos um podcast para você conhecer os pontos principais da história da


primeira repórter brasileira em apenas três minutinhos! Eugênia
Brandão tinha apenas 16 anos quando passou a trabalhar como repórter do
Jornal A Rua, menina ousada, invadiu um espaço que até então era
exclusivamente masculino.

Vale a pena conferir esta história, fique à vontade para baixar


também.
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Postado por Lara Almeida às 10:41 Nenhum comentário:

SEGUNDA-FEIRA, 22 DE DEZEMBRO DE 2008

Eugênia Brandão: uma pioneira desconhecida


Ela foi a primeira repórter do Brasil mas não está na maior parte dos
livros de Jornalismo. Foi a primeira mulher a sair a campo disfarçada
para fazer investigações jornalísticas no país. No início do século XX, este
ofício era apenas para homens, considerado perigoso e falta de decoro
para as mulheres. Havia também a barreira do analfabetismo feminino,
na época apenas 20% das mulheres sabiam ler e escrever. Esta pioneira
não freqüentou escolas, mesmo assim dominava o português, o espanhol e
o francês, que aprendeu de forma autodidata, lendo dicionários. Mas,
quem era ela?

Era apenas uma garota, de 16 anos, que se vestia com terno, camisa, gravata, calça e
chapéu enquanto as outras mocinhas trajavam vestidos longos de babados e sombrinhas.
Seu nome: Eugênia Brandão. Era mineira, nascida em 1898 em Juiz de Fora, neta de
barões mas que chegou no Rio de Janeiro sem dinheiro algum.

A mãe não pôde requerer a herança da família por ser viúva, segundo o costume o
dinheiro ficou em posse dos irmãos homens. Na capital, foi trabalhando que elas
conseguiram o próprio sustento, a mãe em uma agência dos Correios e ela em uma
livraria. Em seguida, Eugênia iniciou a carreira no Jornalismo no Jornal carioca Última
Hora, tornando-se a primeira mulher a ser repórter no Brasil. Logo depois foi trabalhar
no jornal A Rua, quando ganhou popularidade por uma série de reportagens
investigativas que realizou em um asilo de jovens enclausuradas. Porém, a fama que teve
no período foi sendo apagada pelo tempo. Hoje é apenas uma desconhecida.

Eugênia Brandão foi famosa em uma época de mais famosos que ela – Jorge Amado,
Graciliano Ramos, Oswald de Andrade, Mário de Andrade, Manuel Bandeira, Vinícius de
Moraes... Aliás, era amiga de todos eles e frequentemente os recebia em casa. Só que eles
são lembrados hoje, por que será que ela não? Sandra Moreyra, repórter do Jornal Bom
dia Brasil da Tv Globo, é uma das netas de Eugênia e acredita que tem a resposta. “Minha
avó acaba sendo esquecida por uma sociedade a qual não interessava ter uma mulher à
frente”, analisou. “Nos anos 30 e 40 as pessoas não estavam preparadas para aceita-lá
porque ela estava muito à frente de seu tempo”.

Na segunda fila, Eugênia Brandão é a segunda da direita para a esquerda. A garotinha na


foto é Bibi Ferreira, famosa atriz do Rio de Janeiro.

A sociedade conservadora da época talvez não estivesse mesmo preparada para “engolir”
Eugênia. Na juventude ela foi uma boêmia, trabalhava no jornal A Rua, que circulava às
quatro da tarde, e depois do expediente ia para os cafés, acompanhada só por homens.
Mas o que mais escandalizava e dava assunto para as más línguas eram os modos da
mocinha: usava cabelos curtos na altura da nuca, andava com traje masculino, fazia
arruaça e fumava cigarrilhas – uma espécie de charuto, só que de espessura semelhante a
de um cigarro. “Mamãe viveu a vida dela do jeito que achou que tinha que ser vivida e o
resto, que se dane, não dava importância para o que os outros diziam dela”, contou
Álvaro Samuel, 86 anos, filho de Eugênia.

Mesmo depois de casada e mãe de oito filhos (veja bem, oito filhos!) a primeira repórter
não deixou de causar polêmica. Foi comunista atuante, sufragista (defensora do voto
feminino), atriz e musa de artistas do Modernismo, por vezes retratada em pinturas. Em
1935 foi presa pelo governo Vargas sem qualquer acusação formal. Permaneceu na Casa
de Detenção por seis meses, dividiu a cela com outras mulheres militantes, quase todas
comunistas, entre elas Olga Benário, a mulher de Luís Carlos Prestes. Quando saiu,
voltou direto para os palanques, foi protestar pela libertação de Olga que havia sido
entregue para a Alemanha Nazista.

Eugênia morreu em 1948 por derrame cerebral, até os últimos minutos de vida se
preocupou com política. Uma das últimas coisas que escreveu foi uma breve mensagem,
em um papelzinho: o que vale não é o que somos mas o que seremos.

E se Eugênia Brandão fosse viva hoje?

Ela teria 109 anos e veria que o cenário do Jornalismo mudou. Diferente
de seu período, hoje são os rostos femininos que predominam nas
redações. Segundo dados da FENAJ (Federação Nacional dos Jornalistas)
as mulheres ocupam 51,5% das vagas no Jornalismo. Em 2006, dos 11.574
jornalistas contratados e regularizados no país, 6.284 eram mulheres. O
número não abrange os profissionais que trabalham sem registro em
carteira mas, acredita-se que se considerados a porcentagem de mulheres
jornalistas seria ainda maior.

Mas, nem tudo são flores, o salário dos homens na área é, em geral, 500
reais a mais que o da mulher. Também são deles os cargos de chefia nos
principais veículos de comunicação social do país.

Postado por Lara Almeida às 15:00 Nenhum comentário:

Eugênia Brandão: a primeira repórter do Brasil

Postado por Lara Almeida às 14:04 Nenhum comentário:

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