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Escola Secundária Eça de Queirós

Ano letivo 2019/2020

Português 8º Ano - Versão 2

OUTUBRO
Nome:_________________________________Nº: _____Turma:_____

Tempo: 90 minutos Professora: Rosa Rocha Henriques

Responde a todas as questões na folha de resposta.

Grupo I – Compreensão do Oral (8 pontos)

A moura da ponte de Chaves

Escolhe a opção correta em cada alínea.

1. Indica o objetivo da introdução que antecede 5. No entanto, a jovem apaixona-se por


a lenda:
a. mostrar a importância do
a. um cavaleiro cristão.
monumento referido na lenda.
b. aludir à importância dos romanos b. um familiar afastado.

e dos mouros na área. c. um jovem mouro.


c. indicar o local da história e seus

motivos de interesse. 6. O primo da rapariga opôs-se a esta relação porque

2. Esta lenda centra-se num importante


monumento: a. ela deveria casar com um nobre mouro.
a. o castelo da cidade. b. a rapariga lhe estava prometida.
b. a Torre da Moura. c. o cavaleiro cristão não era nobre.
c. a Ponte de Trajano.
7. Como se vingou ele?
3. No início desta lenda, a cidade encontra-se a. Prendeu-a à ponte e amaldiçoou-a.
sob o domínio
b. Enterrou-a debaixo da ponte e
a. dos Cristãos.
b. dos Mouros amaldiçoou-a.
c. dos Romanos. c. Disfarçou-se de mendigo e amaldiçoou-a.

4. O alcaide do castelo pretendia casar a sua 8. Segundo a lenda, ainda hoje


sobrinha
a. se ouvem as súplicas da moura, tentando
a. com o seu filho. encantar os jovens.
b. com Afonso Henriques.
c. com um cavaleiro cristão. b. se ouve o choro da moura, chamando o nome
do seu amado.

c. se vê a moura sentada na ponte, à espera do


seu amado.
Grupo II – Leitura (10 pontos)

Texto A
Lê o texto.

Palavras com dois sentidos


Um xeque à procura de um botão de punho vai encontrando palavras muito
semelhantes e a confusão vai tomando de assalto leitores mais distraídos. Descubra
porque Um Chá Não Toma um Xá.

João Morales

As palavras nem sempre querem dizer o PALAVRAS E IMAGENS BEM VIVAS


mesmo, embora possam ter a mesma As ilustrações são garridas e de grande
aparência. Esta é uma forma singela 1 de dimensão (muitas delas ocupam cada
dar a conhecer o objetivo fundamental dupla página) criando urna sensação
deste divertido livro: ao contar uma contínua de palco, onde as legendas
história, abordar a questão das palavras surgem com naturalidade, integrando o
homófonas ou semelhantes, criando cenário como os textos que intercalam
jogos fonéticos ou de sentido com o as cenas do cinema mudo. Porém, de
discurso das personagens. Dizer que muda é que esta história nada tem, já
Um Chá Não Toma um Xá (embora o que vive essencialmente da fala. É, por
contrário seja naturalmente possível) isso, uma ótima sugestão lê-la em voz
parece uma evidência. É também o título alta, ou mesmo desafiar as crianças a
desta história escrita por Sérgio fazê-lo, para que possam dar-se conta
Guimarães de Sousa e desenhada por das nuances2 de sonoridade ou de
Ângela Vieira, numa edição da Ópera significado que constituem o cerne 3
Omnia – onde Bahanur é um monarca à deste autêntico jogo. O botão de punho
procura de um botão de punho. Ao longo lá apareceu, entre as páginas de um
da sua busca pelo objeto muito querido – livro do Xeque: «na véspera, leu a
que lhe foi oferecido por um outro Xeque história de um cidadão russo de cabelo
seu amigo, Abdullah Bem Aicha – vão ruço4, capaz de falar rapidamente ao
surgindo diversos interlocutores que vão ponto de ficar esbaforido5 e parecer um
introduzindo os leitores numa sequência maluco espavorido6; e ainda a divertida
de trocadilhos linguísticos. história de um cientista eminente 7 a
«Meu bom Xá, asso carne em tabuleiros explanar8, numa esplanada, em boa
de aço, cozo legumes em panelas, mas lógica, as conclusões da sua
não coso botões em casacos. Isso é investigação iminente ».
9

com a costureira! Nada de confusões»,


alerta Isolda, a cozinheira do palácio. Revista “Os meus livros”, janeiro de 2012

2diferenças

3a parte mais importante

4grisalho

5ofegante

6com pavor

7excelente

8explicar, defender

1simples 9que se pode realizar a qualquer momento


Responde aos itens que se seguem, de acordo com as orientações que te são dadas.

1. Seleciona, para responderes a cada item a única opção que permite obter
uma afirmação adequada ao sentido do texto.

1.1 A apresentação feita por este texto crítico permite-nos ter a noção de
que um Chá não toma Xá
(A) é um livro de contos infantis cuja personagem comum é um Xá.
(B) é um livro cujo fio condutor da história é a procura de um botão
de punho perdido.
(C) é uma peça de teatro infantil com vários atos.
(D) é um livro em que o essencial é a imagem.

1.2 Segundo o texto crítico, o livro Um Chá não toma um Xá


(A) tem como objetivo ensinar gramática de forma divertida.
(B) conta uma história jogando, simultaneamente, com sons e
sentidos iguais ou semelhantes das palavras.
(C) funciona como um jogo em que é preciso adivinhar o significado
das palavras.
(D) apresenta uma grande variedade de personagens que
confundem as palavras.

1.3. O autor da crítica transcreve alguns excertos do livro para


(A) cumprir as normas do texto crítico.
(B) concluir a sua crítica.
(C) divertir o leitor.
(D) exemplificar as afirmações ou comentários que faz.

2. Seleciona a opção que corresponde à única afirmação falsa, de acordo com


o sentido do texto.

(A) Neste livro infantil, texto e imagem complementam-se perfeitamente.


(B) A leitura em voz alta ajuda o leitor a entrar no jogo linguístico em que
a obra assenta.
(C) O autor da crítica não revela nunca, ao longo do texto, se o livro é, ou
não, do seu agrado.
(D) O próprio título do livro já apresenta um jogo com palavras
homófonas.

3. Como estão organizadas as informações ao longo deste texto de crítica?


Escreve a sequência de letras, de (A) a (F), que corresponda a essa organização
textual.
(A) O essencial da história.
(B) Título, autor do texto, desenhador, editora.
(C) Estratégia para chegar ao objetivo nuclear.
(D) Objetivo fundamental do livro.
(E) Sugestão de como «ler» a obra.
(F) A estrutura da obra.
Grupo II – Educação Literária (37 pontos)
Texto B

Lê o texto. Em caso de necessidade consulta o vocabulário apresentado.

Eu tinha a idade fechado no quarto e às


indefinida de Huckleberry escondidas dos meus pais!
Finn10, uma idade Agora que estão aí de
desmesurada11 que não novo, um pouco por todo o
cabia no tamanho do meu País, as Feiras do Livro,
corpo, transbordando para regresso aos incertos dias
lugares febris e perfeitos, da infância e corro outra vez
habitados por heróis ou para para o largo da Câmara,
portos de papel onde se onde, às quartas-feiras,
acotovelavam aventureiros, estacionava a Biblioteca
prostitutas, pedintes, itinerante da Gulbenkian. E
carregadores. sinto uma pena imensa da
Tudo o que sabia sabia-o pequena Patrícia, que tem embora eu não saiba o quê.
por Stevenson, Salgari, Jack agora a idade que eu então
London, Júlio Verne, Mark tinha, e que nunca leu um Talvez amor, talvez apenas
Twain, Wells; e por Selma livro! a vivida convicção disso
Lagerlof12, que me levara às Conheci-a um destes dias mesmo, de que é preciso
costas da pata Akka, voando numa escola dos arredores mais qualquer coisa. Para
sobre a Suécia, ao longo de do Porto, no fim de uma devolver a Patrícia a sua
infindáveis noites conversa sobre livros. A infância.
sobressaltadas, com uma maior parte dos seus
toalha sobre o candeeiro da colegas trazia-me livros
mesinha de cabeceira para meus para assinar, ela Manuel António Pina, Revista Visão
que os meus pais não se estendeu-me o pedaço (23/05/2002)
apercebessem de que rasgado de uma folha de
permanecia acordado; eu papel quadriculado. A
era Nils Holgersson, professora tentou afastá-la:
Sandokan, Marco Polo, o «Autógrafos só em livros...».
Capitão Nemo, Flash Rabisquei o meu nome no
Gordon, Tintin13; andava papel e fiquei a falar com
pelos gelos dos polos, por ela. Livros só «os da
África, pelas Américas, ia e escola». Guardara o
vinha à Lua e aos confins de programa de uma peça de
todas as galáxias; convivia teatro minha que tinha ido
com corsários, viajantes, ver com o resto da turma,
cavaleiros, justiceiros; mas esquecera-se dele em
atravessava todas as noites casa. «Se queres ler, podes
mares, desertos, reinos, ler os livros da biblioteca»,
continentes; lutava contra lembrou-lhe a professora.
monstros e contra demónios Mas Patrícia não tem tempo,
e apaixonava-me porque, depois das aulas,
loucamente por mulheres tem de ajudar a mãe em
misteriosas de olhar casa e tomar conta dos
melancólico e por belíssimas irmãos.
princesas salvas no último Como é possível ser
momento das garras de criança sem livros: sem
vilões e de tiranos; tudo partir, sem ter o coração
cheio de nomes e de
países? E, porque ser
10Personagem do romance juvenil de
Mark Twain, As Aventuras de criança é próprio do homem,
Huckleberry Finn como é possível, também,
ser adulto e ser homem sem
11Desmedida, enorme
o mistério e a desproporção
12Autores de romances juvenis dos livros?
As Feiras do Livro e as
13Heróis de narrativas juvenis. bibliotecas não bastam. É
preciso mais qualquer coisa,
Responde, de forma completa e bem estruturada, aos itens que se seguem.
4. Identifica a situação do real que originou esta crónica. (4 pontos)

5. No texto, cruzam-se dois tempos.


5.1 Identifica-os. (4 pontos)
5.2 Demarca as partes correspondentes a cada um deles. (6
pontos)
5.3 Indica o excerto do texto que faz a passagem de um para o
outro. (4 pontos)
6. Da sua infância o cronista recorda sobretudo o seu amor pela
leitura. Expõe tudo o que os livros lhe davam. (5 pontos)
7. O autor conheceu Patrícia. Onde e quando? (4 pontos)
8. Que sentimento lhe despertou? Porquê? (4 pontos)
9. Interpreta o sentido das interrogações contidas no penúltimo
parágrafo. (6 pontos)

Grupo III- Gramática (20 pontos)


1. Identifica o processo de formação das seguintes palavras: (4 pontos)

(A) quadriculado: ______________________________________________

(B) ensonado: ______________________________________________

(C) indefinida: _________________________________________________

(D) biblioteca: ___________________________________________________

2. Completa a tabela com o valor dos afixos usados. (4 pontos)

Palavras Valor do prefixo


ou sufixo
anormal
relembrou
anormal
costureira

3. Escreve no plural as seguintes palavras: (4 pontos)

Guarda-roupa; amor-perfeito; Porco-espinho; chapéu-de-sol


4. Classifica as formas verbais sublinhadas quanto à flexão. (2 pontos)

(A) Os gatos miam à minha porta.


(B) Já amanhece mais tarde.
(C) Há muitos livros na prateleira.
(D) Os cavalos fartaram-se de relinchar.

5. Divide e classifica as orações seguintes. (6 pontos)

(A) Cozo legumes em panelas, mas não coso botões em casacos.


(B) É preciso mais qualquer coisa, embora eu não saiba o quê.
(C) Esta história não tem nada de muda, já que vive essencialmente da
fala.
(D) Sinto uma pena imensa da Patrícia, que tem agora tenra idade.
Grupo IV – Escrita (25 pontos)

Sobre a crónica de Manuel António Pina, escreve um texto de opinião com mais de 70
palavras e um máximo de 120, com introdução, desenvolvimento e conclusão.
Refere:
● A tua reação perante a crónica – agrado, desagrado, interesse…
● O tema da crónica
● A organização do texto:
− A importância da leitura para o cronista;
− O seu encontro com Patrícia;
− A relação entre os dois aspetos;
− As reflexões críticas do autor sobre a vida de Patrícia;
● A tua opinião sobre a crítica social implícita na crónica.
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